Socorra-me deste impulsivo consumista
Que mastiga minha carneConsome-me sem fome
lança longe os meus ossos
E o faz consciente e sem dó
Salva-me das garrasDeste ganancioso oportunista
Livra-me das patasDeste infeliz imperialista
Açoita meu corpoAcorrenta-me a um triste destino
E destrói minha paciência de Jó .
Liberta-me deste canibal ateísta
Que vomita em meu solo sagrado
Apodrece minhas entranhas
Arranca-me das unhasDeste assassino materialista
Que envenena meu sopro de vida
E subjuga-me como a um escravo do faraó .
Socorra-me deste verme egoísta
Que me transforma em lixo
Escarra em meu rostoDeturpa minha divina origem
E me abandona poluída e só .
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