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Português

Apostila português

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Português

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É importante, além de falar bem, conhecer todas as regras ortográficas e gramaticais da nossa língua. O Português, nossa língua mãe, nos possibilita uma boa comunicação, facilita a vida em sociedade e é essencial para o aprendizado de outras disciplinas. E talvez você não saiba, mas é uma das línguas mais faladas do mundo.A língua portuguesa por muitos é considerada a língua mais difícil de ser aprendida. Originou-se do latim vulgar falado no noroeste da Península Ibérica. Na Idade Média, ela formou uma única língua, conjuntamente com o galego, hoje conhecida nos meios científicosComo galaico-português. Ela é falada em todos os continentes, sendo oficial em Portugal, Brasil, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Timor-Leste e em Macau, hoje uma região autônoma chinesa. Atualmente, o Brasil, pela sua influência econômica, tem desenvolvido um esforço notável na promoção da língua portuguesa. Assim enaltecemos claramente o porquê do estudo gramatical, a intrínseca relação do homem e a comunicação. O conhecimento da própria língua não se inclui na categoria de saberes inúteis, o saber independente de utilidade prática. Lembremos que a língua não é morta, parada no tempo; a sociedade está em constante produção desta identidade cultural: a língua portuguesa. Desse modo, falar não basta. É preciso saber ler, escrever, interpretar. E mais: é preciso fazer tudo isso muito bem, já que dominar o Português é condição básica para a boa comunicação e para o êxito profissional.

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Texto: O gigolô das palavrasQuatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. (...) Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer "escrever claro" não é certo mais é claro, certo? O importante é comunicar. E quando possível surpreender, iluminar, divertir, comover. Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática. A Gramática é o esqueleto da língua. (...) É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em gramática pura. Claro que eu não disse isso tudo para os meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas - isso eu disse - vejam vocês, a intimidade com a gramática é tão indispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo as suas custas. Eu tenho com elas a exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que os outros já fizeram com elas. Se bem que não tenha também o mínimo escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito... (...) A Gramática tem que apanhar todo dia para saber quem é que manda. Luís Fernando Veríssimo

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Você fala como escreve? Escreve como fala?

Mesmo sem perceber, mudamos nosso jeito de falar dependendo da situação em que nos encontramos. Quando estamos conversando com um amigo utilizamos um palavreado diferente de quando estamos em uma entrevista de emprego, por exemplo. Assim ficamos entendendo que para cada situação existe o modo apropriado de falar.Em algumas letras de músicas, principalmente nas mais populares, podemos encontrar facilmente palavras que estão escritas da mesma forma como são faladas pelo povo. Como no exemplo abaixo: Você pode notar facilmente que nesta música aparecem várias palavras que estão escritas da mesma forma como são faladas pelo povo simples do interior, como quisé, em lugar de quiser, ou durmir em lugar de dormir, e outras como adonde, veinho etc. É preciso saber diferenciar o momento certo de como falar e escrever. Por isto podemos dizer que existem dois tipos de linguagem:

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LINGUAGEM DE NÍVEL CULTOO nível culto é utilizado em ocasiões formais. É uma linguagem mais

obediente às regras gramaticais da norma culta. O nível culto segue a língua padrão, também chamada norma culta ou norma padrão.

Então vamos aproveitar o

conteúdo que vamos estudar

para nos sairmos melhor nas

situações em que precisarmos da norma padrão?

LINGUAGEM DE NÍVEL COLOQUIALO nível coloquial ou popular é utilizado na conversação diária, em situações informais, descontraídas. É o nível acessível a qualquer pessoa. No curso, vamos estudar a língua portuguesa no nível culto (norma padrão). Isso não quer dizer que o que você fala está errado. Sua linguagem pode estar apenas inapropriada para determinadas situações.

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Língua e linguagemA língua serve para o ser humano se comunicar com os seus semelhantes. Por meio dela, expressa desejos, ordens, pedidos, sentimentos. Linguagem é um conjunto articulado de sinais, que podem ser dois tipos:

Linguagem verbal – É aquela que utiliza palavras para a comunicação.

Linguagem não verbal – É aquela que não utiliza palavras.Por exemplo: Qualquer sinal que não seja uma palavra, como desenhos, gestos e expressões.

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Língua e fala

Língua é a linguagem que utiliza palavras. Nós, brasileiros, utilizamos o Português como língua oficial. Fala é a utilização que cada um faz da língua. Nós, brasileiros, estudamos a gramática da

Língua Portuguesa, pois essa é a língua que

usamos quando nos comunicamos pela fala ou

pela escrita. Teoricamente, todas as pessoas

que falam o português podem se comunicar,

desde que sigam determinadas regras. Embora

as maneiras de se expressar variem muito de

pessoa para pessoa, existe um modo de falar e

escrever que é considerado como padrão: é a

norma culta da língua.

Mesmo que você fale e escreva do seu jeito e consiga se comunicar à sua maneira, você deve aprender a norma culta, para escrever e falar de modo adequado à situação e para entender com clareza a fala e a escrita das pessoas que utilizam a norma culta.

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Um pouco de ortografia para (Re) Começar...

Fonemas e Letras Quando falamos emitimos determinados sons para formar as palavras. Esses sons são chamados de fonemas. Em certas palavras, a simples troca de um fonema pode causar confusão.

Observe: MORto TORto

VAca FAca

BoLO BoLA

Para representarmos esses sons, usamos as letras, ou seja, as letras

nada mais são do que símbolos que usamos para representar os fonemas corretamente. Em algumas palavras

usamos mais de uma letra para representar um só fonema.

Exemplo: Fechado. Neste caso as letras ch estão sendo usadas para representar um só fonema, o som de x. Em alguns casos, diferentes letras podem representar os mesmos sons. Exemplo: Caixa – Flecha / Estava – Explicar. É possível também encontrar letras que representem um som em uma palavra, e em outra essa mesma letra representa um som diferente.Exemplo: Saúde – Dosagem.

E é possível encontrar palavras em que apareçam letras que não representem nenhum fonema. Como é o caso do H. Ex: Hoje, Hora, Horta. Em nenhuma destas palavras pronunciamos o H, mas somente o que vem em seguida.

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...para relembrar

O conjunto das letras é chamado de alfabeto. Na Língua Portuguesa ele é

constituído originalmente por 26 letras*, sendo que outras 3 aparecem

com frequência devido ao uso de muitas palavras estrangeiras. Essas letras estrangeiras são: K, W e Y.

Então a ordem do alfabeto, incluindo essas letras fica assim:

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Palavras homônimas e parônimasHomônimas: são aquelas que possuem grafia ou pronúncia igual.

Parônimas: são aquelas que possuem grafia e pronúncia parecidas.

ConsertoOu

concerto?

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Palavras homógrafas

Mesma grafia, mas com significações diferentes. A relação abaixo mostra palavras escritas de forma idêntica, mas possuem a sílaba tônica em posição diferente

(proparoxítonas e paroxítonas):

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Curiosidades

Maior palavra do português é "Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico", com 46 letras, que denota o estado de quem é vítima de uma enfermidade causada pela aspiração de cinzas

vulcânicas.

A palavra "saudade" é considerada de existência única no português, em relação ao seu significado. Contudo, esta ideia foi mitificada, devido a não existir uma palavra equivalente nas línguas estrangeiras mais conhecidas. Com relação ao inglês usa-se o miss, por exemplo na frase I miss you, como: Sinto sua falta, relacionando falta a saudade.

A Guiné Equatorial é o país mais novo em relação à oficialização da língua

portuguesa.

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A palavra “MILANESA” vem de Milão. Os adjetivos referentes a lugares são sempre com S, e no feminino não tem acento. ( Ex: japonesa, portuguesa)

A palavra “LASANHA” - palavra aportuguesada, vem do italiano “lasagna” que vira o nosso NH, e nunca tem Z.

A palavra “ACUPUNTURA” muita gente fala erradamente “acumpuntura”; “acus” em latim é AGULHA.

A palavra “ASTERISCO”: “aster” no grego significa “astro”, em inglês “star”, “estrela”; isco é diminutivo, então “asterisco” é estrelinha. Algumas pessoas falam erradamente asterístico.