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O poder dos quietos Sinopse Em um mundo que exalta o Ideal da Extroversão, a timidez é vista como algo entre a decepção e a patologia. Pessoas quietas são subestimadas a todo instante e sentem que precisam aprender a ser mais comunicativas. Mas O poder dos quietos marca o fim desse dogma da sociedade. Com uma pesquisa minuciosa e diversos casos de introspecção bem-sucedida, Susan Cain mostra por que a introversão e a timidez podem ser o combustível – e não o obstáculo – para os mais diversos êxitos. Trechos “Nossas vidas são moldadas tão profundamente pela personalidade quanto pelo gênero ou código genético. E o aspecto mais importante da personalidade — ‘o norte e o sul do temperamento’, como diz um cientista — é onde se cai no espectro introversão- extroversão. Nosso lugar nesse contínuo influencia nossa escolha de amigos e colegas, em como levamos uma conversa, resolvemos diferenças e demonstramos amor. Afeta a carreira que escolhemos e se seremos ou não bem-sucedidos nela. Governa o quanto temos tendência a nos exercitar, a cometer adultério, a funcionar bem sem dormir, a aprender com nossos erros, a fazer grandes apostas no mercado de ações, a adiarmos gratificações, a sermos bons líderes e a perguntar: ‘E se?’” *** Dizem que para sermos bem-sucedidos temos que ser ousados, que para sermos felizes temos que ser sociáveis. Vemo-nos como uma nação de extrovertidos — o que significa que perdemos de vista quem realmente somos. Dependendo de que estudo você consultar, de um terço a metade dos norte-americanos são introvertidos — em outras palavras, uma em cada duas ou três pessoas que você conhece. (Considerando que os Estados Unidos estão entre uma das nações mais extrovertidas, o número deve ser pelo

Startup Sorocaba: O poder dos quietos trechos

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Embora pareça muito diferente de tudo o que se defende hoje em dia (principalmente no que se diz respeito ao trabalho em grupo), estudos recentes afirmam que, de fato, a introversão pode ser considerada um fator positivo para a criatividade e inovação. É o que garante Susan Cain no livro “Quiet: The power of introverts in a world that can’t stop talking” – em português, algo como “Silêncio: o poder dos introvertidos em um mundo que não para de falar”.

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O poder dos quietos

Sinopse

Em um mundo que exalta o Ideal da Extroversão, a timidez é vista como algo entre a

decepção e a patologia. Pessoas quietas são subestimadas a todo instante e sentem que

precisam aprender a ser mais comunicativas. Mas O poder dos quietos marca o fim

desse dogma da sociedade. Com uma pesquisa minuciosa e diversos casos de

introspecção bem-sucedida, Susan Cain mostra por que a introversão e a timidez

podem ser o combustível – e não o obstáculo – para os mais diversos êxitos.

Trechos

“Nossas vidas são moldadas tão profundamente pela personalidade quanto pelo gênero

ou código genético. E o aspecto mais importante da personalidade — ‘o norte e o sul do

temperamento’, como diz um cientista — é onde se cai no espectro introversão-

extroversão. Nosso lugar nesse contínuo influencia nossa escolha de amigos e colegas,

em como levamos uma conversa, resolvemos diferenças e demonstramos amor. Afeta a

carreira que escolhemos e se seremos ou não bem-sucedidos nela. Governa o quanto

temos tendência a nos exercitar, a cometer adultério, a funcionar bem sem dormir, a

aprender com nossos erros, a fazer grandes apostas no mercado de ações, a adiarmos

gratificações, a sermos bons líderes e a perguntar: ‘E se?’”

***

Dizem que para sermos bem-sucedidos temos que ser ousados, que para sermos felizes

temos que ser sociáveis. Vemo-nos como uma nação de extrovertidos — o que significa

que perdemos de vista quem realmente somos. Dependendo de que estudo você

consultar, de um terço a metade dos norte-americanos são introvertidos — em outras

palavras, uma em cada duas ou três pessoas que você conhece. (Considerando que os

Estados Unidos estão entre uma das nações mais extrovertidas, o número deve ser pelo

menos tão alto em outras partes do mundo.) Se você não for um introvertido, você

certamente está criando, gerenciando, namorando ou casado com um.

Se essas estatísticas o surpreendem, provavelmente é porque muitas pessoas fingem ser

extrovertidas. Introvertidos disfarçados passam batidos em parquinhos, vestiários de

escolas e corredores de empresas. Alguns enganam até a si mesmos, até que algum fato

da vida — uma dispensa, a saída dos filhos de casa, uma herança que permite que

passem o tempo como quiserem — os leva a avaliar sua própria natureza. Você só

precisa abordar o tema deste livro com seus amigos e conhecidos para descobrir que

mesmo as pessoas mais improváveis consideram-se introvertidas.

***

Mas cometemos um erro grave ao abraçar o Ideal da Extroversão tão incon-

sequentemente. Algumas das nossas maiores ideias, a arte, as invenções — desde a

teoria da evolução até os girassóis de Van Gogh e os computadores pessoais — vieram

de pessoas quietas e cerebrais que sabiam como se comunicar com seu mundo interior e

os tesouros que lá seriam encontrados. Sem introvertidos, o mundo não teria:

A teoria da gravidade

A teoria da relatividade

“O segundo advento”, de W.B. Yeats

Os noturnos de Chopin

Em busca do tempo perdido, de Proust

Peter Pan

1984 e A revolução dos bichos de George Orwell

O Gato, do Dr. Seuss

Charlie Brown

A lista de Schindler, E.T. e Contatos imediatos de terceiro grau, de Steven Spielberg

O Google

Harry Potter

Como escreveu o jornalista científico Winifred Gallagher: “A glória da disposição que

faz com que se pare para considerar estímulos em vez de render-se a eles é sua longa

associação com conquistas intelectuais e artísticas. Nem o E=mc² de Einstein nem

Paraíso perdido de John Milton foram produzidos por festeiros.” Mesmo em ocupações

menos óbvias para os introvertidos, como as finanças, a política e o ativismo, alguns dos

grandes saltos foram dados por eles. Neste livro veremos figuras como Eleanor

Roosevelt, Al Gore, Warren Buffett, Gandhi — e Rosa Parks —, que conquistaram o

que conquistaram não “apesar de”, mas por causa de sua introversão.

***