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R O L I M Ã
Faça um exercício de imaginação e or-dene a tabela de veículos novos porordem de preço, independentementedo fabricante. Exclua todos os mode-los importados, inclusive os que sãofabricados no México e na Argentinae chegam isentos dos tributos. Só valeaqueles que são produzidos no Brasil.O mais barato é o Fiat Mille Fire Eco-nomy 1.0 Flex, com preço sugeridopelo fabricante de R$ 22.180. O maiscaro é a Mercedes-Benz CLC 200 Kom-pressor, vendida por R$ 128.647. Am-bos são produzidos em Minas Gerais,sendo o Mille na fábrica de Betim e oMercedes, em Juiz de Fora.
OUTRA PRAÇA É verdade que do cu-pê de duas portas fabricado na Zonada Mata apenas15% domodelocor-res-
ponde aitens produzidos
por aqui. Entre os principais estão osbancos, algumas borrachas, peque-nos detalhes de acabamento e ospneus. Ao abrir o porta-malas obser-va-se um bem-acabado estojo de pri-meiros socorros, em três idiomas:francês, alemão e inglês. Nada nobom e claro português, para os 44compradores que o carro teve noBrasil em junho. A mira da estrela detrês pontas é o mercado europeu, pa-ra onde foi a imensa maioria das8.698 unidades produzidas nos seisprimeiros meses deste ano.
SANGUE LATINO Já o popular da Fiatdeita no berço esplêndido do merca-do nacional, no qual é o terceiro mo-delo mais comercializado, com 85.097
unidades vendidas no pri-meiro semestre,
todas com omotor flex.
Alémde
ser popular do Oiapoque ao Chuí,o compacto cujo desenho lembrauma bota ortopédica teve 3.126 uni-dades, equipadas com o motor 1.3 agasolina, exportadas no primeiro se-mestre para Argentina, Chile, Costa Ri-ca, Guatemala, Honduras, Paraguai,Peru, República Dominicana e Uru-guai.
SUCESSO A história de sucesso doUno começou em outubro de 1984,quando foi iniciada a produção, comduas opções de motor: 1.050cm³ e1.300cm³. O propulsor menor teve vi-da curta, saindo de produção no anoseguinte. Ao longo dos 25 anos foramlançadas várias versões, com motoresdiferentes. Passaram pela linha demontagem da fábrica de Betim ver-sões que vão do 1.4 Turbo e ao 1.6, sen-do a mudança mais significativa o lan-çamento do Mille, em 1990, com mo-tor de 996cm³, de 48cv. Atualmente,está disponível no mercado apenascom o motor 1.0 Fire Flex.
SUBSTITUTO A CLC é o último filho daconturbada fábrica de Juiz de Fora. De-pois do encerramento da produção doClasse A, a Mercedes iniciou a monta-
gem em CKD doSports Coupé. Em 2008,começou a produzir o sucessor doSports Coupé, o CLC 200 Kompressor,e passou a comercializar o modelo pa-ra o mercado brasileiro em abril. Omotor é 1.8, que rende 184cv, potên-cia 20cv superior ao antecessor.
FORÇA Apesar de estarem em seg-mentos completamente diferentes –basta ver a posição que ocupam na ta-bela imaginária proposta no início dotexto –, vale comparar os dois minei-ros de origem europeia. No quesitoforça, o alemão tem motor 1.796cm³,a gasolina, de 184cv, que acelera até100km/h em 8,7s e atinge 231km/h. Jáo italiano é equipado com um propul-sor de 999cm³, flex, com potência de65cv (gasolina) e 66cv (álcool). A velo-cidade máxima é de 151km/h (g) e153km/h (a) e acelera até 100 km/hem 15,1s (g) e 14,7s (a). Cada um cum-pre bem o quepropõe:econo-
mia e praticidade, no caso do Fiat, echarme esportivo com o carimboMercedes, no cupê. A favor da poucapotência do popular está o peso-pena:820kg, contra 1.480kg da CLC.
SEGURANÇA O ímpeto do cupê fabri-cado (aliás, montado) em Juiz de Foraexige um eficiente sistema de freios,com discos ventilados nas rodas dian-teiras e discos sólidos nas traseiras,com o auxílio seguro do ABS, ASR,Brake Assist e ESP. O Mille, por sua vez,se vale da teoria do quanto menos(equipamentos), mais (vendas) e assima versão básica, a mais barata, é equipa-da com freios dianteiros a disco rígidoe traseiro a tambor. Pontos e mais pon-tos para segurança da Mercedes, poisnem em sua versão topo de linha épossível equipar o Mille com ABS. Omesmo acontece com os airbags, queno CLC estão presentes para os ocu-pantes dos bancos da frente, nas portas
dianteiras e windo-wbag. No Uno,
nem comoopcio-
nal.
DUELO CASEIRO
MARLOS NEY VIDAL/EM/D.A PRESS
MARLOS NEY VIDAL/EM/D.A PRESS
STUDIO CERRI/FIAT/DIVULGAÇÃO
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