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1 Conceitos e técnicas de preparação da organização para o enfrentamento de crises Prof. Milton Roberto de Almeida [email protected] 2 Milton R. Almeida – [email protected] Milton Roberto de Almeida Administrador de Empresas, especializado em Planejamento Político- Estratégico e Gestão de Recursos de Defesa pela Escola Superior de Guerra. Consultor de Empresas, desde 1990, nas áreas de Inteligência e Segurança de Negócios, Marketing, Vendas e Desenvolvimento Organizacional junto a organizações multinacionais e nacionais de portes variados, nos setores INDUSTRIAIS (químico, farmacêutico, eletroeletrônico, metalúrgico), COMERCIAIS (foto, cine e vídeo) e SERVIÇOS (transporte rodoviário de cargas, refeição-convênio, consultoria e educação superior). Professor universitário nas áreas de Planejamento Estratégico, Jogos de Empresas, Gestão de Riscos Empresariais, Técnicas de Negociação e Tomada de Decisões. Membro da ADESG – Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, onde foi Diretor da Expressão Científica-Tecnológica do Poder Nacional e Pesquisador da Diretoria Estadual de Pesquisas e Estudos Estratégicos. Membro instituidor da FAEPE – Fundação de Altos Estudos de Política e Estratégia de Apoio à Escola Superior de Guerra. Oficial R/2 de Cavalaria do Exército

Curso Gestão de Crises e Continuidade de Negócios

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Fundamentos de identificação de ameaças, prevenção de crises empresariais e continuidade de negócios.

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Conceitos e técnicas de preparação da organização para o

enfrentamento de crises

Prof. Milton Roberto de Almeida

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2Milton R. Almeida – [email protected]

Milton Roberto de Almeida

Administrador de Empresas, especializado em Planejamento Político-Estratégico e Gestão de Recursos de Defesa pela Escola Superior de Guerra.

Consultor de Empresas, desde 1990, nas áreas de Inteligência e Segurança de Negócios, Marketing, Vendas e Desenvolvimento Organizacional junto a organizações multinacionais e nacionais de portes variados, nos setores INDUSTRIAIS (químico, farmacêutico,eletroeletrônico, metalúrgico), COMERCIAIS (foto, cine e vídeo) e SERVIÇOS (transporte rodoviário de cargas, refeição-convênio, consultoria e educação superior).

Professor universitário nas áreas de Planejamento Estratégico, Jogos de Empresas, Gestão de Riscos Empresariais, Técnicas de Negociação e Tomada de Decisões.

Membro da ADESG – Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, onde foi Diretor da Expressão Científica-Tecnológica do Poder Nacional e Pesquisador da Diretoria Estadual de Pesquisas e Estudos Estratégicos.

Membro instituidor da FAEPE – Fundação de Altos Estudos de Política e Estratégia de Apoio à Escola Superior de Guerra.

Oficial R/2 de Cavalaria do Exército

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3Milton R. Almeida – [email protected]

1 – PERIGOS QUE NOS AMEAÇAMPercepção e compreensão das ameaças empresariais.Ameaças internas e externas: principais categorias.Conceitos de segurança e desenvolvimento de negócios.

2 – PROTEÇÃO DA ORGANIZAÇÃOGestão de Riscos e Continuidade de Negócios: conceitos e fundamentos.Estrutura básica de um Plano de Continuidade de Negócios.Metodologias e formação de equipes de planejamento de segurança.

3 – PREVENÇÃO DE RISCOSIdentificação de ameaças e probabilidades de ocorrência.Avaliação do poder destrutivo das ameaças: elaboração de cenários prospectivos.Análise de vulnerabilidades empresariaisPolíticas e estratégias de prevenção de riscos

4 – REAÇÃO A CRISESEstratégias de resposta imediata às emergências.Plano de Emergências: um guia para o enfrentamento de crises.

5 – CONTINUIDADE DE NEGÓCIOSEstratégias de continuidade operacional e comercial do negócio.Plano de Continuidade de Negócios: componentes, estrutura, políticas e estratégias.

PROGRAMA

4Milton R. Almeida – [email protected]

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7Milton R. Almeida – [email protected]

Ninguém sabe onde nem quando acontecerá a próxima crise.

Nem de que tipo e gravidade ela será.

Mas devemos ficar preparados e esperar pelo inesperado.

Preparados para prevenir e enfrentar a emergência.

Reconstruir o que for destruido. Reiniciar o que foi interrompido.

Assegurar a continuidade da vida e dos negócios.

8Milton R. Almeida – [email protected]

Parte 1

O mundo é um lugar perigoso

• Percepção e compreensão dos perigos

• Ameaças internas e externas: principais categorias

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9Milton R. Almeida – [email protected]

Apenas 6% das empresas que experimentam uma situação de

desastre conseguem sobreviver.

Você está preparado?

Sua empresa está preparada para emergências?

10Milton R. Almeida – [email protected]

Segurança e Desenvolvimento sustentáveis de negócios dependem da percepção que os dirigentes têm dos elementos de perigo e das ações que executam para enfrentá-los.

� Como você enxerga o ambiente estratégico?

� Que processos de Inteligência utiliza?

� Como toma decisões?

� Como planeja?

� Como executa as ações planejadas?

Necessidade de percepção correta

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11Milton R. Almeida – [email protected]

Apenas nações, organizações ou pessoas com APTIDÕES ESTRATÉGICAS adequadas conseguirão sobreviver.

Saber ANTECIPAR OS PERIGOS e preparar-se para REAGIR CORRETAMENTE a eles é o que faz a diferença entre o sucesso e o fracasso.

Todos sistemas humanos contém o bem e o mal.

A convivência com a Morte torna-se inevitável.

Viver é perigoso!

12Milton R. Almeida – [email protected]

O MAIOR ERRO que podemos cometeré

NÃO NOS PREPARARMOS para oIMPREVISÍVEL.

Porque o IMPREVISÍVEL ACONTECEDE REPENTE

Se não entendermos os PROCESSOS que estão em curso, não saberemos

gerenciar, efetivamente, as potenciaisameaças.

Manter a mente aberta

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13Milton R. Almeida – [email protected]

Saber ver com exatidão o potencial de perigo das situações é o que nos ensina a Arte da Guerra.

O pior cego é o que está seguro e convicto de que vê.

Não há nenhum perigo à vista!

14Milton R. Almeida – [email protected]

Paranóia pode ser coisa boa

Planeje para o pior cenário

� O que aconteceria se seus principais sistemas parassem?

� E se os equipamentos fossem completamente destruídos? Onde você conseguiria novos equipamentos? Com que rapidez?

� De onde viria o dinheiro necessário? Como você obteria o dinheiro se seus registros bancários e contábeis estiverem destruídos?

Estime os custos de uma reconstrução, então assegure-se de ter suficientes fundos ou cobertura de seguro.

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15Milton R. Almeida – [email protected]

Espere pelo inesperado

O planejamento da continuidade de negócios é tão importante para as pequenas empresas como para as grandes corporações.

Os planos devem ser simples mas eficazes, compreensivos e ajustados às necessidades de cada organização.

É responsabilidade dos dirigentes zelar pela segurança e desenvolvimento da organização e das pessoas que nelas trabalham.

A segurança de uma organização é fundamental num mundo incerto.

16Milton R. Almeida – [email protected]

PreparePrepare--se antecipadamente para se antecipadamente para não ser surpreendido!não ser surpreendido!

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17Milton R. Almeida – [email protected]

Ameaças internas e externas

Atividades dolosas

Desastres naturais

Desastres tecnológicos

18Milton R. Almeida – [email protected]

� FRAUDE

� ROUBO

� CHANTAGEM

� SABOTAGEM

� VANDALISMO

Executadas mais facilmente por pessoas de dentro da organização, motivadas por ganhos financeiros, insatisfação ou vingança.

� TERRORISMO

O terrorismo é um risco real e deve ser previsto nos planos de segurança da organização. Algumas formas de terrorismo (por exemplo: contaminação química ou biológica) pode deixar intactas as instalações mas inacessíveis por um longo período de tempo.

Quanto mais cedo um ataque for identificado, melhores serão as chances de prevenção, resposta e recuperação dos negócios.

ATIVIDADES DOLOSAS

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19Milton R. Almeida – [email protected]

� FOGO (provocado por raios, calor excessivo, etc.)

� INUNDAÇÕES

� FORTES TEMPESTADES

� FURACÕES

� TORNADOS

Podem provocar perdas de vidas, equipamentos, instalações e dados.

DESASTRES NATURAIS

20Milton R. Almeida – [email protected]

DESASTRES TECNOLÓGICOS

�VAZAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS

� FALHAS NAS COMUNICAÇÕES OU TELECOMUNICAÇÕES

� FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA

� FALTA DE GÁS

� FALHAS DE EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS

� FALHAS DE COMPUTADORES E SOFTWARES

� FALHAS NOS SISTEMAS DE TRANSPORTES AÉREO, RODOVIÁRIO, MARÍTIMO.

� FALHAS DE FORNECEDORES E PRESTADORES DE SERVIÇOS

� POLUIÇÃO (AR, ÁGUA, SOLO)

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21Milton R. Almeida – [email protected]

A proteção da organização

Parte 2

22Milton R. Almeida – [email protected]

HUMANAS

NATURAIS

AMBIENTAIS

Terremoto

Enchente

Tempestades

Calor elevado

Interferência elétrica

Incêndios florestais

Infestação de roedores/insetos

Vazamento Químico

Doenças epidêmicas

HUMANAS

INTENCIONAIS

NÃO INTENCIONAIS

Sabotagem

Espionagem

Acesso indevido

Roubos

Ameaça de bomba

Divulgação indevida

Extorsão

Erro administrativo

Omissão

Erro humano

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Organizações existem para fornecer produtos e serviços para seus clientes. Mas convivem com a possibilidade de enfrentar eventos, de natureza diversificada, que

podem interromper suas operações...

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23Milton R. Almeida – [email protected]

PLANO DE SEGURANÇA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE NEGÓCIOS

Ou, simplesmente,

PLANO DE CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS (PCN)

É um guia de ação, por escrito, que estabelece políticas e estratégias para manter ou reiniciar um negócio no caso de uma emergência ou situação crítica.

O PCN varia de uma organização para outra, devendo cada uma avaliar seu ambiente operacional e circunstâncias específicas para desenvolver um adequado Plano de Continuidade.

24Milton R. Almeida – [email protected]

E, se desejamos que a organização sobreviva e prospere, todas as funções e pessoas devem estar envolvidas e comprometidas com a prevenção e resposta às crises e a recuperação da empresa e dos negócios.

Planejamento de continuidade do negócio é mais do que proteção erecuperação da tecnologia; é a proteção e recuperação global dos

negócios.

Finanças

Marketing

Produção

Vendas

Logística

CEO

Quem faz o plano

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25Milton R. Almeida – [email protected]

Cada função pode contribuir, individualmente, para a proteção da organização e de sua linha de negócio.

Entretanto, a obtenção de eficiência e eficácia irá exigir a integração e coordenação de suas ações com as das demais funções, através de um programa detalhado de gestão de crises e continuidade do negócio.

Cada função organizacional deverá ser estruturada, orientada e receber os recursos adequados para enfrentar as ameaças e riscosdentro de seu ambiente de operação.

DOUTRINAS

ORG

ANIZAÇÃO

PESSOAS

MATERIAIS

LÍDERES

TREI

NAM

ENTO

INTEGRAÇÃO E COORDENAÇÃO DOS COMPONENTES DO PCN

26Milton R. Almeida – [email protected]

Gestão de Crises e Continuidade de

Negócios

Conceitos e fundamentos

Parte 3

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27Milton R. Almeida – [email protected]

O TERMO “GESTÃO DE CRISES E CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS”

Devido às diversas inconsistências nas terminologias encontradas na contemporânea literatura de negócios, o termo híbrido “Gestão de Crises e Continuidade de Negócios” (Business Crisis and Continuity Management – BCCM) foi criado e introduzido para definir um amplo processo estratégico organizacional.

É necessário lembrar que, mesmo com a criação deste termo, muito se usa, na prática ou em publicações, os termos “gestão de crises” ou “continuidade de negócios”, separada ou alternadamente, para definir as múltiplas funções e processos relacionados à prevenção, redução ou resposta às situações que podem provocar o colapso de uma organização.

Gestão de Crises?

Continuidade de Negócios?Segurança?

Desenvolvimento?Safety? Security?

28Milton R. Almeida – [email protected]

Organizações baseadas nos Estados Unidos, como a DRII – Disaster research Institute International; ASIS International e a ACP – Association of ContingencyPlanners usam os termos Gestão de Continuidade de Negócios (Business Continuity Management) ou Planejamento de Continuidade de Negócios (Business Continuity Planning) como o “guarda-chuva” para múltiplas funções e processos abrangendo o gerenciamento de crises.

No Reino Unido, o Business Continuity Institutetambém emprega o termo “Business ContinuityManagement” em seus programas.

Entretanto, especialistas renomados como Ian Mitroff e Stephan Fink enfatizam a gerência de crise como a estrutura e condições unificadores para a proteção estratégica do negócio, a resposta e recuperação de crises. E incluem a continuidade do negócio como uma das muitas funções suportadas.

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15

29Milton R. Almeida – [email protected]

Apesar da diferença entre as terminologias de gestão de crises e continuidade de negócios, há pouca discordância na literatura sobre a necessidade desses conceitos estarem integrados para assegurar a segurança e desenvolvimento sustentável da organização.

30Milton R. Almeida – [email protected]

O livro “Business Continuity Management: Good Practices Guidelines” (Gestão da Continuidade de Negócios: Guia das Boas Práticas) explica as terminologias definindo:

“Gestão de Crises e Gestão da Continuidade de Negócios não são vistas como mutuamente restritivas, embora possam ser realizadas isoladamente, dependendo do tipo de evento.

É totalmente reconhecido que ambas fazem parte de um processo contínuo de negócios e, freqüentemente, uma não é encontrada sem a outra”. (Smith, 2002)

Gestão de Crises?

Gestão de Continuidade?

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31Milton R. Almeida – [email protected]

Em uma tentativa de enfatizar a inter-relação e igual importância da Gestão de Crises e Gestão da Continuidade de Negócios, foi escolhida a denominação Gestão de Crises e Continuidade de Negócios como unificadora dos conceitos, e recebeu a seguinte definição:

Gestão de Crises e Continuidade de Negócios – “Práticas de gestão de negócios que proporcionam o foco e orientação para a decisão e ação necessárias para que um negócio previna-se, prepare-se, responda a, retome, refaça-se e transforme-se diante de um evento ou crise disruptiva, de uma maneira consistente com seus objetivos estratégicos.” (Shaw e Harrald, 2004)

32Milton R. Almeida – [email protected]

A EVOLUÇÃO DA GESTÃO DE CRISES E CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS

A Gestão de Crises e Continuidade de Negócios, hoje uma reconhecida atividade de negócios, evoluiu, nos últimos vinte anos, de uma tecnologia centrada na recuperação pós-desastres e proteção de dados para uma atividade com visão mais ampla de segurança e sustentabilidade de negócios.

EMPRESA

FORNECEDORES

CLIENTES

CONCORRENTES

ALIADOS

FUNCIONÁRIOS

COMUNIDADE

GOVERNO

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33Milton R. Almeida – [email protected]

Elementos do Planejamento da Continuidade de Negócios

EMERGÊNCIA

PrevençãoPrevenção ReaçãoReação RespostaResposta RecuperaçãoRecuperação

POLÍTICASOrientações a serem seguidas ORGANIZAÇÃO

Estrutura e processos

TREINAMENTOMelhoria da práticaRECURSOS

Materiais, humanos, financeiros

CULTURAValores e comportamentos

LIDERANÇAComprometimento e

responsabilidade Estrutura de desempenho

34Milton R. Almeida – [email protected]

Prevenção de Crises

• Identificação de ameaças e de seu potencial destrutivo

• Elaboração de Estratégias preventivas

Parte 4

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35Milton R. Almeida – [email protected]

PREVENÇÃO DE CRISES

Em seu livro “GERENCIANDO CRISES ANTES QUE ELAS ACONTEÇAM”, de 2001, Mitroff atualizou suas conclusões e estabeleceu que:

“A grande maioria das organizações e instituições não foram desenhadas para antecipar crises ou gerenciá-las efetivamente, uma vez que venham a ocorrer.

Nem a mecânica nem as habilidades e conhecimentos básicos estão estabelecidos para a correta e eficaz gestão de crises. (Mitroff, 2001)”

Nossas organizações estão preparadas?

As conclusões de Mitroff são fundamentadas por pesquisa realizada pela Gartner Inc. e pela Society for Information Management, onde se observou que:

“Menos de 25% das 2000 empresas globais (Global 2000) investiram num compreensivo plano de continuidade de negócios. (Gartner, 2002)”

36Milton R. Almeida – [email protected]

Mas a tendência na aceitação dos conceitos de Gestão de Riscos eContinuidade de Negócios está mudando.

As novas ameaças naturais, tecnológicas e humanas, a complexidade do ambiente competitivo, a necessidade de novas formas de gestão empresarial e a pressão da opinião pública exigem uma nova abordagem de Administração de Empresas e, em conseqüência, uma nova abordagem na gestão de crises e continuidade de negócios.

Furacões (Andrew, 1992; Katrina, 2005), terremotos, maremotos (Tsunami, 2004), derramamento de óleo (Exxon Valdez, 1989), liberação química (Bhopal, 1984), ataques terroristas (World Trade Center, 1993/2001; Metrô Espanhol, Metrô Inglês, 2005), caso do envenenamento do Tylenol, 1982, enfatizam a necessidade de preparar as organizações para o enfrentamento de perigos diversos e para a necessidade de coordenação e cooperação dentro e entre organizações privadas e governamentais, de todas as áreas e níveis.

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37Milton R. Almeida – [email protected]

As organizações devem desenvolver cenários com ameaças reais que possam provocar o colapso do negócio, incapacitando seus processos de trabalho e competências para atender às necessidades de seus clientes, internos e externos, e outros parceiros de negócios.

Ameaças podem assumir várias formas, incluindo atividades dolosas, desastres naturais ou tecnológicos.

38Milton R. Almeida – [email protected]

Onde for possível, as ameaças devem ser avaliadas com base em seu impacto sobre a organização, não com base em sua natureza.

Por exemplo, os efeitos de certos cenários de ameaças podem ser minimizados como perigos para a organização por afetarem apenas áreas geográficas, áreas de trabalho, instalações ou sistemas específicos

Adicionalmente, a magnitude do colapso empresarial deve considerar uma ampla variedade de cenários de ameaça, baseado em conhecimentos práticos e potenciais eventos e circunstâncias.

O importante é o impacto sobre a sua organização.

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39Milton R. Almeida – [email protected]

Análise de ameaças

A fase de Análise de Ameaças identifica os potenciais impactos de eventos não específicos, não controlados, sobre as atividades da organização.

É uma fase crítica de avaliação e terá efeitos significativos na continuidade do planejamento.

Se os cenários de ameaças forem muito limitados, o resultado será um PCN inadequado.

As perguntas-chave

�“Para que tipos de acontecimentos devemos estar preparados?”

� “Quais suas probabilidades de ocorrência e poder de danos?”

Conseqüências ou vítimas

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40Milton R. Almeida – [email protected]

Reação a Crises

• Estratégias de respostas e neutralização de perigos

Parte 5

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41Milton R. Almeida – [email protected]

Os trágicos eventos de 11 de setembro de 2001 e as implicações, diretas e indiretas, para os negócios.

Reforçaram ainda mais a necessidade empresarial da ampla e integrada coordenação das múltiplas funções para a Gestão de Crises e Continuidade Negócios.

Nova percepção da Segurança de Negócios

Nova percepção da Segurança de Negócios

42Milton R. Almeida – [email protected]

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A empresa deve estabelecer prioridades de recuperação para os processos do negócio, identificando o pessoal essencial, as tecnologias, a infra-estrutura, os sistemas de comunicações, registros e dados vitais.

Determinação de recursos para enfrentar as ameaças

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43Milton R. Almeida – [email protected]

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Determinação de custos

44Milton R. Almeida – [email protected]

Simulações

Parte 6

• Desenvolvimento e condução de exercícios para a prática de gerenciamento de crises e continuidade de negócios

• Criação e condução de um cenário simulado de interrupção de negócios

• Revisão e aperfeiçoar o Plano de Continuidade de Negócios baseado nos resultados das simulações.

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45Milton R. Almeida – [email protected]

Importância da simulaçãoTer um Plano de Continuidade de Negócios não testado pode ser pior que não ter plano algum. E o meio de uma crise não é o melhor momento para descobrir que o plano existente não atende às necessidades da empresa.

Condições realísticasO PCN deve ser testado dentro de modelos que representem as condições reais de sua aplicação para que seja funcional diante de uma crise real.

46Milton R. Almeida – [email protected]

AbordagemÉ importante que todas as partes críticas das operações da organização estejam incluídas no PCN e sejam arduamente testadas.

As políticas e procedimentos estabelecidas para cada função empresarial devem ser testadas para que se assegure sua validade e relevância.

Isso significa que devem ser modeladas e simuladas diferentes situações de interrupções de negócios.

Técnicas de SimulaçãoDentre as várias técnicas para testar o PCN, usaremos:

� Sala de Situação

� Jogos de Crises (Wargaming)

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47Milton R. Almeida – [email protected]

Sala de SituaçãoNeste exercício os participantes aprendem a criar uma Sala de Situação para solucionar crises. Utilizando várias dinâmicas de grupo para obtenção de informações e geração de decisões, discutem a situação crítica apresentada e verificam se o PCN está devidamente ajustado para responder ao tipo de crise em discussão.

A simulação da “Sala de Situação” testa a necessidade de INCLUSÃO de novas políticas e procedimentos para enfrentar a situação apresentada.

Exemplo: a organização deseja incluir em seu PCN políticas e procedimentos para situações de incêndio em seus escritórios. Como devem agir os funcionários? Como será o plano de abandono de áreas? Quem serão os responsáveis?

48Milton R. Almeida – [email protected]

Exemplo:

Uma forte epidemia de gripe afetou 50% dos funcionários da organização e interrompeu suas operações.

O PCN prevê este tipo de situação e contém instruções sobre como os demais funcionários devem continuar trabalhando?

Se sim, o PCN será eficaz caso este tipo de situação venha a ocorrer?

Se não, como o PCN deverá ser modificado para tornar-se adequado ao enfrentamento da situação?

Jogos de Crises (Wargaming)Simulam a ocorrência de situações ou potenciais ameaças e avaliam a EFICÁCIA das políticas e processos estabelecidos no PCN atual.

Page 25: Curso Gestão de Crises e Continuidade de Negócios

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49Milton R. Almeida – [email protected]

Diferenças entre Salas de Situação e Jogos de CrisesAs Salas de Situação imaginam a existência ou ocorrência de potenciais ameaças e criam antecipadamente normas e procedimentos para enfrentá-las.

Os Jogos de Crises avaliam a eficácia das atuais políticas e procedimentos do PCN simulando a ocorrência das ameaças. Proporcionam uma avaliação mais detalhada que as Salas de Situação pois colocam os participantes diante de situações críticas mais reais.

Exemplos

Num exercício de falha de computadores, no exercício de Sala de Situação os participantes imaginam a situação de colapso.

No Jogo de Crise os participantes vão até às instalações, simulam a parada do equipamento e o retorno à normalidade operacional.

50Milton R. Almeida – [email protected]

Lições aprendidasComo parte do processo de avaliação do Plano de Continuidade de Negócios, os participantes fazem uma reavaliação do PCN e das falhas e acertos ocorridos durante as simulações.

Também serão consideradas a realidade e relevância dos testes efetuados.

Os resultados ajudarão a estruturar testes mais eficientes para o futuro e melhorar o Plano de Continuidade de Negócios.

Manutenção do PCNRealizar apenas um teste para avaliar o PCN não é suficiente, mesmo que tenha sido realístico, relevante e incluído um grande número de tipos de interrupções de negócios

Page 26: Curso Gestão de Crises e Continuidade de Negócios

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51Milton R. Almeida – [email protected]

Para manter seu PCN – Plano de Continuidade de Negócios atualizado, você deverá realizar testes periódicos.

Sua organização não está parada. Mudanças ocorrem a todo momento.

Produtos e serviços mudam, assim como seus métodos de entrega.

É necessário que o PCN esteja sintonizado com essas mudanças para que possa ser utilizado na ocorrência de uma interrupção do negócio.

A atualização é parte crítica do Plano de Continuidade de Negócios e deve ser programada regularmente.

Atualização constante do Plano de Continuidade de Negócios

52Milton R. Almeida – [email protected]

O propósito das simulações é aperfeiçoar a prática de ações estabelecidas no PCN – Plano de Continuidade de Negócios e avaliar a eficácia das políticas e estratégias propostas.

Por aproximadamente duas horas simularemos o enfrentamento de alguns eventos que podem provocar a parada e colapso de uma organização.

Exercícios Situacionais

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O cenário de interrupção de negócios terá três fases: reação ao evento, resposta e recuperação do negócio.

1 - Reação (3 a 5 minutos)

Cada participante tomará conhecimento da situação em seu escritório e deverá reagir simulando como se estivesse numa situação real. Isto poderá incluir abandonar o prédio, se necessário, se houverem condições ou instruções para isso. Quando instruído, leia a continuação do cenário e responda à situação de emergência como normalmente o faria.

2 – Resposta (10 minutos)

Você deve reagir de modo pessoal (cuidando de suas necessidades pessoais) tanto como profissional (cuidando dos interesses da organização)

3 – Recuperação (45 minutos)

Os membros do grupo devem determinar que medidas tomariam para restabelecer a normalidade do ambiente de trabalho. Você lerá a continuação da situação e escreverá suas decisões para restabelecer a normalidade do negócio.

Orientação para as simulações

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Após as respostas individuais, o grupo discutirá as respostas apresentadas, os problemas encontrados e como o PCN –Plano de Continuidade de Negócios poderá auxiliá-los a prevenir e reagir diante situações de emergência e como restabelecer a normalidade do negócio.

O sucesso deste exercício depende de suas respostas abertas e sinceras às situações dos cenários apresentados, além de sua clareza e objetividade para explanar o que aconteceu e o que poderia ter sido feito.

Grato por sua colaboração e participação.

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Simulação 1 - EnchenteUma enchente atingiu sua empresa e afetou todos os sistemas e equipamentos localizados no andar térreo e sub-solo.

Nenhum dos equipamentos ou sistemas relacionados poderão ser utilizados durante os testes.

Assuma, também, que vários cabos elétricos e de comunicações também foram afetados e estão inoperantes.

Não esqueça de verificar se os procedimentos de evacuação existentes na empresa são adequados para este tipo de situação.

O que você deverá fazer?

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Outros exercícios simulados

TORNADO

FURACÃO

TERREMOTO

TEMPESTADES ELÉTRICAS

INCÊNDIO

CONTAMINAÇÃO ALIMENTAR

CONTAMINAÇÃO QUÍMICA OU RADIOATIVA

EPIDEMIA

ATOS DE TERRORISMO

PERDA DE REGISTROS OU DADOS

PUBLICIDADE NEGATIVA

ATO DE SABOTAGEM

ROUBO

SEQÜESTRO

FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA (BLECAUTE)

GREVE DE TRANSPORTES

FALTA DE ÁGUA

FALHA NOS SERVIÇOS DE COMUNICAÇÕES

FALHA INTERNA DE ENERGIA

CYBERCRIME

VIZINHANÇA PERIGOSA

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57Milton R. Almeida – [email protected]

THE QUEST FOR SAFE HEALTH CAREEsperamos que os ensinamentos aqui apresentados sejam úteis nas suas atividades pessoais e profissionais, ajudando a perceber os perigos existentes em todas as atividades humanas e a determinar as maneiras de evitá-los ou superá-los.

Esteja sempre alerta e preparado!