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A visibilidade no Google Scholar dos repositórios digitais de Acesso Aberto brasileiros e portugueses - Michelli Costa
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A VISIBILIDADE NO GOOGLE SCHOLAR DOS REPOSITÓRIOS DIGITAIS DE ACESSO ABERTO
BRASILEIROS E PORTUGUESES
Michelli Costa Universidade de Brasília
michellicosta11@gmail.com
Introdução
BOAI (2002)
• Propõem como estratégico o depósito, pelos próprios acadêmicos, dos artigos publicados por revistas arbitradas, em arquivos abertos e eletrônicos, que mais tarde foram nomeados de repositório digitais.
• Orienta para que os repositórios estejam em conformidade com as recomendações Open Archives Initiative (OAI), de modo que possam ter seu conteúdo localizado por motores de busca na Internet.
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Michelli Costa
Introdução
Estudo de Arlitsch e O’Brien (2012)
• Pesquisa sobre a visibilidade dos repositórios dos Estados Unidos da América
• Identificou que eles possuíam baixas taxas de indexação no Google Scholar.
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Michelli Costa
Introdução
Orduña-Malea e López-Cózar (2014)
• Destacam a importância dos repositórios para o acesso aberto e citam o trabalho de Archambault no qual constatou que 75% dos artigos disponíveis em acesso aberto na Internet estão nessa condição por meio dos repositórios e não pelas próprias revistas.
• Realizaram um estudo para determinar a visibilidade e o impacto no Google e no Google Scholar dos repositórios institucionais da América Latina listados no Ranking Web of Repositories.
• Como um dos resultados, identificaram uma baixa quantidade de arquivos PDF coletados pelo Google Scholar.
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Michelli Costa
Problema da pesquisa
Qual a taxa de visibilidade no Google Scholar dos repositórios
brasileiros e portugueses listados pelo Ranking Web of Repositories?
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Michelli Costa
Metodologia
1º Passo
• Seleção do universo de análise, que utilizou como fonte de informação o Ranking Web of Repositories.
• O Ranking Web of Repositories é o instrumento de avaliação de impacto na web com maior alcance para o contexto dos repositórios (López-Cózar e Robinson-Garcia, 2012).
• Além do impacto o Ranking também avalia a indexação de documentos por motores de busca e a quantidade de links externos (Aguillo et al, 2010).
6
Michelli Costa
Metodologia
2º Passo
• Levantamento da quantidade total de documentos disponíveis em cada repositório.
• As informações foram identificadas nos índices de “Títulos” disponíveis nos sistemas, quando aplicável.
• Nos sistemas que não dispunham desta funcionalidade foram pesquisadas as estatísticas sobre a quantidade de documentos informada pelos próprios sistemas.
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Michelli Costa
Metodologia
3º Passo
• Identificação da quantidade total dos documentos nos repositórios recuperados pelo Google Scholar.
• Busca simples no Google Scholar.
[site:urldorepositório]
8
Michelli Costa
Metodologia
4º Passo
• Cálculo da taxa de visibilidade (TI) no Google Scholar dos repositórios selecionados.
9
Michelli Costa
Metodologia
5º Passo
• Elaboração dos rankings sobre os três aspectos analisados.
• O conjunto destes resultados permitiu uma análise descritiva e estatística dos resultados.
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Michelli Costa
Repositórios digitais brasileiros e portugueses
Ranking Web of Repositories • Levantamentos nos dois principais diretórios internacionais de
repositórios: OpenDOAR e Registry for Open Access Repositories (ROAR).
• Exclusão dos repositórios sem conteúdo acadêmico, portais de periódicos e repositórios que não possuem domínio ou subdomínios próprios.
• Uso de indicadores gerados a partir de motores de busca para sua avaliação
• Tamanho – número de páginas recuperadas no Google;
• Visibilidade – número de links externos recebidos;
• Arquivos ricos – quantidade de arquivos nos formatos .pdf, .doc, .docx, .ppt, .pptx, .ps, .eps recuperados no Google;
• Google Scholar – número de artigos publicados entre 2007 e 2011.
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Michelli Costa
Repositórios digitais brasileiros e portugueses • Na lista dos repositórios brasileiros foram apresentados 45
sistemas, mas três foram excluídos da análise.
• Na lista portuguesa identificou-se 41 repositórios e foram excluídos quatro.
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Michelli Costa
Repositórios digitais brasileiros e portugueses • Os repositórios foram brevemente caracterizados segundo a
natureza dos seus documentos e o software utilizado.
Natureza dos documentos
• Três categorias de classificação:
• “repositório institucional” - sistemas que apresentavam exclusivamente a produção científica de sua instituição;
• “repositório digital” - sistemas que armazenavam, além da produção científica, documentação administrativas e de outras naturezas não-acadêmicas;
• “repositório de teses e dissertações” - sistemas que se limitavam ao tratamento deste tipo de documento. 13
Michelli Costa
Repositórios digitais brasileiros e portugueses • Caracterização dos repositórios brasileiros segundo a natureza
dos documentos.
14
53% 33%
14%
repositório institucional (22)
repositório digital (14)
repositório de teses e dissertações (6)
Total: 42 repositórios
Michelli Costa
Repositórios digitais brasileiros e portugueses • Caracterização dos repositórios portugueses segundo a
natureza dos documentos.
15
89%
11%
repositório institucional (33) repositório digital (4)
Total: 37 repositórios
Michelli Costa
Repositórios digitais brasileiros e portugueses • Caracterização dos repositórios brasileiros segundo o software
utilizado.
16
Total: 42 repositórios
76%
7%
12% 5%
DSpace (32) TEDE (3) Nou-Raw (5) Outro (2)
Michelli Costa
Repositórios digitais brasileiros e portugueses • Caracterização dos repositórios portugueses segundo o
software utilizado.
17
Total: 42 repositórios
97%
3%
DSpace (36) Digitool (1)
Michelli Costa
Indexação dos repositórios brasileiros e portugueses
18
Michelli Costa
Quantidade de documentos disponíveis nos repositórios Brasil
19
Total: 603.694 documentos
17%
11%
9%
9% 8%
46%
Repositório Digital Universidade Federal do Rio Grande do Sul LUME (99.632)
Repositório Institucional UNESP Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (69.382)
Biblioteca Digital da UNICAMP Universidade de Campinas (56.257)
Alice Repository Open Access to Scientific Information Embrapa (51.981)
Repositório Institucional Universidade Federal de Santa Catarina (50.340)
Outros repositórios (276.102)
Michelli Costa
Quantidade de documentos disponíveis nos repositórios Portugal
20
Total: 212.422 documentos
16%
13%
8%
6% 6%
51%
Repositório Aberto Universidade do Porto (33.504)
Universidade do Minho Repositorium (28.201)
Estudo Geral Repositório Digital da Universidade de Coimbra (16.915)
Repositório Institucional Universidade Católica Portuguesa Veritati (12.372)
Repositorio Biblioteca da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (12.177)
Outros repositórios (109.253)
Michelli Costa
Quantidade de documentos recuperados pelo Google Scholar Brasil
21
27%
16%
15%
11%
8%
23%
Repositório Digital Universidade Federal do Rio Grande do Sul LUME (75.600)
Universidade de São Paulo Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (44.000)
Repositório Institucional Universidade Federal de Santa Catarina (43.600)
Alice Repository Open Access to Scientific Information Embrapa (30.100)
Biblioteca Digital da UNICAMP Universidade de Campinas (22.500)
Outros repositórios (66.429)
Total: 282.229 documentos
Michelli Costa
Quantidade de documentos recuperados pelo Google Scholar Portugal
22
Total: 144.281 documentos
20%
14%
7% 7% 6%
46%
Repositório Aberto Universidade do Porto (28.100)
Universidade do Minho Repositorium (20.400)
Repositório Institucional Universidade Católica Portuguesa Veritati (10.200)
Repositório Institucional da Universidade de Aveiro RIA (9.390)
Repositório Universidade de Lisboa (9.190)
Outros repositórios (67.001)
Michelli Costa
Taxa de indexação dos repositórios no Google Scholar
23
Michelli Costa
Taxa de indexação dos repositórios no Google Scholar
24
Michelli Costa
Discussão e considerações finais • Confirmaram do problema apontado por Arlitsch e O’Brien
(2012) e por Orduña-Malea e López-Cózar (2014).
• A maioria dos repositórios brasileiros e portugueses obtiveram taxa de indexação superior a 50%.
• Portugal teve, relativamente, mais repositórios (21%) com nota superior a 50% de taxa de indexação.
• Em Portugal, 90% dos repositórios tratavam exclusivamente da produção científica de suas instituições, enquanto que no Brasil esta proporção é de apenas 65%.
25
Michelli Costa
Discussão e considerações finais Outros fatores
• Problemas de configuração do sistema - Arlitsch e O’Brien (2012).
• Uso do padrão do metadado Dublin Core por pelo menos 86% dos repositórios – repositórios que utilizam o software DSpace.
• Resultados contraditórios apresentados pelos próprios buscadores - Orduña-Malea e López-Cózar (2014).
26
Michelli Costa
Discussão e considerações finais Taxa de indexação foi superior a 100%
• Hipóteses sobre este problema:
1. Exclusão de documentos do repositório, que pode se manter na base, dependendo do método utilizado;
2. Período necessário para o Google Scholar atualizar sua própria base com a situação real dos repositórios.
3. Buscador indexa não só os documentos depositados, mas qualquer página do repositório, conforme apontado por Ordunã-Malea e López-Cózar.
• A questão extrapola a discussão proposta por este estudo e por isso não foi explorada.
27
Michelli Costa
Discussão e considerações finais Tendência de 5 x 50
• Tendência de distribuição dos documentos por países.
• Os cinco repositórios com as maiores quantidades reúnem 50% do total de documentos.
• Tanto em Brasil quanto em Portugal.
• A tendência foi observada nos dois aspectos observados:
• Quantidade total de documentos no repositório;
• Quantidade de documentos recuperados pelo Google Scholar.
28
Michelli Costa
Discussão e considerações finais • Os resultados desse estudo demonstraram que a maioria dos
repositórios brasileiros e portugueses apresenta boa taxa de indexação no Google Scholar.
• Alguns dos repositórios mais expressivos em quantidade de documentos podem aumentar consideravelmente a quantidade de documentos indexados pelo Google Scholar, ampliando ainda mais sua visibilidade na Internet.
• “Repositório Digital Universidade Federal do Rio Grande do Sul LUME”;
• “Repositório Aberto Universidade do Porto”. 29
Michelli Costa
Referências AGUILLO, I. F., ORTEGA, J. L., FERNÁNDEZ, M., & UTRILLA, A. M. (2010) - Indicators for a webometric ranking of open access repositories. Scientometrics, Vol 82, Nº 3. [Consult. 1 Set. 2014]. Disponível na Internet: doi:10.1007/s11192-010-0183-y.
ARLITSCH, K.; O’BRIEN, P. (2012) - Invisible institutional repositories: addressing the low indexing ratios of IRs in Google. Library Hi Tech, Vol 30, Nº 1, p. 60-81.
BOAI (2002) - Budapest Open Access Initiative. Budapeste. [Consult. 1 Set. 2014]. Disponível na Internet: http://www.opensocietyfoundations.org/openaccess/read
LÓPEZ-CÓZAR, E. D, & ROBINSON-GARCÍA, N. (2012) - Repositories in google scholar metrics or what is this document type doing in a place as such? Cybermetrics, Vol 16, Nº 1. [Consult. 1 Set. 2014]. Disponível na Internet: http://hdl.handle.net/10481/22019.
ORDUÑA-MALEA, E., & LÓPEZ-CÓZAR, E. D. (2014) - The dark side of open access in Google and Google Scholar: the case of Latin-American repositories. Scientometrics, Vol 1, Nº 18. [Consult. 1 Jul. 2014]. Disponível na Internet: doi:10.1007/s11192-014-1369-5.
RUSSEL, I. (2011) - La visibilidad de los recursos académicos. Una revisión crítica del papel de los repositorios institucionales y el acceso abierto. Investigación Bibliotecológica, Vol 25, Nº 53. [Consult. 1 Jul. 2014]. Disponível na Internet: http://www.scielo.org.mx/pdf/ib/v25n53/v25n53a7.pdf
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Michelli Costa
Obrigada!
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Michelli Costa Universidade de Brasília
michellicosta11@gmail.com
Michelli Costa
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