Apostila OSRAM :: Iluminação e Conceitos

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Apostila de Conceitos e Projetos da OSRAM

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  • 1. Iluminao: Apresentao Conceitos e Projetos A histria da OSRAM est intimamente ligada histria da humanidade, A OSRAM tem o prazer de colocar disposio o Curso de suas relaes e descobertas quanto iluminao, pois sempre teve Iluminao: Conceitos e Projetos. Seu objetivo ser um guia como meta o novo... o futuro. Isso s foi e possvel porque a OSRAM til, principalmente para aqueles que se iniciam na rea da tem paixo por iluminao inteligente e busca ver o mundo em uma nova iluminao artificial. luz. Por isso, fornece esse bem, de forma responsvel, para a populao de mais de 159 pases em todos os continentes. De maneira clara e bem estruturada, este curso apresenta os principais conceitos luminotcnicos para que o leitor Em 1910, a empresa criou as lmpadas incandescentes com filamentos possa se posicionar de maneira mais segura diante de todas de tungstnio, mas, desde ento, os investimentos em pesquisa as etapas que compem o projeto e sua execuo. resultaram em novas tecnologias como luzes que transportam dados e vozes a qualquer lugar no planeta, curam bebs, eliminam cicatrizes, No incio, nos referiremos tambm luz natural, porque certos purificam o ar e a gua, alm dos LEDs (diodo emissor de luz). conceitos no so privilgio exclusivo da artificial. Alm disso, lembramos a necessidade premente de trabalhar cada vez No Brasil, a OSRAM est presente desde 1922 e sempre contribuiu mais o projeto luminotcnico como um todo luz natural e para o desenvolvimento socioeconmico do pas. Em 1955, iniciou artificial, levando o melhor conforto, funcionalidade e a fabricao nacional de lmpadas no municpio de Osasco, na rea economia s edificaes. metropolitana de So Paulo. Hoje, a OSRAM se caracteriza como a empresa mais especializada do mundo na rea de iluminao. Tem uma vasta quantidade de patentes, trabalhos cientficos e prmios internacionais que garantem um portflio com cerca de cinco mil tipos de lmpadas. Ao mesmo tempo, sua atuao reflete um engajamento incondicional na preservao do meio ambiente e na qualidade de vida das pessoas em todo o mundo.
  • 2. ndice Captulo 05 Critrios de desempenho do ponto de vista do 33 projeto de iluminao Captulo 06 Modelos de avaliao em iluminao 35 6.1 Mtodo de clculo de iluminao geral: 36 Captulo 01 Conforto luminoso 06 Mtodo das e ficincias 6.2 Mtodo de clculo para iluminao dirigida: 37 Captulo 02 Objetivos da iluminao 10 Mtodo ponto a ponto 6.3 Avaliao de custos 39 Captulo 03 Sistemas de iluminao 10 6.3.1 Custos de investimento 39 6.3.2 Custos operacionais 40 Captulo 04 Conceitos bsicos: grandezas fotomtricas 15 6.3.3 Clculo de rentabilidade 40 4.1 A radiao solar e a luz 15 6.4 Softwares 42 4.2 Luz e Cores 16 4.3 Potncia Total Instalada 17 Captulo 07 Exemplos de aplicao 44 4.3.1 Densidade de Potncia 17 7.1 Exemplo 1 - Clculo de iluminao geral 44 4.3.2 Densidade de Potncia Relativa 18 7.2 Exemplo 2 - Clculo de iluminncia 50 4.4 Fluxo Luminoso 19 7.3 Exemplo 3 - Clculo de iluminao dirigida: 51 4.5 Eficincia Energtica 19 Fonte de luz com refletor 4.5.1 Eficincia de lmpada 19 7.4 Exemplo 4 - Clculo de iluminao dirigida: 52 4.5.2 Eficincia de luminria 20 Abertura do facho de luz com refletor 4.5.3 Eficincia do Recinto 20 4.5.4 Fator de Depreciao (ou de Manuteno) 22 Captulo 08 Anexos 53 4.6 Nvel de Iluminncia 23 Anexo 1 - Equipamentos auxiliares utilizados 53 4.6.1 Nvel Adequado de Iluminncia 24 em iluminao 4.7 Intensidade Luminosa 24 Anexo 2 - Nveis de Iluminncia 54 4.7.1 Curva de distribuio luminosa 24 Recomendveis para Interiores 4.8 Luminncia 25 Anexo 3 - Coeficiente de Reflexo de 55 4.9 ndice de reproduo de cor 27 alguns materiais e cores 4.9.1 Espectro de Radiao Visvel 28 Anexo 4 - Planilha de clculo - Mtodo dos fluxos 56 4.10 Temperatura de cor 28 Anexo 5 - Fator de depreciao 58 4.11 Fator de fluxo luminoso 32 4.12 Vida til, vida mdia e vida mediana 32 Bibliografia Referncia bibliogrfica 59
  • 3. 01 | IlumInAo: ConFoRTo lumInoSo Meio Ambiente (clima) Objetivos, fsicos e quantificveis Qtde. de luz: Lux Sensaes Nvel de rudo: dB(A) Estmulos 1 Nvel de conforto Temperatura do ar: C Resposta fisiolgica Umidade relativa: % aos estmulos Ventos: m/s ambientais Figura 1 O conceito de conforto: resposta fisiolgica a estmulos ambientais quantidade, qualidade da luz e sua atravs de sensaes. distribuio, contrastes etc. O mesmo Neste momento pertinente, ento, raciocnio serve para as outras reas nos perguntarmos como podemos do conforto ambiental 1 . Para a rea definir conforto, e, particularmente, o de acstica, teremos um certo nvel de conforto visual. barulho (rudo de fundo medido pelo seu nvel de intensidade sonora em Quanto menor for o esforo de dB(A)), as frequncias desse rudo, sua adaptao do indivduo, maior ser distribuio e propagao etc. Para a sua sensao de conforto (fig. 1). rea de conforto trmico, teremos a temperatura do ar, a umidade relativa, 1. Conforto luminoso Para que possamos entend-la de maneira a ventilao no ambiente, uma certa Mas o que seria este esforo de mais clara e objetiva, comearemos quantidade de insolao etc. adaptao? Do ponto de vista O que todos ns queremos - arquitetos, por discutir primeiramente o que Todos esses estmulos ambientais so fisiolgico, para desenvolvermos engenheiros, decoradores de interiores, conforto luminoso. fsicos, objetivos e quantificveis. determinadas atividades visuais, empresas fornecedoras de tecnologia, O primeiro nvel para avaliarmos o que O usurio sentir todas estas variveis nosso olho necessita de condies produtos e servios e, principalmente, o conforto luminoso refere-se fsicas do espao por meio de seus sentidos especficas e que dependem muito o usurio final - que nossos ambientes resposta fisiolgica do usurio. - visual, auditivo e termo-metablico - e a das atividades que o usurio realiza. tenham o melhor conforto luminoso, a Um determinado ambiente provido de elas responder, num primeiro momento, Por exemplo: para ler e escrever, melhor qualidade e o menor custo luz natural e/ou artificial, produz possvel. Esta equao, que parece estmulos ambientais, ou seja, um 1 O conforto ambiental uma rea de formao tcnica definida pelo MEC na estrutura curricular profissional de arquitetos e simples, depende de muitas variveis. certo resultado em termos de urbanistas. composta de quatro sub-reas: conforto trmico, iluminao (natural e artificial), acstica e ergonomia. 6 7
  • 4. 01 | IlumInAo: ConFoRTo lumInoSo Objetivos, fsicos, quantificveis Subjetivas e dificilmente quantificveis Estmulos Sensaes / emoes Avaliao que depende no s da resposta fsica mas: Da experncia anterior Da personalidade Qtde. de luz: Lux Do estado de nimo Nvel de rudo: dB(A) Da faixa etria Temperatura do ar: C Da relao de gnero Umidade relativa: % De aspectos culturais e Ventos: m/s estticos Figura 3 - Conforto como sensaes a Figura 2 O conceito de conforto: sensaes e emoes subjetivas partir de estmulos fsicos necessria uma certa quantidade de pode e deve ser equacionado somente ao seu meio ambiente tem, portanto, pessoas se elas esto se sentindo bem luz no plano de trabalho 2 ; para por esta vertente fisiolgica de maior um componente subjetivo importante. ou no em um determinado ambiente, desenhar ou desenvolver atividades ou menor esforo? No. Hopkinson No processo de atribuir significado a sob determinadas condies visuais de maior acuidade visual diz: Aquilo que vemos depende no um determinado estmulo ambiental, ambientais, a totalidade delas faz (atividades mais finas e com maior somente da qualidade fsica da luz ou o homem lana mo de uma srie de automaticamente uma relao direta quantidade de detalhes), necessita-se da cor presente, mas tambm do fatores: sua experincia pessoal, sua com os estmulos fsicos, objetivos de mais luz 3 . Mas quantidade de luz estado de nossos olhos na hora da personalidade, aspectos culturais, a deste ambiente, mensurando-os. Diro no o nico requisito necessrio. viso e da quantidade de experincia relao de gnero e idade, entre sim ou no dependendo se a Para essas atividades, a boa distribuio de visual da qual temos de lanar mo outros fatores. temperatura est alta ou baixa, se tem luz no ambiente e a ausncia de contrastes para nos ajudar em nosso julgamento... Este carter subjetivo da definio de muito ou pouco barulho, muita ou excessivos (como a incidncia direta do sol Aquilo que vemos depende no s da conforto ambiental, seja ele luminoso, pouca luz, se est abafado ou bem no plano de trabalho e reflexos indesejveis) imagem que focada na retina, mas trmico ou acstico, muito importante ventilado etc. tambm so fatores essenciais. da mente que a interpreta 4. Ou seja, e, em algumas situaes de projeto, Quanto melhores forem as condies no possvel fazer uma distino como veremos mais adiante, vital. propiciadas pelo ambiente, menor ser marcante entre experincia sensorial e Quando pedimos para 100 pessoas Conforto , portanto, a o esforo fsico que o olho ter de fazer emocional, uma vez que a segunda definirem o que entendem por conforto, interpretao de estmulos para se adaptar s condies ambientais certamente depende da primeira e 99 o definiro com uma palavra objetivos, fsicos e facilmente e desenvolver bem a atividade em ambas so elos inseparveis. Qualquer subjetiva. Diro: uma sensao de quantificveis, por meio de questo. o enfoque fisiolgico da fato visual ter sua repercusso, depois de bem estar, sentir-se bem num respostas fisiolgicas definio de conforto ambiental. interpretado, no significado psico-emocional ambiente, no se sentir incomodado, (sensaes) e de emoes, Mas ser que, para desenvolvermos que o homem lhe d. ter a satisfao plena dos sentidos, com carter subjetivo e de uma determinada atividade, conforto Esta resposta sensorial do indivduo estar em harmonia com o ambiente, difcil avaliao (Figs. 2 e 3). um ambiente aconchegante, 2 A norma 5413, da ABNT, estipula como mnimo 300 lux e mximo 750 lux. 3 A mesma norma estipula 1.000 lux para desenho, por exemplo. agradvel etc. Mas, quando 4 HOPKINSON, R.G. & KAY, L.D. The light of building, ed. Faber and Faber Ltd, London, 1969. perguntamos para estas mesmas 8 9
  • 5. 02 | oBjeTIvoS dA IlumInAo Figura 4 Figura 5 Figura 6 - Iluminao geral Figura 7 - Exemplo de iluminao geral - Supermercado Iluminao para atividade laborativa - escritrio Iluminao para atividade no laborativa - residncia As duas sub-reas do conforto instrumento de ambientao do espao 3. Qual a ambientao que queremos Vantagens: uma maior flexibilidade na ambiental que tm maior grau de na criao de efeitos especiais com dar, com a luz, a este espao? disposio interna do ambiente layout. subjetividade so a ILUMINAO e a a prpria luz ou no destaque de objetos Desvantagens: no atende s acstica, respectivamente. e superfcies ou do prprio espao. Pelas questes acima, vemos que, necessidades especficas de locais que Este objetivo est intimamente qualquer que seja o sistema adotado, ele requerem nveis de iluminncia6 mais 2. Os objetivos da iluminao associado s atividades no dever sempre ser escolhido de uma elevados, grande consumo de energia e, em laborativas, no produtivas, de lazer, forma intimamente ligada funo a ser algumas situaes muito especficas, Para a Iluminao, tanto natural quanto estar e religiosas residncias, exercida no local novamente, as podem desfavorecer o controle do artificial, a funo o primeiro e mais restaurantes, museus e galerias, igrejas laborativas e no laborativas. ofuscamento7 pela viso direta da fonte. importante parmetro para a definio etc. a luz da emoo 5 (fig. 5). Este o sistema que se emprega mais de um projeto. Ela ir determinar o tipo Para se responder a primeira pergunta, frequentemente em grandes escritrios, de luz que o ambiente precisa. 3. Os sistemas de iluminao classificamos os sistemas de acordo oficinas, salas de aula, fbricas, O primeiro objetivo da iluminao com a forma que as luminrias so supermercados, grandes magazines etc. a obteno de boas condies de Muitos profissionais cometem um erro distribudas pelo ambiente e com os viso associadas visibilidade, primrio num projeto luminotcnico, efeitos produzidos no plano de trabalho. b) Iluminao localizada: concentra-se segurana e orientao dentro de um partindo inicialmente da definio de Esta classificao tambm conhecida a luminria em locais de principal interesse. determinado ambiente. Este objetivo lmpadas e/ou luminrias. O primeiro como Sistema Principal. Nela, os Exemplo: este tipo de iluminao til est intimamente associado s passo de um projeto luminotcnico definir sistemas de iluminao proporcionam: para reas restritas de trabalho em fbrica atividades laborativas e produtivas o(s) sistema(s) de iluminao, respondendo (figs. 8 e 9). escritrio, escolas, bibliotecas, bancos, basicamente a trs perguntas: a) Iluminao geral: distribuio As luminrias devem ser instaladas indstrias etc. a luz da razo (fig. 4). 1. Como a luz dever ser distribuda aproximadamente regular das luminrias suficientemente altas para cobrir as O segundo objetivo da iluminao pelo ambiente? pelo teto; iluminao horizontal de um certo superfcies adjacentes, possibilitando a utilizao da luz como principal 2. Como a luminria ir distribuir a luz? nvel mdio; uniformidade (figs. 6 e 7). altos nveis de iluminncia sobre o plano 5 Algumas atividades esto, por essncia, numa situao intermediria, como por exemplo as comerciais. Dependendo do tipo de loja, 6 Vide item 4.6 estaremos mais prximos de um caso ou de outro. 7 Vide item 4.8 10 11
  • 6. 03 | SISTemAS de IlumInAo 0 10% 10 40% 40 60% 0 100% 60 90% 40 60% 40 60% 60 90% 90 100% 40 60% 10 40% 0 10% Figura 8 - Iluminao localizada Figura 9 - Exemplo de iluminao localizada Figura 12 - Classificao das luminrias segundo a radiao do fluxo luminoso Vantagens: maior economia de energia, maior controle dos efeitos luminotcnicos. Desvantagens: deve ser complementada por outro tipo de iluminao, e apresenta menor flexibilidade na alterao da disposio dos planos de trabalho. Para responder a segunda pergunta, Figura 10 Iluminao de tarefa Figura 11 - Exemplo de iluminao de tarefa Como a luminria ir distribuir a luz?, classificam-se os sistemas de iluminao Figura 13 - Exemplo de sistema direto e indireto de trabalho , ao mesmo tempo em que 8 devem ser reposicionadas. de acordo com a forma pela qual o fluxo asseguram uma iluminao geral Para atividades laborativas, necessitam luminoso irradiado pela luminria, ou, suficiente para eliminar fortes contrastes. de complementao atravs do mais precisamente, de acordo com a Normalmente, quando temos um Vantagens: maior economia de sistema geral de controle de quantidade do fluxo luminoso irradiado projeto de iluminao em mos, o energia, e podem ser posicionadas de uniformidade de luz do local. Para para cima e para baixo do plano horizontal dividimos em sistema principal, tal forma a evitar ofuscamentos, outras situaes, no necessariamente. e da luminria (e/ou lmpada). Essa aquele que resolver as necessidades sombras indesejveis e reflexes segunda classificao obedece ao funcionais, e sistema secundrio, veladoras, alm de considerar as c) Iluminao de tarefa: luminrias esquema acima (fig. 12). que dar mais nfase personalidade necessidades individuais. perto da tarefa visual e do plano de Muitos autores classificam os sistemas do espao, a sua ambientao por Desvantagens: em caso de trabalho iluminando uma rea muito simplesmente por: direto, indireto e meio da luz (numa abordagem mais mudana de layout, as luminrias pequena. (figs. 10 e 11) direto-indireto (compreendendo, nesse criativa, livre e no to funcional). 8 Tanto para a iluminao localizada como para a de tarefa, que muitas vezes destinam-se a proporcionar altos nveis ltimo caso, as classificaes O sistema secundrio relaciona-se de iluminao (1.000-2000 lux). intermedirias). mais terceira pergunta, Qual a 12 13
  • 7. 03 | SISTemAS de IlumInAo Sistema Principal Sistema Secundrio Geral Luz de Destaque Luz de Efeito Localizado Luz Decorativa Modulao de Intensidade De tarefa Luz Arquitetnica Figura 14 - Sistemas de iluminao Figura 17 - Iluminao decorativa Figura 15 - Iluminao de destaque ambientao que queremos dar, com Luz arquitetnica: Obtida quando 4. Conceitos bsicos: grandezas a luz, a este ambiente?. posicionamos a luz dentro de elementos fotomtricas arquitetnicos do espao, como Luz de destaque: Coloca-se nfase em cornijas, sancas, corrimos etc. Deve- As grandezas a seguir so determinados aspectos do interior se tomar cuidado com esse termo, pois fundamentais para o entendimento arquitetnico, como um objeto ou uma toda a luz deve ser, por definio, dos conceitos da luminotcnica. superfcie, chamando a ateno do olhar. arquitetnica. Ou seja, estar em perfeita A cada definio, seguem-se as Geralmente, esse efeito obtido com o uso integrao com a arquitetura. Neste unidades de medida e o smbolo grfico de spots, criando-se uma diferena 3, 5 ou caso, esto apenas sendo escolhidos do Quadro de Unidades de Medida, do at 10 vezes maior em relao luz geral elementos arquitetnicos para servirem Sistema Internacional - SI, alm de ambiente. Este efeito pode ser obtido de suporte luz (fig. 18). interpretaes e comentrios destinados tambm posicionando a luz muito prxima a facilitar o seu entendimento. Figura 16 - Iluminao de efeito superficie a ser iluminada. Exemplo: paredes, objetos, gndolas, displays, 4.1 A radiao solar e a luz quadros etc (fig. 15). produz a luz. Ex: Lustres antigos, Uma fonte de radiao emite ondas arandelas coloniais e velas criam eletromagnticas com diferentes Luz de efeito: Enquanto na luz de uma rea de interesse no ambiente, comprimentos de onda. A radiao solar destaque procuramos destacar algo, destacando o objeto mais do que tem trs espectros principais desta aqui o objeto de interesse a prpria iluminando o prprio espao (fig. 17). radiao: o infravermelho - responsvel luz: jogos de fachos de luz nas pela sensao de calor - o espectro visvel, paredes, contrastes de luz e sombra Modulao de intensidade ou luz, e o ultravioleta responsvel pelo etc (fig. 16). (dimerizao): a possibilidade de efeito higinico da radiao (pois mata aumentar ou diminuir a intensidade bactrias e fungos), pela despigmentao Luz decorativa: Aqui no o efeito das vrias luminrias, modificando Figura 18 - Luz arquitetnica de alguns tipos de tecidos, pelo de luz que importa, mas o objeto que com isso a percepo ambiental. bronzeamento da pele, etc. 14 15
  • 8. 04 | ConCeIToS BSICoS nm Infravermelho 1013 Ondas largas Ondas mdias 1011 Ondas curtas nm 109 Ondas ultracurtas 780 107 Televiso 107 Radar 103 Infravermelho Luz 610 Ultravioleta Luz 10 590 10-3 Raios X 570 10-5 Raios Gama 500 380 10-7 10-9 Raios Csmicos Ultravioleta 10-11 10-15 Figura 21 - Composio das cores da luz Figura 19 - Espectro eletromagntico a poro do vermelho da fonte de luz, 4.3 Potncia Total Instalada (ou 100 Luz , portanto, a radiao eletromagntica % a ma refletiria muito pouca luz, Fluxo Energtico) capaz de produzir uma sensao visual e 80 parecendo totalmente negra. Podemos Smbolo: Pt Noite Dia est compreendida entre 380 e 780 nm ver que a luz composta por trs Unidade: W ou Kw 60 (Figs. 19 e 20). A sensibilidade visual para cores primrias. a somatria da potncia de todos os a luz varia no s de acordo com o 40 A combinao das cores vermelho, aparelhos instalados na iluminao. Trata- 380 780 comprimento de onda da radiao, mas verde e azul permite obtermos o se aqui da potncia da lmpada, 20 tambm com a luminosidade. branco (Sistema RGB: R=Red, multiplicada pela quantidade de unidades A curva de sensibilidade do olho 0 G=Green, B=Blue). utilizadas (n), somado potncia 100 400 500 600 700 nm humano demonstra que radiaes de UV Luz IV A combinao de duas cores primrias consumida de todos os reatores, menor comprimento de onda (violeta e Figura 20 produz as cores secundrias - magenta, transformadores e/ou ignitores. Uma vez azul) geram maior intensidade de Curva de sensibilidade do olho humano radiao visvel amarelo e ciano. As trs cores primrias, que os valores resultantes so elevados, sensao luminosa quando h pouca dosadas em diferentes quantidades, a Potncia Total Instalada expressa em luz (ex: crepsculo, noite etc.), 4.2 Luz e Cores permitem obtermos outras cores de luz. quilowatts, aplicando-se, portanto, o enquanto as radiaes de maior H uma tendncia em pensarmos que os Da mesma forma que surgem diferenas quociente 1000 na equao. comprimento de onda (laranja e objetos j possuem cores definidas. na visualizao das cores ao longo do n . w* vermelho) se comportam ao contrrio. Na verdade, a aparncia de um objeto dia (diferenas da luz do sol ao meio-dia Pt = em Kw 1000 O olho humano possui diferentes resultado da iluminao incidente e no crepsculo), as fontes de luz sensibilidades para a luz. Durante o sobre ele. Por exemplo, sob uma luz artificiais tambm apresentam diferentes *W = potncia consumida pelo conjunto dia, nossa maior percepo se d para branca, a ma aparenta ser de cor resultados. As lmpadas incandescentes, lmpada + acessrios. o comprimento de onda de 550 nm, vermelha, pois ela tende a refletir a por exemplo, tendem a reproduzir correspondente s cores amarelo- poro do vermelho do espectro de com maior fidelidade as cores 4.3.1 Densidade de Potncia esverdeadas. J durante a noite, para radiao, absorvendo a luz nos outros vermelha e amarela do que as cores Smbolo: D o de 510 nm, correspondente s cores comprimentos de onda. Se verde e azul, aparentando ter uma luz Unidade: W/m 2 verdes azuladas (fig. 20). utilizssemos um filtro para remover mais quente. a Potncia Total Instalada em watt 16 17
  • 9. 04 | ConCeIToS BSICoS Instalao 1 Instalao 2 1 2 A = 50 m2 A = 70 m2 E = 750 lx E = 400 lx Pt = 1,5 Kw Pt = 1,4 Kw D = 30 W/m2 D = 20 W/m2 Dr = 4 W/m2 Dr = 5 W/m2 por 100 lx por 100 lx Figura 23 - Fluxo luminoso de uma lmpada (lm) Figura 22: Exemplos de avaliao do consumo energtico. uma fonte, medida em lmens, na tenso para cada metro quadrado de rea. Logo: E 2 = 400 lx nominal de funcionamento. Com esses dados, a Densidade de chamado tambm de pacote de luz Pt . 1000 D= em W/m 2 D Potncia Relativa (Dr) : (fig. 23). A Dr = em W/m 2 . 100 lx A.E 2 Essa grandeza muito til para os futuros 100 30 W / m 4.5 Eficincia Energtica Dr1 = = 4 W / m2 por 100 lx clculos de dimensionamento de sistemas 750 lx Smbolo: w (ou K, conforme IES) de ar-condicionado ou mesmo dos projetos Tomando-se como exemplo duas 100 lx Unidade: lm / W (lmen / watt) eltricos de uma instalao. A comparao instalaes comerciais, (fig. 22) tem-se entre projetos luminotcnicos somente se a primeira impresso de que a 20 W / m 2 4.5.1 Eficincia energtica de lmpadas Dr2 = = 5 W / m2 por 100 lx torna efetiva quando se leva em conta nveis instalao 2 mais eficiente do que a 400 lx As lmpadas se diferenciam entre si no de Iluminncia9 iguais para diferentes 1, j que a Densidade de Potncia : 100 lx s pelos diferentes Fluxos Luminosos que sistemas. Em outras palavras, um sistema irradiam, mas tambm pelas diferentes luminotcnico s mais eficiente do que Logo, a instalao 2 consome mais potncias que consomem. 1500 outro, se, ao apresentar o mesmo nvel de D1 = = 30 W / m 2 energia por metro quadrado, e tambm Para poder compar-las, necessrio saber 50 Iluminncia do outro, consumir menos watts fornece menos luz. Portanto, a quantos lmens so gerados por watt por metro quadrado. instalao 1 mais eficiente. consumido. A essa grandeza d-se o nome 1400 D2 = = 20 W / m 2 de Eficincia Energtica (ou Rendimento 70 4.3.2 Densidade de Potncia Relativa 4.4 Fluxo Luminoso Luminoso). A figura 24 exemplifica as Smbolo: Dr Porm, ao avaliar-se a eficincia, Smbolo: eficincias de alguns tipos de lmpadas. Unidade: W/m 2 p/ 100 lx preciso verificar a Iluminncia em Unidade: lmen (lm) Como geralmente a lmpada instalada a Densidade de Potncia Total Instalada ambos os casos. Fluxo Luminoso a radiao total da fonte dentro de luminrias, o Fluxo Luminoso final para cada 100 lx de Iluminncia. Supondo-se: E 1 = 750 lx luminosa entre os limites de comprimento disponvel menor do que o irradiado pela de onda mencionados (380 e 780m). O fluxo lmpada, devido absoro, reflexo e 9 Vide iten 4.6 luminoso a quantidade de luz emitida por transmisso da luz pelos materiais com que 18 19
  • 10. 04 | ConCeIToS BSICoS 170 160 150 140 130 h pend 120 110 100 90 h 80 Luminria H 70 h 60 50 Plano 40 30 hpt 20 10 0 Incandes- Halge- Mista Mercrio DULUX DULUX Metlica LUMILUX LUMILUX Sdio cente nas HWL HQL integradas no integr. HCI T8 T5 NAV Figura 25: 10 15 15 25 20 35 45 55 50 65 50 87 65 90 66 93 70 125 80 140 Figura 26 Representao do P Direito til Esquema de representao de Fluxos Luminosos. Figura 24 - Eficincia energtica (lm/W) so construdas as luminrias. O Fluxo Certos catlogos fornecem a Curva de ndice do Recinto trabalho (hpt), menos a altura do Luminoso emitido pela luminria Distribuio Luminosa junto Curva Smbolo: K pendente da luminria (hpend). Isto , avaliado atravs da Eficincia da Zonal de uma luminria. A Curva Zonal Unidade: no tem a distncia real entre a luminria e o Luminria (item 4.5.2). Isto , o Fluxo nos indica o valor da Eficincia da plano de trabalho (Fig. 26). Luminoso da luminria em servio Luminria em porcentagem. O ndice do Recinto a relao entre as Como j visto, o fluxo luminoso pode dividido pelo Fluxo Luminoso da lmpada. dimenses do local, dada por: ser alterado de acordo com o tipo de 4.5.3 Eficincia do Recinto luminria empregada e as dimenses 4.5.2 Eficincia de luminria Smbolo: R a.b do recinto. K= (rendimento da luminria) Unidade: no tem h (a + b) Smbolo: L O valor da Eficincia do Recinto dado Obs: quando a luminria for Unidade: no tem por tabelas, contidas nos catlogos dos para iluminao direta embutida, h = h. Razo do Fluxo Luminoso emitido por uma fabricantes de luminrias, onde luminria, em relao soma dos fluxos relacionam-se os valores dos coeficientes 3. a . b Fator de Utilizao K= individuais das lmpadas funcionando fora da de reflexo do teto, paredes e piso, com 2.h (a + b) Smbolo: Fu luminria (fig. 25). Normalmente, esse valor a Curva de Distribuio Luminosa da Unidade: no tem indicado pelos fabricantes de luminrias. luminria utilizada e o ndice do Recinto para iluminao indireta, sendo O Fluxo Luminoso final (til) que ir Dependendo das qualidades fsicas do (para este ltimo, vide p. 21). a = comprimento do recinto incidir sobre o plano de trabalho recinto em que a luminria ser instalada, o Uma vez calculado o ndice do Recinto b = largura do recinto avaliado pelo Fator de Utilizao. Fluxo Luminoso que dela emana poder se (K), procura-se identificar os valores da h = p-direito til Ele indica, portanto, a eficincia propagar mais facilmente, dependendo da refletncia do teto, paredes e piso. h = distncia do teto ao plano de luminosa do conjunto lmpada, absoro e reflexo dos materiais e da Na interseo da coluna de trabalho luminria e recinto. O produto da trajetria que ir percorrer at alcanar o refletncias e linha de ndice do H = p direito Eficincia do Recinto (R) pela plano de trabalho. Essa condio mais ou Recinto, encontra-se o valor da hpt = altura do plano de trabalho Eficincia da Luminria (L) nos d menos favorvel avaliada pela Eficincia do Eficincia do Recinto (R), via Fator P-direito til o valor do p-direito total o Fator de Utilizao (Fu). Recinto (vide item 4.5.3). de Utilizao Fu (vide p.21). do recinto (H), menos a altura do plano de 20 21
  • 11. 04 | ConCeIToS BSICoS Fu = L . R S3 = 9S1 Smbolo: Fd Unidade: % S2 = 4S1 4 lux Determinados catlogos indicam tabelas de Todo o sistema de iluminao tem, S1 9 lux 36 lux Fatores de Utilizao para suas luminrias. aps sua instalao, uma depreciao Apesar destes serem semelhantes s no nvel de iluminncia ao longo do tabelas de Eficincia do Recinto, os valores tempo. Esta decorrente da 1m nelas encontrados no precisam ser depreciao do fluxo luminoso da 2m multiplicados pela Eficincia da Luminria, lmpada e do acmulo de poeira 3m uma vez que cada tabela especfica para sobre lmpadas e luminrias. Para uma luminria e j considera a sua perda na compensar parte desta depreciao, emisso do Fluxo Luminoso. estabelece-se um fator de depreciao Figura 28 - Lei do inverso do quadrado da distncia Esta tabela nada mais do que o valor da que utilizado no clculo do nmeros Eficincia do Recinto j multiplicado pela de luminrias. Este fator evita que o Eficincia da Luminria, encontrado pela nvel de iluminncia atinja valores afins) e de 40% para ambientes com interseo do ndice do Recinto (K) e das abaixo do mnimo recomendado. Para manuteno crtica (galpes industriais, E= A (m ) lm 2 Refletncias(1) do teto, paredes e piso, nesta efeitos prticos pode-se utilizar a garagens etc.), dando origem a Fatores de ordem (Fig. 27). tabela (Anexo 4). Depreciao, respectivamente, Fd = 0,8 e tambm a relao entre intensidade Nesta publicao, iremos considerar uma Fd = 0,6. luminosa e o quadrado da distncia (I/ 4.5.4 Fator de Depreciao (ou Fator depreciao de 20% para ambientes com h) (fig.28). Na prtica, a quantidade de Manuteno) boa manuteno / limpeza (escritrios e 4.6 Nvel de Iluminncia de luz dentro de um ambiente, e pode Smbolo: E ser medida com o auxlio de um TETO (%) 70 50 30 0 Unidade: Lux (lm/m2) luxmetro. Como o fluxo luminoso no PAREdE (%) 50 30 10 50 30 10 30 10 0 A luz que uma lmpada irradia, distribudo uniformemente, a iluminncia PiSO (%) 10 10 10 0 relacionada superfcie qual incide, no ser a mesma em todos os pontos kr Fator de utilizao define uma nova grandeza da rea em questo. Considera-se, por 0,60 34 29 26 33 29 26 29 26 25 luminotcnica denominada de isso, a iluminncia mdia (Em). Existem 0,80 40 36 33 39 35 32 35 32 31 Iluminamento, nvel de iluminao ou normas especificando o valor mnimo 1,00 45 41 38 44 41 38 40 38 36 Iluminncia (fig. 28). de iluminncia mdia, para ambientes 1,25 50 46 43 49 45 43 45 42 41 1,50 53 50 47 52 49 46 48 46 45 Expressa em lux (lx), indica o fluxo diferenciados pela atividade exercida, 2,00 58 55 52 56 54 52 53 51 50 luminoso de uma fonte de luz que incide relacionados ao conforto visual. Alguns 2,50 60 58 56 59 57 55 56 55 53 sobre uma superfcie situada uma certa dos exemplos mais importantes esto 3,00 62 60 58 61 59 58 58 57 55 distncia dessa fonte. relacionados no anexo 2 desta 4,00 64 63 61 63 62 60 61 59 58 A equao que expressa esta grandeza : publicao (ABNT - NBR 5413). 5,00 66 64 63 64 63 62 62 61 59 Figura 27 - Exemplo de tabela de Fator de Utilizao de Luminria 1Refletncia ou Reflexo, vide anexo 3 22 23
  • 12. 04 | ConCeIToS BSICoS 150 125 Margem para depreciao de fluxo luminoso e acmulo 100 de sujeira 80 Iluminncia % Tempo Figura 29 - Compensao da depreciao no clculo da Iluminncia Mdia (Fator de Depreciao) para Figura 30 - ngulo de abertura FLOOD 38 Figura 31 - ngulo de abertura SPOT 10 ambientes com boa manuteno 180 160 140 175 155 135 125 7 4.6.1 Nvel Adequado de Iluminncia Se a fonte luminosa irradiasse a luz 120 6 115 4.8 Luminncia 5 Quanto mais elevada a exigncia visual da uniformemente em todas as direes, o Fluxo 80 120 4 100 Smbolo: L 2 atividade, maior dever ser o valor da Luminoso se distribuiria na forma de uma 60 95 90 Unidade: cd/m2 85 Iluminncia Mdia (Em) sobre o plano de esfera. Tal fato, porm, quase impossvel de cd 90 2 3 Das grandezas mencionadas, at 4 75 trabalho. Deve-se consultar a norma NBR- acontecer, razo pela qual necessrio medir 40 5 6 65 ento, nenhuma visvel, isto , os 80 60 7 5413 para definir o valor de iluminncia mdia o valor dos lmens emitidos em cada direo. 8 9 55 raios de luz no so vistos, a menos 120 45 pretendido. Como j foi mencionado Essa direo representada por vetores, 10 11 35 q u e s e j a m re f l e t i d o s e m u m a 0 20 40 12 5 15 25 anteriormente, deve-se considerar tambm cujos comprimentos indicam as Intensidades 0 superfcie e a transmitam a sensao que, com o tempo de uso, se reduz o Fluxo Luminosas. Portanto, Intensidade Luminosa Transversal Longitudinal de claridade aos olhos. Essa Luminoso da lmpada devido tanto ao o Fluxo Luminoso irradiado na direo de Figura 32: Curva de distribuio de Intensidades sensao de claridade chamada de desgaste, quanto ao acmulo de poeira na um determinado ponto (fig. 30 e 31). Luminosas no plano transversal e longitudinal para Luminncia (fig. 33). uma lmpada fluorescente isolada (A) ou associada luminria, resultando em uma diminuio da a Intensidade Luminosa que emana de a um refletor (B). Iluminncia. (Fig. 29) Por isso, quando do 4.7.1 Curva de distribuio luminosa uma superfcie, pela sua superfcie clculo do nmero de luminrias, estabelece-se Smbolo: CDL aparente (fig. 34). um Fator de Depreciao (Fd), o qual, elevando Unidade: candela (cd) X 1000 lm ngulos em que ela direcionada num A equao que permite sua determinao : o nmero previsto de luminrias, evita que, com Se, num plano transversal lmpada, plano (fig. 32). o desgaste, o nvel de Iluminncia atinja valores todos os vetores que dela se originam Para a uniformizao dos valores das I L= abaixo do mnimo recomendado. tiverem suas extremidades ligadas por um curvas, geralmente so referidas a 1000 A . cos trao, obtm-se a Curva de Distribuio lm. Nesse caso, necessrio multiplicar 4.7 Intensidade Luminosa Luminosa (CDL). o valor encontrado na CDL pelo Fluxo na qual: Smbolo: I Em outras palavras, a representao da Luminoso das lmpadas em questo e L = Luminncia, em cd/m Unidade: candela (cd) Intensidade Luminosa em todos os dividir o resultado por 1000 lm. I = Intensidade Luminosa, em cd 24 25
  • 13. 04 | ConCeIToS BSICoS Ofuscamento 45 Iluminncia Superfcie aparente Reflexivo Luz incidente no visvel A . cos 3 Ofuscamento Direto 10 2 3 Superfcie iluminada A 1 Figura 34 - Luminncia (percepo de brilho) Figura 35 - Ofuscamento Figura 36 - Proporo harmoniosa de luminncias Luminncia Luz refletida visvel Como os objetos refletem a luz de 200 cd/m, valores acima deste Efeitos Luz e Sombra diferentemente uns dos outros, fica no devem ultrapassar o ngulo de Deve-se tomar cuidado no explicado porque a mesma Iluminncia 45, como indicado na fig. 35. direcionamento do foco de uma pode dar origem a Luminncias O posicionamento e a Curva de luminria, para evitar que sejam diferentes. Vale lembrar que o Coeficiente Distribuio Luminosa devem ser tais criadas sombras incmodas, de Reflexo a relao entre o Fluxo que evitem prejudicar as atividades lembrando, porm, que a total Luminoso refletido e o Fluxo Luminoso do usurio da iluminao. ausncia de sombras leva perda da Figura 33 - Luminncia X Iluminncia incidente em uma superfcie. Esse identificao da textura e do formato coeficiente geralmente dado em Proporo Harmoniosa entre dos objetos. Uma boa iluminao no A = rea projetada, em m tabelas, cujos valores so em funo das Luminncias significa luz distribuda por igual. = ngulo considerado, em graus cores e dos materiais utilizadas (exemplos Acentuadas diferenas entre as no anexo 3). Luminncias de diferentes planos 4.9 ndice de reproduo de cor Como difcil medir a Intensidade causam fadiga visual, devido ao Smbolo: IRC ou Ra Luminosa que provm de um corpo no Limitao de Ofuscamento excessivo trabalho de acomodao Objetos iluminados podem nos parecer radiante (atravs de reflexo), pode-se Duas formas de ofuscamento podem dos olhos, ao passar por variaes diferentes, mesmo se as fontes de luz recorrer a outra frmula, a saber: gerar incmodos: bruscas de sensao de claridade. tiverem idntica tonalidade. Para evitar esse desconforto, As variaes de cor dos objetos .E Ofuscamento direto, atravs de luz recomenda-se que as Luminncias iluminados sob fontes de luz L= direcionada diretamente ao campo visual. de piso, parede e teto se harmonizem diferentes podem ser identificadas Ofuscamento reflexivo, atravs da numa proporo de 1:2:3, e que, no atravs de um outro conceito, a na qual: reflexo da luz no plano de trabalho, caso de uma mesa de trabalho, a Reproduo de Cor, e de sua escala = Refletncia ou Coeficiente de direcionando-a para o campo visual. Luminncia no seja inferior a 1/3 da qualitativa, o ndice de Reproduo Reflexo Considerando que a Luminncia da do objeto observado (fig. 36). de Cor (IRC ou RA). O IRC E = Iluminncia sobre essa superfcie prpria luminria incmoda a partir estabelecido em funo da luz natural 26 27
  • 14. 04 | ConCeIToS BSICoS 100 1a Ra 90-100 Testes de cor - Floricultura, Muito Bom Nvel 1 escritrios - residncias - lojas 1b Ra 80-100 80 2a Ra 70-79 Bom reas de circulao - Escadas Nvel 2 oficinas - ginsios esportivos 2a Ra 60-69 60 Razovel Depsitos - Postos de gasolina Nvel 3 Ra 40-59 Ptio de montagem industrial 40 Vias de trfego - Canteiro de Ruim Nvel 4 Ra 20-39 obras - Estacionamentos Classificao Nvel - ndice IRC Exemplos de aplicao OSRAM - Linha de produtos Normas ABNT - 5413 Figura 37 - ndice de reproduo de cor e exemplos de aplicao Figura 38 - IRC Figura 39 - Espectro da luz natural que tem reproduo fidedigna, ou Espectros contnuos ou descontnuos seja, 100. No caso das lmpadas, o resultam em fonte de luz com presena IRC estabelecido entre 0 e 100, de comprimentos de ondas de cores comparando-se a sua propriedade distintas. Cada fonte de luz tem, de reproduo de cor luz natural portanto, um espectro de radiao (do sol). prprio que lhe confere caractersticas Portanto, quanto maior a diferena na e qualidades especficas. aparncia de cor do objeto iluminado A cor de um objeto determinada pela em relao ao padro, menor seu reflexo de parte do espectro de luz que IRC. Com isso, explica-se o fato de incide sobre ele. Isso significa que uma boa lmpadas de mesma Temperatura de Reproduo de Cor est diretamente ligada Figura 40 - Espectro das lmpadas fluorescentes Figura 41 - Espectro das lmpadas fluorescentes LUMILUX 830. LUMILUX 860. Cor possurem ndice de Reproduo qualidade da luz incidente, ou seja, de Cor diferentes (figs. 37 e 38). distribuio equilibrada das ondas constituintes do seu espectro. Ao lado, 4.9.1 Espectro de Radiao Visvel apresentam-se alguns espectros de Como j mencionamos nos itens 4.1 e lmpadas (figs. 39 a 43). 4.2, luz uma faixa de radiao eletromagntica, com comprimento de 4.10 Temperatura de cor onda entre 380 a 780 nm (nanmetros), Smbolo: T ou seja, da cor ultravioleta vermelha, Unidade: K (Kelvin) Figura 47 passando pelo azul, verde, amarelo e Em aspecto visual, admite-se que bastante roxo. As cores azul, vermelho e verde, difcil a avaliao comparativa entre a quando somadas em quantias iguais, sensao de Tonalidade de Cor de diversas Figura 42 - Espectro das lmpadas POWERSTAR HCI Figura 43 - Espectro das lmpadas de sdio NAV 930. definem o aspecto da luz branca. lmpadas. Para estipular um parmetro, foi 28 29
  • 15. 04 | ConCeIToS BSICoS definido o critrio Temperatura de Cor psicolgico, quando dizemos que um (Kelvin) para classificar a luz. Assim como sistema de iluminao apresenta luz um corpo metlico que, em seu aquecimento, quente no significa que a luz apresenta passa desde o vermelho at o branco, uma maior temperatura de cor, mas sim que quanto mais claro o branco (semelhante a luz apresenta uma tonalidade mais luz diurna ao meio-dia), maior a Temperatura amarelada. Um exemplo deste tipo de de Cor (aproximadamente 6500K). A luz iluminao a utilizada em salas de estar, amarelada, como de uma lmpada quartos ou locais onde se deseja tornar um incandescente, est em torno de 2700 ambiente mais aconchegante. Da mesma 2000K 2700K 3000K 3800K 4000K 4200K 5200K 6000K 6100K K. importante destacar que a cor da forma, quanto mais alta for a temperatura luz em nada interfere na Eficincia de cor, mais fria ser a luz (figs. 44 e 45). Energtica da lmpada, no sendo vlida Um exemplo deste tipo de iluminao 100 Incandescente Halgenas DECOSTAR T8 a impresso de que quanto mais clara, a utilizada em escritrios, cozinhas ou COOL BLUE HQI E mais potente a lmpada. locais em que se deseja estimular ou