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Organização e os Estudos Organizacionais Conceitos: Organizações são unidades sociais deliberadamente construídas para perseguir objetivos específicos. Amitai Etzion O termo organização apresenta duas referências básicas. Por um lado, a palavra organização é utilizada para se referir à ação ou resultado de organizar ou organizar-se. Por outro lado, designa-se com o termo de organização àquele sistema desenhado para atingir satisfatoriamente determinados objetivos ou metas, no entanto, estes sistemas podem, a sua vez, estar formados por outros subsistemas relacionados que cumprem funções específicas. Organização é uma palavra originada do Grego " organon " que significa instrumento, utensílio, órgão ou aquilo com que se trabalha. De um modo geral, organização é a forma como se dispõe um sistema para atingir os resultados pretendidos. Em sentido geral organização é o modo em que se organiza um sistema, segundo a conhecida sigla usada em administração, POCCC, atribuída a Fayol, é do planejamento (o "P" da sigla), que se atinge à organização (o "O", da sigla) e a desenvolve pelas diversas categorias de "Com - mando" e/ou "mando - com", segundo Fayol, facilitando, dessa forma, pela consecução dos diversos objetivos dessa organização, o alcance final de um objetivo fim, que é o cerne da organização. É a forma escolhida para arranjar, dispor ou classificar os diversos objetos, documentos e informações, bem como sua necessária contabilidade, através do CONTROLE. Segundo Montana (2003, p. 170) organizar é o processo de reunir recursos físicos e principalmente os humanos, essenciais à consecução dos objetivos de uma empresa.

Organização e os estudos organizacionais

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Aula 1 da disciplina de Estudos Organizacionais

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Organização e os Estudos Organizacionais

Conceitos:

Organizações são unidades sociais deliberadamente construídas para perseguir objetivos específicos.

Amitai Etzion

O termo organização apresenta duas referências básicas. Por um lado, a palavra organização é utilizada para se referir à ação ou resultado de organizar ou organizar-se. Por outro lado, designa-se com o termo de organização àquele sistema desenhado para atingir satisfatoriamente determinados objetivos ou metas, no entanto, estes sistemas podem, a sua vez, estar formados por outros subsistemas relacionados que cumprem funções específicas.

Organização é uma palavra originada do Grego "organon" que significa instrumento, utensílio, órgão ou aquilo com que se trabalha. De um modo geral, organização é a forma como se dispõe um sistema para atingir os resultados pretendidos.

Em sentido geral organização é o modo em que se organiza um sistema, segundo a conhecida sigla usada em administração, POCCC, atribuída a Fayol, é do planejamento (o "P" da sigla), que se atinge à organização (o "O", da sigla) e a desenvolve pelas diversas categorias de "Com - mando" e/ou "mando - com", segundo Fayol, facilitando, dessa forma, pela consecução dos diversos objetivos dessa organização, o alcance final de um objetivo fim, que é o cerne da organização. É a forma escolhida para arranjar, dispor ou classificar os diversos objetos, documentos e informações, bem como sua necessária contabilidade, através do CONTROLE. Segundo Montana (2003, p. 170) organizar é o processo de reunir recursos físicos e principalmente os humanos, essenciais à consecução dos objetivos de uma empresa.

Em Administração de Empresas, entende-se por organização uma entidade social formada por duas ou mais pessoas que trabalham de forma coordenada em determinado ambiente externo visando um objetivo coletivo. Envolve a divisão de tarefas e atribuição de responsabilidades.

A necessidade de administradores nas organizações

A organização é uma unidade social coordenada, consciente, composta por duas ou mais pessoas, que trabalha com relativa constância de propósito para alcançar uma meta ou um conjunto de objetivos comuns. Por esta

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definição, as empresas produtoras e de serviços são organizações, assim como as escolas, hospitais, igrejas, unidades militares, lojas de varejo, departamentos de polícia e agências governamentais locais, estaduais e federal. As pessoas que monitoram as atividades das organizações, e que são responsáveis pelas organizações para alcançar esses objetivos são os seus gestores/administradores (embora às vezes eles são chamados de gerentes, particularmente em organizações sem fins lucrativos).

Se nossa sociedade tem grande necessidade de organizações bem administradas, concluímos que os administradores são um recurso social muito importante. Como acontece no caso das organizações, cada um de nós sabe alguma coisa sobre administração, devido aos contatos diários com as várias organizações ou com os gerentes de tais organizações. Aqui também nossas experiências podem ser boas ou más e nossas atitudes com relação aos administradores, positivas ou negativas. Infelizmente, embora saibamos um pouco de administração, na prática operamos de modo ineficiente. Isto se torna patente quando comparamos nossos planos otimistas de ontem com as realizações reais de hoje.

A forma como as empresas são organizadas é estudada por uma ciência chamada gestão e administração de empresas, que estuda a maneira pela qual os recursos e processos são geridos. A boa administração destes recursos é considerada como a base da gestão de uma empresa de sucesso.

Existe um conjunto de elementos que estão diretamente associados a uma organização, tais como: clientes, fornecedores, concorrentes, comunicação social, entre outros.

Fundada por engenheiros, a Administração tornou-se, como afirma de Gaulejac (2006), “a ideologia dominante de nosso tempo”. Impregnada de ímpetos prescritivos, responde pela permanente modelização da ação gerencial, de caráter essencialmente lógico, se consagrando como o campo onde se formam as tecnologias para que as coisas deem certo. De uma forma ou de outra, essa “ideologia” se afirma ao longo do século XX em paralelo à sedimentação de modelos sociais e econômicos baseados no empreendedorismo, com influências visíveis nos campos da ação governamental, da organização da sociedade civil, dos agrupamentos religiosos, e mesmo das relações interpessoais, do estudo, do ensino da pesquisa científica. Em todos esses campos, o que se nota invariavelmente é a predominância do padrão de racionalidade administrativa.

Por mais importante que a boa administração seja para o indivíduo, seu valor real está mais ligado às organizações, vitais para a sociedade. O fato líquido e certo é que as organizações precisam de administradores. Organizações eficientes são hoje mais importantes do que nunca, em nossa sociedade. Devido à complexidade crescente da sociedade e ao tamanho cada

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vez maior das organizações, as decisões administrativas individuais têm grande repercussão na sociedade. Consideremos os problemas que nossa sociedade enfrenta no tocante à saúde ou à energia e os problemas contínuos relativos aos custos enormes e a outras ineficiências nos contratos governamentais dos Estados e da federação. Cada um desses problemas ajuda-nos a recordar as necessidades críticas da sociedade com relação a administradores eficientes.

As variáveis-chave que afetam a organização, influenciando, com isso, sua estrutura são sua estratégia, o ambiente no qual ela opera, a tecnologia que ela emprega para executar suas atividades e as características de seus membros. A função do administrador, dentro desta visão, é estabelecer um "ajuste" eficaz entre a estrutura da organização e essas variáveis.

Ao definir princípios que visam compor os diversos interesses afetados pelas leis, regras e regulamentos internos que regem uma organização, o administrador precisa ter grande abrangência quanto aos steakholders, partes interessadas, e ao ambiente em que a organização está inserida.

Numa organização pode se identificar seus Stakeholders como: mídia (publicidades, área de marketing), fornecedores, meio ambiente, serviços ou processos terceirizados, concorrentes, acionistas, clientes, comunidade, enfim, a uma série de processos físicos ou jurídicos de uma organização que podem ser considerada um stakeholder, desde que haja sempre a interação com a mesma. Segundo Freeman, o termo stakeholders refere-se a grupos que têm

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direito legitimado sobre a organização. Bowditch e Buono (1992) definem stakeholders como: “grupos ou pessoas identificáveis que uma organização depende para sobreviver: acionistas, funcionários, clientes, fornecedores e entidades governamentais”.

Na escolha de uma estratégia - e da estrutura para sua implantação - os administradores têm que procurar saber como o ambiente externo afetará a organização. As relações entre estratégia, estrutura e ambiente podem ser vistas a partir de duas perspectivas básicas. Pela primeira perspectiva, a organização reage a seu ambiente: o processo de formulação da estratégia tem que levar em conta o ambiente no qual a organização opera no momento e no qual estará operando no futuro. Pela segunda perspectiva, a organização age antes porque o processo de formulação da estratégia envolve a escolha do ambiente em que a organização operará mais a longo prazo.

A teoria dos Stakeholders utilizando-se dos mecanismos de analise da teoria sistêmica, referentes á interdependência e integração dos agentes que compões um sistema procura explicar essa inter-relação e desenvolver fundamentação teórica atinente á responsabilidade social da organização com o ambiente onde está inserida. 

A maioria das organizações não é grande o suficiente para influenciar grandes partes do ambiente externo no qual elas operam; neste sentido, as

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organizações são obrigadas a se ajustar a ele. Entretanto, com suas estratégias, elas podem escolher e realmente escolhem aquelas partes do ambiente externo com as quais têm mais relações e que, portanto, exercerão mais influência.

Todo plano de negócios e, consequentemente, o plano de captação de recursos, deve começar pela compreensão do mercado em que a organização atua: conhecer em detalhes o mercado onde desenvolvemos nossa atividade social é fundamental para que seja possível tomar as decisões mais acertadas.