16

Marta livro: os protagonistas nos processos de abertura de empresas

Embed Size (px)

Citation preview

3

4

5

6

7

9

11

13

15

Índice RemissivoConsiderações

Prefácio

Sobre o Autor

Introdução

Empreendedor

Empresa

Micro e Pequenas Empresas

Considerações Finais

2

Considerações

3

Autor

Marta Lúcia

Editor

Copirraite © 2013 [Insira seu nome aqui]

Primeira publicação usando Papyrus, 2013

ISBN : [Enter ISBN aqui]

4

PrefácioOs pequenos negócios é que impulsionam a economia brasileira

5

Sobre o Autor

6

IntroduçãoAs micro e pequenas empresas aumentam a cada dia gerandoempregos, rendas e contribuindo consideravelmente no PIB brasileiro.De acordo Banterli e Manolescu (2007), elas representam 99,2% dasempresas brasileiras, empregam aproximadamente 60% das pessoaseconomicamente ativas do País e respondem por 30% do ProdutoInterno Bruto Brasileiro. Desta forma, considera-se imprescindívelconhecer os protagonistas do processo de abertura e constituição demicro e pequenas empresas e o cenário em que estão inseridas. Diante disso realizou-se pesquisa para a identificação do perfil dosempreendedores e dos profissionais contábeis. Sendo que, em primeiromomento foi feito um levantamento teórico sobre a abertura econstituição de micro e pequenas empresas. Na sequencia foi aplicadoquestionário aos empreendedores e dos profissionais contábeis, osquais foram analisados de forma global, a fim identificar o perfil, setorde atuação e as dificuldades pelos protagonistas do processo deformalização das micro e pequenas empresas e do empreendedorindividual.Existe estimulação, ou ditas facilidades, propostas pelo governo, no quese refere à formalização do empreendedor individual e de micro epequenas empresas, mas esse fator de formalizar não caminha só,havendo necessidade de orientação, preparação e conhecimento sobreesse processo e após, para que a empresa possa buscar resultadosfuturos, uma vez que o fator de sucesso empresarial é pautado em umadequado planejamento e gestão, somados ao conhecimento doempreendedor sobre o processo produtivo.Buscou-se uma visão geral de todo o processo, desde o perfil dosparticipantes da formalização, ao cenário em que estão inseridos e osprocedimentos a adotar ao iniciar um empreendimento, para que ocliente do profissional contador não se torne estatística das empresasque encerram as atividades nos primeiros anos de funcionamento.Além desses fatores, este trabalho se justifica por haver necessidade doconhecimento acadêmico a respeito do assunto, uma vez que existem

7

lacunas na formação dos profissionais contábeis concernente àformalização dos micro e pequenos empreendimento. O presentetrabalho está inserido no Projeto de Extensão de Abertura e Constituiçãode Micro e Pequenas Empresas, desenvolvido por professores eacadêmicos do Curso de Ciências Contábeis da UEPG – UniversidadeEstadual de Ponta Grossa.

8

EmpreendedorO empreendedor para obter o sucesso empresarial, conforme escreveMachado (2007, p.17-18) deve ter comportamento pró-ativo,compromissado, orientado para realização e que as características doempreendedor de sucesso é a motivação, persistência, criatividade,capacidade assumir riscos e delegar tarefas e decisões, ter visão defuturo, espírito de liderança e autoconfiança. Mas que é consideradofator de peso para descontinuidade empresarial, a falta deconhecimento do negócio e de gestão, somado à falta de dedicação doempreendedor em tempo integral à empresa.Salvon (2006, p.16), expõe que o espírito empreendedor surge davontade de trabalhar com o que se gosta, ganhar dinheiro, ser o própriopatrão, ter reconhecimento do empreendimento e ver surgir resultadode seus esforços. Além de que, precisa ser perseverante, assumir riscose não se intimidar em busca da realização de suas metas e idealizações,trabalhando sempre com prazer transformando na satisfação erealização pessoal.Segundo pesquisa realizada pelo SEBRAE (2011, p.4) “são criadosanualmente mais de 1,2 milhões de novos empreendimentos formais”no Brasil. Sendo que, “mais de 99% são formados por micro e pequenasempresas e Empreendedores Individuais (EI)” e que 73% sobrevivem nosdois primeiros anos de atividade.No entendimento de Chiavenato (2004, p.4), o empreendedor é o coraçãoda economia, pois proporcionam o crescimento econômico, geração deemprego e inovações, estando longe de serem somente provedores debens e serviços, “mas fonte de energia que assumem riscos inerentesem uma economia de mudança, transformação e crescimento”.“Ser empreendedor é expressar a capacidade de articular recursos para aconcretização de propósitos. É aquela pessoa que põe um projeto nacabeça e parte para a realização; aquilo passa a ser sua fonte de energia,seu propósito.” (ANDRADE, 2010, p. 5).Para Greatti (2007, p.28), o empreender compõe-se em quatro fases,onde em primeiro momento há o processo de identificação de

9

oportunidades e/ou de geração de ideia; em segundo momento elabora-se o plano de negócio; em terceiro se dá através da busca de recursos,tanto financeiro quanto físico e humano; em quarto momento se dá pelagestão do negócio, é aqui que o empreendedor busca a continuidade daentidade e desenvolvimento.A necessidade de realização, disposição para assumir riscos eautoconfiança é exposto por Chiavenato (2004, p. 6-7) como as trêscaracterísticas básicas do ser empreendedor. E dentre os mais diversosmotivos para a criação ou inicio de um empreendimento, alguns podemser considerados positivos e construtivos, já outros são apenas razõesfugidias. (CHIAVENATO, 2004, p.138),Para Chiavenato (2004), o empreendedor para ter sucesso, além de criarseu empreendimento, tem que saber gerenciá-lo, administra-lo, ou seja,ter planejamento, organização, o dirigir e controle das atividades doempreendimento, obtendo assim uma prolongada vida útil e retornosdos investimentos.Diante do exposto, o empreendedor deve ter qualificação profissional eempresarial e saber adquirir, conhecer e aplicar conhecimentos sobre oempreendedorismo e principalmente apresentar ou adquirir asqualidades sobre as características do empreendedor de sucesso.

10

EmpresaMesmo contendo a figura do empresário individual, formado porsomente um individuo, em um contexto generalista a empresa éformada por várias pessoas, na busca de objetivos, que sem essaparceria ou colaboração não conseguiriam alcançar os objetivos, assim“Uma empresa é o conjunto de pessoas que trabalham juntas no sentidode alcançar objetivos por meio da gestão de recursos humanos,materiais e financeiros.” (CHIAVENATO, 2004, p. 40).A empresa para Fabretti (2006, p. 36), “é a unidade econômicaorganizada, que, combinado capital e trabalho, produz ou faz circularbens ou presta serviços, com finalidade de lucro”, que por meio doregistro dos atos constitutivos em órgão próprio adquire suapersonificação jurídica, possuindo assim a partir do registro “capacidadejurídica para assumir direitos e obrigações”.Para Nakagawa (1993, p. 21-24), a empresa, diante da teoria da economiaclássica, é um ente fechado que modifica em resposta aosacontecimentos externos, incorrendo em custos, pagamentos desalários, fixação de preços, etc., objetivando maximização de lucro. Masnuma visão sistêmica, a empresa é “um complexo sistema social” (p.23),em constante interação dos ambientes, e que absorve matéria prima,recursos humanos, energia e informação, transformando em produtos eserviços que são exportados à outros ambientes, caracterizando umsistema aberto. Assim, de acordo com ele, na visão sistêmica ouholística, a empresa deve ser concebida com múltiplas finalidades oufunções, envolvendo as múltiplas interações entre ela e os diversosambientes, sendo que torna importante análise do comportamento dossubsistemas, quer sejam coalizões, grupos, funções, etc. ao invés deanálise individual, uma vez que havendo interdependência, qualqueralteração de um subsistema, afetará o comportamento de outrossubsistemas.Estas interações podem ser visualizadas nos objetivos empresariaisexpresso por Chiavenato (2004, p.40-42), onde os objetivos diretos sãovoltados para a produção ou comercialização de bens; prestação de

11

serviços; e atividades comunitárias, que para que isso ocorra,necessitam de recursos humanos, materiais e financeiros. Já os indiretosvolta-se para o lucro, que através da sinergia busca-se ganhar mais doque gasta; satisfação das necessidades dos clientes; finalidades sociais eresponsabilidades sociais, criando empregos, distribuição de rendas pormeio de salários, recolhimento de impostos e promovendo assim umamelhor qualidade de vida à comunidade. E de acordo com o autor (2004),apesar de o cliente ser o “determinante critico” para o sucesso, para queessa sinergia ocorra nessas parcerias, os fornecedores, colaboradores,investidores, proprietários e o meio social de inserção da empresa,devem ser atendidos em seus anseios para com a entidade.

12

Micro e Pequenas EmpresasAs MPES representam 99% das 4,5 milhões de empresas no Brasil eempregam cerca de 35 milhões de pessoas, equivalendo a 59%. Não sãoconsideradas filiais de outras empresas, ou seja, são empresasindependentes, e o seu enquadramento se dá através do número deempregados, que varia de acordo com o país, conforme expõe Machado(2007, p.15; apud SEBRAE, 2003).Diante de uma melhor facilidade de adequação das pequenas empresase de atender as especificidades de determinada atividade, em umaintegração adequada de “tecnologia, qualidade e competitividade”,muitas grandes corporações estão se subdividindo, vislumbrados pelaideia de que os pequenos negócios é que “[...] constituem o cerne dadinâmica da economia dos países, as entidades impulsionadores domercado, as geradoras de oportunidades, aquelas que proporcionamempregos mesmo em situações de recessão”. (CHIAVENATO, 2004, p.39).A receita federal no artigo 3° da lei complementar 123 de 2006, comalterações da LC 139/2011, versa sobre a definição de microempresa eempresa de pequeno porte, referindo o enquadramento, ao faturamentoe aos quesitos constantes do Código Civil Brasileiro no artigo 966,quanto às sociedades e aos registros. Para o calculo do faturamentoutiliza-se os resultados das operações de vendas, com exclusões dasvendas canceladas e dos descontos incondicionais, e que se iniciado aatividade no transcorrer do exercício fiscal, deverá ser feito a proporçãodo período em atividade. Não poderá optar pelo Simples Nacional,quando haja participação de capital em outra PJ ou de PF comtratamento jurídico diferenciado (empresário ou sócio) , filial de PJ doexterior, as cooperativas com ressalvas para as de consumos, atividadesfinanceiras (bancos, seguradoras, cambio, investimentos, etc.), capitalaberto, dentre outras situações constante até o §15 do art. 3° da LC123/06 e as alterações trazidas pela Lei Complementar 139/2011.É exposto no planejamento estratégico da REDESIM (2011), um estudo doSebrae em que, 32,7% dos respondentes apontam processo delegalização oneroso, 31,1% difícil e 23,3% falta agilidade. Caracterizando

13

assim, mesmo com a existência da Lei 123/06 e a Lei 11598/07, excessivaburocracia para registro, legalização, abertura, alteração e baixa deempresas no Brasil. O trabalho da REDESIM (2011, p.6), ainda expõe que“as MPEs são 99% das empresas formais; 56,1% da força de trabalhoformal urbana; 26% da massa salarial; 20 % do PIB; 17% do fornecimentopara o governo; 2% das exportações do País”.Dessa forma, ainda que as micro empresas sejam um dos fatoresdeterminante para o desenvolvimento da economia e da própriasociedade, ainda possuem aspectos burocráticos que desfavorecem oprocesso de formalização destas entidades.

14

Considerações FinaisPor meio deste estudo, foi possível perceber que houve mesmo númerode empreendedores respondentes do sexo masculino e feminino e amaior representatividade possui idade entre trinta e cinco e quarenta ecinco anos. Que a junção dos empresários com nível superiorincompleto, superior completo e pós-graduação representa metade dosempreendedores participantes e com a maioria possuindo experiênciaanterior.A formalização dos empreendimentos em sua maioria foi no ano de2012, sendo a maior representatividade de micro empresa e com grandeparte dos respondentes procurando profissional para auxilio noprocesso de formalização antes do inicio das atividades, resultando nocontador com a maior procura. O fator motivacional do negócio, paragrande maioria dos empreendedores foi principalmente o desejo derealização pessoal, com uma parcela pequena vislumbrando de umaideia inovadora.Para isso a grande maioria realizou planejamento e desses a maiorparcela fez plano de negócio resumido. Este resultado leva aoquestionamento se esse plano tinha como foco apenas a aquisição decrédito junto às instituições financeira e ou junto a investidores. Aindauma parcela significativa dos empreendedores respondentesdesconhece o principio da entidade, e esse fato prejudica a gestão donegócio podendo até provocar a descontinuidade da empresa.Já os profissionais contábeis do município de Ponta Grossa-Pr, em suamaior representatividade eram do sexo masculino, encontravam comidade entre vinte e cinco anos e trinta e cinco anos, atuavam no mercadode trabalho a mais de cinco anos e possuíam graduação e pós-graduação com pequeno percentual pequeno e ainda que, acadêmicos etécnicos executam uma pequena parcela dos trabalhos de profissionalcontábil.Mesmo com a maior representatividade de graduados e pós- graduados,não pode ser dito que estes profissionais estão devidamente habilitadose que estão em contínuo aperfeiçoamento, como prevê o código de ética

15

do profissional contador, visto que o estudo não abordava esta questão,e tão somente a questão do grau de instrução.Os trabalhos destes profissionais, conforme resultado, são formados emsua maior representatividade por microempresas e que atuam no setorde comércio e que o tempo de formalizar um empreendimento é de uma três meses, tendo o nível de dificuldade como de médio porte, seguidode fácil. Vale ressaltar que não é feito relação ao porte doempreendimento, o que pode afetar o tempo de sua formalização e asdificuldades. No que se refere às dificuldades, a maiorrepresentatividade foi de empreendedores que deixam a cargo doscontadores toda a execução dos serviços e de parte que responsabilizamo profissional contador quanto a demora no processo, por outro ladouma parcela dos profissionais contadores inferem dificuldade devido afalta de colaboração dos empreendedores. Nesse sentido, cabe umareflexão a respeito do esclarecimento que é dado por estes profissionaisaos empresários sobre o processo, uma vez que grande parte dosempreendedores afirma conhecer de forma parcial e/ou desconhecem oprocesso de formalização de empresa. E ainda, abre a possibilidade deuma nova pesquisa para que seja identificada qual a falta decolaboração dos empreendedores que dificulta a formalização de seusempreendimentos por parte dos profissionais contábeis.Os profissionais em sua maioria apontam a morosidade nos órgãoscompetentes como a maiores dificuldades, mostrando aqui, anecessidade da simplificação e desburocratização na formalização daspequenas empresas por parte dos órgãos governamentais e esse fatorburocrático pode ser amenizado com a integração entre órgãosmunicipais, estaduais e federais.Conclui-se, que os objetivos deste trabalho formam atingidos, ou seja,ter uma visão dos protagonistas do processo de formalização de micro epequena empresa e do MEI, visualizar as dificuldades apontadas porestes indivíduos que estão inseridos neste processo de formalização deempresas.

16