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Cantares Ludico

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Estudo de Cantares de Salomão https://www.facebook.com/estudodecantares

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2. 2E o Esprito Santo desceu sobre ele em forma corprea, como uma pomba; e ouviu-se do cu esta voz: Tu s o meu Filho amado; em ti me comprazo. 3. 3E sonharei com o impossvel.Da minha fragilidade eu lanarei raiosE da minha fraqueza nascer um novo cu e uma nova terra.Do meu desespero brotar esperanaE da minha incapacidade de no permanecerContarei uma histria por milhares de geraesEntoarei os antigos cnticosCnticos que a muito no so entoadosCom instrumentos ainda inexistentesE minha melodia ser ouvidaAt em lugares to distantesQuanto aqueles que s existemDentro do meu corao. 4. 4WELINGTON CORPORATIONINTRODUOSoldada de Shirion BaalHermom das foras armadas israelensesSim. Eu sei que Sunamita significa pacfica. E pacificadoraVeja que a bela moa est calma.E pacfica.http://www.rakkav.com/song/pages/song01.htmjewish traditional music ancient song of songs BALKANEL GROUP Serbia.mp3A no to EXTRAORDINRIAWELINGTON CORPORATIONIndo aonde nenhum outro mestre ou profeta jamais ousou. 5. 5 6. 6 7. 7 8. 8 9. 9PreludioUma observao preliminar. O Cntico dos cnticos uma cano cuja melodia para ns desconhecida. Ele composto com uma melodia original, por Salomo. Suzanne Haik- Vantoura uma musicloga que compreendeu que a bblia massortica possua sinais que representavam notaes musicais e gestuais dos msicos e que apesar da notao massortica (sinais que representam as vogais, tonalidades, expressividade do texto do Velho Testamento em hebraico) ser do segundo sculo d. C, eles remontam tradies musicais da antiguidade.https://musicofthebiblerevealed.wordpress.com/tag/suzanne-haik-vantoura/http://www.rakkav.com/song/pages/song01.htmDesde os tempos antigos os judeus tm reverenciado Cnticos como sublime. Eles compararam Provrbios para o trio exterior do templo; Eclesiastes coma o lugar santo; e Cantares de Salomo para o Santo dos santos. (Ibid)O Estudo do Livro de Cantares possui vrias escolas de interpretao.O autor deste estudo em especial toma emprstimo de estudos lingusticos, referencias geogrficas, ecolgicas, histricas, sociais e culturais de Israel, sua diviso poltica, reino, tribo, a identificao da famlia na antiguidade oriental, a literatura da antiguidade, incluindo a do Egito, como bases para sua pesquisa.No satisfeito traa alguns paralelos com a ndia, onde encontramos ainda hoje vrios pontos culturais que nos fazem retroceder na histria at o oriente e as tradies narradas em Cantares. Essa uma das ferramentas mais interessantes da caixa de ferramentas 10. 10do autor. A sociedade Israelita moderna foi transformada pelo seu contato com diversas naes. Embora mantenha suas tradies, no manteve seu vesturio. Ou seus enfeites. Ou no manteve alguns dos aspectos que o casamento israelita possua na antiguidade. Uma noiva israelita da atualidade veste-se de modo similar a uma noiva norte-americana, inglesa, francesa ou brasileira. E se algum israelita ler este estudo, e quiser ver, ao menos como se vestia em seu passado, viajando na mquina do tempo, olhe para a ndia. E para o Paquisto. E para o Ir.A segunda ferramenta para compreender Cantares que ele uma cano. E sendo um cntico compartilha da essncia das artes cnicas, da dana, do canto e da msica.Em alguns momentos compreender essa caracterstica ser de grande valia.Cantares Um poema de amor - Um cntico de amor - Um cntico espiritualEle caminha do corao apaixonado do homem pela sua amada aos mistrios do corao de Deus e do seu tremendo amor pelo ser humano, em especial por aqueles por quem, amando, se deu, e se entregando, os tornou seus, atravs da Igreja a quem considera Noiva.Em terceiro lugar importante compreender a beleza do romance de Cantares. Ele nos ensina coisas extraordinrias, e traar paralelos maravilhosos com a dimenso espiritual das Escrituras.Em quarto lugar ser usada uma ferramenta que soar estranha para a maioria dos estudiosos das Escrituras.A voz do meu amado doce.O cntico convida voc a interpret-lo com doura. Sem arbitrariedades, sem certezas absolutas, sem fixar limites. A cincia bblica usa a palavra tipologia para dizer que uma coisa smbolo de uma realidade espiritual. H a alegorizao que basicamente enseja ver os smbolos, as representaes, as smiles e as as parbolas evocadas por Cantares. Vou usar em vez da palavra tipo a palavra representao. E vou deixar as imagens de Cantares evocarem imagens, recordaes, reminiscncias, paralelos poticos, nas representaes de Cristo, nas operaes espirituais e profticas contidas nas Escrituras, viajando no tempo, sem me limitar a histria humana. Viajo para eternidade passada, caminho para a eternidade futura e no caminho passeio pelos jardins que o esprito plantou, Israel, a Igreja gentlica, a revelao concedida de Deus aos povos, raas tribos e naes. Eu uso livremente de associaes de um modo que todo ser humano l a histria de sua prpria existncia. Relembrando. Atravs da reminiscncia. Toda moa lembra-se do primeiro beijo. Todo filho lembra de fatos marcantes que envolveram eles e seus pais. Ver seu nome na lista de aprovados, a festa de colao de grau daquela faculdade, o momento eletrizante em que voc recebe a prova mais difcil de sua vida e descobre que tirou acima do necessrio para passar. Ns associamos presentes a eventos, pergunte a sua esposa onde ela ganhou cada presente que Ela possui. Cada brinco. Cada jia. E queria que voc soubesse que se no permite que ela use enfeites voc est em pecado e com certeza no ir herdar a salvao. Ao menos mereceria receber a mais longa e tediosa reprimenda espiritual dada pelo Senhor na frente de toda sua comunidade angelical. Porque voc acha que o maior Cntico do Esprito Santo justamente uma cano onde a amada magnificamente enfeitada, ornada? Igrejas que probem atavios leram os dois versos de I Timteo 2.9 e I Pedro 3.3 e rasgaram os 177 versos de Cnticos! Violentaram os textos bblicos, que 11. 11formalizam o desejo que o cuidado com o interior deve suplantar o desejo de ornamenta- se, e nunca anul-lo. O feminino belo aos olhos do Esprito, que deseja ver espiritualmente esses atavios, essa ornamentao, tambm no corao da mulher.Com doura que a voz do Amado deve ser percebida em todo o contexto das Escrituras. Quando o interprete da Palavra de Deus se afasta de uma viso amorosa, liberta, plena, abundante de graa, misericrdia, compaixo e alegria, perder sua viagem.Essa dimenso de entendimento das em Cantares significa que no imponho smbolos. Antes deixarei que as imagens nos conduzam at outras cenas das Escrituras, e que os textos nos relembrem realidades espirituais para nela meditarmos.O que o autor viu nos textos no limita o que cada leitor poder enxergar ou associar. Temos aqui as limitaes humanas de quem escreveu esse comentrio, as suas limitaes do conhecimento das Escrituras, suas limitaes culturais, histricas, lingusticas e seus limites de conhecimento das realidades espirituais.Desejo danar com a Sunamita, no for-la a caminhar comigo por lugares estranhos.Aconselho aos que forem ministrar aulas de Cantares baseados neste estudo a comprarem essncias de nardo, mirra, alos, clamo, cssia e distriburem a multido (com devoluo das mesas e higienizao dos frasquinhos, para apresentar a prxima turma). No, no estou ganhando comisso para fazer essa propaganda de essncias. 12. 12Cantares usar a figura do amor humano, a menina, o pastoreio, o jardim, os irmos, a me, o castelo e o muro, a tenda, at as tranas da moa adorvel para contar o drama do amor de Deus manifesto na histria humana, e tambm na histria escondida, a histria da eternidade e a histria do grande amor, vivido por Ele, manifesto por Ele e s conhecido dele e dos seus profetas.Em Cantares Deus revela seu corao, descortina sua alma e manifesta seus sentimentos, atravs do tempo, no do tempo humano, mas do seu tempo, de seus dias refletindo sua eternidade. um livro de belssimos e de impressionantes mistrios, contado nos passos ligeiros da danarina, da musa inspiradora que arrebata ao corao de Salomo, e nestes passos danados lemos um pequeno musical que conta e canta todas as histrias divinas numa s.Ns iremos danar com a Sulamita e ela levar nosso corao a refletir sobre um amor que sublima a vida, que reinterpreta o mundo e que nos conduz a contemplao da eternidade e de uma paixo tremenda maravilhosa, manifesta diante de incontveis testemunhas, que nos convidar a danar com ele.Cantares Salomo apaixonado pela moa de carter pacifico e igualmente o Esprito de Deus nos convidando a danar.Para sempre.O livro de Cantares traduz um enredo, um drama, um afastamento, um reencontro. H nele zombaria, escravido, desprezo familiar. H nele o inigualvel contraste da pobreza da noiva que a escolhida em relao quele que a desposa. A uma perseguio, risco de morte iminente, sofrimento. H nele dana, festejos, um casamento, um banquete e uma apresentao magnifica da amada sua corte.H nele os desfiles das mulheres de Jerusalm, o cortejo nupcial com os soldados. Um festival de vises e de citaes ecolgicas e geogrficas.Cantares rico em citaes:GeogrficasEcolgicasAdornosEstaesEspeciariasAromasClimasTemporaisSociais.SentimentaisEmocionais.Ele rico em sensaes.Ele rico na sonoridade, nas expresses de doura nas quais as palavras so pequenas e curtas, carinhosas como Dodi, (amado) similar aos apelidos carinhosos que as pessoas enamoradas se do.Ele rico na originalidade das suas palavras, algumas que na lngua hebraica somente so encontrados neste livro. Existem cerca de 50 harpax, cinquenta palavras nicas que s so mencionadas no livro de Cantares. 13. 13As dimenses psicolgicas de cantares so mltiplas, elas tratam do romance sexualidade, do desejo, da atrao, da entrega, da paixo, da celebrao da vida, da dana, da busca pela felicidade, da relao amorosa numa dimenso superior a dimenso ertica. Todos os trabalhos que tentam redefinir Cantares com uma reduo ao erotismo invariavelmente falha. Invariavelmente incompleta. Imprecisa.A nfase do cntico no a mesma do Kama Sutra indiano. A voz, a tnica, o acorde magistral que ecoa do incio ao fim de Cantares o ROMANCE.A dimenso espiritual de Cantares o romance elevado a perfeio de Deus, o amor divino. Numa smile diria que o romance o amor em trajes de festa e o amor divino o amor em trajes de guerra.O Esprito de Deus tomar do romance de um jovem rei pela jovem que guarda as vinhas e nele, neste romance, derramar sua voz, seu cntico, seu amor profundo, tendo como pano de fundo a sua histria, a histria da eternidade.Livro das Escrituras, Velho Testamento. O mais belo cntico de amor escrito. Um hino que possui em sua essncia duas dimenses que se entrelaam de modo maravilhoso: a dimenso do amor divino e a dimenso do amor humano. Nele, a paixo do amado pela amada, o amor de Deus pelo seu povo. Nele, o amor do Esprito pelo ser humano, de Cristo por sua Igreja, de Deus pela humanidade, do Senhor pelo seu povo, do prncipe pela pastora, do rei pela Sunamita.Cada pedao, cada trecho do livro dos cnticos repleto de imagens e abundante de figuras que entrelaam o sacerdcio terra, a ecologia ao amor, o clima s eras; O livro repleto de sentimentos e de sensaes. Ele retrata a dana, instrumentos. Em Cantares a amada dana. Ele evoca cheiros, nos fala de odores, fragrncias, perfumes, especiarias! Evoca cores, rvores, plantas, pssaros, animais e a natureza em todas as suas estaes, primavera, inverno, vero, outono. As suas palavras possuem ritmo, expresses de sonoridade e mtrica, a natureza do livro a de uma composio musical, de uma poesia cantada, uma cano, um cntico.As suas palavras possuem imagens sonoras que expressam ora doura, ora raiva, ora frustrao, ora jbilo, na lngua original. E magistral em todas as lnguas, qualquer traduo, encantadora.O Cntico dos Cnticos santifica a paixo entre o homem e a mulher, uma declarao proftica, sacerdotal, da beleza deste amor. a mais importante declarao religiosa sobre o carter do amor conjugal. Se lido, se amado, se exercido, traria uma qualidade conjugal maravilhosa para todos os casais em todas as culturas do mundo. Todo posicionamento filosfico, doutrinrio ou religioso que contradiga o cntico dos cnticos um ato contra a liberdade do amor promulgada por Ele.Ele a constituio universal e soberana da paixo, na dimenso humana.Contudo, no existe somente uma dimenso em Cnticos, ele uma ddiva humana, e um canto de amor do Espirito de Deus, pela humanidade, por Israel, pela Igreja. Por isso nele existe uma leitura proftica to impactante quanto h em Salmos. Ele to cheio de imagens espirituais quanto os Evangelhos ou o Apocalipse. uma histria de amor que transita entre dois universos, entre duas realidades. Nos olhos do rei que apaixonado pede para que sua amada desvie seus olhos dos dele porque seu olhar o faz desvanecer, enrubescer, envergonhar-se lemos a belssima histria de amor que retrata de modo singular o descompasso de muitos coraes. Dos nossos, dos personagens, de todos os que 14. 14se apaixonarem e de Deus. Um filme Indiano contado pelo mais sbio ser humano que viveu na terra, num dia apaixonado, de modo apaixonante, repleto de inspirao divina. Para compreend-lo importante conhecer antes alguns captulos e de textos do Velho Testamento, lugares, paisagens, acontecimentos.Cantares possui 117 versos onde h um nmero surpreendente de palavras raras, palavras que ocorrem apenas no Cntico dos Cnticos, muitos s uma vez l, ou que ocorrem pouqussimas vezes em todo o resto do corpo do Antigo Testamento. Nele h cerca de 470 palavras diferentes. E destas 470 palavras, cerca de 50 destes so harpax legomena. Esse termo mstico significa que na lngua hebraica s ocorrem em Cantares. O resultado que muitas vezes h incerteza quanto ao exato significado destes termos e seu correto uso nas frases.Como leo purificado, como unguento derramado- Cnticos utiliza como principal figura a comparao, a smile. As smiles so facilmente identificveis pela precedncia de como ou semelhante. Como as usadas nos versos: Semelhante usada 9 vezes - Cantares 5:6, 8, 11, 15; 6:4, 10, 13; 8:6, 10. como usado 47 vezes em 36 versos - Cantares 1:3, 5, 7, 9, 15; 2:2, 3, 9, 17; 3:6; 4:1, 2, 3, 4, 5, 11; 5:11, 12, 13, 15; 6:5, 6, 7, 10; 7:1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9; 8:1, 6, 10, 14. Questione ao Esprito de Deus sobre a profundidade para compreender a profundidade destas comparaes.A palavra hebraica para "guia" nesher; nun, shin, reish. As duas letras finais de nesher podemos dizer shar, que significa "cano". Em Hebraico, cntico, que inclui poesia, chamado shir, como representado pelas letras hebraicas shin e reish de nesher- Salomo, Shulamit - Sulamita, Shalom - paz, Ierushalaim - Jerusalm. Trata-se inclusive de uma nfase letra _ (shin) do hebraico e que a 21 letra do alfabeto - a letra que tem a forma do candelabro do Tabernculo.A sibilao das palavras transmitidas pelo shin, Sholomoh, Shulamit, Shalom, Ierushlaim pe em evidncia o desejo do autor, caprichoso em seus mnimos detalhes. Ierushalaim significa herana eterna de paz (Ierushaolam). E essa sibilao como que um som trazido pelo sopro do Esprito Santo de Deus, como que a dizer:- Paz, paz, paz.(Jesus na Ecologia de Israel Nivalda Gueiros Leito)L. A. Schkel inclui, tambm, esse critrio de sonoridade como elemento de anlise potica. Segundo este autor, existem fenmenos estilsticos, que acontecem atravs da repetio de sons semelhantes ou iguais, e so possveis de detectar mesmo sem conhecer a 15. 15sonoridade exata dos fonemas. A lngua hebraica usa mais efeitos sonoros do que as lnguas modernasO cntico retrata um grande amor vivido por um homem gerado por uma tragdia (o assassinato de Urias), fruto de uma paixo insana (vivido por Davi), tendo vivido em meio a uma famlia marcada por um incesto (Amon e Tamar) e tendo se tornado o mais poderoso e rico homem que a terra presenciou. E que, apesar de tudo isso, apaixonou-se por uma alde, por uma plebeia, por uma jovem comum, que correspondeu a esse amor louco!E enfrentando as tradies, as diferenas sociais, de ambos, conseguindo por fim despos- la. E nesse amor Deus enxerga a sua prpria odisseia, o seu prprio amor, e o seu apaixonado corao.A feliz unidade revelada em Cantares inconcebvel parte do Esprito Santo.Um jogo de palavras, baseado no sopro divino do flego da vida (o Esprito Santo) de Gnesis 2.7 parece vir tona em Cantares. Isso acontece em antes que refresque o dia (2.17; 4.6), no soprar do vento no jardim da Sulamita (4.16) e, surpreendentemente, na fragrncia da respirao e do fruto da macieira (7.8).almMoa, Virgem. 16. 16As Escrituras possuem outros Cnticos, nomeados assim, compostos assim, todos com estupendo e notrio carter proftico. Essa lista no exaustiva: xodo 15:1ENTO cantou Moiss e os filhos de Israel este cntico ao Senhor, e falaram, dizendo: Cantarei ao Senhor, porque gloriosamente triunfou; lanou no mar o cavalo e o seu cavaleiro. xodo 15:2O Senhor a minha fora, e o meu cntico; ele me foi por salvao; este o meu Deus, portanto lhe farei uma habitao; ele o Deus de meu pai, por isso o exaltarei. Nmeros 21:17Ento Israel cantou este cntico: Brota, poo! Cantai dele: Deuteronmio 31:19Agora, pois, escrevei-vos este cntico, e ensinai-o aos filhos de Israel; ponde-o na sua boca, para que este cntico me seja por testemunha contra os filhos de Israel. Juzes 5:12Desperta, desperta, Dbora, desperta, desperta, entoa um cntico; levanta-te, Baraque, e leva presos os teus cativos, tu, filho de Abinoo. 2 Samuel 22:1E FALOU Davi ao Senhor as palavras deste cntico, no dia em que o Senhor o livrou das mos de todos os seus inimigos e das mos de Saul. Salmos 33:3Cantai-lhe um cntico novo; tocai bem e com jbilo. Salmos 40:3E ps um novo cntico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o vero, e temero, e confiaro no Senhor. Salmos 69:12Aqueles que se assentam porta falam contra mim; e fui o cntico dos bebedores de bebida forte. Salmos 69:30Louvarei o nome de Deus com um cntico, e engrandec-lo-ei com ao de graas. Salmos 77:6De noite chamei lembrana o meu cntico; meditei em meu corao, e o meu esprito esquadrinhou. Salmos 96:1CANTAI ao Senhor um cntico novo, cantai ao Senhor toda a terra. Salmos 98:1CANTAI ao Senhor um cntico novo, porque fez maravilhas; a sua destra e o seu brao santo lhe alcanaram a salvao. Salmos 118:14O Senhor a minha fora e o meu cntico; e se fez a minha salvao. Salmos 126:2Ento a nossa boca se encheu de riso e a nossa lngua de cntico; ento se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o Senhor a estes. Salmos 144:9A ti, Deus, cantarei um cntico novo; com o saltrio e instrumento de dez cordas te cantarei louvores; Salmos 149:1 17. 17LOUVAI ao Senhor. Cantai ao Senhor um cntico novo, e o seu louvor na congregao dos santos. Cantares 1:1CNTICO dos cnticos, que de Salomo. Isaas 5:1AGORA cantarei ao meu amado o cntico do meu querido a respeito da sua vinha. O meu amado tem uma vinha num outeiro frtil. Isaas 12:2Eis que Deus a minha salvao; nele confiarei, e no temerei, porque o Senhor Deus a minha fora e o meu cntico, e se tornou a minha salvao. Isaas 25:5Como o calor em lugar seco, assim abaters o mpeto dos estranhos; como se abranda o calor pela sombra da espessa nuvem, assim o cntico dos tiranos ser humilhado. Isaas 26:1NAQUELE dia se entoar este cntico na terra de Jud: Temos uma cidade forte, a que Deus ps a salvao por muros e antemuros. Isaas 30:29Um cntico haver entre vs, como na noite em que se celebra uma festa santa; e alegria de corao, como a daquele que vai com flauta, para entrar no monte do Senhor, Rocha de Israel. Isaas 42:10Cantai ao Senhor um cntico novo, e o seu louvor desde a extremidade da terra; vs os que navegais pelo mar, e tudo quanto h nele; vs, ilhas, e seus habitantes. Isaas 54:1CANTA alegremente, estril, que no deste luz; rompe em cntico, e exclama com alegria, tu que no tiveste dores de parto; porque mais so os filhos da mulher solitria, do que os filhos da casada, diz o Senhor. Isaas 55:12Porque com alegria saireis, e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros rompero em cntico diante de vs, e todas as rvores do campo batero palmas. Apocalipse 5:9E cantavam um novo cntico, dizendo: Digno s de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e lngua, e povo, e nao; Apocalipse 14:3E cantavam um como cntico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos ancios; e ningum podia aprender aquele cntico, seno os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra. Apocalipse 15:3E cantavam o cntico de Moiss, servo de Deus, e o cntico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas so as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros so os teus caminhos, Rei dos santos.Mas somente um chamado de Cntico dos cnticos. 18. 18FORMOSAFormosa - Yapheh - (yapheh) um adjetivo que significa beleza, usado para descrever a beleza das mulheres (Gnesis 12:11, 14, 2Sa 13:01, Esther 2:7). E boa aparncia ou belos homens (2Sa 14:25). usos esto em Cantares de Salomo) - Gen 1:11, 14; 29:17; 39:6; 41:2, 4, 18; Dt 21:11; 1 Sa 16:12; 17:42; 25:3; 2Sa 13:1; 14:25, 27; 1Rs 1:3, 4; Ester 2:7; J 42:15; Ps 48:2; Pr 11:22; Eclesiastes 3:11; 5:18; Canticos 1:8, 15, 16; 2:10, 13; 4:1, 7; 5:9; 6:1, 4, 10; Jer 11:16; Ez 31:3, 9; 33:32; Ams 8:13.Ele fez tudo formoso no seu tempo.Ele tambm ps a eternidade no corao deles, mas para que o homem no vai descobrir a obra que Deus fez desde o princpio at o fim. (Eclesiastes 3:11).H uma misteriosa conexo entre a palavra formosura, tempo e eternidade nas Escrituras. Salomo associar anos mais tarde, quando j um ancio a palavra formoso com o tempo. A expresso formoso em seu tempo evoca a mocidade, a beleza da juventude, a beleza da criana, ao instante em que a mulher atinge o apogeu de sua beleza, o instante em que o homem atinge o apogeu de sua fora, virtudes que sero afetadas pelo processo do envelhecimento natural. Percebemos a transitoriedade da vida, e sabemos que tais momentos so passageiros, ainda que venham a durar anos ou mesmo dezenas de anos,No se mantm. No eterno. Porm o texto nos surpreende. Ele associa-se com o conceito de eternidade, implantada no corao humano. Uma vocao para no querer 19. 19envelhecer, no desejar morrer, antes manter a sade, a beleza, a virilidade, para todo o sempre. H um sonho no esprito humano. Uma das engrenagens mestras que movem a cincia a manuteno da eterna juventude e a busca da imortalidade humana. Milhares de pessoas hoje buscam camaras criognicas para manuteno de seus corpos aps a morte na esperana de um dia ressuscitarem e serem restauradas.A revelao contida em Eclesiastes vai alm da percepo do desejo de imortalidade humana. Diz que a ETERNIDADE foi colocada no esprito humano. Que de algum modo o ser humano entende que nele habita um esprito que no cessa com a morte fsica. Que h algo que aponta para a existncia de um universo no qual a morte no possui domnio. Que h uma dimenso que no afetada pelo tempo. Em sua alma ecoa a dimenso angelical, em sonhos, em percepes, em inspiraes momentneas ele sente, ele tocado pelos poderes espirituais ao seu redor. Dom Richardson nos conceder uma maravilhosa viso sobre a profundidade do testemunho divino, e tremendas revelaes sobre sua pessoa concedida aos povos, raas, tribos e naes, preparando-as para conhecerem a Cristo, seu amor, e seu projeto.Fator Melquisedequehttps://drive.google.com/file/d/0B_fUj9Htg3KaYTVpVGhzcjM2dHM/edit?usp=sharingH uma razo para que a eternidade tenha sido implantada na esfera humana. Porque no Projeto divino h um convite, um chamado, um desejo COMPARTILHADO. Do mesmo modo que o esprito humano anseia viver eternamente, o Esprito de Deus anseia que o ser humano seja purificado, seja limpo, seja curado, seja transformado, para receber o DIREITO a participar de sua ETERNIDADE. Deus deseja intimamente que formoso ao seu tempo seja mudado para formoso eternamente. 20. 20A HISTRIA DE SALOMOH uma tremenda diferena entre Davi e Salomo. Porm, dezenas de similaridades. Salomo herdou do pai a musicalidade e a inspirao. Um poeta por excelncia, um luthier, um estadista, um cantor e instrumentista. No est declarado, mas quem escreveu este estudo um musico. E ns msicos reconhecemos msicos com certa facilidade. Salomo fabrica instrumentos nicos e autor de milhares de canes. Tinha um pai que organizou a primeira orquestra de Israel. Viveu sua infncia20 e adolescncia ouvindo as dezenas de melodias inspiradas da boca do maior menestrel, do maior cantor, musico e compositor de Israel. A facilidade que Salomo possui de compor cnticos, sua proximidade com Davi e mesmo com o Templo, sua vida vivida prximo dos maiores mestres de msica de sua era, Hem, Asafe e Jedutum, sua capacidade na escolha de uma madeira especialssima para confeco de instrumentos que originariam um dia os violes, guitarras, alades e seus parentes nos indicam com maestria o grau de musicalidade de Salomo. E nos conduzem a reconhec-lo como exmio cantor. At porque a moa de Cantares reconhece a beleza e suavidade de sua voz....e eis a voz do meu amado que est batendo: abre-me, minha irm, meu amor, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabea est cheia de orvalho, os meus cabelos das gotas da noite...Salomo escreveu cerca de 1005 cnticos. (I Reis 4.32,33) mas, somente um destes foi preservado. Sendo Salomo seu autor, o livro foi provavelmente escrito depois de ele tornar-se rei, ter adquirido muitas carruagens do Egito e ter ampliado suas vinhas at o vale de Jezreel. O rabino Akiba (135 d.C.) afirmou que este era o mais sagrado dos Livros Sagrados de Israel. Foi considerado sagrado por sua alegoria do relacionamento amoroso entre Israel e o Senhor da Aliana. Como tal, era lido anualmente pela nao por ocasio da Festa da Pscoa.Esse Cntico de Amor, porm, foi tambm apreciado e julgado sagrado por Israel devido sua descrio urea do amor conjugal. Este livro eleva o relacionamento entre esposo e esposa a um alto plano de dever sagrado e experincia espiritual, cumprindo a ordem divina da intimidade conjugal de Gnesis 2.24. Enfatiza tambm a importncia de adiar tal intimidade, nem desperteis o amor (8.4), at o momento propcio, que simbolizado no Casamento.A grande diferena entre Salomo e seu pai que Salomo manejava com maestria um alade, mas no a espada. Salomo no guerreou como seu pai, no esteve em batalhas sangrentas, no viveu sob o toldo das estrelas junto a batalhes de mercenrios, em lutas dramticas e sobrevivendo custa de livramentos espetaculares. Davi havia participado de batalhas at no ter mais condies fsicas de restar num campo de combate. Um guerreiro por excelncia. Salomo no possui tais capacidades, no era um guerreiro porque as lutas de seu amado pai haviam lhe proporcionado uma ddiva nica. A paz. Davi vencera todos os inimigos. Israel pela primeira, nica e ltima veza em toda sua histria milenar gozava de paz, ainda que por submisso atravs da fora com algumas naes, com todos os seus vizinhos.Salomo significa pacifico. Ele filho do maior rei de Israel, filho de Davi. Seu pai era poeta, um profeta e um grande musico. Sua me Betseba, a maior paixo da vida de seu pai e tambm a fonte de seu maior pecado. Davi a conheceu muito jovem, desposada de um de seus mais valorosos guerreiros. A histria do Rei Arthur e de Lancelot a resposta literria para a tragdia que envolve o episdio com Betseba. Em dias de guerra quando seu 21. 21esposo estava lutando as guerras de Israel Betseba foi com suas servas banhar-se num riacho prximo ao palcio do rei e ele ao v-la banhar-se, contemplando sua extrema formosura, a deseja. Informa-se com seus servos sobre quem a moa que se banhou ao lado de seu castelo e descobre que ela esposa de um de seus mais valentes e nobres soldados. E que pertencia a sua guarda pessoal conhecida como os valentes de Davi. Movido pelo desejo ele a convida para jantar com ele no palcio. A moa se sente honrada e certamente Davi utilizou-se de todos os seus recursos para seduzi-la. E conseguiu. Mesmo casada ela consente em ter uma noite com o rei e depois volta para casa. Porm nessa nica experincia extraconjugal fica grvida e manda avisar ao rei. Aps vrios planos de tentar encobrir sua culpa no funcionar, incluindo embebedar ao esposo de sua amante grvida, Davi querendo evitar a vergonha do acontecimento e a exposio da situao embaraosa ao pblico decide colocar um srdido plano em ao na qual faz o marido de Betseba ir para a mais perigosa frente de batalha tendo em mos uma carta na qual havia, sem que soubesse disso, sua prpria sentena de morte. Na carta que Urias carregou para o general frente de uma longa batalha para tomada de uma cidade estavam ordens para que o infeliz soldado fosse conduzido a pior frente de batalha e em algum momento, abandonado pelos companheiros. Assim cumpre a ordem imoral, sem pestanejar, o general Joabe. E Urias morre naquela mesma noite. O rei avisado da morte de Urias e envia servos para avisar a Betseba do triste fim de seu esposo. Dias aps ele manda recolher a belssima moa viva em seu palcio. Sendo considerado um nobre por todos os seus contemporneos, fortalecido pelo fato de aceitar a esposa grvida, de outro homem - pois de nada desconfiavam, seno Joabe, que tudo sabia. Porm enquanto representava seu srdido papel o Esprito de Deus revelou toda a trama ao profeta do reino de Davi. A criana que iria nascer desta unio ilegal, morre. Porm meses depois nasceria uma segunda criana. Essa criana Salomo a quem Davi chamou de PAZ. Porque agora entendia que poderia sentir a paz que a culpa de suas aes torpes haviam dele retirado. Muitos dramas viveria Davi em virtude desta paixo seguida da morte de um amigo. Incluindo o drama de sua filha Tamar, possuda por um de seus filhos, Amon. Tamar foi vingada atravs de um filho de outra esposa de Davi, Absalo e Absalo morreria nas mos do mesmo general que um dia recebeu a carta que enviou para Urias para a morte, em virtude de um motim que terminou em tragdia.Porm seu arrependimento e sua conduta futura mostraram ser ele um dos mais singulares homens que j viveu sobre a terra. Deus o chama de meu amado. Suas canes de louvor e adorao eram to cheias do esprito de Deus que ainda podemos nelas ler profecias que um dia se cumpriro sobre a terra. Mil anos antes da crucificao leremos no salmo 22 a exata reconstruo da cena do calvrio. Davi envelheceu e deixou o reino para seu filho Salomo. Salomo teve um passado conturbado. E sob a sombra de um futuro incerto Salomo recebeu por intermdio de um sonho uma ddiva que transformaria toda sua vida. O Esprito de Deus se manifesta num sonho e pergunta-lhe o que gostaria de ter. E ele responde:- Capacidade de discernir entre o certo e o errado. Sabedoria para poder julgar com justia as causas de meu povo.E Deus lhe concedeu o que solicitou. E num patamar que ns desconhecemos. Temos uma vaga noo de seu discernimento atravs de Eclesiastes e do livro de Provrbios e de sua capacidade de julgar os coraes humanos restou-nos uma nica deciso jurdica, que , para todos que leem uma das mais inteligentes e justas decises que a histria nos legou. Quase imprescindvel em cursos de Direito deixar de mencionar a cena das prostitutas e da espada.Salomo Foi um grande administrador, sua riqueza narrada nas Escrituras para ns quase que mtica. 22. 22Um pouco antes da morte de seu pai, quando j envelhecido, dito que Davi sente muito frio num dramtico inverno em Israel. Os conselheiros solicitam a vinda de uma jovem para aquecer ao rei. Uma moa da regio de Sunem, Abisaque, conduzida at o palcio e sua nica misso dormir ao lado do rei para aquec-lo, e assim ela o faz at os ltimos dias daquele inverno, no qual Davi falecer. Ela conhecida pelo povoado de onde viera, Sunamita. Sunm estava localizada em uma elevao de terras a cinco quilmetros ao norte do vale de Jezreel. Sunen conhecida como a atual Sulan,Shulen Sulam (Arabic: ; Hebrew: . 23. 23Sobre SunamitaAs duas pronunciam so possveis, Sunamita ou Sulamita. Porque podemos pronunciar Sunem ou Sulen. A cidade atualmente chamada de Sulan. Sulamita mais prxima a pronuncia do nome do rei Salomo. Neste estudo optou-se por nome-la, a maior parte do tempo, de Sunamita.Importante observar que Jerusalm possui Salm muito prxima a sulem/sunem escreve-se do mesmo modo. Yerou Cidade Salm da paz. Salm um modo carinhoso de chamar Jerusalm.Sulan/Sunem fazia parte da poro de terra dada aos descendentes de Issacar, de frente ao monte Gilboa onde o rei Saul realizou sua ltima batalha e onde morreram tambm seus filhos. Era Rodeada por cactos e pomares, logo a sua frente estava o monte Carmelo, onde um dia o profeta Elias lutaria com quatrocentos profetas de Baal. parte da regio que ser chamada um dia de Galilia. Sunem a cidade onde, quatrocentos anos aps a composio de Cantares, uma moa infrtil ter um filho que morrer e ressuscitar pelo ministrio do profeta Eliseu. Bem prximo ao sul, podia se ver o caminho inclinado que levava ao monte Gilboa. A Sunamita vem de uma cidade que ao norte possui o vale de Jezreel, ao sul ao monte Gilboa. Cada pedao da geografia da terra santa coberto de significados. Um dia esse vale, o qual era uma propriedade agrcola na poca de Salomo, ser o palco da maior batalha feita pelo ser humano, profetizada por Joo em Apocalipse, a batalha de Ar-magedom. Ou Batalha do monte Megido, em referencia ao monte que fica no meio do vale de Jezrel. Nesse vale Jesus caminhar um dia e enfrentar os exrcitos do mundo que se reuniro para destruir a Israel, segundo a profecia dada em Apocalipse. 24. 24Sunem em 1914A Sunamita neste momento do cntico no evoca tantas realidades. Ainda. Mas importante ver o futuro para compreender o carter proftico do Cntico.400 anos aps:A cena da ressurreio do filho da Sunamita do futuro:"Sucedeu tambm um dia que, indo Eliseu a Sunm, havia ali uma mulher importante, a qual o reteve para comer po; e sucedeu que todas as vezes que passava por ali entrava para comer po." 2 Reis 4:8"E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que sempre passa por ns um santo homem de Deus." 2 Reis 4:9 25. 25"Faamos-lhe, pois, um pequeno quarto junto ao muro, e ali lhe ponhamos uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; e h de ser que, vindo ele a ns, para ali se recolher." 2 Reis 4:10"Haver alguma coisa de que se fale por ti ao rei, ou ao capito do exrcito? E disse ela: Eu habito no meio do meu povo." 2 Reis 4:13"E concebeu a mulher, e deu luz um filho, no tempo determinado, no ano seguinte, segundo Eliseu lhe dissera." 2 Reis 4:17"E, crescendo o filho, sucedeu que um dia saiu para ter com seu pai, que estava com os segadores, E disse a seu pai: Ai, a minha cabea! Ai, a minha cabea! Ento disse a um moo: Leva-o sua me." 2 Reis 4:18-19"Chegando ela, pois, ao homem de Deus, ao monte, pegou nos seus ps; mas chegou Geazi para retir-la; disse porm o homem de Deus: Deixa-a, porque a sua alma est triste de amargura, e o SENHOR me encobriu, e no me manifestou." 2 Reis 4:27Retornado a poca do Cntico:A beleza dessa moradora de Sunem devia ser impressionante. A moa passa a habitar o palcio agora pertencente a Salomo. To impactante sua formosura ou talvez por motivos polticos, um dos irmos de Salomo, Adonias, que havia pretendido ser o rei aps a morte de Davi, solicita a Salomo que lhe envie a moa. Salomo J tinha recebido ordens expressas de Davi para lidar com as artimanhas de Adonias. E por considerar a moa quase como esposa de seu pai, Salomo ultrajado nega-se a envia-la e ainda o condena com dura punio. Talvez Adonias quisesse maltratar da moa, e Salomo interpretou que ao envia-la estaria na verdade condenando-a a priso, desterro ou mesmo a morte.Salomo praticaria durante sua vida a prtica de unirem-se as famlias dos reis atravs de casamentos. Tornando-se parente dos soberanos, evitaria a guerra. Mas essa unio se dava atravs de seu casamento com as filhas dos vizires, dos nobres e governantes de diversos povos.Quando Salomo escreve os Cnticos numa de suas linhas ele diz:Sessenta so as rainhas, e oitenta as concubinas, e as virgens sem nmero 26. 26Isso coloca o tempo da Autoria de Cantares em sua Juventude, nos primeiros anos de seu reinado. Porque ao fim de seu reinado de mais de quarenta anos, Salomo ter acumulado cerca de 1000 mulheres!I Reis 11O rei Salomo casou com muitas mulheres estrangeiras, alm da princesa egpcia. Muitas delas vieram de naes onde se adoravam dolos Moabe, Amom, Edom, Sidom e dos heteus 2 apesar do Senhor ter dado instrues expressas ao seu povo para que no casasse com pessoas dessas naes, porque as mulheres com quem eles casassem haviam de os levar adorar os seus deuses. Apesar disso, Salomo deixou-se levar pelo amor por essas mulheres. 3/4 Teve setecentas mulheres e trezentas concubinas; elas foram, sem dvida, responsveis por ele ter desviado o seu corao do Senhor, especialmente no tempo j da sua velhice. Encorajaram-no a adorar os seus deuses em lugar de confiar inteiramente no Senhor, como fazia seu pai David. 5 Salomo prestou culto a Asterote, deusa dos sidnios, e a Milcom, o abominvel deus dos amonitas.E em troca do ganho politico Salomo teve que construir uma cidadela para abrigar suas esposas e concubinas. E de seu relacionamento com essas mulheres, podemos imaginar as intrigas palacianas, os festivais, as grandes comemoraes, as danas, e a necessidade de aceitar a religiosidade, as culturas e as tradies destas mulheres. Elas no poderiam viver da intimidade com o rei, no poderiam desfrutar sequer de sua presena a ss, na maioria do tempo. Ento elas tinham direito a tudo que pudesse tornar sua vida mais confortvel. Mas ao curvar-se diante de tantos caprichos de tantas princesas Salomo praticou atos contrrios a sua f. Algumas das religies apresentadas introduziam prticas abominadas por Deus. Incluindo sacrifcios de animais impuros, ritos de sangue, bebidas alucingenas, cultos sexuais e at mesmo sacrifcios humanos, que se no realizados literalmente, eram no mnimo, ritualizados ou simulados.Enquanto jovem Salomo ainda teve condio de viver, de um modo milagroso, um grande amor. Depois ele se perder em futilidades, em atos que necessitar repensar. Esse autojulgamento, essa reavaliao de sua vida, de seus ideais, de seus valores e do que realmente importou aps uma vida plena de recursos, num nvel para a maioria de ns inimaginvel, ns leremos no livro de Eclesiastes.Como ento, voc perguntaria, um homem que teve 700 esposas pode ter gerado um cntico to profundo que fala sobre uma nica grande paixo? E de que adiantou narrar tamanha histria de amor se diante de to grande poligamia um sentimento como este parece perder o sentido? Ou porque Deus permitiu que o Cntico de um sujeito com tantos envolvimentos, to mulherengo servisse como pano de fundo de seu amor exclusivo?As Escrituras falam-nos de seres humanos, com defeitos, vcios e falhas que receberam a graa de serem portadores de voz de Deus, de sua Palavra, de seu Amor. Foi em meio a humanidade pecadora que Deus manifestou-se maravilhosamente, no levando em conta seus pecados, mas abenoando e escolhendo momentos especiais de suas vidas para comunicar-nos a sua Palavra. O Esprito de Deus capturou um momento especial na vida de Salomo, um momento nico, ainda que passageiro, e dele usou para falar de seu amor que nunca cessa. O que foi vivido por algumas semanas, meses ou anos, retratado de modo magnifico, relembrado e preservado pelo Esprito, de mil e cinco cnticos, somente este Deus escolheu para representar seu corao. Um 27. 27momento da vida de um homem que ele abenoou, que refletem do mesmo modo UM MOMENTO da VIDA DE DEUS. Deus eterno, toda a histria humana equivale a momentos desta eternidade. Da criao at a Redeno, da Ressurreio at a Nova Criao, pode ser um longo perodo para ns que passamos como uma sombra. Mas, no para Ele. 28. 28Cantares possui muitas dimenses. Ele ao mesmo tempo o mais belo cntico de amor humano escrito e adorna os mais sublimes mistrios profticos contidos dentro das Escrituras.Perfaz uma viagem transcendental at o interior de Deus, evocando poeticamente toda a magia da beleza do amor divino, transmitindo os rubores e rumores, a excelncia e a profundidade de um amor que excede ao nosso entendimento, atravs de um cntico tecido atravs de imagens, gestos, sentimentos, sombras, personagens e um amor que vai crescendo at atingir a mais poderosa expresso que j foi expressa sobre o seu significado, no capitulo oitavo. O livro cresce em intensidade e paixo, trafegando por paisagens belssimas, transportando-nos a realidades que representam os cus, a terra, os anjos, ao esprito humano, a alma, aos sonhos, a vida e a morte, a eternidade e a profecia, desvendando atravs de uma singela histria de amor, ao amor de um modo completo. 29. 29O apogeu de Cantares um grito enciumado que impressiona-nos profundamente:Pe-me como selo sobre o teu corao, como selo sobre o teu brao, porque o amor forte como a morte, e duro como a sepultura o cime; as suas brasas so brasas de fogo, com veementes labaredas.O amor desafia afrontosamente ao poder que mais alvoroa os sentimentos dos homens, que desafia ao dinheiro, ao prestigio, fama e ao poder que destroniza reis, que lana por cho a soberba humana, que enterra na cova dos pobres aos altivos desta terra e que nivela 30. 30o arrogante ao humilde, o dspota ao servo errante. A morte afronta aos poderosos, afronta a sociedade, a cincia humana, a soberba do homem. Mas no capaz de declarar- se vitoriosa diante do amor. E mesmo que o fosse por milnios, na ressurreio de Cristo a morte afrontada com a verdade desta essncia imortal, poderosa e deslumbrante. O cntico dos cnticos PROFETIZA a vitria de um poder que to grande quanto o poder da morte. E avana na declarao dizendo que este amor gera CIUME, um CIUME to monstruoso, to aterrador, to poderoso, que as sepulturas no so mais resistentes do que ele. E que as suas brasas so maiores do que as sepulturas, cujo fogo veemente, incansvel, inextinguvel. E por causa deste CIUME que a morte no poder SEPARAR do AMADO a vida de sua amada. A morte no resistir a tamanho amor. No poder conter aos redimidos em seu seio, ou os que morreram aguardando a vinda do Amado sob seu poder. Paulo declarar de outro modo esse epteto:Quem nos SEPARAR do AMOR de CRISTO? A morte, ou os principados?Fruto de idntica inspirao.Nossas vidas so limitadas aos nossos dias que passam ligeiro. Trazemos conosco memrias, carregamos a esperana no colo. Nosso mundo envelhece juntamente conosco, basta ver uma foto do jardim da infncia ou das ruas de nossa cidade transformadas pela urbanizao. Nossa histria muda no decorrer dos anos, assim como nossos relacionamentos, nossos projetos. Alguns sonhos se realizam, outros se desfazem, sofremos perdas e alcanamos gigantescas vitrias. Somos marcados por pessoas. Marcados por amizades, ou por inimizades, pelo afeto que deixou marcas ou pelas perseguies que do mesmo modo deixaram em ns marcas na alma. Cantares canta um momento da vida de dois jovens enamorados. E se pudssemos transcender a histria dos dois enamorados at a histria divina? Nosso ontem retrocede at nosso nascimento. Nosso amanh vai at nossa sepultura, caso no acontea algo sobrenatural, humanamente 31. 31falando. Cristo muda dramaticamente essa mtrica. Porm a histria de Deus se inicia, por assim dizer, na eternidade passada, ou no passado da eternidade e finda...no. No finda. Mas independente de no ter incio e nem fim, Deus possui uma histria. Ele tambm possui marcas deixadas por afetos e inimizades em sua essncia. Em sua memria, em suas obras, em suas realizaes. A histria divina profundamente impactada pela nossa. Por mais paradoxal que possa parecer este enunciado.Para torn-la inteligvel, compreensvel a ns Ele a retratou em Cantares. Toda ela. O amor de Salomo e Sunamita uma dana, um cntico, um drama, uma cano. Nessa cano o Esprito entoar um cntico de amor, a sua prpria cano. Em cada passo da danarina de Cantares ele ver a dana da Sunamita Celestial, que representar o seu amor pela Igreja terrena e pela misteriosa e invisvel Igreja Celestial. Aquela que aparece num momento assombroso l no Livro de Hebreus, a multido de esprito dos justos aperfeioados e aos incontveis anjos.O livro acontece em 8 captulos, que percorrem alguns dias. Talvez 7 dias mais um do casamento futuro e outro especial da recompensa dos guardas. Uma semana memorvel, mgica. Um momento nico da vida de um jovem e uma adolescente.Toda a histria da Redeno, que compreende fatos anteriores a existncia do homem e fatos posteriores histria humana, representam somente um instante, um momento da Vida daquele que Vive para Todo o Sempre. Mas, que so profundos para o seu corao.O livro ento ser um dueto. E uma dana. Anjos iro danar nos cus testemunhando a dana da menina caadora de raposas, o Esprito compor a quatro mos a melodia, juntamente com o apaixonado Salomo. Salomo olha para sua amada e nela Deus contemplar sua paixo.Cantares nos apresentar o amor de Deus pela Igreja, por Israel e pela Humanidade, de maneira:Ldica e ProfticaDe modo Humano e de modo SobrenaturalPercorrendo a histria e a eternidade.https://www.youtube.com/watch?v=O9CG_PoEWCgEste Estudo tem a inteno de descortinar o segundo vu. Indo alm da dimenso humana de Cantares, ir de encontro ao Sobrenatural e a Eternidade. A palavra sombra no Novo testamento um termo tcnico quando usado para descrever realidades espirituais. Por sombra entendemos que uma cena que aconteceu no Velho Testamento representa algo transcendente, algo futuro, ainda desconhecido. Como se vssemos uma imagem refletida por um espelho de cobre, por um pedao de metal limpo, ou um reflexo na gua. Nos concede uma ideia. Uma vaga noo. Uma sombra. O Cntico tambm apresenta-nos como uma sombra. E atrs de uma das dimenses desta sombra que os comentrios iro focar, na esfera das coisas invisveis, eternas, celestiais. Cantares no se limita ao que ser exposto. Haveria espao para uma abordagem humana que vai desde a intimidade de um casal, a psicologia do afeto, as questes ldicas (essas eu trato, mas com enfoque nas coisas eternas) as questes sociais presentes... as quais esboo.Como falei, Cantares um DUETO. Espiritual e humano. 32. 32No h uma espiritualizao ou alegorizao que CONTENHA os significados de Cantares. Pregar as questes profticas no anula as demais questes do livro.Ele mais profundo do que ns mestres somos capazes de explicar e do que os profetas so capazes de enxergar.Se um profeta disser para voc que ele sabe o significado completo, que o que ele sabe o que DEFINE CANTARES, se sua viso proftica tudo, para todos,Ria. Baixinho. Pode ser que ele esteja do seu lado.Welington Jos Ferreira 33. 33As Escrituras vertem vinho. O nico livro do antigo Testamento que no menciona o vinho o livro de Jonas. E tem uma razo. O vinho uma figura que quando usada com 34. 34o Esprito de Deus evoca uma de suas qualidades de carter. Assim como o leo, quando aplicado como representao do Esprito. O Vinho simboliza, em relao ao Esprito a sua presena NO INTERIOR, em especial sua Vida, sua Alegria. O leo, igualmente, simboliza a uno, a MANIFESTAO EXTERNA, de modo mais amplo ao PODER do ESPRITO. Jonas foi um dos homens mais ungidos que j pisou este mundo. Tem algo a ver com o que ocorreu com ele l no interior do peixe abissal que o engoliu. Para todos os efeitos, literal ou espiritualmente, Jonas um MORTO que saiu das GUAS e das profundezas para PREGAR aos mortos espirituais de Nnive. E sua pregao to poderosa que fazem 200.000 pessoas ou mais, chorarem, gritarem, clamarem a Deus sua graa, implorarem sua misericrdia e seu perdo. Trs dias sem dormir, trs dias sem para de falar. Trs dias que transformaram pela primeira vez e ltima na histria da humanidade, toda uma gerao, toda uma nao. Impressionante. 35. 35Mesmo assim, Jonas, o fez a base de leo. Mas no de vinho. Ele ODIAVA aos ninivitas. Ele ansiava que eles o rejeitassem, para serem destrudos como Sodoma e Gomorra. Ao final da pregao fez um acampamento do lado de fora da cidade aguardando o fogo cair do cu e consumi-los pela sua descrena. S que no aconteceu. Jonas possua o chamado, a vocao, a uno e o poder. Mas no tinha a Alegria, o Amor espiritual ainda derramado em seu corao. Ele um profeta do Velho Testamento que no possui ainda seu esprito REGENERADO. Mas no impedia que Deus atravs deles, operasse grandes sinais e maravilhas. Mas j mostra a profundidade do uso do Vinho nas Escrituras.A outra cena, antes de iniciar o assunto. Jesus recebe das mos de um soldado, enquanto crucificado, uma esponja embebida em um tipo de vinagre misturado a especiarias, mirra e 36. 36blsamos. Uma bebida que amenizaria um pouco suas dores, um fortssimo narctico. Mas, ele a recusa, veementemente.Porque Jesus recusou beber o narctico?Tem a ver com uma promessa, e com uma profunda representao. A promessa foi dada na ceia nunca mais beberei vinho a no ser convosco, na casa de meu PaiE Jesus SEMPRE cumpre suas promessas. Esse detalhe belssimo. Maravilhosssimo. Aquilo era vinagre, um vinho decomposto, degradado, mas ainda era vinho. E em segundo lugar, porque Aquele que iniciou seu ministrio com a gerao sobrenatural de um vinho de excelente qualidade, no iria finaliz-lo tomando um vinho estragado. Um vinho inferior.Por oito vezes Cnticos evocar figura do vinho para evocar os sentimentos do amado pela amada:Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor o teu amor do que o vinho.Leva-me tu; correremos aps ti. O rei me introduziu nas suas cmaras; em ti nos regozijaremos e nos alegraremos; do teu amor nos lembraremos, mais do que do vinho; os retos te amam.Que belos so os teus amores, minha irm, esposa minha! Quanto melhor o teu amor do que o vinho! E o aroma dos teus ungentos do que o de todas as especiarias!J entrei no meu jardim, minha irm, minha esposa; colhi a minha mirra com a minha especiaria, comi o meu favo com o meu mel, bebi o meu vinho com o meu leite; comei, amigos, bebei abundantemente, amados.E a tua boca como o bom vinho para o meu amado, que se bebe suavemente, e faz com que falem os lbios dos que dormem.Levar-te-ia e te introduziria na casa de minha me, e tu me ensinarias; eu te daria a beber do vinho aromtico e do mosto das minhas roms.E compreender o significados, o simbolismo e as representaes relacionadas ao vinho nas Escrituras ser essencial para compreender a profundidade espiritual, alm da dimenso humana contida em Cantares. Importante frisar que a semelhana da festa de Assuero em Sus, quando apresenta emissrios das provncias persas de todo o mundo, a glria de seu reino, Cnticos banhado em vinho. poca das festas de Benjamim, da festa das 37. 37colheitas, da maturao da uva e em todo o oriente e alm esto sendo realizados festivais movidos a dana, canes e vinho. Muito vinho. A cor de Cntico dos Cnticos purpura.No Egito festivais com um vinho preservado a base de uma qumica somente conhecida por sbios sacerdotes e de uso exclusivo de Fara est sendo fartamente consumido. Os jnios, os aqueus, os elios e os drios festejam festas regadas a vinho. As primeiras famlias pastoris aryas, entraram na ndia aproximadamente no segundo milnio antes de Cristo, perodo em que os aqueus com quem estavam, de certo modo, aparentados e cuja a lngua pertence ao mesmo grupo lingustico do snscrito chegavam ao territrio que, posteriormente, formaria a Grcia. O Rig-Veda menciona um tipo de bebida (soma) que se assemelha ao vinho misturado com especiarias citado em Cantares. A ndia da poca de Cnticos no possua os preceitos de proibio ao vinho que vieram a posterior em sua coleo de livros religiosos, porm em todos os picos os personagens mticos e divindades esto festejando suas vitrias com vinho. Os povos semitas esto celebrando aos seus deuses com sacrifcios e oferendas de vinho derramado, chamado de libao, e tambm bebendo muito. O vinho possua um simbolismo relacionado a ressurreio, ao sangue derramado, ao sacrifcio, em muitas culturas da antiguidade. E incondicionalmente conectado s histrias de amor dos deuses do mundo antigo. As festas religiosas em Cnticos evocam, nas terras estrangeiras, aos mitos de fertilidade, sempre envolvendo deusas, seus pares e a terra que recebia o efeito desse amor. Ou seja, o pano de fundo um mundo literalmente embriagado durante a realizao dessas festas. 38. 38Poderia citar que as vestes do Messias cheiram a um vinho cheio de especiarias. Porque o vinho da poca de Cnticos era comumente misturado a diversas especiarias. Isaas mostrar a libertao trazida por parte do Messias por meio de fora descomunal, onde suas vestes estaro manchadas de vinho, aps seu rduo trabalho no lagar. 39. 39A cena de Isaias de um trabalhador do lagar com as vestes completamente cor de vinho em virtude dos respingos. A cena dos inimigos de Deus sendo destrudos, esmagados debaixo de grande ira, mas o resultado que o sangue salpica suas vestes. a cena de uma batalha transformada na cena de uma batalha no lagar.Para compreender a simbolismo do vinho nas Escrituras temos que estudar um pouco a histria do vinho.A Babilnia j tinha leis que tratavam da exportao de vinhos e A Epopia de Gilgamesh, mais antigo texto literrio conhecido, data do sculo XVIII antes de Cristo. Na Grcia e em Roma, o vinho tinha sua origem cercada de lendas. J no Egito antigo inscreviam nas jarras informaes sobre a safra, a vinha de provenincia e o nome do vinhateiro eram os primeiros rtulos. A terra dos antigos faras nos legou listas com seus vinhosOs egpcios tambm se dedicavam ao vinho, fato que fora comprovado em 1922 por estudiosos. Na tumba do jovem fara Tutankamon (1371- 1352 a .C.) foram encontradas 36 nforas de vinho. Algumas delas continham inscries sobre a regio onde fora produzido, a safra, nome do comerciante. Especialmente em uma havia at mesmo o seguinte comentrio: "muito boa qualidade".Os mdicos gregos foram os primeiros a prescreverem o vinho como medicamento, incluindo Hipcrates, considerado mais tarde o pai da medicina. Os gregos tambm aprenderam a adicionar ervas e especiarias ao vinho para disfarar a deteriorao. 40. 40Se hoje os vinhos nos chegam engarrafado, e com o selo fiscal, no passado distante ele chegava em nforas, fechadas com cera.Sculos antes de Cristo, o transporte de vinho e de azeite e, eventualmente, de figos e nozes era realizado em nforas. Os gregos e depois os romanos transportavam e exportavam seus vinhos e azeites nessas nforas. Uma vez chegadas ao destino, o lquido era colocado em recipientes menores. Barricas e barris, uma inveno dos gauleses ou celtas, chegaram muitos sculos depois.As nforas eram feitas de terracota e revestidas por uma resina. Eram produzidas em massa e dentro de padres de capacidade pr-estabelecidos. s vezes traziam como garantia o carimbo do arteso numa das alas ou no gargalo da nfora. 41. 41Os egpcios foram os primeiros a saber como registar e celebrar os detalhes da vinificao em suas pinturas que datam de 1.000 a 3.000 a.C. Nas tumbas dos faras so vistas cenas mostrando como os vinhos eram bebidos. O consumo de vinho estava limitados aos ricos, nobres e sacerdotes. Os vinhedos e o vinho eram oferecidos ao deuses, especialmente pelos faras, como mostram os registos do presente que Ramses III (1100 a.C.) fez ao deus Amun.Na Ilada Homero fala de vinhos e descreve com lirismo a colheita durante o Outono.Entre as muitas evidncias da sabedoria grega para o uso do vinho, so os escritos atribudos a Eubulus por volta de 375 a.C. : Eu preparo trs taas para o moderado: uma para a sade, que ele sorver primeiro, a segunda para o amor e o prazer e a terceira para o sono. Quando essa taa acabou, os convidados sbios vo para casa. A quarta taa a menos demorada, mas a da violncia; a quinta a do tumulto, a sexta da orgia, a stima a do olho roxo, a oitava a do policial, a nona da ranzinzice e a dcima a da loucura e da quebradeira dos mveis.Columela, calculava que o cultivo de um hectare de cereal acarretava que uma s pessoa disponibilizasse quarenta e duas jornadas de trabalho ao longo do ano, enquanto uma mesma extenso de terreno ocupado por vinha, necessitaria de seis vezes mais jornadas, ou seja, duzentas e cinquenta e duas.Os egpcios criaram uma prensa tipo parafuso usando tiras vegetais e toro para extrao do suco das uvas.Existiram vrios sistemas de prensas e tambm os lagares rupestres onde as uvas eram batidas ou pisadas. 42. 42( Lagar de Cortegaa da poca do imprio Romano em Portugal)A mais citada de todas as lendas sobre a descoberta do vinho uma verso persa que fala sobre Jamshid , um rei persa semi-mitolgico que parece estar relacionado a No, pois teria construdo um grande muro para salvar os animais do dilvio. Na corte de Jamshid, as uvas eram mantidas em jarras para serem comidas fora da estao. Certa vez, uma das jarras estava cheia de suco e as uvas espumavam e exalavam um cheiro estranho sendo deixadas de lado por serem inapropriadas para comer e consideradas possvel veneno. Uma donzela do harm tentou se matar ingerindo o possvel veneno. Ao invs da morte ela encontrou alegria e um repousante sono. Ela narrou o ocorrido ao rei que ordenou, ento, que uma grande quantidade de vinho fosse feita e Jamshid e sua corte beberam da nova bebida.A propsito, o cdigo de Hammurabi e o cdigo dos hititas so os dois primeiros livros sobre leis de que temos conhecimento e ambos fazem referncia aos vinhos. No cdigo de Hammurabi h trs tpicos relacionados com as "casas de vinho". O primeiro diz que "a vendedora de vinhos que errar a conta ser atirada gua"; o segundo afirma que "se a vendedora no prender marginais que estiverem tramando e os levar ao palcio seria punida com a morte"; a ltima diz que "uma sacerdotisa abrir uma casa de vinhos ou nela entrar para tomar um drinque, ser queimada viva".Provavelmente havia predileo pelos vinhos doces (Homero descreve uvas secadasao sol), mas haviam vrios tipos diferentes de vinho. Laerte, o pai de Odisseu, cujos vinhedos eram seu orgulho e alegria, vangloriava-se de ter 50 tipos, cada um de um tipo diferente de uva.Com relao prtica de adicionar resina de pinheiro no vinho, utilizada na elaborao domoderno Retsina, parece que era rara na Grcia Antiga. No entanto, era comum fazer outras misturas com os vinhos e, na verdade, raramente eram bebidos puros. Era normal adicionar-se pelo menos gua e, quanto mais formal a ocasio e mais sofisticada a comida, mais especiarias aromticas eram adicionadas ao vinho. 43. 43Tudo que se queira saber sobre a vitivinicultura romana da poca est no manual "De Re Rstica" (Sobre Temas do Campo), de aproximadamente 65 d.C, de autoria de um espanhol de Gades (hoje Cdiz), Lucius Columella. O manual chega a detalhes como: a produo por rea plantada (que, surpreendentemente, a mesma dos melhores vinhedos da Frana de hoje), a tcnica de plantio em estacas com distncia de dois passos entre elas (mais ou menos a mesma tcnica usada hoje em vrios vinhedos europeus), tipo de terreno, drenagem, colheita, prensagem, fermentao, etc.Galeno (131-201 d.C.), o famoso grego mdico dos gladiadores e, posteriormente mdico particular do imperador Marco Aurlio, escreveu um tratado denominado "De antdotos" sobre o uso de preparaes base de vinho e ervas, usadas como antdotos de venenos. Nesse tratado existem consideraes perfeitas sobre os vinhos, tanto italianos como gregos,bebidos em Roma nessa poca: como deveriam ser analisados, guardados e envelhecidos A maneira de Galeno escolher o melhor era comear com vinhos de 20 anos, que se esperava serem amargos, e, ento, provar as safras mais novas at chegar-se ao vinho mais velho sem amargor. Segundo Galeno, o vinho "Falerniano" era ainda nessa poca o melhor (to famoso que era falsificado com freqncia) e o "Surrentino" o igualava em qualidade, embora mais duro e mais austero. A palavra "austero" usada inmeras vezes nas descries de Galeno para a escolha dos vinhos e indica que o gosto de Roma estava se afastando dos vinhos espessos e doces que faziam da Campania a mais prestigiada regio. Os vinhedos prximos a Roma, que anteriormente eram desprestigiados por causa de seus vinhos speros e cidos, estavam entre os preferidos de Galeno. Ele descreveu os "grands crus" romanos, todos brancos, como fludos, mas fortes e levemente adstringentes, variando entre encorpados e leves. Parece que o vinho tinto era a bebida do dia a dia nas tavernas.Aps a queda do Imprio Romano seguiu-se uma poca de obscuridade em praticamente todas as reas da criatividade humana e os vinhedos parecem ter permanecidoem latncia at que algum os fizesse renascer.Chegamos Idade Mdia, poca em que a Igreja Catlica passa a ser a detentora dasverdades humanas e divinas. Felizmente, o simbolismo do vinho na liturgia catlica faz com que a Igreja desempenhe, nessa poca, o papel mais importante do renascimento, desenvolvimentoe aprimoramento dos vinhedos e do vinho. Assim, nos sculos que se seguiram, a Igreja foi proprietria de inmeros vinhedos nos mosteiros das principais ordens religiosas da poca, como os franciscanos, beneditinos e cistercienses (ordem de So Bernardo), que se espalharam por toda Europa, levando consigo a sabedoria da elaborao do vinho.Dessa poca so importantes trs mosteiros franceses. Dois situam-se na Borgonha:um beneditino em Cluny, prximo de Mcon (fundado em 529) e um cisterciense em Citeaux, prximo de Beaunne (fundado em 1098). O terceiro, cisterciense, est em Clairvaux na regio de Champagne. Tambm famoso o mosteiro cisterciense de Eberbach, na regio do Rheingau, na Alemanha. Esse mosteiro, construido em 1136 por 12 monges de Clairvaux, enviados por So Bernardo, foi o maior estabelecimento vincola do mundo durante os sculos XII e XIII e hoje abriga um excelente vinhedo estatal.Os hospitais tambm foram centros de produo e distribuio de vinhos e, poca,cuidavam no apenas dos doentes, mas tambm recebiam pobres, viajantes, estudantes eperegrinos. Um dos mais famosos o Htel-Dieu ou Hospice de Beaune, fundado em 1443, at hoje mantido pelas vendas de vinho. 44. 44Tambm as universidades tiveram seu papel na divulgao e no consumo do vinhodurante a Idade Mdia. Numa forma primitiva de turismo, iniciada pela Universidade de Paris e propagada pela Europa, os estudantes recebiam salvo conduto e ajuda de custo para viagens de intercmbio cultural com outras universidades. Curiosamente, os estudantes andarilhos gastavam mais tempo em tavernas do que em salas de aulas e, embora cultos, estavam mais interessados em mulheres, msicas e vinhos. Eles se denominavam a "Ordem dos Goliardos" e, conheciam mais do que ningum, os vinhos de toda a Europa.HypocrazVINHO DE ESPECIARIAS (hipocraz)O Hipocraz uma bebida medieval inventada por um mdico grego do sculo 5 aC. Esta bebida produzida a partir de vinho vermelho, mel e especiarias. Este vinho doce criado com as especiarias reias como a canela, o cardamomo (tipo de gengibre), o cravo e o gengibre. interessante observar que da idade mdia, por volta do ano de 1.300, o primeirolivro impresso sobre o vinho: "Liber de Vinis". Escrito pelo espanhol ou catalo Arnaldus de Villanova, mdico e professor da Universidade de Montpellier, o livro continha uma viso mdica do vinho, provavelmente a primeira desde a escrita por Galeno. O livro cita as propriedades curativas de vinhos aromatizados com ervas em uma infinidade de doenas. Entre eles, o vinho aromatizado com arlequim teria "qualidades maravilhosas" tais como: "restabelecer o apetite e as energias, exaltar a alma, embelezar a face, promover o crescimento dos cabelos, limpar os dentes e manter a pessoa jovem". O autor tambm descreve aspectos interessantes como o costume fraudulento dos comerciantes oferecerem aos fregueses alcauz, nozes ou queijos salgados, antes que eles provassem seus vinhos, de modo a no perceberem o seu amargor e a acidez. Recomendava que os degustadores "poderiam safar-se de tal engodo degustando os vinhos pela manh, aps terem lavado a boca e comido algumas nacos de po umedecido em gua, pois com o estmago totalmente vazio ou muito cheio estraga o paladar ". Arnaldus Villanova, falecido em 1311, era uma figura polmica e acreditava na segunda vinda do Messias no ano de 1378, o que lhe valeu uma longa rixa com os monges dominicanos que acabaram por queimar seu livro. 45. 45 importante mencionar um fato importantssimo e trgico na histria da vitivinicultura, ocorrido da segunda metade do sculo passado, em especial na dcada de 1870, at o incio deste sculo. Trata-se de uma doena parasitria das vinhas, provocada pelo inseto Phylloxera vastatrix, cuja larva ataca as razes. A Phylloxera, trazida Europa em vinhas americanas contaminadas, destruiu praticamente todas as videiras europias. A salvao para o grande mal foi a descoberta de que as razes das videiras americanas eram resistentes ao inseto e passaram a ser usadas como porta-enxerto para vinhas europias. Desse modo, as videiras americanas foram o remdio para a desgraa que elas prprias causaram s vitis europias.Extrado em sua maior parte da obra de Hugh Johnson "The Story of Wine" da editoraMitchell-Beazley, Londres, 1989CICLO DA VIDEIRATal como todas as plantas de folha caduca, a videira depende da temperatura ambiente para suportar toda a actividade enzimtica que est na base do seu ciclo vegetativo. Aps a vindima, com o avanar do Outono e o consequente abaixamento das temperaturas, a videira vai deixando de ter condies que suportem a sua actividade, as folhas amarelecem e acabam por cair. Entre fim do Outono e o princpio do Inverno a videira entra em repouso vegetativo e s dele sair quando as temperaturas mdias do solo ultrapassarem os 12C. durante este perodo de repouso vegetativo que se realiza a j referida poda. 46. 46CHOROD-se nos ltimos dias do Inverno ou incio da Primavera e representa o fim do repouso vegetativo e o incio de um novo ciclo vegetativo da videira, manifestando-se atravs da perda de seiva pelos cortes da poda. Tal s acontece porque as condies de temperatura comeam a permitir a actividade enzimtica da planta. 47. 47ABROLHAMENTOInicialmente os gomos dos ns deixados pela poda comeam a intumescer, parecendo como que cobertos de algodo. Em seguida aparece uma ponta verde, ficando posteriormente as pequenas folhas perfeitamente visveis e separadas 48. 48PERIODO DE ANTERIOR FLORAODepois das pequenas folhas estarem visveis, segue-se um perodo de expanso vegetativa durante o qual os factos mais importantes, por ordem cronolgica, so: o aparecimento dos cachos, a separao dos cachos e a separao dos botes florais.FLORAODecorre durante cerca de uma semana e meia, normalmente na metade final da Primavera. um perodo crucial para a definio de uma colheita. Se a florao decorrer debaixo de chuva, o plen lavado dos estames e das flores, no se d a polinizao e a consequente fecundao. A flor no vinga em fruto (desavinho) e a colheita ser bastante afectada 49. 49CRESCIMENTO DOS BAGOS um perodo de grande expanso vegetativa coincidente com uma poca de temperaturas mais elevadas. Os bagos passam pelo tamanho de "gros de chumbo" e "bago de ervilha", at atingirem um certo tamanho que faz com que os cachos fiquem completamente fechados. At esta fase os bagos das castas brancas e tintas mantm a colorao verde opaca.MATURAO 50. 50Podemos definir o incio da maturao com o aparecimento do "pintor", que representa a fase do ciclo vegetativo da videira que coincide com o aparecimento da cor tinta nas pelculas dos bagos tintos e da pelcula translcida nas castas brancas. O "pintor" poder durar de uma a duas semanas, mas um bago muda de cor em 24 horas. A partir do "pintor" inicia-se uma fase de 35 a 55 dias durante a qual a uva acumula acares livres (glucose e frutose), potssio, aminocidos e compostos fenlicos e vai perdendo cido tartrico e cido mlico (dois cidos que representam 90% dos cidos presentes nos bagos de uva). Este perodo termina com a vindima, que poder ocorrer no final do Vero ou no princpio do Outono.A partir daqui o ciclo repete-se e o viticultor passa a aguardar ansiosamente a nova colheita! 51. 51A AdubaoAo soloFazem-se normalmente no Inverno para que a gua da chuva faa a incorporao dos nutrientes no perfil do solo:1. Com matria orgnica2. Com adubos mineraisA PODAA poda a operao realizada durante o perodo de repouso vegetativo da videira, que ocorre normalmente no Inverno. o processo atravs do qual se contraria a tendncia natural da videira para crescer, trepar, ocupar territrio e competir pela luz e que tem como objetivo obrig-la a produzir equilibradamente e com qualidade. A poda consiste no corte das varas que se desenvolveram no ano anterior, deixando gomos na sua base que daro origem a novas varas carregadas de frutos. O nmero de gomos que se deixam durante a poda funo do sistema de conduo, da densidade de plantao, da fertilidade do solo, da disponibilidade de gua e do estado de vigor da videira. 52. 52Detalhe da poda seca Os galhos mais frgeis so retirados de modo a permitir a circulao da seiva apenas nos galhos frondosos, diminuindo a produtividade e aumentando a qualidade das uvas em formao.EMPAUtilizado em sistemas de conduo do tipo Guyot, a empa consiste em dobrar e amarrar a vara ao arame de forma a distribuir a vegetao que se vai desenvolver, contrariando a tendncia natural que a videira tem para fazer abrolhar os gomos mais distantes, um fenmeno denominado "dominncia apical". Ao dobrar a vara, dificulta-se a passagem da seiva, obrigando ao desenvolvimento dos gomos da base que, de outra forma, no frutificariam. 53. 53REPLANTAESCaso haja plantas mortas h que substitu-las por plantas novas, normalmente sob a forma de enxertos prontos, que devero ser plantados no incio da Primavera.Quinta de Azevedo Vinhal videiras verdesPRAGAS1. Pragas:1. caros2. Colepteros3. Cochonilha4. Cicadela5. Traa da vinha6. Moluscos1. Lesmas2. Caracis7. Nemtodos8. Filoxera 54. 542. Doenas:1. Provocadas por Fungos1. Escoriose (Phomopsis vitcola)2. Mldio (Plasmopara vitcola)3. Odio (Uncinula necator, Oidium tuckeri4. Podrido cinzenta (Botrytis cinrea)5. Doenas do lenho1. Eutipiose (Eutypa lata)2. Esca (Stereum hirsutum)2. Provocadas por bactrias Normalmente tendo insectos como vectores.3. Provocadas por vrus Normalmente tendo nemtodos como vectores, so doenas facilmente transmissveis de planta para planta atravs das tesouras de poda ou outro material de corte.caro vermelho europeu Panonychus ulmiEfeito do caro nas folhas da vide 55. 55Traa da vinhaDoena oido 56. 56Doena - mildio 57. 57Doena Mildio nas folhasEutipiose. 58. 58Antigo lagar de Vinho em Cafarnaum no mar da GaliliaNo Jardim do local onde considerada a tumba que guardou momentaneamente a CristoH significativamente um Lagar 59. 59Bet Sames, escola infantil 60. 60Em todo o Antigo Testamento bblico, apenas o Livro de Jonas no tem referncia videira.As mulheres romanas foram proibidas de beber vinho, e um marido que encontrasse a sua esposa bebendo tinha liberdade para mat-la. Um divrcio com os mesmos fundamentos foi ltimo gravado em Roma em 194 BCGO vinho muitas vezes cria uma "sinergia" interessante com alimentos Quando o vinho e comida so colocados juntos, eles tm "sinergia" ou geram um terceiro sabor alm do que a comida ou bebida oferece sozinha.Nem todos os vinhos melhoram com o tempo. Na verdade, a grande maioria dos vinhos produzidos esto prontos para beber e no tem muito potencial para o envelhecimento. Apenas alguns raros vai durar mais tempo do que um decada. O vinho tem um efeito mais concentrado em mulheres do que em homens As mulheres esto mais susceptveis aos efeitos de vinho do que nos homens, em parte, porque elas tm menos de uma enzima no revestimento do estmago, que necessria para metabolizar o lcool eficientemente.No centro da vida social e intelectual grego existiu o Simpsio, que significa, literalmente, "beber juntos." De fato, o simpsio reflete carinho grego para a mistura de vinho e discusso intelectual. A combinao do tipo de solo, clima, grau de inclinao e exposio ao sol constitui o terroir de uma vinha eo que faz cada vinhedo e de cada vinho, unicosOs Odres eram uma forma comum para o transporte de vinho no mundo antigo. Peles de animais (geralmente cabras) eram limpas e cozinhadas e virando-se do avesso para que o lado peludo j tratado ficasse em contato com o vinho.Com a idade, os vinhos tintos tendem a perder a cor e eventualmente, acabar por uma cor de tijolo vermelho. Por outro lado, os vinhos brancos ganham cor, tornando-se de dourados, eventualmente, marrom-amararelados. 61. 61Na lingua Inglesa a palavra "vinho" pode ser enraizada em yayin semita (significando lamentao e choro).Em rabe, a palavra para vinho carroa. Em grego, oinos. Nas lnguas romnicas vin, vino, vina, vinho.No antigo Egito, a capacidade de armazenar o vinho at o vencimento era considerado alquimia ou magia e era privilgio apenas dos faras. A viinificao um tema importante em uma das mais antigas obras literrias conhecidas, a Epopia de Gilgamesh. A divindade responsvel pelo vinho era a deusa Siduri, cuja representao sugere uma associao simblica entre o vinho ea fertilitilidade.A festa do amor entre Baal e Anat, irmos e noivos, era regada pelo vinho produzido graas s chuvas que caram durante o inverno. A gratido era dirigida principalmente Deusa, grande herona, cujo amor era representado pelo vinho.Borra do vinhoO Padro de Ur a mais antiga imagem do mundo representando o consumo do vinho. Possui cerca de 5000 anos de idade. 62. 62Quarenta nforas encontradas na parte interna de uma adega de um palcio israelense, contm resduos de um dos mais antigos vinhos do mundo:Detalhes das nforas encontradas. Fonte: scienze.fanpage.itOs arquelogos, h muito tempo sabiam que se tivssemos tido a oportunidade de provar o vinho como era feito antigamente, sentiramos uma quantidade de aromas e especiarias que sem dvida, o tornavam peculiar. Esses arquelogos agora tero mais informaes, devido ao que foi descoberto recentemente na adega de um palcio de uma cidade canania, em Israel setentrional, no stio arqueolgico de Tel Kabri: foi encontrada uma reserva de garrafas de 1.700 a.C! Arquelogos israelenses e americanos foram os autores dessa descoberta, divulgada h alguns dias, em Baltimore, no encontro anual da .Sempre se soube que os vinhos da antiguidade era uma bebida da qual nos aproximaramos com muita dificuldade: eram muitos os ingredientes colocados nele um pouco por causas 63. 63ligadas ao paladar da poca, mas sobretudo porque alguns ingredientes tinham funo bactericida. Mas interessante lembrar que, para favorecer a conservao dos alimentos, a culinria dos nossos antepassados, muitas vezes, era rica de sal (sabemos, por exemplo, do molho que os romanos usavam na maioria dos seus pratos, o garum, que era obtido atravs da parte interna dos peixes e do peixe salgado), o que exigia que os pratos fossem acompanhados por uma bebida de sabor bem marcante.Foram encontrados restos de 40 nforas, que foram conservadas na sala onde os antigos proprietrios faziam as suas refeies ou festejavam juntos com seus hspedes. Considerando a quantidade e a dimenso dos recipientes encontrados, feitos em terracotta (argila), na adega cabiam 3.000 garrafas de vinho, brancos e tintos. Infelizmente a maior parte desses recipientes estava quebrada por causa de um desabamento que, cerca de 3.600 anos atrs, sepultou esse tesouro alcolico. De acordo com os estudiosos, muito provvel que tenha sido um terremoto, a causa desse desabamento. Apesar do lquido das nforas ter desaparecido com o tempo, traos desse liquido se revelaram extremamente interessantes. Os pesquisadores tiveram que trabalhar muito rapidamente nos resduos encontrados, antes que eles fossem contaminados pela exposio ocorrida, aps sculos dormindo secretamente.Assim, a pesquisa que tinha como objetivo encontrar um dos vinhos mais antigos da histria, foi apresentado com orgulho pelos arquelogos da George Washington University e da University of Haifa, que trabalharam juntos nessa grande descoberta. As anlises qumicas dos resduos que resistiram ao tempo, restituram o sabor do lquido que continha nas nforas, ou pelo menos deram uma ideia aproximada de como o vinho da Antiguidade era diferente do nosso vinho: menta, mel, canela, zimbro e resinas estavam entre os ingredientes principais e eram utilizados principalmente para evitar a deteriorao desses vinhos.Uma receita que pra ns parece inslita, no era para os contemporneos desses senhores que viveram nessa terra israelense de 3.700 anos atrs, e tambm no era para aqueles que vieram logo depois deles, mesmo aps muitos sculos. Basta pensar ao vinho que os romanos bebiam, cujos vestgios foram encontrados no fundo de algumas nforas, tambm analisadas quimicamente. Traos de um vinho que devia ser muito parecido com os traos dos vinhos dos romanos, foram encontrados em odres (recipientes feitos de pele de cabra), provenientes tambm, da Palestina, na tumba do Rei Escorpio I, soberano que governou o Egito e morreu em torno de 3.150 a.C.. O uso de especiarias, aromas e resinas, alm de servir para melhorar a conservao dos vinhos, deve ser visto do ponto de vista medicinal, que era atribudo bebida descoberta por No: era utilizado normalmente como medicamento, e continha ingredientes que ajudavam a potencializar seus efeitos benficos no organismo.Em resumo, usado nas festas e rituais da antiguidade, como meio de unio de estudantes para debate, misturado como libaes a divindades, usado como remdio e para despertar a paixo, para conquista feminina, como sinal de status e poder, como reminiscncia das histrias de amor do mundo mtico da antiguidade, como referncia direta a pessoa do Messias, como moeda para compra de bens, produzido por vinhais exclusivos, e cuja qualidade dependia do clima, do terreno e dos cuidados. O vinho de qualidade era um produto precioso na antiguidade, presena continua nos banquetes reais e nas grandes solenidades cvicas e religiosas. Os nobres e soberanos possuam acesso a uma qualidade especial de vinho, que na antiguidade era misturado com mel e preservado em nforas de terracota, transportados em odres de peles de animais tratadas, que no sofriam deteriorao com o tempo de uso, por isso Jesus afirma que no se guarda vinho novo em 64. 64odres velhos, porque seno se rompem os odres velhos e se desperdiaria o vinho novo. A generosidade das famlias era relacionada a quantidade do vinho oferecido nas festas e a estima dos convidados relacionados qualidade do vinho oferecido. O vinho novo era sempre o melhor, recm-colhido, recm fabricado. O melhor vinho de todos pertencia a adega real. O vinho percorre as Escrituras ligando a poca dos pais No, passando por Abrao, testemunhando os grandes eventos da histria de Israel. Votos especiais eram feitos Deus em busca de bnos com a abstinncia de vinho, o chamado voto de nazireado. O mais fabuloso nazireu das Escrituras foi, divertidamente, um grande beberro. Sanso. O vinho estava presente como testemunho da cura dos leprosos, derramado no cho, estava presente na morte dos sacrifcios pelo pecado, incluindo a grande oferta do dia da expiao. Quando a bezerra vermelha ou o cordeiro foi oferecido na hora nona, a segundo sacrifcio da sexta-feira de pscoa, o vinho tambm era derramado. Jesus faz a sua ltima orao no Getsemani, um lagar de azeite. Mas que tambm poderia ser usado para esmagar uvas. Pouco antes Jesus levantava um clice com vinho cheio de especiarias e dizia este o meu sangue, vertido por amor a vs na ltima ceia. No mesmo Getsemani Jesus intercede to intensamente que de seus poros brotam sangue. E suas roupas ficam salpicadas dele. a cena profetizada em Isaias.Jesus a videira verdadeira, ele se compara a uma vinha, e usa as comparaes com vinicultura, manuteno das vides, para nos ensinar sobre frutificao.A videira um smbolo ento para Cristo, assim como o foi para Israel e assim como o ser para a Igreja de Cristo. A igreja videira, vide, vinha.O processo de crescimento e o trabalho com uma vinha repleto de smiles com o crescimento espiritual da Igreja.Como um dos smbolos mais profundos do vinho tambm o Esprito de Deus, e o vinho se identifica com o sangue que smbolo de vida, temos uma bela representao daE os processos de cuidado com a Vinha, todos possuem paralelos com o crescimento espiritual. Tanto o individual como o do grupo, da congregao. E numa viso mais ampla, de todo a Igreja. E sendo mais abrangente a dimenso humana, sua histria, suas conquistas e derrotas podem ser representadas pela videira.As pragas e as doenas refletem as questes que destroem a vinha. A doena mais atroz, deixa marcas visveis, se alastra com maior dificuldade em seu combate.Ministrios espirituais doentes so como casas assombradas.A parbola porm no se limita a Igreja. A sabedoria de Deus extraordinria. E ilimitada.A aplicao dos paralelos se estendem a toda forma de relacionamento humano. Gerentes doentes pelo autoritarismo fruto do poder que sua organizao lhes concede, polticos embriagados pelo poder usufruindo de bens que no lhe pertencem, astros que adoeceram em virtude da fama e por no terem razes mais profundas na terra chamada vida, murcharam pela ausncia de alimento espiritual para suas vidas. O Estado, vinha contaminada e doente se assenhorou do trabalho de muitos e em nome de preservar a si mesmo, matou a milhes. Polticos assenhorados pela praga da ganancia, no deram fruto, antes os comeram sozinhos. A religiosidade uma vinha apodrecida, repleta de pragas e de doenas espirituais profundas, e hoje milhes so atrados por filosofias inteis, rituais vazios, ou mesmo prticas espirituais que os aprisionam a falsos profetas ou a espritos malignos. Na ndia, procisses de pessoas se flagelam em nome de suas divindades, no Brasil milhes se escravizam a poderes que deles exigem oferendas, sacrifcios, rituais de feitiaria e todo tipo de enfermidade espiritual. Famlias como videiras adoentadas, destrudas pela violncia contra a mulher, contra os filhos, problemas de drogas, embriagues, brigas e dor. A videira da poltica absolutamente contaminada por interesses 65. 65de grandes empreiteiras. A videira do ensino contaminada pelo orgulho de muitos profissionais que confiaram mais em seus mritos que na cooperao com seus alunos. Milhares de alunos so destratados nas faculdades pela praga do orgulho acadmico. O mundo humano parece viver embriagado, polticos e banqueiros agem como se estivessem bbados, sem considerar a dor de seus atos e os males s geraes futurasMas de modo inigualvel a vinha e o vinho nos traduz coisas espirituais. Realidades espirituais.H um momento nas Escrituras que a escola de profetas se corrompe. Nas religies da antiguidade era comum o uso de drogas alucingenas para que alguns sacerdotes invocassem ou recebessem vises. Os profetas corrompidos usando de seus cargos como profisso, em dado momento na cidade de Jerusalm, embriagavam-se diariamente.Em Isaias capitulo 28 o Esprito concede um texto que lembra o andar de um bbado, uma poesia que trata de profetas bbadosTambm estes erram por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham: Os sacerdotes e os profetas erram por causa de bebida forte, e so absorvidos pelo vinho; desencaminham-se (se envolve com coisas erradas) por causa da bebida forte (mas o incio, se comea com bebida fraca), andam errados na viso (deixaram a viso de Deus), e tropeam no juzo.Todas as suas mesas esto cheias de vmitos e de imundcia, e no h nenhum lugar limpo. Isaias 28. 7 66. 66A: Mas tambm estes cambaleiam por causa do vinho, B: e com a bebida forte se desencaminham; C: at o sacerdote C: e o profeta B: erram por causa da bebida forte; A: so absorvidos pelo vinho; desencaminham-se por causa da bebida forte;andamerradosna visoe tropeamno juzo.Todas as suas mesas esto cheias de vmitos e de imundcia, e no h nenhum lugar limpo. Isaias 28. 7, 8Eles erravam, significava que AINDA que estivessem recebendo algo da parte de Deus ou ainda exercessem o ofcio proftico e o sacerdotal, erravam por causa da bebida, o profeta no entendia o que estava vendo, de to alucinado e o sacerdote no dizia coisa com coisa. As funes do sacerdote do Velho Testamento era a de ensinar as Escrituras, interceder, julgar causas em alguns momentos. Imagine um professor, um padre e um juiz bbados e voc ter ideia da tragdia.A viso pior ainda, quando passavam mal de tanto beber e o efeito era devastador. Porque as vezes eles faziam isso em grupo, centenas e at milhares. 67. 67Em dado momento, num estado ainda mais degradante os profetas desacreditados e j dependentes da bebida comeavam a trocar profecias por bebida.O que as Escrituras denominam bebida forte eram vinhos e misturas com forte teor alcolico.A embriagues espiritual significa para o telogo a mistura de doutrinas esprias e filosofias meramente humanas a interpretao das Escrituras. Para os que exercem ministrios profticos, significa outra coisa muito mais grave.Num sentido restrito o vinho smbolo do esprito.E sabemos que h pelos menos quatro qualidades de seres espirituais distintos.Deus O esprito de DeusAnjos espritos ministradoresHomens esprito humanoDemnios. espritos imundos.Quatro tipos de bebidas. Quatro tipos de vinho.Quando uma igreja corrompe seus ministrios mistura o vinho do Esprito com o vinho de demnios. Significa que parte das garrafas na mesa da comunho, uma parbola, de bom vinho. Porm, outras esto envenenadas. Imagine um lugar onde profecias verdadeiras se misturam a falsas profecias. Onde o entendimento profundo das Escrituras se mistura a doutrinas malignas. Imagine um lugar em que h a uno, e em algum instante, uma falsificao humana. Uma mentira.Uma videira enferma simboliza uma igreja que possui doutrinas que a impedem de crescer, ou operaes espirituais falsificadas. Em alguns casos o ministrio de uma nao pode ser impactado com uma doutrina que contamine diversos ministrios, com alguma coisa espria que impede o crescimento e o fortalecimento da verdadeira vinha.Cada vinha representa uma igreja ou determinado ministrio. Cada vinha nica, nasce e cresce sobre certas condies. O que define a qualidade do vinho de uma vinha o clima, o solo, os nutrientes, a umidade, as chuvas. No h como existir uma nica vinha com um tipo de vinho. No existe uma doutrina, uma nica revelao, um tipo de viso ou um grupo que se assenhore a vinha da terra. A igreja no possui dono que no seja CRISTO. Todos os pastores so trabalhadores e responsveis pela sua vinha. S dela. Assim como cada um de ns de sua videira particular, nossas vidas espirituais.A qualidade do vinho dada pela pureza da gua, pela nutrio adequada.Uma obra espiritual marcada pelo grau de pureza e exatido de seu evangelho, pela sinceridade e exatido na interpretao e aplicao das realidades espirituais que fluem dos cus. A Igreja um organismo cujo crescimento est ligado a uma outra dimenso. Ela necessariamente sobrenatural e dependente do Esprito de Deus que a VIVIFICA.Plinio, o Velho ( Histria Natural XIV,22,2) ATRIBUI AOS VINHOS DO Lbano um aroma de incenso, informa-nos que estes eram oferecidos aos deuses. O vinho de Israel produzido pelas vinhas de Salomo eram to apreciados que Hiro o rei de Tiro o exigia em seus acordos, ainda que Tiro na antiguidade fosse exportadora de vinho e de azeite. Nas runas de Tiro foram descobertas nforas palestinas, contendo restos de vinho. 68. 68Sidon exportava seu vinho para o Egito na poca do Imprio Persa.O vinho revestido de profundo simbolismo nas Escrituras. Ele est presente na profisso de No, na cena de sua embriagues e nudez, presente nas ofertas sacerdotais onde era derramado na terra junto com as libaes, est atrelado a uma profecia que aponta para Cristo em Genesis.Gnesis 27:28Ele amarrar seu jumento a uma videira; e o seu jumentinho, ao ramo mais seleto; lavar no vinho as suas roupas; no sangue das uvas, as suas vestimentas.Era proibido aos sacerdotes entrarem embriagados na tenda da congregao. Haviam votos especficos de no bebe-lo, como o voto do nazireado do qual Sanso, que por sinal bebia muito, um dos personagens mais conhecidos. Leremos em Jeremias a respeito de uma famlia que promete a seu patriarca jamais beber do fruto da videira e que quatro geraes depois os homens do cl ainda guardavam aquele preceito. O que gerou uma enciumada resposta proftica. Deus usa o exemplo de uma nica ordem emitida por um homem humilde, uma nica vez, cumprida rigorosamente, custa de certo sacrifcio, por mais de quatro geraes! E suas centenas de ordens, dele, o Criador, Senhor, Todo-poderoso, Altssimo, que foram repetidas milhares de vezes, anos seguidos, por meio de inmeros ministrios, incluindo o proftico, serem ignoradas desrespeitosamente. O sangue simbolizava alegria, vida e ao mesmo tempo o sangue. Era sinal de prosperidade, de festa e tambm alimento bsico. Era usado para festejar o nascimento, para a oferta, para lamentar a morte. Presente do nascimento ao enterro, presentes em todas as festas judaicas, incluindo a pscoa. O bom nome era como o bom vinho. A angustia, a amargura, o fel, como o vinho estragado, como o vinagre. O vinho derramado como desperdcio. O vinho novo indicava a prosperidade, a boa-colheita, sua venda era a base da economia de milhares de vinhateiros. Um casamento era medido em importncia pela quantidade do vinho distribudo. Se o vinho no fosse o suficiente para que os convidados brindassem at o final da festa, simbolizava que o casamento estava sendo oferecido por uma famlia humilde. Se o vinho acabasse no meio da festa de casamento, que em Israel duraria por muitos dias, significava vergonha para os pais da noiva. Se terminasse no incio, quase uma tragdia familiar. Nas bodas de Cana, aps a gua ser transformada em vinho, um dos convidados se espantar, no com a quantidade do mesmo. Mas com a qualidade, com sua excelncia, porque de modo generoso e fabuloso quem os convidou para a festa guardou o melhor para o final e para os convidados! No para si prprios. Sentia-se honrado pela generosidade do casal, sem saber que aquilo era generosidade do Esprito de Deus. Os sacrifcios e os holocaustos eram acompanhados pelo derramamento do vinho! Quando s trs horas da tarde Jesus morr