Aroma de mae

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Aroma de Mãe

Na minha casa serás tratado como rei

Achar-me-às disposto a acordos raros

Jorrando-te em profusão as luzes que sei

Cofessando-te minhas escuridões estelares

Veladas pelo lampião de risos claros

Que jamais entram naquela de chorar

Mesmo que a sentinela de uma lágrima

Insista em derramar-se do meu olhar

Por sobre a cidade grande em que moro Contida no vôo da paisagem de terraço

Soma de pedaços do Santo Antônio do Monte

Lembrança que mantém-me sob os sinos

De meninos que não morrem, apenas se perdem

Nos cantos da memória ou nos recantos do mundo

Na minha casa encontrar-me-ás profundo

Mais aberto que a porta de bar de esquina

Servindo-te café e bebidas finas

Com a fé de sagradas hóstias pagãs

Especiarias temperadas nas manhãs do meu peito

Abençoadas pelo aroma de mãe que partiu

Verás que minha casa leva jeito de santuário

Uma espécie de mágico mar portuário

Onde as pessoas se achegam feito rio

Cheirando a puro suor de multidão

Passam pelo regaço da bateia dos sentimentos

Para se doarem à ceia do abraço amigo...

Autor: Carlos Lúcio Gontijo www.carlosluciogontijo.jor.br

Montagem: rosania_barbosa@yahoo.com.br www.mensagensvirtuais.com.br

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