Livro Da Sabrina

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Meus pés são a cadeira de rodasAutor: Franz-joseph Huainigg

Verena Ballhaus

Componentes: Sabrina Dal Pian Lodi

Cíntia Aguzolli de Oliveira

Angelita Rodrigues

Elisama Santos

Todos os dias, Maria acorda às sete horas da manhã. Senta-se na cama e começa a se vestir sozinha. Ela tem dificuldades para calçar os sapatos.

Segurando as pernas, ela se arrasta até a borda da cama

O café da manhã já está na mesa.

-Você pode fazer umas compras para min? –pergunta a mãe.

-Com prazer! – alegra-se a filha.

É a primeira vez que a mãe deixa a Maria ir sozinha ao supermercado.

Por um instante, a menina pára e as observa. Sente uma pontinha de tristeza. Gostaria de poder brincar com elas. Em seguida, Maria vê um grupo de crianças caçoando de um menino. Uma maldade!

Muitas pessoas cumprimentam Maria, embora ela não conheça nenhuma dela. No começo a menina fica feliz com isso, mas logo depois pensa: “ Por que todos me olham desse jeito? “ Especialmente o homem sentado no café, que não tira os olhos dela há um tempão..

Para atravessar a rua, Maria desce pela guia rebaixada e atravessa a rua o mais rápido que pode. De repente, depara com uma calçada alta e não consegue subir .Encontra o menino que todos chamavam de gordo baleia, ele a tinha seguido.

Oi, eu sou o Jonas.

E eu me chamo Maria.

Seguindo as instruções da menina , Jonas inclina a cadeira e coloca as rodas dianteiras sobre a calçada.

Mas adiante, Maria encontra i

Mais adiante, Maria encontra um casal de velhinhos.-O que aconteceu com você?- pergunta o senhor, parecendo ter pena da menina.Maria pára. Ela quer contar a histórias da calçada alta, mas nem dá tempo de fazer isso. A velhinha suspira e diz:- Pobrezinha, tão jovem!

A menina fica vermelha de raiva. Por que todo mundo se comporta assim com ela? Justo hoje, que vai fazer compras sozinha pela primeira vez!- Eu não sou diferente das outras crianças! – ela grita para os velhinhos. E segue seu caminho.

Maria finalmente chega ao supermercado. Mas logo, na entrada, é obrigada a parar diante dos degraus, “O que é que eu faço agora?”, ela pensa, aborrecida.Então, vê uma mãe empurrando um carrinho de bebê por uma rampa. Maria usa a rampa para subir. Quando está quase alçando o leite, vem um vendedor e o coloca nas suas mãos. A menina se irrita:” Eu não pedi para ele me dar o leite!”

As frutas também foram fáceis de achar.Quando ela se prepara para pegar um pacote de maçãs, alguém o entrega em suas mãos.O vendedor dá um sorriso gentil.Maria fica furiosa e põe as frutas na cadeira de rodas.

-Quero pegar as minhas maçãs sozinha, como todo mundo!

Maria chora, escondida entre as prateleiras. De repente, ela ouve alguém falar: -Não fique triste. É Jonas.

-As pessoas me tratam como se eu fosse a pessoa mais desajeitada.

-É por causa da cadeira de rodas- disse o menino.

-Mas não há nada de especial nisso! Sou paraplégica desde que nasci.

-O que é paraplégica?

-Não consigo mover minhas pernas.

mm

Jonas balança a cabeça :

-Você é diferente.

-Não! Você e eu somos como todos os outros- diz Maria.

-O menino balança a cabeça novamente:

--Mas você usa a cadeira de rodas. E eu sou mais gordo que os outros. Você e eu temos algo especial!

Maria não entende o que ele quer dizer.Jonas pega a menina pela mão e sai puxando a cadeira de rodas.

No caminho para casa, os dois passam pelo banco da praça. Os velhinhos ainda estão lá. Maria toca o braço da mulher, coloca um pirulito na mão dela e diz:

-Também tenho pena da senhora.

A velhinha não entende nada e dá um suspiro. Maria olha para o velhinho e diz: - O senhor gostaria de saber o que aconteceu comigo?

Encontrei um amigo, estou feliz.

-Isso sim é que é especial- completa Jonas.

-Os dois começam a girar tão rápido com a cadeira de rodas que o casal de velhinhos fica tonto só de olhar.

Jonas e Maria param quando chegam ao semáforo.

-Você já consegue fazer muita coisa sozinha. Mas, de vez em quando, precisa de ajuda.Assim como todo mundo – diz o menino.-Pergunte a alguém se pode ajudá-la a subir na calçada.

Maria toma coragem e dá um puxão na calça de um homem que passa apressado. Ele fica vermelho.

-Desculpe, não vi você...não sabia ...o que...-gagueja o homem, e depois ajuda a menina a atravessar.

Os dois amigos piscam um para o outro.

Jonas quer continuar empurrando a cadeira de rodas da amiga, mas Maria resolve mudar a direção.

-Desculpe, senhor -ela diz ao um policial.- Ali no semáforo a calçada é alta e não consigo subir sozinha.

-Mas isso é muito perigoso, mesmo – concorda o policial. – Vou comunicar à prefeitura ainda hoje.

-Obrigada! – Maria agradece.

Jonas fica todo orgulhoso da atitude da amiga.

Numa loja de sapatos, Jonas e Maria reencontram Ana e sua mãe.

Desta vez, Ana não pergunta nada. Ela aprendeu que não deve fazer isso.

-Oi – diz Maria. – Eu sou deficiente!

A mãe de Ana fica perplexa.

-O que é “ deficiente”? – pergunta Ana.

-É alguém que não pode andar, por exemplo- Maria responde.

-Em vez de caminhar, nós rodamos por aí- explica Jonas.

Jonas sobe na parte de trás da cadeira de rodas de Maria e os dois correm rua abaixo. Ana vai atrás deles.

Mais uma vez, as pessoas ficam olhando. Especialmente o homem do café e a moça que vende jornal.

Mas agora Maria não se importa mais com isso.