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A contação de histórias: andaimes para a formação de leitores A contação de histórias: andaimes para a formação de leitores Maria Deuza dos Santos

A contação de histórias andaimes para a formação de leitores-estácio

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A contação de histórias: andaimes para a formação de leitores

A contação de histórias:

andaimes para a formação de

leitores

Maria Deuza dos Santos

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"São as histórias que nos abrem os ouvidos de ouvir e os olhos de

ver, construindo a espécie humana" 

Tatiana Belinky

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Por que contar histórias?

É o início da aprendizagem para ser leitor.

Está inteiramente relacionada ao desenvolvimento da imaginação.

Prepara a criança para lidar com os conflitos da vida.

Desperta a sensibilidade e a emoção do ouvinte.

Estabelece uma relação de “cumplicidade e afetividade” entre contador (professor) e

ouvinte (aluno).

Educa, socializa, desperta o lado criativo.

Desenvolve a linguagem oral e escrita, além de ampliar o vocabulário.

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por que o professor como contador de histórias?

É quem inicia a criança no mundo da leitura e da escrita.É referência para a criança.É o leitor mais experiente; narrar é disponibilizar experiência.É o elo entre o educar, o ensinar e o preparar para a vida.

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[...] quando se vai ler uma história – seja qual for - para crianças, não se pode fazer isso de qualquer jeito, pegando o primeiro volume que se vê na estante”.

Abramovich (1997, p. 18)

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O que contar?

Até três anos de idade: fase mágica – histórias de bichinhos, brinquedos,

objetos, seres da natureza (humanizados) – histórias de crianças;

De três a seis anos: fase mágica – histórias de repetição e acumulativas

(Dona Baratinha, A formiguinha e a neve etc.) – histórias de fadas;

Sete anos – histórias de crianças, animais e encantamento, aventuras no

ambiente próximo: família, comunidade, histórias de fadas;

Oito anos – histórias de fadas com enredo mais elaborado, histórias

humorísticas;

Nove anos – histórias de fadas, histórias vinculadas à realidade;

dez anos – aventuras, narrativas de viagens, explorações, invenções, fábulas,

mitos e lendas.

(COELHO, 1995, p. 15)

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Como contar uma história?

Algumas estratégiasEstudar e sentir a história

Não necessariamente precisamos memorizar a história. Procure guardar a sequência dos fatos. Sinta e deixe que ela desperte a sua sensibilidade. Apaixone-se!

Acreditar na história

Acreditar na históriaO contador tem que fazer o ouvinte acreditar naquilo que está sendo contado, por mais irreal que pareça, tem que passar credibilidade, são os tratos ficcionais entre narrador e leitor/ouvinte.

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Como contar uma história?

Algumas estratégias

Olhar para a plateiaO olhar é um vínculo fundamental deligação entre o narrador e o público.

Falar com voz clara e agradável sem exagerar nos gestos Contar com naturalidade é contar sem afetação, de forma clara, audível e agradável, sem impostar a voz ou falar em falsetes. Não é necessário gritar para se fazer ouvir, nem cantar para agradar. Um bom contador saberá passar emoção.

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Dinâmicas que podem dinamizar a contação de uma história

Passa e Repassa

Consiste em formar uma roda em torno do professor que, no centro, segura uma bolinha na mão. O aluno a quem ele entregar a bolinha deverá dizer uma frase para dar início a uma história. Esse aluno passa a bolinha para outro colega, que dá continuidade à frase, assim por diante, até que o final da história aconteça quando o último da roda receber a bolinha. Essa atividade permite ao professor observar as dificuldades dos alunos com relação à oralidade, à capacidade imaginativa, ao tom de voz e à postura.

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Dinâmicas que podem dinamizar a contação de uma história

Cartola Mágica

Utiliza-se a fantasia do objeto mágico, ou seja, o professor retira de dentro da cartola mágica um objeto que tenha relação com elementos ou personagens da história a ser contada. À medida que os objetos são retirados, o fio da história continua e somente alcançará o seu final quando o último objeto for retirado da cartola.

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Dinâmicas que podem dinamizar a contação de uma história

Criação de Personagens

O professor forma um círculo com as crianças e no centro coloca tule de diversas cores. Cada criança deverá escolher duas cores de tule e imaginar uma personagem com as cores escolhidas. Por exemplo: a cor amarela poderia representar o sol, a cor azul o céu. Não esquecer que para os pequenos da Educação Infantil, o professor pode fazer relações com as histórias que costuma contar para as crianças.

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Dinâmicas que podem dinamizar a contação de uma história

Novelo de Lã

Formada a roda, a professora conta uma história, por exemplo, “Moça Tecelã” de Marina Colasanti. Logo após, ela comenta com os alunos que as cores podem lembrar sensações, emoções, fatos, cheiros... Então, os alunos são questionados sobre qual é o cheiro da chuva? Qual a cor do calor? Qual da cor da alegria? Qual a cor do som de sinos bimbalhando? Qual a cor dos raios no céu de chuva?... Após esses questionamentos, a professora coloca no centro do círculo pedaços de fios de lã de várias cores e pede que eles peguem cores referentes a lembranças de coisas acontecidas em suas vidas, solicita que contem as histórias que lembram e, ao final de cada uma, amarre o fio à história que será contada na sequência. Ao final, o novelo formado conterá todas as histórias contadas pelos alunos.

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Dinâmicas que podem dinamizar a contação de uma história

Forma, Cores e Objetos

A técnica consiste em atribuir emoções e ações para as cores, formas e objetos. A professora leva para a oficina vários cartões coloridos e pede aos alunos que atribuam uma característica àquela cor. Ex: azul – tranqüilo; vermelho – violento; laranja- alegre. Depois lhes mostra vários cartões com formas geométricas - círculo, triângulo, quadrado - e pede que os alunos atribuam uma emoção àquelas figuras, como por exemplo: quadrado sério; círculo divertido; semicírculo esquisito. E, finalmente, a professora mostra-lhes um objeto e pede que eles atribuam uma função mágica ( ex: anel mágico; bastão transformador). Então, a professora monta uma história com o que foi criado.

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ALGUMAS IDEIAS

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Não há quem não se encante com uma boa história!!!

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ReferênciasABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997. COELHO, Betty. Contar histórias uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 1995. LANG, A. A cabeça encantada. In: 50 histórias de ninar / compilado por Tig Thomas; [tradução Karina Del Padre]. – Barueri, SP: Girassol, 2010.GRIMM, Wilhelm; GRIMM, Jacob. Os sete corvos. In: Contos de fadas. GRIMM, Wilhelm; GRIMM, Jacob. Tradução de Celso M. Paciornik. São Paulo: Iluminuras, 2000.Sites acessados em 06.02.2105:http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/338-4.pdfhttps://www.youtube.com/watch?v=aJ4X47nJkKIhttp://pt.slideshare.net/ladylaura05/projeto-conta-que-eu-conto?next_slideshow=1

Histórias:As doze janelas. Irmãos GrimmA cabeça encantada. Andrew Lang

Vídeo:Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmorehttps://www.youtube.com/watch?v=LjkdEvMM5xs