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Circuit Branché à Paris é um jeito novo de fazer pesquisa de moda e
comportamento ou apenas conhecer uma Paris diferente.
Idealizadoras:
• Luciana Nunes, consultora em Marketing de Moda, que faz pesquisa
semestral em Paris a mais de dez anos.
• Katiane Choffé, parisiense que faz um trabalho diferenciado com
turismo e estudou História da Arte e da Moda na escola do Louvre, para
melhor atender a este roteiro.
Passando pelo mundo da moda, arte, gastronomia, design e cultura,
este circuito pretende mostrar a conexão entre a charmosa Paris do
turismo com uma Paris que poucos conhecem, cosmopolita,
moderna e surpreendente.
A Paris das exposições do Art Nouveaux do Petit Palais andando de
mãos dadas com a Paris do Street Art do badalado Canal de St
Martin.
VIVENDO PARIS
MARAIS O Marais, que faz parte do patrimônio
histórico da Unesco, é um bairro curioso.
Apesar de ter se tornado um lugar descolado
a partir dos anos 80, com várias galerias de
arte, ateliês de novos estilistas, lojinhas
modernas e gente jovem por todos os lados, o
local ainda mantêm características muito
próprias dos seus antigos moradores.
E é aí que reside o grande charme do lugar.
A arquitetura das antigas moradias dos
aristocratas do séc. XVII convive com as novas
propostas de hotéis design, cafés descolados e um
comercio cheio de curiosidades e muito charme.
As ruazinhas estreitas não permitem a circulação
de transporte público na maioria do percurso, o
que dá ao roteiro o ar bucólico ideal para a
observação de novas propostas de moda, design,
texturas e arte.
VILLAGE ST PAUL E SEUS PÁTIOS Um dos lugares mais românticos de Paris. Com um muro que fechava a cidade no séc. XII, o local é bastante acolhedor, com antiquários, ateliês de novos estilistas e lojinhas charmosas. Neste cenário aconchegante, falaremos sobre a história das vestimentas daquela época, do povo e da nobreza.
PLACE DES VOSGES Construída por Henri IV, em 1612, essa
praça mantém o mesmo charme de quando
era conhecida como a praça real. Ao redor
de um jardim muito bem cuidado, com
canteiros, fontes e estátuas, encontram-se
as belíssimas galerias com tijolos em tons de
terracota. Aqui encontramos lojas, muitas
galerias de arte e algumas residências. A
casa de número 6 foi moradia de Victor
Hugo entre 1832 e 1848 e hoje abriga um
museu com o seu nome.
LOJA ECLAIREUR
Esta é uma das lojas mais
interessantes do Marais.
Mistura vários estilos e
trabalhos de estilistas
descolados. O design moderno e
intrigante da loja já é uma
deliciosa atração.
MARIAGE ET FRERES
Neste Roteiro, propomos
um almoço inesquecível
em uma das casas de chá
mais charmosas e
tradicionais de Paris, a
Mariage et Freres.
Faremos uma pausa no meio
do nosso trabalho para
degustar o melhor macaron
de Paris, na famosa e
moderna patisserie do
Pierre Hermé. Como ele
mesmo diz: “os macarons
pesam apenas alguns
gramas, mas isso é o
suficiente para mexer com
os seus sentidos”
PIERRE HERMÉ
MUSEU PICASSO
O Museu Picasso foi inaugurado em
setembro de 1985 no Hotel Salé, um prédio
que pertence à cidade de Paris e foi
classificado como monumento histórico em
1968. A sua bela arquitetura clássica
contrasta com a obra do modernista
Picasso, proporcionando um delicioso
passeio pelo novo e o antigo em perfeita
harmonia.
LA BELLE ÉPOQUE Aqui, passearemos pela Grande
Exposição Universal, a efervescência
cultural e a moda Eduardiana
(Eduard VII, filho da rainha Victória,
assume do poder em 1890). A Belle
Époque e a Moda Eduardiana eram
contemporâneas e bastante
semelhantes, lançando estilo e
comportamento para todo o ocidente.
A Europa vivia grandes descobertas
como o telefone, o avião e a bicicleta.
Culturalmente, os cabarés, livrarias e
óperas se espalhavam e exigiam uma
nova vestimenta para acompanhar
tantos acontecimentos.
O Impressionismo e a Art Nouveaux são
movimentos fortes que influenciam a
moda, que vem marcada pelo luxo para
grupos seletos de pessoas, os muito ricos
e bem nascidos.
Chapéus ricamente elaborados, plumas e
bordados seguem a influência das curvas de
animas e plantas, que estão nos vestidos e
nas telas.
PETIT PALAIS Este belíssimo edifício histórico que
abriga uma excelente retrospectiva de
vários movimentos de arte em Paris,
foi construído pelo arquiteto Charles
Giraut para a Exposição Universal de
1900. Sua rica decoração conta com
pinturas, murais, bustos e figuras
alegóricas. O portão de entrada e as
escadarias em ferro forjado são de
tirar o fôlego.
O prédio também é ornamentado com
vitrais, mosaicos e pisos com pedras
nobres, num conjunto luxuoso e
imponente.
Aqui falaremos bastante sobre o Art
Nouveaux e a sua influência em
vários movimentos da moda antiga e
contemporânea.
MUSEU RODIN Fundado em 1919, este museu também
está instalado em um antigo hotel, o
Biron, que foi transformado em ateliê
de vários artistas, como Henri Matisse
e Rodin. A escolha do edifício do início
do séc. XVIII para ser sede do seu
museu, foi feita pelo próprio escultor,
que em troca legou as suas obras ao
Estado.
Esta opção se deu não apenas pela
sua relação pessoal com o lugar, mas,
principalmente, pelo seu magnífico
jardim, que era uma grande
inspiração. Hoje neste jardim
encontra-se 2 das suas principais
obras: O Pensador e A Porta do
Inferno, além da Galeria de
Mármore, com uma série de
esculturas feitas neste material.
Os salões internos abrigam, além
de obras do escultor, exposições
temporárias e uma sala magnífica
de Camille Claudel, sua aluna mais
admirável e, dizem, o grande amor
da vida do escultor. Duas das
maiores obras de Camille, La Valse
e A Idade Madura (L’Âge Mûr)
estão exposta neste museu.
MUSEU DO QUAIS BRANLY Ao lado da Torre Eiffel, este museu é
bastante recente, inaugurado em 2006,
dedica-se às Artes e Civilizações da
África, Ásia, Oceania e Américas. A
nossa visita será para apreciar
principalmente o seu jardim, projetado
por Gilles Clement, que coloca uma
imensa área verde com lagoas e plantas
no coração de Paris.
As paredes de vidros do
museu, inclusive, foram
projetadas para que a
vegetação possa crescer e
encobri-las.
Outros recursos de
sustentabilidade farão
parte do nosso roteiro de
visita a este local.
CITÉ DE L'ARCHITECTURE
Em frente a Torre Eiffel,
encontra-se a Cité de
L’architecture. O seu museu
apresenta cerca de mil anos da
história da arquitetura, até os
movimentos modernos e
contemporâneos.
Galerias com pinturas,
murais, vitrais, reproduções
em escala real de parte de
monumentos, maquetes etc.
apresentam a arquitetura e
decoração francesas do século
XII até a atualidade.
No terraço deste edifício
fica o Café Carlu, um
ambiente de design
moderno e com uma vista
estonteante da Torre Eiffel.
Lá, faremos um happy
hour e brindaremos com
champagne à grande
“Dama de Ferro”.
LOJA MERCI
A Merci é uma loja surpreendente.
No amplo pátio da entrada, um
carrinho antigo cheio de objetos dá
as boas vindas. Do lado esquerdo
temos uma floricultura que faz
parte da loja, e do lado direito um
café literário, com sebo de livros
variados, entre eles de arte, moda,
arquitetura e a história de Paris.
O salão de entrada tem uma
espécie de exposição
temporárias de objetos de
grandes nomes do design e da
moda ou de novos talentos,
com peças assinadas, como
objetos de Philippe Stark.
Em um andar acima, encontramos um
brechó chic com roupas e acessórios de
grandes marcas francesas.
No andar inferior, temos um espaço
dedicado a objetos de cozinha e
decoração e um restaurante super
charmoso, com cardápio orgânico.
A loja tem um conceito filantrópico e
parte da sua renda é destinada a
crianças carentes da Ilha de
Mandagascar.
RUE MONTORGUEILLE Mais uma rua super charmosa de Paris. O
arco de ferro e flores da entrada é um
convite para uma deliciosa descoberta.
Aqui você encontrará muitos restaurants e
lojinhas charmosas, Boulangeries e
Patisseries bem típicas. Dizem que a Stoher
é a mais antiga patisserie de Paris e que a
rainha da Inglaterra mandava buscar aqui
uma torta exclusivamente feita para ela.
Degustando um pedaço dessa
torta, falaremos sobre a
história do Halles, que foi
uma grande feira de Paris até
final do séc. XX. Almoçaremos
em um charmoso restaurant
francês típico, que existe
desde 1920.
PLACE STRAVINSKY Esta praça está ao lado do
Beaubourg (pronuncia-se
“Bôbuur”, apelido carinhoso do
museu Georges Pompidou). É uma
homenagem ao compositor
moderno Igor Stravinsky. Entre os
anos de 1982 e 83, os artistas
plásticos Jean Tinguely e Niki de
Saint Phalle criaram aqui uma
fonte com 16 esculturas
“dançantes”, chamadas de
“nanas”(meninas em francês).
Um mecanismos faz com que
elas se movimentem
enquanto lançam jatos de
água. Os autores dizem que
estas esculturas foram
inspiradas nas músicas do
Stravinsky, irreverentes e
divertidas.
MUSEU GEORGES POMPIDOU O Beaubourg é um dos espaços mais
democráticos de Paris.
Possui uma biblioteca aberta ao publico
e espaços dedicados ao cinema, à
música e exposições temporárias, além
de um curiosíssimo laboratório para o
estudo das línguas vivas.
O seu forte, porém, é a coleção de arte
moderna e contemporânea, uma das
maiores do mundo.
Outro fator de imenso destaque neste prédio é a sua arquitetura ultra moderna.
Projetado por Renzo Piano, Richard Rogers e Gianfranco Franchini, tem os seus
canos e tubos expostos e pintados em cores vivas. Os condutores de água são verde;
os elétricos, amarelos e os de climatização, azuis. Os elevadores e todo o sistema
anti-fogo são vermelhos.
Além de propor um visual
modernista à fachada, a área
interna ganha espaço para
melhor circulação. No
terraço, temos uma das mais
belas vistas de Paris.
Dedicaremos um tempo da nossa pesquisa para falar do Impressionismo e a Moda, a
influência deste movimento de arte na moda e vice-versa. Utilizaremos a obra de Monet
como ponto de partida para este estudo e, portanto, serão três as nossas passagens, o
Museu Orangerie, onde estão expostas algumas obras do Monet, uma visita à sua casa
em Giverny e uma passagem pelo Museu D’Orsay, onde apreciaremos também algumas
das suas obras. O bate papo sobre este assunto será no restaurante dos Irmãos Campana,
no terraço do Museu D’Orsey.
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MUSEU D'ORSAY O prédio onde funciona este museu foi uma
estação de trem , também erguida para a
Exposição Universal de 1900 e, como todas as
obras erguidas para este fim, tem uma
arquitetura de tirar o fôlego. Abriga obras de
1848 e 1914 do Impressionismo, Pós-
impressionismo e Realismo. Estão aqui
trabalhos de Degas, Manet, Monet, Matisse,
Cezanne, entre outros.
Por conta do nosso estudo O
Impressionismo & a Moda,
nos concentraremos neste
movimento e,
particularmente, nas obras de
Monet.
LE BON MARCHÉ E GRAND ÉPICERIE DE PARIS Desde o início da sua construção, em 1869, pelo
arquiteto Alexandre Leplanche, o Le Bon Marché
chama a atenção. A sua arquitetura era
considerada revolucionária na época e os
parisienses ficavam curiosos para saber o que
seria construído ali. Em 1887, por fim, era
inaugurada a loja de departamento mais
moderna e charmosa de Paris.
Além da sua estrutura deslumbrante, ali
está bem pertinho, também, a Grand
Épicerie de Paris, um vasto mercado de
frutas, especiarias e queijos entre mais de
cinco mil produtos vindos de vários
cantos do mundo. É um espaço
sofisticado, com produtos de altíssima
qualidade, além de ser simplesmente
lindo. Almoçar aqui é um programa
típico parisiense, que prefere o Bon
Marché por ser um department store
mais confortável e tranquilo.
ST GERMAIN Antigo reduto de boêmios, o St
Germand é hoje um dos lugares
mais gostosos para apreciar o
movimento e esquecer do mundo
tomando uma taça de vinho ou um
café em alguma mesinha na
calçada.
As igrejas seculares e os Cafés e
Brasseries outrora
frequentadas por famosos com
Jean Paul Sartre, só
aumentam o charme do lugar.
Aqui está um perfeito
programa parisiense.
PASSAGE DAUPHINE Esta passagem encontra-se entre
duas ruas de galerias. Foi criada em
1825. Ao abrigo do barulho da
cidade, é um espaço que parece fora
do tempo. Aqui está um dos
melhores chocolates quentes de
Paris, onde faremos uma pausa para
degustá-lo, um programa bem típico
da Paris do século XIX.
PASSAGE ST ANDRÉ DES ARTS Outra passagem com muita
história. Data do século XVIII e
abriga um dos primeiros cafés de
Paris, o Procope, criado em 1684. O
procope foi ponto de encontro de
vários artistas e intelectuais
durante a Revolução Francesa.
SAINT CHAPELLE Um dos monumentos góticos mais belos do
mundo. Construída por Louis IX para
receber a coroa de espinhos de Cristo,
obtiva do imperador latino de
Constantinopla Balduíno II. O preço desta
preciosidade chama a atenção, 135 mil
libras (a construção de toda a capela, com
a sua riquíssima arquitetura gótica,
custou 45 mil libras).
Foi uma capela particular, onde o
primeiro andar se comunicava com
os aposentos do rei e era de seu uso
exclusivo. Os moradores do palácio
real utilizavam o andar térreo da
capela para as suas orações. Os
vitrais e a arquitetura do século
XIII nos proporcionam uma visão
estonteante de beleza, que
maravilha os olhos e aquece a alma.
GIVERNY Concluindo o nosso estudo “O
Impressionismo e a Moda”, passaremos o
dia em Giverny, cidadezinha muito
charmosa, localizada na região da Alta
Normandia, onde morou o grande mestre
do Impressionismo, Jean Claude Monet,
entre os anos de 1883 até a sua morte em
1936.
Ao longo desse tempo, Monet
cultivou dois grandes jardins, o
Jardin D’eau e Jardin de Fleurs,
que apareciam muito
frequentemente nas suas obras.
Estar no local onde esteve este
grande artista e apreciar os
ângulos onde ele pintou grandes
obras é uma experiência
inesquecível.
MONTMARTRE Ao contrario do que se convenciona,
Montmartre não é apenas o bairro da
Sacré-Coeur e do Moulin Rouge; é, na
verdade, um dos bairros mais
interessantes de Paris e excelente para
pesquisar moda, arte e
comportamento.
Imortalizado pelo filme Amélie
Poulain (em Montmartre está o bar
Deux Moulins, onde a atriz Audrey
Toutor, que interpretava Amelie, foi
garçonete), do diretor francês Jean
Pierre Jeunet, que com uma rara
sensibilidade, nos propõe vários
olhares sobre a vida.
Na praça Emilie Goudeau, está o
Bateau Lavoir, um edifício que foi
moradia e ateliê de artistas como
Picasso, Van Gogh, Madigliani entre
outros.
Montmartre surpreende a cada passo. Nas
ruas Saules e Saint Vincent, por exemplo,
estão as vinhas de Montmartre, nelas a
prefeitura produz várias garrafas de vinhos
por ano e as vende na sua própria sede. Este
vinho, feito com uvas tão urbanas, é
bastante curioso, com bom corpo e aroma
requintado. Temos ainda o Museu
Montmartre, que conta a história deste
bairro desde o começo do século XX, com
seus cabarés, poetas e escritores.
CHAMP- ELYSÉES A bela avenida tem 2 quilômetros de puro
charme. Como tudo em Paris, tem uma
história interessante. Faz parte do Grande
Eixo ou Via Real, uma linha de 7
quilômetros que vai do Louvre ao grande
arco de La Defense. Neste eixo, temos
ainda o Arco do Triunfo, os Jardins des
Tuileries e a Place de La Concorde, onde
está o Obelisco de Luxor.
Este obelisco de 3 300 anos foi um
presente do vice-rei do Egito,
Mehmet Ali, ao povo francês.
Chegou à Paris em 1836 e foi
colocado pelo Rei Felipe no centro
da praça, local que era ocupado pela
guilhotina na Revolução Francesa.
Outro obelisco idêntico que fazia
par com este ainda está na entrada
do Templo de Luxor no Egito.
No final da Champs-Elisées
está o Jardin do Rond Point.
Este jardim é uma prova viva
do cuidado e apuro que a
prefeitura de Paris tem com a
cidade, as suas flores são
trocadas varias vezes por ano.
Primeiro vem as flores da
primavera, depois do verão e
assim sucessivamente até a
belíssima decoração de Natal.
Além de ser a avenida mais imponente de
Paris, ou talvez exatamente por isso, aqui
está um número impressionante de lojas
bacanas como Lacoste, Nespresso, Hugo Boss
e Abercrombie (esta localizada em um palácio
de arquitetura externa clássica
impressionante que faz contraste com os
andares internos da loja, com design
moderno, iluminação psicodélica, clientes
badalados e trilha sonora disco).
Marcas de luxo como Cartier,
Guerlain (que inaugurou aqui
recentemente um sofisticado
restaurante e casa de chá) e Louis
Vuitton, com a sua maison mais
sofisticada, que conta com uma
livraria de moda super charmosa e
no terrace um pequeno espaço
para exposições temporárias.
Na Champs- Elysées temos
ainda as lojas conceito de
cinco montadoras de
automóveis que apresentam
ali as suas apostas mais
ousadas, e o Hotel de la
Paiva, um belíssimo hotel
particular de estilo
renascentista italiano,
construído em 1856 por uma
aventureira russa, de origem
polonesa modesta, que virou
uma marquesa portuguesa.
AVENIDA MONTAIGNE Um dos endereços mais badalados e
luxuosos de Paris. Nos anos 40, parte da
elite parisiense mantinha nesta avenida as
suas residências, que foram trasformadas
em escritórios de grandes empresas e
endereços de alta costura. Aqui estão
marcas como Louis Vuitton, Dior, Chanel,
Salvatore Ferragamo, Giorgio Armani,
Prada, Valentine, Gucci, Chloé entre
muitas outras.
Caminhar pela Montaigne é um
programa indispensável para quem
pesquisa as últimas tendências de moda
das grandes marcas de luxo. Aliás, o luxo
está presente em cada centímetro
quadrado do hotel Plaza Athénéé, palco
de muitas história de poder, frequentado
por antigos e novos ícones. Estrelas como
Sofia Loren e Marlene Dietrich eram
encontradas com frequência nas suas
instalações.
Famosos como Johnny Depp ou Natalie
Portman podem ser encontrados a qualquer
momento no Bistrô Le Relais, no baladado
bar do terraço ou ainda no SPA assinado
pela Dior; alias Chistian Dior era um dos
frequentadores mais assídios, já que o seu
ateliê está localizado na frente do hotel
desde 1947.
JARDIN DE TUILERIES Também faz parte do chamado Grande Eixo ou Via
Real. Localiza-se entre o Louvre e a Place de La
Concorde. É considerado um dos maiores jardins de
Paris e está listado como Patrimônio Mundial da
Unesco. Fazia parte do palácio de Tuileries, que já
não existe. Este palácio, por ordem de Catarina de
Médices, substituiu as fábricas de telhas que existiam
no lugar antes do século XVI– e que dão origem ao
seu nome. No século XVII, André Le Nôtre assinou a
maior transformação deste jardim.
Também responsável pelos magníficos
jardins do Palácio de Versailles, imprimiu
um estilo único ao Tuileries, com grandes
gramados , lagos e estátuas de Rodin,
Maillol e Giacometti.
Localizam-se aqui dois museus, a Galerie
Jeu Paumme, dedicado à arte
contemporânea, principalmente à
fotografia, e o L’Orangerie, como famosas
obras de Monet, Matisse e Modigliani.
LOUVRE Da sua fundação, em 1692, até 1981, quando o
presidente François Miterrand lançou o projeto
Grand Louvre, que dedicou toda a sua
estrutura às artes (O Ministério das Finanças
funcionava até então nas dependências do
edifício), o Louvre amealha histórias
fascinantes. Desde a época dos Capetos
Medievais até o reinado de Luis XIV, o Palácio
do Louvre foi sede do governo monárquico
francês.
Em 1692, Luis XIV criou uma Galeria de
Esculturas Antigas. No mesmo ano a
corte francesa foi transferida para
Versailles e o palácio recebeu, então, a
Academia Francesa , a Academia de
Belas Artes e a Academia Real de
Pintura e Escultura, sedimentando a sua
vocação para espaço de artes. A partir
de 1725, os Salões de Arte que o Louvre
sediava passam a acontecer em uma
área maior, o Salon Carré, dando ainda
mais destaque ao Museu.
Em 1793, passa a se chamar Museu Central das
Artes com acervo formado principalmente por
pinturas confiscadas da família real a da
aristocracia que havia fugido da Revolução
Francesa.
No período imperial, o Louvre passa a ter
novamente uma nova denominação, Museu
Napoleão. Com as suas grandes conquistas
mundiais, o imperador trouxe uma enorme
quantidade de raras peças históricas e de arte
e ordenou imensas reformas para recebê-las.
As famosas Exposições Universais do início do
século XX também beneficiaram o Louvre com o
espaço criado para o Museu de Artes
Decorativas.
Nos anos oitenta, ainda sob a batura do
president François Miterrand, o arquiteto chinês
I. M. Pei teve o seu projeto premiado que
propunha uma pirâmide de vidro no patio
central. A primeira etapa, no átrio subterrâneo,
foi inaugurada em 1988. Em 1993, foi
inaugurada a segunda fase, a Pirâmide
Invertida.
Os jardins do Louvre dão uma
visão magnífica do contraste
entre o antigo palácio e traço
moderno da pirâmide. E é lá,
tomando uma taça de
champagne, que falaremos sobre
a Icnografia do Corpo e da
Vestimenta no Renascimento
Italiano.
RIVOLI A Rue de Rivoli é uma das ruas
comerciais mais extensas de Paris. O
nome é em homenagem a primeira
vitória de Napoleão contra o exército
austríaco na batalha de Rivoli, em 1797.
Conta com prédios imponentes como a
Prefeitura de Paris e o Hotel de Ville,
que abriga o BHV – Bazar de l’Hôtel de
Ville - uma imensa loja de
departamentos. O comércio desta rua é
considerado popular, como lojas como a
Zara, H&M, Habitat e Sephora.
Em uma de suas transversais está a
Rue de Point Neuf, uma das pontes
mais belas de Paris e a mais antiga.
Aqui também está localizado o prédio
da Kenzo, com um restaurante
maravilhoso no terraço, o Kong. Com
projeto muito ousado e colorido do
Philippe Stark, o Kong tem um
imenso teto de vidro que propicia
uma vista estonteante das margens
do rio Sena.
ST HONORÉ A rue de Saint Honoré e a sua continuação Rue
du Faouburg Saint Honoré, concentram um
grande número de lojas de criadores tradicionais
e modernos, além de cafés, galerias de arte,
livrarias e patisseries. Situada no coração de
Paris, próxima ao Louvre, à Ópera e à Place
Vendôme, a St Honoré é palco também de lojas
descoladas como Colette, Vans, Jean-Charles de
Castelbajac e a Other Stories, uma marca jovem e
descolada lançada pela H&M.
Aqui também está localizada a loja
conceito da Roger Gallet, uma das mais
tradicionais marcas de sabonetes e
perfumes em Paris. Percorrer a St
Honoré é uma típica experiência
parisiense, onde prédios clássicos e
lojas modernas se misturam em
perfeita sintonia.
RUE CAMBON Mademoiselle Chanel residiu nesta rua
antes de se mudar para o hotel Ritz, onde
viveu por mais de 30 anos. Em 1921,
construiu sua Maison de Couture no
número 31, onde permanece até hoje. Na
parte superior da loja, havia um
apartamento onde Chanel recebia os seus
hóspedes e convidados quando
proporcionava alguma festa.
É nesta loja que está a famosa
escada de caracol onde a
estilista costumava assistir aos
seus desfiles sem ser vista. Além
da escada imponente, toda a
arquitetura da loja mostra a
sofisticação e requinte de Coco
Chanel.
PLACE VÊNDOME
Primeira praça aberta construída por
Louis XIV em 1699. Em 1893, a
Boucheron, joalheria tradicional que
estava instalada no Palais Royal, muda-
se para a Place Vêndome para se
aproximar dos ricos frequentadores da
Ópera Garnier recém construída e nos
novos residentes banqueiros que se
instalaram nesta praça.
Em seguida, outra joalheria, a Maison
Chaumet, também inaugurou sua sede
aqui ajudando a consolidar a tradição que
perpetua até hoje, de ser a Vêndome o
endereço das mais requintadas joalherias
de Paris.
PASSAGE VIVIENNE Mais uma belíssima
passagem parisiense.
Estas passagens foram
criadas no século XIX
para comercializar
artigos de moda. Eram
locais de lazer,
passeio, compra e
encontros.
PALAIS ROYAL Construído em 1624, foi o palácio do cardinal
Richelieu, ministro do Rei Louis XIII. A partir de
1643 passa a abrigar a Rainha-mãe Ana da Áustria
e o jovem Louis XIV. Somente nesta época passou a
chamar-se Palais Royal, nome que mantem até hoje.
No centro do Palais há um jardim extremamente
cuidadoso, onde está localizado o badalado Café
Kitsuné, um ponto de encontro de arquitetos,
designers e profissionais da moda.
Em torno do jardim estão as
famosas galerias do Palais
Royal, com lojas luxuosas como
a loja de perfumes Serge
Lutens. Na extremidade sul da
praça as famosas colunas
do artista Daniel Buren.
Nas proximidades do Palais Royal
vemos a famosa entrada do metro
feita em vidro pelo magnífico artista
Jean Michel Othoniel e também a
Galerie Véro Dodat. Construída em
1826, esta galeria tem o nome dos
seus fundadores, Véro e Dodat, dois
investidores imobiliários que
resolveram criar esta passagem para
encurtar o caminho entre o Mercado
Les Halles e o Palais Royal.
Aqui, veremos a
primeira loja do
Christian Louboutin, um
dos mais famosos
estilista de calçados do
mundo.
OPERA GARNIER
Em 1860, o arquiteto Charles Garnier
venceu um concurso para desenhar a nova
ópera de Paris. O projeto conta com uma
área total de onze mil metros e um palco
que pode acomodar até 450 artistas. É
ricamente decorado com imponentes
colunas, estátuas e superfícies folheadas a
ouro. O candelabro central do salão
principal pesa mais de seis toneladas.
Em 1964 o teto foi restaurado e
recebeu uma pintura divina de
Marc Chagall. O teatro recebe
grandes espetáculos de música e
dança, mas também oferece outras
atrações como a loja de três
andares com livraria, espaço
infantil e com jogos e brinquedos
com referência às artes e um local
destinado a marcas ligadas à
dança, como a famosa Repetto.
PARQUE DE BELLEVILLE
No alto do bairro de
Beleville, onde morou
Edith Piaf, tem um dos
parques mais charmosos
de Paris e uma das vistas
mais bonitas.
Pequenas praças, ruazinhas com
bancos charmosos para sentar e
canteiros de flores coloridas
formam o caminho bucólico
deste parque, contrastando com
o ar moderno do bairro com
uma série de painéis urbanos de
street art e ponto de encontro de
artistas plásticos e músicos que
moram ou tem os seus ateliês
aqui.
PARQUE DE LA VILLETTE Até 1995, quando foi transformada em parque,
esta era uma zona de abatedouros. Com 55
hectares de área, o La Villete é um espaço
dedicado à arte (a exemplo da bicicleta gigante
enterrada no jardim, uma obra de Claes
Oldenbourg), ao design (bancos projetados por
Philippe Stark) à música (cite de la Musique) e
à ciência e tecnologia (La Cité des Sciences et de
l‘Industrie). Tem ainda um cinema gigantesco, o
La Géode.
O canal de St Martin, celeiro de jovens
estilistas e gente descolada. É também reduto
de excelentes restaurantes do novo
movimento chamado Bistronomic que
propões bons serviços e preços acessíveis
unidos à alta gastronomia. O Canal St-
Martin é um palco perfeito para tomar um
solzinho ou fazer um piquenique. Aqui está
um novo point da “velha” Paris plural, que
reúne moda, gastronomia, arte, cultura e
história.
CANAL DE ST MARTIN
PANTIN O subúrbio de Pantin abriga edifícios
notáveis que datam da idade de bronze.
Os vestígios do seu passado são visíveis
na arquitetura e mesmo nas ruas, com
postes de luz, sinalizações, grades e até
lixeiras antigas e muito bem cuidadas
que remontam a época em que este local
era propriedade do prieuré de St
Martin, no século X.
A revitalização do bairro
tem atraído lojas,
restaurantes e até maisons
de alta costura, como a
Hermé, que mantém aqui
a sua sede, escritórios e
ateliês.
MARCHÉ AUX PUCES Este “mercado das pulgas” é o maior do
mundo, ocupando 7 hectares divididos em
mais de 400 antiquários e “brocantes”. Foi
criado no final do século XIX por um
comerciante que comprou o terreno para tirar
da rua os vendedores ambulantes. É um
complexo de 15 mercados onde pode-se
encontrar antiguidades diversas, designs,
criadores, restaurantes e um sem número de
opções para a pesquisa de moda.
Um dos melhores é o Paul Bert & Serpette,
criados por Alain Serpette com um imenso
primor na escolha das peças expostas. O Biron
também é genial. Dedicado à Art Déco, foi criado
em 1925 e tem 220 stands. O restaurante Chez
Louisette, onde Piaf cantava quando ainda não
era famosa, é uma atração à parte. Com música e
gastronomia típica francesa, é um espaço para
reviver a Paris do passado. No outro extreme
gastronômico, o da modernidade na cuisine e
arquitetura, está o Café Ma Coccote de Philippe
Stark.
ÎLE ST LOUIS E ÎLDE LA CITTÉ Estas duas ilhas do rio Sena, cartões
postais de Paris, com suas ruazinhas
charmosas, ateliês e lojas são um
convite para uma pesquisa com um
olhar ampliado. A Île de la Cité é o
coração histórico de Paris, onde estão
os principais monumentos da arte
medieval francesa, A Sainte Chapelle
e a Notre Dame.
Atravessando a ponte de Saint Louis
que liga as duas ilhas, está o charme
da ilha Saint Louis. Aqui as ruas são
estreitas e, por isso, o fluxo de carros
é muito pequeno, o que é uma boa
oportunidade para andar devagar
apreciando os belos edifícios e
mansões do século XVII, em uma
delas viveu Camille Claudel. A
sorveteria Bertillon, a mais antiga e
famosa de Paris, está aqui e é um
convite indispensável.
CITÉ DE LA MODE ET DU DESIGN
Em 2005 foi lançado um
concurso para o projeto do
museu, a agência Jakob
MacFarlane foi a vencedora
e em 2008, o Les Docks –
Cité de la Mode et du Design
saiu do papel.
Em 15 mil metros quadrados,
reúne lojas de design (M1 e
Silvera Outdoor), lanchonete
natureba (M.O.B.), restaurante
com terraço no último andar
(Moon Roof), baladas (Nuba e
Wanderlust, que funciona apenas
no verão) e exposições
temporárias e permanents. Visita
indispensável para pesquisa de
moda.
CRO NO
GRA MA
RO TEI RO
01
Dia 1 - Marais (sud e nord)
Dia 2 - La belle époque
Dia 3 – Paris antiga e moderna
Dia 4 – Gastronomia, Moda e Arte
Dia 5 - A Moda do Luxo
RO TEI RO
02
Dia 1 - Marais (sud e nord)
Dia 2 – Gastronomia, Moda e Arte
Dia 3 - A Moda do Luxo
Dia 4 – moda popular e tendências que se misturam
Dia 5 - O Impressionismo e tempos modernos
RO TEI RO
03
Dia 1 - Marais (marais sud e nord)
Dia 2 – Gastronomia, Moda e Arte
Dia 3 - A Moda do Luxo
Dia 4 – A Paris da Street Art do Canal St Martin e do charme do suburbia de Pantin.
Dia 05 – A Paris dos charmosos Marché aux Puces.
MERCI