17
Modelo de Atenção Integral à Saúde Prof. Fernando A. Silva PMSP/SMS

Modelo de atenção integral à saúde

  • Upload
    feraps

  • View
    3.213

  • Download
    1

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Breve apresentação para refletir sobre o que é um Modelo de Atenção à Saúde, quais o modelos predominantes no Brasil, qual seria o ideal e o que um modelo ideal teria que contemplar.

Citation preview

Page 1: Modelo de atenção integral à saúde

Modelo de Atenção Integral à Saúde

Prof. Fernando A. SilvaPMSP/SMS

Page 2: Modelo de atenção integral à saúde

O que entendemos por Modelo de Atenção à Saúde ?

A Forma de organização tecnológica do processo de trabalho em saúde, podendo-se identificar

a existência de vários modelos, de acordo com:

A concepção adotada acerca da finalidade do trabalho (prevenir e/ou curar);

À natureza do objeto (processo saúde-doença no plano individual ou coletivo) de trabalho;

Às características do sujeito (profissionais e trabalhadores de saúde) e;

A tecnologia empregada, configurando-se distintas relações técnicas e sociais de acordo com a

forma de organização do processo de produção de serviços nas diversas sociedades.

Page 3: Modelo de atenção integral à saúde

O Brasil é o único país com mais de 120 milhões de habitantes que assumiu o

desafio de ter um sistema universal, público e gratuito de saúde.

Page 4: Modelo de atenção integral à saúde

-Baixo desempenho dos serviços de saúde:

-Dificuldade de acesso

-Serviços de baixa qualidade técnica

-Uso ineficiente dos recursos

-Incremento dos custos de produção

-Baixa satisfação dos usuários

Fragmentação dos serviços de saúde

Outros fatores responsáveis pelo baixo desempenho do sistema: financiamento insuficiente; falta de recursos humanos qualificados; E Tripla carga de doenças Envelhecimento populacional

E ainda:

Page 5: Modelo de atenção integral à saúde

O que temos e não queremos, ainda hoje?

Page 6: Modelo de atenção integral à saúde

-GESTANTES SEM PRÉ NATAL -SEM VINCULO PARA PARTO -GESTANTE E BEBE PEREGRINAM -BEBE SEM ACOMPANHAMENTO

Page 7: Modelo de atenção integral à saúde

-Modelo de Atenção onde Atenção Básica não é priorizada -UBS em espaços inadequados -Ausência de estratégias para colocar ABS como ordenadora do cuidado

Page 8: Modelo de atenção integral à saúde

Modelos de atenção que desconsideram ação

intersetorial

-Ausência de serviços de saúde diferentes

para diferentes necessidades

Page 9: Modelo de atenção integral à saúde

Quais modelos de Atenção à Saúde predominam no Brasil ?

Modelo Privatista

Modelo Sanitarista – que engloba as distintas práticas – promoção,

prevenção e assistência – em diversos níveis de complexidade organizacional

dos serviços (atenção básica e atenção de média e alta complexidade).

Page 10: Modelo de atenção integral à saúde

VOLTADO PRINCIPALMENTE PARA DEMANDA

ESPONTÂNEA = PROCURA DOS SERVIÇOS POR

“LIVRE INICIATIVA”,

PODE SER ENCONTRADO TANTO NO SETOR

PRIVADO (MEDICINA LIBERAL, ASSISTÊNCIA

MÉDICA SUPLETIVA = PLANO DE SAÚDE

(COOPERATIVA, MEDICINA DE GRUPO, SEGURO

SAÚDE) QUANTO NO PÚBLICO.

PREDOMINANTEMENTE CURATIVO.

MODELO PRIVATISTA

Page 11: Modelo de atenção integral à saúde

SAÚDE PÚBLICA TRADICIONAL; UTILIZA

CAMPANHAS E PROGRAMAS ESPECIAIS (“APAGA

INCÊNDIO/ “MAL NECESSÁRIO”)

CRIAM PROBLEMAS NA ORGANIZAÇÃO E

ADMINISTRAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE PELA

VERTICALIZAÇÃO DAS AÇÕES PROPOSTAS

E INCOMPATIBILIDADE COM AS ATIVIDADES DE

ROTINA DESENVOLVIDAS NOS SERVIÇOS.

MODELO SANITARISTA

Page 12: Modelo de atenção integral à saúde

MODELOS ASSISTENCIAIS ALTERNATIVOS:

VISAM A INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO E DIMINUIÇÃO DO

IMPACTO DOS PROBLEMAS DE SAÚDE;

PROPÕEM-SE CONCRETIZAR OS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA RS:

UNIVERSALIDADE, ACESSIBILIDADE, REGIONALIZAÇÃO,

HIERARQUIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO, INTEGRALIDADE,

PARTICIPAÇÃO SOCIAL E CONTROLE SOCIAL.

BASEADO NA “OFERTA ORGANIZADA” E “AÇÕES PROGRAMÁTICAS”

VERTICALIDADE DAS AÇÕES = CONSIDERAR O PERFIL

EPIDEMIOLÓGICO PARA CONTROLE DOS PROBLEMAS DE SAÚDE

Page 13: Modelo de atenção integral à saúde

MODELOS ASSISTENCIAIS ALTERNATIVOS:

BASEADO NA “OFERTA ORGANIZADA” E “AÇÕES PROGRAMÁTICAS”

VERTICALIDADE DAS AÇÕES = CONSIDERAR O PERFIL

EPIDEMIOLÓGICO PARA CONTROLE DOS PROBLEMAS DE SAÚDE.

Page 14: Modelo de atenção integral à saúde

É POSSÍVEL MUDAR?

Adoção de um Modelo de Atenção à Saúde que:

-Seja usuário centrado

-Considere as necessidades de saúde da população

-Tenha a ABS como ordenadora do cuidado

-Possibilite a Integralidade e continuidade do cuidado

-Garanta o acesso e a qualidade dos serviços

-Respeite as condições adequadas de trabalho

-Financiamento Tripartite

-Considere a Regulação como Facilitadora de Acesso e Garantidora de

Equidade

-Gestão comprometida com o alcance de Resultados e combate à corrupção

Page 15: Modelo de atenção integral à saúde

Sistema de Saúde: universal; igualitário; com acesso

facilitado e com garantia de qualidade; regulado para

garantia de equidade; com classificação de risco para

atender primeiro a quem mais precisa; diverso para atender

os diferentes; resolutivo; integrado; rápido; com atenção

básica sendo a ordenadora do cuidado; intersetorial; usuário

centrado; com participação social; democrático; integral; com

percursos claros para o usuário atender suas necessidades

de saúde.

Page 16: Modelo de atenção integral à saúde

Busca da Integralidade

•Atenção Básica como ordenadora do cuidado

•Acesso e Qualidade

•Planejamento e organização regional

•Sustentabilidade e financiamento tripartite

Redes de Atenção à Saúde

Page 17: Modelo de atenção integral à saúde

Mecanismos e dispositivos para a implementação do Modelo de

Atenção Integral à Saúde

É a partir dos serviços de atenção básica que se estrutura o atendimento e o acesso

aos serviços especializados com efetivação de uma porta de entrada preferencial

-Investimentos em tecnologias de informação e comunicação com a implantação de

sistemas informatizados de regulação e prontuários eletrônicos

-Novos instrumentos como Telessaúde e apoio matricial – estratégias com

potencialidades para superar a distância entre profissionais da atenção básica e

especializada reduzindo a fragmentação da rede e a descontinuidade do cuidado.