Globalização e competitividade nacional

Globalização e Competitividade Nacional

Prof. Luís Fernando A. GuedesFIA – Fundação Instituto de Administração

Abr-2010

Por que as empresas deveriam adotar uma estratégia de

internacionalização?

© Luís Guedes

Indutores clássicos da internacionalização das empresas

Competidores eficazes e globalmente coordenados (BARTLETT e

GHOSHAL, 2000)

Papel relevantes das inovações tecnológicas desenvolvidas globalmente para

a estratégia das corporações (TEIGLAND, FEY e BIRKINSHAW, 2000)

Aumento da eficiência operacional e acesso a novos mercados (HITT et

al 2003)

Presença simultânea nos principais mercados de interesse

Explorar potencialidades e capacidades que são típicas dos mercados

estrangeiros selecionados (DUNNING, 1995; HAKANSON, 1990; HYMER,

1976; VERNON, 1966)

Aumento da demanda por responsividade local

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4Globalização e Competitividade Nacional

Internacionalização aumenta complexidade da gestão

Atenção local e integração global

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• Fusos horários dificultam contato pessoal direto

• Idioma (Coréia, Índia, Rússia, China...)

• Diferenças culturais

Relacionamento

Expectativas

• Dificuldade de governança centralizada

• Problemas de infraestrutura

Nacional

Organizacional

• Assimetrias regulamentares

• Eventual sobreposição no desenvolvimento de tecnologias, processos, produtos

TEIGLAND, FEY e BIRKINSHAW, 2000

Como ser global e local ao mesmo tempo?

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Quatro estratégias clássicas de Internacionalização

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Pre

ssã

o p

or

cu

sto

Pressão por responsividade local

Internacional

TransnacionalGlobal

Multidoméstica

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Língua comum e relação colônia-colonizador

Acordo de livre comércio ou território não incorporado

Proximidade coma matriz e

fronteira geográfica

Dificuldades em países distantes

Fonte: Ghemawat, 2008

Margem operacional do Wal-Mart internacional

P&D como alavanca de desempenho

A função de P&D, em suas diversas dimensões, constitui um facilitador-chave para a

lucratividade e melhoria das condições de produção, na medida em que a vantagem

competitiva da firma está associada ao desenvolvimento e uso apropriado do

conhecimento, notadamente o conhecimento tecnológico (CHIESA, 1996).

Adequação ao contexto local

Novos produtos

Novas plataformas tecnológicas

Novas tecnologias

Pesquisa científica

Complexidade

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Por que fazer P&D internacionalmente?

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Suporte à produção local

Proximidade ao mercado local – melhor responsividade

Ter acesso a redes locais de conhecimento

Arbitragem de salários dos pesquisadores

Múltiplos sites de P&D facilitam a geração de produtos inovadores

Investimentos em P&D – Empresas selecionadas (2002 a 2008)

Fonte: BOROUSH 2008

# (2008) Empresa País de origem 2002(US$ bilhões)

2003(US$ bilhões)

2004(US$ bilhões)

2005(US$ bilhões)

2006(US$ bilhões)

2007(US$ bilhões)

2008(US$ bilhões)

1 Toyota Motor Japão 6,11 6,21 7,05 6,83 7,49 8,33 8,76

2 Pfizer EUA 5,18 7,31 6,61 7,44 7,60 7,30 6,90

3 Ford EUA 7,70 7,50 7,40 8,00 7,20 7,11 6,85

4 Microsoft EUA 6,60 7,78 6,18 6,58 6,90 7,43 7,96

5 GlaxoSmithKline Reino Unido 5,10 4,91 5,25 6,11 6,55 7,07 7,64

6 General Motors EUA 5,70 5,80 6,50 6,70 6,50 6,40 6,10

7 Siemens Alemanha 6,99 6,08 6,43 6,77 6,43 6,67 6,91

8 Volkswagen Alemanha 3,47 4,23 4,82 5,36 6,06 6,40 6,81

9 Intel EUA 4,03 4,36 4,78 5,15 5,87 6,33 6,81

10 Sanofi-Aventis França 4,11 3,51 3,06 5,32 5,84 6,31 6,82

11 IBM EUA 4,75 5,07 5,17 5,38 5,68 5,85 6,04

12 Novartis Suíça 3,36 3,76 4,21 4,51 5,47 5,89 6,44

13 Matsushita Electric Japão 5,02 5,27 5,75 4,75 5,41 5,58 5,76

14 Nokia Finlândia 3,66 4,51 4,69 5,01 5,14 5,74 6,38

15 Johnson & Johnson EUA 4,68 3,96 5,20 6,31 5,00 5,45 6,05

76,46 80,26 83,11 90,22 93,15 97,88 102,23Total

© Luís Guedes


Maior que o orçamento do MCT 2010

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Outras Ações do MCT Institutos do MCT Programa Espacial Programa Nuclear FINEP (FAT, FND) CNPq FNDCT

em R$ bilhões correntes

Notas: não inclui as despesas financeiras e obrigatórias, pessoal e encargos;inclui somente as despesas de OCC (Outros Custeios e Capital) eos recursos da UO 74910 (Recursos sob supervisão do FNDCT) no FNDCT.

Orçamento MCTExecutado (2000-2006) e Projetado (2007-2010)

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E os países, precisam de uma estratégia de Pesquisa e Desenvolvimento?

Nação mais rica do mundo

Maior poderio bélico do planeta

Centro do mundo dos negócios e das finanças

Sistema educacional mais avançado do mundo

Centro mundial de inovação e inventividade

Entre os 5 países com melhor qualidade de vida, segundo a ONU

Inglaterra...

...em 1900!

Globalização e Competitividade Nacional© Luís Guedes

16

“Competição em ciência é competição por talentos”Presidente Jiang Zemin

Fonte: The Economist, Oct-2006

Vinte países com maior número de artigos publicados em periódicos científicos indexados no Institute for Scientific Information (ISI), 2006

Fonte(s): National Science Indicators (NSI). Thomson Reuters/Science.

Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - ASCAV/SEXEC - Ministério da Ciência e Tecnologia.

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Artigos publicados em periódicos científicos internacionais indexados no Institute for Scientific Information (ISI), em relação à América Latina e ao Mundo (1981-2008)

Fonte(s): National Science Indicators (NSI). Thomson Reuters/Science.

Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - ASCAV/SEXEC - Ministério da Ciência e Tecnologia.

© Luís Guedes


0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

United States Russia Mexico Brazil Switzerland Israel South Africa Turkey Canada Australia

Field shares of research articles for selected countriesNatural sciences Engineering Medical sciences Biological sciences Social/behavioral sciences

Artigos publicados por área de interesse (2007)

Note: Natural sciences include astronomy, chemistry, physics, geosciences, mathematics, and computer sciences.

Source: National Science Board, Science and Engineering Indicators, 2010

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Estratégia nacional clara

Investimentos nacionais em P&D, em relação ao PIB

Fonte(s): Organisation for Economic Co-operation and Development, Main Science and Technology Indicators 2009/1 e Brasil: Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). Extração especial realizada pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

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Dispêndio em P&D per capita (2004)

Fonte: dados do Banco Mundial (2005). Elaborado por http://www.worldmapper.org

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Estimativa dos gastos mundiais em P&D (1996 a 2007)

Fonte: National Science Board, Science and Engineering Indicators, 2010

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0 10 20 30 40 50 60 70

Espanha

Polônia

Israel

Irlanda

Brasil

Austrália

Coréia do Sul

Taiwan

Cingapura

Holanda

Alemanha

França

Rússia

Reino Unido

Japão

India

EUA

China

1,5

1,5

1,5

1,5

1,5

1,5

2,9

4,4

4,4

4,4

5,9

8,8

10,3

13,2

14,7

29,4

41,2

61,8

Atratividade do país (% dos respondentes, múltiplas respostas)

Source: UNCTAD, World Investment Report 2005

Pergunta em 2005: Em quais países sua empresa pretende investir em P&D nos próximos 4 anos? (múltiplas respostas)

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5,8

5,7

5,4

8,9

9,6

10,9

14,4

14,5

17,8

21,9

United States

European Union

Japan

India

South Korea

Taiwan

Thailand

Singapore

Malaysia

China

Crescimento percentual dos gastos em P&D

Crescimento Composto Anual Médio dos gastos em P&D no período 1996 a 2007


24

Distribuição dos investimentos nacionais em P&D, segundo setor de financiamento

Fonte(s): Organisation for Economic Co-operation and Development, Main Science and Technology Indicators 2009/1 e Brasil: Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). Extração especial realizada pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (Pintec) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

© Luís Guedes

Brasil

8,8

56,8 mil74,6 mil

48,6

12,3 15,2

Empresas Universidades Institutos

Onde trabalham os pesquisadores

Coréia do Sul


26

80% das patentes depositadas (na maioria incrementais) são de empresas

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Ranking das principais universidades brasileiras – Depósitos de patente no INPI (2000-2004)

A despeito do crescimento no número de patentes depositadas

por universidades brasileiras, as diferenças regionais ainda são

muito expressivas

Fonte: INPI

Norte2%

Nordeste3%

Sul12%

Sudeste80%

Centro-oeste3%

Concentração regional - Universidades que mais depositam patentes

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29

Qual o impacto para a sociedade do investimento em P&D estar majoritariamente nas empresas ou nas universidades?

Quais as causas e consequências do relativamente baixo investimento em P&D no Brasil?

Muito obrigado!

Luís Guedes

http://www.slideshare.net/lguedes

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Business

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