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Ge 7, como planejar o proximo passo

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Page 3: Ge 7, como planejar o proximo passo

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Page 4: Ge 7, como planejar o proximo passo

Planejam

ento Estratég

ico

CO

LEÇ

ÃO

Co

mo

pla

neja

r o p

róxim

o p

asso

GE

STÃ

O

EM

PR

ESA

RIA

LE

ficiência e Sucesso p

ara seus Neg

ócios

livro07_01-05 22.08.06 15:06 Page 2

Page 5: Ge 7, como planejar o proximo passo

SUMÁRIO

Ap

resenta

ção

.............................................................................5

Cap

ítulo

1

O p

ensam

ento

estra

tég

ico

.........................................................6

Cap

ítulo

2

A g

estã

o e

stra

tég

ica ................................................................

14

Cap

ítulo

3

Am

bie

nte

s e

xte

rno

e in

tern

o ....................................................

22

Cap

ítulo

4

Ferra

menta

s e

stra

tég

icas .........................................................

32

Cap

ítulo

5

Ap

licação

de e

stra

tég

ias ..........................................................

52

Cap

ítulo

6

Vis

ão

, mis

são

e e

stra

tég

ia

.......................................................7

0

Cap

ítulo

7

Ob

jetivo

s e

pla

no

de a

ção

.......................................................

86

So

bre

o a

uto

r ...........................................................................9

4

Refe

rência

s ..............................................................................

95

livro07_01-05 22.08.06 15:06 Page 3

Page 6: Ge 7, como planejar o proximo passo

Coleção Gestão Empresarial

Co

mo

mo

tivar s

ua e

qu

ipe

Pub

licad

o

Co

mo

gara

ntir a

efic

iên

cia

Pub

licad

o

Co

mo

deix

ar a

s c

on

tas e

m d

iaP

ub

licad

o

Co

mo

cu

idar d

e s

eu

din

heiro

Pub

licad

o

Co

mo

gere

ncia

r pesso

as

Pub

licad

o

Co

mo

ven

der s

eu

peix

eP

ub

licad

o

Co

mo

pla

neja

r o p

róxim

o p

asso

Pub

licad

o

Co

mo

en

ten

der o

merc

ad

oP

róxim

o

Co

mo

usar a

mate

mátic

a fin

an

ceira

A p

ub

licar

Co

mo

ser u

m e

mp

reen

ded

or d

e s

ucesso

A p

ub

licar

livro07_01-05 22.08.06 15:06 Page 4

Page 7: Ge 7, como planejar o proximo passo

APRESENTAÇÃO

Sua e

mp

resa é

de p

eq

ueno o

u m

éd

io p

orte

, e p

laneja

mento

estra

tégic

o é

pre

ocup

ação a

penas p

ara

gra

nd

es o

rganiza

ções?

Não é

bem

assim

. Hoje

em

dia

, pla

neja

r tam

bém

faz p

arte

da

alm

a d

o n

egócio

.

Co

mo

pla

neja

r o p

róxim

o p

asso

– P

lan

eja

men

to E

stra

tég

ico

exp

lica p

or q

ue a

ap

licação d

e u

ma e

stra

tégia

corre

ta é

cap

az

de g

ara

ntir o

sucesso d

e s

eu n

egócio

e m

ostra

com

o a

gestã

o

estra

tégic

a p

od

e s

er in

corp

ora

da a

sua e

mp

resa.

Tud

o d

e u

ma fo

rma c

lara

, com

um

a lin

guagem

sim

ple

s e

, ao

mesm

o te

mp

o, e

nvo

lvente

.

A C

ole

ção

Gestã

o E

mp

resaria

lfo

i esp

ecia

lmente

desenvo

lvida

para

auxiliá

-lo a

ap

rimora

r a g

estã

o d

e s

eus n

egócio

s. E

lab

ora

dos

e s

up

ervis

ionad

os p

or e

sp

ecia

lista

s, o

s livro

s vis

am

pro

porc

ionar

conhecim

ento

em

Fin

anças, C

onta

bilid

ad

e, M

ark

etin

g, R

ecurs

os

Hum

anos, P

laneja

mento

Estra

tégic

o e

em

muito

s o

utro

s te

mas

fund

am

enta

is p

ara

a a

dm

inis

tração e

ficaz d

o n

egócio

pró

prio

.

livro07_01-05 22.08.06 15:06 Page 5

Page 8: Ge 7, como planejar o proximo passo

O PENSAM

ENTO ESTRATÉGICO

Qual a

imp

ortâ

ncia

do

pla

neja

mento

estra

tégic

o p

ara

meu n

egócio

? P

or q

ue n

ão

posso a

dm

inis

trar a

em

pre

sa

com

o n

a é

poca d

e m

eus p

ais

?

1

6Dian

te do

com

petitivo

mercad

o

atual, su

a emp

resa precisa estar

prep

arada p

ara sup

erar não

apen

as

a con

corrên

cia, mas o

s pró

prio

s

limites, e p

ara oferecer p

rod

uto

s e

serviços acim

a da exp

ectativa do

cliente. O

plan

ejamen

to estratég

i-

co é u

m co

mp

on

ente q

ue n

ão

po

de faltar n

esse pro

cesso.

A ap

licação d

e recurso

s disp

on

íveis

visand

o ao

alcance d

e determ

ina-

do

s ob

jetivos, alg

o d

eno

min

ado

estratégia, é co

nh

ecida d

o ser

hu

man

o d

esde o

s prim

órd

ios.

Mu

ito p

rovavelm

ente, já era u

tili-

zada p

elo h

om

em d

as cavernas

para cap

turar a p

resa, qu

e saciaria

sua fo

me e p

roveria vestim

entas

para co

brir seu

corp

o.

Desd

e então

, é po

ssível relacion

ar

vários even

tos q

ue, d

e algu

m m

od

o,

influ

enciaram

o p

ensam

ento

estra-

tégico

ou

foram

po

r ele influ

encia-

do

s: a con

strução

das p

irâmid

es no

Egito

, na A

ntig

üid

ade, d

eman

do

u

con

trole e o

rgan

ização; n

o sécu

lo IV

a.C., o

chin

ês Sun

-Tzu, u

m d

os m

aio-

res estrategistas d

e gu

erra de to

do

s

os tem

po

s, estabeleceu

os p

rincíp

ios

da estratég

ia; em 1832, fo

i pu

blica-

da So

bre a G

uerra, o

bra-p

rima acer-

ca do

tema, d

o g

eneral p

russian

o

Carl vo

n C

lausew

itz (1780-1831); em

1910, no

s Estado

s Un

ido

s, Hen

ry

Ford

(1863-1947), o fu

nd

ado

r da

Ford

, tom

ou

um

a decisão

estratégi-

ca ao im

plem

entar a p

rimeira fáb

ri-

ca para m

on

tagem

de au

tom

óveis.

Ap

esa

r de

a e

straté

gia

ser e

mp

re-

ga

da

tem

po

s, ap

en

as n

o in

ício

do

sécu

lo X

X e

stud

ioso

s de

ad

mi-

nistra

ção

ela

bo

rara

m a

s prim

eira

s

teo

rias so

bre

pla

ne

jam

en

to d

os

ne

cios co

me

rciais, in

du

striais

e g

ove

rna

me

nta

is.

livro07_06-13 22.08.06 15:07 Page 6

Page 9: Ge 7, como planejar o proximo passo

7

Qu

atro

esco

las

Diverso

s estud

ioso

s já se deb

ruça-

ram so

bre o

tema, m

od

ificand

o

para p

ior e p

ara melh

or as estru

tu-

ras das em

presas e o

s camin

ho

s tri-

lhad

os p

elas teorias d

a adm

inistra-

ção. Para facilitar a co

mp

reensão

dessa trajetó

ria, vamo

s divid

i-la em

qu

atro g

rand

es escolas. São

elas:

• Planejam

ento

finan

ceiro.

• Planejam

ento

a lon

go

prazo

.

• Planejam

ento

estratégico

.

• Gestão

estratégica.

Cab

e ressaltar qu

e as corren

tes de

pen

samen

to co

existiram n

o tem

po

e no

espaço

– o in

ício d

e um

a não

decreto

u o

fim d

e ou

tra, e as esco-

las po

steriores in

corp

oraram

con

-

ceitos e m

étod

os d

as anterio

res.

A esco

la de p

lanejam

ento

finan

cei-

ro u

tilizava o o

rçamen

to co

mo

prin

cipal ferram

enta d

e con

trole e

op

eracion

alização d

a gestão

.

Log

o, p

ercebeu

-se a insu

ficiência

da ferram

enta p

ara um

estud

o

com

ho

rizon

te mais am

plo

, para o

s

dez an

os seg

uin

tes. Desen

volveu

-

se a escola d

e plan

ejamen

to d

e

lon

go

prazo

, qu

e transfo

rmo

u o

plan

ejamen

to fin

anceiro

em u

ma

das etap

as do

pro

cesso.

Co

m o

passar d

o tem

po

, ou

tras

variáveis, com

o am

bien

tes externo

e intern

o à o

rgan

ização, fo

ram

intro

du

zidas n

a elabo

ração d

os

estud

os. Isso

resulto

u n

a con

stitui-

ção d

a escola d

e plan

ejamen

to

estratégico

. Para algu

ns au

tores, a

palavra q

ue m

elho

r exemp

lifica

essa escola é an

álise.

A esco

la de g

estão estratég

ica

caracteriza-se pela u

tilização d

e

elemen

tos co

ncreto

s e abstrato

s.

Ela trata da co

mp

lexidad

e de u

m

gran

de vo

lum

e de in

form

ações. A

palavra-ch

ave aqu

i é síntese.

livro07_06-13 22.08.06 15:07 Page 7

Page 10: Ge 7, como planejar o proximo passo

8

segu

nd

a metad

e do

século

XX

, com

suas ên

fases e limitaçõ

es.

Este qu

adro

mo

stra a visão g

eral

das q

uatro

escolas, a p

artir da

Fon

te: Tavares, 2005, p. 28

Esco

la d

e p

lan

eja

me

nto

fina

nce

iro

O p

rincip

al instru

men

to d

essa esco-

la de p

lanejam

ento

é o o

rçamen

to

finan

ceiro. C

om

base n

ele, são p

re-

vistas as receitas ou

entrad

as e esti-

mad

os o

s gasto

s ou

as desp

esas.

O q

ue im

po

rta é o co

ntro

le do

s

gasto

s. Em o

utras p

alavras,

“enq

uan

to estam

os n

o azu

l, tud

o

bem

”. Ou

seja, enq

uan

to o

s gasto

s

forem

inferio

res às receitas, o p

la-

nejad

or d

essa escola acred

ita qu

e

tud

o cam

inh

a às mil m

aravilhas.

O p

razo d

o p

lanejam

ento

é carac-

teristicamen

te curto

(cerca de u

m

ano

). Sua elab

oração

é relativa-

men

te simp

les: a previsão

das

receitas é realizada p

erante as

expectativas d

e vend

a do

pro

du

to

ou

do

serviço; e as d

espesas, em

ÊN

FAS

EC

um

prim

en

to

do

orça

men

toPro

jeta

r o fu

turo

Defin

ir estra

tég

iaIn

teg

rar e

straté

gia

e o

rgan

izaçã

o

PR

OB

LE

MA

Orie

nta

do

pela

d

ispo

nib

ilidad

e

finan

ceira

Não

pre

visã

o

de m

ud

an

ças

Disso

ciaçã

o e

ntre

p

lan

eja

men

to e

im

ple

men

taçã

o

Maio

r com

ple

xibili-

dad

e d

e a

bo

rdag

em

EV

OLU

ÇÃ

O D

A G

EST

ÃO

EST

RA

GIC

A

Pla

ne

jam

en

to F

ina

nce

iro

•O

rçamen

to an

ual

Pla

ne

jam

en

to a

Lon

go

Pra

zo

•Pro

jeção d

eten

dên

cias

•A

nálise d

elacu

nas

Pla

ne

jam

en

to E

straté

gico

• Pensam

ento

estratég

ico

• An

álise das

mu

dan

ças no

am

bien

te

• An

álise das

forças e fraq

uezas

da o

rgan

ização

Ge

stão

Estra

tég

ica

•Flexib

ilidad

e

•Ên

fase na

info

rmação

•C

on

hecim

ento

com

o recu

rsocrítico

•In

tegração

de

pro

cessos, p

essoas

e recurso

s

A B R A N G Ê N C I A

AN

OS 50 E 60

AN

OS 70

AN

OS 80

AN

OS 90

livro07_06-13 22.08.06 15:07 Page 8

Page 11: Ge 7, como planejar o proximo passo

9

geral, to

mam

po

r base as d

o an

o

anterio

r, qu

and

o m

uito

, acrescidas

de u

m ín

dice in

flacion

ário.

Esse mo

delo

aind

a é bastan

te

usad

o n

o seto

r pú

blico

brasileiro

.

Emp

resas privad

as raramen

te o u

ti-

lizam, u

ma vez q

ue su

a ineficiên

cia

está amp

lamen

te com

pro

vada.

Co

nsid

erada u

ltrapassad

a, a escola

de p

lanejam

ento

finan

ceiro é criti-

cada p

orq

ue estab

elece prim

eiro a

disp

on

ibilid

ade d

o o

rçamen

to p

ara

só en

tão co

nsid

erar o d

estino

do

s

gasto

s. Na p

rática, o q

ue se vê em

determ

inad

os lu

gares é a b

usca

ávida p

or g

astar as verbas p

ara

qu

e o o

rçamen

to seja cu

mp

rido

.

Esco

la d

e p

lan

eja

me

nto

a lo

ng

o p

razo

Po

r ela

, o fu

turo

é e

stima

do

com

ba

se e

m q

ua

lqu

er in

dica

do

r

con

he

cido

. Se u

m fa

brica

nte

de

calça

s jea

ns

disp

õe

da

s esta

tísticas

de

ven

da

s, dig

am

os, d

os ú

ltimo

s

cinco

an

os, e

le co

nse

gu

e e

stab

e-

lece

r um

índ

ice d

e cre

scime

nto

dio

e, a

pa

rtir da

í, ob

ter va

lo-

res p

ara

os a

no

s seg

uin

tes. O

s

valo

res p

roje

tad

os cria

m n

ovo

s

da

do

s, com

o fa

tura

me

nto

, o q

ue

viab

iliza a

pre

visão

de

no

vos

inve

stime

nto

s.

Esse

s ind

icad

ore

s po

de

m g

era

r

três tip

os d

e p

revisã

o: o

timista

ou

de

sejá

vel, p

essim

ista o

u in

de

-

sejá

vel, e

a in

term

ed

iária

ou

a

ma

is pro

váve

l.

O m

éto

do

de

ssa e

scola

leva

em

con

side

raçã

o q

ue

esse

s po

nto

s de

che

ga

da

esta

rão

em

fun

ção

da

ma

ior o

u m

en

or a

tua

ção

do

ag

en

te n

o m

erca

do

.

A p

revisã

o o

timista

pre

ssup

õe

qu

e to

da

s as a

çõe

s ne

cessá

rias

serã

o to

ma

da

s e a

s resp

osta

s

serã

o a

s ide

ais.

A p

essim

ista, p

or su

a ve

z, pre

su-

me

qu

e n

ão

ha

verá

atu

açã

o p

ela

me

lho

ra e

qu

e o

me

rcad

o re

spo

n-

de

rá n

eg

ativa

me

nte

.

A escola de planejamento

financeiro é criticada porqueestabelece prim

eiro a disponibilidade do orçam

entopara só então considerar odestino dos gastos.

livro07_06-13 22.08.06 15:07 Page 9

Page 12: Ge 7, como planejar o proximo passo

10

Esco

la d

e p

lan

eja

me

nto

estra

tég

ico

Para solu

cion

ar o p

rob

lema d

e

falta de co

nh

ecimen

to d

o am

bien

-

te em q

ue as o

rgan

izações estão

presen

tes, teórico

s e emp

resas de

con

sulto

ria desen

volveram

con

cei-

tos e m

étod

os d

e análise p

ara a

avaliação d

a po

stura estratég

ica.

É bo

m lem

brar q

ue, en

qu

anto

a

escola d

e plan

ejamen

to a lo

ng

o

prazo

se preo

cup

a com

o q

ue a

org

anização

vai pro

du

zir no

futu

ro

pró

ximo

, a de p

lanejam

ento

estra-

tégico

prio

riza as necessid

ades a

qu

e essa mesm

a org

anização

aten-

derá n

o fu

turo

pró

ximo

.

Para investig

ar essas necessid

ades,

são u

tilizado

s os m

étod

os d

e análi-

se do

macro

amb

iente.

Por fim

, a previsão

mais p

rovável

traça um

futu

ro m

ais realista, sem

mu

dan

ças drásticas, seja p

ara o

mal, seja p

ara o b

em.

É aceitável afirmar q

ue esse

mo

delo

emb

ute u

ma série d

e

inco

ng

ruên

cias, defeito

s e,

con

seqü

entem

ente, lim

itações.

No

exemp

lo d

o fab

ricante d

e

jeans, o

mo

delo

não

con

sidera

no

vas tend

ências d

a mo

da, lan

ça-

men

tos d

e no

vos tecid

os, alteração

do

po

der d

e com

pra d

a po

pu

lação,

nem

mesm

o a in

fluên

cia das tem

-

po

radas d

e ou

ton

o-in

verno

e pri-

mavera-verão

na aq

uisição

do

ves-

tuário

. Ou

seja, para q

ue tu

do

certo, o

mercad

o p

recisa apresen

-

tar, necessariam

ente, o

mesm

o

com

po

rtamen

to d

os an

os an

terio-

res sem n

ovid

ades.

Essas eviden

tes deficiên

cias imp

ul-

sion

aram o

s teórico

s a con

siderar

as alterações d

o am

bien

te no

pro

-

cesso d

e plan

ejamen

to. A

partir

do

s ano

s 1980, a escola d

e plan

eja-

men

to estratég

ico ab

riu su

as po

r-

tas para o

ferecer um

a alternativa

melh

or ao

s mo

delo

s existentes.

livro07_06-13 22.08.06 15:07 Page 10

Page 13: Ge 7, como planejar o proximo passo

11

Desse m

od

o, o

plan

ejado

r da esco

-

la de lo

ng

o p

razo é cap

az de esti-

mar o

volu

me a ser co

nsu

mid

o d

e

calças jeans

po

r meio

de m

od

elos

matem

áticos. Já o

plan

ejado

r da

escola d

e plan

ejamen

to estratég

ico

lançará m

ão d

e méto

do

s de an

álise

para id

entificar q

uais as n

ecessida-

des d

os co

nsu

mid

ores d

essas mes-

mas calças jean

se co

mo

satisfazer

essas necessid

ades.

A literatu

ra técnica esp

ecializada

apresen

ta à exaustão

os m

étod

os

de an

álise para a avaliação

da p

os-

tura estratég

ica das o

rgan

izações.

No

qu

adro

estão relacio

nad

os

algu

ns d

os m

étod

os m

ais con

heci-

do

s e seus p

rincip

ais ob

jetivos.

Méto

do

Prin

cip

ais

ob

jetiv

os

Matriz SW

OT (stren

gth

s,

weakn

esses, op

po

r-

tun

ities, threats )

Estimar p

on

tos fo

rtes e fracos, o

po

rtun

idad

es e

ameaças, a fim

de d

esenvo

lver plan

os d

e méd

io e

lon

go

prazo

s.

Matriz p

rod

uto

/

Missão

de Ig

or A

nso

ff

Defin

ir um

a linh

a com

um

aos p

rod

uto

s existentes

na o

rgan

ização, n

a estratégia d

e neg

ócio

s.

Matriz d

e Crescim

ento

/

Participação

da B

CG

(Bo

ston

Co

nsu

lting

Gro

up

)

Marcar p

osiçõ

es relativas den

tro d

as org

anizaçõ

es,

a fim d

e iden

tificar líderes d

e mercad

o.

Cu

rva do

ciclo d

e vida

do

pro

du

to

Iden

tificar a fase de vid

a do

pro

du

to, a fim

de

direcio

nar as estratég

ias org

anizacio

nais.

Matriz p

ortfó

lio d

a

Co

nsu

ltoria M

ckinsey

Iden

tificar a po

sição d

a org

anização

no

mercad

o,

relacion

and

o a atrativid

ade e a fo

rça do

mercad

o,

a fim d

e sug

erir um

a estratégia.

Mo

delo

das cin

co fo

rças

de M

ichael Po

rter

Co

mp

reend

er o d

esenvo

lvimen

to d

e estratégias n

as

ind

ústrias co

m b

ase na in

tensid

ade d

a com

petição

.

Cu

rva de ap

rend

izagem

Min

imizar o

custo

da tarefa co

m b

ase em su

a

realização freq

üen

te.

Cu

rva da exp

eriência

Min

imizar o

s custo

s da p

rod

ução

com

base n

o

aum

ento

da eficiên

cia da o

rgan

ização.

livro07_06-13 22.08.06 15:07 Page 11

Page 14: Ge 7, como planejar o proximo passo

12Esco

la d

e g

estã

o e

straté

gica

Co

m o

desen

volvim

ento

do

s méto

-

do

s de an

álise, os p

rob

lemas d

as

org

anizaçõ

es se deslo

caram d

e o

qu

efazer p

ara com

ofazer.

Pod

e-se dizer q

ue o

plan

ejamen

to

estratégico

em si estava co

nstru

ído

,

mas su

a imp

lemen

tação fo

i dificu

l-

tada p

or u

ma série d

e barreiras

ergu

idas n

as pró

prias o

rgan

izações.

De m

od

o g

eral, os o

bstácu

los

po

dem

ser:

• Cu

lturais.

• Org

anizacio

nais.

• Geren

ciais.

Co

m o

deco

rrer do

temp

o, q

ual-

qu

er org

anização

assum

e um

con

-

jun

to d

e regras, e – co

mo

é natu

ral

oco

rrer – algu

mas d

ão certo

, ou

tras

não

. As p

rimeiras são

den

om

ina-

das, p

or certo

s auto

res, de reg

ras

de su

cesso, en

qu

anto

as segu

nd

as

são ch

amad

as de tab

us.

Cu

ltura o

rgan

izacion

al é – de

form

a bastan

te simp

lificada – a

crença d

e qu

e, não

imp

orta o

qu

e

seja feito, ten

de a d

ar certo d

esde

qu

e sejam seg

uid

as as regras d

e

sucesso

. Por su

a vez, um

a ação q

ue

se assemelh

ar a um

tabu

estará

fadad

a ao fracasso

.

Já os o

bstácu

los o

rgan

izacion

ais

são m

ovim

ento

s de resistên

cia em

alterar a estrutu

ra da o

rgan

ização.

Exemp

lo: o

mu

nd

o extern

o m

ud

ou

e a estrutu

ra intern

a mo

stra-se ina-

deq

uad

a dian

te das n

ovas d

eman

-

das, n

o en

tanto

, criam-se en

traves

para p

roced

er às necessárias

mu

dan

ças intern

as.

Os o

bstácu

los g

erenciais estão

mais

ligad

os à fo

rma d

o q

ue ao

con

teú-

do

. Em sín

tese, eng

lob

am o

mo

do

pelo

qu

al a emp

resa remu

nera seu

s

livro07_06-13 22.08.06 15:07 Page 12

Page 15: Ge 7, como planejar o proximo passo

13

O q

ue v

ocê v

iu n

o c

ap

ítulo

1

> A

presença do planejamento estratégi-

co no pensamento hum

ano.1

>Q

uatro escolas:financeira,de longo pra-zo,de planejam

ento e de gestão estratégica.2

>O

s principais métodos de avaliação

estratégica e seus objetivos.3

fun

cion

ários, fixa m

etas, acom

pa-

nh

a e avalia os resu

ltado

s.

A e

scola

de

ge

stão

estra

tég

ica

tem

po

r ob

jetivo

reu

nir e

m u

m

ún

ico p

roce

sso o

pla

no

estra

tég

ico

e su

a im

ple

me

nta

ção

.

Ela agru

pa o

s pro

cessos d

e:

• Form

ula

ção

e im

ple

me

nta

ção

de

estra

tég

ias, a

pro

veita

nd

o a

s

op

ortu

nid

ad

es e

ne

utra

lizan

do

as a

me

aça

s.

• Criação

e assun

ção d

e um

mo

delo

org

anizacio

nal ad

equ

ado

à imp

le-

men

tação d

as estratégias d

efinid

as.

livro07_06-13 22.08.06 15:07 Page 13

Page 16: Ge 7, como planejar o proximo passo

A GESTÃO ESTRATÉGICA

Com

o c

om

por o

s fu

nd

am

ento

s

de u

ma o

rganiza

ção? Q

ual a

dife

rença e

ntre

visão e

mis

são

do n

egócio

? C

om

o a

s

em

pre

sas fa

zem

isso?

2

14A g

estão estratég

ica se diferen

cia

do

plan

ejamen

to estratég

ico trad

i-

cion

al po

rqu

e, além d

e se preo

cu-

par co

m a elab

oração

do

plan

o,

acom

pan

ha su

a imp

lemen

tação.

Para pô

r em p

rática as decisõ

es

con

tidas n

o p

lano

, é necessário

méto

do

, inten

sificação d

as ativida-

des e, p

rincip

almen

te, geren

cia-

men

to d

a execução

, o q

ue in

clui o

envo

lvimen

to d

as pesso

as.

A fase an

terior à elab

oração

do

plan

o tam

bém

é precio

sa. Afin

al,

explicar a situ

ação d

e um

a org

ani-

zação é u

ma tarefa q

ue n

os o

brig

a

a olh

ar não

som

ente p

ara den

tro,

mas p

ara fora d

a emp

resa. O

amb

iente extern

o tem

gran

de

influ

ência e é d

efinid

or d

os cam

i-

nh

os q

ue serão

escolh

ido

s à frente.

Atu

almen

te, elabo

rar um

plan

o

estratégico

não

é a mesm

a coisa

qu

e tê-lo feito

há d

ez ano

s. Nesse

perío

do

, oco

rreram m

ud

anças d

rás-

ticas e inesp

eradas n

o m

un

do

, nas

org

anizaçõ

es, na so

ciedad

e, na

econ

om

ia e no

s Estado

s.

Vo

cê já deve ter o

uvid

o q

ue a

intern

et veio p

ara mu

dar o

mu

nd

o.

É verdad

e. A tro

ca de in

form

ações

é instan

tânea. U

ma q

uan

tidad

e

imen

surável d

e pesso

as passo

u a

ter acesso a d

ado

s e a info

rmaçõ

es

do

ou

tro lad

o d

o m

un

do

nu

m

ún

ico cliq

ue. O

s mercad

os q

ue

eram, caracteristicam

ente, lo

cais

para g

rand

es emp

resas nacio

nais

passaram

a ser glo

bais. Ter u

ma

emp

resa no

Brasil q

ue u

se com

po

-

nen

tes fabricad

os n

a Malásia, e

qu

e, po

r sua vez, p

rod

uz eq

uip

a-

men

tos q

ue serão

utilizad

os n

a

ssia, não

é mais in

com

um

. Ho

je,

discu

te-se, po

r exemp

lo, a in

fluên

-

cia da in

stria calçadista ch

inesa

livro07_14-21 22.08.06 15:08 Page 14

Page 17: Ge 7, como planejar o proximo passo

15

no

nível d

e desem

preg

o en

tre os

gaú

cho

s do

mesm

o seto

r.

O m

eio am

bien

te é um

tema q

ue

integ

ra as preo

cup

ações d

a socie-

dad

e e, con

seqü

entem

ente, d

as

emp

resas. Ser um

a org

anização

amb

ientalm

ente resp

on

sável pas-

sou

a ser um

trun

fo n

a pro

pag

ação

de u

ma b

oa im

agem

.

A p

reocu

pação

com

a qu

alidad

e de

vida n

o trab

alho

torn

ou

-se um

a

realidad

e, mesm

o q

ue p

ara som

en-

te um

a po

rcentag

em m

uito

peq

ue-

na d

os trab

alhad

ores.

O em

preen

ded

orism

o, q

ue é a

capacid

ade d

e algu

ém se d

ispo

r a

bu

scar no

vas solu

ções p

ara pro

ble-

mas eco

mico

s e sociais p

or m

eio

de em

preen

dim

ento

s, com

eçou

a

ser incen

tivado

po

r org

anizaçõ

es e

go

verno

s. Um

a das faces m

ais

imp

ortan

tes do

emp

reend

edo

rismo

é ser respo

sta tanto

para o

desem

-

preg

o d

e trabalh

ado

res da in

s-

tria qu

anto

para o

emp

rego

em

áreas po

bres n

ão in

du

strializadas.

Tod

as essas características no

s con

-

du

zem à co

nclu

são d

e qu

e o

amb

iente vivid

o p

elas org

aniza-

ções n

o in

ício d

o sécu

lo X

XI é co

m-

plexo

e com

petitivo

. Se qu

isermo

s

dele p

articipar, é n

ecessário d

ispo

-

sição p

ara plan

ejar, determ

inação

para execu

tar o p

lanejad

o e p

repa-

ro p

ara disp

utar o

s clientes.

Ser com

petitivo

ou

estar prep

ara-

do

para co

nq

uistar a p

referência

do

s clientes é o

qu

e interessa. E

isso p

od

e ser alcançad

o p

elo p

ro-

cesso d

e gestão

estratégica. Para

tanto

, o p

rimeiro

passo

é con

hecer

o n

egó

cio em

si.

Vale lem

brar q

ue a g

estão estraté-

gica n

ão é o

reméd

io p

ara tod

os

os m

ales. Mas é u

m b

om

com

eço

para a m

elho

r com

preen

são d

os

camin

ho

s a segu

ir.

livro07_14-21 22.08.06 15:08 Page 15

Page 18: Ge 7, como planejar o proximo passo

16Dire

trize

s estra

tég

icas

Os fu

nd

amen

tos d

e um

a org

aniza-

ção (n

egó

cio, visão

, missão

, prin

cí-

pio

s e valores e p

osicio

nam

ento

estratégico

) são as d

iretrizes estra-

tégicas o

u o

s marco

s de referên

cia.

Esse con

jun

to d

e elemen

tos carac-

teriza a po

sição em

qu

e a org

ani-

zação está e ao

nd

e qu

er cheg

ar.

É o m

om

ento

certo p

ara checar o

qu

e será man

tido

e o q

ue será

mu

dad

o, e o

qu

e se deseja d

aqu

i

para fren

te. É a ação d

e con

hecer a

emp

resa – o p

rimeiro

passo

para o

pro

cesso d

e gestão

estratégica.

Negócio

A d

efinição

do

neg

ócio

– o esco

po

– delim

ita o esp

aço d

e atuação

da

org

anização

. Co

nsid

era suas co

m-

petên

cias centrais o

u su

as limita-

ções au

to-im

po

stas e reais. Envo

lve

as escolh

as feitas com

base n

a per-

cepção

das o

po

rtun

idad

es qu

e o

mercad

o o

ferece ou

dem

and

a.

Do

is aspecto

s men

suráveis p

od

em

defin

ir um

a org

anização

: suas h

abi-

lidad

es em co

nju

nto

com

o so

ma-

tório

de seu

s con

hecim

ento

s e o

qu

e essa emp

resa se pro

e e

necessita fazer. O

u seja, o

qu

e a

org

anização

sabe e o

qu

e ela pre-

tend

e fazer.

Delim

itar o n

egó

cio é o

mesm

o

qu

e estabelecer fro

nteiras. Po

r

meio

dessa lin

ha d

ivisória, a

emp

resa se relacion

a com

o

mu

nd

o. A

s hab

ilidad

es qu

e a org

a-

nização

po

ssui e o

qu

e ela se pro

-

e a realizar po

dem

ser especifi-

cado

s pela d

efinição

do

blico

-

alvo q

ue p

retente aten

der, caracte-

rizado

po

r faixa de ren

da, lo

cal de

mo

radia e h

ábito

s de co

nsu

mo

.

Visã

o

É com

o a o

rgan

ização q

uer ser

vista no

futu

ro. A

emp

resa precisa

ser pro

jetada alg

un

s ano

s à frente

livro07_14-21 22.08.06 15:08 Page 16

Page 19: Ge 7, como planejar o proximo passo

17

e, a partir d

aí, é necessário

descre-

vê-la no

futu

ro. A

qu

i tamb

ém cab

e

o exercício

do

desejo

. Pergu

nte-se:

“Co

mo

desejo

qu

e meu

neg

ócio

seja visto d

aqu

i algu

ns an

os?”.

A visão

deve ser d

eclarada d

e um

a

form

a simp

les, ob

jetiva e con

cisa. É

preciso

qu

e seja com

preen

did

a po

r

tod

os o

s colab

orad

ores, d

esde

aqu

eles qu

e executam

as tarefas

mais sim

ples até o

corp

o d

iretivo.

É necessário

qu

e tod

os co

mp

arti-

lhem

da visão

da o

rgan

ização. Se

não

ho

uver co

nco

rdân

cia po

r parte

do

s colab

orad

ores, é p

reciso

mu

dar a visão

ou

os co

labo

rado

res

qu

e po

rventu

ra disco

rdem

dela.

Missã

o

É a razão d

a existência d

a org

ani-

zação. A

qu

i “pau

é pau

, e ped

ra é

ped

ra”. Ou

seja, não

há esp

aço

para exp

loraçõ

es do

qu

e se go

sta-

ria qu

e a emp

resa fosse.

Enq

uan

to a d

efinição

da visão

se

baseia n

o d

esejo, a d

a missão

se

susten

ta na realid

ade.

Co

mu

men

te, as defin

ições d

e visão

e missão

são co

mp

lemen

tares e

jamais co

ntrad

itórias. Se o

correr

con

tradição

, é necessário

repen

sar

e redefin

ir amb

as.

Pergu

nte-se: “Po

r qu

e e para q

ue a

emp

resa surg

iu? Q

uais n

ecessida-

des o

mercad

o p

ossu

i? Qu

al no

sso

com

pro

misso

de exp

lorar essas

necessid

ades?”. C

om

essas respo

s-

tas, a defin

ição d

e missão

estará

praticam

ente p

ron

ta.

Prin

cípios e

valores

De certo

mo

do

, com

em o

esteio

mo

ral e ético d

e tod

a e qu

alqu

er

org

anização

. Aq

ui resid

em su

as

crenças fu

nd

amen

tais.

Princíp

ios são

po

nto

s imu

táveis e

inclu

em o

s preceito

s mo

rais qu

e

servem d

e base às atitu

des. Se, p

or

acaso, u

m p

rincíp

io fo

r violad

o, ele

nu

nca fo

i prin

cípio

de fato

ou

,

imed

iatamen

te, deixa d

e sê-lo.

Visão e missão são

complem

entares e jamais

contraditórias.Se ocorrercontradição,é necessáriorepensar e redefinir am

bas.

livro07_14-21 22.08.06 15:08 Page 17

Page 20: Ge 7, como planejar o proximo passo

18

da

esco

lha

de

um

a – e

som

en

te

um

a – d

as o

pçõ

es.

A o

rgan

ização q

ue, p

orven

tura,

qu

iser do

min

ar simu

ltaneam

ente

pelo

men

os d

uas d

as três op

ções

terá pro

blem

as de p

osicio

nam

ento

pelo

simp

les fato d

e qu

e os m

erca-

do

s não

vão en

tend

er claramen

te

sua p

rop

osta d

e neg

ócio

.

Ou

se forn

ece pro

du

tos d

e po

nta

ou

se tem excelên

cia op

eracion

al

ou

se trata o clien

te com

intim

ida-

de. A

escolh

a deve ser feita co

nsi-

deran

do

-se as defin

ições an

teriores

de n

egó

cio: visão

e missão

.

Valo

res são q

ualid

ades, o

u seja, as

características po

sitivas qu

e des-

pertam

adm

iração o

u resp

eito.

A escala d

e valores é estab

elecida

de m

aneira p

uram

ente arb

itrária.

Não

há reg

ras defin

idas p

ara prio

-

rizá-los. To

do

s os p

articipan

tes

devem

con

servar os valo

res da

org

anização

. Se a alta direção

qu

er

qu

e os valo

res sejam resp

eitado

s,

ela tem p

or o

brig

ação d

ivulg

á-los

e incen

tivar suas p

ráticas.

Posicio

namento estra

tégico

De aco

rdo

com

Mich

ael Treacy e

Frederik W

iersema, au

tores d

o

livro A

Discip

lina d

os Líd

eres de

Mercad

o, p

osicio

nar-se estrateg

ica-

men

te é escolh

er den

tre as três

op

ções estratég

icas:

• Forn

ecer pro

du

tos d

e po

nta.

• Ter excelência o

peracio

nal.

• Estre

itar o

rela

cion

am

en

to co

m

o clie

nte

.

Trea

cy e W

ierse

ma

de

no

min

am

o

con

ceito

acim

a d

e trile

ma

estra

té-

gico

, qu

e é

solu

cion

ad

o a

pa

rtir

livro07_14-21 22.08.06 15:08 Page 18

Page 21: Ge 7, como planejar o proximo passo

19

Visã

o, m

issão

e v

alo

res

Vam

os aco

mp

anh

ar exemp

los d

e

visão, m

issão e valo

res de q

uatro

emp

resas qu

e atuam

no

Brasil. O

s

ramo

s de atu

ação fo

ram esco

lhid

os

de fo

rma q

ue o

leitor p

ud

esse ter

amp

la visão d

o m

ercado

: farmacêu

-

tico (Pfizer), sid

erúrg

ico (G

erdau

),

min

eração (Fo

sfertil) e agro

neg

ó-

cios (Syn

gen

ta).

Pfiz

er

Visã

o–

s no

s ded

icamo

s à bu

sca

da h

um

anid

ade p

or u

ma vid

a mais

lon

ga, m

ais saud

ável e mais feliz

po

r meio

da in

ovação

de p

rod

uto

s

farmacêu

ticos, em

pro

du

tos p

ara o

con

sum

ido

r e em p

rod

uto

s para a

saúd

e anim

al.

Missã

o–

s no

s torn

aremo

s a

com

pan

hia m

ais valorizad

a do

mu

nd

o p

ara pacien

tes, clientes,

coleg

as, investid

ores, p

arceiros

com

erciais e as com

un

idad

es on

de

trabalh

amo

s e vivemo

s.

Valores–

Para alcançarm

os o

no

sso

pro

sito e a n

ossa m

issão, n

ós

afirmam

os o

s no

ssos valo

res, qu

e

são u

ma d

eclaração d

e no

ssas cren-

ças fun

dam

entais e são

as caracte-

rísticas de u

ma cu

ltura q

ue g

era

realizações. Id

entificam

os o

ito

valores q

ue p

erson

ificam q

uem

som

os – q

uem

semp

re fom

os – e

no

qu

e acreditam

os. Eles refletem

o caráter d

urad

ou

ro d

a Pfizer e de

seus fu

ncio

nário

s. Para realizar

no

ssa missão

, afirmam

os n

osso

s

valores d

e: lideran

ça, trabalh

o em

equ

ipe, resp

eito ao

emp

regad

o,

com

pro

misso

com

o clien

te, ino

va-

ção, ap

oio

à com

un

idad

e, integ

ri-

dad

e, desem

pen

ho

.

Gru

po

Gerd

au

Visã

o–

Ser um

a emp

resa siderú

rgi-

ca intern

acion

al, de classe m

un

dial.

Missã

o–

O G

rup

o G

erdau

é um

a

org

anização

emp

resarial focad

a em

sideru

rgia, co

m a m

issão d

e satisfa-

zer as necessid

ades d

os clien

tes e

de criar valo

r para o

s acion

istas,

com

pro

metid

a com

a realização

das p

essoas e co

m o

desen

volvi-

men

to su

stentad

o d

a socied

ade.

livro07_14-21 22.08.06 15:08 Page 19

Page 22: Ge 7, como planejar o proximo passo

20Valores–

Clie

nte

satisfe

ito, p

esso

as

rea

lizad

as, se

gu

ran

ça to

tal n

o

am

bie

nte

de

trab

alh

o, q

ua

lida

de

em

tud

o o

qu

e fa

z, seg

ura

nça

e

solid

ez, se

ried

ad

e co

m to

do

s

os p

úb

licos, lu

cro co

mo

me

did

a

de

de

sem

pe

nh

o.

Fo

sfe

rtil

Visã

o–

Ser recon

hecid

a com

o a

melh

or em

presa n

o su

prim

ento

de

pro

du

tos às in

strias de fertilizan

-

tes e qu

ímicas, e n

a prestação

de

serviços d

e log

ística.

Missã

o–

Ag

regar valo

r com

petitivo

às ind

ústrias d

e fertilizantes e q

uí-

micas, através d

a excelência d

os

no

ssos p

rod

uto

s e serviços, aten

-

den

do

às expectativas d

os acio

nis-

tas, colab

orad

ores e d

as com

un

ida-

des co

m as q

uais in

teragim

os.

Valores– É

tica: a

tua

ção

de

aco

rdo

com

a le

gisla

ção

e p

rincíp

ios

mo

rais.

Clientes–

Co

mp

rom

etimen

to em

forn

ecer pro

du

tos e serviço

s qu

e

agreg

uem

valor co

mp

etitivo ao

s

no

ssos clien

tes, bu

scand

o relaçõ

es

de lo

ng

o p

razo.

Lucra

tividade–

Reto

rno

sob

re o

investim

ento

do

s acion

istas, garan

-

tind

o o

desen

volvim

ento

auto

-sus-

tentad

o d

a corp

oração

.

Pesso

as–

Reco

nh

ecimen

to d

as pes-

soas co

mo

fator essen

cial para o

sucesso

da co

rpo

ração.

Excelência

–A

prim

oram

ento

con

tí-

nu

o d

e no

ssos p

rocesso

s, tecno

lo-

gias e m

od

elos d

e gestão

.

Meio ambiente – C

om

pro

meti-

men

to co

m a u

tilização racio

nal

do

s recurso

s natu

rais e interação

respo

nsável co

m o

meio

amb

iente.

livro07_14-21 22.08.06 15:08 Page 20

Page 23: Ge 7, como planejar o proximo passo

21

.

O q

ue v

ocê v

iu n

o c

ap

ítulo

2

> A

diferença entre planejamento estra-

tégico e gestão estratégica.1

>Fundam

entos:visão,missão,princípios e

valores e posicionamento estratégico.

2

>O

perfil de quatro empresas:Pfizer,

Grupo G

erdau,Fosfertil e Syngenta.3

Comunidade–

Inte

raçã

o co

m a

s

com

un

ida

de

s on

de

atu

am

os,

em

um

rela

cion

am

en

to vo

ltad

o

pa

ra o

de

sen

volvim

en

to so

cioe

co-

mico

recíp

roco

.

Syn

gen

ta

Visã

o–

Ser líder g

lob

al na o

ferta

de so

luçõ

es ino

vado

ras e marcas

para p

rod

uto

res e para a cad

eia de

alimen

tos é a visão

da Syn

gen

ta.

Missã

o– P

ion

eira

en

tre a

s em

pre

-

sas g

lob

ais d

e ca

pita

l ab

erto

de

di-

cad

as a

o a

grib

usin

ess, a

Syng

en

ta

tem

o cre

scime

nto

a lo

ng

o p

razo

com

o d

ireçã

o, p

or m

eio

de

esca

la

e p

rese

nça

glo

ba

is, lide

ran

ça n

o

po

rtfólio

de

pro

du

tos e

pro

cesso

s,

sólid

a ca

pa

cida

de

de

pe

squ

isa e

de

sen

volvim

en

to e

lide

ran

ça

em

ma

rke

ting

.

Valores–

A id

entid

ade d

a Syng

enta

represen

ta a expressão

visual d

as

aspiraçõ

es de seu

s pro

fission

ais,

bem

com

o d

e suas resp

on

sabilid

a-

des e o

com

pro

misso

com

a agricu

l-

tura m

un

dial.

livro07_14-21 22.08.06 15:08 Page 21

Page 24: Ge 7, como planejar o proximo passo

AM

BIE

NTE

S E

XTE

RN

O E

INTE

RN

O

Em

que m

ed

ida a

anális

e d

os

dois

am

bie

nte

s, b

em

com

o

dos p

onto

s fo

rtes e

fracos,

dete

rmin

a a

ela

bora

ção

de u

m p

lano e

stra

tégic

o?

3

22O

amb

iente extern

o en

glo

ba as

con

diçõ

es além d

o âm

bito

de co

n-

trole d

e um

a org

anização

. É o q

ue

está fora d

a go

vernab

ilidad

e da

emp

resa, em q

ue ela tem

po

uca o

u

nen

hu

ma in

terferência. Po

rém, é

de fu

nd

amen

tal imp

ortân

cia para

o d

esenvo

lvimen

to d

os n

egó

cios.

Às vezes, o

amb

iente extern

o tem

maio

r po

der d

e defin

ição n

os

rum

os d

a org

anização

do

qu

e o

amb

iente in

terno

.

An

alisar o am

bien

te externo

à

emp

resa sign

ifica com

preen

der as

con

diçõ

es qu

e a rod

eiam e q

ue lh

e

imp

õem

desafio

s e op

ortu

nid

ades.

É a atividad

e de levan

tamen

to e

análise d

os p

rincip

ais fatores q

ue

afetam a vid

a da em

presa, su

a pro

-

vável evolu

ção e d

os fato

res no

vos

qu

e po

derão

oco

rrer no

futu

ro

com

imp

acto so

bre as o

peraçõ

es

da o

rgan

ização.

Na avaliação

do

amb

iente extern

o,

tod

as as con

diçõ

es qu

e estiverem

sob

o co

ntro

le da em

presa d

evem

ser aban

do

nad

as.

A an

álise externa en

volve, n

ecessa-

riamen

te, a análise d

o m

ercado

, da

con

corrên

cia e da co

nju

ntu

ra po

lí-

tica e econ

ôm

ica.

No

s mercad

os ab

rang

ido

s pela

emp

resa, devem

ser ob

servadas as

características passad

as, as atuais e

as tend

ências fu

turas d

o seg

men

to

com

a iden

tificação d

os p

rincip

ais

pro

du

tos, fo

rneced

ores, co

mp

rado

-

res e pro

du

tos su

bstitu

tos.

livro07_22-31 23.08.06 11:44 Page 22

Page 25: Ge 7, como planejar o proximo passo

23

Ameaças e oportu

nidades

Os co

nco

rrentes – o

utras o

rgan

iza-

ções q

ue d

ispu

tam o

s mesm

os co

n-

sum

ido

res e clientes – d

evem ser

map

eado

s, e suas q

ualid

ades fu

n-

dam

entais p

recisam ser co

nh

eci-

das. Fin

almen

te, é preciso

com

-

preen

der as ten

dên

cias po

lítico-

econ

ôm

icas – intern

as e externas –,

dem

og

ráficas, legais, am

bien

tais,

tecno

lóg

icas, sociais e cu

lturais q

ue

afetam to

da a so

ciedad

e e as

dem

ais emp

resas den

tro d

e um

determ

inad

o h

orizo

nte d

e temp

o.

Os fato

res externo

s po

dem

ser

divid

ido

s em:

• Am

eaças

Situaçõ

es atuais o

u fu

turas q

ue, se

não

forem

elimin

adas, m

inim

iza-

das o

u evitad

as, po

dem

afetar as

org

anizaçõ

es neg

ativamen

te.

• Op

ortunid

ades

Situaçõ

es atuais o

u fu

turas q

ue, se

forem

adeq

uad

amen

te apro

veita-

das p

ela org

anização

, po

dem

influ

enciá-la p

ositivam

ente.

Elaboração de cenário

s

Cen

ário é u

m co

nju

nto

de p

remis-

sas e hip

óteses d

o q

ue se d

escorti-

na. São

aspecto

s, qu

antitativo

s ou

qu

alitativos, q

ue afetam

ou

qu

e

po

dem

afetar as atividad

es futu

ras

da o

rgan

ização, d

e seus clien

tes e

seus co

nco

rrentes. Po

rtanto

, con

ju-

ga características o

u fato

res pred

o-

min

antes q

ue servem

de p

ano

de

fun

do

para as ativid

ades d

o seto

r.

A elab

oração

de cen

ários é u

ma

ferramen

ta para o

rden

ar no

ssa

percep

ção so

bre am

bien

tes futu

ros

alternativo

s com

base n

as con

se-

ências d

as decisõ

es atuais, facili-

tand

o a fo

rmu

lação d

e estratégias

viáveis. Ao

final d

o p

rocesso

de ela-

bo

ração d

e cenário

s, a org

anização

estará mais cap

acitada a to

mar as

melh

ores d

ecisões, p

ois d

uran

te a

elabo

ração exp

erimen

tou

po

ssibili-

dad

es e estud

ou

op

ções.

A a

lise externa

envo

lve,

necessa

riam

ente,

a a

lise

do m

ercad

o,d

a co

nco

rrência

e da

con

jun

tura

po

lítica

e econ

ôm

ica.

livro07_22-31 23.08.06 11:44 Page 23

Page 26: Ge 7, como planejar o proximo passo

24C

am

po

s de

an

álise

Ind

epen

den

temen

te do

po

rte da

emp

resa (peq

uen

a, méd

ia ou

gran

-

de) e d

o seto

r (ind

ústria, co

mércio

ou

serviço), o

s prin

cipais cam

po

s de

análise d

e cenário

s são o

s mesm

os.

Primeiro

, é preciso

separar n

egó

cio

e mercad

o. Em

segu

ida, tan

to em

um

qu

anto

em o

utro

, é recom

end

a-

do

investig

ar os seg

uin

tes camp

os:

• Econ

om

ia.

• Política / g

eop

olítica.

• Socied

ade / cid

adan

ia.

• Tecno

log

ia.

• Meio

amb

iente / eco

log

ia.

• Go

verno

s / órg

ãos reg

ulad

ores.

A p

artir do

s camp

os d

e análise,

citamo

s algu

ns iten

s qu

e po

dem

com

po

r os cen

ários g

lob

ais e

nacio

nais. V

eja:

Cenário

global

Integ

ração d

os m

ercado

s e intern

acion

alização d

a pro

du

ção

Mu

dan

ças nas estru

turas d

a adm

inistração

das em

presas

Red

ução

da d

ispo

nib

ilidad

e de m

atérias-prim

as e energ

éticos

Red

ução

do

s custo

s de co

mu

nicação

e transp

orte

Au

men

to d

a taxa de d

esemp

rego

Au

men

to d

a exclusão

social

Alteração

das co

nd

ições d

e trabalh

o

Alteração

de so

ciedad

e da in

form

ação p

ara socied

ade d

o co

nh

ecimen

to

Glo

balização

do

terrorism

o

Alteração

do

eixo d

a lideran

ça econ

ôm

ica mu

nd

ial em d

ireção à C

hin

a

livro07_22-31 23.08.06 11:44 Page 24

Page 27: Ge 7, como planejar o proximo passo

25

Cenário

nacional

Razo

ável estabilid

ade p

olítico

-econ

ôm

ica

Baixo

crescimen

to eco

mico

Perspectiva d

e juro

s altos co

m co

nseq

üen

te aperto

finan

ceiro

Taxa de câm

bio

favorável ao

real

Perspectiva d

e inflação

baixa p

or lo

ng

o p

eríod

o

Crescim

ento

do

sup

erávit da b

alança co

mercial

Man

uten

ção d

o co

ntro

le da d

ívida d

o seto

r pú

blico

Man

uten

ção d

as altas taxas de d

esemp

rego

Enfraq

uecim

ento

do

s sind

icatos e cen

trais sind

icais

Elevado

s níveis d

e po

breza e d

esigu

aldad

e social

Envelh

ecimen

to e m

ud

ança d

a estrutu

ra etária da p

op

ulação

Crescim

ento

de ativid

ades ileg

ais e da vio

lência

Crise e reestru

turação

do

Estado

Campo de

anális

e

Itens de

anális

e

Tendências

3 a 5 anos

Impacto

+ ou –

Respostas

(ações)

Econ

om

ia

Política/

geo

po

lítica

Socied

ade/

cidad

ania

Tecno

log

ia

Meio

amb

iente/

ecolo

gia

Go

verno

s/órg

ãos

regu

lado

res

1.2.3.1.2.3.1.2.3.1.2.3.1.2.3.1.2.3.

Um

a form

a de o

rgan

izar a análise d

o am

bien

te externo

é preen

cher o

qu

adro

abaixo

, tend

o co

mo

persp

ectiva o h

orizo

nte d

e três a cinco

ano

s.

livro07_22-31 23.08.06 11:44 Page 25

Page 28: Ge 7, como planejar o proximo passo

26

neg

ativo. É n

ecessário ressaltar q

ue

as tend

ências n

ão rep

ercutem

em

tod

as as org

anizaçõ

es igu

almen

te.

Um

imp

acto n

egativo

sob

re um

a

determ

inad

a emp

resa po

derá ser

francam

ente p

ositivo

sob

re ou

tra.

• As resp

ostas são

as ações p

rop

os-

tas para o

timizar u

m im

pacto

po

si-

tivo o

u co

nto

rnar u

m im

pacto

neg

ativo. D

esnecessário

dizer q

ue

essa colu

na é a m

ais imp

ortan

te no

preen

chim

ento

do

qu

adro

, po

is as

ações p

rop

ostas co

m b

ase na an

áli-

se diferen

ciarão u

ma o

rgan

ização

de o

utra.

É imp

ortan

te ob

servar qu

e:

• Nem

tod

os o

s camp

os d

e análise

precisam

ser utilizad

os. Po

r exem-

plo

, não

é para to

das as o

rgan

iza-

ções q

ue o

meio

amb

iente/eco

lo-

gia in

teressa no

estud

o. N

o caso

das d

e serviço, p

or exem

plo

, se

elas não

atuam

diretam

ente in

ter-

ferind

o n

o m

eio am

bien

te, este

sign

ifica mu

ito p

ou

co o

u q

uase

nad

a. Já para o

utras, co

mo

as

emp

resas de “tecn

olo

gia su

ja”, ele

é de fu

nd

amen

tal imp

ortân

cia.

• As ten

dên

cias são as o

pin

iões

qu

e o g

rup

o d

e plan

ejamen

to tem

sob

re a trajetória d

e determ

inad

o

item d

e análise. O

mais co

mu

m é

ado

tar persp

ectivas com

prazo

de

três a cinco

ano

s. Esse é o m

om

en-

to d

e exercer a liberd

ade em

op

i-

nar so

bre o

s camin

ho

s qu

e a con

-

jun

tura irá trilh

ar.

• Co

m b

ase em u

ma ten

dên

cia, é

preciso

defin

ir o im

pacto

qu

e isso

pro

vocará n

a org

anização

. Esse

imp

acto p

od

erá ser po

sitivo o

u

livro07_22-31 23.08.06 11:44 Page 26

Page 29: Ge 7, como planejar o proximo passo

27

An

álise

do

am

bie

nte

inte

rno

Ap

ós an

alisar o am

bien

te externo

no

pro

cesso d

e gestão

estratégica,

passarem

os a avaliar o

amb

iente

intern

o. Essa an

álise será capaz d

e

no

s forn

ecer um

a visão d

e com

o

estão as co

nd

ições n

o âm

bito

de

con

trole d

a org

anização

.

Para essa fase ser bem

-suced

ida,

será necessário

, em p

rimeiro

lug

ar,

ter a con

sciência d

as dificu

ldad

es

em realizá-la. A

o an

alisar os p

on

tos

fortes e fraco

s de u

ma em

presa d

a

qu

al fazemo

s parte, in

evitavelmen

-

te, devem

os m

edir o

s po

nto

s fortes

e fracos d

as pesso

as qu

e a com

-

em. E avaliar p

essoas, n

ós m

es-

mo

s, inclu

sive, não

é nad

a fácil. O

mais co

mu

m é m

ino

rarmo

s no

ssas

dificu

ldad

es e aum

entarm

os n

ossas

facilidad

es. Se bem

qu

e o o

po

sto

tamb

ém co

stum

a oco

rrer: dim

inu

í-

mo

s no

ssas facilidad

es e amp

liamo

s

no

ssas dificu

ldad

es. Ao

pen

sar na

gestão

estratégica, d

evemo

s a tod

o

custo

evitar essas du

as po

sições

extremas, p

orq

ue ten

dem

a reforçar

a imo

bilid

ade e levam

a crer qu

e

não

existe pro

blem

a ou

qu

e o p

ro-

blem

a é inso

lúvel. O

qu

e precisa-

mo

s, de fato

, é de eq

uilíb

rio e co

ra-

gem

para p

erceber n

ossas fraq

uezas

e no

ssas capacid

ades.

Até alg

un

s ano

s atrás, ao se o

bser-

var um

a org

anização

intern

amen

te,

a atenção

se con

centrava em

recur-

sos, h

abilid

ades, p

rocesso

s e tecno

-

log

ias separad

amen

te.

Entretan

to, n

o artig

o Th

e Co

re

Co

mp

etence o

f the C

orp

oratio

n, d

e

1990, Gary H

amel e C

.K. Prah

alad

afirmaram

qu

e os estrateg

istas

deveriam

con

centrar-se n

as com

pe-

tências essen

ciais (core co

mp

etence)

de su

as emp

resas e utilizar o

s recur-

sos, as h

abilid

ades, o

s pro

cessos e as

tecno

log

ias para criar van

tagem

com

petitiva su

stentável em

sua

cadeia d

e valor.

Co

mp

etências essen

ciais são as co

m-

petên

cias estratégicas d

e um

a org

a-

nização

, os recu

rsos ú

nico

s e qu

e

diferen

ciam u

ma em

presa d

e ou

tra.

Co

nh

ecimen

to técn

ico, tecn

olo

gia

específica o

u ain

da u

m p

rod

uto

exclusivo

são exem

plo

s de co

mp

e-

tências essen

ciais.

livro07_22-31 23.08.06 11:44 Page 27

Page 30: Ge 7, como planejar o proximo passo

28Seg

un

do

Prahalad

e Ham

el, um

a

com

petên

cia é con

siderad

a essen-

cial qu

and

o:

1. É u

m va

lor p

erce

bid

o p

elo

s

clien

tes. V

alo

res a

gre

ga

do

s a p

ro-

du

tos o

u a

serviço

s são

pe

rceb

ido

s

pe

los clie

nte

s.

2. É um

a diferen

ciação en

tre os

con

corren

tes. É algo

recon

hecid

o

pelo

mercad

o co

mo

específico

da

emp

resa, do

pro

du

to o

u serviço

ou

da m

arca.

3. Dem

on

stra capacid

ade d

e expan

-

são. É alg

o q

ue su

stenta o

lança-

men

to d

e no

vos p

rod

uto

s e servi-

ços, p

ossib

ilitand

o a exp

loração

de

diferen

tes mercad

os.

Po

nto

s forte

s e fra

cos

Trabalh

ar com

com

petên

cias essen-

ciais facilita o d

irecion

amen

to d

o

foco

para q

ue a o

rgan

ização atin

ja

seus o

bjetivo

s estratégico

s.

O p

róxim

o p

asso n

a análise d

o

amb

iente in

terno

é a iden

tificação

do

s recurso

s, das h

abilid

ades, d

os

pro

cessos e d

as tecno

log

ias em fo

r-

ças (po

nto

s fortes) e fraq

uezas

(po

nto

s fracos).

As fo

rças são as características p

osi-

tivas qu

e favorecem

a org

anização

,

e as fraqu

ezas são as características

neg

ativas qu

e preju

dicam

a org

ani-

zação. O

trabalh

o d

e corrig

ir as fra-

qu

ezas e po

tencializar as fo

rças

deve ser p

erman

ente.

Alg

un

s auto

res defen

dem

qu

e os

po

nto

s fortes só

po

dem

ser con

si-

derad

os fo

rtes se suas h

abilid

ades

e recurso

s estiverem alin

had

os ao

s

Fatores C

ríticos d

e Sucesso

(FCS) d

a

org

anização

. Os FC

S são as ativid

a-

des-ch

ave do

neg

ócio

qu

e precisam

ser bem

-feitas para q

ue a o

rgan

iza-

ção atin

ja seus o

bjetivo

s ou

, aind

a,

são as h

abilid

ades e o

s recurso

s

qu

e a org

anização

necessariam

ente

precisa ter p

ara vencer.

O o

bjetivo

da

ma

triz SW

OT

é defin

ir estratég

ias p

ara

ma

nter o

s pon

tos fo

rtes e

redu

zir a in

tensid

ad

e dos

pon

tos fra

cos.

livro07_22-31 23.08.06 11:44 Page 28

Page 31: Ge 7, como planejar o proximo passo

29

Matriz

SWOT

Ap

ós a id

entificação

das o

po

rtun

i-

dad

es e ameaças n

a análise extern

a

e do

s po

nto

s fortes e fraco

s na

análise in

terna, p

od

e-se ob

ter a

matriz SW

OT. A

técnica receb

eu

esse no

me a p

artir das in

iciais, em

ing

lês, das p

alavras:

• Streng

ths

= fo

rças

• Weakn

esses=

fraqu

ezas

• Op

po

rtun

ities=

op

ortu

nid

ades

• Threats

= am

eaças

A m

atriz SWO

T traça um

a análise

da situ

ação atu

al da em

presa,

com

o se fo

sse um

a foto

grafia. É

um

instru

men

to d

e fácil utilização

,

e, con

form

e as mu

dan

ças po

r qu

e

passam

a org

anização

ou

o m

erca-

do

, ela deve ser refeita. O

ob

jetivo

da m

atriz SWO

T é defin

ir estraté-

gias p

ara man

ter os p

on

tos fo

rtes e

redu

zir a inten

sidad

e do

s po

nto

s

fracos, ap

roveitan

do

op

ortu

nid

a-

des e p

roteg

end

o d

e ameaças.

Para a ob

tenção

da m

atriz SWO

T,

os p

assos a seg

uir d

evem ser

ob

edecid

os:

1. Os p

on

tos fo

rtes, determ

inad

os

com

base n

a análise in

terna,

devem

ser divid

ido

s em d

ois g

ru-

po

s: o d

as forças q

ue rep

resentam

op

ortu

nid

ades e o

das q

ue rep

re-

sentam

ameaças. Lem

bre-se d

e qu

e

op

ortu

nid

ades e am

eaças foram

catego

rizadas n

a análise extern

a.

2. Co

m as fraq

uezas, o

u p

on

tos

fracos, d

eve ser feito o

mesm

o,

ou

seja, têm d

e ser divid

idas em

do

is gru

po

s: o q

ue rep

resenta as

ameaças e o

qu

e represen

ta

as op

ortu

nid

ades.

3. U

ma

ma

triz ou

grá

fico d

eve

ser d

ese

nh

ad

o.

livro07_22-31 23.08.06 11:44 Page 29

Page 32: Ge 7, como planejar o proximo passo

30

FRA

QU

EZAS

FOR

ÇA

S

AM

EAÇ

AS

1

Elimin

ar

2

Mo

nito

rar

OPO

RTU

NID

AD

ES3

Melh

orar

4

Cap

italizar

AN

ÁLISE IN

TERN

A

ANÁLISE EXTERNA

Avalia

ção estra

tégica

Co

m a

ma

triz SWO

T, a a

valia

ção

estra

tég

ica p

od

e se

r facilm

en

te

rea

lizad

a. A

s a d

istribu

ição

do

s po

nto

s forte

s e fra

cos e

ntre

os ca

mp

os “

am

ea

ças”

e “

op

ortu

-

nid

ad

es”

, an

alise

cad

a u

m d

os

qu

ad

ran

tes.

1. Se um

a fraqu

eza intern

a está no

camp

o extern

o q

ue fo

i iden

tificado

com

o am

eaças, não

tenh

a dú

vida,

elimin

e esse po

nto

o m

ais rápid

o

po

ssível. Reso

lva rapid

amen

te o

pro

blem

a – é um

a qu

estão d

e

sob

revivência d

a org

anização

.

2. Se um

po

nto

forte está lo

caliza-

do

no

camp

o id

entificad

o co

mo

ameaças, fiq

ue b

em aten

to.

Mo

nito

re tanto

a força q

uan

to o

s

fatores q

ue g

eram a am

eaça.

Tamb

ém esteja p

ron

to p

ara atuar

se for n

ecessário.

3. Se um

po

nto

fraco fo

i distrib

uí-

do

no

camp

o id

entificad

o co

mo

op

ortu

nid

ades, ten

ha em

men

te

qu

e um

trabalh

o p

recisa ser feito

para q

ue esse p

on

to se tran

sform

e,

de fato

, em u

m p

on

to fo

rte. Esse

cenário

po

de ser id

entificad

o co

mo

um

a fase de crescim

ento

.

4. Os p

on

tos fo

rtes e fracos d

a

org

anização

, agru

pad

os em

amea-

ças e op

ortu

nid

ades d

o seto

r, preci-

sam ser in

cluíd

os em

cada u

m d

os

qu

adran

tes, con

form

e represen

ta-

do

na fig

ura ab

aixo.

livro07_22-31 23.08.06 11:44 Page 30

Page 33: Ge 7, como planejar o proximo passo

31

O q

ue v

ocê v

iu n

o c

ap

ítulo

3

> C

omo realizar a análise dos am

bientesexterno e interno de um

a organização.1

>C

omo classificar e analisar os pontos

fortes e fracos.2

>A

utilidade da matriz SW

OT para defi-

nir um plano estratégico.

3

4. Se um

a força estiver n

o cam

po

das o

po

rtun

idad

es, perceb

a qu

e a

situação

é ideal. Po

rtanto

, não

a

desp

erdice e saib

a qu

e, no

aspecto

avaliado

, a org

anização

se enco

n-

tra nu

ma fase d

e desen

volvim

ento

.

Na

inte

rsecçã

o d

o o

lha

r pa

ra fo

ra

da

org

an

izaçã

o co

m o

olh

ar p

ara

de

ntro

da

org

an

izaçã

o – fe

ita

pe

la a

lise d

a m

atriz SW

OT

– e

tam

m co

m a

s op

çõe

s de

açã

o, é

po

ssível fo

rmu

lar a

s estra

tég

ias

qu

e a

po

nta

rão

os ca

min

ho

s pa

ra

a im

ple

me

nta

ção

de

um

pla

no

estra

tég

ico, co

mo

rep

rese

nta

do

na

figu

ra a

ba

ixo:

livro07_22-31 23.08.06 11:44 Page 31

Page 34: Ge 7, como planejar o proximo passo

FERRAMEN

TAS ESTRATÉGICAS

Para

que s

erve

m a

s m

atrize

s

Ansoff, B

CG

e M

cK

insey-G

E?

Com

o a

s c

inco fo

rças

com

petitiva

s d

e M

ichael P

orte

r

aju

dam

min

ha e

mp

resa?

4

32A g

estão estratég

ica é marcad

a,

nu

m p

rimeiro

mo

men

to, p

elo p

osi-

cion

amen

to d

a org

anização

. Per-

gu

ntas co

mo

“On

de estam

os?”, “O

qu

e sabem

os fazer?” e “Para o

nd

e

vamo

s?” são feitas n

essa etapa.

De aco

rdo

com

as respo

stas, traça-

mo

s a matriz SW

OT p

ara ob

ter a

análise d

e op

ortu

nid

ades, am

eaças

e po

nto

s fortes e fraco

s.

Já o seg

un

do

mo

men

to d

a gestão

estratégica é m

arcado

pelo

mo

vi-

men

to. O

u seja, se d

esejo q

ue

min

ha em

presa so

breviva n

esse

pesad

o jo

go

do

mercad

o, é p

reciso

qu

e ela esteja perm

anen

temen

te

em tran

sform

ação, em

mo

vimen

to.

Alg

um

as técnicas d

e análise são

utilizad

as para id

entificar, d

entro

do

s vários seto

res de u

ma o

rgan

i-

zação, q

ual a m

elho

r po

stura a ser

ado

tada p

ara vencer o

s desafio

s e

transp

or o

s ob

stáculo

s qu

e o m

er-

cado

no

s imp

õe.

Matriz

de A

nso

ff

É basead

a no

estud

o p

ub

licado

na

Harvard

Bu

siness R

eview, d

eno

mi-

nad

o “Estratég

ias para D

iversifi-

cação”, d

e auto

ria de Ig

or A

nso

ff .

Essa matriz p

ossib

ilita visualizar

estratégias b

aseadas n

a adeq

uação

da lin

ha d

e pro

du

tos à realid

ade

ou

às persp

ectivas do

mercad

o. É

con

struíd

a a partir d

e do

is eixos:

mercad

o e p

rod

uto

.

PRO

DU

TO

ATU

AL

NO

VO

PRO

DU

TO

MER

CA

DO

ATU

AL

12

NO

VO

MER

CA

DO

43

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 32

Page 35: Ge 7, como planejar o proximo passo

33

Cad

a eixo d

eve ser analisad

o em

do

is mo

men

tos: atu

al e futu

ro. O

cruzam

ento

de “m

ercado

atual” e

“no

vo m

ercado

” com

“pro

du

to

atual” e “n

ovo

pro

du

to” resu

lta

nu

m co

nju

nto

de q

uad

rantes.

“No

vo p

rod

uto

” po

de ser d

efinid

o

com

o n

ovo

lançam

ento

tanto

para

a emp

resa em evid

ência q

uan

to

para o

mercad

o. “N

ovo

mercad

o”

é aqu

ele aind

a inexp

lorad

o, co

n-

ceitualm

ente o

u g

eog

raficamen

te.

1.P

rod

uto

atu

al e

m m

erca

do

atu

al

A o

rgan

ização n

ão está in

ovan

do

.

Prod

uto

s atuais estão

send

o d

esti-

nad

os p

ara mercad

os atu

ais.

Ap

arentem

ente, o

ún

ico o

bjetivo

da em

presa é a m

anu

tenção

do

s

clientes já co

nq

uistad

os.

2.N

ovo

pro

du

to e

m m

erca

do

atu

al

A o

rgan

ização ap

osta n

a intro

du

-

ção d

e no

vos p

rod

uto

s para u

m

blico

qu

e já con

hece seu

s atuais

pro

du

tos. A

ino

vação d

e um

pro

-

du

to o

u a exten

são d

e um

a linh

a

já existente são

con

siderad

os

no

vos p

rod

uto

s.

3.N

ovo

pro

du

to e

m n

ovo

me

rcad

o

A o

rgan

ização d

ecide lan

çar no

vos

pro

du

tos em

no

vos m

ercado

s.

Pod

e ser um

segm

ento

totalm

ente

no

vo p

ara a emp

resa. No

vo, en

tre-

tanto

, não

sign

ifica necessariam

en-

te desco

nh

ecido

.

4.P

rod

uto

atu

al e

m n

ovo

me

rcad

o

A o

rgan

ização reso

lve lançar o

s

pro

du

tos q

ue p

ossu

i em seu

po

rt-

fólio

em n

ovo

s mercad

os. C

om

o

sucesso

das ven

das em

um

a deter-

min

ada área, a em

presa d

ecide se

expan

dir p

ara no

vas áreas.

Matriz

BC

G

Ao

ob

servar o ciclo

de vid

a de u

m

pro

du

to o

u serviço

(nascim

ento

,

amad

urecim

ento

e mo

rte), a con

-

sulto

ria Bo

ston

Co

nsu

lting

Gro

up

(BC

G) d

esenvo

lveu u

m m

od

elo d

e

análise co

nh

ecido

com

o m

atriz

BC

G. É u

m m

od

elo b

astante u

tili-

zado

devid

o a su

a simp

licidad

e.

Essa matriz fo

i pio

neira n

o ap

oio

à

tom

ada d

e decisõ

es qu

anto

aos

camin

ho

s estratégico

s do

po

rtfólio

de u

ma o

rgan

ização.

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 33

Page 36: Ge 7, como planejar o proximo passo

34Portfó

lio é a co

leção d

e un

idad

es

de n

egó

cios estratég

icos d

e um

a

org

anização

. Um

a un

idad

e de

neg

ócio

estratégico

po

de ser u

m

pro

du

to o

u serviço

, um

a emp

resa

inteira o

u u

m seto

r dela.

Para usar esse m

od

elo, d

eve-se pri-

meiro

traçar um

gráfico

, cujo

s eixos

são a p

articipação

do

pro

du

to n

o

mercad

o e o

crescimen

to d

o m

erca-

do

em si. C

ada q

uad

rante tem

um

no

me: “o

po

rtun

idad

e” (qu

estion

-

mark), “estrela” (star), “vaca leitei-

ra” (cash-co

w) e “an

imal d

e esti-

mação

” (do

g). A

figu

ra abaixo

ilus-

tra um

a matriz B

CG

.

Ba

ixa

pa

rticipa

ção

no

me

rcad

o

Alta

pa

rticipa

ção

no

me

rcad

o

Me

rcad

o d

e a

lto

crescim

en

toO

po

rtun

idad

eEstrela

Me

rcad

o d

e b

aix

o

crescim

en

toA

nim

al de estim

açãoV

aca leiteiraCrescimento do mercado

Participação

do

pro

du

to n

o m

ercadog

rand

e maio

ria deles se p

osicio

na

no

início

das ativid

ades.

Estre

la

Qu

and

o u

m n

egó

cio é b

em-su

cedi-

do

, torn

a-se estrela. São n

egó

cios

de alta p

articipação

em m

ercado

s

de alto

crescimen

to. Em

bo

ra líde-

res, esses serviços o

u p

rod

uto

s

aind

a necessitam

de in

vestimen

to.

Op

ortu

nid

ad

e

Esse qu

adran

te ind

ica qu

e a org

a-

nização

precisa p

on

derar b

em

antes d

e decid

ir sob

re a con

veniên

-

cia de in

vestir em u

m n

egó

cio.

Prod

uto

s ou

serviços n

essa po

sição

abso

rvem g

rand

e qu

antid

ade d

e

capital. São

neg

ócio

s de b

aixa par-

ticipação

em m

ercado

s com

alta

taxa de crescim

ento

. É aqu

i qu

e a

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 34

Page 37: Ge 7, como planejar o proximo passo

35

Va

ca le

iteira

São n

egó

cios co

m alta p

articipação

nu

m m

ercado

em b

aixo crescim

en-

to. É o

melh

or d

os m

un

do

s, po

is

não

necessitam

mais d

e investi-

men

tos p

ara sua exp

ansão

. O m

ais

com

um

é qu

e esses pro

du

tos o

u

serviços fin

anciem

a emp

resa no

lançam

ento

de n

ovo

s neg

ócio

s.

São o

esteio d

e um

a emp

resa.

An

ima

l de

estim

açã

o

Inclu

i neg

ócio

s man

tido

s po

r

razões sen

timen

tais, po

is dão

pre-

juízo

ou

geram

po

uco

lucro

. Têm

baixa p

articipação

em m

ercado

s de

baixo

crescimen

to. É reco

men

dável

ter o m

ínim

o d

e pro

du

tos e servi-

ços aq

ui p

ara não

com

pro

meter a

saúd

e finan

ceira da em

presa.

A m

atriz BC

G ap

resenta as seg

uin

-

tes limitaçõ

es, po

rqu

e:

• A atrativid

ade d

e um

mercad

o

não

po

de ser d

efinid

a som

ente

pelo

crescimen

to d

esse mercad

o.

•O

sucesso

de u

m n

egó

cio n

ão

deve ser m

edid

o so

men

te po

r sua

taxa de p

articipação

no

mercad

o.

• Um

neg

ócio

com

baixa p

articipa-

ção d

e mercad

o tam

bém

po

de ser

mu

ito ren

tável.

•C

lientes co

m b

aixa particip

ação

às vezes são esq

uecid

os.

•P

articip

açã

o e

leva

da

de

me

rca-

do

o g

ara

nte

, ne

cessa

riam

en

te,

alta

lucra

tivida

de

.

Cu

rva

de

Cic

lo d

e V

ida

Na m

atriz BC

G, a lo

calização d

o

neg

ócio

não

é perm

anen

te. Co

m o

temp

o e a ap

licação d

e estratégias,

o p

rod

uto

ou

serviço tro

ca de q

ua-

dran

te, experim

entan

do

evolu

ção

ou

invo

lução

, aum

ento

ou

dim

inu

i-

ção d

e sua p

articipação

. As m

ud

an-

ças de p

osição

são sim

ilares ao

ciclo d

e vida d

e um

pro

du

to. O

ciclo d

e vida clássico

de u

m n

egó

-

cio p

ela matriz B

CG

tem in

ício n

o

qu

adran

te “op

ortu

nid

ade”, d

epo

is

se torn

a “estrela”, transfo

rma-se

em “vaca leiteira” e term

ina co

mo

“anim

al de estim

ação”.

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 35

Page 38: Ge 7, como planejar o proximo passo

36

vend

as. Os p

rod

uto

s ou

serviços

têm b

aixa lucrativid

ade.

Cre

scime

nto

Nesse estág

io, o

mercad

o assim

ila o

pro

du

to n

um

curto

espaço

de

temp

o, o

qu

e garan

te um

con

s-

ente au

men

to n

o lu

cro.

Ma

turid

ad

e

Há red

ução

na taxa d

e crescimen

to

das ven

das. O

lucro

se estabiliza e,

dep

end

end

o d

a ação d

a con

corrên

-

cia, po

de até d

imin

uir.

De

clínio

É o m

om

ento

marcad

o p

or in

tensa

qu

eda n

as vend

as e no

lucro

.

A id

entificação

do

início

e do

fim

de cad

a um

do

s estágio

s interm

e-

diário

s às vezes torn

a-se difícil.

Utilizar co

mo

parâm

etro m

ud

anças

abru

ptas n

as vend

as po

de ser u

ma

bo

a med

ida. H

á neg

ócio

s qu

e não

apresen

tam essa trajetó

ria clássica

e saltam etap

as ou

as têm b

em

abreviad

as, antes d

e entrar n

a fase

de d

eclínio

.

O ciclo

de vid

a po

de ser rep

resen-

tado

em u

m g

ráfico. O

eixo h

ori-

zon

tal mo

stra o tem

po

, e o vertical

ind

ica as vend

as, em vo

lum

e ou

valores. O

cruzam

ento

desses

dad

os p

ermite estab

elecer o está-

gio

de d

esenvo

lvimen

to d

o p

rod

u-

to o

u serviço

.

Esse gráfico

tem o

no

me d

e Cu

rva

de C

iclo d

e Vid

a, e seus estág

ios

são “in

trod

ução

”, “crescimen

to”,

“matu

ridad

e” e “declín

io”, co

mo

mo

stra a figu

ra abaixo

.

O estu

do

po

de ser feito

para u

m

pro

du

to o

u serviço

, para co

nju

nto

s

de p

rod

uto

s ou

serviços o

u, ain

da,

para d

etermin

ada m

arca.

Intro

du

ção

A cu

rva é tênu

e e o tem

po

aum

en-

ta mais rap

idam

ente d

o q

ue as

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 36

Page 39: Ge 7, como planejar o proximo passo

37

Matriz

McK

insey-G

E

Foi p

or cau

sa do

desco

nfo

rto d

a

Gen

eral Electric (GE) em

utilizar o

mo

delo

da m

atriz BC

G co

m ap

enas

du

as variáveis, con

siderad

o p

or ela

insu

ficiente, q

ue a M

cKin

sey desen

-

volveu

um

mo

delo

de ad

min

istra-

ção d

e po

rtfólio

s no

início

da d

éca-

da d

e 1970.

O m

od

elo d

everia defin

ir qu

ais

desses p

ortfó

lios teriam

maio

r

capacid

ade d

e gerar recu

rsos.

O q

ue o

caracteriza fun

dam

ental-

men

te é qu

e, para cad

a un

idad

e de

neg

ócio

, faz-se um

plan

ejamen

to

estratégico

em sep

arado

.

São três o

s prin

cipais o

bjetivo

s da

análise d

e um

po

rtfólio

:

• Decid

ir o q

uan

to a u

nid

ade d

e

neg

ócio

estratégico

deve receb

er

de in

vestimen

tos.

• Desen

volver estratég

ias de cresci-

men

to p

ara adicio

nar n

ovo

s pro

du

-

tos o

u serviço

s ao p

ortfó

lio.

• Decid

ir qu

ais serviços o

u p

rod

u-

tos serão

retirado

s.

A m

atriz McK

insey-G

E foi d

esenvo

l-

vida co

m b

ase em d

ois eixo

s: ho

ri-

zon

talmen

te é desen

had

a a atrati-

vidad

e do

mercad

o e n

a vertical a

força d

a org

anização

. Os eixo

s são

divid

ido

s igu

almen

te em três p

ar-

tes form

and

o n

ove célu

las.

ALTA

MÉD

IAB

AIX

A

ALTA

IIV

VII

MÉD

IAII

VV

III

BA

IXA

IIIV

IIX

ATR

ATIV

IDA

DE D

O M

ER

CA

DO

FORÇA ROTATIVA DO MERCADO

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 37

Page 40: Ge 7, como planejar o proximo passo

38Para elabo

rar a matriz M

cKin

sey-

GE, id

entificam

-se os critério

s de

atratividad

e do

mercad

o e o

s crité-

rios d

as forças d

o p

rod

uto

relativas

no

mercad

o. A

relação esp

ecífica

do

s critérios avaliad

os varia d

e um

setor p

ara ou

tro d

entro

de u

ma

mesm

a org

anização

, com

o tam

bém

varia para o

s mesm

os seto

res em

org

anizaçõ

es diferen

tes.

Os critério

s de atrativid

ade d

o m

er-

cado

corresp

on

dem

a característi-

cas po

sitivas e neg

ativas do

merca-

do

. Os critério

s das fo

rças do

pro

-

du

to relativas n

o m

ercado

são p

ró-

prio

s do

pro

du

to q

ue, d

e algu

ma

form

a, po

ssam in

fluen

ciar decisiva-

men

te no

sucesso

ou

no

fracasso.

Esses critérios são

ob

tido

s apó

s um

deb

ate entre o

s particip

antes d

o

pro

cesso d

e plan

ejamen

to.

Crité

rios p

ara

a a

trativ

ida

de

do

me

rcad

o

• Taman

ho

do

mercad

o.

• Taxa de crescim

ento

do

mercad

o.

• Preço.

• Estrutu

ra com

petitiva.

• Lucrativid

ade d

a ind

ústria.

• Variação

da d

eman

da.

• Barreiras d

e entrad

a.

• Diversificação

do

mercad

o.

• Op

ortu

nid

ade d

e diferen

ciar pro

-

du

tos e serviço

s.

• Segm

entação

.

• Estrutu

ra de d

istribu

ição.

• Desen

volvim

ento

tecno

lóg

ico.

• Asp

ectos técn

icos.

• Asp

ectos so

ciais.

• Asp

ectos am

bien

tais.

• Asp

ectos leg

ais.

• Asp

ectos h

um

ano

s.

Crité

rios p

ara

as fo

rças d

o p

rod

uto

rela

tiva

s no

me

rcad

o

• Imag

em.

• Força d

o m

arketing

.

• Taman

ho

do

mercad

o em

evidên

cia.

• Taxa de crescim

ento

do

mercad

o

em evid

ência.

• Lealdad

e do

cliente.

• Participação

do

pro

du

to n

o

mercad

o em

evidên

cia.

• Posição

relativa da p

articipação

entre o

s con

corren

tes.

• Po

sição

rela

tiva d

o cu

sto e

ntre

os co

nco

rren

tes (e

strutu

ra d

o

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 38

Page 41: Ge 7, como planejar o proximo passo

39

custo

com

pa

rad

a).

• Força d

a distrib

uição

e capacid

a-

de d

a pro

du

ção.

• Ren

tabilid

ade.

• Marg

ens d

e lucro

relativas

(com

parad

as aos co

nco

rrentes).

• Recu

rsos fin

anceiro

s disp

on

íveis

para in

vestimen

to.

• Possib

ilidad

e de in

ovação

tecno

lóg

ica.

• Qu

alidad

e do

pro

du

to.

• Qu

alidad

e das p

essoas (R

H).

• Pon

tos fo

rtes.

• Pon

tos fraco

s.

De aco

rdo

com

sua im

po

rtância,

atribu

i-se um

percen

tual ao

s crité-

rios. A

o fin

al, a som

a do

s percen

-

tuais d

eve ser igu

al a 100%. O

pró

-

ximo

passo

é qu

antificar a avalia-

ção relativa p

ara cada u

m d

os crité-

rios, tan

to o

s de atrativid

ade d

o

mercad

o, q

uan

to o

s das fo

rças do

pro

du

to relativas n

o m

ercado

.

Nesse caso

o m

ais com

um

é atribu

ir

mero

s qu

e variam d

e 1 a 5,

send

o 1 p

ara critérios d

e baixa

atratividad

e e 5 para critério

s de

alta atratividad

e.

Ap

ós a atrib

uição

do

percen

tual e

da q

uan

tificação d

a avaliação rela-

tiva, mu

ltiplica-se o

percen

tual d

o

critério p

ela avaliação relativa d

o

mesm

o critério

, ob

tend

o-se o

total.

Finalm

ente, so

ma-se o

pro

du

to

ob

tido

a cada u

m d

os critério

s e

tem-se o

valor to

tal.

Isso d

eve ser feito tan

to p

ara os cri-

térios d

e atratividad

e do

mercad

o

qu

anto

para o

s critérios d

as forças

do

pro

du

to relativas n

o m

ercado

.

Ob

tido

s esses valores, atrib

uem

-se

a eles a classificação “alta”,

“méd

ia” ou

“baixa”. A

ssim, é p

os-

sível situar o

po

rtfólio

em d

iscussão

nu

ma d

as no

ve células d

a matriz

McK

insey-G

E.

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 39

Page 42: Ge 7, como planejar o proximo passo

40Aco

mp

anh

e a segu

ir um

esqu

ema

para o

cálculo

da atrativid

ade d

o

mercad

o o

u d

as forças d

o p

rod

uto

relativas no

mercad

o:

Veja a seg

uir u

m b

reve exemp

lo

do

s cálculo

s nu

ma tab

ela de atrati-

vidad

e do

mercad

o p

ara um

pro

du

-

to q

ualq

uer:

Crité

rioP

erc

en

tual

Avalia

ção

rela

tiva

To

tal

1

Valo

res

entre 10%

e 100%

Valo

res inteiro

s

entre 1 e 5

Valo

r do

percen

tual

mu

ltiplicad

o p

elo

valor d

a avaliação

relativa

2345

Total

Som

a =

100%So

ma fin

al

Crité

rioP

erc

en

tual

Avalia

ção

rela

tiva

To

tal

Taman

ho

25%3

0,75

Crescim

ento

25%5

1,25

Preço30%

10,30

Estrutu

ra5%

30,15

Lucrativid

ade

15%1

0,15

Tota

l100%

2,6

0

No

exemp

lo acim

a, o p

ortfó

lio

po

deria o

cup

ar as po

sições IV

, V o

u

VI d

a matriz M

cKin

sey-GE. A

s mes-

mas o

peraçõ

es devem

ser feitas para

as forças d

o p

rod

uto

relativas no

mercad

o, o

bten

do

-se um

valor q

ue

será classificado

com

o alto

, méd

io

ou

baixo

. Sup

on

ha q

ue o

valor

enco

ntrad

o seja alto

. Tem-se, en

tão,

a atratividad

e do

mercad

o m

édia e

as forças d

o p

rod

uto

relativas no

mercad

o altas. A

o co

locar o

s do

is

con

ceitos n

a matriz M

cKin

sey-Ge, o

resultad

o será a célu

la IV.

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 40

Page 43: Ge 7, como planejar o proximo passo

41

A p

rincip

al limitação

da m

atriz

McK

insey-G

E é a sub

jetividad

e. Para

o m

esmo

estud

o, u

m an

alista po

de

tirar con

clusõ

es sob

re o p

ercentu

al e

a avaliação relativa to

talmen

te dife-

rentes d

e ou

tro, cad

a um

deles co

m

argu

men

tos só

lido

s para d

efend

er

suas p

osiçõ

es. Nesse caso

, só o

temp

o será cap

az de d

izer qu

em

tem razão

.

Mo

delo

Po

rter

Já afirmam

os q

ue o

estud

o d

o

amb

iente extern

o é im

po

rtantíssim

o

na fo

rmu

lação d

e um

plan

o estraté-

gico

. Mich

ael Porter, em

seu livro

Estratégia C

om

petitiva

(Co

mp

etitive

Strategy), co

rrob

ora co

m esse co

n-

ceito, m

as diz q

ue o

fun

dam

ental é

a análise d

as org

anizaçõ

es qu

e com

-

petem

entre si n

um

mesm

o seto

r.

Porter su

stenta a id

éia ao afirm

ar

qu

e as forças extern

as influ

enciam

a

ind

ústria co

mo

um

tod

o e n

ão

som

ente a o

rgan

ização q

ue está

send

o p

lanejad

a.O

qu

e d

ifere

ncia

um

a o

rga

niza

ção

de

ou

tra sã

o

as h

ab

ilida

de

s qu

e ca

racte

rizam

cad

a u

ma

de

las.

No

caso, d

efinim

os in

stria com

o o

gru

po

de em

presas fab

ricantes d

e

pro

du

tos q

ue são

sub

stituto

s bastan

-

te apro

ximad

os en

tre si.

Co

nsid

eramo

s qu

e clientes, fo

rnece-

do

res, sub

stituto

s e entran

tes po

ten-

ciais são to

do

s “con

corren

tes” para

as emp

resas na in

stria.

Na p

ágin

a segu

inte, m

ostram

os u

ma

figu

ra qu

e sintetiza as cin

co fo

rças

com

petitivas b

ásicas: entrad

a, amea-

ça de su

bstitu

ição, p

od

er de n

ego

-

ciação d

os co

mp

rado

res, po

der d

e

neg

ociação

do

s forn

ecedo

res e riva-

lidad

e entre o

s atuais co

nco

rrentes.

O reto

rno

a lon

go

prazo

sob

re o

capital in

vestido

med

e o p

oten

cial

de lu

cro fin

al na in

stria, qu

e é

determ

inad

o p

elo co

nju

nto

dessas

forças. É p

reciso frisar q

ue n

em

tod

as as ind

ústrias têm

o m

esmo

po

tencial, p

ois o

con

jun

to d

e forças

difere d

e um

a para o

utra.

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 41

Page 44: Ge 7, como planejar o proximo passo

42Fo

rças c

om

petitiv

as

No

sso o

bjetivo

a partir d

aqu

i é

iden

tificar as características estru-

turais b

ásicas das in

strias qu

e

determ

inam

o co

nju

nto

das fo

rças

com

petitivas e, co

nseq

üen

temen

te,

a rentab

ilidad

e da in

stria.

Segu

nd

o Po

rter, “a meta d

a estra-

tégia co

mp

etitiva para u

ma u

nid

a-

de em

presarial em

um

a ind

ústria é

enco

ntrar u

ma p

osição

den

tro d

ela

em q

ue a co

mp

anh

ia po

ssa melh

or

se defen

der co

ntra essas fo

rças

com

petitivas o

u in

fluen

ciá-las a seu

favor”. A

chave p

ara o d

esenvo

lvi-

men

to d

e um

a estratégia é p

esqu

i-

sar e analisar p

rofu

nd

amen

te as

fon

tes de cad

a força.

Passemo

s ago

ra a discu

tir, detalh

a-

dam

ente, cad

a um

a das fo

rças.

Am

eaça d

e e

ntra

da

A ren

tabilid

ade d

e um

a ind

ústria

po

de ser red

uzid

a com

a qu

eda d

e

preço

s ou

mesm

o co

m o

aum

ento

do

s custo

s do

s particip

antes.

Esses do

is fatores p

od

em ser

influ

enciad

os p

ela entrad

a de

Am

eaça d

e

en

trad

a d

e n

ovo

s

co

mp

etid

ore

s

Riv

alid

ad

e

en

tre o

s

co

nco

rren

tes

Po

der d

e

barg

an

ha

do

s c

lien

tes

Am

eaça d

e

pro

du

tos

su

bstitu

tos

Po

der d

e

barg

an

ha d

os

forn

eced

ore

s

AS

CIN

CO

FOR

ÇA

S C

OM

PETIT

IVA

S

DE M

ICH

AEL P

OR

TER

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 42

Page 45: Ge 7, como planejar o proximo passo

43

no

vas emp

resas no

mercad

o, p

ois é

com

um

qu

e elas cheg

uem

com

recurso

s sub

stanciais a fim

de co

n-

segu

ir parcelas d

esse mercad

o.

A reação

do

s con

corren

tes já exis-

tentes e as b

arreiras de en

trada

determ

inam

as ameaças d

e entrad

a

em u

ma in

stria.

Qu

anto

mais altas as b

arreiras,

mais vig

oro

sa será a retaliação d

os

con

corren

tes. Log

o, a am

eaça de

entrad

a é peq

uen

a.

Re

açã

o d

os co

nco

rren

tes

Um

do

s fatores q

ue am

eaçam a

entrad

a no

mercad

o é a reação

do

s con

corren

tes.

Co

m as fo

rtes retaliações d

a con

-

corrên

cia, a entrad

a será dificu

lta-

da e até d

emo

vida.

Alg

um

as con

diçõ

es da in

stria

dem

on

stram g

rand

es po

ssibilid

ades

de retaliação

:

• Um

passad

o d

e vigo

rosas retalia-

ções ao

s entran

tes.

• Emp

resas estabelecid

as com

re-

curso

s sub

stanciais p

ara a disp

uta.

• Emp

resas estabelecid

as com

alto

grau

de co

mp

rom

etimen

to co

m a

ind

ústria e ativo

s altamen

te não

-

líqu

ido

s nela em

preg

ado

s.

• Crescim

ento

lento

da in

stria, o

qu

e limita a cap

acidad

e de ab

sorver

um

a no

va emp

resa sem d

eprim

ir as

vend

as e o d

esemp

enh

o fin

anceiro

daq

uelas já estab

elecidas.

Ba

rreira

s de

en

trad

a

Co

mo

as barreiras d

e entrad

a são

dad

as pelas co

nd

ições d

o m

ercado

,

perceb

e-se facilmen

te qu

e estão

em p

erman

ente m

ovim

ento

, acom

-

pan

han

do

as mu

dan

ças do

merca-

do

. Co

mo

vamo

s ver na seq

üên

cia,

existem seis fo

ntes p

rincip

ais de

barreiras d

e entrad

a.

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 43

Page 46: Ge 7, como planejar o proximo passo

44• E

con

om

ia d

e e

scala

Por d

efinição

, é a pro

du

ção d

e

ben

s em g

rand

e escala visand

o a

um

a con

siderável d

imin

uição

do

s

gasto

s. Em o

utras p

alavras, é a ten-

tativa de red

uzir o

custo

un

itário,

pro

du

zind

o o

máxim

o n

o m

eno

r

temp

o. A

econ

om

ia de escala n

ão

oco

rre apen

as no

pro

cesso d

e pro

-

du

ção, p

od

e ser emp

regad

a em

áreas com

o co

mp

ras, pesq

uisa e

desen

volvim

ento

, marketin

g, d

istri-

bu

ição, n

a utilização

da fo

rça de

vend

as e na red

e de serviço

s.

Ind

ústrias co

m eco

no

mia d

e escala

apresen

tam d

uas o

pçõ

es aos

entran

tes: pro

du

zir em larg

a esca-

la ou

em b

aixa escala.

Na p

rimeira o

pção

, o en

trante

corre o

risco d

e ter forte reação

do

s con

corren

tes. Já na p

equ

ena

escala, o en

trante p

erde co

mp

etiti-

vidad

e pelo

alto cu

sto d

o p

rod

uto

.

As em

presas estab

elecidas g

aran-

tem b

enefício

s de cu

stos im

po

ssí-

veis de serem

igu

alado

s a partir d

e

vantag

ens co

mo

: tecno

log

ia

paten

teada d

o p

rod

uto

, acesso

favorável às m

atérias-prim

as,

localização

favorável, su

bsíd

ios

oficiais e cu

rva de ap

rend

izagem

ou

de exp

eriência.

• Dife

ren

ciaçã

o d

o p

rod

uto

Por d

efinição

, são características

do

s pro

du

tos d

as emp

resas estabe-

lecidas q

ue d

espertam

o sen

timen

-

to d

e lealdad

e no

s clientes. O

s

mo

tivos d

a lealdad

e po

dem

ser

vários: efeito

s da p

ub

licidad

e, ser-

viços p

ós-ven

da o

u p

ion

eirismo

no

mercad

o. O

s entran

tes têm d

e

fazer gran

des in

vestimen

tos p

ara

rom

per a lig

ação en

tre os clien

tes

e o an

tigo

pro

du

to.

As empresas estabelecidas

garantem benefícios de

custos impossíveis de serem

igualados a partir de vantagens com

o: tecnologiapatenteada do produto,acesso favorável às m

atérias-primas,localização

favorável,subsídios oficiais e curva de aprendizagem

ou de experiência.

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 44

Page 47: Ge 7, como planejar o proximo passo

45

• N

ece

ssida

de

de

cap

ital

É a gran

de q

uan

tidad

e de recu

rsos

finan

ceiros n

ecessários p

ara qu

e

um

a emp

resa integ

re o m

ercado

.

Qu

anto

maio

r a necessid

ade d

e

capital, m

aior é a b

arreira de

entrad

a. O cap

ital po

de ser fu

nd

a-

men

tal para co

ncessão

de créd

ito

ao co

nsu

mid

or, fo

rmação

inicial d

e

estoq

ue, além

das in

stalações o

u

da p

rod

ução

.

• Cu

stos d

e m

ud

an

ça

É o cu

sto q

ue o

com

prad

or terá ao

mu

dar d

e um

forn

ecedo

r de p

ro-

du

to p

ara ou

tro. Esses cu

stos estão

bastan

te ligad

os a n

ovo

s treina-

men

tos d

os em

preg

ado

s qu

e terão

de lid

ar com

um

pro

du

to até

então

desco

nh

ecido

. Os en

trantes

terão m

aiores d

ificuld

ades co

m

pro

du

tos q

ue d

eman

dem

capacita-

ção d

os u

suário

s.

• Ace

sso a

os ca

na

is de

distrib

uiçã

o

Qu

anto

mais restritivo

s forem

os

canais d

e distrib

uição

, maio

res são

as barreiras d

e entrad

a. A em

presa

entran

te, qu

e precisa co

nven

cer os

canais d

e distrib

uição

a aceitar seu

pro

du

to n

a gô

nd

ola d

o su

perm

er-

cado

, po

r exemp

lo, tem

alto g

asto

com

pu

blicid

ade e d

escon

tos,

aum

entan

do

, con

seqü

entem

ente,

o cap

ital de en

trada.

• Po

lítica g

ove

rna

me

nta

l

As re

gu

lam

en

taçõ

es g

ove

rna

me

n-

tais p

ara

de

term

ina

do

s seto

-res,

com

o lice

nça

s de

fun

cion

am

en

to

ou

limite

s ao

ace

sso d

e m

até

rias-

prim

as, p

od

em

dificu

ltar o

u

me

smo

imp

ed

ir a e

ntra

da

de

em

pre

sas.

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 45

Page 48: Ge 7, como planejar o proximo passo

46Inte

nsid

ad

e d

a riv

alid

ad

e

en

tre c

on

co

rren

tes

A rivalid

ade o

corre p

orq

ue u

m o

u

mais co

nco

rrentes sen

tem-se p

res-

sion

ado

s ou

perceb

em a o

po

rtun

i-

dad

e de m

elho

rar sua p

osição

rela-

tiva na in

stria.

Co

mo

as emp

resas são m

utu

amen

-

te dep

end

entes n

a maio

ria das

ind

ústrias, o

s mo

vimen

tos d

e um

a

org

anização

têm efeito

s em

seus co

nco

rrentes.

As em

presas d

a ind

ústria p

od

em

sofrer g

raves con

seqü

ências se as

ações e reaçõ

es crescerem em

um

pro

cesso d

e escalada. Po

r exemp

lo,

a gu

erra de p

reços p

od

e ser preju

-

dicial a to

da a in

stria, levand

o a

rentab

ilidad

e do

setor p

ara pata-

mares in

susten

táveis.

A rivalid

ade é co

nseq

üên

cia da

influ

ência m

útu

a de vário

s fatores

estrutu

rais, listado

s a segu

ir:

Co

nco

rren

tes n

um

ero

sos o

u

be

m e

qu

ilibra

do

s

Qu

and

o as em

presas são

nu

mero

-

sas ou

qu

and

o são

po

ucas e estive-

rem b

em eq

uilib

radas q

uan

to ao

taman

ho

e aos recu

rsos, g

era-se

instab

ilidad

e po

rqu

e elas po

dem

lutar en

tre si, abrin

do

con

diçõ

es

para fo

rtes retaliações.

Cre

scime

nto

len

to d

a in

stria

Co

m taxa d

e crescimen

to b

aixa, as

emp

resas tend

em a se m

ostrar

mais d

ispo

stas a disp

utar en

tre si

um

a parte d

o m

ercado

para aten

-

der a seu

s ob

jetivos d

e expan

são.

Co

ntu

do

, em u

ma in

stria qu

e

apresen

ta crescimen

to m

ais rápid

o,

as emp

resas enco

ntram

men

ores

resistências, o

qu

e redu

z a po

ssibi-

lidad

e de o

corrên

cia de lu

tas po

r

parcelas d

o m

ercado

.

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 46

Page 49: Ge 7, como planejar o proximo passo

47

Au

sên

cia d

e d

ifere

ncia

ção

ou

custo

s

de

mu

da

nça

A au

sência d

e diferen

ciação d

o

pro

du

to facilita a lu

ta com

petitiva,

po

is a escolh

a do

con

sum

ido

r será

basicam

ente em

fun

ção d

o p

reço.

Cu

stos fix

os o

u d

e

arm

aze

na

me

nto

alto

s

Cu

stos fixo

s altos p

ression

am p

ara

qu

e as emp

resas trabalh

em em

sua

capacid

ade m

áxima. C

aso n

ão h

aja

dem

and

a apó

s a pro

du

ção, certa-

men

te existirá pressão

pela red

u-

ção d

os p

reços p

ara qu

e a vend

a

seja feita o m

ais rápid

o p

ossível,

com

con

seqü

ente d

imin

uição

do

custo

de arm

azenam

ento

.

Gra

nd

es in

tere

sses e

straté

gico

s

Qu

and

o o

s interesses d

e algu

ma

org

anização

vão m

uito

além d

os

interesses d

a ind

ústria, a rivalid

ade

se torn

a aind

a mais acirrad

a. Um

a

emp

resa diversificad

a, po

r exem-

plo

, po

de co

nsid

erar mu

ito im

po

r-

tante alcan

çar sucesso

em d

etermi-

nad

a ind

ústria, a fim

de p

rom

over

sua estratég

ia emp

resarial glo

bal.

Co

nco

rren

tes d

ive

rge

nte

s

São aq

ueles q

ue p

od

em se ch

ocar

con

tinu

amen

te, po

is têm d

ificuld

a-

des em

enten

der o

s pro

sitos d

os

ou

tros. Isso

po

de co

mp

licar mu

ito

um

“acord

o so

bre as reg

ras do

jog

o” p

ara a ind

ústria.

Ca

pa

cida

de

au

me

nta

da

em

gra

nd

es

incre

me

nto

s

Os acréscim

os d

e capacid

ade

po

dem

rom

per o

equ

ilíbrio

de

oferta e p

rocu

ra da in

stria, po

s-

sibilitan

do

um

a reação em

escala-

da d

os p

articipan

tes com

perd

as

para to

do

o seto

r.

Com taxa de crescim

entobaixa,as em

presas tendem

a se mostrar m

ais dispostasa disputar entre si um

a partedo m

ercado para atender aseus objetivos de expansão.Contudo,em

uma indústria

que apresenta crescimento

mais rápido,as em

presasencontram

menores

resistências.

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 47

Page 50: Ge 7, como planejar o proximo passo

48Ba

rreira

s de

saíd

a e

leva

da

s

Por d

efinição

, barreiras d

e saída

são fato

res emo

cion

ais, estratégi-

cos e eco

mico

s qu

e man

têm

as emp

resas com

petin

do

, mesm

o

qu

e estejam co

m b

aixa lucrativid

a-

de o

u p

rejuízo

.

As p

rincip

ais fon

tes de b

arreiras

de saíd

a são:

• Ativo

s especializad

os co

m valo

res

baixo

s de liq

uid

ação.

• Alto

s custo

s fixos d

e saída.

• Inter-relaçõ

es entre as u

nid

ades

da co

mp

anh

ia em term

os

de im

agem

.

• Barreiras em

ocio

nais.

• Restriçõ

es de o

rdem

go

verna-

men

tal e social.

Em u

ma situ

ação extrem

a, se um

con

corren

te se man

tém em

fun

cio-

nam

ento

a qu

alqu

er custo

, sua ren

-

tabilid

ade em

qu

eda p

od

e con

ta-

min

ar a de to

da a in

stria.

Co

mo

as barreiras d

e entrad

a, os

fatores q

ue d

etermin

am a in

tensi-

dad

e da rivalid

ade co

mp

etitiva são

dad

os p

elas con

diçõ

es do

mercad

o.

Log

o p

od

em m

ud

ar con

form

e as

alterações d

o p

róp

rio m

ercado

.

Exemp

los d

e mu

dan

ças: mo

difica-

ção n

o crescim

ento

da in

stria,

aqu

isição q

ue in

trod

uza u

ma p

er-

son

alidad

e mu

ito d

iferente em

um

a ind

ústria e in

ovação

tecno

ló-

gica, en

tre ou

tros.

Pre

ssão

do

s p

rod

uto

s

su

bstitu

tos

Prod

uto

s sub

stituto

s são aq

ueles

qu

e po

dem

desem

pen

har a m

esma

fun

ção q

ue aq

uele d

a ind

ústria em

análise. U

ma d

as con

seqü

ências d

a

intro

du

ção d

os p

rod

uto

s sub

stitu-

tos é o

estabelecim

ento

de u

m teto

para o

s preço

s e, con

seqü

entem

en-

te, a fixação d

e um

teto p

ara o

lucro

da in

stria.

Os compradores,

por definição,são com

petidores que forçam

os preços para baixo,buscando m

elhor qualidadeou m

ais serviços,e acirram

a concorrência entre os participantes.

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 48

Page 51: Ge 7, como planejar o proximo passo

49

Às vezes, o

com

bate ao

s pro

du

tos

sub

stituto

s é tom

ado

com

o tarefa

de to

da a in

stria. Um

a pu

blicid

a-

de in

tensa feita p

or to

do

s po

de

melh

orar a p

osição

coletiva d

a

ind

ústria co

mo

um

tod

o.

Po

der d

e n

eg

ocia

ção

do

s

co

mp

rad

ore

s

Os co

mp

rado

res, po

r defin

ição, são

com

petid

ores q

ue fo

rçam o

s preço

s

para b

aixo, b

uscan

do

melh

or q

uali-

dad

e ou

mais serviço

s, e acirram a

con

corrên

cia entre o

s particip

antes.

Um

gru

po

com

prad

or será tão

po

dero

so q

uan

to m

ais verdad

eiras

forem

as segu

intes circu

nstân

cias:

• Os p

rod

uto

s qu

e ele com

pra são

pad

ron

izado

s ou

não

diferen

ciado

s.

• Ele está con

centrad

o o

u ad

qu

ire

gran

des vo

lum

es em relação

às

vend

as do

vend

edo

r.

• Os p

rod

uto

s qu

e ele adq

uire d

a

ind

ústria rep

resentam

um

a fração

sign

ificativa do

s pró

prio

s custo

s

ou

com

pras.

• Ele enfren

ta po

uco

s custo

s

de m

ud

ança.

• Ele con

segu

e lucro

s baixo

s.

• O p

rod

uto

da in

stria não

é

imp

ortan

te para a q

ualid

ade

do

s pro

du

tos o

u serviço

s

do

com

prad

or.

• O co

mp

rado

r tem to

tal

info

rmação

.

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 49

Page 52: Ge 7, como planejar o proximo passo

50Po

der d

e n

eg

ocia

ção

do

s

forn

eced

ore

s

Forn

ecedo

res são co

mp

etido

res

qu

e bu

scam au

men

tar a pró

pria

lucrativid

ade e am

eaçam co

nstan

-

temen

te elevar seus p

reços o

u

mesm

o d

imin

uir a q

ualid

ade d

e

seus p

rod

uto

s ou

serviços fo

rneci-

do

s. Qu

and

o a in

stria não

con

se-

gu

e repassar o

s aum

ento

s de cu

s-

tos p

ara seus p

reços sig

nifica q

ue

ela está lidan

do

com

forn

ecedo

res

po

dero

sos. A

s con

diçõ

es qu

e tor-

nam

os fo

rneced

ores p

od

eroso

s são

similares àq

uelas q

ue to

rnam

os

com

prad

ores p

od

eroso

s. Um

gru

po

forn

ecedo

r será tão p

od

eroso

qu

anto

mais verd

adeiras fo

rem as

segu

intes circu

nstân

cias:

• É do

min

ado

po

r po

ucas co

mp

a-

nh

ias e é mais co

ncen

trado

do

qu

e

a ind

ústria p

ara a qu

al vend

e.

• Não

está ob

rigad

o a lu

tar com

ou

tros p

rod

uto

s sub

stituto

s na

vend

a para a in

stria.

• O p

rod

uto

do

s forn

ecedo

res é um

insu

mo

fun

dam

ental p

ara o n

egó

-

cio d

o co

mp

rado

r.

• A in

stria n

ão

é u

m clie

nte

imp

orta

nte

pa

ra o

gru

po

forn

ece

do

r.

• Os p

rod

uto

s do

gru

po

de

forn

e-

ced

ore

s são

dife

ren

ciad

os o

u

o g

rup

o d

ese

nvo

lveu

custo

s

de

mu

da

nça

.

Forn

ecedo

res são en

tend

ido

s geral-

men

te com

o sen

do

ou

tras emp

re-

sas, no

entan

to, a m

ão-d

e-ob

ra

deve ser en

carada co

mo

um

forn

e-

cedo

r de g

rand

e po

der.

Qu

anto

mais fo

rem esp

ecializado

s

e mais o

rgan

izado

s, seus cu

stos

po

dem

represen

tar parcela sig

nifi-

cativa do

custo

total d

o p

rod

uto

.

A p

artir do

mo

men

to em

qu

e as

forças q

ue afetam

a con

corrên

cia

são co

nh

ecidas, o

pró

ximo

passo

é a org

anização

iden

tificar seus

po

nto

s fracos e fo

rtes e defin

ir

seu p

osicio

nam

ento

.

Alg

um

as perg

un

tas con

tribu

em

para essa d

efinição

: “On

de a

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 50

Page 53: Ge 7, como planejar o proximo passo

51

O q

ue v

ocê v

iu n

o c

ap

ítulo

4

> A

aplicação das matrizes A

nsoff,BC

Ge M

ckinsey-GE.

1

>A

s cinco forças competitivas de

Michael Porter.2

emp

resa deve se p

osicio

nar em

relação ao

s sub

stituto

s?”,

“Co

ntra as fo

ntes d

e barreiras

de en

trada?”, “C

om

petin

do

com

a rivalidad

e de co

nco

rrentes

estabelecid

os?”.

Um

a estratégia co

mp

etitiva realiza

um

a série de ab

ord

agen

s po

ssíveis,

a saber:

• Po

sicion

ar a

em

pre

sa d

e m

od

o

qu

e su

as ca

pa

cida

de

s pro

po

rcio-

ne

m a

me

lho

r de

fesa

con

tra

o co

nju

nto

existe

nte

de

força

s

com

pe

titivas.

• Influ

enciar o

equ

ilíbrio

de fo

rças

po

r meio

de m

ovim

ento

s estratégi-

cos e, assim

, melh

orar a p

osição

relativa da em

presa.

• An

tecip

ar a

s mu

da

nça

s no

s fato

-

res b

ásico

s da

s força

s e re

spo

nd

er

a e

las, e

xplo

ran

do

, assim

, a

mu

da

nça

po

r me

io d

a e

scolh

a d

e

um

a e

straté

gia

ap

rop

riad

a a

o

no

vo e

qu

ilíbrio

com

pe

titivo a

nte

s

qu

e o

s rivais a

ide

ntifiq

ue

m.

livro07_32-51 22.08.06 15:10 Page 51

Page 54: Ge 7, como planejar o proximo passo

APLICAÇÃODE ESTRATÉGIAS

Quand

o u

ma e

stra

tégia

é b

oa

ou ru

im? C

om

a e

stra

tégia

corre

ta, e

u g

ara

nto

o s

ucesso?

Quand

o é

a h

ora

de a

ltera

r

um

a e

stra

tégia

?

5

52Para respo

nd

er a essas perg

un

tas,

cheg

ou

o m

om

ento

de ap

licar os

con

ceitos visto

s de m

atrizes e do

mo

delo

Porter. Prim

eiramen

te,

vamo

s enten

der q

ue estratég

ia é a

escolh

a de clien

tes e segm

ento

s de

mercad

o q

ue as o

rgan

izações têm

a inten

ção d

e ating

ir com

a vend

a

de u

m d

etermin

ado

pro

du

to o

u

serviço e as açõ

es qu

e irão resp

al-

dar a realização

dessa tran

sação.

Alg

un

s po

nto

s sob

re o assu

nto

são

aceitos sem

con

testação:

• As estratég

ias precisam

ter clare-

za, simp

licidad

e e ob

jetividad

e. O

enu

nciad

o d

e um

a estratégia tem

de ser co

mp

reend

ido

e defen

did

o

po

r qu

alqu

er fun

cion

ário.

• Não

existe estratégia p

ron

ta para

tod

a e qu

alqu

er situação

, ou

seja,

não

há “fó

rmu

las” qu

e po

ssam ser

adq

uirid

as e aplicad

as com

sucesso

.

• Não

existe estratégia q

ue p

ossa

ser cop

iada d

e um

a org

anização

e

aplicad

a em o

utra, m

esmo

qu

e

sejam d

o m

esmo

ramo

ou

setor.

No

plan

ejamen

to estratég

ico, as

escolh

as para a d

efinição

de estra-

tégias n

ão são

feitas aleatoriam

en-

te. Sua fo

rmu

lação e im

plem

enta-

ção d

evem estar u

mb

ilicalmen

te

ligad

as à visão e à m

issão d

efinid

as

pela o

rgan

ização e d

epen

den

tes

das co

nd

ições extern

as e intern

as

detectad

as no

desen

volvim

ento

do

estud

o d

a gestão

estratégica.

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 52

Page 55: Ge 7, como planejar o proximo passo

53

Visão e m

issão

Já sabem

os q

ue visão

é um

a reali-

dad

e futu

ra desejável e p

ossível,

com

partilh

ada e aceita p

or to

do

s.

A visão

iden

tifica os an

seios d

a

org

anização

e pro

picia u

m clim

a de

envo

lvimen

to e co

mp

rom

etimen

to

com

seu fu

turo

.

O en

un

ciado

de ao

nd

e se qu

er che-

gar p

ermite en

tend

er o q

ue é p

re-

ciso m

ud

ar na o

rgan

ização o

u

com

o ela p

recisa mu

dar p

ara qu

e a

visão seja co

ncretizad

a. Emp

resas

ou

neg

ócio

s sem visão

não

têm

direção

. Se as estratégias esco

lhid

as

con

trariam a visão

org

anizacio

nal,

das d

uas u

ma: as estratég

ias ou

a

visão estão

equ

ivocad

as. Em alg

un

s

casos, as d

uas estão

erradas, e, n

o

mo

men

to em

qu

e se con

fron

tam e

se mo

stram in

satisfatórias, su

rge a

op

ortu

nid

ade d

e repen

sá-las. O

mesm

o p

od

e ser dito

em relação

à

missão

– a razão d

a existência d

e

um

a emp

resa ou

neg

ócio

. Ao

res-

po

nd

er as perg

un

tas “Por q

ue essa

emp

resa surg

iu?”, “Q

ue n

ecessida-

des o

mercad

o d

eman

da?”, a d

efi-

nição

de m

issão estará p

ron

ta. Não

po

de h

aver estratégia d

escolad

a da

missão

e vice-versa. Dep

ois d

e con

-

cluíd

o o

plan

ejamen

to estratég

ico,

se ho

uver d

iscrepân

cia ou

con

tradi-

ção en

tre as escolh

as de visão

e

missão

com

a form

ulação

ou

imp

le-

men

tação d

as estratégias, será

necessário

revisar tod

o o

trabalh

o

de p

lanejam

ento

.

Ambientes externo e in

terno

Os estu

do

s e as con

clusõ

es sob

re

amb

ientes extern

o e in

terno

são

defin

ido

res das estratég

ias. É preci-

so co

nh

ecer as con

diçõ

es fora d

o

âmb

ito d

a org

anização

. Co

m b

ase

nesse co

nh

ecimen

to, é p

ossível esti-

pu

lar op

ortu

nid

ades e am

eaças

para a em

presa.

Os asp

ectos eco

mico

, social, tec-

no

lóg

ico, cu

ltural e p

olítico

devem

ser enfo

cado

s de m

od

o a aten

der o

camp

o d

e ação d

a emp

resa. As

con

diçõ

es intern

as tamb

ém p

reci-

sam ser co

nh

ecidas. D

eve-se con

-

centrar a aten

ção n

a disp

on

ibilid

a-

de d

os recu

rsos, d

as hab

ilidad

es,

do

s pro

cessos e d

as tecno

log

ias de

form

a con

jun

ta e sinérg

ica.

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 53

Page 56: Ge 7, como planejar o proximo passo

54

abran

ge q

ualq

uer u

m q

ue p

ossa

afetar ou

ser afetado

pela em

pre-

sa. São stakeh

old

ers:

• Asso

ciações d

e classe.

• Clien

tes.

• Co

mu

nid

ade n

a qu

al a

emp

resa op

era.

• Co

mu

nid

ade vizin

ha.

• Emp

regad

os.

• Entid

ades reg

ulad

oras d

as ativi-

dad

es do

setor.

• Forn

ecedo

res.

• Franq

uead

os.

• Go

verno

s mu

nicip

al, estadu

al

ou

federal.

• Meio

amb

iente.

• Míd

ia.

• Op

inião

blica em

geral.

• Org

anizaçõ

es não

go

vernam

en-

tais envo

lvidas co

m as ativid

ades

da em

presa.

•Parceiro

s.

• Rep

resentan

tes ou

distrib

uid

ores

do

s pro

du

tos o

u serviço

s

da o

rgan

ização.

• Sind

icatos, cen

trais sind

icais

ou

ou

tras org

anizaçõ

es

de trab

alhad

ores.

Stakeholders da organização

Por m

uito

temp

o, u

ma d

as gran

des

preo

cup

ações n

a form

ulação

e

imp

lemen

tação d

e estratégias era

atend

er às dem

and

as de acio

nistas

ou

pro

prietário

s da em

presa. Para

algu

ns teó

ricos, esse g

rup

o seria o

prin

cipal in

teressado

no

futu

ro d

a

org

anização

e, po

rtanto

, no

plan

e-

jamen

to estratég

ico q

ue a co

nd

u-

zisse ao su

cesso. En

tretanto

, che-

go

u-se à co

nclu

são d

e qu

e, além

do

s acion

istas ou

do

no

s do

neg

ó-

cio, q

ualq

uer in

stituição

, ind

ivídu

o

ou

gru

po

qu

e tenh

a algu

m tip

o d

e

interesse q

ue p

od

e afetar ou

ser

afetado

pelo

fun

cion

amen

to, p

ela

pro

du

ção, p

ela vend

a ou

pelo

s

resultad

os d

a org

anização

, deve ser

levado

em co

nta n

a form

ulação

e

imp

lemen

tação d

e estratégias. Esse

con

jun

to d

e interessad

os é ch

ama-

do

de stakeh

old

ers, termo

qu

e

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 54

Page 57: Ge 7, como planejar o proximo passo

55

A fo

rmu

lação e a im

plem

entação

de estratég

ias po

dem

ser feitas

levand

o-se em

con

sideração

som

en-

te a relação en

tre pro

du

tos o

u ser-

viços e o

mercad

o q

ue eles d

ispu

-

tam. U

sand

o ferram

entas esp

ecífi-

cas, é po

ssível ado

tar, com

base em

ind

icado

res disp

on

íveis para p

rod

u-

tos e m

ercado

s, as melh

ores estra-

tégias q

ue trad

uzam

os o

bjetivo

s

da o

rgan

ização.

Os in

dicad

ores q

ue m

ais con

tri-

bu

em p

ara o co

nh

ecimen

to d

o

mercad

o são

o vo

lum

e total d

e ven-

das, em

qu

antid

ade o

u valo

r, e a

particip

ação d

e cada seg

men

to n

o

total. Para o

con

hecim

ento

do

pro

-

du

to, é n

ecessário sab

er qu

al a

pen

etração q

ue ele tem

no

merca-

do

específico

e total.

Dad

os so

bre p

reços, tan

to d

os p

ro-

du

tos em

análise q

uan

to d

os d

a

con

corrên

cia, tamb

ém co

ntrib

uem

para a fo

rmu

lação d

e melh

ores

estratégias. U

ma d

as análises m

ais

fáceis e qu

e pro

po

rcion

a o estab

e-

lecimen

to m

ais rápid

o d

e estraté-

gias é a C

urva d

e Ciclo

de V

ida d

e

um

serviço o

u p

rod

uto

.

Em co

ntrap

osição

à simp

licidad

e da

análise através d

a Cu

rva de C

iclo d

e

Vid

a, há a m

atriz McK

insey-G

E. A

com

plexid

ade, p

orém

, é com

pen

sa-

da p

elo rico

material p

rod

uzid

o e

pelo

detalh

amen

to d

as estratégias.

Ou

tro m

od

elo d

e gran

de u

tilização

é o d

as Cin

co Fo

rças Co

mp

etitivas,

de M

ichael Po

rter, qu

e no

s sub

sidia

na an

álise com

petitiva d

e ind

ús-

trias, po

ssibilitan

do

a form

ação d

e

estratégias co

mp

etitivas.

A an

álise estrutu

ral da in

stria é o

po

nto

essencial p

ara a form

ulação

da estratég

ia com

petitiva. A

s forças

externas afetam

tod

as as emp

resas

particip

antes d

a ind

ústria. Para se

man

terem co

mp

etitivas, as org

ani-

zações p

recisam d

esenvo

lver dife-

rentes h

abilid

ades co

m b

ase nas

forças co

mp

etitivas.

É possível adotar,com base

em indicadores disponíveis

para produtos e mercados,

as melhores estratégias que

traduzam os objetivos

da organização.

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 55

Page 58: Ge 7, como planejar o proximo passo

56

A resp

osta é o

btid

a qu

and

o cru

za-

mo

s as info

rmaçõ

es das an

álises do

s

do

is amb

ientes. C

om

as análises d

as

amb

ientaçõ

es externas e in

ternas

disp

on

íveis, é po

ssível form

ular

estratégias d

e atuação

no

mercad

o

po

r meio

da m

atriz SWO

T. No

capí-

tulo

4 info

rmam

os o

s passo

s para a

con

strução

da m

atriz, aqu

i con

side-

ramo

s qu

e a matriz já está feita e

no

s preo

cup

aremo

s com

as estraté-

gias q

ue p

od

erão ser d

efinid

as. O

ob

jetivo d

a matriz SW

OT é d

etermi-

nar estratég

ias de m

od

o q

ue o

s

po

nto

s fortes sejam

man

tido

s, haja

redu

ção n

a inten

sidad

e do

s po

nto

s

fracos, ap

roveitan

do

op

ortu

nid

ades

e bu

scand

o p

roteção

das am

eaças.

Ap

ós a an

álise intern

a, algu

ns p

on

-

tos fo

ram classificad

os co

mo

fraqu

e-

zas e ou

tros co

mo

forças. C

om

a

análise extern

a, pu

dem

os id

entificar

as ameaças e as o

po

rtun

idad

es e

tamb

ém in

ter-relacion

ar forças/fra-

qu

ezas com

ameaças/o

po

rtun

ida-

des. A

s o cru

zamen

to d

as info

r-

maçõ

es, estabelecem

os característi-

cas qu

e ocu

pam

cada u

m d

os q

ua-

dran

tes da fig

ura a seg

uir.

Estra

tégias baseadas nos

ambientes externo e in

terno

No

pro

cesso d

e mo

ntag

em d

o p

la-

nejam

ento

estratégico

, apó

s o estu

-

do

e a com

preen

são d

o am

bien

te

externo

, é po

ssível con

hecer as

op

ortu

nid

ades e am

eaças qu

e ron

-

dam

a org

anização

. O estu

do

sob

re

a amb

ientação

externa é co

mp

leta-

do

com

o d

esenvo

lvimen

to d

e cená-

rios, a avaliação

das ten

dên

cias com

po

ssibilid

ade d

e oco

rrência d

as

mais im

po

rtantes. O

efeito d

os

fatos avaliad

os o

u d

as tend

ências

imp

actarão as em

presas d

e algu

m

mo

do

, po

sitiva ou

neg

ativamen

te.

A u

tilização d

o co

nceito

de stake-

ho

lders

ajud

a bastan

te a mo

nta-

gem

de cen

ários m

ais com

pleto

s e,

con

seqü

entem

ente, a p

rod

ução

de

respo

stas mais efetivas.

Nas avaliaçõ

es do

amb

iente in

ter-

no

, o cru

cial é o co

nh

ecimen

to e a

determ

inação

das fo

rças e fraqu

e-

zas. Sabem

os in

tuitivam

ente q

ue

devem

os co

rrigir o

s po

nto

s fracos e

privileg

iar os p

on

tos fo

rtes. Mas

com

o isso

po

de ser feito

? Qu

al a

melh

or estratég

ia?

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 56

Page 59: Ge 7, como planejar o proximo passo

57

FRA

QU

EZAS

FOR

ÇA

S

AM

EAÇ

AS

1

Elimin

ar

2

Mo

nito

rar

OPO

RTU

NID

AD

ES3

Melh

orar

4

Cap

italizar

ANÁLISE IN

TERNA

ANÁLISE EXTERNA

Conclusões

O g

rup

o q

ue o

cup

a o q

uad

rante

mero

1, ou

seja, as fraqu

ezas

qu

e estão so

b am

eaça, precisa ser

elimin

ado

o m

ais rápid

o p

ossível.

Essas fraqu

ezas/ameaças co

locam

em risco

a sob

revivência d

a org

ani-

zação. A

estratégia é ú

nica: elim

i-

nação

da fraq

ueza. É p

reciso estan

-

car essa ferida an

tes qu

e ela se

transfo

rme em

hem

orrag

ia.

O g

rup

o q

ue o

cup

a o q

uad

rante

mero

2 são as fo

rças qu

e a org

a-

nização

po

ssui, q

ue, p

orém

, estão

sob

ameaça. N

esse caso, a m

elho

r

estratégia é a criação

de in

dicad

o-

res qu

e po

ssam m

on

itorar a fo

rça e

tamb

ém a am

eaça. Co

m b

ase na

análise d

esses ind

icado

res, será

po

ssível op

tar pela m

elho

r ação.

Um

a fraqu

eza da o

rgan

ização está

no

camp

o d

as op

ortu

nid

ades,

com

o m

ostra o

qu

adran

te 3. Isso

acon

tece no

rmalm

ente em

emp

re-

sas qu

e estão em

fase de cresci-

men

to. N

esse caso existem

várias

estratégias, e a m

ais com

um

delas

é a transfo

rmação

dessa fraq

ueza

em fo

rça.

A o

rgan

ização tem

um

a força q

ue

está no

camp

o d

as op

ortu

nid

ades

– o q

uad

rante n

úm

ero 4. Esse é o

caso em

qu

e um

a emp

resa disp

õe

de u

m p

rod

uto

ou

serviço q

ue o

mercad

o d

eman

da in

cessantem

en-

te. Não

perca tem

po

. Mo

nte

estratégias q

ue o

perm

ita amp

liar

a pen

etração d

o m

ercado

ou

aum

entar a lu

cratividad

e do

neg

ócio

ou

amb

as.

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 57

Page 60: Ge 7, como planejar o proximo passo

58Lançamento de produtos e

busca de novos m

ercados

A m

atriz An

soff, ap

resentad

a e dis-

cutid

a no

capítu

lo 4, relacio

na p

ro-

du

tos n

ovo

s e atuais a m

ercado

s

igu

almen

te no

vos e atu

ais.

“No

vo p

rod

uto

” po

de ser d

efinid

o

com

o u

m lan

çamen

to tan

to p

ara a

emp

resa em q

uestão

qu

anto

para

o m

ercado

.

Já “no

vo m

ercado

” é aqu

ele aind

a

inexp

lorad

o, co

nceitu

almen

te ou

geo

graficam

ente.

O cru

zamen

to en

tre essas du

as

variáveis perm

ite estabelecer estra-

tégias p

ara pro

du

tos e m

ercado

s,

dep

end

end

o d

o q

uad

rante o

cup

a-

do

na m

atriz.

1.Produto atu

al em mercad

o atu

al

(penetração

de m

ercado)

Constatação

:u

ma o

rgan

ização q

ue

po

ssui u

m p

rod

uto

ou

serviço n

esse

qu

adran

te não

tem ap

resentad

o

pro

po

stas de in

ovação

.

Iniciativa:

a estratégia in

dicad

a

para u

ma em

presa co

mo

essa é

pro

mo

ver o p

rod

uto

ou

serviço d

e

mo

do

qu

e este mo

stre acréscimo

nas ven

das e p

ossa au

men

tar sua

pen

etração n

o m

ercado

.

2.Novo produto em

mercad

o atu

al

(diversificação

de p

rodutos)

Constatação

:o

enten

dim

ento

de

qu

e há clien

tes fiéis à marca d

is-

po

stos a exp

erimen

tar no

vos p

ro-

du

tos é o

qu

e leva as org

anizaçõ

es

à diversificação

ou

à ino

vação d

e

seu p

ortfó

lio.

Iniciativa:

as estratégias, n

esse caso,

voltam

-se tanto

para d

ar con

heci-

men

to ao

blico

fiel da existên

cia

do

no

vo p

rod

uto

qu

anto

para a

divu

lgação

do

no

vo p

rod

uto

jun

to

aos co

nsu

mid

ores ain

da n

ão cati-

vos. São

estratégias m

ais arriscadas

do

qu

e as do

caso an

terior.

PRO

DU

TO

ATU

AL

NO

VO

PRO

DU

TO

MER

CA

DO

ATU

AL

1

Penetração

de m

ercado

2

Diversificação

de p

rod

uto

s

NO

VO

MER

CA

DO

4

Diversificação

de m

ercado

3

Diversificação

pu

ra

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 58

Page 61: Ge 7, como planejar o proximo passo

59

3.Novo produto em

novo mercad

o

(diversificação

pura)

Constatação

:a o

rgan

ização d

ecide

lançar n

ovo

s pro

du

tos em

no

vos

mercad

os: en

tre tod

as as estraté-

gias, é a m

ais arriscada e certam

en-

te a mais d

ispen

dio

sa.

Iniciativa:

o m

ais com

um

é um

a

bo

a estratégia d

e marketin

g (p

ro-

mo

ções, p

ub

licidad

e etc.) apo

iada

em b

oa q

uan

tia de cap

ital para

investim

ento

.

4.Produto atu

al em novo mercad

o

(diversificação

de m

ercado)

Constatação

:as em

presas exp

orta-

do

ras são as q

ue m

ais exemp

lificam

esse caso.

Iniciativa:

as estratégias aq

ui

devem

ser apro

ximad

amen

te as

mesm

as utilizad

as no

lançam

ento

de n

ovo

s pro

du

tos.

Partic

ipação do produto e

crescim

ento de m

ercado

Por m

eio d

a matriz d

o B

osto

n

Co

nsu

lting

Gro

up

(BC

G), q

ue rela-

cion

a a particip

ação d

o p

rod

uto

no

mercad

o e o

crescimen

to d

esse

mesm

o m

ercado

, é po

ssível traçar e

imp

lemen

tar estratégias p

ara cada

um

do

s qu

adran

tes da m

atriz.

Co

mo

vimo

s no

capítu

lo an

terior,

os p

rod

uto

s ou

serviços an

alisado

s

po

dem

ocu

par q

uad

rantes q

ue

receberam

os n

om

es:

• Op

ortu

nid

ade.

• Estrela.

• Vaca leiteira.

• An

imal d

e estimação

.

Novos produtos em

novosmercados: entre todas as

estratégias,é a mais

arriscada e certamente a

mais dispendiosa.

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 59

Page 62: Ge 7, como planejar o proximo passo

60No

qu

adro

abaixo

iden

tificamo

s

cada q

uad

rante, m

ostram

os su

as

características e den

om

inam

os as

estratégias q

ue p

od

erão ser u

tiliza-

das. O

s detalh

es da estratég

ia são

explicad

os n

a seqü

ência.

Eliminação

Se um

pro

du

to o

u serviço

“anim

al

de estim

ação” n

ão d

á mo

stras de

melh

ora, ele d

eve ser elimin

ado

do

po

rtfólio

. Retard

ar essa decisão

às

vezes po

de rep

resentar o

com

pro

-

metim

ento

da saú

de fin

anceira d

a

org

anização

, enq

uan

to co

locá-la

em p

rática po

de sig

nificar a lib

era-

ção d

e capital p

ara investim

ento

em o

utro

s neg

ócio

s mais p

rom

isso-

res. Prod

uto

s ou

serviços classifica-

do

s com

o “o

po

rtun

idad

e” tamb

ém

são p

assíveis de liq

uid

ação.

Desaceleração

Se um

neg

ócio

está classificado

com

o “o

po

rtun

idad

e” ou

“anim

al

NO

MES

CA

RA

CTER

ÍSTICA

SESTR

ATÉG

IAS

Op

ortu

nid

ade

A o

rgan

ização p

recisa pen

sar mu

ito an

tes

de d

ecidir so

bre o

investim

ento

.

Prod

uto

s ou

serviços n

essa po

sição ab

sorvem

gran

de q

uan

tidad

e de in

vestimen

to.

Elimin

ação

Desaceleração

Investim

ento

Estrela

São serviço

s ou

pro

du

tos q

ue o

cup

am a

po

sição d

e lideran

ça.

Ain

da n

ecessitam d

e investim

ento

para se

man

ter na p

osição

.

Investim

ento

Vaca leiteira

Não

necessitam

mais d

e investim

ento

s para

sua exp

ansão

. Prod

uto

s ou

serviços “vaca

leiteira” finan

ciam a em

presa n

o lan

çamen

-

to d

e no

vos n

egó

cios.

Man

uten

ção

An

imal d

e

estimação

São n

egó

cios m

antid

os p

or razõ

es

sentim

entais, p

ois d

ão p

rejuízo

ou

geram

po

uco

lucro

.

Elimin

ação

Desaceleração

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 60

Page 63: Ge 7, como planejar o proximo passo

61

de estim

ação”, a estratég

ia de

desaceleração

tamb

ém p

od

erá ser

utilizad

a. O co

rte de cu

stos – p

or

meio

da red

ução

de d

espesas em

geral o

u d

a elimin

ação d

e gasto

s

com

pesq

uisa e d

esenvo

lvimen

to –

em d

etermin

ado

pro

jeto au

men

ta

de im

ediato

a rentab

ilidad

e do

pro

du

to o

u serviço

.

Investim

ento

Essa estratégia é in

dicad

a para

aqu

eles pro

du

tos e serviço

s classifi-

cado

s com

o “o

po

rtun

idad

e”, qu

e

dem

on

stram p

oten

cial para se to

r-

nar “estrela”. O

ob

jetivo, n

esse

caso, é au

men

tar sua p

articipação

no

mercad

o. A

estratégia tam

bém

po

de ser ap

licada em

neg

ócio

s

“estrela”, qu

e têm p

oten

cial de se

torn

ar “vacas leiteiras”.

Manuten

ção

Para um

neg

ócio

classificado

com

o

“vaca leiteira”, o m

ais ind

icado

ao

emp

reend

edo

r é se esforçar p

ara

man

ter sua p

articipação

no

merca-

do

, pelo

men

os en

qu

anto

o flu

xo

de caixa fo

r vantajo

so.

Estra

tégias a partir d

a Curva

de Ciclo de Vida

Co

m o

temp

o, p

rod

uto

s e serviços

têm su

as vend

as alteradas em

fun

-

ção d

e várias efeitos. A

relação d

o

valor d

as vend

as – ou

qu

antid

ade

vend

ida – co

m a d

ecorrer d

o

temp

o p

od

e ser ilustrad

a pelo

grá-

fico d

e Cu

rva de C

iclo d

e Vid

a, con

-

form

e visto n

o cap

ítulo

4.

De aco

rdo

com

a inclin

ação d

a

curva, é p

ossível estab

elecer está-

gio

s do

ciclo d

e vida:

• Intro

du

ção.

• Crescim

ento

.

• Matu

ridad

e.

• Declín

io.

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 61

Page 64: Ge 7, como planejar o proximo passo

62Cad

a estágio

requ

er po

lítica de

investim

ento

s e de p

reços e m

eios

de d

istribu

ição esp

ecíficos, co

mo

veremo

s a segu

ir:

Intro

dução

Nesse estág

io, as estratég

ias são as

de lan

çamen

to d

e pro

du

tos o

u ser-

viços. C

aracterizam-se p

rincip

al-

men

te po

r gran

des in

vestimen

tos

em m

arketing

e pela b

aixa lucrati-

vidad

e. A estratég

ia de lan

çamen

to

foi an

tecedid

a po

r ou

tra de p

lane-

jamen

to e d

esenvo

lvimen

to.

Crescim

ento

As estratég

ias ado

tadas n

esse está-

gio

devem

levar em co

nsid

eração a

qu

eda n

os in

vestimen

tos em

pu

bli-

cidad

e e o au

men

to n

os in

vesti-

men

tos em

distrib

uição

.

Matu

ridade

Aq

ui, as estratég

ias têm d

e con

si-

derar a ação

da co

nco

rrência e o

aum

ento

no

s investim

ento

s com

pro

pag

and

a e pro

mo

ções, ju

sta-

men

te na ten

tativa de ab

rand

ar a

iniciativa d

os co

nco

rrentes.

Declín

io

Nesse estág

io, as estratég

ias devem

con

temp

lar desd

e a po

ssibilid

ade

de o

s investim

ento

s na m

anu

ten-

ção d

o serviço

ou

pro

du

to serem

desacelerad

os até m

esmo

a elimi-

nação

do

neg

ócio

.

Estra

tégias baseadas na

atra

tividade do m

ercado

Co

mo

vimo

s no

capítu

lo an

terior, o

mo

delo

da m

atriz McK

insey-G

E

con

sidera o

s critérios d

e atrativida-

de d

o m

ercado

e os critério

s das

forças d

o p

rod

uto

relativas no

mer-

cado

. Ap

ós u

ma série d

e cálculo

s, é

po

ssível estipu

lar em q

ual d

as célu-

las o p

ortfó

lio estará lo

calizado

.

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 62

Page 65: Ge 7, como planejar o proximo passo

63

Para cada célu

la, há estratég

ias

pred

efinid

as e diferen

tes. Porém

,

se estiverem n

a mesm

a zon

a, elas

se assemelh

am. A

com

pan

he:

ALTA

MÉD

IAB

AIX

A

ALTA

IIV

VII

MÉD

IAII

VV

III

BA

IXA

IIIV

IIX

ATRATIV

IDADE D

O MERCADO

FORÇA ROTATIVA

DO MERCADO

CÉLU

LAESTR

ATÉG

IAS

I

Investir p

ara crescer.

Destin

ar o m

áximo

de in

vestimen

tos.

Co

nso

lidar a p

osição

.

Aceitar n

íveis de ren

tabilid

ade m

od

erado

s.

II

Investir p

ara crescer.

Crescer seletivam

ente em

fun

ção d

as forças d

a emp

resa.

Crescer em

áreas defin

idas.

Crescer au

men

tand

o a p

articipação

de m

ercado

.

Dim

inu

ir as fraqu

ezas.

Bu

scar a lideran

ça.

IV

Investir p

ara crescer.

Investir fo

rtemen

te em seg

men

tos selecio

nad

os.

Dim

inu

ir pro

gressivam

ente o

s investim

ento

s para au

men

tar

a rentab

ilidad

e.

Iden

tificar no

vos e atraen

tes segm

ento

s qu

e corresp

on

dam

às forças d

a emp

resa.

CRESC

IMENTO

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 63

Page 66: Ge 7, como planejar o proximo passo

64

CÉLU

LAESTR

ATÉG

IAS

III

Investir seletivam

ente p

ara diferen

ciar o p

rod

uto

e aum

entar

sua ren

tabilid

ade.

Iden

tificar nich

os d

e mercad

o.

Tentar a esp

ecialização d

o p

rod

uto

.

Iden

tificar áreas para au

men

tar as forças.

V

Investir seletivam

ente p

ara diferen

ciar o p

rod

uto

e aum

entar

sua ren

tabilid

ade.

Tentar a seg

men

tação d

o m

ercado

.

Estabelecer p

lano

s para as fraq

uezas.

VII

Proteg

er e bu

scar no

vo fo

co p

ara o p

ortfó

lio.

Investir seletivam

ente p

ara diferen

ciar o p

rod

uto

e aum

entar

sua ren

tabilid

ade.

Defen

der as fo

rças.

Bu

scar no

vos fo

cos p

ara no

vos seg

men

tos.

Avaliar u

ma p

ossível revitalização

do

setor.

Se prep

arar cuid

ado

samen

te para sab

er o m

om

ento

da saíd

a

ou

recon

versão d

o p

ortfó

lio.

MANUTEN

ÇÃO DOS G

ANHOS

CÉLU

LAESTR

ATÉG

IAS

VI

Investir p

ara reestrutu

rar as op

erações o

u p

ara elimin

á-las.

Preparar-se p

ara o d

esaparecim

ento

do

po

rtfólio

.

Preservar o flu

xo d

e recurso

s.

Procu

rar no

vas op

ortu

nid

ades d

e vend

as.

Racio

nalizar p

ara aum

entar as fo

rças.

VIII

Reestru

turar-se.

Investir p

ara reestrutu

rar as op

erações o

u p

ara elimin

á-las.

Mu

dar p

ara segm

ento

s mais atraen

tes.

Preparar-se p

ara o d

esaparecim

ento

do

po

rtfólio

.

IX

Preparar-se p

ara a diversificação

.

Preparar-se p

ara a saída d

o m

ercado

ou

a liqu

idação

do

po

rtfólio

.

Investir m

od

eradam

ente d

imin

uin

do

os risco

s.

Retirar to

talmen

te ou

dim

inu

ir a linh

a de p

rod

uto

s.

Iden

tificar o tem

po

preciso

da saíd

a para m

inim

izar as perd

as.

RETIR

ADA

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 64

Page 67: Ge 7, como planejar o proximo passo

65

Estra

tégias competitiv

as

A b

usca p

ela vantag

em co

mp

etitiva

em relação

aos co

nco

rrentes sig

ni-

fica um

a po

sição d

e maio

r segu

ran-

ça no

mercad

o, co

nfo

rme visto

no

mo

delo

Porter n

o cap

ítulo

anterio

r.

Existem g

enericam

ente três estra-

tégias q

ue p

od

em ser u

sadas d

e

form

a isolad

a ou

com

bin

ada a fim

de g

erar po

sições d

efensáveis p

ara

enfren

tar a con

corrên

cia:

• Lideran

ça no

custo

total.

• Diferen

ciação.

• Enfo

qu

e.

Essas estratégias são

basead

as na

análise d

as cinco

forças co

mp

etiti-

vas básicas: en

trada, am

eaça de

sub

stituição

, po

der d

e neg

ociação

do

s com

prad

ores, p

od

er de n

ego

-

ciação d

os fo

rneced

ores e rivalid

a-

de en

tre os atu

ais con

corren

tes.

Praticar um

a dessas estratég

ias,

elegen

do

um

a com

o alvo

prim

ário,

é criar um

estado

de m

ob

ilização

inten

so n

o in

terior d

a org

anização

.

Praticar mais d

e um

a po

de in

viabi-

lizar tod

o o

plan

o, p

ois o

foco

necessário

po

de n

ão ser d

efinid

o,

com

pro

meten

do

a estratégia.

Liderança no custo to

tal

O fo

co cen

tral da estratég

ia é o

custo

baixo

em relação

aos co

nco

r-

rentes, em

bo

ra ou

tras áreas não

devam

nem

po

ssam ser ig

no

radas.

Segu

nd

o Po

rter, “a lideran

ça no

custo

exige a co

nstru

ção ag

ressiva

de in

stalações em

escala eficiente,

um

a perseg

uição

vigo

rosa d

e redu

-

ções d

e custo

pela exp

eriência, u

m

con

trole ríg

ido

do

custo

e das d

es-

pesas g

erais, qu

e não

seja perm

iti-

da a fo

rmação

de co

ntas m

argin

ais

do

s clientes, e a m

inim

ização d

o

custo

em áreas co

mo

pesq

uisa e

desen

volvim

ento

, assistência, fo

rça

de ven

das, p

ub

licidad

e etc.”.

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 65

Page 68: Ge 7, como planejar o proximo passo

66Um

a po

sição d

e baixo

custo

pro

-

po

rcion

a às emp

resas:

• Re

torn

os a

cima

da

dia

em

sua

ind

ústria

.

• Defesa d

a emp

resa con

tra

com

prad

ores p

od

eroso

s.

• Defesa co

ntra fo

rneced

ores

po

dero

sos.

• Barreiras d

e entrad

a sub

stanciais.

• Posição

favorável em

relação ao

s

pro

du

tos su

bstitu

tos.

Além

das van

tagen

s listadas acim

a,

ou

tras po

sições van

tajosas p

od

em

ser ob

tidas, co

mo

acesso favo

rável

às matérias-p

rimas, d

esenvo

lvimen

-

to d

e pro

du

tos d

e simp

les fabrica-

ção, d

iluição

de cu

stos n

um

a gran

-

de lin

ha d

e pro

du

tos e exp

ansão

do

volu

me co

m aten

dim

ento

do

s

prin

cipais g

rup

os d

e clientes.

As van

tagen

s, entretan

to, em

bu

-

tem alg

un

s pesad

os fard

os, co

mo

:

• Rein

vestimen

to em

equ

ipam

ento

mo

dern

o.

• Necessid

ade d

e se desfazer d

os

ativos o

bso

letos.

• Proliferação

desm

edid

a na lin

ha

de p

rod

uto

s.

• Necessid

ade d

e aperfeiço

amen

-

tos tecn

oló

gico

s.

Risco

s

A esco

lha d

a lideran

ça basead

a no

custo

com

o fo

co estratég

ico p

ro-

du

z algu

ns risco

s. A sab

er:

• Mu

da

nça

tecn

oló

gica

qu

e a

nu

-

la o

inve

stime

nto

ou

o a

pre

nd

iza-

do

an

terio

res.

• Ap

ren

diza

do

de

ba

ixo cu

sto

po

r no

vas e

mp

resa

s qu

e e

ntre

m

na

ind

ústria

ou

po

r seg

uid

ore

s

po

r me

io d

a im

itaçã

o o

u d

e su

a

cap

acid

ad

e d

e in

vestir e

m in

stala

-

çõe

s mo

de

rna

s.

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 66

Page 69: Ge 7, como planejar o proximo passo

67

• Incap

acidad

e de vislu

mb

rar a

mu

dan

ça necessária n

o p

rod

uto

ou

em seu

marketin

g em

virtud

e da

atenção

exclusiva n

o cu

sto.

• Inflação

sob

re custo

s, qu

e estrei-

tam a cap

acidad

e de a firm

a man

-

ter o d

iferencial d

e preço

suficien

-

te para co

mp

ensar a im

agem

da

marca d

o p

rod

uto

em relação

ao

preço

do

s con

corren

tes ou

ou

tras

form

as de d

iferenciação

.

Dife

renciação

Criar alg

o q

ue seja co

nsid

erado

ún

ico p

ela ind

ústria é d

iferenciar o

pro

du

to o

u serviço

forn

ecido

pela

org

anização

– essa é a segu

nd

a

estratégia. O

s méto

do

s para a d

ife-

renciação

assum

em m

uitas fo

rmas:

• Projeto

ou

imag

em d

a marca.

• Tecno

log

ia.

• Peculiarid

ades.

• Serviços so

b en

com

end

a.

• Red

e de fo

rneced

ores.

Ad

otar a d

iferenciação

com

o alvo

estratégico

não

sign

ifica ign

orar,

po

r exemp

lo, o

s custo

s.

A d

iferenciação

pro

po

rcion

a:

• Isolam

ento

con

tra a rivalidad

e

com

petitiva.

• Au

men

to d

as marg

ens.

• Altas b

arreiras de en

trada.

• Dim

inu

ição d

o p

od

er

do

s com

prad

ores.

• Me

lho

r po

sicion

am

en

to e

m

rela

ção

ao

s sub

stituto

s do

qu

e

a co

nco

rrên

cia.

Ao

op

tar pela d

iferenciação

, a

emp

resa deve ter claro

qu

e a con

-

qu

ista de altas fatias d

o m

ercado

não

será alcançad

a. Há in

com

pati-

bilid

ade en

tre diferen

ciação e

gran

de p

enetração

de m

ercado

. O

pro

du

to o

u serviço

é visto co

mo

algo

exclusivo

, e a exclusivid

ade

não

acom

pan

ha altas ven

das.

Ao optar pela diferenciação,a em

presa deve ter claro que a conquista de altasfatias do m

ercado não será alcançada.

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 67

Page 70: Ge 7, como planejar o proximo passo

68Risco

s

A d

iferenciação

tamb

ém acarreta

um

a série de risco

s:

• A d

iscrepân

cia de cu

stos en

tre os

con

corren

tes de b

aixo cu

sto e a

emp

resa diferen

ciada to

rna-se

mu

ito g

rand

e para q

ue a d

iferen-

ciação seja cap

az de m

anter a leal-

dad

e à marca. O

s com

prad

ores

sacrificam, assim

, algu

mas d

as

características, os serviço

s ou

a ima-

gem

da em

presa d

iferenciad

a em

troca d

e econ

om

ia.

• A n

ecessidad

e do

s com

prad

ores

em relação

ao fato

r de d

iferencia-

ção d

imin

ui. Isso

po

de o

correr à

med

ida q

ue o

s com

prad

ores se to

r-

nem

mais so

fisticado

s.

• A im

itação red

uz a d

iferenciação

perceb

ida – u

ma o

corrên

cia com

um

qu

and

o a in

stria amad

urece.

Enfoque

A terceira estratég

ia com

petitiva é

o en

foq

ue, q

ue é a ação

de fo

car

um

do

s três itens a seg

uir:

• Determ

inad

o g

rup

o co

mp

rado

r.

• Segm

ento

da lin

ha d

e pro

du

tos.

• Mercad

o g

eog

ráfico.

A p

remissa p

ara ado

tar essa estra-

tégia é a cap

acidad

e de a em

presa

atend

er ao alvo

estratégico

em

melh

ores co

nd

ições d

o q

ue seu

s

con

corren

tes. A em

presa atin

ge a

diferen

ciação p

or satisfazer m

elho

r

as necessid

ades d

e seu alvo

particu

-

lar ou

pelo

s custo

s mais b

aixos o

u

aind

a, pela co

mb

inação

de am

bo

s.

Fica claro q

ue a estratég

ia não

tem

po

r ob

jetivo atin

gir o

baixo

custo

ou

a diferen

ciação p

ara o m

ercado

com

o u

m to

do

e, sim, p

ara um

blico

-alvo.

Maio

r rentab

ilidade

Do

mesm

o m

od

o q

ue a estratég

ia

da d

iferenciação

, a do

enfo

qu

e

limita a p

enetração

do

pro

du

to o

u

serviço n

o m

ercado

com

o u

m to

do

.

Ao

op

tar p

elo

en

foq

ue

, a o

rga

ni-

zaçã

o ta

mb

ém

op

ta p

or u

ma

ren

tab

ilida

de

ma

ior e

um

me

no

r

volu

me

de

ven

da

s em

rela

ção

à

tota

lida

de

do

me

rcad

o.

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 68

Page 71: Ge 7, como planejar o proximo passo

69

Risco

s

O en

foq

ue co

mo

estratégia co

mp

e-

titiva acarreta riscos co

mo

:

• O d

iferencial d

e custo

s entre o

s

con

corren

tes qu

e atuam

em to

do

o

mercad

o e as em

presas q

ue ad

o-

tam en

foq

ues p

articulares se

amp

lia de tal m

od

o q

ue elim

ina as

vantag

ens d

e custo

s de aten

der a

um

alvo estreito

ou

anu

la a dife-

renciação

alcançad

a pelo

enfo

qu

e.

• As d

iferenças n

os p

rod

uto

s ou

no

s serviços p

retend

ido

s entre o

alvo estratég

ico e o

mercad

o co

mo

um

tod

o se red

uzem

.

• Os co

nco

rrentes en

con

tram

nich

os d

e mercad

os d

entro

do

alvo

estratégico

e fazem co

m q

ue a

emp

resa perca o

foco

com

estraté-

gia d

e enfo

qu

e.

O q

ue v

ocê v

iu n

o c

ap

ítulo

5

>C

omo definir o plano estratégico m

aisadequado a seu negócio.1

>A

s estratégias baseadas nos diversosm

odelos vistos no capítulo 4.2

>A

s três estratégias competitivas:pelo

custo,pela diferenciação e pelo enfoque.3

livro07_52-69 23.08.06 11:46 Page 69

Page 72: Ge 7, como planejar o proximo passo

VISÃO,MISSÃO

EESTRATÉGIA

Com

o é

possíve

l med

ir o

desem

penho d

a e

mp

resa e

verific

ar s

e a

visão e

as

estra

tégia

s e

stã

o d

e a

cord

o

com

o p

laneja

mento

?

6

70Resp

osta: co

m o

Balan

ced

Scorecard

(BSC

). Esse mo

delo

foi

elabo

rado

justam

ente p

ara a

emp

resa med

ir o d

esemp

enh

o

org

anizacio

nal. O

BSC

tradu

z a mis-

são e a estratég

ia nu

m co

nju

nto

abran

gen

te de m

edid

as de d

esem-

pen

ho

da g

estão estratég

ica.

A tran

sição d

a era ind

ustrial p

ara a

era da in

form

ação m

arcou

pro

fun

-

dam

ente as em

presas. A

s necessi-

dad

es qu

e perd

uraram

no

perío

do

anterio

r são d

iversas das atu

ais.

Segu

nd

o K

aplan

e No

rton

, na era

ind

ustrial “o

sucesso

das em

presas

era determ

inad

o p

ela man

eira

com

o se ap

roveitavam

do

s ben

efí-

cios d

as econ

om

ias de escala e d

o

escop

o”. O

s auto

res afirmam

tam-

bém

qu

e “um

a med

ida fin

anceira

sintética co

mo

o reto

rno

sob

re o

capital em

preg

ado

(RO

CE o

u

Retu

rn O

n C

apital Em

plo

yed) p

od

e-

ria tanto

dirig

ir o cap

ital intern

o

de u

ma em

presa p

ara sua u

tiliza-

ção m

ais pro

du

tiva qu

anto

mo

nito

-

rar a eficiência co

m a q

ual as d

ivi-

sões o

peracio

nais u

tilizavam o

s

recurso

s finan

ceiros e físico

s a fim

de criar valo

r para o

s acion

istas”.

Mu

itas das p

remissas d

a era ind

us-

trial caíram em

desu

so n

a era da

info

rmação

, prin

cipalm

ente p

ara as

emp

resas de serviço

. Gerir eficaz-

men

te os ativo

s e passivo

s finan

cei-

ros n

ão é m

ais garan

tia de su

cesso.

livro07_70-85 22.08.06 15:13 Page 70

Page 73: Ge 7, como planejar o proximo passo

71

O am

bien

te de p

erman

ente co

m-

petição

exige n

ovas e ren

ovad

as

capacid

ades p

ara garan

tir o su

ces-

so d

e um

a org

anização

.

Atu

almen

te, mo

bilizar e exp

lorar

os ativo

s intan

gíveis – ativo

s inte-

lectuais, p

or exem

plo

– torn

ou

-se

mu

ito m

ais imp

ortan

te qu

e mo

bili-

zar e explo

rar os ativo

s tang

íveis.

Os ativo

s intan

gíveis p

ermitem

qu

e

um

a emp

resa:

• Desen

volva relacio

nam

ento

s qu

e

con

servem a fid

elidad

e do

s clientes

existentes e p

ermitam

qu

e no

vos

segm

ento

s de clien

tes e áreas de

mercad

o sejam

atend

ido

s com

efi-

cácia e eficiência.

•Lan

ce pro

du

tos e serviço

s ino

va-

do

res desejad

os p

or seu

s clientes.

•Pro

du

za ben

s e serviços cu

stom

i-

zado

s de alta q

ualid

ade a p

reços

baixo

s e com

ciclos d

e pro

du

ção

mais cu

rtos.

• Mo

bilize as h

abilid

ades e a m

oti-

vação d

os fu

ncio

nário

s para a

melh

oria co

ntín

ua d

e pro

cessos,

qu

alidad

e e temp

os d

e respo

sta.

• Utilize tecn

olo

gia d

a info

rmação

,

ban

cos d

e dad

os e sistem

as.

Pre

mis

sas o

pera

cio

nais

As em

presas d

a era da in

form

ação

estão b

aseadas em

um

no

vo co

n-

jun

to d

e prem

issas op

eracion

ais.

São elas:

Pro

cessos in

terfun

cion

ais

A e

mp

resa

da

era

da

info

rma

ção

op

era

com

pro

cesso

s de

ne

cios

inte

gra

do

s qu

e a

bra

ng

em

tod

as

as fu

nçõ

es tra

dicio

na

is, com

bi-

na

nd

o o

s be

ne

fícios d

a e

spe

ciali-

zaçã

o fu

ncio

na

l com

a a

gilid

ad

e,

eficiê

ncia

e q

ua

lida

de

da

inte

gra

-

ção

do

s pro

cesso

s.

Ligação

com

clientes e fo

rneced

ores

A tecn

olo

gia d

a info

rmação

perm

i-

te qu

e as emp

resas de h

oje in

te-

grem

os p

rocesso

s de su

prim

ento

s,

pro

du

ção e en

trega, d

e mo

do

qu

e

as op

erações in

iciem b

aseadas em

um

a solicitação

do

cliente.

livro07_70-85 22.08.06 15:13 Page 71

Page 74: Ge 7, como planejar o proximo passo

72

ver as necessid

ades fu

turas d

os

clientes, id

ealizand

o p

rod

uto

s e

serviços rad

icalmen

te ino

vado

res e

inco

rpo

rand

o rap

idam

ente n

ovas

tecno

log

ias de p

rod

uto

para g

aran-

tir a eficiência d

os p

rocesso

s op

era-

cion

ais e de p

restação d

e serviços.

Trabalh

ado

res de co

nh

ecimen

to

(know

ledg

e wo

rkers)

Ag

ora, o

s fun

cion

ários d

evem ag

re-

gar valo

r pelo

qu

e sabem

e pelas

info

rmaçõ

es qu

e po

dem

forn

ecer.

Investir, g

erenciar e exp

lorar o

con

hecim

ento

de cad

a fun

cion

ário

passo

u a ser fato

r crítico d

e sucesso

para as em

presas. N

o esfo

rço d

e se

transfo

rmar p

ara com

petir co

m

sucesso

, as org

anizaçõ

es lançam

mão

de d

iversas iniciativas d

e

melh

oria: g

estão d

a qu

alidad

e

total; p

rod

ução

e sistemas d

e distri-

bu

ição ju

st-in-tim

e; com

petição

basead

a no

temp

o; p

rod

ução

enxu

-

ta/emp

resa enxu

ta; criação d

e

org

anizaçõ

es focad

as no

cliente;

gestão

de cu

stos b

aseada em

ativi-

dad

es; emp

ow

ermen

td

os fu

ncio

-

nário

s e reeng

enh

aria.

Segm

entação

de clien

tes

As em

presas d

a era da in

form

ação

devem

apren

der a o

ferecer pro

du

-

tos e serviço

s custo

mizad

os a seu

s

diverso

s segm

ento

s de clien

tes sem

serem p

enalizad

as no

s custo

s.

Escala glo

bal

As o

rgan

izações co

nco

rrem co

m as

melh

ores d

o m

un

do

e, para tan

to,

devem

com

bin

ar eficiência e ag

res-

sividad

e com

petitiva d

o m

ercado

glo

bal co

m sen

sibilid

ade às exp

ec-

tativas do

s clientes lo

cais.

Ino

vação

As em

presas q

ue co

mp

etem em

setores d

e rápid

a ino

vação tecn

oló

-

gica d

evem d

om

inar a arte d

e pre-

livro07_70-85 22.08.06 15:13 Page 72

Page 75: Ge 7, como planejar o proximo passo

Pro

cesso

s

inte

rno

s

Ap

ren

diz

ad

o e

cre

scim

en

to

Clie

nte

Fin

an

ças

Vis

ão

e

estra

tég

ia

73

A exp

eriência m

ostra q

ue q

uan

do

esses pro

gram

as de m

elho

ria são

aplicad

os co

mo

iniciativas iso

ladas

e disso

ciadas d

a estratégia o

rgan

i-

zacion

al apresen

tam resu

ltado

s, no

mín

imo

, frustran

tes. Melh

orar o

desem

pen

ho

de u

ma o

rgan

ização

ou

de u

m seto

r exige m

ud

anças

qu

e vão além

do

sistema d

e ges-

tão. A

s mu

dan

ças precisam

ating

ir

tamb

ém o

s sistemas d

e med

ição.

Co

nceito

s d

o m

od

elo

Kap

lan e N

orto

n afirm

am q

ue o

Balan

ced Sco

recardé a sín

tese do

“cho

qu

e entre a fo

rça irresistível

de co

nstru

ir capacid

ades co

mp

etiti-

vas de lo

ng

o alcan

ce e o o

bjeto

estático d

o m

od

elo trad

icion

al de

con

tabilid

ade fin

anceira d

e cus-

tos”. A

s med

idas fin

anceiras trad

i-

cion

ais, apesar d

e preservad

as pelo

BSC

, são in

adeq

uad

as para o

rientar

e avaliar as emp

resas da era d

a

info

rmação

na g

eração d

e valor

futu

ro, in

vestind

o em

clientes, fo

r-

neced

ores, fu

ncio

nário

s, pro

cessos,

tecno

log

ia e ino

vação.

No

BSC

, as med

idas fin

anceiras d

o

desem

pen

ho

passad

o são

com

ple-

men

tadas co

m as m

edid

as do

desem

pen

ho

futu

ro. O

s ob

jetivos e

as med

idas d

o B

SC d

erivam d

a visão

e estratégia d

a emp

resa, focalizan

-

do

o d

esemp

enh

o o

rgan

izacion

al

sob

as qu

atro p

erspectivas q

ue fo

r-

mam

a estrutu

ra do

mo

delo

:

• Finan

ceira.

• Do

cliente.

• Do

s pro

cessos in

terno

s.

• De ap

rend

izado

e crescimen

to.

livro07_70-85 22.08.06 15:13 Page 73

Page 76: Ge 7, como planejar o proximo passo

74

• Escla

rece

r e tra

du

zir a visã

o e

a e

straté

gia

.

• Co

mu

nicar e asso

ciar ob

jetivos e

med

idas estratég

icas.

• Pla

ne

jar, e

stab

ele

cer m

eta

s e

alin

ha

r inicia

tivas e

straté

gica

s.

• Melh

orar o

feedb

acke o

apren

di-

zado

estratégico

.

A u

tilização d

o B

alanced

Scorecard

perm

ite aos execu

tivos ap

rend

er e,

po

rtanto

, interferir n

a gestão

estratégica d

a emp

resa. O ap

rend

i-

zado

estratégico

tem in

ício co

m o

esclarecimen

to d

e um

a visão co

m-

partilh

ada p

elo co

nsen

so q

ue a

emp

resa deseja alcan

çar.

Sis

tem

a d

e g

estã

o

Para o B

SC, as m

edid

as finan

ceiras

e não

finan

ceiras devem

fazer

parte d

o sistem

a de in

form

ações

para to

das as p

essoas d

a org

aniza-

ção, d

os alto

s executivo

s aos fu

n-

cion

ários d

a linh

a de fren

te. Elas

precisam

enten

der as co

nseq

üên

-

cias de su

as ações e d

ecisões b

em

com

o reco

nh

ecer os fato

res do

sucesso

.O

BSC

se baseia n

a visão e

na estratég

ia da o

rgan

ização p

ara

estipu

lar ob

jetivos e m

edid

as tan-

gíveis d

e desem

pen

ho

. Essas med

i-

das refletem

o eq

uilíb

rio en

tre os

amb

ientes in

terno

(ino

vação,

apren

dizad

o e crescim

ento

) e

externo

(acion

istas e clientes).

O B

SC é u

tilizado

com

o sistem

a de

gestão

estratégica co

m o

lho

s para

o lo

ng

o p

razo – d

e três a cinco

ano

s. Org

anizaçõ

es do

setor in

du

s-

trial e de serviço

s testaram e ap

ro-

varam a u

tilização d

o Sco

recard

com

o estru

tura p

ara ação estraté-

gica d

os p

rocesso

s geren

ciais críti-

cos. O

BSC

é capaz d

e articular o

s

passo

s fun

dam

entais d

e um

siste-

ma d

e gestão

, de m

od

o a:

livro07_70-85 22.08.06 15:13 Page 74

Page 77: Ge 7, como planejar o proximo passo

75

Os co

nceito

s precisam

ser divu

lga-

do

s e assimilad

os p

or to

do

s, e não

som

ente p

elos in

iciado

s. Usar as

info

rmaçõ

es de m

od

o in

tensivo

e

com

ling

uag

em clara aju

da a trad

u-

zir con

ceitos co

mp

lexos em

termo

s

mais p

recisos, cap

azes de g

erar o

con

senso

entre o

s altos execu

tivos.

O p

rocesso

de co

mu

nicação

e ali-

nh

amen

to m

ob

iliza fun

cion

ários e

altos execu

tivos p

ara o alcan

ce do

s

ob

jetivos em

presariais. N

um

traba-

lho

perm

anen

te, os p

rofissio

nais d

os

diverso

s setores co

mp

reend

em o

pap

el a exercer no

dia-a-d

ia e, con

-

seqü

entem

ente, en

tend

em m

elho

r

a pró

pria em

presa.

A in

teração en

tre fun

cion

ários, alto

s

executivo

s e ob

jetivos estratég

icos

facilita o p

rocesso

de p

lanejam

ento

,

o estab

elecimen

to d

e metas e d

e

iniciativas estratég

icas.

Dep

ois q

ue m

etas específicas e

qu

antitativas d

e desem

pen

ho

foram

defin

idas, é p

reciso co

mp

ará-las com

o q

ue verd

adeiram

ente aco

ntece n

a

org

anização

. A d

iferença en

tre a

realidad

e e o d

esejo será o

alvo d

as

no

vas iniciativas estratég

icas.

Os três p

rimeiro

s passo

s fun

dam

en-

tais de u

m sistem

a de g

estão p

o-

dem

ser vitais para a im

plem

enta-

ção estratég

ica, mas n

ão são

sufi-

cientes p

ara emp

resas qu

e qu

erem

ser com

petitivas e estar in

seridas n

a

era da in

form

ação.

É preciso

qu

e os alto

s executivo

s

tenh

am o

feedb

ackso

bre as estraté-

gias m

ais com

plexas. É n

ecessário

qu

e a estratégia p

lanejad

a seja per-

man

entem

ente q

uestio

nad

a e

adap

tada à n

ova realid

ade p

ara qu

e

ela con

tinu

e, de fato

, send

o ad

e-

qu

ada às circu

nstân

cias atuais. O

s

ob

jetivos extraíd

os d

o feed

back

ser-

vem p

ara atualizar e su

bstitu

ir os

qu

e se torn

aram velh

os e o

bso

letos.

O processo de comunicação

e alinhamento m

obiliza funcionários e altos executivos para o alcance dos objetivos em

presariais.Num

trabalho permanente,

os profissionais dos diversossetores com

preendem o papel

a exercer no dia-a-dia.

livro07_70-85 22.08.06 15:13 Page 75

Page 78: Ge 7, como planejar o proximo passo

76Vam

os an

alisar a partir d

e ago

ra

cada u

m d

os p

assos fu

nd

amen

tais

de u

m sistem

a de g

estão:

Esclarecer e tradu

zir a visão e

a estratégia

O B

SC tem

início

com

o trab

alho

da

alta direção

para trad

uzir a estraté-

gia d

e sua u

nid

ade d

e neg

ócio

s em

ob

jetivos estratég

icos esp

ecíficos.

Um

a das resp

on

sabilid

ades d

essa

equ

ipe é estab

elecer as metas fin

an-

ceiras qu

e po

dem

ser tradu

zidas em

:

receita, crescimen

to d

e mercad

o,

lucrativid

ade e g

eração d

e fluxo

de

caixa.Q

uan

do

se fala em clien

te, é

de fu

nd

amen

tal imp

ortân

cia men

su-

rar qu

ais os seg

men

tos d

e clientes e

mercad

os q

ue se d

eseja ating

ir.

Ou

tra fun

ção d

a equ

ipe é id

entificar

ob

jetivos e m

edid

as para seu

s pro

-

cessos in

terno

s. Os sistem

as tradicio

-

nais d

e med

ição d

e desem

pen

ho

costu

mam

se con

centrar n

a melh

o-

ria de cu

stos, q

ualid

ade e ciclo

s do

s

pro

cessos existen

tes. O B

SC d

estaca

os p

rocesso

s mais crítico

s para a

ob

tenção

de d

esemp

enh

o su

perio

r

para clien

tes e acion

istas.

Ao

discu

tir e d

elib

era

r as m

eta

s de

ap

ren

diza

do

e d

e cre

scime

nto

, a

eq

uip

e so

lidifica

seu

s con

he

cime

n-

tos e

sua

arg

um

en

taçã

o so

bre

os

inve

stime

nto

s na

recicla

ge

m d

e

fun

cion

ário

s, na

tecn

olo

gia

e n

os

sistem

as d

e in

form

açõ

es, e

na

me

lho

ria d

os p

roce

dim

en

tos o

rga

-

niza

cion

ais. E

sses in

vestim

en

tos –

em

pe

ssoa

l, sistem

as e

pro

ced

i-

me

nto

s – pro

du

zem

ino

vaçõ

es e

me

lho

rias im

po

rtan

tes p

ara

os

pro

cesso

s inte

rno

s de

ne

cios,

pa

ra o

s clien

tes e

, po

r fim, p

ara

os a

cion

istas.

Um

a d

as g

ran

de

s van

tag

en

s do

pro

cesso

de

con

struçã

o d

o

Balan

ced Sco

recardé

colo

car e

m

con

tato

exe

cutivo

s de

áre

as fu

n-

cion

ais d

ifere

nte

s.

livro07_70-85 22.08.06 15:13 Page 76

Page 79: Ge 7, como planejar o proximo passo

77

O resu

ltado

é um

mo

delo

ob

tido

a

partir d

o co

nsen

so, n

o q

ual to

das

as áreas são rep

resentad

as e con

tri-

bu

em. O

s ob

jetivos, p

ortan

to, p

as-

sam a ser d

e respo

nsab

ilidad

e con

-

jun

ta e fun

cion

am co

mo

po

nto

de

referência p

ara um

a série de

imp

ortan

tes pro

cessos g

erenciais

basead

os em

equ

ipes.

Co

mu

nicar e asso

ciar ob

jetivos e

med

idas estratég

icos

O p

rop

ósito

da co

mu

nicação

é

mo

strar a tod

os o

s fun

cion

ários o

s

ob

jetivos crítico

s qu

e devem

ser

alcançad

os p

ara qu

e a estratégia

da em

presa seja b

em-su

cedid

a.

Os m

eios d

e com

un

icação p

od

em

ser new

sletters, qu

adro

s de aviso

s,

vídeo

s e até via eletrôn

ica, usan

do

softw

aresd

e trabalh

o em

gru

po

e

com

pu

tado

res ligad

os em

rede.

As em

presas u

tilizam o

pro

cesso d

e

mo

ntag

em d

o Sco

recardp

ara dar

con

hecim

ento

a tod

os o

s fun

cion

á-

rios so

bre o

bjetivo

s e med

idas

estratégico

s de alto

nível. Isso

é

feito p

or m

eio d

e com

un

icado

s e

incen

tivo p

ara qu

e as equ

ipes seto

-

riais se capacitem

para cu

mp

rir pra-

zos lo

cais qu

e, ob

viamen

te, irão

influ

enciar o

s prazo

s glo

bais.

A co

mu

nicação

tamb

ém in

centiva a

org

anização

a discu

tir não

apen

as

os o

bjetivo

s finan

ceiros d

e curto

prazo

, mas a fo

rmu

lação e a im

ple-

men

tação d

e um

a estratégia d

esti-

nad

a a pro

du

zir um

desem

pen

ho

excepcio

nal n

o fu

turo

. Afin

al,

tod

os d

evem ter co

mp

reensão

das

metas d

e lon

go

prazo

bem

com

o

da estratég

ia para alcan

çá-las.

Plan

ejar,estabelecer m

etas e alinh

ar

iniciativas estratég

icas

Ao

elabo

rar o B

SC, a eq

uip

e de

altos execu

tivos d

eve estabelecer

metas p

ara os o

bjetivo

s do

Scorecard

qu

e, se alcançad

as, trans-

form

arão a o

rgan

ização. A

s metas

precisam

necessariam

ente rep

re-

sentar u

ma ru

ptu

ra com

o d

esem-

pen

ho

passad

o. O

bjetivo

s amb

icio-

sos so

men

te serão atin

gid

os se

forem

estabelecid

as metas d

e sup

e-

ração p

ara pro

cessos in

terno

s, de

atend

imen

to ao

s clientes e o

bjeti-

vos d

e apren

dizad

o e crescim

ento

.

livro07_70-85 22.08.06 15:13 Page 77

Page 80: Ge 7, como planejar o proximo passo

78Os o

bjetivo

s e metas p

ara os clien

-

tes, po

r exemp

lo, d

evem co

ntem

-

plar açõ

es qu

e aum

entem

a satisfa-

ção o

u m

esmo

qu

e sup

erem as

maio

res expectativas d

esses mes-

mo

s clientes.

Os d

esejos, as n

ecessidad

es e as

von

tades d

os clien

tes atuais e

po

tenciais d

evem ser exam

inad

os à

pro

cura d

e expectativas d

e um

desem

pen

ho

excepcio

nal.

De aco

rdo

com

os au

tores K

aplan

e

No

rton

, “dep

ois d

e estabelecid

as as

metas p

ara os clien

tes, os p

rocesso

s

intern

os e as m

edid

as de ap

rend

i-

zado

e crescimen

to, o

s executivo

s

estarão co

m co

nd

ições d

e alinh

ar

suas in

iciativas estratégicas d

e qu

a-

lidad

e, temp

o d

e respo

sta e reen-

gen

haria p

ara alcançar o

s ob

jetivos

extraord

inário

s”.

O p

rocesso

geren

cial de p

laneja-

men

to e estab

elecimen

to d

e metas

perm

ite qu

e a emp

resa:

• Qu

antifiq

ue o

s resultad

os p

reten-

did

os a lo

ng

o p

razo.

• Iden

tifiqu

e mecan

ismo

s e forn

eça

recurso

s para q

ue o

s resultad

os

sejam alcan

çado

s.

• Estabeleça referen

ciais de cu

rto

prazo

para as m

edid

as finan

ceiras

e não

finan

ceiras do

Scorecard

.

Melh

orar o

feedb

acke o

apren

dizad

o estratég

ico

Kap

lan e N

orto

n co

nsid

eram q

ue

este qu

arto e ú

ltimo

pro

cesso

geren

cial seja o asp

ecto m

ais ino

-

vado

r do

Scorecard

.

Os execu

tivos p

assaram a d

ispo

r de

um

pro

cedim

ento

para ter o

feed-

back

sob

re sua estratég

ia e testar

as hip

óteses em

qu

e ela se baseia.

O B

SC p

ermite q

ue m

on

itorem

e

ajustem

a imp

lemen

tação d

a estra-

Sistemas de m

edição dedesem

penho foram e são

fundamentais para a

sobrevivência das empresas.

Porém,grande parte das

organizações ainda insisteem

sistemas que consideram

apenas a medição financeira.

livro07_70-85 22.08.06 15:13 Page 78

Page 81: Ge 7, como planejar o proximo passo

79

tégia e, se n

ecessário, efetu

em

mu

dan

ças fun

dam

entais n

a pró

pria

estratégia. O

s executivo

s não

som

ente d

iscutirão

se os resu

ltado

s

passad

os fo

ram alcan

çado

s, mas se

suas exp

ectativas futu

ras perm

ane-

cem execu

táveis.

Por m

eio d

as revisões g

erenciais

men

sais e trimestrais, as m

edid

as

finan

ceiras e não

finan

ceiras do

BSC

po

derão

ser checad

as e, ao

mesm

o tem

po

, feita a verificação

se a un

idad

e de n

egó

cios está

alcançan

do

suas m

etas no

qu

e diz

respeito

aos clien

tes, aos p

rocesso

s

intern

os e à in

ovação

, aos fu

ncio

-

nário

s, aos sistem

as e aos p

roced

i-

men

tos. A

s revisões e atu

alizações

geren

ciais, men

sais ou

trimestrais

deixarão

de an

alisar o p

assado

para b

uscar a m

elho

r com

preen

são

sob

re o fu

turo

. Aceitar q

ue as

emp

resas vivem em

amb

ientes em

con

stante tran

sform

ação é estar d

e

acord

o q

ue n

ovas estratég

ias

po

dem

surg

ir do

apro

veitamen

to

de o

po

rtun

idad

es ou

de resp

osta a

ameaças n

ão p

revistas na fo

rmu

la-

ção d

o p

lano

estratégico

inicial.

Pers

pectiv

as d

o B

SC

Sistemas d

e med

ição d

e desem

pe-

nh

o fo

ram e são

fun

dam

entais

para a so

brevivên

cia das em

presas.

Porém

, gran

de p

arte das o

rgan

iza-

ções ain

da in

siste em sistem

as qu

e

con

sideram

apen

as a med

ição

finan

ceira. O B

alanced

Scorecard

ino

va e pro

e um

sistema d

e

med

ição d

e desem

pen

ho

derivad

o

de su

as estratégias e cap

acidad

es.

Ele man

tém o

s ind

icado

res finan

-

ceiros e in

corp

ora u

m co

nju

nto

de

med

idas m

ais gen

érico e in

tegrad

o

– cham

ado

de p

erspectivas – q

ue

vincu

la o d

esemp

enh

o so

b a ó

tica

do

s clientes, d

os p

rocesso

s intern

os

e do

apren

dizad

o e crescim

ento

.

livro07_70-85 22.08.06 15:13 Page 79

Page 82: Ge 7, como planejar o proximo passo

80O B

SC n

ão d

eve ser visto e m

uito

men

os u

tilizado

com

o ferram

enta

para co

ntro

le do

com

po

rtamen

to e

avaliação d

o d

esemp

enh

o p

assado

.

As m

edid

as do

Scorecard

devem

ser

usad

as para articu

lar a estratégia d

a

emp

resa, com

un

icar essa estratégia

e para alin

har as in

iciativas ind

ivi-

du

ais, org

anizacio

nais e in

terdep

ar-

tamen

tais, com

a finalid

ade d

e

alcançar u

ma m

eta com

um

. Enfim

, o

Balan

ced Sco

recardd

eve ser utiliza-

do

com

o u

m m

eio d

e com

un

icação,

info

rmação

e apren

dizad

o, n

ão

com

o sistem

a de co

ntro

le.

O co

nju

nto

de m

edid

as mais g

enéri-

co e in

tegrad

o – ch

amad

o d

e pers-

pectivas – b

uscam

equ

ilibrar o

s ob

je-

tivos d

e curto

e lon

go

prazo

s, os

resultad

os d

esejado

s e os veto

res do

desem

pen

ho

desses resu

ltado

s e,

finalm

ente, as m

edid

as ob

jetivas,

con

cretas, e as med

idas su

bjetivas,

mais im

precisas.

Cad

a um

a das p

erspectivas id

entifica

med

idas g

enéricas q

ue são

apresen

-

tadas a seg

uir so

men

te com

o exem

-

plo

. As m

edid

as para cad

a org

aniza-

ção variam

de aco

rdo

com

os

amb

ientes in

terno

e externo

em q

ue

essas emp

resas atuam

.

Perman

entem

ente, d

evem-se avaliar

qu

ais delas estão

fun

cion

and

o,

qu

ais devem

ser mo

dificad

as e qu

ais

no

vas devem

ser inco

rpo

radas à

gestão

estratégica.

PER

SPEC

TIVA

MED

IDA

S GEN

ÉRIC

AS

Finan

ceiraR

etorn

o so

bre o

investim

ento

e o valo

r econ

ôm

ico ag

regad

o.

Do

cliente

Satisfa

ção

, rete

nçã

o, p

articip

açã

o d

e m

erca

do

e p

artici-

pa

ção

de

con

ta.

Intern

aQ

ualid

ade, tem

po

de resp

osta, cu

sto e lan

çamen

to d

e

no

vos p

rod

uto

s ou

serviços.

Do

apren

dizad

o

e crescimen

to

Satisfação d

os fu

ncio

nário

s e disp

on

ibilid

ade d

os sistem

as

de in

form

ação.

livro07_70-85 22.08.06 15:13 Page 80

Page 83: Ge 7, como planejar o proximo passo

81

Um

a das p

rincip

ais características

dessas p

erspectivas é a u

nid

ade d

e

pro

sito, u

ma vez q

ue to

das se

direcio

nam

para a execu

ção d

e

um

a estratégia in

tegrad

a.

A seg

uir, vam

os n

os ap

rofu

nd

ar

sob

re cada u

ma d

as persp

ectivas:

Perspectiva fin

anceira

Co

mo

vimo

s, o B

alanced

Scorecard

não

só reco

nh

ece a imp

ortân

cia da

persp

ectiva finan

ceira com

o a m

an-

tém em

seu p

rocesso

. Aq

ui n

ão se

con

testou

o m

érito d

as med

idas

finan

ceiras e sim a in

suficiên

cia de

utilizá-las co

mo

ún

ico p

arâmetro

de d

esemp

enh

o.

As m

edid

as finan

ceiras de d

esem-

pen

ho

, além d

e ind

icarem se o

retorn

o é su

perio

r ou

não

a partir

do

capital in

vestido

, ind

icam se a

estratégia d

e um

a emp

resa, sua

imp

lemen

tação e execu

ção estão

con

tribu

ind

o p

ara a melh

oria d

os

resultad

os fin

anceiro

s.

As p

rincip

ais med

idas d

os o

bjetivo

s

finan

ceiros p

od

em ser:

• Crescim

ento

das ven

das.

• Geração

de flu

xo d

e caixa.

• Receita o

peracio

nal.

• Reto

rno

sob

re capital em

preg

ado

.

• Valo

r econ

ôm

ico ag

regad

o.

É preciso

estar atento

para a varia-

ção – q

ualitativa e q

uan

titativa –

do

s ob

jetivos fin

anceiro

s em fu

n-

ção d

o C

iclo d

e Vid

a em q

ue a

emp

resa ou

a un

idad

e de n

egó

cio

se enco

ntram

. Dep

end

end

o d

a fase

em q

ue a o

rgan

ização, o

pro

du

to

ou

o serviço

se situam

(intro

du

ção,

crescimen

to, m

aturid

ade o

u d

eclí-

nio

), os esfo

rços d

e investim

ento

e,

con

seqü

entem

ente, as exp

ectativas

de reto

rno

são d

iferentes.

livro07_70-85 22.08.06 15:13 Page 81

Page 84: Ge 7, como planejar o proximo passo

Pa

rticip

açã

o

de m

erc

ad

o

Rete

nção

de c

lien

tes

Satis

fação

do

s c

lien

tes

Satis

fação

do

s c

lien

tes

Cap

tação

de c

lien

tes

Lu

cra

tivid

ad

e

do

s c

lien

tes

82Perspectiva d

o clien

te

Na p

erspectiva d

o clien

te, o B

SC

perm

ite a iden

tificação d

os seg

-

men

tos d

e clientes e m

ercado

s no

s

qu

ais a emp

resa deseja co

mp

etir.

A esco

lha d

os seg

men

tos é d

e fun

-

dam

ental im

po

rtância, p

ois são

eles qu

e vão rep

resentar as fo

ntes

de receita p

ara o n

egó

cio.

Os in

dicad

ores d

as med

idas p

rinci-

pais d

e resultad

o são

com

un

s a

tod

o tip

o d

e emp

resa. São eles:

• Participação

de m

ercado

.

• Reten

ção d

e clientes.

• Cap

tação d

e no

vos clien

tes.

• Satisfação d

os clien

tes.

• Lucrativid

ade d

os clien

tes.

Ka

pla

n e

No

rton

ag

rup

ara

m e

ssas

me

did

as e

ssen

ciais g

en

érica

s nu

ma

cad

eia

form

al d

e re

laçã

o d

e ca

usa

e e

feito

, con

form

e a

figu

ra a

cima

.

Ao

ela

bo

rar se

u Sco

recard,

as

em

pre

sas d

eve

m cu

stom

izar a

s

me

did

as cita

da

s pa

ra q

ue

ela

s

reflita

m co

m a

ma

ior fid

elid

ad

e

seu

s pró

prio

s clien

tes.

Os ve

tore

s do

s resu

ltad

os e

ssen

-

ciais p

ara

os clie

nte

s são

os fa

tore

s

críticos p

ara

qu

e o

s clien

tes

mu

de

m o

u p

erm

an

eça

m fié

is a

seu

s forn

ece

do

res. A

lém

de

pe

rmi-

tir con

he

cer p

rofu

nd

am

en

te o

clien

te, se

be

m d

osa

da

s, as m

ed

i-

da

s po

ssibilita

m a

articu

laçã

o e

a

corre

ção

de

estra

tég

ias d

e clie

nte

s

e m

erca

do

s qu

e p

rop

orcio

na

rão

ma

iore

s lucro

s fina

nce

iros fu

turo

s.

livro07_70-85 22.08.06 15:13 Page 82

Page 85: Ge 7, como planejar o proximo passo

83

Ou

tra vantag

em d

e con

hecer e ser

capaz d

e dim

ensio

nar o

s vetores

do

s resultad

os essen

ciais é a com

-

preen

são d

as necessid

ades d

os

clientes e a an

tecipação

do

s mo

vi-

men

tos d

a con

corrên

cia. Ad

iantar-

se à con

corrên

cia po

ssibilita o

lan-

çamen

to d

e pro

du

tos e serviço

s

inéd

itos n

o m

ercado

e a mig

ração

de clien

tes para su

a carteira.

Perspectivas d

os p

rocesso

s intern

os

Aq

ui, o

s executivo

s iden

tificam o

s

pro

cessos in

terno

s críticos em

qu

e

devem

bu

scar a excelência, a fim

de satisfazer as exp

ectativas do

s

acion

istas em relação

aos reto

rno

s

finan

ceiros e d

e oferecer p

rop

ostas

de valo

r capazes d

e atrair e reter

clientes em

segm

ento

s específico

s

de m

ercado

.

Por essa p

erspectiva, o

Balan

ced

Scorecard

diferen

cia-se du

plam

ente

das ab

ord

agen

s tradicio

nais.

Primeiro

, po

rqu

e cria a po

ssibilid

a-

de d

e iden

tificação d

e pro

cessos

inteiram

ente n

ovo

s qu

e po

dem

ser

críticos p

ara o su

cesso d

a estratégia

da em

presa, en

qu

anto

a abo

rda-

gem

tradicio

nal m

antém

o fo

co n

a

melh

oria d

os p

rocesso

s existentes.

Segu

nd

o, p

orq

ue o

BSC

, cujo

pro

-

cesso d

e ino

vação está co

ntid

o n

a

persp

ectiva do

s pro

cessos in

terno

s,

tom

a o cam

inh

o d

e desen

volver

um

no

vo p

rod

uto

para aten

der a

no

vos e an

tigo

s clientes em

merca-

do

s já con

hecid

os o

u em

no

vos

mercad

os. O

s sistemas trad

icion

ais,

po

r sua vez, fo

calizam o

s pro

cessos

de en

trega d

os p

rod

uto

s e serviços

atuais ao

s clientes atu

ais, o q

ue faz

a emp

resa criar valor a p

artir da

pro

du

ção, en

trega e assistên

cia a

esse pro

du

to. Eles ten

tam co

ntro

lar

e melh

orar as o

peraçõ

es já existen-

tes. Co

meçam

com

o receb

imen

to

do

ped

ido

de u

m clien

te existente,

relativo a u

m p

rod

uto

ou

serviço

existente, e term

ina co

m a en

trega

do

pro

du

to ao

cliente.

livro07_70-85 22.08.06 15:13 Page 83

Page 86: Ge 7, como planejar o proximo passo

84Perspectiva d

o ap

rend

izado

e crescimen

to

Os o

bjetivo

s das três p

erspectivas

anterio

res (finan

ceiros, d

o clien

te e

do

s pro

cessos in

terno

s) no

BSC

revelam g

rand

e distân

cia entre as

capacid

ades atu

ais das p

essoas, sis-

temas e p

roced

imen

tos e o

qu

e é

necessário

para alcan

çar um

desem

pen

ho

ino

vado

r.

A co

nstatação

de q

ue é im

pro

vável

qu

e a emp

resa seja capaz d

e atin-

gir su

as metas d

e lon

go

prazo

para

clientes e p

rocesso

s intern

os u

tili-

zand

o as tecn

olo

gias e cap

acidad

es

atuais é q

ue d

á imp

ortân

cia crucial

à persp

ectiva do

apren

dizad

o e

crescimen

to. Essa p

erspectiva id

en-

tifica a infra-estru

tura q

ue a

emp

resa deve co

nstru

ir para g

erar

crescimen

to e m

elho

ria a lon

go

prazo

. Ou

seja, desen

volve o

bjeti-

vos p

ara orien

tar o ap

rend

izado

e

o crescim

ento

org

anizacio

nal, o

ri-

gin

ado

s de três fo

ntes p

rincip

ais:

• Cap

acidad

e do

s fun

cion

ários.

• Ca

pa

cida

de

do

s sistem

as

de

info

rma

ção

.

• Mo

tivação, em

po

werm

ent

e

alinh

amen

to.

Se as emp

resas desejam

ating

ir

metas a lo

ng

o p

razo, terão

de

investir n

a reciclagem

de fu

ncio

ná-

rios, n

o ap

erfeiçoam

ento

da tecn

o-

log

ia da in

form

ação e d

os sistem

as

e no

alinh

amen

to d

os p

roced

imen

-

tos e ro

tinas o

rgan

izacion

ais.

As m

edid

as basead

as no

s fun

cion

á-

rios in

cluem

um

a com

bin

ação d

e

med

idas g

enéricas d

e resultad

o –

satisfação, reten

ção, trein

amen

to e

hab

ilidad

es do

s fun

cion

ários – co

m

vetores esp

ecíficos d

essas med

idas.

A cap

acidad

e do

s sistemas d

e

info

rmação

po

de ser m

edid

a po

r

sua d

ispo

nib

ilidad

e, em tem

po

real, para o

s fun

cion

ários q

ue se

enco

ntram

na lin

ha d

e frente d

a

ação e p

ela tom

ada d

e decisõ

es de

info

rmaçõ

es relevantes e p

recisas

sob

re clientes e p

rocesso

s intern

os.

As m

ed

ida

s de

pro

ced

ime

nto

s

org

an

izacio

na

is po

de

m e

xam

ina

r

o a

linh

am

en

to d

os in

cen

tivos a

os

fun

cion

ário

s com

os fa

tore

s glo

-

ba

is de

suce

sso o

rga

niza

cion

al e

livro07_70-85 22.08.06 15:13 Page 84

Page 87: Ge 7, como planejar o proximo passo

85

os ín

dice

s de

me

lho

ria d

os p

roce

s-

sos crítico

s, inte

rno

s ou

volta

do

s

pa

ra clie

nte

s.

Qu

anto

à po

ssibilid

ade d

e utiliza-

ção d

e som

ente p

arte das p

erspec-

tivas, ou

aind

a se as qu

atro são

suficien

tes, Kap

lan e N

orto

n

afirmam

qu

e “devem

ser con

side-

radas u

m m

od

elo, n

ão u

ma cam

i-

sa-de-fo

rça”.

E co

nclu

em

: “N

ão

existe

teo

rem

a

ma

tem

ático

seg

un

do

o q

ua

l as

qu

atro

pe

rspe

ctivas se

riam

ne

ces-

sária

s e su

ficien

tes. A

ind

a n

ão

en

con

tram

os e

mp

resa

s qu

e u

tili-

zem

me

no

s do

qu

e a

s qu

atro

pe

rspe

ctivas, p

oré

m, d

ep

en

de

nd

o

da

s circun

stân

cias d

o se

tor e

da

estra

tég

ia d

e u

ma

un

ida

de

de

ne

cios, é

po

ssível q

ue

seja

pre

ciso a

gre

ga

r um

a o

u m

ais

pe

rspe

ctivas co

mp

lem

en

tare

s”.

O q

ue v

ocê v

iu n

o c

ap

ítulo

6

>C

omo m

edir o desempenho organiza-

cional a partir do Balanced Scorecard.

1

>C

omo a visão e as estratégias da

empresa são analisadas pelo B

SC.

2

>Perspectivas do B

SC:financeira,do clien-

te,interna e do aprendizado e crescimento.

3

livro07_70-85 22.08.06 15:13 Page 85

Page 88: Ge 7, como planejar o proximo passo

OBJETIVOS E PLANO D

E AÇÃO

Co

mo

defin

ir os o

bje

tivo

s

de u

m p

lan

o e

stra

tég

ico

?

Co

mo

mo

nta

r um

pla

no

de

ação

para

efe

tivar a

s n

ovas

estra

tég

ias d

a e

mp

resa?

7

86Se, apó

s realizar o p

rocesso

de p

la-

nejam

ento

estratégico

, con

siderar-

mo

s o trab

alho

finalizad

o, estare-

mo

s com

etend

o u

m im

enso

erro.

Dep

ois d

e apren

der a d

efinição

de

vários term

os, g

astar ho

ras bu

scan-

do

a adeq

uação

de co

nceito

s à

org

anização

e à realidad

e, bu

scar a

com

preen

são d

as con

jun

turas p

olí-

tica, econ

ôm

ica, social e cu

ltural,

apro

fun

dar o

deb

ate sob

re as rela-

ções in

ternas d

a emp

resa, e form

u-

lar estratégias q

ue co

nd

uzirão

a

emp

resa ao fu

turo

, não

po

dem

os

con

siderar n

ada term

inad

o. Se n

ão

for p

osto

em p

rática o q

ue fo

i

desen

had

o, o

trabalh

o e a d

edica-

ção serão

desp

erdiçad

os.

A rig

or, u

m p

lanejam

ento

estraté-

gico

nu

nca está fin

alizado

. A g

es-

tão estratég

ica é um

perm

anen

te

refazer e um

con

stante rep

ensar.

O p

lano

de ação

será, po

rtanto

, o

fim d

o p

rocesso

do

plan

ejamen

to

estratégico

e não

o fim

do

plan

eja-

men

to estratég

ico.

Para traçar o p

lano

de ação

, é pre-

ciso ter claro

qu

ais são seu

s ob

jeti-

vos, o

u seja, o

s parâm

etros q

ue

limitarão

o cam

po

de atu

ação.

Desse m

od

o, o

s plan

os d

e ação

materializam

as estratégias.

livro07_86-93 22.08.06 15:14 Page 86

Page 89: Ge 7, como planejar o proximo passo

87

Ob

jetiv

os

Não

existe emp

resa qu

e esteja em

tão p

erfeito fu

ncio

nam

ento

qu

e

não

precise d

e algu

ma co

rreção.

Semp

re há estratég

ias a serem tra-

çadas. Po

r mais q

ue u

ma em

presa

seja con

siderad

a exemp

lo d

e efi-

ciência, existe alg

um

no

vo h

orizo

n-

te a ser explo

rado

.

Nesse caso

, o p

rocesso

de p

laneja-

men

to será en

carregad

o d

e trazer

à ton

a as insatisfaçõ

es e as imp

er-

feições e certam

ente d

esafios.

Para serem ab

raçado

s po

r tod

os, é

preciso

qu

e as pesso

as sintam

-se

incitad

as a sup

erar limites. O

s

desafio

s necessitam

prim

eiramen

te

ser enten

did

os, co

nvertid

os n

um

a

ling

uag

em co

mp

reensível. U

ma

bo

a form

a de trad

uzir o

s desafio

s

é transfo

rmá-lo

s em o

bjetivo

s

alcançáveis n

o tem

po

con

siderad

o

ideal p

elo p

lanejam

ento

.

Estabelecer o

bjetivo

s e dar p

ub

lici-

dad

e a eles jun

to a to

do

s os fu

n-

cion

ários d

a emp

resa é o cam

inh

o

para b

uscar o

sucesso

almejad

o

pela o

rgan

ização.

Ob

jetivos são

mu

ito m

ais do

qu

e

declaraçõ

es de in

tenção

. Referem

-

se aos alvo

s a serem alcan

çado

s

para q

ue a visão

e a missão

se tor-

nem

realidad

e. Baseiam

-se nas

análises extern

as e intern

as, elabo

-

radas a p

artir do

con

hecim

ento

da

org

anização

e do

mercad

o.

Os o

bjetivo

s precisam

ser claros, e,

para tan

to, é n

ecessário evitar ter-

mo

s gen

éricos e d

úb

ios n

a reda-

ção. Po

r exemp

lo, se o

ob

jetivo é

crescer, é preciso

especificar o

nd

e e

de q

uan

to será o

crescimen

to.

Co

mo

são p

arâmetro

s, ob

jetivos

po

dem

ser defin

ido

s po

r expres-

sões d

e qu

alidad

e ou

de q

uan

tida-

de. São

marco

s de referên

cia utili-

zado

s a qu

alqu

er mo

men

to p

ara

checar se o

rum

o seg

uid

o p

ela

org

anização

está correto

e se o

temp

o p

ara a execução

do

plan

o

está den

tro d

o p

revisto.

Uma boa form

a de traduziros desafios é transform

á-losem

objetivos alcançáveis no tem

po considerado idealpelo planejam

ento.

livro07_86-93 22.08.06 15:14 Page 87

Page 90: Ge 7, como planejar o proximo passo

88Os o

bjetivo

s qu

antitativo

s perm

i-

tem estab

elecer parâm

etros m

en-

suráveis q

ue p

ossib

ilitam avaliar o

grau

do

qu

e está send

o o

u será

ating

ido

em term

os físico

s e finan

-

ceiros. O

s ob

jetivos q

ualitativo

s são

usad

os ap

enas q

uan

do

os alvo

s

preten

did

os n

ão p

od

em ser q

uan

ti-

ficado

s, o q

ue é m

uito

raro.

É preciso

ser cuid

ado

so ao

estabe-

lecer ob

jetivos. D

e curto

, méd

io o

u

lon

go

prazo

s, eles não

po

dem

ser

inatin

gíveis n

em m

uito

fáceis. No

s

do

is casos, n

ão p

rovo

cam o

estímu

-

lo n

ecessário d

e qu

e o co

rpo

de

fun

cion

ários p

recisa para se m

anter

mo

bilizad

o. D

oses d

e desafio

e

ou

sadia são

saud

áveis e man

têm a

emp

resa em alerta.

Os o

bjetivo

s po

dem

ser gerais o

u

específico

s. Estes se referem a

determ

inad

os seto

res ou

pro

jetos,

ou

seja, apen

as parte d

a emp

resa é

afetada p

elo o

bjetivo

.

Mas, se o

ob

jetivo fo

r geral, to

da a

org

anização

será influ

enciad

a po

r

seus efeito

s.

Qu

aisqu

er qu

e forem

os o

bjetivo

s,

eles devem

se caracterizar po

r:

• Ter o

rige

m n

a visã

o e

na

missã

o,

no

s cen

ário

s de

sen

ha

do

s, na

s an

á-

lises e

xtern

a e

inte

rna

ou

na

s

estra

tég

ias fo

rmu

lad

as. Se

isso

o o

corre

r, nã

o te

rão

sen

tido

pa

ra a

org

an

izaçã

o o

u to

do

o

pro

cesso

de

pla

ne

jam

en

to e

straté

-

gico

está

eq

uivo

cad

o.

• Serem p

assíveis de aco

mp

anh

a-

men

to e verificação

. É preciso

saber se fo

ram alcan

çado

s ou

sup

e-

rado

s ou

se não

foram

cum

prid

os.

• Re

fletire

m o

con

sen

so e

ntre

tod

os o

s níve

is da

org

an

izaçã

o. É

pre

ciso q

ue

os o

bje

tivos te

nh

am

o co

mp

rom

etim

en

to d

e to

do

s os

en

volvid

os. Q

ua

nto

ma

ior o

com

-

pro

misso

, ma

ior a

po

ssibilid

ad

e

de

atin

gi-lo

s.

Os planos de ação precisaminform

ar o prazo de sua conclusão.D

evem identificar

os recursos necessários para a im

plementação

das estratégias.

livro07_86-93 22.08.06 15:14 Page 88

Page 91: Ge 7, como planejar o proximo passo

89

Pla

no

de a

ção

Os o

bjetivo

s fixado

s a partir d

as

estratégias, co

mp

etitivas ou

corp

o-

rativas, servirão d

e base p

ara a

mo

ntag

em d

os p

lano

s de ação

.

Para cada o

bjetivo

, po

derá existir

um

ou

mais p

lano

s de ação

especí-

ficos, co

mp

osto

s de u

ma série d

e

pro

vidên

cias ou

tarefas qu

e terão

com

o fu

nção

fun

dam

ental g

arantir

a execução

das estratég

ias.

Os p

lano

s de ação

precisam

info

r-

mar o

prazo

de su

a con

clusão

.

Devem

tamb

ém id

entificar o

s

recurso

s necessário

s para a im

ple-

men

tação d

as estratégias. A

lém

disso

, é necessário

haver a n

om

ea-

ção d

e um

respo

nsável.

Um

plan

o d

e ação estratég

ico d

eve

respo

nd

er às segu

intes p

ergu

ntas:

1.Q

ua

is as a

çõe

s pre

vista

s?

Defin

ir as ações q

ue são

fun

da-

men

tais para a execu

ção d

o p

lano

.

Há a p

ossib

ilidad

e de existir

som

ente u

ma ação

.

2.Q

ua

l a p

riorid

ad

e d

as a

çõe

s?

As açõ

es devem

receber valo

res de

1 a 5, po

r exemp

lo, p

ara qu

e seja

po

ssível determ

inar as p

riorid

ades.

3.Q

ua

is as a

tivid

ad

es p

revista

s?

Descrever su

cintam

ente as ativid

a-

des p

revistas.

4.Q

ua

is ind

icad

ore

s serã

o u

sad

os

pa

ra a

com

pa

nh

ar a

exe

cuçã

o?

Determ

inar q

uais o

s ind

icado

res

qu

e devem

ser usad

os p

ara checar

o d

esenvo

lvimen

to d

o p

lano

.

5.Q

ua

nto

custa

?

Ind

icar os recu

rsos n

ecessários p

ara

a execução

do

plan

o.

livro07_86-93 22.08.06 15:14 Page 89

Page 92: Ge 7, como planejar o proximo passo

90

divu

lgar d

ocu

men

tos, p

ermitin

do

qu

e tod

os aco

mp

anh

em a execu

-

ção d

os p

lano

s estratégico

s.

Pa

rticipa

ção

de

tod

os

Por vezes, m

on

tar um

pro

cesso d

e

plan

ejamen

to estratég

ico p

od

e ser

mu

ito d

ifícil para alg

um

as pesso

as

ou

mesm

o p

ara a org

anização

. Os

mo

tivos são

diverso

s, com

o falta d

e

temp

o d

o em

presário

ou

de seu

s

executivo

s, ou

falta de h

abilid

ade e

con

hecim

ento

para tal tarefa.

Porém

, isso n

ão d

eve ser imp

edi-

men

to p

ara o p

lanejam

ento

.

6.Q

ua

is os re

curso

s ne

cessá

rios p

ara

a e

xe

cuçã

o?

Ind

icar ou

tros recu

rsos n

ecessários

à execução

do

plan

o. O

s recurso

s

envo

lvido

s po

dem

ser econ

ôm

icos,

tecno

lóg

icos, d

e po

der, cap

acidad

e

org

anizacio

nal etc.

7.Q

ua

l a d

ata

-limite

da

s açõ

es?

Ind

icar o

pra

zo d

e e

xecu

ção

do

pla

no

.

8.Q

ue

m é

o re

spo

nsá

ve

l?

Ind

icar a pesso

a respo

nsável p

elo

plan

o. Se n

ecessário, p

od

erá haver

a ind

icação d

e respo

nsáveis p

or

atividad

es específicas.

9.Q

ua

is os risco

s en

vo

lvid

os?

Ap

on

tar o

s riscos q

ue

po

de

rão

em

erg

ir du

ran

te a

exe

cuçã

o

do

pla

no

.

Essas perg

un

tas e respo

stas po

dem

con

star em u

ma p

lanilh

a para faci-

litar seu aco

mp

anh

amen

to. C

om

a

difu

são d

as intran

ets– a red

e

intern

a de co

mu

nicação

po

r com

-

pu

tado

res –, torn

ou

-se mais fácil

livro07_86-93 22.08.06 15:14 Page 90

Page 93: Ge 7, como planejar o proximo passo

91

A alta d

ireção tem

de esco

lher u

m

pro

fission

al qu

e reún

a hab

ilidad

e e

disp

on

ibilid

ade e d

ar a ele a tarefa

de co

nd

uzir o

plan

ejamen

to.

A efetivação

de u

m p

rocesso

de p

la-

nejam

ento

estratégico

não

dem

an-

da m

ais do

qu

e três dias. Po

de ser

realizado

em fo

rmato

de sem

inário

,

com

represen

tantes d

e cada u

m d

os

setores d

a org

anização

. O n

úm

ero

de p

articipan

tes varia con

form

e o

mero

de seto

res.

O q

ue n

ão p

od

e acon

tecer é um

setor ser alijad

o d

o p

rocesso

. Não

devem

os esq

uecer q

ue to

do

s os

fun

cion

ários p

recisam ser in

tegra-

do

s ao p

lanejam

ento

. Tod

os têm

algo

com

qu

e con

tribu

ir. O o

perário

do

torn

o, p

or exem

plo

, é capaz d

e

con

tribu

ir de m

od

o m

ais efetivo

com

um

no

vo p

rocesso

de fab

rica-

ção d

o q

ue u

m d

iretor q

ue n

ão é

da área. À

s vezes, um

no

vo p

roces-

so p

od

e represen

tar um

salto m

ais

sign

ificativo p

ara a emp

resa do

qu

e

um

no

vo p

lano

de m

arketing

para

um

pro

du

to q

ue m

anten

ha u

m p

ro-

cesso d

e fabricação

antig

o, d

efasa-

do

e ineficaz.

Pa

ra m

on

tar o

sem

iná

rio

Sug

erimo

s os p

assos p

ara a con

du

-

ção d

o sem

inário

:

1. Procu

re algu

ém p

ara ser o facili-

tado

r do

plan

ejamen

to. É reco

men

-

dável q

ue a p

essoa resp

on

sável

pela co

nd

ução

do

pro

cesso ten

ha

con

hecim

ento

sob

re o m

od

o co

mo

é feito u

m p

lanejam

ento

. Ela deve

ter capacid

ade d

e síntese, n

ão ser

auto

ritária, mas ter au

torid

ade

para in

terferir no

s mo

men

tos em

qu

e ho

uver n

ecessidad

e.

Precisa ser um

pro

fission

al com

experiên

cia na co

nd

ução

de reu

-

niõ

es on

de h

á pesso

as de d

iferen-

tes níveis, às vezes m

uito

ansio

sas

para d

izer qu

alqu

er coisa.

Todos têm algo com

que contribuir.O operário dotorno,por exem

plo,é capazde contribuir de m

odo mais

efetivo com um

novo processo de fabricação do que um

diretor que não é da área.

livro07_86-93 22.08.06 15:14 Page 91

Page 94: Ge 7, como planejar o proximo passo

922. Marq

ue as três d

atas necessárias

para a realização

do

semin

ário e

divu

lgu

e-o am

plam

ente. Trate o

assun

to co

mo

um

evento

imp

ortan

-

te, com

o é d

e fato.

3. Mo

bilize to

da a em

presa p

ara o

semin

ário p

or m

eio d

e com

un

ica-

do

s. Info

rme a to

do

s a imp

ortân

cia

do

plan

ejamen

to e in

centive a d

is-

cussão

do

qu

e é e do

qu

e sign

ifica

para a o

rgan

ização su

a realização.

4. No

prim

eiro d

ia do

semin

ário,

estabeleça o

marco

de referên

cia

da em

presa. D

efina visão

, missão

e,

se necessário

, prin

cípio

s e valores.

Se o sem

inário

não

acon

tecer em

dias su

cessivos, ap

roveite p

ara dis-

tribu

ir as defin

ições a o

utro

s fun

-

cion

ários q

ue n

ão estiveram

no

semin

ário e cap

te a reação d

eles.

Essa checag

em p

od

e gerar u

m in

di-

cativo in

teressante so

bre a p

osição

do

gru

po

do

semin

ário em

relação

aos d

emais fu

ncio

nário

s. Se os n

ão

particip

antes n

ão en

tend

erem o

qu

e está escrito o

u se n

ão co

nco

r-

darem

, certamen

te, há alg

um

pro

-

blem

a de co

nceitu

ação, d

e ling

ua-

gem

ou

amb

os.

5. No

segu

nd

o d

ia do

semin

ário,

estabeleça o

s foco

s estratégico

s,

mo

ntan

do

a matriz d

e pro

du

tos e

mercad

os co

m p

erspectivas p

ara os

prim

eiros três an

os su

bseq

üen

tes.

Nesse d

ia aind

a será necessário

a

mo

ntag

em d

e gran

des b

loco

s de

ob

jetivos e p

lano

s de ação

. A ch

e-

cagem

feita apó

s o p

rimeiro

dia d

o

semin

ário p

od

erá ser repetid

a.

Dep

end

erá da co

nven

iência.

6. No

terceiro e ú

ltimo

dia, n

ego

cie

os o

bjetivo

s e as metas.

Ag

ora, é h

ora d

e colo

car o p

lano

para fu

ncio

nar.

Os ganhos são variados epodem

ser observados desdeo aum

ento da eficiência até am

elhoria no relacionamento

dos funcionários.Ganha aem

presa e ganha o pessoalque dela faz parte.

livro07_86-93 22.08.06 15:14 Page 92

Page 95: Ge 7, como planejar o proximo passo

93

O p

rocesso

de p

lanejam

ento

estra-

tégico

é mu

ito rico

, e seus fru

tos

não

se resum

em à p

rod

ução

de

plan

os estratég

icos d

e ação.

Os g

anh

os são

variado

s e po

dem

ser ob

servado

s desd

e o au

men

to

da eficiên

cia até a melh

oria n

o

relacion

amen

to d

os fu

ncio

nário

s.

Gan

ha a em

presa e g

anh

a o p

es-

soal q

ue d

ela faz parte.

Lemb

re-se de q

ue a tarefa d

e pla-

nejam

ento

estratégico

envo

lve a

com

preen

são d

o in

ício ao

fim d

o

pro

cesso, d

a con

strução

da visão

e

missão

, passan

do

pela an

álise do

s

amb

ientes extern

o e in

terno

, até

cheg

ar à mo

ntag

em d

os p

lano

s

estratégico

s. O p

rocesso

de p

lane-

jamen

to tem

de ser visto

com

o u

m

ciclo in

interru

pto

.

O q

ue v

ocê v

iu n

o c

ap

ítulo

7

>C

omo definir os objetivos para um

plano de gestão estratégica.1

>C

omo form

ular um plano de ação para

pôr em prática as estratégias.

2

>C

omo organizar um

seminário para

envolver todos da empresa no processo.

3

livro07_86-93 22.08.06 15:14 Page 93

Page 96: Ge 7, como planejar o proximo passo

94En

gen

heiro

e jo

rnalista

, é e

dito

r resp

on

sável p

elo

s pro

du

tos d

a á

rea co

r-

po

rativ

a d

a D

eFato

Info

rmaçã

o e

Jorn

alism

o, o

nd

e tra

balh

a d

esd

e 1

997.

Cu

ida d

o se

tor d

e a

ten

dim

en

to a

clien

tes d

a e

mp

resa

. Co

mo

con

sulto

r,

ate

nd

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s de p

eq

uen

o e

méd

io p

orte

s, asse

ssora

nd

o-a

s na e

lab

ora

-

ção

, imp

lem

en

taçã

o e

no

aco

mp

an

ham

en

to d

o p

lan

eja

men

to e

straté

gico

.

Walt

er A

lves d

a C

osta F

ilho

São

sócio

s-dire

tore

s da D

NC

on

sult, e

mp

resa

de co

nsu

ltoria

em

Gestã

o e

Recu

rsos H

um

an

os. D

oriv

al D

on

ad

ão

foi só

cio-d

ireto

r da Tríg

on

o

Co

nsu

ltore

s em

São

Pau

lo e

dirig

iu o

Mark

etin

g d

a H

ay G

rou

p B

rasil.

Atu

alm

en

te, d

ese

nvo

lve p

roje

tos e

m e

du

caçã

o co

rpo

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a, cla

rificaçã

o d

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valo

res e

estra

tég

ias e

dese

nvo

lvim

en

to in

div

idu

aliz

ad

o d

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xecu

tivo

s.

Mo

acir N

un

es tra

balh

a e

m co

nsu

ltoria

em

pre

saria

l, trein

am

en

to g

ere

ncia

l

e co

mp

orta

men

tos o

rgan

izacio

nais d

esd

e 1

984. A

tualm

en

te, fa

z se

arch

ing

de e

xecu

tivo

s e a

tua e

m p

roce

ssos d

e g

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men

to d

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ud

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ças, te

am

bu

ildin

ge co

ach

ing

e a

con

selh

am

en

to.

Do

riv

al D

on

ad

ão

e M

oacir

Nu

nes

SOBRE O AUTOR

SOBRE OS CONSULTORES

livro07_94-96 22.08.06 15:15 Page 94

Page 97: Ge 7, como planejar o proximo passo

95

Estra

tégia Competitiv

a. M

ichael P

orte

r. Ed

itora

Cam

pu

s, 1986.

A Estra

tégia em Ação – Balanced Scorecard

. Ro

bert S

. Kap

lan

e D

avid

P.

No

rton

. Ed

itora

Cam

pu

s, 1997.

Gestã

o Estra

tégica

. Elie

zer A

ran

tes d

a C

osta

. Ed

itora

Sara

iva, 2

002.

Gestã

o Estra

tégica

. Mau

ro C

alix

ta Ta

vare

s. Ed

itora

Atla

s, 2004.

A Riqueza na Base da Pirâ

mide. C

.K. P

rah

ala

d. E

dito

ra B

oo

km

an

Co

mp

an

hia

, 2005.

Teoria

Geral d

a Administra

ção

. An

ton

io C

esa

r Am

aru

Maxim

inia

no

. Ed

itora

Atla

s, 2005.

SAIBA MAIS

O a

uto

r ag

rad

ece

às se

gu

inte

s fon

tes q

ue se

rvira

m co

mo

base

para

este

livro

:

An

soff, Ig

or. A

dministra

ção Estra

tégica

. Ed

itora

Atla

s, 1990.

An

soff, Ig

or. D

o Planejamento Estra

tégico

à Administra

ção Estra

tégica

. Ed

itora

Atla

s, 1991.

An

soff, Ig

or. Im

plantando a Administra

ção Estra

tégica

. Ed

itora

Atla

s, 1993.

Certo

, Sam

uel e

Pete

r, Pau

l. Administra

ção Estra

tégica

. Ed

itora

Makro

n B

oo

ks, 1

993.

Co

sta, E

liezer A

ran

tes d

a. G

estã

o Estra

tégica

. Ed

itora

Sara

iva, 2

002.

Ham

el, G

ary

e P

rah

ala

d, C

.K. C

ompetin

do pelo Fu

turo

. Ed

itora

Cam

pu

s, 2005.

Kap

lan

, Ro

bert S

. e N

orto

n, D

avid

P. A Estra

tégia em Ação – Balanced Scorecard

. Ed

itora

Cam

pu

s, 1997.

Kap

lan

, Ro

bert S

. e N

orto

n, D

avid

P. Mapas E

stratégico

s. Ed

itora

Cam

pu

s, 2004.

Maxim

inia

no

, An

ton

io C

ésa

r Am

aru

. Teoria

Geral d

a Administra

ção.

Ed

itora

Atla

s, 2002.

Po

rter, M

ichael. E

stratégia Competitiv

a. E

dito

ra C

am

pu

s, 1986.

Po

rter, M

ichael. V

antagem Competitiv

a. E

dito

ra C

am

pu

s,1989.

Pra

hala

d, C

. K. A

Riqueza na Base da Pirâ

mide. E

dito

ra B

oo

km

an

Co

mp

an

hia

, 2005.

Tavare

s, Mau

ro C

alix

ta. G

estã

o Estra

tégica

. Ed

itora

Atla

s, 2005.

REFERÊNCIAS

livro07_94-96 22.08.06 15:15 Page 95

Page 98: Ge 7, como planejar o proximo passo

EDITORES

Do

min

go

Alz

ug

ara

yC

átia

Alz

ug

ara

y

DIRETOR EXECUTIVO

Carlo

s Alz

ug

ara

y

Dire

tor E

dito

rial:

Carlo

s José

Marq

ues

Op

era

ções:

Dire

tor –

Gre

go

rio F

ran

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ircula

ção

:G

ere

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Gere

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Gera

l – P

atrícia

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orrê

aServ

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ráfico

s:G

ere

nte

Ind

ustria

l – Jo

ão

Cesa

r Macie

l

© 2

006 G

old

Ed

itora

Ltd

a., S

ão

Pau

lo (B

rasil) –

1a

Ed

ição

Tod

os o

s dire

itos re

serv

ad

os.

Red

açã

o:

Walte

r Alv

es d

a C

osta

Filh

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sulto

ria:

Do

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ad

ão

e M

oacir N

un

es

Ed

ição

:Serg

io Y

am

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ki

Arte

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Icon

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rafia

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Revisã

o:

Ad

rian

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Ph

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ISB

N d

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bra

: 85-7

368-8

54-8

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N d

este

vo

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e: 8

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368-8

61-0

COMERCIALIZAÇÃO

Três C

om

ércio

de P

ub

licaçõ

es L

tda.

Ru

a W

illiam

Sp

eers, 1

.212 –

São

Pau

lo –

SP –

Bra

sil

DISTRIBUIÇÃO EXCLUSIVA EM

BANCAS PARA TOD

O O BRASILFern

an

do

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Ru

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07 –

Rio

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IMPRESSÃO

Ed

itora

Três L

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Ro

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han

gu

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32,5

– C

aja

mar –

SP –

Bra

sil

COLEÇÃO

GESTÃO EMPRESARIAL

livro07_94-96 22.08.06 15:15 Page 96

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