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Armadilha

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O texto: ARMADILHA• 1978: Indicado ao Prêmio Tony

de Melhor Peça.

• 1980: Vencedora do Prêmio

Edgar Allen Poe.

• Temporada mais longa do

gênero comedy thriller na

Broadway.

• Texto inédito no Brasil.

• Versão cinematográfica com

direção de Sidney Lumet.

•Palavras-chave:

metalinguagem; estrutura

simétrica; engrenagem precisa;

reviravoltas; estetização da

violência humana.

O grupo: CIA. GOYA DE TEATRO• Quarteto de artistas

aficionados pelo gênero

suspense nas variadas

linguagens artísticas.

• Formação de um núcleo de pesquisa para análise de dezenas de obras do gênero, clássicas e contemporâneas.• Leitmotiv: Como trabalhar a complexidade do gênero no teatro?

O autor: IRA LEVIN• Autor de O Bebê de Rosemary,

Meninos do Brasil e Mulheres

Perfeitas.

• 1996: Prêmio Bram Stoker pelo conjunto da obra.• 2003: Prêmio Edgar Allen Poe pelo conjunto da obra.

DESTAQUES

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Fruto de uma longa tradição na cultura ocidental, o

gênero suspense ocupa um papel inexpressivo no teatro

brasileiro. Se, por um lado, o público contemporâneo tem

demonstrado o desejo de desfrutar sensações mais intensas

de tensão, em geral mediadas pelo cinema e a literatura; por

outro, a cena teatral parece ainda não entender o suspense

como motivador de reflexões no plano ético e estético.

No entanto, basta adentrar o universo ficcional criado

pela narrativa de suspense de autores como Edgar Allen Poe,

Patricia Highsmith, Rubem Fonseca, Alfred Hitchcock, Stanley

Kubrick, Roman Polanski, entre tantos outros, para perceber o

quanto são capazes de revelar questões cruciais da sociedade,

porém a partir de um registro diferente.

Foi inserida neste contexto cultural que fundamos a Cia Goya de Teatro, em 2013. No nosso primeiro

trabalho, ARMADILHA, de Ira Levin, pensamos o jogo teatral tanto em sua dimensão cognitiva quanto como

estímulo ao desenvolvimento de um repertório de experiências sensoriais. Ou seja, entendemos as sensações

de medo e horror como fontes ímpares para a criação de uma experiência estética marcada por graus diversos

de intensidade.

Por fim, convém ressaltar que temos como objetivo a formação de um repertório teatral que dialogue

com a tradição do suspense nas diversas linguagens artísticas, sem nunca perder de vista a dimensão ética e

estética do gênero. Isto é, um repertório que estabeleça uma reflexão mais aprofundada sobre as condições de

produção e recepção desse tipo de gênero no nosso contexto urbano.

O SUSPENSE NA CENA CONTEMPORÂNEA

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Conhecido como autor do romance que deu origem ao

filme “O Bebê de Rosemary”, Ira Levin (Nova Iorque, 1929-2007)

foi dramaturgo e romancista. Ganhou notoriedade no teatro,

com a peça Armadilha (Deathtrap, em inglês).

O texto, classificado pelo autor como um comedy

thriller (“um suspense com risadas na medida certa”), esteve

em cartaz na Broadway por mais de quatro anos consecutivos.

Remontado com frequência no exterior, foi adaptado para o

cinema em 1982, com Michael Kane e Christopher Reeve, sob

a direção de Sidney Lumet.

Ao mesmo tempo em que se atém a uma estrutura

dramatúrgica mais convencional, nunca abre mão dos

recursos típicos do gênero – como as constantes reviravoltas e

inversões no enredo. Além disso, o autor vai revelando pouco

a pouco os elementos da própria estrutura narrativa que usou

para compor a trama, criando uma dimensão metalinguística

muito interessante.

Em suma, a articulação precisa entre tensão e humor,

ficção e metalinguagem concorre para a consequente

intensificação de todas as camadas do gênero suspense. Com

segurança e perspicácia, Ira Levin cria um jogo de muitas

camadas, do qual participam, como cúmplices, não só os

próprios personagens da peça, mas principalmente o público-

alvo.

A PEÇA ‘ARMADILHA’

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SINOPSE DA PEÇA

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Cena 1: Sidney Braga, renomado dramaturgo de suspense em crise profissional, acaba de receber um texto de um ex-aluno e, ao perceber seu potencial comercial, considera matar o rapaz para assumir a autoria. Sua esposa, Márcia, se choca com essa possibilidade. Mesmo assim, Sidney convida o novato para uma leitura do texto.

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Cena 2: César, o novato, fica empolgado com a ideia de trabalhar com um de seus autores favoritos. Pouco a pouco, ambos se envolvem em um jogo de vida e morte. Sidney acaba por assassinar o jovem. Márcia tenta impedir, mas sem sucesso.

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Cena 3: Helga de la Torre, vidente que ajuda a polícia na resolução de crimes, pressente a ocorrência de uma morte na casa dos Braga.Após a saída da vidente, enquanto Sidney e a esposa discutem a questão, o novato assassinado reaparece. Com o susto, Márcia tem um ataque cardíaco e não sobrevive. Descobre-se que Sidney e César tramaram tudo para ficar com o dinheiro do seguro de vida de Márcia.

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Cena 4: Sidney descobre que seu pupilo está escrevendo uma peça contando como ambos planejaram e executaram o assassinato de Márcia. Sidney tenta convencê-lo a abandonar o projeto. César, obcecado pelo sucesso que tem nas mãos, não teme a polícia e pede que Sidney o ajude a terminar a peça.

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Cena 5: Helga de la Torre retorna, com mais previsões de morte. Sidney decide colaborar com César; porém, na verdade, tem a intenção de matá-lo para evitar a publicação do texto. No capítulo derradeiro do jogo entre vida e morte, os dois acabam se matando.

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Cena 6: Helga de la Torre encontra os corpos e vê em tudo isso uma excelente oportunidade de autopromoção: ela própria decide assumir a autoria da peça.

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“Antes de tudo, pretendemos evocar atmosferas sugestivas, revelando pouco a pouco os segredos por

trás das personagens, para, dessa forma, insuflar esse estado de espírito no próprio público.”

Na concepção do espetáculo, a direção buscou inspiração no melhor da cinematografia de suspense para

estabelecer os caminhos da linguagem cênica. A camada metalinguística e a expressão de estados interiores,

capazes de evidenciar a anormalidade latente e desviante que subjaz à ‘normalidade’ do cotidiano, constituíram

os focos principais da nossa pesquisa cênica.

A partir deles, realizamos um trabalho detalhista e rigoroso com o elenco, sem perder de vista o

estabelecimento preciso do ritmo e andamento da peça. Em paralelo, a sonoplastia e a iluminação foram

essenciais para a criação de uma atmosfera tensa, insinuante e sombria.

O espaço cênico, reduzido ao essencial, não compreende nenhum elemento decorativo. Tudo tem sua

simbologia, até mesmo o “vazio” e o “silêncio”. A morbidez está onipresente em cena, mesmo quando o humor

atua como contraponto. Antes de tudo, pretendemos evocar atmosferas sugestivas, revelando pouco a pouco

os segredos por trás das personagens.

PROPOSTA DE ENCENAÇÃO

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Texto original: Deathtrap

Autor: Ira Levin

Tradução: Jorge Minicelli

Adaptação: Susanne Walker e André Magalhães

Direção: Susanne Walker

Assistência de Direção: Marília Persoli

Dramaturgista: Ana Paula Mello Peixoto

Oficinas de Interpretação: Inês Aranha

Preparação Vocal: Lu Grillo

Elenco: André Magalhães (César), Jorge Minicelli

(Sidney), Lu Grillo (Helga) e Olivia Martins (Márcia).

Iluminação: Cecília Lüzs

Cenário: Cia. Goya de Teatro

Figurinos: Fause Haten e Olivia Martins

Trilha e efeitos sonoros: Andrea Gram

Assistente de sonoplastia: Amanda Gasparetto

Fotografia: Camila Ventura

Produção gráfica e audiovisual: Diego Carvalho

Produção: ArtAs Produções e Cia. Goya de Teatro

Assessoria de Imprensa: Ofício das Letras

Assessoria Jurídica: Vinícius Menezes Rangel de Sá

FICHA TÉCNICA

Direitos autorais: Paul, Weiss, Rifkind, Wharton &

Garrison LLP

Gênero: Suspense

Faixa etária: acima de 12 anos

Duração: 1h15

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Ligado intimamente aos instintos mais primitivos

de sobrevivência e também à nossa consciência da

morte, o medo é uma das emoções mais intensas

experimentadas pelo homem.

Na ficção, o medo produz efeitos de recepção

peculiares, sobre os quais os estudos literários têm

refletido há séculos: a catarse, o sublime, o grotesco,

o horror artístico. É exatamente nesse campo da

experiência estética - no qual se pode vivenciar o medo

sem efetivamente a possibilidade do risco - que a Cia.

Goya pretende se inserir.

A Companhia foi fundada por quatro artistas

aficionados por literatura de suspense e fãs dos

principais autores do gênero, como Edgar Allen Poe,

Raymond Chandler, Patrícia Highsmith, Agatha Christie,

Nero Wolfe... Ao longo do percurso, o núcleo cresceu e

passou a contar com vários colaboradores, atuantes nas

diversas áreas do fazer teatral.

Cientes não só do papel fundamental do medo na

formação do homem contemporâneo, mas também de

sua tarefa ética e epistemológica, temos a intenção de

pesquisar e encenar textos que lidem com essa ideia da

transgressão de um limite colocado pela sociedade.

A COMPANHIA GOYA DE TEATRO

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Susanne Walker (diretora) Formada pela U.F.P.R. em Letras anglo-

germânicas, é especialista em Linguística Aplicada

e defendeu Mestrado em Educação, com ênfase

em Estudos Linguísticos, em 2003. Desde 2008,

é professora da Escola de Atores INDAC, em

Dramaturgia, Estética Teatral e Montagem.

Como atriz, participou de várias montagens

profissionais na década de 80, das quais se destacam

“Feche os olhos e entre na História” (indicada à atriz

revelação/Apetesp), “Um Tiro no Coração” e “Filme

Triste”. De 1986 a 1989, foi assistente de direção

de Antunes Filho, ficando à frente de um núcleo

de pesquisa do CPT. Na década de 90, fixou-se na

Alemanha, em Berlim, onde fez residência artística

com Peter Stein, na Schaubühne am Halleschen

Ufer, e Konrad Zschiedrich, no Berliner Ensemble.

FUNDADORES

Marília Persoli (assist. de direção/produtora) Formada pela Escola de Atores INDAC em 2012

e, em Ciências Sociais na USP, em 2013. Pesquisa

dança contemporânea e contato/improvisação

desde 2010. Em 2011, seu projeto de cenografia,

orientação de Chris Aizner, integrou a Quadrienal de

Praga. Em 2013, assinou a cenografia de Pantaleão

e as Visitadoras, orientação de Cibele Forjaz. Como

performer, atuou na 30ª Bienal de São Paulo. Como

atriz, destacou-se em “Boca de Ouro”, dir. de Renato

Andrade, “Senhora dos Afogados” dir. de Kiko

Marques, “Onde fica a casa de meu pai?” do núcleo

“O Ator Dramaturgo” (Grupo XIX de Teatro) e “O

Rinoceronte”, orientação de Maria Thais. Integra o

Grupo L.I.V.E - Laboratório de Improvisação Vocal

e Experimentação, vinculado ao programa de pós-

doutorado do Departamento de Música da USP.

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Jorge Minicelli (ator/produtor)

Trabalhou três anos como assistente de

produção na sede da Record Internacional, em

Londres, e dois anos na África do Sul, como diretor

de palco. Voltou ao Brasil em 2005, quando

começou a se dedicar à arte do ator. Formou-se pela

Escola de Atores INDAC em 2012, tendo atuado em

“A Vida de Galileu Galilei”, dir. de Luiz Eduardo Frin;

“Boca de Ouro” e “Senhora dos Afogados”, dir. de

Renato Andrade e Kiko Marques, respectivamente.

Em 2011, fundou a ArtAs Produções Artísticas,

com foco em teatro corporativo.

André Magalhães (ator) Formado pela Escola de Atores INDAC, em

2012, e em Letras pela Universidade Mackenzie, em

2006. Há mais de 10 anos vem aprofundando seus

estudos cênicos em cursos e oficinas. Atuou em

“Álbum de Família”, dir. de Marco Plá (2009), e em

“Senhora dos Afogados”, dir.de Kiko Marques (2012),

ambas de Nelson Rodrigues. Em 2103, esteve em

cartaz na peça “Baixo Augusta”, de Renato Andrade,

que também o dirigiu em “Alzira Power”, de Antônio

Bivar, em 2012.

FUNDADORES

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CLIPPING

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Tramas policiais são vistas, muitas vezes, como manifestações menores do cinema e da literatura. No teatro não é diferente. E talvez o olhar demeritório seja ainda mais agudo. Foi movida pela vontade de explorar e encenar textos do gênero que a Cia. Goya de Teatro foi criada. Uma trajetória que deve ter largada hoje, no Espaço Parlapatões, com a estreia de A Armadilha. Escrito pelo norte-americano Ira Levin, o texto ficou em cartaz durante quatro anos na Broadway. Depois foi transformado em filme, com Michael Caine no papel principal e direção de Sidney Lumet. “Mas será que o thriller funciona no teatro brasileiro?”, questiona a diretora Susane Walker. Recentemente, Marcos Caruso obteve boa acolhida do público ao protagonizar o misterioso Em Nome do Jogo. Mas incursões dos diretores nacionais por esse tipo de dramaturgia ainda são uma raridade.Em A Armadilha uma série de revelações e reviravoltas pretendem prender a atenção do espectador. Conta-se a história de Sidney (Jorge Minicelli), dramaturgo que obteve imensa repercussão com uma de suas peças e, depois disso, nunca

Pouco explorados no teatro, textos de suspense estão na mira da Cia. Goya, que estreia o espetáculo ‘A Armadilha’Por Maria Eugênia de Menezes

mais conseguiu escrever algo que não fosse um fracasso. A cena inicial traz o autor diante de um convite ao crime: seu aluno escreveu uma peça pronta para estourar nas bilheterias. E ele, sem conseguir livrar-se do seu bloqueio criativo, poderia assumir a autoria do provável

sucesso se matasse o seu verdadeiro autor. Matéria completa: http://goo.gl/AOu8FZ

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Tramas policiais são vistas, muitas vezes, como manifestações menores do cinema e da literatura. No teatro não é diferente. E talvez o olhar demeritório seja ainda mais agudo. Foi movida pela vontade de explorar e encenar textos do gênero que a Cia. Goya de Teatro foi criada. Uma trajetória que deve ter largada hoje, no Espaço Parlapatões, com a estreia de A Armadilha. Escrito

Texto do premiado autor Ira Levin é encenado pela primeira vez no BrasilO espetáculo ‘Armadilha’ marca a estreia da Cia Goya de Teatro

pelo norte-americano Ira Levin, o texto ficou em cartaz durante quatro anos na Broadway. Depois foi transformado em filme, com Michael Caine no papel principal e direção de Sidney Lumet.

Matéria completa: http://goo.gl/XpZLPl

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