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PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS X OBRAS DE MOBILIDADE URBANA

Mobilidade: Francisco Papaléo, Presidente da Grande Recife

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PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADASX

OBRAS DE MOBILIDADE URBANA

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Considerações I

Qual é o impacto da participação do setor privado nas obras de mobilidade?

Alguns dados expressam bem a importância (e a necessidade) das parcerias privadas para o desenvolvimento da infraestrutura no Brasil:

(1) Segundo estudos do IPEA, nosso país precisaria quadruplicar o atual patamar de investimentos em transportes e mobilidade para eliminar os gargalos acumulados ao longo de 25 anos de subinvestimento.Ou seja, só em obras de mobilidade o país precisa de 80 bilhões de reais.

(2) Isso significa que o Estado brasileiro precisaria investir entre 4 e 4,5% do seu PIB, nos próximos 20 anos, para modernizar sua infraestrutura.Temos investido apenas uma média de 2.3% ao ano.

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Considerações I

Qual é o impacto da participação do setor privado nas obras de mobilidade?

(3) Países como Chile, Rússia, Índia, Coréia, Vietnã e Colômbia aplicam cerca de 3,4% do PIB em projetos de mobilidade, o que significa 6 vezes mais que o Brasil.

(4) Estudo realizado pela consultoria Inter.B mostra que quase 60% dos investimentos nos 30 maiores projetos em mobilidade urbana em andamento no País estão sendo realizados por parcerias público privadas. (Ex: Metrô de BH, VLT/RJ, Linha 18 do Metrô de São Paulo,etc.)

Portanto, isso mostra que o setor privado participa quando é convocado, e sobretudo quando as regras são claras e estáveis;

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Considerações I

A GRANDE PERGUNTA

Como continuar avançando com as parcerias público-privadasnum cenário de recessão econômica?

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Considerações I

Qual é o impacto da participação do setor privado nas obras de mobilidade?

Apesar dos pesares, as críticas não podem ser dirigidas apenas à União, pois, a título de exemplo, dos R$ 143 bilhões disponibilizados em 2011 para obras de mobilidade, os estados e municípios só conseguiram aplicar 17% (25 bilhões). É flagrante a falta de capacidade de execução da máquina pública.

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Considerações I

Qual é o impacto da participação do setor privado nas obras de mobilidade?

Para a área de mobilidade, as parcerias público-privadas ainda são tímidas, em razão de suas particularidades (legislação, entraves burocráticos, necessidade de altos investimentos, etc.)

Apesar das críticas pontuais, precisamos enxergar o lado positivo do pacote de medidas divulgados recentemente pelo Governo Federal, na 2ª etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL). Não deixa de ser um avanço, e sobretudo um chamamento à iniciativa privada;

Quer sejamos otimistas ou não, o Estado brasileiro não conseguirá construir as obras de mobilidade urbana das quais necessita, senão por meio das parcerias público-privadas.

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Considerações II

ESTATUTO DA METRÓPOLE E O TRANSPORTE PÚBLICOMUDANÇAS E BENEFÍCIOS

Trata-se da Lei Federal 13.089/2015;  Disciplina a criação de “regiões metropolitanas” e estabelece fundamentos e diretrizes para a gestão urbana compartilhada;   Estas unidades territoriais devem ser criadas para a realização das chamadas Funções Públicas de Interesse Comum (FPIC);  Chega tardiamente, pois tramitou no Congresso durante 10 anos; 

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Considerações II

ESTATUTO DA METRÓPOLE E O TRANSPORTE PÚBLICOMUDANÇAS E BENEFÍCIOS

Permite que os serviços essenciais, a exemplo do transporte público, sejam prestados de modo muito mais inclusivo e eficiente, justamente por serem planejados e geridos em escala transmunicipal;

Pela lógica da norma, o Estatuto da Metrópole tem como norte o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI), que deve ser aprovado como lei complementar pela Assembleia Legislativa dos respectivos estados;

 

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Considerações II

ESTATUTO DA METRÓPOLE E O TRANSPORTE PÚBLICOMUDANÇAS E BENEFÍCIOS

Fixa prazo de 3 anos para sua elaboração, tendo sido o Ministério Público expressamente designado para o acompanhamento da elaboração do Plano;

Os Planos Diretores municipais continuarão existindo, mas deverão ser compatibilizados, num prazo máximo de 3 anos 

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Considerações II

ESTATUTO DA METRÓPOLE E O TRANSPORTE PÚBLICOMUDANÇAS E BENEFÍCIOS

BENEFÍCIOS

Nos obriga a refletir sobre as tantas lacunas existentes atualmente na regulação em âmbito urbano-regional;

Recoloca na agenda as estratégias de regionalização;

Cria meios de facilitar a governança interfederativa, cuja ausência tem sido um dos grandes entraves ao desenvolvimento regional;

A atuação em sinergia pode assegurar um desenvolvimento no modelo 3C – compacto, coordenado e conectado - para garantir qualidade de vida e crescimento sustentável. 

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Considerações II

ESTATUTO DA METRÓPOLE E O TRANSPORTE PÚBLICOMUDANÇAS E BENEFÍCIOS

BENEFÍCIOS

Ao todo abrange 68 regiões metropolitanas e 5 aglomerados urbanos;

Prevê dez instrumentos para colocar em prática a governança interfederativa, conforme serão vistos a seguir.

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Considerações II

ESTATUTO DA METRÓPOLE E O TRANSPORTE PÚBLICOMUDANÇAS E BENEFÍCIOS

BENEFÍCIOS / INSTRUMENTOS PREVISTOS

plano de desenvolvimento urbano integrado;

planos setoriais interfederativos;

fundos públicos;

operações urbanas consorciadas interfederativas;

zonas para aplicação compartilhada de instrumentos urbanísticos previstos na Lei no Estatuto da Cidade

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Considerações II

ESTATUTO DA METRÓPOLE E O TRANSPORTE PÚBLICOMUDANÇAS E BENEFÍCIOS

BENEFÍCIOS / INSTRUMENTOS PREVISTOS

consórcios públicos;

convênios de cooperação;

contratos de gestão;

compensação por serviços ambientais ou outros serviços prestados pelo Município à unidade territorial urbana;

parcerias público-privadas interfederativas.

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Considerações III

MODELOS DE VIABILIDADE FINANCEIRA PÚBLICO-PRIVADA

PPPs COMUNS (Lei 8.987/95)*

Concessão de serviço públicoConcessão de serviço público precedida da execução de obra pública

Uma vez que, na área de mobilidade urbana, o interesse privado está praticamente focado na ampliação da malha metroviária e de VLTs, é possível que as concessões tradicionais (concessões comuns) continuem predominando por um bom tempo.

(*) O concessionário se remunera somente pela arrecadação da tarifa cobrada dos usuários e de eventuais receitas acessórias atreladas ao projeto.

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Considerações III

MODELOS DE VIABILIDADE FINANCEIRA PÚBLICO-PRIVADA

PPPs ESPECIAIS (Lei 11.079/2004)*Parcerias público-privadas propriamente ditas

Concessão patrocinada - quando envolve, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

Concessão administrativa – quando a Administração Pública é a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.

(*) O Estado contribui financeiramente com o projeto.

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Considerações III

MODELOS DE VIABILIDADE FINANCEIRA PÚBLICO-PRIVADA

OUTORGA ONEROSA

Modelo reabilitado pela Presidente Dilma em seu último pacote de concessões. Durante seu primeiro governo este modelo estava em desuso, exceto para os aeroportos, porque torna as tarifas mais elevadas para o usuário.

Permite ao governo cobrar pagamento pelas concessões de serviços ao setor privado.

Forma de o governo obter recursos para o cumprimento da meta fiscal e reequilibrar suas contas.

Existe uma forte quebra de braço entre o Min. da Fazenda e os ministérios da área de infraestrutura, que preferem o modelo de menor preço.

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Considerações III

MODELOS DE VIABILIDADE FINANCEIRA PÚBLICO-PRIVADA

NOSSO GRANDE DESAFIO

Modelar um modelo de PPP que seja atrativo e seguro para o setor privado, diante de um cenário de reajuste fiscal, visando a viabilizar uma série de obras e prestação de serviços, sobretudo nas áreas de:

-Metrôs-VLTs-Trens Intermunicipais-Construção e Manutenção de Terminais de ônibus, entre outros.