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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais

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TÉCNICOS RESPONSÁVEIS PELO PROJETO

Lei 9.610, de 19/02/1998. É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais constitui crime sujeito às sanções do Código Penal Brasileiro.

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TÉCNICOS RESPONSABILIDADES

ALEX QUEIROZ DE BRITO (CTEA – 34716114)

Biólogo CRBio 29043/D – Técnico em Agropecuária CREA 6485/TD

ENDEREÇO: Rua Dra. De Cássia A. Melgaço, nº 111, Aptº 101, Bambé, Barra de São Francisco, ES – CEP 29800-000.

E-MAIL: [email protected]

FONE: 27-88145-1586 / 27-3756-1317

Coordenação geral

Preenchimento das informações contidas no SID

Autoria do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

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APRESENTAÇÃO

A EMPRESA

RAZÃO SOCIAL: HC GRANITOS LTDA ME

NOME FANTASIA: HC GRANITOS

CNPJ: 08.428.941/0001-32

ENDEREÇO DA OBRA: Rodovia ES-320. Km 09, Zona Rural, Barra de São Francisco, ES, CEP 29800-000

RAMO DA ATIVIDADE: Desdobramento, polimento, corte e/ou acabamento de rochas ornamentais

FONE: (27) 3756-

REPRESENTANTES LEGAIS

CARLOS EDUARDO SOARES OLIVEIRA

CPF: 134.469.057-23

RG: MG-13731191-SSP/MG

JOSÉ RICARDO ZON

CPF: 111.676.287-05

RG: 14452446-SSP/MG

INTRODUÇÃO

Lei 9.610, de 19/02/1998. É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais constitui crime sujeito às sanções do Código Penal Brasileiro.

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A aceleração do processo de desenvolvimento econômico ao redor do mundo, decorrente da crescente demanda da sociedade, resulta no incentivo contínuo a criação de formas mais eficientes de produção, de modo a melhor atender às necessidades, sempre renovadas, dos mercados consumidores regionalizados. As atividades industriais por sua natureza são grandes geradoras de resíduos, sejam sólidos, líquidos ou gasosos, os quais devem ser gerenciados corretamente visando à minimização de custos e redução da degradação e dos impactos ambientais provocados. Os resíduos sólidos, em função de sua natureza, podem gerar impactos à atmosfera, solo, lençol freático e ecossistemas, durante todo o seu ciclo de vida, seja nas dependências da empresa e, principalmente, em sua etapa de destinação final, a qual normalmente é externa à empresa. O local de maior possibilidade de ocorrência de um desastre ambiental é onde os resíduos são estocados e manuseados com maior freqüência. Desta forma, faz-se necessário o manejo adequado dos resíduos industriais, a fim de se evitar danos ao meio ambiente, à sociedade e à empresa geradora de resíduos.

O lixo é definido como todo e qualquer resíduo sólido proveniente das atividades antrópicas diárias, sendo encontrado de formas variadas, tais como embalagens, papéis, plásticos, entre outros (ALMEIDA & VILHENA, 2000, pg. 29). Observa-se que com o crescimento da indústria da reciclagem, a definição de lixo recebe um novo significado, distinguindo-se duas formas: resíduos inservíveis e resíduos servíveis, onde o segundo é absorvido por famílias na adição de uma nova renda ou como um novo emprego; já o primeiro, é o resíduo da separação do lixo, o qual não possui aproveitamento algum, devendo sofrer uma destinação adequada.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas, através da ABNT NBR 10.004/2004 define resíduos sólidos como: “Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede publica de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face de melhor tecnologia disponível”.

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CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Os resíduos sólidos são diferenciados em sua composição. Para uma adequada análise é necessário definir a sua constituição de modo a proporcionar uma melhor destinação possível. A classificação é realizada de acordo com a sua origem, sua produção e pela sua composição química. De acordo com sua origem e produção, os resíduos podem ser separados em cinco categorias, como se observa abaixo (ECOLNEWS, 2004):

Doméstico: Gerado basicamente em residências;

Comercial: gerado pelo setor comercial e de serviços;

Industrial: gerado por indústrias;

Hospitalares: gerado por hospitais, farmácias, clínicas, etc;

Especial: podas de jardins, entulhos da construção civil, animais mortos.

De acordo com a sua composição química, ainda podem ser classificados em duas categorias. São elas:

Orgânico;

Inorgânico

Ou ainda como perigosos e não perigosos (ABNT NBR 10.004/2004) como segue abaixo:

Resíduos classe I – Perigosos;

Resíduos classe II – Não perigosos;

** Resíduos classe II A – Não-inertes.

** Resíduos classe II B – Inertes.

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IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

SÓLIDOS INDUSTRIAIS

A ABNT através da NBR 10.004/2004 fornece os procedimentos que viabilizam a identificação e classificação dos resíduos sólidos quanto aos riscos potenciais que oferecem ao meio ambiente e à saúde pública, de forma que possam ser gerenciados adequadamente.

Assim, de acordo com a NBR 10.004/2004, um resíduo é considerado:

Perigoso => quando suas propriedades físico, químicas e infecto-contagiosas representem:

a) Risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices;

b) Riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada.

Além da periculosidade, esta NBR define toxicidade (propriedade potencial que o agente tóxico possui de provocar, em maior ou menor grau, um efeito adverso em conseqüência de sua interação com o organismo); agente tóxico (qualquer substância ou mistura cuja inalação, ingestão ou absorção cutânea tenha sido cientificamente comprovada como tendo efeito adverso – tóxico, carcinogênico, mutagênico, teratogênico ou ecotóxicológico); toxicidade aguda (propriedade potencial que o agente tóxico possui de provocar um efeito adverso grave, ou mesmo morte, em conseqüência de sua interação com o organismo, após exposição a uma única dose elevada ou a repetidas doses em curto espaço de tempo); agente teratogênico (qualquer substância mistura organismo, agente físico ou estado de deficiência que, estando presente durante a vida embrionária ou fetal, produz uma alteração na estrutura ou função do indivíduo dela resultante); agente mutagênico (qualquer substância, mistura, agente físico ou biológico cuja inalação, ingestão e absorção cutânea possa elevar as taxas espontâneas de danos ao material genético e ainda provocar ou aumentar a freqüência de defeitos genéticos); agente carcinogênico (substâncias, misturas, agentes físicos ou biológicos cuja inalação, ingestão e absorção cutânea possa desenvolver câncer ou aumentar sua freqüência); agente ecotóxico (substâncias ou misturas que apresentem ou possam apresentar riscos para um ou vários compartimentos ambientais); DL50(oral, ratos) (dose letal para 50% da população

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de ratos testados, quando administrada por via oral); CL50(inalação, ratos) (concentração de uma substância que, quando administrada por via respiratória, acarreta a morte de 50% da população de ratos exposta); e, DL50 (dérmica, coelhos) (dose letal para 50% da população de coelhos testados, quando administrada em contato com a pele).

Os resíduos sólidos industriais em geral podem causar danos à saúde humana, sendo necessário que se realize uma adequada disposição e/ou tratamento. Para que se possa realizar esta destinação adequada, é necessário que se saiba precisamente as características de cada resíduo gerado no processo industrial. Estas características proporcionam a realização de uma classificação desses resíduos.

A classificação dos resíduos envolve a identificação do processo ou atividade que lhes deu origem e de seus constituintes e características com a posterior comparação destes constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido.

A identificação dos constituintes a serem avaliados na caracterização do resíduo deve ser criteriosa e estabelecida de acordo com as matérias-primas, os insumos e o processo que lhes deu origem.

A utilização de ferramentas adequadas para a realização de um plano de gerenciamento de resíduos sólidos é fundamental. Estas ferramentas são principalmente a realização de um inventário de resíduos sólidos conforme a Resolução CONAMA Nº 313, de 29 de outubro de 2002 e a Norma ABNT NBR 10.004/2004 – Resíduos Sólidos - Classificação, que oferece subsídios para o enquadramento dos resíduos gerados no sistema, através dos anexos A, B, C, D, E, F, G e H.

Anexos da ABNT NBR 10.004/2004

Anexo A – Resíduos perigosos de fontes não específicas;

Anexo B – Resíduos perigosos de fontes específicas;

Anexo C – Substâncias que conferem periculosidade aos resíduos;

Anexo D – Substâncias agudamente tóxicas;

Anexo E – Substâncias tóxicas;

Anexo F – Concentração - limite máximo no extrato obtido no ensaio de lixiviação;

Anexo G – Padrões para o ensaio de solubilização;

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Anexo H – Codificação de alguns resíduos classificados como não perigosos.

A ABNT NBR 10.004/2004 classifica os resíduos sólidos em:

1) RESÍDUOS CLASSE I – PERIGOSOS

Aqueles que apresentam periculosidade ao meio ambiente ou à saúde pública, ou uma das características abaixo:

a) Inflamabilidade;

b) Corrosividade;

c) Reatividade;

d) Toxicidade;

e) Patogenicidade.

2) RESÍDUOS CLASSE II – NÃO PERIGOSOS

Os códigos para alguns resíduos desta classe encontram-se no anexo H da ABNT NBR 10.004/2004 e anexo II da Resolução CONAMA Nº 313 de 29 de outubro de 2002.

2a) RESÍDUOS CLASSE II A – NÃO INERTES

Aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos classe I - Perigosos ou de resíduos classe II B – Inertes. Os resíduos classe II A – Não inertes podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. Por exemplo: papéis, papelão, matéria vegetal e outros.

2b) RESÍDUOS CLASSE II B – INERTES

Quaisquer resíduos que, quando amostrados de forma representativa, segundo a ABNT NBR 10.007, e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme a ABNT NBR 10.006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme o anexo G da ABNT NBR

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10.004/2004. Estão incluídos nesta categoria as rochas, tijolos, vidros, certos plásticos e borrachas que não se decompõem facilmente.

Caso haja dificuldades na classificação dos resíduos, outras normas podem ser utilizadas. São as seguintes:

NBR – 10005 – Lixiviação de resíduos.

NBR – 10006 – Solubilização de resíduos.

NBR – 10007 – Amostragem de resíduos, também deverá ser consultada.

Esta classificação dos resíduos sólidos é realizada com três objetivos básicos:

Caracterização: Conhecer propriedades ou características dos resíduos gerados no processo industrial que possam causar de qualquer maneira danos ao homem e ao meio ambiente.

Disposição: Permitir a tomada de decisões técnicas e econômicas em todas as fases do tratamento dos resíduos sólidos.

Mobilização: Concentrar esforços da empresa no controle dos resíduos cuja liberação para o meio ambiente seja problemática, de tal modo a permitir a tomada de decisões técnicas e econômicas em todas as fases do trato do resíduo, visando sua disposição adequada.

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RESÍDUO

O resíduo tem origem conhecida?

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Não

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS

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Consta nos anexos A ou B?

Tem características de:Inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogeniciade?

Resíduo não perigoso classe II

Resíduo perigoso classe I

Possui constituintes que são solubilizados em concentrações superiores ao anexo G?

Resíduo inerte classe II B

Resíduo não-inerte classe II A

Fluxograma – caracterização e identificação de resíduos sólidos

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É o processo que compreende a segregação, a coleta, a manipulação, a triagem, o acondicionamento, o transporte, o armazenamento, o beneficiamento, a comercialização, a reciclagem e a disposição final dos resíduos sólidos e seu tratamento.

As atividades industriais por sua natureza são grandes geradoras de resíduos industriais, assim como efluentes e emissões gasosas, devendo estes impactos ser minimizados ao máximo, reduzindo os custos ocasionados e o potencial da ocorrência de impactos ambientais.

Com a criação da lei 6.938/81 que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente e a lei 9.605/98, que trata dos crimes ambientais, na qual as empresas geradoras de resíduos tornaram-se responsáveis pela reparação de qualquer dano ambiental, a responsabilidade torna-se objetiva e solidária, sendo assim, independente do fator gerador. A empresa será responsável para remediar qualquer passivo gerado devido à má gestão de seus resíduos, perfazendo esta obrigação durante todo o período que os resíduos possuam potencial de gerar impactos ambientais, independente do abandono da empresa no segmento ambiental.

Um adequado Sistema de Gestão de Resíduos Industriais faz-se necessário quando empresas responsáveis preocupam-se com os possíveis e reais impactos que podem ocorrer, além de se preocupar com a responsabilidade social e a redução de seus custos. O Gerenciamento de Resíduos Industriais em uma visão sistêmica deve englobar todas as matérias-primas e insumos que adentram ao sistema produtivo, observando seqüencialmente, o processo produtivo através da produção e dos refugos, resíduos gerados por falhas operacionais, matérias-primas fora de especificação, estabelecendo ainda, possíveis indicadores que proporcionem a rápida identificação de causas da geração de resíduos e indicando as soluções pertinentes.

A Gestão de Resíduos deve ter como objetivo o uso do método dos 3 R’s, o qual trata da redução, reutilização e reciclagem. VILHENA & POLITI (2000, pg. 15) afirmam que o ato de evitar considera todas as medidas que reduzam a geração de resíduos pela produção ou pelo consumo de bens.

DO PROCEDIMENTO DE TRABALHO

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O trabalho foi realizado levando em consideração as fases de ampliação e operação da unidade de desdobramento e beneficiamento de rochas ornamentais. Através de levantamento bibliográfico e levantamento de campo realizado na própria empresa e em outros estabelecimentos do setor, foi possível caracterizar os resíduos de geração contínua, que são aqueles materiais biológicos e não biológicos oriundos das atividades desenvolvidas em cada fase do processo.

Os levantamentos realizados objetivaram conhecer os seguintes tipos de informações:

Dados gerais do processo;

Matérias-primas e produtos utilizados;

Os resíduos gerados;

Estimativa da quantidade de resíduos gerados;

Estimativa da composição dos resíduos gerados;

Identificação de substâncias que conferem periculosidade aos resíduos.

As diretrizes e procedimentos adotados neste Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos estão baseados em técnicas recomendadas por normas, obedecendo a padrões estabelecidos por órgãos ambientais licenciadores e por dispositivos legais referentes ao assunto.

Em função das diversas tipologias de resíduos gerados durante as etapas já citadas, são apresentadas e adotadas condutas de gerenciamento que priorizam a separação por grupos de resíduos, objetivando principalmente:

a) Possibilitar a separação dos resíduos para a adoção de alternativas para sua disposição final, com vistas à reutilização, reciclagem e comercialização;

b) Possibilitar a adoção de medidas para a redução de volumes gerados;

c) Identificar e acondicionar adequadamente os resíduos que necessitem de manejo especial.

Neste trabalho adotou-se como ponto de partida para o gerenciamento dos resíduos, a realização de um inventário dos mesmos, conforme as diretrizes e critérios constantes na ABNT NBR 10.004/2004.

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As atividades envolvidas na identificação dos resíduos para a composição do inventário foram divididas conforme se segue:

Fase 1 - Identificação e pré-classificação dos resíduos;

Fase 2 - Identificação dos acondicionadores adequados para cada tipo de resíduo;

Fase 3 - Local para acondicionamento temporário;

Fase 4 - Alternativas para disposição final.

Durante a fase 1, realizou-se a identificação dos resíduos gerados ou que apresentem potencial de geração durante as etapas de ampliação e operação do empreendimento, procurando ao mesmo tempo fazer uma pré-classificação dos mesmos. A fase 2 foi destinada basicamente a identificar os acondicionadores mais adequados para as especificidades de cada tipo de resíduo. A fase 3 foi destinada a buscar e identificar os locais mais adequados para o acondicionamento temporário dos resíduos. A fase 4 foi destinada a buscar melhores alternativas para a disposição final dos resíduos gerados.

DA FILOSOFIA DO GERENCIAMENTO

Alguns parâmetros devem balizar o sistema de gerenciamento de resíduos. O primeiro deles é a co-responsabilidade, ou seja, o gerador do resíduo (industrial, funcionário e clientes) é co-responsável em todo o processo de tratamento e disposição do resíduo gerado. Alguns pontos mais relevantes são apresentados a seguir:

1) Não devemos ter um sistema de gerenciamento de resíduos que tenha qualquer semelhança com o descarte do lixo doméstico, ou seja, ao retirarmos o lixo de nossas casas a nossa responsabilidade sobre ele cessa completamente. É necessário que todos os envolvidos saibam perfeitamente para onde o seu resíduo biológico, não biológico e misto está sendo enviado e como ele está sendo enviado e tratado.

2) O sistema de gerenciamento de resíduos não é gratuito. Ele tem um custo elevado e esse custo deve ser rateado entre as etapas do processo

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industrial. Os maiores usuários (levando em consideração não apenas o volume, mas também a dificuldade do tratamento e disposição final) pagam a maior parte do rateio.

3) Ações que visem minimizar a geração de resíduos devem ser implementadas em paralelo com o sistema de gerenciamento. Essas ações vão contribuir para diminuir o custo financeiro do tratamento e disposição dos resíduos.

IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

Para reorganizar a proposta de Gerenciamento, iniciamos o trabalho ouvindo trabalhadores, o gerente e o proprietário da própria empresa, além de outros empresários do setor, que já possuem plano de gerenciamento já implementado. O objetivo dessa parte do trabalho foi aproveitar idéias e ações viáveis de serem utilizadas pela empresa, reorganizando protocolos e evitando retrabalhos e tentativas desnecessárias.

Durante a reorganização deste sistema, torna-se indispensável a definição dos elementos que o compõem, identificando a função de cada um na operacionalização das rotinas de geração, acondicionamento, disposição temporária e destinação final. Estes elementos são:

a) Geradores de resíduos: as fontes geradoras de resíduos foram classificadas de acordo com o seguinte critério:

I – Ampliação => foram consideradas as seguintes atividades como geradoras de resíduos: canteiro de obras, terraplenagem, abertura de cavas e valas, instalações de equipamentos, desmobilização de equipamentos antigos e, instalação de novos equipamentos de tratamento e controle de poluição.

II – Operação => foram considerados os seguintes setores como geradores de resíduos sólidos: sanitários, escritórios, indústria, refeitório, clientes e equipamentos de controle ambiental.

b) Classificação e inventário dos resíduos: os resíduos com potencial de geração durante as etapas de ampliação e operação da HC GRANITOS LTDA ME foram pré-classificadas segundo critérios da ABNT NBR

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10.004/2004 com o auxílio da RESOLUÇÃO CONAMA 313, de 29 de outubro de 2002 e se encontram apresentadas nas tabelas 1 e 2.

c) Segregação e acondicionamento: as condições de segregação e acondicionamento estão apresentadas nas tabelas 1 e 2.

RESÍDUOS DA UNIDADE DE DESDOBRAMENTO E

BENEFICIAMENTO DE ROCHAS ORNAMENTAIS

A coleta de dados e informações para a identificação e classificação dos resíduos que apresentam potencial de serem gerados no empreendimento nas fases de ampliação e operação, foram realizadas em duas etapas: 1ª) caracterização geral, onde se identificou a tipologia dos resíduos; e, 2ª) pré-classificação dos resíduos, baseado na ABNT NBR 10.004/2004.

Após o conhecimento prévio dos resíduos, os anexos A a H da ABNT NBR 10.004/2004 foram consultados, buscando o enquadramento dos mesmos em uma das categorias e classificando-os como Classe I – Perigosos e Classe II – Não perigosos e com o auxílio da Resolução CONAMA 313 de 29 de outubro de 2002, foram classificados como Classe II A – Não inertes e, Classe II B – Inertes. Não foram realizados testes de lixiviação, solubilização ou massa bruta, já que a tipologia dos resíduos sólidos gerados pela empresa permite uma pré-classificação dos mesmos através dos critérios adotados.

ETAPA DE AMPLIAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O empreendimento já possui licença simplificada para a atividade de depósito de blocos e chapas de granitos, devendo requerer a licença de ampliação, já que irá instalar novos equipamentos e ampliar as atividades produtivas. Neste processo, serão instalados uma politriz semi automática de 03 cabeças, um tear multifio com 42 fios, um tanque de decantação, um leito de secagem com 03 compartimentos, um filtro prensa, um tanque para armazenamento de água de chuva, uma baia de resíduos, além de dependências de apoio e administrativas.

Lei 9.610, de 19/02/1998. É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais constitui crime sujeito às sanções do Código Penal Brasileiro.

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Este projeto buscará definir os tipos de resíduos que serão gerados para a ampliação da estrutura da empresa e dos citados.

A tabela 1 a seguir, apresenta os principais resíduos gerados durante a ampliação do empreendimento.

Tabela 1

RESÍDUOS QUANTIDADE ACONDICIONAMENTO CLASSIFICAÇÃO (ABNT NBR 10.004/2004)

DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA

Papelão 50,0 kg Recipiente cor azul Classe II A – Não inertes

Reciclagem

Plástico 35, kg Recipiente cor vermelha Classe II B - Inertes

Reciclagem

Restos de concreto e argamassas

500,0 kg Caçamba ou a granel Classe II B – Inertes

Reutilização como suporte para contra-piso na própria obra

Madeiras 250,0 kg Caçamba ou a granel Classe II B – Inertes

Reutilização como combustível em secador de café;

Ferragens diversas

150,0 kg Recipiente amarelo Classe II B – Inertes

Reciclagem

Tijolos e restos de alvenaria

500,0 kg Caçamba ou a granel Classe II B – Inertes

Reutilização como suporte para contra-piso na própria obra

Abertura de cavas, valas e fundações => Os resíduos que serão gerados nesta fase do processo constituem-se basicamente de terra (solo e subsolo). São classificados como resíduos Classe II B – Inertes conforme a ABNT NBR 10.004/2004 e serão utilizados na própria e na modelagem dos taludes e via de acesso ao empreendimento.

Lei 9.610, de 19/02/1998. É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais constitui crime sujeito às sanções do Código Penal Brasileiro.

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Instalações dos equipamentos => Os resíduos que serão gerados na instalação de tubulações, bombas, politriz, galpão, tear multifio, filtro prensa, etc..., serão constituídos basicamente de restos de madeira, ferragens, arames, restos de concreto e alvenaria, britas e entulhos, etc... Como são resíduos classificados como Classe II B – Inertes conforme a ABNT NBR 10.004/2004, serão segregados e acondicionados temporariamente em caçambas e/ou bombonas plásticas e posteriormente serão reutilizados como base para o contra-piso, no próprio galpão da indústria. Os resíduos metálicos serão encaminhados para reciclagem.

Construções de utilidades, dependências administrativas e sistemas de controle de poluição => Os resíduos que serão gerados nesta fase do processo constituem-se de restos originados na construção de pisos, paredes, telhados, canaletas de drenagem, sistemas de tratamento de efluentes industriais, etc... Como são resíduos classificados como Classe II B – Inertes conforme a ABNT NBR 10.004/2004, serão reutilizados na própria obra e o excedente, utilizado na conformação de taludes e via de acesso.

Obs: Na fase de ampliação da estrutura e instalação dos equipamentos, a responsabilidade pela aplicação das recomendações deste plano será em primeiro nível, dos sócios; em segundo nível, do encarregado da empresa contratada para a realização de cada serviço.

ETAPA DE OPERAÇÃO

Na etapa de operação serão gerados resíduos provenientes das dependências administrativas, do processo industrial, dos serviços de manutenção, dos equipamentos de controle ambiental e de limpeza dos sistemas de tratamento de efluentes.

Lei 9.610, de 19/02/1998. É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais constitui crime sujeito às sanções do Código Penal Brasileiro.

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A tabela 2 a seguir apresenta os principais resíduos com potencial de geração durante a operação do empreendimento.

Tabela 2

RESÍDUOS SETOR GERADOR

QUANTIDADE (KG ou

M³/ANO)

ACONDICIONAMENTO / ESTOCAGEM

CLASSIFICAÇÃO (ABNT NBR 10.004/2004)

TRATAMENTO / DESTINAÇÃO

FINAL ADEQUADA

Restos de alimentos

- Escritórios;

- Refeitório

182,5 Recipientes cor marrom, em baia coberta e piso impermeável

Classe II A – Não inerte

Reciclagem ou aterro sanitário doméstico

Papel e papelão

- Escritórios;

- Refeitório

- Área industrial

150,0 Recipientes de cor azul, em baia coberta e piso impermeável

Classe II A – Não inerte

Reciclagem

Plásticos e borrachas

- Escritórios;

- Refeitório

- Área industrial

60,0 Recipientes cor vermelha, em baia coberta e piso impermeável

Classe II B – Inerte

Reciclagem e/ou aterro sanitário industrial;

Resíduos gerais, não recicláveis

- Sanitários;

- Refeitório

20,0 Recipiente de cor cinza

Classe II A – Não inerte

Aterro sanitário doméstico

Sucata de metais ferrosos

- Manutenção de equipamentos

- Teares

200,0 A granel, em baia coberta e piso impermeável

Classe II B – Inerte

Reciclagem

Restos de madeira

- Área industrial 300,0 A granel em baia coberta e piso impermeável

Classe II B – Inerte

Reutilização

Fragmentos de chapas

- Área industrial 141,708 m³ A granel, a céu aberto Classe II B – Inerte

Comercialização

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Casqueiros Desdobramento 698,232 m³ A granel, a céu aberto Classe II B – Inerte

Comercialização

Lama abrasiva

Desdobramento, beneficiamento e acabamento

2.942,472 m³Filtro prensa Classe II A –

InerteAterro industrial

Rebolos de abrasivos

polimento13,952 m³

Big bag, em local coberto e piso impermeável

Classe II B – Inerte

Devolução para empresa que comercializa o abrasivo.

Lodo da ETE doméstico

Fossa filtro62,5

Diretamente no caminhão limpa fossa

Classe II A – Não inerte

Aterro industrial

Obs: planilha do Excel em anexo, demonstrando o cálculo dos resíduos do beneficiamento.

Obs nº02: A responsabilidade pela aplicação do plano de gerenciamento será em primeiro nível, dos sócios da empresa; em segundo nível, pelo gerente de produção.

A minimização da geração de resíduos constitui-se numa estratégia importante no gerenciamento dos resíduos industriais e baseia-se na adoção de técnicas e procedimentos que possibilitem a redução do volume de resíduos gerados ou a serem dispostos.

Segundo BIDONE et al. (1999), a redução na fonte é uma das formas para se obter a minimização dos resíduos, ou seja, diminuir a quantidade de resíduos gerados e seu potencial de contaminação. As outras formas são a reutilização e a reciclagem.

O procedimento de redução na fonte, neste caso, pode ser definido como a redução de peso e/ou volume dos resíduos obtidos através de um rigoroso plano de manutenção de equipamentos, treinamento dos funcionários e controle de derrames e vazamentos. Assim, prevê-se as seguintes destinações:

Lixo doméstico => serão instaladas duas unidades coletoras de acordo com a resolução CONAMA nº. 275, de 25 de abril de 2001. Os resíduos orgânicos coletados serão recolhidos pelo sistema público de coleta de lixo e disposto no lixão do município, já que o mesmo não possui aterro sanitário; os plásticos, metais, vidros e

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papéis serão dispostos temporariamente em tambores em local impermeável e depois encaminhados para a reciclagem.

Obs: Serão ser instaladas no mínimo, 02 kit’s de coleta seletiva, sendo um, próximo ao escritório e outro, em local de maior movimento e/ou tráfego de pessoas, na área industrial.

LIXO QUE PODE SER RECICLADOVIDROS PLÁSTICOS PAPÉIS

SECOSMETAIS LIXO

ORGÂNICO

Garrafas Embalagens de produtos de limpeza

Jornais, listas telefônicas e folhetos comerciais

Tubos de pasta de dentes

Casca de frutas

Vidros de conserva

Sacos, sacolas e saquinhos limpos de leite

Caixas longa vida ou Tetra Pak

Embalagens limpas de marmitex

Papéis molhados e engordurados

Lâmpadas incandescentes

Garrafas plásticas

Caixas de papelão

Objetos de cobre, alumínio, latão, chumbo, bronze, ferro, zinco

Restos de alimentos

Cacos de vidro Baldes e Bacia Papéis de rascunho

Latinhas de cerveja e refrigerantes

Folhas secas e cascas de ovos

Tubos e canos Folhas de caderno,

Enlatados

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Papel epapelão

Metais VidrosPlásticos Lixo orgânico

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revistas e folhas de rascunho

LIXO NÃO RECICLÁVEL =>As demais formas de lixo não enquadradas nesta lista deverão ser depositados em local apropriado e depois transportados para o aterro sanitário do Município.

Obs: Todo material a ser reciclado deve estar limpo.

Resíduos metálicos => tanto de origem industrial como doméstico, devido à sua pequena quantidade, serão coletados, segregados e acondicionados temporariamente em tambores impermeáveis de 200 L em local coberto, para posteriormente serem vendidos para empresas de reciclagem;

Resíduos plásticos => plásticos de ambas as origens, devido à sua pequena quantidade, serão coletados, segregados e acondicionados temporariamente em tambores impermeáveis de 200 L em local coberto, para posteriormente serem vendidos ou doados para empresas que promovem sua reciclagem;

Resíduos de papéis e papelões => papéis e papelões tanto de origem doméstica quanto industrial, serão coletados, segregados e acondicionados temporariamente em tambores impermeáveis de 200 L em local coberto, para posteriormente serem vendidos ou doados para empresas de reciclagem, exceto aqueles utilizados em sanitários que serão recolhidos em recipientes especiais e disposto no aterro sanitário da prefeitura;

Resíduos de vidro => gerados em pequena quantidade. Serão coletados, segregados e acondicionados temporariamente em tambores impermeáveis de 200 L em local coberto, para posteriormente serem vendidos para empresas de reciclagem;

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DADOS SOBRE AS EMPRESAS RESPONSÁVEIS PELA COLETA DOS RESÍDUOS GERADOS NO EMPREENDIMENTO

ATERRO INDUSTRIAL DA ANPONome/Razão Social: Associação Noroeste dos Produtores de Rochas OrnamentaisEndereço: Barra de São FranciscoLicenças Ambientais: LO Nº 18/2013Responsável técnico: não informado

CEP: 29800-000 Município: Barra de São Francisco

UF: ES

e-mail: Telefone:

Obs: Os resíduos serão armazenados em baias com piso impermeável e protegidos contra as intempéries, até a retirada pela empresa responsável.

A empresa HC GRANITOS LTDA ME está em negociação com a ANPO, para fechamento de contrato.

Os recibos referentes aos resíduos coletados pela ANPO ou parceiro, deverão ficar guardados em pasta específica para serem apresentados ao órgão fiscalizador sempre que solicitado.

COLETOR AUTORIZADONome/Razão Social: COLNORTE COLETA DE RESÍDUOS LTDA-ME (NORTE RECICLA)Endereço: Rod. BR 101, s/n, Canivete Licenças Ambientais: LS 729/2011 - coleta e transporte rodoviário de resíduos líquidos e semi-sólidos provenientes de esgotos domésticos e águas pluviais;Responsável técnico: Não informado

CEP: 29900-970 Município: Linhares UF: ESe-mail:

[email protected] Telefone: 27-3773-8399

Obs: Os resíduos serão armazenados em tambores tampados, dispostos sobre piso impermeável e protegidos contra as intempéries, até a retirada pela empresa responsável.

A empresa HC GRANITOS LTDA ME está em negociação com a COLNORTE, para fechamento de contrato.

Lei 9.610, de 19/02/1998. É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais constitui crime sujeito às sanções do Código Penal Brasileiro.

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Os recibos referentes aos resíduos coletados pela Norte Recicla deverão ficar guardados em pasta específica para serem apresentados ao órgão fiscalizador sempre que solicitado.

COLETA PÚBLICA (PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DE S. FRANCISCOTodos os resíduos Classe II A e II B gerados neste estabelecimento e não destinados à reciclagem serão recolhidos por:Nome/Razão Social: Prefeitura Municipal de Barra de São FranciscoN° da Licença Ambiental: não divulgadoEndereço: CEP: 29.800-000 Município: Barra de São

FranciscoUF: ES

Responsável técnico: não divulgadoTelefone para contato: 27-3756-7287

´

AÇÕES CORRETIVAS

A atividade da empresa necessita desenvolver-se de forma sustentada. Para isto é necessário que o plano de gestão de resíduos industriais seja executado e que tenha um acompanhamento periódico para corrigir eventuais deficiências e promover a manutenção constante dos equipamentos e do processo, estando direcionados de formas diferentes ao mesmo objetivo: “Produção contínua com menor geração de resíduos e perdas de energia”.

Lei 9.610, de 19/02/1998. É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais constitui crime sujeito às sanções do Código Penal Brasileiro.

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Ações corretivas devem ser aplicadas a eventos ocorridos no processo produtivo, quando da observação de alguma alteração no sistema, o qual pode ser direto através do aumento da geração de resíduos. LORA (2002, Pg. 407), cita que a gestão dos resíduos gerados deve atender as seguintes diretrizes básicas:

Adoção de tecnologias limpas, com o objetivo de eliminar e/ou minimizar a geração de resíduos e a demanda de recursos naturais, bem como reduzir a quantidade de resíduos lançados ao meio ambiente.

Implantação de processos de reciclagem dos resíduos gerados nas indústrias, integrando-os a um ciclo econômico.

Otimização das operações de coleta, segregação, manuseio, transporte e estocagem dos resíduos.

Adoção do armazenamento dos resíduos, considerando as normas técnicas existentes, como solução temporária.

Otimização da disposição final, através do tratamento dos resíduos, para a redução de seu volume e de sua periculosidade.

Pode-se ainda agregar à citação de LORA, os seguintes aspectos (VILHENA & POLITI, 2000, pg. 37):

Aumento da eficiência do processo existente. Mudança nas matérias-primas ou materiais auxiliares. Fechamento de circuito, reutilizando resíduos de uma etapa como

matéria-prima de outra etapa, na indústria ou fora dela.

BIBLIOGRAFIA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Resíduos Sólidos – Classificação: NBR 10.004. Rio de Janeiro. RJ, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Procedimentos Para Obtenção de Extrato Lixiviado de Resíduos Sólidos: NBR 10.005. Rio de Janeiro. RJ, 2004.

Lei 9.610, de 19/02/1998. É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais constitui crime sujeito às sanções do Código Penal Brasileiro.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Procedimento Para Obtenção de Extrato Solubilizado de Resíduos Sólidos: NBR 10.006. Rio de Janeiro. RJ, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Amostragem de Resíduos Sólidos: NBR 10.007. Rio de Janeiro, RJ, 2004.

BIDONE, F. R. A e PVINELLI, J. Conceitos Básicos de Resíduos Sólidos. São Carlos, EESC/USP, 1999. 120 p.

BIDONE et al. Metodologias e Técnicas de Minimização, Reciclagem e Reutilização de Resíduos Sólidos Urbanos. Rio de Janeiro: ABERS, 1999. 65 p.

PINTO, M. A. S. et al. A Coleta e a Disposição do Lixo no Brasil. 1ª ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1979. 277 p.

ROCCA, A. C. C. et al. Resíduos Sólidos Industriais. 2ª ed. São Paulo: CETESB, 1993.

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 313, DE 29 DE OUTUBRO DE 2002. www.mma.org.br/legislações

ALMEIDA, Maria Luiza Otero de; VILHENA, André. Lixo municipal: manual de gerenciamento integrado. Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A. 2ª. ed., São Paulo: IPT, 2000. 370 p.

CAIRNCROSS, Frances. Meio ambiente: custos e benefícios. São Paulo: Nobel, 1992.

CALDERONI, Sabetai. Os bilhões perdidos no lixo. 4. ed., São Paulo: Humanitas, 2003.

CONTIM, Adriana. O tratamento de efluentes na indústria de celulose e papel. 1995. 145 f. Monografia (Especialização em Gestão Ambiental) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 1995.

LORA, Electo Eduardo Silva. Prevenção e controle da poluição nos setores energéticos, industrial e de transporte. 2. ed., Rio de Janeiro: Interciência, 2002.

VILHENA, André; POLITI, Elie. Reduzindo, reutilizando, reciclando: a indústria ecoeficiente. São Paulo: SENAI, 2000.

Gerenciamento de resíduos industriais. Ministério do Meio Ambiente. http://www.mma.gov.br/port/sqa/prorisc/residuos/corpo.htm

Lei 9.610, de 19/02/1998. É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais constitui crime sujeito às sanções do Código Penal Brasileiro.

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A Política dos 3 Rs. http://www.resol.com.br/curiosidades.asp.

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