8
PÁGINAS abertas ANO I - N O 14 MAIO AAGOSTO DE 2011 ICOB comemora 7 anos de existência CONTATOS 31. 30325452 [email protected] olegariobalbino.blogspot.com PÁGINA 4 Festa junina anima moradores da capital PÁGINA 8 Umei de portas abertas para a comunidade PÁGINA 5 Sumaré sofre com córrego que passa na região PÁGINA 7 Robson Vasconcelos

Paginas abertas maio agosto

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Paginas abertas maio agosto

PÁGI

NAS

PÁGI

NAS

PÁGI

NAS

aber

tas

AN

O I

- N

O 1

4

MA

IO A

AG

OS

TO

DE

20

11

ICOB comemora

7 anos de existência

CONTATOS31. 30325452icolegariobalbino@yahoo.com.brolegariobalbino.blogspot.com

PÁGINA 4

aber

tas

aber

tas

Festa juninaanima moradores

da capitalPÁGINA 8

Umei de portasabertas para a

comunidadePÁGINA 5

Sumaré sofrecom córrego quepassa na região

PÁGINA 7

Rob

son

Vasc

once

los

Page 2: Paginas abertas maio agosto

PÁGINA 2

EditorialOpinião

ÉDERSON BATISTA BALBINO

Iniciar um projeto é um trabalho árduo e penoso, mas com muita vontade e garra iniciamos o processo de edição de nosso Jornal Páginas Abertas. O Páginas Abertas vem para um debate franco entre seus leitores, amigos e colaboradores, para a troca de ideias em busca de uma reflexão saudável para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Queremos O Páginas Abertas como um jornal sempre aberto para a par-ticipação e a colaboração de suas mensagens. Somos Páginas Abertas para um todo que necessita de democracia, diálogo, transparência, acesso à comu-nicação e à informação.

Estamos vivendo uma nova fase no desenvolvimento do nosso país, todos - de qualquer idade e nível social, estão descobrindo a rapidez e o dinamismo dessa nova era. Não podemos ficar para trás, quem tem idéias, projetos, con-teúdo, não pode ficar sem participar deste meio de comunicação.

Páginas Abertas quer ajudar a pensar, ser o elo, de muitos leitores que podem contribuir com uma reflexão saudável sobre nosso cotidiano. Nos arti-gos do Girapraça/ação global e os sete anos do Pré-Vestibular comunitário podemos notar que quando nos UNIMOS é a comunidade quem ganha.

Agora é com você amigo leitor; junte-se a nós, participe e seja um Páginas Abertas. Mande sua sugestão de pauta para o próximo jornal. - [email protected]

Equipe Páginas Abertas

INFORMATIVO DO INSTITUTO CULTURAL OLEGÁRIO BALBINORua Margarida P. Torres , 1460 - Nova Esperança - Belo Horizonte - Minas Gerais - CEP 31230 390 Contato: 31. 3347.3282 - e-mail: [email protected] ou blog: olegariobalbino.blogspot.comRECURSOS HUMANOSCOORDENADOR/PROFESSOR: Éderson Batista Balbino, DIRETOR ADMINISTRATIVO: Rômulo Antonio de Araújo, DIRETORA FINANCEIRA: Rosemayre Costa Carvalho, ADVOGADA:Donata Terezinha Balbino, SECRETÁRIO: Robson Anísio

JORNAL – LABORATÓRIO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA / CENTRAL DE PRODUÇÃO JORNALÍSTICA – CPJCOORDENADORA DO CURSO DE JORNALISMO: Marialice Emboava, COORDENADOR DA CENTRAL DE PRODUÇÃO JORNALÍSTICA - CPJ: Eustáquio Trindade Netto – MG02146MT, PROJETO GRÁFICO E DIREÇÃO DE ARTE: Helô Costa – MG00127DG, colaboraram nesta edição estagiários do curso de Jornalismo:Nayara Carmo(edição); Cica Alfer, Ellen Magalhães, Geisiane de Oliveira, Isabella Rocha, Izabela Moreira, Miriã Amaro, Miriam Gonçalves, Nayara Perez, Sérgio Viana (textos); Ludmila Rezende (diagramação).

CORRESPONDÊNCIA: Centro Universitário Newton Paiva - Campus Carlos Luz: Rua Catumbi, 546 - Caiçara - Belo Horizonte - Minas Gerais - CEP: 31230-600 - Telefone: (31) 3516-2734 - [email protected]

Expediente

Seja Páginas Abertas

Acerto de contas ICOB Amigo(a) Leitor(a) saúde e paz! Como é do conhecimento de

todos, o ICOB é baseado em traba-lhos voluntários onde a responsabili-dade social vem em primeiro lugar. Neste sentido, toda a filosofia ado-tada pelos professores e colaborado-res é voltada para o aluno que não tem condições financeiras para estu-dar em um curso convencional.

Apoiado nestes fatos faz-se necessário nosso acerto de contas, junto à comunidade e aos que nos assistem, para assegurar que os serviços prestados pelo ICOB este-jam realmente direcionados àque-les que necessitam.

O ICOB não tem ajuda governa-mental, assim, é com a colaboração do aluno que conseguimos manter o projeto. Desta forma, grande parte dos alunos, colaboram com R$20,00 mensais, valor este que ajuda a asse-gurar o custo de cada um dos 12 professores. Atualmente o ICOB conta com 60 alunos.

Existem também alunos que não tem a mínima condição de contribuir com a mensalidade e que mesmo assim possuem o mesmo tratamento e qualidade de ensino que os demais.

Assim, o restante do valor (ajuda de custo) a ser repassado para os voluntários do ICOB é angariado através de rifas e eventos em geral (Caldo fest, Girapraça e outros) que realizamos em nossa comunidade.

A ESCOLA ESTADUAL PRINCESA ISABEL TEM PREVISÃO PARA ABERTURA DE UMA NOVA TURMA PARA O PROGRAMA DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE. O CURSO OFERE-CIDO É O DE TÉCNICO EM SECRETARIADO E ASSESSORIA, QUE TEM A DURAÇÃO DE UM ANO. PARA PARTICIPAR É NECESSÁRIO TER ENSINO MÉDIO COMPLETO. OS INTERESSA-DOS DEVERÃO ENVIAR DADOS COMPLETOS E TELEFONE PARA O E-MAIL [email protected], COM O ASSUNTO “TELECURSO TEC.”.

Fique Atento!

MIRIÃ AMARO

O novo acordo ortográfico, firmado em janeiro de 2009 pelos oito países que têm a língua portuguesa como a oficial (Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Prín-cipe, Timor Leste, Brasil e Portugal), passa a ser obrigatório a partir de 1º de janeiro de 2013. A questão é se habituar às novas regras. Quantas vezes não nos sentimos tentados a acentuar nossas ideias, ou então colocar trema em várias ambiguidades?

Confira abaixo as opiniões do Pro-fessor Fábio e das alunas do Instituto Olegário Balbino sobre a reforma.

“Na língua inglesa não existem palavras acentuadas e aqui no Brasil poderia ser da mesma forma. Por exemplo: por que heroico perdeu o acento e herói não?”

FÁBIO RIBEIROPROFESSOR DE PORTUGUÊS DO

PRÉ-VESTIBULAR

“Minha maior dificuldade é na acentua-ção das palavras. Não temos aulas especí-ficas sobre as alterações do acordo, mas quando possível adquirimos conhecimen-tos através das atividades de redação rea-lizadas no pré-vestibular do ICOB”

LUANA SHAIRAALUNA DO PRÉ-VESTIBULAR

“Sempre deve se renovar para acompanhar o desenvolvimento da sociedade, pois a língua é viva e deve ser flexível”

EDNA AURITA GONÇALVES DELOSO ALUNA DO PRÉ-VESTIBULAR

O novo acordo ortográfico

O ICOB oferece cursos comunitários de pré-Enem e supletivo do ensino médio.

É necessário levar xerox da carteira de identidade, CPF e comprovante de residência. A taxa de inscrição é de R$45. Mais informações no telefone 3032-5452.

As inscrições terão início do dia 1 de junho indo até o dia 15, das 19:00 ás 20:30, de segunda a sexta-feira. Você pode realizar a sua

na avenida Américo Vespúcio, n°1610, no bairro Nova Esperança.

Page 3: Paginas abertas maio agosto

PÁGINA 3

“Comunidade e Música” Promovendo a cultura e o lazer, os artistas que se apresentaram

no Girapraça marcaram pela simpatia e talento

CICA ALFER

Já dizem por ai os poetas e músicos: “A música é constante renovação; cada vez que alguém toca, traz ao mundo um novo som”. Do pop ao rock, desde as batidas do funk consciente, até o som das eternas modas de viola, o gira-praça, além de trazer diversidade musical, trouxe voz à comunidade, através da cultura, lazer e da música.

“Mais do que só música, o que

importa é a mensagem que vem para uma comunidade carente de tantos recursos; buscamos perceber o que as pessoas gostariam de ver e aí, através da mesma comunidade, trazemos estas atrações”, destaca Fatima Aparecida Januária, moradora do bairro e volunta-ria do projeto Girapraça.

LEVANDO AO DELÍRIO

O evento, organizado pelo SESC-MG, aconteceu no dia 30 de abril, na Pracinha do Jornal, ao lado da sede do Diário do

Comércio, na Avenida Américo Vespúcio, 1600, Nova Esperança. Houve participa-ção de vários artistas da comunidade, o que garantiu atrações extras para todos os gostos e idades. Durante toda a programa-ção, o projeto buscou integrar os morado-res trazendo atrações que agradassem a todos os tipos de publico.

Quem passou pela pracinha pode se deliciar com os contrastes das apresen-tações, do pop-rock gospel da Banda Missão Contínua à dança terapêutica do

grupo Santos Anjos e do professor Adalto Lima, seguidos pela moda de viola do ‘seu’ Evair que faria qualquer um viajar no tempo, sem contar com o rock dos meninos da Banda Domini. Para as crianças da comunidade, o auge do Gira-Praça foi, sem dúvida, as apre-sentações dos Mc’s Michel, Tucano e Yuri, que abordaram com suas batidas contagiantes e suas letras conscientes a importância do combate a violência, levando a garotada ao delírio.

Ciclovias desafogam viase trazem bem estar à população

NAYARA CARMO

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da BHTRANS, inicia as obras do Pedala BH, programa de incentivo ao uso da bicicleta que irá implantar seis novas ciclovias na cidade em 2011. O programa tem como objetivo promover e resgatar o uso da bicicleta na capital, criando facilidades para quem optar por esse meio de trans-porte. Para isso, a proposta é usar de ações que abranjam desde a definição e implantação de rotas cicloviárias e estacionamentos para bicicletas, até campanhas de educação e de segu-rança no trânsito.

Como veículo de transporte, os usuários poderão, por exemplo, utili-zar a bicicleta em seu primeiro deslo-camento até uma estação de integra-ção, onde poderão deixá-la com segu-rança em um bicicletário, utilizando, em seguida, o ônibus ou o metrô para completar a sua viagem.

Em Belo Horizonte existem atual-mente 22 km de ciclovias, localizadas nas avenidas Tereza Cristina, dos

Andradas, Saramenha, Deputado Álvaro Camargo, Vilarinho e na Orla da Lagoa da Pampulha. Os ciclistas con-tam também com paraciclos e bicicletá-rios localizados na Savassi, na Rua Per-nambuco; na regional Pampulha, em frente ao Parque Guanabara; na Região Hospitalar, próximo ao Restaurante Popular; e nas estações BHBUS.

A rede cicloviária já planejada para Belo Horizonte é de cerca de 365 km e,

para maior comodidade dos ciclistas, serão instalados mais paraciclos e bicicle-tários para o estacionamento de bicicletas em vários locais da cidade. Para o ano de 2011, está prevista a implantação de mais seis rotas cicloviárias: Rota Savassi, Rota Avenida Américo Vespúcio (entre aveni-das Antônio Carlos e Carlos Luz), Rota Nordeste (ligação da ciclovia da Avenida Saramenha à Estação São Gabriel pela Avenida Risoleta Neves), Rota Norte (liga-

ção da ciclovia da Avenida Vilarinho à futura Estação Pampulha), Rota Leste (liga a Região Leste à rota da Savassi pela Avenida dos Andradas) e Rota Estação Barreiro. A implantação das ciclovias na Avenida Américo Vespúcio e na Avenida Risoleta Neves já começou.

No entanto, há um porém. Os ciclis-tas reclamam da truculência dos moto-ristas, que não têm o menor respeito por eles. Edson Vale Ferreira, 23 anos, já foi atropelado duas vezes. Na primeira, teve a bicicleta totalmente destruída por um motorista, que trafegava em alta velocidade pela Avenida Américo Ves-púcio. “Quebrei um braço e ainda perdi a bicicleta, pois o cara fugiu e não deu para anotar a placa”, reclama. Apesar dos pesares, vale a pena aderir essa causa por seus inúmeros benefícios, tanto para a cidade quanto para o cida-dão. Além de desafogar o trânsito, a bicicleta não polui, promove a melhoria da saúde de quem pedala, é um veículo de baixo custo de aquisição e de manu-tenção, é silencioso e flexível em seus deslocamentos. Agora, resta saber se os motoristas também vão colaborar.

Ciclovias parecem ser a melhor solução quando o assunto é melhorar a saúde da população e desafogar as avenidas, em especial a Américo Vespúcio

Page 4: Paginas abertas maio agosto

PÁGINA 4

ICOB tem mais ações para a comunidade Além de levar conhecimento, informação, serviços, cultura e acesso

a cursos preparatórios, os objetivos do Instituto incluem novas atividades

MIRIAM GONÇALVES E SÉRGIO VIANA

“Passamos a ser formadores de opinião” — É assim Éderson Batista Balbino, um dos fundadores do (ICOB), Instituto Cultural Olegário Balbino, fala sobre a importância da entidade para a comunidade. Fun-dado em junho de 2004, por Éderson e mais dois professores, o instituto que antes se chamava, Sociedade Educa-tiva e Cultural Lima Barreto, foi criado com a finalidade de passar às pessoas da comunidade, mais informação, serviços, cultura e acesso a cursos pre-paratórios para vestibulares e Enem.

— Queremos passar para a socie-dade e para os alunos, a possibilidade de se prepararem melhor para provas do Enem e do vestibular. Passar um crescimento cultural, e o que tem de bom na região como o Congado e o Maracatu, Culturas Afro-Brasileiras.

O ICOB é uma entidade sem fins lucrativos, formada por professores voluntários, que têm como objetivo dar acesso ao ensino suplementar para a população de baixa renda. Alguns dos professores do instituto se formaram há pouco tempo e ainda encontram

dificuldades para entrar no mercado de trabalho. Há os que, para se manter, exercem outras atividades durante o dia, como Wellington Aguilar de San-tana, professor de Geografia, que dá aulas há quase dois anos no instituto e ainda trabalha na sorveteria da irmã.

— O que me leva a ser voluntário é sobre tudo, por acreditar na transforma-ção e no poder da educação —, define Wellington, alegando que, no começo era só para pegar experiência. “Mas hoje, tenho um vínculo com meus alunos, se eu sair hoje, como eles ficarão?”, questiona.

Já a professora de inglês, Sandra-lea Assunção de Sousa, que trabalha como contadora e faz faculdade nos dias que não dá aulas, faz de seus alu-nos um exemplo.

— São pessoas que estão se esfor-çando para conseguir um curso supe-rior, é muito gratificante, renova minhas energias.

A maioria dos alunos que estudam no ICOB, mora na comunidade, mas o instituto recebe também pessoas de outros bairros. É o caso das amigas, Fran-cine Nunes dos Santos e Dâmaris Tomaz Almeida, 17 anos, que residem no bairro Vitória, na região Nordeste da capital e

pegam dois ônibus para ir e voltar do curso. No fim do ano, elas vão prestar vestibulares e também fazer o Enem. Mas não reclamam. “Vale á pena vir de tão longe, porque o método de estudo aqui é muito bom e os professores são bem atenciosos”, atesta Francine.

Vários alunos que já passaram pelo Instituto, o recomendam e elogiam, destacando sempre os professores pela atenção e qualidade das informações passadas nas salas de aula. Luciana Bar-bosa Nascimento, 39 anos, fez supletivo no ICOB durante seis meses e conta que, para ela, foi um tempo precioso. “Se não existisse esse projeto aqui na comunidade, minhas dificuldades seriam muito grandes”.

— Os professores são capacitados para formar cidadãos. Tenho duas crianças especiais e muitas vezes tinha que levá-las para dentro da sala de aula, sempre contando com a compreensão dos professores. Seria quase impossível fazer um supletivo, se não fosse aqui.

Atualmente o instituto funciona no espaço cedido pela Escola Munici-pal Artur Guimarães, e, segundo a diretora do estabelecimento, Heloisa do Espírito Santo, a regional da PBH

aprovou o projeto, que vem dando certo. “A procura tem sido muito grande e vários alunos já foram apro-vados no vestibular. É muito gratifi-cante para a comunidade”.

NOVOS PROJETOS

Novos projetos estão por vir. O Ins-tituto promoverá o Funk Consciente, que terá como meta, quebrar o precon-ceito sobre o estilo musical e, segundo Robson Anísio, colaborador do ICOB, “conscientizar o público adolescente, colocando funkeiros jovens para con-versar com alunos de escolas sobre os perigos do uso de drogas”. Outro pro-jeto previsto será uma parceria com a Sociedade São Vicente de Paula, que vai ceder espaços para a criação de uma biblioteca comunitária, um ambiente para estudo, além de mais salas para pré-vestibulares.

Quem quiser participar, pode se inscrever na Avenida Américo Vespú-cio, 1610 (ao lado do jornal “Diário do Comércio”), Nova Esperança, Belo Horizonte, levando cópia e original do RG, CPF e comprovante de residên-cia. Outras informações:[email protected] ou pelo telefone (31) 30325452.

Fotos Rodrigo Mafi li

Page 5: Paginas abertas maio agosto

PÁGINA 5

UMEI Nova Esperançade portasabertas

NAYARA CARMO

A Unidade Municipal de Edu-cação Infantil (Umei) do bairro Nova Esperança terá as obras concluídas no mês de maio e iní-cio das atividades na primeira quinzena de junho. Escolhida pela população no Orçamento Participativo 2007/2008, a Umei Nova Esperança terá capacidade para atender inicialmente 270 crianças de 0 a 6 anos.

Localizada na avenida Amé-rico Vespúcio esquina com a rua Francisco de Paula Ferreira, a obra, que começou no primeiro semestre do ano passado, teve investimento da prefeitura de Belo Horizonte no valor de R$ 5 milhões. A escola integrada ofe-recerá estacionamento, play-ground, casa de brincar, anfitea-tro, oito salas de aula, sala dos professores, instalações sanitá-ria masculina e feminina, cozi-nha/refeitório, sala multiuso e recreio coberto.

Nayara Carmo

LÍDIA SALAZAR

“Um novo tempo, com mais oportu-nidades para todos” é o lema do Instituto Cultural Olegário Balbino – ICOB mos-tra o que eles querem para a sociedade. O Instituto oferece gratuitamente cursos para supletivo, pré-vestibular e pré-enem, ajudando pessoas de baixa renda a conquistarem um sonho, que muitas vezes parece algo inalcançável, cursar uma faculdade.

Maria Cristina Frois, 52 anos, foi uma dessas vencedoras. No meio do ano em 2004, ela entrou no ICOB e com a ajuda dos professores voluntários e com sua dedicação alcançou seu objetivo e entrou na Universidade Estadual de Minas Gerais - UEMG. Cursou Artes Visuais e hoje, já é pós-graduada na Uni-versidade Federal de Minas Gerais - UFMG e está tentando mestrado.

Quando terminou o segundo grau, Frois tentou vestibular, mas não con-seguiu. Ela conta que na época não havia muitas opções para pessoas

carentes, a única era a UFMG e ela não havia conseguido. Casou-se, teve filhos e sua meta foi adiada. Somente quando os filhos estavam crescidos, Maria Cristina teve coragem de tentar novamente e com a ajuda do ICOB conseguiu realizar seu sonho.

A artista relembra como foi impor-tante o Instituto Olegário Balbino em sua vida, pois nunca havia tido disci-plina para frequentar aulas de cursi-nho. “Os professores voluntários eram muito dedicados, eles deram um suporte excelente nas matérias; quem queria enfrentar o vestibular com seriedade, conseguia aproveitar 100%, tanto que eu passei em uma faculdade pública”, recorda.

O curso de Belas Artes sempre foi o sonho de Maria Cristina, como ela mesma diz: “sempre foi minha paixão”. Hoje, está montando um ateliê, e apesar de trabalhar em outra área, seu objetivo é dar aulas de artes em alguma faculdade.

Outra vencedora foi Edna Aurita Gonçalves Veloso, 39 anos. Ela fez um

ano de cursinho no pré-vestibular do ICOB, em 2010. Passou para o curso de farmácia no Centro Universitário UNA e na FAMINAS.

Edna Veloso havia tentado UFMG - para ver como era o vestibular. Tempos depois, decidiu tentar novamente e com a ajuda do ICOB conseguiu. “Gostei muito do cursinho, pra quem quer aprender foi muito bom”. Ela optou por fazer na FAMI-NAS e já está fazendo o curso.

Além disso, com o ICOB ela conse-guiu a bolsa do Pro-Uni, através da prova do Enem e conseguiu ser bolsista, com 50% de desconto na FAMINAS. “Sou muito grata ao pessoal do cursi-nho, foram muito atenciosos e dedica-dos”, agradece Edna.

Quando começou o pré-vestibular, a futura farmacêutica queria outro curso, estética ou psicologia, mas no meio do cursinho se identificou com farmácia, que segundo ela, é um curso mais amplo. Atualmente, não trabalha na área, mas quando formar pretende pres-tar concurso público e seguir carreira.

“Quem acredita sempre alcança”Com preparação gratuita, ex-vestibulandas conseguem realizar o sonho de ter um curso superior

Aliando educação de qualidade e infraestrutura,

a UMEI Nova Esperança abre as portas para a comunidade

Foto

s D

ivul

gaçã

o IC

OB

Page 6: Paginas abertas maio agosto

PÁGINA 6

Novas técnicas de ensino em direção

GEISIANE DE OLIVEIRA

Apesar de ser Instrutor de direção, Philippe Fernandes Guimarães Nasci-mento, 26, acredita que “seu método de ensino é diferente”. Com essa tese, ele resume seu trabalho. Credenciado pelo DETRAN nas categorias de habilitação A, B, C e D, há quatro anos ele esta nessa área. Possui uma microempresa e presta serviço para a autoescola Drive. Seu horário de serviço é das 6 às 19h e cos-tuma trabalhar aos sábados quando necessário. Futuramente, ele pretende ampliar seu negócio.

Para o instrutor, a qualidade de suas aulas tem que ser superior à das outras autoescolas. Para que isso aconteça, ele criou apostilas, um DVD que contém fotos e vídeos com dicas e aumentou o tamanho das aulas de 50 minutos para uma hora. É um pacote com dez aulas por R$ 250. Philippe afirma que tanto tem “perícia para quem está buscando a carteira quanto

para quem já tem a habilitação e pre-cisa aperfeiçoar”. Vale lembrar que, para os iniciantes, a lei exige no mínimo 20 aulas, mas pode-se acres-centar mais dez, se for preciso.

500 ALUNOS

Philippe está prestes a alcançar a marca de 500 alunos aprovados no exame de direção, atingindo a média de 87%. Esse resultado se deve à pai-xão que tem pelo trabalho e à atualiza-ção dos modelos dos carros, um item que favorece também a segurança do a luno. A lém do curso fe i to no DETRAN, o professor se mostra dedi-cado e está sempre se atualizando para aprimorar seu conhecimento. Entre que fez estão os de Direção defensiva e evasiva e sobre adaptação psiquiátrica humana e entre outros.

Para entrar em contatos com ‘Phi-lippe Guimarães Aulas de Direção’, basta ligar para o telefone (031)- 98923497 ou (031)-91745708. O e-mail é [email protected].

Philippe agrada pela simpatia e atenção, o que garante o bom desempenho dos

alunos nas aulas de direção

Rodrigo Mafi li

Philippe pensa em ir mais longe: o próximo passo é abrir a própria auto escola

Pessoas desaparecidas: onde estão?As falhas na divulgação e os meios de procura inefi cientes são as difi culdades encontradas

pelos familiares de desaparecidos

MIRIÃ AMARO

“Onde estão?”— Essa é a pergunta que sempre está presente na vida de familiares e amigos de pessoas desapa-recidas. “O fato de não se ter uma dimensão exata do problema de desa-parecimento de pessoas, dificulta o apontamento de soluções”, ressalta Robson Anísio dos Santos, presidente do Movimento Mineiro pelas Pessoas Desaparecidas e Crianças Exploradas (MIDESPAR). Assim, o desespero de encontrar uma resposta pode durar horas, dias, meses e anos.

Diante dessa situação, a sociedade parece estar desinteressada sobre o assunto e até mesmo o Estado é omisso ao drama, restando apenas uma dor única e o anseio de ver o rosto daquele que há dias estava esquecido. O pedido de ajuda e a desilusão são arrastados por pais, amigos e pessoas próximas que encontram em sua voz a força para não desistir. “O que temos é a nossa voz e não vamos nos calar”, pontua Robson. E como companhia, além da angústia, essas pessoas têm a fé unida com a espe-rança de um novo amanhecer.

Existem inúmeras dificuldades para encontrar pessoas desaparecidas, sendo a maior delas informações falsas passadas por maldade. Há uma série de perguntas sobre a falha do governo na

procura de pessoas desaparecidas, começando pela dispensa por parte deste junto aos familiares, impedindo a tarefa de buscar informações e soluções por conta própria. “Onde está a política de comunicação entre as polícias muni-cipais e estaduais que apuram com pre-cisão o número anual de desapareci-dos?”, pergunta Robson. É falho esse sistema de informatização e comunica-ção que devia apurar, também, as cau-sas que levam ao desaparecimento tra-çando um perfil.

Não há recursos humanos sufi-cientes para o trabalho de procura para que as delegacias possam iniciar as buscar e investigação imediata-mente, como obriga a lei federal 11.259/2004. Também está em xeque a estrutura física e tecnológica que possibilitaria agilidade no processo de busca criando um registro nacional de desaparecidos. “Onde estão as viatu-ras próprias para esse setor?”, com-pleta Robson.

Uma solução seria a criação de um banco de DNA. Os estados seriam obri-gados a coletar sangue de jovens que estão sem identificação, em abrigos ou nas ruas. Se estivesse em vigor, o banco de DNA descobriria várias pessoas que sumiram de um estado e estão em outro; ou que podem estar até mesmo perto de casa.

Page 7: Paginas abertas maio agosto

PÁGINA 7

Condições para desencadear

doenças do coração estão cada vez mais presentes no

nosso dia a dia

Sumaré precisa de atenção

LÍDIA SALAZAR

A poluição dos córregos em Belo Hori-zonte começou desde a construção da cidade, quando foi abandonado o objetivo inicial de preservar o meio ambiente. O tratamento das águas não foi feito, e desde então a cultura de córregos mal tratados e poluídos se instalou como uma das carac-terísticas da cidade. Quem duvidar é só dar uma olhadinha em nosso curso d’água mais famoso, o ribeirão Arrudas.

Editi da Chagas Rocha, 60 anos, reside no local e reclama justamente da falta de canalização. O que mais a inco-moda é o mau cheiro e os animais que surgem dentro da sua casa — ratos e bara-tas. Ela conta que sempre precisa ir ao posto pedir remédio para jogar no córrego, mas mesmo assim a situação não muda.

Wellington Aguilar de Santana, profes-sor de Geografia do Instituto Olegário Bal-bino, confirma que os córregos urbanos caíram no esquecimento e responsabiliza o poder público pela situação — a população está de mãos atadas, porque apesar de joga-rem lixo, a questão da contaminação se dá principalmente pelo esgoto. “Não existe uma conscientização por agentes das pre-feituras, mas, mesmo que houvesse, essa não seria a solução”, constata o professor.

“Outro problema, que envolve direta-mente a população, é a coleta de lixo”, denuncia Wellington.

— Quando você tem uma geladeira velha, ou um sofá, por exemplo, o que fazer com eles? Onde jogá-los fora? O caminhão de lixo não busca e muitas vezes, é difícil para a pessoa levar em algum lugar.

Esses tipos de objetos são comuns na beira do córrego e à medida que vão se acumulando, geram uma série de trans-tornos, tanto para a população, quanto para o meio ambiente. Editi, no entanto, não concorda com o que diz o professor, quando ele se refere à atitude dos morado-res da região. “Os moradores daqui não jogam lixo no córrego, o problema são os esgotos dos banheiros que ainda são des-pejados no local”, contesta.

Só que, para o professor, a população não reivindica nos órgãos públicos, “por-que ela mesma não sabe o que é melhor para se fazer”. Além disso, Wellington aponta a burocracia como outro obstá-

culo, tornando os processos muito lentos. “Sem contar que os moradores trabalham muito, são pessoas de classe mais baixa, que não têm tempo para correr atrás dos seus direitos — às vezes, eles nem sabem qual órgão procurar”, explica o geógrafo.

Segundo Editi, já foram muitas pes-soas à região prometendo canalizar o cór-rego. “Os moradores chegaram a fazer votação, mas não foi feito nada; esse cór-rego incomoda a gente há muito tempo, moro aqui há 35 anos e sempre foi a mesma coisa”, revolta-se. A única coisa que os vereadores fizeram, segundo Editi, foi levar o esgoto para algumas casas e cimentar algumas ruas.

Fotos Rodrigo Mafi li

Rios e córregos

que passam pela capital

mineira ainda sofrem com o descaso do

poder público. Na região

Noroeste não é diferente!

Doença cardíaca: vários fatores,um problema

MIRIÃ AMARO

Fator de risco cardiovascular é o ele-mento ou característica associada à pos-sibilidade de ocasionar uma doença no coração ou nas artérias. E esses fatores podem ser mutáveis ou imutáveis. O pri-meiro é aquele que pode ser prevenido; já o outro, necessita tratamento intenso para ser controlado. Os riscos cardíacos estão mais próximos do que imaginamos.

Quem possui na família casos de doenças cardiovasculares precisa ficar atento. Filhos de pessoas com problemas cardíacos têm mais chances para desen-volver doenças no coração. “Você pode

mudar de pai, mas a probabilidade conti-nua a mesma”, ressalta o cardiologista Carlos Magno. Segundo o médico, não existe um fator chave para desencadear uma doença cardíaca, mas conjuntos que fazem mal para o coração. “Pessoas que apresentam problemas cardíacos possuem no mínimo dois sintomas de risco”, alerta.

Como medida de prevenção, os médicos recomendam que sejam contro-lados os fatores que podem trazer mais problemas para o coração, como: diabe-tes, hipertensão, os níveis de colesterol, excesso de peso, sedentarismo, excesso de sal, álcool, tabagismo e o estresse.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

A maior dificuldade encontrada pelas pessoas é a inserção de alimentos ricos em nutrientes e que tenham pequenas quantidades de gorduras pre-judiciais à saúde em seu cardápio diário. Para obter êxito, é preciso estar atento ao que compramos fazendo a leitura dos rótulos dos produtos e se possível consul-tar um nutricionista para esclarecer as dúvidas sobre qual alimento é mais sau-dável. Visando o cuidado com os níveis de colesterol, pois se estiver em um nível alto pode resultar em doenças cardiovas-culares. “Uma dieta alimentar ade-quada, com baixas concentrações de

gorduras, é fundamental”, diz a nutricio-nista Cristiane Spricigo. Segundo ela, o mau hábito alimentar tem que ser modi-ficado a partir de uma orientação nutri-cional para o controle do colesterol.

Para manter o coração saudável uma boa alimentação ajuda, mas acompa-nhada de atividades físicas é essencial. Para o preparador físico Eduardo Nasci-mento, os alimentos que consumimos são fundamentais para desenvolver uma boa atividade física. “Um cardápio balan-ceado garantirá o peso ideal e a condição para o esforço físico”, afirma. Porém, é importante ter um acompanhamento médico, nutricional e físico.

Page 8: Paginas abertas maio agosto

PÁGINA 8PÁGINA 8

Juninas: tem festa melhor que essa?

ELLEN MAGALHÃES E IZABELA MOREIRA

Forró, chapéu de palha, vestidos de chita bem estampadinhos, camisa xadrez, calças remendadas, bombi-nhas, fogueiras, balões, canjica, quen-tão, caldos, pé de moleque, rapadura, crendices, céu estrelado e noites frias... Estas são apenas algumas das caracte-rísticas das festas juninas. No mês de junho, afinal, comemoram-se os dias de alguns dos santos mais populares da Igreja Católica: Santo Antônio, São João e São Pedro.

Outra característica forte das fes-tas juninas são as quadrilhas, um estilo de dança que aportou no Brasil em 1808, quando a família real portuguesa aqui chegou, fugindo das tropas napo-leônicas. A família real trouxe na baga-gem a quadrilha, moda lançada pelas cortes francesas. Com adaptações que

vararam o tempo, a moda logo caiu no gosto dos brasileiros e, com o tempo, as quadrilhas se incorporaram à vida bra-sileira, ganhando um estilo bem nosso. Em Belo Horizonte, as festas juninas chegaram para arrasar.

A mais famosa de nossas festas é o “Arraial de Belô”, que até o ano pas-sado se realizava no Bairro Glória. Este ano, o bairro Aparecida será a sede do arraial, afirma Denisson Domingues, gerente de eventos da Regional Noroeste. O mais impor-tante de tudo é a intensa participação da comunidade, que agrega, além de Aparecida, os bairros Ermelinda, Nova Esperança, Santo André, Cai-çara e Bom Jesus, entre outros.

As quadras do Arraial de Belô se situam em dois espaços: o Grupo A e o Grupo de Acesso. O primeiro con-centra a elite e se apresenta na Praça

da Estação. Pelé, um dos integrantes da FEQUAJUR-MG (Federação das Q u a d r i l h a s J u n i n a s d e M i n a s Gerais), ressalta a importância da festa ao lembrar que, quando uma quadrilha cai para o segundo grupo, os integrantes chegam a desanimar. “É a maior festa, por isso ninguém quer sair”, diz.

Apesar da alegria e de todo o movi-mento, as quadrilhas hoje enfrentam um inimigo tão poderoso quanto ini-maginável, o funk. Pelo menos esta é a opinião de Pelé, que também integra o Grupo de Quadrilha Cossaco, que sur-giu há 13 anos e tem seu nome inspi-rado num malicioso baião interpretado pelo eterno Luiz Gonzaga. Segundo Pelé, “está cada vez mais difícil atrair os jovens para as quadrilhas, porque eles só querem saber de funk”.

O Grupo de Quadrilha Cossaco

partiu da iniciativa de unir os dois grupos de congado que havia no bairro. No início, os integrantes parti-cipavam apenas das barraquinhas das quermesses, mas em 2002 foram convidados a participar do concurso de regional e arrasaram: ficaram em terceiro lugar logo na estreia e depois conseguiram ser campeões por três vezes. O sucesso, segundo Pelé, está na vocação social que envolve o pro-jeto. “Não temos fins lucrativos”, explica, ao mesmo tempo em que faz questão de destacar que tudo que é arrecadado é investido no grupo, ou seja, na comunidade.

A festa desse ano foi um sucesso, ao som do forró da Banda Chama Chuva e das quadrilhas da região. Realizada na rua Professor Milton Lopes, contou com intensa participa-ção da comunidade.

Mesmo ameaçadas por festas movidas pelos ritmos eletrônicos, como o funk e o Hip Hop, as festas

juninas (que continuam pelo mês de julho) continuam encantando

juninas (que continuam pelo mês de

Mesmo ameaçadas por festas movidas pelos ritmos eletrônicos, movidas pelos ritmos eletrônicos,

juninas (que continuam pelo mês de

Robson Vasconcelos