TRADUÇÃO ENTRE CIÊNCIAS E PROTEÇÃO DE BACIAS

HIDROGRÁFICAS DE IMPORTÂNCIA PARA CONSERVAÇÃO: IVAÍ E PIQUIRI, REMANESCENTES FLUVIAIS DO ALTO RIO PARANÁ

Universidade Estadual de MaringáPrograma de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais

Doutorando: Robertson F. de AzevedoOrientador: Dr. Luiz Carlos Gomes

Maringá, 2015

INTRODUÇÃO GERALCenário

1- PROPOSTA DESENVOLVIMENTISTA: APROVEITAMENTOS HIDRELÉTRICOS COMO

FATO INEVITÁVEL E POSITIVO À COMUNIDADE REGIONAL

2- COMUNIDADE REGIONAL SEM CONHECIMENTO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO AMBIENTE EM QUE VIVE E SEM CAPACIDADE

DE OFERECER RESISTÊNCIA AO DISCURSO DESENVOLVIMENTISTA

3- ATORES SOCIAIS ISOLADOS EM SUAS RESPECTIVAS ÁREAS DE ATUAÇÃO

Operadores Jurídicos Universidades

ONGs

INTRODUÇÃO GERAL

INTEGRAÇÃO DE DIFERENTES FORMAS DE CONHECIMENTO PARA O ENFRENTAMENTO A PROJETOS DE APROVEITAMENTO

HIDRELÉTRICO DAS BACIAS DOS RIOS IVAÍ E PIQUIRI

OBJETIVO

Atores locais (municípios, agricultores, pescadores, clubes de serviço, etc.)

Ministério Público ou outros operadores

jurídicos

Academia (diversas entidades e disciplinas)

Integração dos diferentes saberes e atores sociais

Conhecimento e capacidade

jurídica

Conhecimento técnico científico

Legitimidade Co

nhec

imen

to p

opul

arCo

nhec

imen

to té

cnico

cien

tífico

INTRODUÇÃO GERAL

Conhecimento e capacidade jurídica

PESQUISA QUALITATIVA: ... um campo interdisciplinar, transdisciplinar e algumas vezes contradisciplinar, que atravessa as ciências humanas, físicas e sociais. - multiparadigmática em seu foco;- praticantes sensíveis ao valor da abordagem

multimetodológica;- comprometidos com a perspectiva naturalística e com a

compreensão interpretativa da experiência humana;- campo é inerentemente político e desenhado por múltiplas

posições políticas e éticas (Denzin and Lincoln, 2000, p. 7).

INTRODUÇÃO GERAL

Método

INTRODUÇÃO GERALJustificativa

Importância

INTRÍNSECA

AMBIENTAL

HISTÓRICA

ECONÔMICA

ANTECEDENTE PARA POTENCIAL ATUAÇÃO EM OUTRAS BACIAS

INTRODUÇÃO GERALEstrutura

CAPÍTULO 1- TRADUÇÃO ENTRE CIÊNCIAS E PROTEÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS DE

IMPORTÂNCIA PARA CONSERVAÇÃO: IVAÍ E PIQUIRI, REMANESCENTES FLUVIAIS DO

ALTO RIO PARANÁ

CAPÍTULO 2- CONTESTING DETRIMENTAL DAMS: A STUDY CASE FROM SOUTHERN

BRAZIL

CAPÍTULO 1

TRADUÇÃO ENTRE CIÊNCIAS E PROTEÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS DE IMPORTÂNCIA PARA CONSERVAÇÃO: IVAÍ E PIQUIRI, REMANESCENTES

FLUVIAIS DO ALTO RIO PARANÁ

Robertson Fonseca de Azevedo & Luiz Carlos Gomes

Juruá Editores- Curitiba-PR

CAPÍTULO 1

1- Justificativa e abordagem 2- Mobilização e resistência3- O local da atuação – território das formas e meios de vida4- Instrumental jurídico aplicável à questão das barragens5- O conteúdo do conhecimento socializado com as comunidades das bacias do Ivaí e Piquiri6- Conflitos ambientais decorrentes da construção de barragens7- O processo de interação entre saberes dos diferentes atores sociais8-Atividades do movimento Pró Ivaí/Piquiri para efetivar a tradução entre os diferentes ramos do conhecimento9- Consequências da não atuação: PCHs no rio Cantu10- Formulação e análise de trabalho11- Conclusão

Estrutura do Livro

CAPÍTULO 1Mobilização e resistência

Enfrentamento das barragens no rio Piquiri PCH rio Goioerê: um ensaio

Conscientização na bacia do Ivaí

Retomada da pesca no rio Ivaí

O conteúdo do conhecimento socializado com as comunidades das bacias do Ivaí e

Piquiri

Impactos ambientais

CAPÍTULO 1

Variáveis abióticas

Alterações bióticasEfeitos a jusante

Reservatórios em cascata

Impacto CulturalImpacto econômico

(Agostinho et al., 2007; Miranda, 2012; Platter, 1988; Albuquerque, 2015;)

• Seminários científicos • Reuniões públicas• Palestras em instituições de ensino• Palestras em ambientes não acadêmicos • Conversas com a comunidade ou reuniões de trabalho• Falas em atos diversos • Reuniões para discussão sobre política de pesca • Passeios e visitas a locais de interesse • Audiências públicas/reuniões técnicas • Procedimentos administrativos • Leis municipais

Atividades do movimento Pró Ivaí/Piquiri para efetivar a tradução entre os diferentes ramos do conhecimento

CAPÍTULO 1

7 eventos 5 cidades: Goioerê, Iporã, Maringá, Palotina e Umuarama 5 instituições de ensino: UFPR, UEM, UniMarília, UNIOESTE e USP12 instituições: Nupélia, MPPR, SEMA-IAP, SEEC, INCRA, DIEESE, NACAB, MAB, IJL, COPEL e CIBiogas,Público aproximado: 1.100 pessoas.

Seminários científicos

Seminários Científicos

CAPÍTULO 1

45 eventos

23 cidades: Alto Piquiri, Ariranha do Ivaí, Barbosa Ferraz, Diamante do Norte ...

4 instituições de ensino: UEM, UFPR, UnB e UNIOESTE

26 instituições: Nupélia, MPPR, IAP, FADCT, CMMA-SJI, MAB, MST, PARI, ADEMA, CPT, CÁRITAS ...Público aproximado: 2.735 pessoas.

Reuniões Públicas

CAPÍTULO 1

23 eventos

13 cidades: Apucarana, Campo Mourão,

Cascavel, Cornélio Procópio, Dourados-MS,

Gainesville-FL , Mundo Novo-MS...

9 palestrantes do PEA-UEM (ME e DO)

15 diferentes instituições de ensino: CE D. Pedro I,

FAFIJAN, FECEA, UEL, UEM-Goioerê-Maringá, UEMS, UENP, UF,

UFGD, UNICESUMAR, UNINGÁ, UNIVALE, UNOPAR, UTFPR,

Público aproximado: 1.875 pessoas.

Palestras em instituições de ensino

CAPÍTULO 1

9 eventos

8 cidades: Alto Piquiri, Cianorte, Cornélio Procópio,

Curitiba, Goioerê, Londrina, Porto Rico e Rondon

3 palestrantes do PEA-UEM/Nupélia (ME e DO)

9 entidades: AAMG, CAOPMA, CMMA – Cianorte, MAE,

EMATER, PELD-Nupélia, MPF, Secretaria de Cultura de

Alto Piquiri e Sociedade Rural de Cornélio Procópio

Público aproximado: 860 pessoas.

Palestras em ambientes não acadêmicos

CAPÍTULO 1

15 eventos

11 cidades: Alto Piquiri, Ariranha do Ivaí, Cruzeiro do Oeste, Curitiba, Formosa do Oeste ...

30 diferentes entidades: ADEMA, Associação de Senhoras de Rotaryanos de Ivaiporã, C. Vale, CAOPMA, CRG-UF, Diocese Maringá, FADCT, INCRA, Liga Ambiental, MAB, MADER-UnB, MPPR, MST, PARI ...

Público aproximado : 40 pessoas.

Conversas com a comunidade ou reuniões de trabalho

CAPÍTULO 1

22 eventos

16 cidades: Campo Mourão, Chopinzinho ...

24 entidades: Amigos do Rio, ARCAPU-Campestre,

ARPAPAN, CAOPMA, CIBAX, COMAFEN, CRBio-7,

CREA-PR, IAP, MAB, MPPR, MST...

Público aproximado: 3.190 pessoas.

Falas em atos diversos

CAPÍTULO 1

18 eventos12 cidades: Campo Mourão, Curitiba, Diamante do Norte ...42 diferentes entidades: APADN, APAPASC, APAGR, ARPAC, ARPAL, ARPAPAN, ARPEJUS, COMAFEN, EMATER, FECILCAM, Força Verde, IAP, ICMBio, LEPI/UFPR, MPPR ...

Público aproximado: 1.070 pessoas.

.

Reuniões para discussão sobre política de pesca

CAPÍTULO 1

14 eventos8 cidades: Alto Piquiri, Mariluz, Prudentópolis, Palotina ...15 entidades: ADEMA, APP-Sindicato, C. Vale, CAOPMA, FADCT, IFPR, IJL, município de Alto Piquiri, MST, PEA-UEM, UEM-Umuarama e UAB-Goioerê... Público aproximado: 510 pessoas.

Passeios e visitas a locais de interesse

CAPÍTULO 1

12 procedimentos administrativos

5 promotorias de justiça: Alto Piquiri, Formosa do Oeste, Goioerê, Campo Mourão, Ubiratã

1 procuradoria da república: Umuarama

2 procedimentos de tombamento: CEPHA- Secretaria de Estado de Cultura.

Procedimentos administrativos

CAPÍTULO 1

11 eventos7 cidades: Alto Piquiri, Assis Chateaubriand, Cafezal do Sul, Formosa do Oeste, Iporã, Mariluz e Perobal ...3 empreendimentos29 entidades: ABCGJ, ADEMA, APAGR, Brascan Engenharia, CIBAX, COPEL, FADCT, FAEP, FECILCAM, IAP, ICMBio, IFPR, MAB, MPPR Z-13 e Z-18...

Público aproximado: 1.905 pessoas.

Audiências públicas/reuniões técnicas

CAPÍTULO 1

11 leis municipais10 municípios: Barbosa Ferraz, Fênix, Formosa do Oeste, Itambé, Quarto Centenário, Lidianópolis, Manoel Ribas, Mariluz, São João do Ivaí e São Pedro do Ivaí.

Leis municipaisCAPÍTULO 1

Portaria IAP 212, de 05 de novembro de 2014Demarcação área XetáTrabalhos científicos PEA-UEM, UnB, UNIOESTEAPAs do GeoParque do rio PiquiriN matérias jornalísticas

Outros resultados:

CAPÍTULO 1

Fonte: Google

CAPÍTULO 1Abrangência da atuação

CONCLUSÃO

Resultados

Consequências da não atuação:

PCHs no rio Cantu

Leilão

Inserção da Universidade

Mobilização local

CONTESTING DETRIMENTAL DAMS: A STUDY CASE FROM SOUTHERN BRAZIL

CAPÍTULO 2

Robertson F. de Azevedo and Leandro E. Miranda

The International Journal of River Basin ManagementThe Hague, The Netherlands

Introdução

OBJETIVO- apresentar modelo de atuação para enfrentamento de barragens prejudiciais,

indicando estratégias potencialmente aplicáveis em outras bacias hidrográficas, com

diferentes arranjos institucionais, legais e políticos

CAPÍTULO 2

CAPÍTULO 2 Área de estudo

CAPÍTULO 2

Fundamentação

A política de construção de barragens

Desenvolvimentismo Neodesenvolvimentismo

Financiamento público Indústria barrageira

(Bresser-Pereira, 2006; Campos, 2013; Acserald et al., 2012; Conceição, 2010)

CAPÍTULO 2Fundamentação

Considerações econômicas sobre barragens prejudiciais

Áreas agrícolassubmersas

Não tributação do excedente

Movimentos populacionais

Indústrias eletrointensivas

(Ribeiro et al., 2012; Amorin, 2015; Safi and Dagnino 2012; Bermann, 2003) ):Fonte: Google

fundamentação

• Comissão Mundial de Barragens• Movimento dos Atingidos por Barragens

CAPÍTULO 2Fundamentação

Crescente criticismo contra barragens hidroelétricas

(Scudder, 2005; Rothman and Oliver, 1999)

Interesse na

conservação dos rios

(líderes comunitários, cientistas engajados,

ativistas de ONGs)

Interessena

construção de

barragens(empreendedores,

governos federal/estadual,

interesses econômicos)

Educação ambiental da comunidade (parcerias, população

em geral, instituições, troca de conhecimento, formação de redes)

Alternativas legais/administrativas (audiências públicas, participação

informada, leis municipais, tombamento, áreas protegidas,

recomendações administrativas)

Promessas de desenvolvimento

Inevitabilidade do desenvolvimento

não transparênciaLitigância

(interpelações judiciais, liminares, causas de pedir procedimentais ou de mérito)

Apoio de grupos desinformados ou economicamente motivados

Apoio de grupos informados, ambientalmente sensibilizados

Comunidade local,

autoridades locais,

opinião pública

regional (agricultores, comunidades

tradicionais, líderes religiosos, prefeitos,

vereadores, escolas, mída local/regional)

Estratégias para contenção de barragens prejudiciaisCAPÍTULO 2

(Azevedo and Miranda, subm. 2015)

Educação ambiental da comunidade

• Identificação e contato com potenciais parceiros• Compilação de dados científicos e outras informações a serem

popularizadas• Identificação do público potencialmente afetado por

empreendimentos propostos• Identificação de individuos e instituições que ajudem na ampliação

do conhecimento• Realização de encontros para discussão de estratégias• Estabelecimento de calendário de encontros públicos, contato com

autoridades locais e mídia regional• Desenvolvimento de instrumentos midiáticos• Incrementação da rede• Perseverância

CAPÍTULO 2

Estratégias para contenção de barragens prejudiciais

Alternativas legais/administrativas

• Requisição de audiências públicas• Organização popular para participação em audiências

públicas durante licenciamento• Apresentações em ambientes formais• Criação de legislação declaratória da importância dos

rios para/pelos municípios• Requisição de tombamento de sítios ou elementos

fluviais de interesse histórico, natural ou turístico• Implementação de unidades de conservação • Recomendações administrativas

CAPÍTULO 2

Estratégias para contenção de barragens prejudiciais

Litigância

• Interpelações judiciais

• Cautelares contra medidas ou práticas administrativas inadequadas

• Questionamento da competência para emissão de licenças ambientais

• Requisição para avaliação ambiental em nível de bacia hidrográfica

• Ações de mérito

CAPÍTULO 2Estratégias para contenção de

barragens prejudiciais

Considerações finais

Quando articula-se manifestação popular com embasamento

científico sólido e estratégias jurídicas bem organizadas,

o ativismo contra barragens prejudiciais pode ser bem sucedido.

Agradecimentos

Agradecimentos