Adeus homem velho feliz homem novo

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Luzia

06-01-2018

Luzia

06-01-2018

Maria da Costa Lourdes Gonzaga foi professora por trinta anos

na Comunidade Mont Serrat, região central de Florianópolis,

em Santa Catarina.

Segundo suas contas, deve ter dado aula para mais de quinze

mil alunos.

Dona Uda, como ficou conhecida, também batalhou por

água encanada, esgoto, asfalto e ônibus para a Comunidade

de Mont Serrat, na qual ela vive

até os dias de hoje.

Aos 78 anos, dona Uda ainda não parou. Coordena o Grupo de

Mulheres Antonieta de Barros, é madrinha da Melhor idade e

participa das atividades da igrejinha de Mont Serrat.

Ainda, trabalha intensamente para ver nascer a primeira Universidade do

morro: participa de audiências públicas e reuniões diversas com

representantes do governo, a fim de viabilizar

esse projeto.

Dona Uda nasceu no morro Mont Serrat

no dia 30 de julho de 1938.

Apesar da vida difícil, seus pais muito se esforçaram para realizar o

sonho da filha:

se tornar professora.

Aos treze anos, a menina foi estudar no Instituto Estadual de

Educação, a maior escola pública de Santa Catarina, na qual foi a

primeira aluna negra.

Da mesma forma, foi a primeira aluna negra a passar no

vestibular da Universidade de

Santa Catarina.

Diplomada, foi convidada a lecionar na primeira escola criada em

uma favela, situada na comunidade na qual vivia.

Quando as aulas começaram, a professora tinha apenas doze

alunos.

No final do ano letivo, contavam

mais de quinhentos.

A Legião da Boa Vontade cedeu duas salas.

A igreja local, uma.

Ainda, um morador ofertou uma casa antiga com três cômodos e, dessa

forma, todas as quinhentas crianças puderam ter aula.

Na hora do lanche, a mãe de dona Uda preparava lanche para todos.

Era muito bonito de ver.

Nós vencíamos qualquer obstáculo.

O importante era que nenhuma criança ficasse ociosa, relata a

professora.

Ela afirma que seu principal ensinamento

não foi o abecedário. Foi alimentar sonhos.

Eu dizia a meus alunos que eles podiam ser o que

quisessem.

Se uma menina do morro quiser ser médica, ela vai ser.

Não há o que segure sua força de vontade, afirma dona

Uda.

O estímulo rendeu frutos.

Hoje a professora guarda uma caixa cheia de convites de formatura de seus

ex-alunos: são médicos, advogados, enfermeiros.

Muitos fizeram mestrado e doutorado com a bênção inspiradora da madrinha

da comunidade.

Em nome do bem, virei mãe de todos, conta, feliz,

a professora.

Ano Novo.

Nesse momento especial, no qual nossas

esperanças se renovam, separemos o joio do trigo,

o que passa do que permanece.

Esforcemo-nos, a fim de levarmos para o ano que desponta

somente aquilo que seguirá conosco nas sendas da eternidade: os

sorrisos que despertamos, o amor que distribuímos, o perdão que

ofertamos e, de forma especial,

o bem que fazemos.

Os ressentimentos, o orgulho, a falta de caridade e fé, a vaidade...

deixemos tudo para trás, junto

do homem velho do qual, pouco a pouco,

nos despedimos.

Façamos o bem. Dessa forma, não importa se 31 de dezembro,

19 de maio ou 14 de setembro. Ano Novo se fará no exato

instante em que os raios iluminados de nossa boa vontade

nos alcançarem.

Renovemo-nos no bem!

Feliz Ano Novo!

Formatação e Criação: Luzia Gabriele

E-mail: luziagabriele@hotmail.com

Texto: Redação do Momento Espírita, com base em

biografia de Maria da Costa Lourdes Gonzaga

Imagens: Internet e Arquivo Pessoal

Música: Bolívia Trio - Orfeo Negro - Flauta de Pan

http://www.slideshare.net/luziagabriele

https://www.youtube.com/channel/UCAdCeCGH GTxtxQskjl4zkow

Data : 06 de Janeiro de 2018