49 nosso lar regressando à casa

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Nosso livro de estudo:

Regressando à casa

Capítulo 49

Após quase 10 anos vivendo

no mundo espiritual, André Luiz obtêm a permissão para visitar, por uma semana, o seu antigo lar...

Nessa visita, ele teria que ir sozinho, pois era a hora do testemunho do aprendizado acumulado...

Retornando à casa depois de longa ausência...

Com o coração batendo descompassado, chegou ao portão de sua antiga residência. Ao entrar em casa, tudo apresentava grandes mudanças...

“Onde estavam os móveis de jacarandá? E o grande retrato da família? Como os filhos haviam crescido! Onde estaria a esposa amada?”

As perguntas normais alguém que ficou ausente,

por muito tempo...

“Gritei de alegria ao rever a esposa, mas parece que ninguém me ouvia...”

“Abracei-me companheira, mas ela parecia totalmente insensível ao meu grande gesto de amor...”

Um fato estranho...

Um médico estava na casa, neste momento, atendendo um tal de Dr. Ernesto...

Quem seria esse tal de Dr. Ernesto?

A esposa, então, falava ao médico:“- Doutor, salve-o, por caridade! Peço-lhe! Oh, não suportaria uma segunda viuvez...”

Ouvindo a conversa alheia...

“Outro homem se apossara do meu lar...

A esposa me esquecera...A casa não mais me pertencia...No meu quarto, havia outro

homem...”

A raiva toma conta de André Luiz

Uma cena de ciúmes...

Uma questão para meditar...

O apego às pessoas e aos bens materiais, após a morte do corpo...

“No meu quarto havia um homem maduro, em delicado estado de saúde.”

“Ao seu lado havia três figuras negras que iam

e vinham, mostrando-se interessadas em agravar seus padecimentos.”

Para se pensar...A obsessão pode provocar ou agravar doenças...

“De pronto, tive ímpetos de odiar o intruso com todas as forças, mas já não era o mesmo homem de outros tempos.”

“Apesar de vê-lo em sofrimento, não consegui auxiliá-lo imediatamente.”

Na sala, a filha diz ter acordado pensando no pai. A mãe a proíbe de falar nessas coisas, pois desagradaria o marido atual.

“Essa história dos mortos voltarem

é o cúmulo dos absurdos...”

“Então é crime sentir saudades do

papai?Vocês também não

amam, não têm sentimentos?

Se o papai estivesse aqui, nosso irmão não

andaria fazendo loucuras por ai!”

A resposta da filha amorosa...

“Compreendia, agora, o motivo pelo qual meus verdadeiros amigos haviam protelado tanto o meu retorno ao lar terreno.”

André Luiz conclui:

“Minha casa pareceu-me, então, um patrimônio que os ladrões e os vermes haviam transformado. Nem haveres, nem títulos, nem afetos! Somente uma filha ali estava de sentinela ao meu velho e sincero amor...”

Os conselhos de Clarêncio:

• “Compreendo suas mágoas e rejubilo-me pela ótima oportunidade deste testemunho”.

• “Não esqueça a recomendação de Jesus para que amemos todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, opera grandes milagres de felicidade e compreensão em nossos caminhos”.

Uma meditação proveitosa...• Porque condenar o procedimento da

ex-esposa?• E se fosse o viúvo na Terra? Teria,

acaso, suportado a prolongada solidão?

• Por que odiar o pobre enfermo?• Ele não seria, também, o seu irmão

perante Deus?

“Não estaria o lar em piores condições, se ela não tivesse casado de novo?”

“Preciso era, pois, lutar contra o egoísmo feroz.”

“Com Jesus, compreendia que a minha família era toda a humanidade...”

“Dominado de novos pensamentos, senti que a linfa do verdadeiro amor começava a brotar das feridas benéficas que a realidade me abrira no coração.”

Aprendizado de hoje• Quando a espiritualidade nos aconselha

a não visitarmos a nossa casa, algum motivo existe...

• Temos que dar a liberdade aos que ficaram, para encontrar outras companhias amorosas.

• É necessário vencermos o ciúme e o egoísmo em matéria afetiva.