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Palestra proferida pelo Engenheiro Roger Lange na Conferência Regional de Políticas de Segurança Viária na Câmara dos Vereadores de Pelotas em 23/11/2011.
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Conferência Regional: Política de Segurança
no Trânsito para a Região Sul
23 de novembro de 2011
Roger Lima Lange
Engenheiro Civil – Diretor do SEST SENAT
Educação para o Trânsito e
Mobilidade Urbana Sustentável
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro
CTB (pár. 1º, Artigo 1º)
“Considera-se trânsito a utilização das vias
por pessoas, veículos e animais, isolados ou em
grupos, conduzidos ou não, para fins de
circulação, parada, estacionamento e operação
de carga e descarga.”
Há também teorias que se referem ao trânsito como a integração entre
via, veículo e homem. Afirmando que a falta de integração entre estes três
elementos é o fator que gera os acidentes de trânsito.
Definições
Trânsito é coisa antiga – em cada momento histórico as pessoas descobriram
formas e criaram meios para atingir o objetivo de locomover-se.
O desejo de locomoção
A necessidade de comunicação com o
espaço público – enviar, receber e,
sobretudo, compreender as mensagens
contidas nos diferentes atos de comunicação
que orientam o trânsito.
A posição das pessoas no trânsito – ora pedestre, ora motorista, ora
passageiro – é importante considerar a personalidade das pessoas que, ao lado
da sua cultura e da sua “visão do mundo”, condicionará o comportamento a cada
situação.
Não adianta pensar que alguém é melhor ou mais importante porque
está dirigindo um automóvel. Assim que chegar ao seu destino, sairá
do carro e mudará de posição: será pedestre.
Em 2006, segundo dados do DENATRAN, 19.910 pessoas foram vítimas fatais
em acidentes de trânsito (na hora do acidente). Deste número, 4.395 eram
pedestres, o que representa 22,07%.
O desejo de locomoção
Por que educar para o trânsito?
• Transitar é conviver em diferentes espaços públicos
• A circulação das pessoas deve ser a prioridade na construção das cidades e ainda, considerar a sua sustentabilidade
• Acidentes de trânsito representam a maioria das mortes e hospitalizações por causas externas
• Acidentes de Trânsito tem impacto desproporcional nos setores mais pobres e vulneráveis da população
O Departamento de Transporte e Trafego britânico
comprova a relação entre a velocidade do veículo no impacto
e a gravidade das lesões. Esse estudo demonstra que:
• a 32km/h, 5% dos pedestres atingidos morrem,
65% sofrem lesões e 30% sobrevivem ilesos
• a 48km/h, 45% morrem, 50% sofrem lesões e
5% sobrevivem ilesos
• a 64km/h, 85% morrem e os 15% restantes
sofrem algum tipo de lesão.
CTB – Da Educação para o Trânsito
Art. 76: A educação para o trânsito será promovida na pré-
escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de
planejamento e ações coordenadas entre órgãos e
entidades do SNT e de Educação, da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas
de atuação.
Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, o
Ministério da Educação e do Desporto, mediante
proposta do CONTRAN e do Conselho de Reitores das
Universidades Brasileiras, diretamente ou mediante
convênio, promoverá:
CTB – Da Educação para o Trânsito
I. a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo
interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança de
trânsito;
II. a adoção de conteúdos relativos à educação para o trânsito nas
escolas de formação para o magistério e o treinamento de professores
e multiplicadores;
III.a criação de corpos técnicos interprofissionais para levantamento e
análise de dados estatísticos relativos ao trânsito;
IV.a elaboração de planos de redução de acidentes de trânsito junto
aos núcleos interdisciplinares universitários de trânsito, com vistas à
integração universidades-sociedade na área de trânsito.
PORTARIA DENATRAN Nº 147, DE 2 DE JUNHO DE 2009 Art. 1º Aprovar as Diretrizes Nacionais da Educação
para o Trânsito na Pré-Escola na forma estabelecida no Anexo I e as Diretrizes Nacionais da Educação para o Trânsito no Ensino Fundamental na forma estabelecida no Anexo II desta Portaria.
Marcos referenciais da Educação para o Trânsito
Carlos Artexes Simões: DIRETOR DE CONCEPÇÕES E ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA EDUCAÇÃO BÁSICA – DCOCEB - MEC
• O marco legal não é suficiente para a apropriação da educação para o trânsito nos sistemas de ensino e unidades escolares;
• Falta articulação interministerial para uma efetiva ação conjunta na educação para o trânsito entre o Ministério das Cidades e o Ministério da Educação;
• Reduzida participação dos múltiplos atores institucionais que compõe os sistemas de ensino;
• Pouco diálogo das Diretrizes e Referências da Educação para o Trânsito com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica;
• Desconhecimento das instituições e sujeitos que atuam na educação da questão “Educação para o Trânsito”.
Constatações e reflexões
Carlos Artexes Simões: DIRETOR DE CONCEPÇÕES E ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA EDUCAÇÃO BÁSICA – DCOCEB - MEC
• Ampliar a articulação com o conjunto de gestores da educação (CONSED, UNDIME);
• Diálogo com as organizações de trabalhadores da Educação e estudantes (CNTE, UNE, UBES);
• Estabelecer uma agenda com os Conselhos de Educação (CNE, CEE e CME);
• Priorizar ações de formação dos professores articulados com as instituições formadoras e com as políticas nacionais de formação;
• Viabilizar materiais didáticos e propostas de atividades para disseminação direta nas unidades escolares mediadas pelos órgãos gestores das redes de ensino.
Sugestões
Carlos Artexes Simões: DIRETOR DE CONCEPÇÕES E ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA EDUCAÇÃO BÁSICA – DCOCEB - MEC
ENFORCEMENT
Infraestrutura
Fiscalização
Educação
Mobilidade Urbana Sustentável
Acesso amplo e democrático ao espaço urbano, de forma
segura, socialmente inclusiva e ambientalmente sustentável
Fonte MCidades – Mobilidade Urbana – Caderno 6
Mobilidade Urbana Sustentável
• acidentes (e suas consequências)
• consumo de energia de fontes não renováveis
• poluição do ar, sonora, visual
• mudanças climáticas
• danos à saúde
•O que pensam os motoristas que estão no trânsito?
Mobilidade Urbana Sustentável
Mobilidade Urbana Sustentável
Mobilidade Urbana Sustentável
• Pilares:
1. Melhoria do Transporte Público de Passageiros
2. Promoção do Transporte Não Motorizado
3. Uso racional do automóvel
4. Planejamento integrado: Transporte e Uso do Solo
Melhoria do Transporte Público de Passageiros
Promoção do Transporte Não Motorizado
Uso racional do automóvel
Planejamento integrado: Transporte e Uso do Solo
Carros estacionados
Carros em trânsito
Ciclistas BRT Pedestres
Uso de uma faixa urbana com 3,5 metros de largura
x0
x1
X3,3
X10
0 1.350
4.500
13.500 13.500
Capacidade (pessoas/hora) Fonte: Boareto 2007, USDOT 2004, Highway Capacity Manuel 2000, Medeiros et al, 2011
Mobilidade Urbana Sustentável
• Deixamos as perguntas:
• Como serão as cidades da nossa região daqui a 20 anos?
• Como será a Mobilidade (acessibilidade) da nossa região ...
• Qual será a qualidade de vida da nossa região ...
• Vamos esperar e descobrir ou vamos:
“CONSTRUIR O FUTURO”
Mobilidade Urbana Sustentável
A LIÇÃO SABEMOS DE COR, SÓ NOS
RESTA APRENDER.
Sol de primavera. Beto Guedes e Ronaldo Bastos.
Obrigado a todos
• Engenheiro Civil ROGER LIMA LANGE – Email: rogerlange@sestsenat.org.br
– Twitter: @RogerL1962
• SEST SENAT Pelotas – Blog: http://vm-sharepoint.sestsenat.org.br:8098/BlogPelotas/default.aspx
– Twitter: @SestSenatPelRS
– Telefone: (53)3284.1800
– Email: pelotas.rs@sestsenat.org.br
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