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Apresentação utilizada na palestra "Metodologias Ágeis de Gestão de Projetos" ministrada no dia 18/julho de 2012 no 15o Seminário Nacional de Gestão de Projetos do Ietec, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Citation preview
Leandro FariaPMP, PMI-ACP, CSM, ITIL, FCE, MCTS, MCPD, MCITP, MCT
www.leandrofaria.com.br@lhfaria
Metodologias Agile deGestão de Projetos
Agenda A Origem da Agilidade
Agilidade Hoje
Scrum
Kanban
A Certificação PMI-ACP
Takeaways
Leandro FariaPMP, PMI-ACP, CSM, ITIL, FCE, MCTS, MCPD, MCITP, MCT
Especialista em Gestão Ágil de Projetos e Application Lifecycle Management;
Graduado em Sistemas de Informação e Pós-graduado em Gestão Estratégica de Projetos pela
Universidade Fumec;
Executivo Nomeado da Diretoria de Administração e Finanças do PMI-MG;
Presidente e fundador do Scrum Minas, primeiro e único user group oficial da Scrum Alliance
em Minas Gerais e um dos primeiros do Brasil;
Empreendedor e entusiasta de startups.
A Origem da Agilidade
A Origem da AgilidadeO estudo CHAOS do Standish Group demonstra que muitos dos projetos de TI não tem
sucesso em relação ao planejamento de prazo e custo, e muitas vezes não atendem nem
aos requisitos de negócio previamente estabelecidos.
Em 1995 o Departamento de Defesa dos Estados Unidos gastou $35.7 bilhões
de dólares em software e somente 2% foi plenamente utilizado.
A Origem da Agilidade
O artigo acadêmico elaborado em 1998 na Harvard Business
School pelos pesquisadores Robert D. Austin e Richard L.
Nolan expôs as dificuldades da gestão tradicional de projetos
em grandes projetos de software e questionou algumas das
premissas fundamentais do gerenciamento de projetos.
A Origem da Agilidade
“Em um novo projeto de software, os requisitos nunca serão completamente conhecidos até que o usuário os tenha utilizado.”
Watts Humphrey, IBM Research
A Origem da Agilidade
“A incerteza é inerente e inevitável nos processos de desenvolvimento de software e produtos.”
Hadar Ziv, University of California
A Origem da Agilidade
Abrangendo todos estes novos conceitos, o artigo Why
Evolutionary Software Development Works escrito em 2001
pelo professor assistente na Hardvard Business School, Alan
MacCormack, estudou as abordagens existentes da época e
suas implicações.
A Origem da AgilidadeO artigo não só expunha os problemas dos métodos, mas também sugeria novas
abordagens e práticas que poderiam começar a substituir o ciclo de vida natural de
desenvolvimento. Estas três simples ideias, ficaram marcadas como o início das
práticas ágeis:
Entrega antecipada de arquitetura de codificação;
Compilação diária de código e retorno rápido quanto as alterações;
Equipes profundamente capacitadas.
O Manifesto Ágil
O Manifesto Ágil foi a culminação de todas estas teorias e
abordagens. Escrito em 2001 por um grupo de praticantes da
teoria iterativa incremental, é o documento de fundação do
movimento ágil e estabelece a filosofia do conceitos por trás
da gestão ágil de projetos.
O Manifesto Ágil“Estamos descobrindo maneiras melhores de desenvolver software, fazendo-o nós mesmos e ajudando
outros a fazerem o mesmo. Através deste trabalho, passamos a valorizar:
Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas
Software em funcionamento mais que documentação abrangente
Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos
Responder a mudanças mais que seguir um plano
Ou seja, mesmo havendo valor nos itens à direita, valorizamos mais os itens à esquerda.”
O Manifesto ÁgilEntre os assinantes estão muitos dos criadores dos frameworks mais utilizados pela
comunidade ágil, entre eles:
Signer Kent Beck foi o criador do XP (Extreme Programming);
Alistair Cockburn foi o criador do método Crystal e autor de obras influentes sobre
desenvolvimento ágil;
Jim Highsmith traduziu conceitos de software ágeis em uma metodologia Gestão
de Projetos Ágeis.
Agilidade Hoje(Fonte: State of Agile 2011)
Agilidade Hoje
Agilidade Hoje
Agilidade Hoje
Agilidade Hoje
Scrum
Scrum Framework de gestão de produtos complexos baseado no
modelo iterativo e incremental;
Scrum não é um processo ou técnica para construir
produtos, é um framework dentro do qual se pode
empregar processos e técnicas variadas.
Fluxo “Tradicional”
Derivado da engenharia
civil, tem etapas e
objetivos muito bem
definidos em um fluxo
no modelo cascata. Qual é o custo da mudança?
Fluxo Scrum
Fluxo iterativo
incremental baseado
em time-boxes e
backlogs de estórias.
Equipe Scrum
Product OwnerMaximza o valor do produto e o trabalho da equipe. É responsável pela
definição, priorização e manutenção do backlog do projeto.
TimeProfissionais de desenvolvimento que criam o incremento do produto.
Auto organizáveis e multi funcionais. Mais que três e menos que nove.
Scrum MasterO Scrum Master é responsável para garantir que o Scrum seja entendido e
aplicado. É um líder facilitador e servidor para a equipe Scrum.
Artefatos Scrum
Product BacklogLista ordenada de tudo que pode ser necessário no produto. Fonte única
de requisitos do projeto, é mantida pelo Product Owner.
Sprint BacklogConjunto de itens selecionados do Product Backlog para execução na
Sprint corrente. Prevista e estimada pelo time de desenvolvimento.
IncrementoSoma de todos os itens do Product Backlog completados por um Sprint. A
“definição de pronto” é previamente acordada com o Product Owner.
Eventos do Scrum Planejamento da Sprint (~4 horas)
• Planejamento da Sprint;• Definição do objetivo da Sprint;• O que será incluso na Sprint.
Reunião Diária (15 minutos)
• O que foi realizado desde ontem?• O que será realizado hoje?• Existe algum impedimento?
Revisão da Sprint (~4 horas)
• Validação do produto entregue;• Discussão dos itens do backlog;• Input valioso para o próximo planning.
Retrospectiva da Sprint (~3 horas)
• 3 horas para cada 1 mês de sprints;• Lições aprendidas;• Proposta de melhorias no processo.
Scrum Burndown Chart
O Release Burndown
Chart acompanha o
progresso de um time
comparado ao seu
planejamento.
Kanban
Os Jardins do Palácio Imperial do Japão
Em Tóquio no mês de Abril, os
Jardins do Oriente ficam repletos
de visitantes e turistas que vão lá
para desfrutar da tranquilidade
do parque e beleza da sakura
(flor da cerejeira).
Os Jardins do Palácio Imperial do Japão
Ao entrar no parque, cada
visitante recebe um “Admission
Ticket”, um pequeno cartão de
plástico sem identificação ou
cobrança que é devolvido na
saída do parque.
InícioEntrada
(-1 Ticket)
Visitante
FimSaída
(+1 Ticket)
Os Jardins do Palácio Imperial do Japão
Se o ticket não tem nenhuma identificação,
não é registrado, e não é utilizado para
cobrança, pra que ele existe?
Os Jardins do Palácio Imperial do Japão
Para controlar o WIP.
WIP = Work in Progress
Cada visitante que recebe um ticket é considerado um WIP. Como existe um
limite de pessoas dentro dos jardins, quanto os cartões acabam as pessoas
formam uma fila do lado de fora dos portões aguardando que novos cartões
estejam disponíveis, devolvidos pelos visitantes que saíram.
Os Jardins do Palácio Imperial do Japão
O WIP associado a um limite, põe em prática conceitos
conhecidos como sistemas “puxados” (pull systems).
Em resumo, o Palácio Imperial de Tóquio utiliza um
sistema Kanban!
O Conceito de Sistema Puxado Um sistema puxado, determina que o WIP em uma organização, em
um time, ou uma célula, deve ser configurado levando em
consideração a capacidade de execução de trabalho, ou como
conhecemos, pelos seus limites.
O objetivo principal é atingir um ritmo sustentável de produção, e
evitar sintomas como: overstocking, bottlenecks e delays.
A Teoria das Restrições A Teoria das Restrições (TOC – Theory of Constraints) é uma filosofia de negócios introduzida
por Eliyahu M. Goldratt no seu livro “A Meta”, de 1984;
Ela é baseada na aplicação de princípios científicos e do raciocínio lógico para guiar
organizações humanas;
De acordo com a TOC, toda organização tem – em um dado momento no tempo – pelo
menos uma restrição que limita a performance do sistema (a organização em questão) em
relação à sua meta;
Para gerir a performance do sistema, a restrição deve ser identificada e administrada.
A Teoria das Restrições
O Kanban implementa conceitos da Teoria das
Restrições em um modelo de sistema puxado.
Porque Kanban?
O conceito de sistema puxado foi amplamente utilizado em
aplicações de supply chain management, em especial pelo
pioneiro Sistema Toyota de Produção, base para diversos
frameworks e metodologias inspiradas em Lean Manufacturing,
criando por exemplo, sistemas com o Just in Time.
Porque Kanban? Kanban é uma palavra japonesa que significa “etiqueta” ou “cartão sinalizador”;
Em administração da produção, kanban significa um cartão de sinalização que
controla os fluxos de produção ou transportes em uma indústria. O cartão pode ser
substituído por outro sistema de sinalização, como luzes, caixa ou locais vazios
demarcados;
No caso da Toyota, cartões kanban são utilizados para sinalizar a necessidade de
repor estoques.
Porque Kanban?
“kanban” com “k” minúsculo, refere-se aos cartões sinalizadores há muito tempo utilizados na indústria.
“Kanban”, com “K” maiúsculo, é utilizado para se referir ao método de melhoria de processo incremental que surgiu entre 2006 e 2008 e é hoje amplamente utilizado e aprimorado pela
comunidade lean software development.
Kanban BoardsQuadros de cartões e post-its se tornaram um mecanismo de controle visual
popular no desenvolvimento de software ágil, para controle do WIP.
Vale observar que os Kanban boards não são inerentemente sistemas Kanban, são apenas ferramenas de controle visual.
Kanban Boards
Live Demo
Métricas Um diagrama de fluxo cumulativo é um gráfico
de área que representa a quantidade de
trabalho em um determinado estado;
A distância entre a primeira e última linha
horizontalmente representa o WIP;
A distância entre a primeira e a última linha
verticalmente representa uma média de lead
time.
Métricas A diminuição do WIP comprovadamente
diminui o lead time médio;
Isto significa menos trabalho em progresso,
mais entregas, menor chance de erros e
consequentemente melhoria na qualidade.
Métricas
Um sistema puxado expõe os gargalos e cria folgas onde não há gargalos.
A Certificação PMI-ACP
A Certificação PMI-ACP Foco em métodos e práticas de gestão ágil de projetos;
Lançada em período beta durante setembro e novembro/2012;
120 questões;
3 horas de duração;
Ainda disponível somente em inglês.
Conteúdo O Manifesto Ágil;
Scrum;
Kanban;
Extreme Programming;
Feature Driven Development;
Value Stream Mapping;
Lean Portfólio Management;
Test Driven Development;
Business Balue Focus;
Continous Integration;
Continoues Deployment;
Ideal Time;
Velocity, User Stories, Points;
Planning Poker;
Números Durante o Período Beta:
7654 aplicações abertas;
1404 submetidas;
827 exames pagos;
557 exames prestados;
515 candidatos aprovados;
Atualmente:
758 PMI-ACPs
Em todo o mundo.
Números de Abril-2012
Takeaways
Takeaways
Agile é apenas uma nova abordagem de Gerenciamento de Projetos.
Os frameworks e práticas não são cabíveis a todos os cenários.
Agile cria uma tensão positiva pois força a discussão e auto-gestão do time.
A mudança cultura é fator crucial para a implementação de práticas ágeis.
Agile já tem uma presença sólida no mercado, e isso é um fato.
Referências
Referências
Limited WIP Society: www.limitedwipsocity.org
PMI Agile Virtual Community: agile.vc.pmi.org
Blog: www.leandrofaria.com.br
Scrum Minas: www.scrumminas.com.br
?
ReferênciasKanban: Mudança Evolucionária de Sucesso para seu Negócio de Tecnologia
David Anderson
PMI-ACP Exam Prep
Mike Griffiths
Gerenciamento Ágil de Projetos: Preparatório para a Certificação PMI-ACP
Leandro Faria
Editora Brasport, previsão de lançamento para o segundo semestre de 2012
Obrigado
Leandro FariaPMP, PMI-ACP, CSM, ITIL, FCE, MCTS, MCPD, MCITP, MCT
@lhfaria