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PLANO DE AVALIAÇÃO

O Modelo de Auto‐Avaliação das Bibliotecas Escolares: Metodologias de operacionalização (Parte I)

Ana Paula F. Ferreira Rodrigues

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PLANO DE AVALIAÇÃO Biblioteca Escolar

Ana Paula Faria Ferreira Rodrigues

ÍNDICE

Introdução 3

Plano de avaliação 6

i. Diagnose 6

ii. Objectivos 7

iii. Metodologia 7

iv. Planificação do trabalho 11

v. Tratamento dos dados e sua divulgação 14

Bibliografia 15

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PLANO DE AVALIAÇÃO Biblioteca Escolar

Ana Paula Faria Ferreira Rodrigues

INTRODUÇÃO

Avaliar é, cada vez mais, uma acção estratégica implementada por

todas as organizações ou estruturas, que querem responder de forma eficaz

à missão que lhes foi confiada. De facto, só uma análise cuidadosa permite a

criação de planos de acção eficazes, capazes de responder às exigências que

se colocam, actualmente, quer se trate de um produto ou de um serviço.

As Bibliotecas Escolares, a quem se exige que contribuam de forma

significativa para o sucesso educativo dos alunos, são disso exemplo. Esta

exigência é, antes de mais, uma necessidade, pois a BE tem de encontrar a

forma mais adequada para mostrar à comunidade escolar e educativa o valor

que tem, através da demonstração do impacto da sua acção no ensino e na

aprendizagem. Para além disso, é um passo fundamental para se conseguir

cooperar com todas as estruturas da escola e agentes educativos. Contudo,

esta avaliação implica passar de uma avaliação mais tradicional, centrada em

inputs, para uma avaliação que consiga demonstrar o seu impacto (outcome)

no ensino e na aprendizagem, com vista à consecução da missão da escola.

O primeiro passo está, sem dúvida, a ser dado nas BEs portuguesas,

actualmente, através da aplicação do modelo de auto-avaliação proposto

pela RBE, mas outros passos devem ser dados, pois só uma avaliação

articulada com a avaliação da escola fará sentido. Nesse sentido, é

importante que cada BE consiga integrar a sua própria auto-avaliação na

avaliação interna da escola a que pertence, em prol do sucesso educativo dos

alunos.

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É neste âmbito, que surge o presente plano de avaliação, que irá

incidir sobre o Domínio A.2. Promoção da Literacia da Informação. Este

domínio tem 5 indicadores, mas apenas dois serão analisados

detalhadamente neste plano.

DOMÍNIO

A.2

A.2.1. Organização

de

actividades de

formação

de utilizadores.

A.2.2. Promoção do

ensino em contexto

de

competências de

informação.

A.2.3. Promoção das TIC

e da Internet comoferramentas de

acesso, produção e comunicação

de informação e como

recurso de aprendizagem.

A.2.4. Impacto da

BE nas

competências

tecnológicas e de

informação dos

alunos.

A.2.5. Impacto da BE no

desenvolvimento devalores e atitudesindispensáveis à

formaçãoda cidadania e à

aprendizagem ao longo da

vida.

Page 5: Plano_Av_ Ana_Paula_Rodrigues

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Ana Paula Faria Ferreira Rodrigues

Os indicadores seleccionados foram dois, um de processo (A.2.2.) e um de

impacto (A.2.4):

Indicador de

Processo

A.2.2. Promoção do ensino em contexto de

competências de informação

Indicador de

Impacto/Outcome

A.2.4. Impacto da BE nas competências tecnológicas

e de informação dos alunos

Estes dois indicadores complementam-se, pois o primeiro diz respeito ao

processo, isto é ao que está a ser feito na BE para promover no processo de

ensino e aprendizagem o desenvolvimento de competências de informação,

enquanto o segundo pretende avaliar o impacto que o plano de acção da BE,

em articulação com as diferentes estruturas pedagógicas, tem nos alunos.

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PLANO DE AVALIAÇÃO Biblioteca Escolar

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Plano de Avaliação

i. Diagnose

A Biblioteca Escolar desempenha um papel fundamental no apoio ao

desenvolvimento curricular, no trabalho de articulação que deve estabelecer

com as diferentes estruturas pedagógicas e, em última análise, com os

professores, na gestão adequada do currículo. Esse apoio ao

desenvolvimento curricular tem várias vertentes, entre as quais a promoção

da literacia da informação, que foi definida como prioritária na BE que

coordeno, dado o impacto que o domínio destas competências tem no

sucesso escolar dos alunos, pelo que foi considerado um aspecto a privilegiar

no Projecto Educativo da escola, tentando o Plano Anual de Actividades da

escola responder a esta meta, através da articulação do trabalho a

desenvolver pelas diferentes estruturas, entre as quais a BE.

De facto, a avaliação efectuada pelos professores revela que os alunos

não desenvolveram, ainda, algumas competências essenciais, neste domínio,

sobretudo no que diz respeito à pesquisa e tratamento de informação,

associado à ausência de preocupação com os problemas éticos, legais e de

responsabilidade social associados ao acesso, avaliação e uso da informação

e das novas tecnologias.

Importa acrescentar que, para a aplicação do modelo de auto-

avaliação na BE, foi seleccionado o Domínio A, no presente ano lectivo.

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ii. Objectivos

Pretende-se avaliar o impacto que a acção da BE da Escola Secundária

de Alcanena tem ao nível do desenvolvimento da literacia da informação,

mais especificamente verificar se:

• A BE fomenta de forma intensiva e generalizada o ensino em

contexto das competências de informação.

• A BE tem um grande impacto nas competências tecnológicas e

de informação dos alunos, isto é se a maioria (80% ou mais)

sabe utilizar com proficiência fontes de informação e estratégias

de pesquisa diversificadas e detém excelentes competências

tecnológicas, de acordo com o seu nível de escolaridade.

iii. Metodologia

Dadas as características da estrutura em avaliação, bem como os

pressupostos inerentes ao modelo de avaliação que irá ser aplicado, serão

utilizadas várias fontes de investigação.

• População-alvo

- Professores;

- Alunos.

A escolha dos professores e alunos será aleatória, havendo, contudo, a

preocupação de auscultar alunos dos vários anos de escolaridade e

professores dos diferentes grupos disciplinares. No quadro seguinte, com a

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amostra da população-alvo, apresentam-se o número aproximado de alunos

e professores a inquirir:

• 10% alunos

ALUNOS 7º ano 8º ano 9º ano 10º ano

11º ano

12º ano

TOTAIS

Nº alunos 51 39 31 120 79 52 372 Amostra 5 4 3 12 8 5 37

• 20% docentes

Grupos Disciplinares Nº prof. Amostra

Biologia e Geologia - 520 (11º B) 6 1

Ciências Físico-Química - 510 (4ºA/B) 7 2

Economia e Contabilidade - 430 (6º e 7º) 7 2

Educação Física - 620 6 1

Educação Tecnológica - 530 (12º A/B) 2 1

Educação Visual/artes Visuais - 600 (5º) 3 1

Filosofia - 410 (10º B) 4 1

Francês - 320 (8º B) 9 2

Geografia - 420 (11º A) 5 1

História - 400 (10º A) 10 2

Informática - 550 (39º) 8 2

Inglês - 330 (9º) 8 2

Matemática - 500 (1º) 8 2

Português - 300 (8º A) 8 2

TOTAIS 91 22

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• Instrumentos de recolha de dados

A recolha dos dados considerados necessários para a implementação

deste plano de avaliação será efectuada em:

- Reuniões com os professores;

- Observação da utilização da BE;

- Questionários a aplicar a alunos e professores;

- Análise documental dos documentos considerados pertinentes para o

domínio a avaliar.

O quadro seguinte apresenta as evidências a recolher:

Indicadores Evidências A. 2. Promoção da Literacia da Informação

A.2.2. Promoção do ensino em contexto de competências de informação.

Plano de Actividades da BE X Projecto Educativo e Curricular da Escola

X

Projectos Curriculares das Turmas

x

Registos de reuniões/ contactos X Materiais de apoio produzidos e editados X

A.2.4. Impacto da BE nas competências tecnológicas e de informação dos alunos.

Observação de utilização da BE (O1) x Trabalhos escolares dos alunos (T1) X Estatísticas de utilização da BE X Questionário aos professores (QP1) X Questionário aos alunos (QA1) X Análise diacrónica das avaliações dos alunos

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• Calendário

O trabalho de recolha de informação teve início em Outubro de 2008,

altura em que foram realizadas as primeiras reuniões com os coordenadores

de Departamento e professores das áreas curriculares não disciplinares.

A observação da utilização da BE, bem como a análise documental terá

lugar ao longo do ano. No que diz respeito aos questionários, estes serão

aplicados durante o mês de Maio.

O quadro seguinte, com o cronograma, sistematiza esta informação:

FASES CALENDÁRIO Reuniões com os coordenadores de Departamento e os professores das áreas curriculares não disciplinares

Outubro 2008

Divulgação do modelo de auto-avaliação Abril (Conselho Pedagógico e Departamentos)

Observação da utilização da BE Ao longo 3º período

Análise documental Preparação dos instrumentos de recolha de dados;

Abril

Aplicação dos inquéritos 1ª e 2ª semanas de Maio (através da plataforma Moodle)

Tratamento estatístico da 1ª aplicação dos inquéritos

3ª e 4ª semanas de Maio

Tratamento estatístico e elaboração de relatório a apresentar ao Conselho Pedagógico

Junho

Elaboração de um Plano de Melhoria, a implementar, após propostas do CP

Junho / Julho

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iv. Planificação do trabalho

A.2.2. – Pro

moçã

o do ensino em contexto de competências de inform

açã

o

Factores Críticos de Sucesso

Instrumentos a

utilizar

Acções a

desenvolver

Calendarização

A BE procede, em ligação com os órgãos pedagógicos da Escola/Agrupamento, ao levantamento nos currículos das competências de informação inerentes a cada disciplina/área curricular e nível de estudo, com vista à definição de um currículo de competências transversais adequado a cada ano de escolaridade.

- Projecto Educativo - Projecto Curricular de Escola - Actas de reuniões - Documentos criados - Projectos curriculares das turmas

- Marcação das reuniões com as equipas de trabalho, por grupo disciplinar - Reunião com a equipa do PEE e PCE - Reunião com os Directores de Turma - Apresentação dos resultados dos grupos de trabalho em Conselho Pedagógico

- Setembro e Outubro

A BE promove a integração, com o apoio dos órgãos de gestão e dos docentes, de um plano para a literacia da informação no Projecto Educativo e Curricular da Escola/Agrupamento e nos Projectos Curriculares das Turmas. A BE propõe um modelo de pesquisa de informação a ser usado por toda a escola.

- Documentos criados - Registos de sumários e folhas de presença das acções de formação - Registo de pedidos das fichas disponibilizadas na BE

- Sessão de apresentação nos Departamentos - Dinamização de uma pequena acção de formação, para os professores interessados - Dinamização de uma acções de formação, para os alunos

- Outubro

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Factores Críticos de Sucesso

Instrumentos a

utilizar

Acções a

desenvolver

Calendarização

A BE estimula a inserção nas unidades curriculares, Áreas de Projecto, Estudo Acompanhado/ Apoio ao Estudo e outras actividades, do ensino e treino contextualizado de competências de informação.

- Projecto NAC@BE (projecto de articulação do trabalho a desenvolver nas áreas curriculares não disciplinares com a BE) - Plano de Acção da BE - Projectos Curriculares das Turmas

- Reunião com os professores das áreas curriculares não disciplinares - Reunião com os Directores de Turma - Sessão de apresentação do projecto com os professores envolvidos

- Outubro

A BE produz e divulga, em colaboração com os docentes, guiões de pesquisa e outros materiais de apoio ao trabalho de exploração dos recursos de informação pelos alunos.

- Documentos criados pela BE, em articulação com os professores envolvidos - Registos de utilização da disciplina Moodle

- Divulgação dos documentos, em CP e Departamento, bem como da disciplina Moodle - Criação de fóruns para disponibilização de material produzido por alunos e professores

- Outubro e Novembro

Os elementos da Equipa da BE participam, em cooperação com os docentes, nas actividades de ensino de competências de informação com turmas/ grupos/ alunos.

- Registos de reuniões. - Registo das acções de formação.

- Realização de reuniões periódicas com os professores envolvidos, para avaliação do trabalho realizado.

- Ao longo do ano lectivo

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A.2.4. – Impacto da BE nas co

mpetências tecn

ológicas e de inform

açã

o dos alunos

Factores Críticos de Sucesso

Instrumentos a

utilizar

Acções a

desenvolver

Calendarização

Os alunos utilizam, de acordo com o seu nível de escolaridade, linguagens, suportes, modalidades de recepção e de produção de informação e formas de comunicação variados, entre os quais se destaca o uso de ferramentas e media digitais.

Estatísticas de utilização da BE Grelha de análise de trabalhos escolares dos alunos – T1 Grelhas de avaliação de trabalhos escolares

Elaboração de instrumentos de recolha de dados Recolha de dados Recolha das grelhas junto dos docentes

Ao longo do ano lectivo

Os alunos incorporam no seu trabalho, de acordo com o nível de escolaridade que frequentam, as diferentes fases do processo de pesquisa e tratamento de informação: identificam fontes de informação e seleccionam informação, recorrendo quer a obras de referência e materiais impressos, quer a motores de pesquisa, directórios, bibliotecas digitais ou outras fontes de informação electrónicas, organizam, sintetizam e comunicam a informação tratada e avaliam os resultados do trabalho realizado. Os alunos demonstram, de acordo com o seu nível de escolaridade, compreensão sobre os problemas éticos, legais e de responsabilidade social associados ao acesso, avaliação e uso da informação e das novas tecnologias.

QP1

- Disponibilização dos questionários na plataforma Moodle - Divulgação junto dos docentes Recolha e tratamento dos dados dos questionários

Maio

Os alunos revelam em cada ano e ao longo de cada ciclo de escolaridade, progressos no uso de competências tecnológicas e de informação nas diferentes disciplinas e áreas curriculares.

QA1

- Disponibilização dos questionários na plataforma Moodle - Divulgação junto dos DT da calendarização, para preenchimento pelos alunos Recolha e tratamento dos dados dos questionários

Maio

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v. TRATAMENTO DOS DADOS E SUA DIVULGAÇÃO

A utilização dos questionários da plataforma Moodle permite a criação

de bases de dados rápidas e adequadas aos dados que se pretende recolher.

No que diz respeito à análise documental, será feita uma análise

qualitativa, através do levantamento das categorias adequadas a cada

evidência a recolher. Dada a morosidade deste processo, deverá ser iniciado

no final do 1º período.

Após o tratamento desses dados, será criada uma apresentação com os

resultados, que serão incluídos no relatório e apresentados no Conselho

Pedagógico, para definição de um plano de acção, a implementar no próximo

ano lectivo. Far-se-á também uma apresentação à comunidade educativa,

através da página Web da BE e do Suplemento Trimestral da BE incluído no

Jornal da Escola.

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PLANO DE AVALIAÇÃO Biblioteca Escolar

Ana Paula Faria Ferreira Rodrigues

Bibliografia

• McNamara, Cárter (1997-2008). Basic Guide to Program Evaluation.

Disponível em:

http://www.managementhelp.org/evaluatn/fnl_eval.htm#anchor15853

45 [ Acedido a 07/05/09].

• Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Auto-avaliação das

Bibliotecas Escolares: instrumentos de recolha de dados. Disponível

em:

http://www.rbe.minedu.pt/np4/?newsId=31&fileName=Modelos_instru

mentos.pdf [ Acedido a 07/05/09].

• Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-avaliação

das Bibliotecas Escolares (2008). Disponível em: http://www.rbe.min-

edu.pt/np4/?newsId=31&fileName=Modelo_de_avaliacao.pdf [ Acedido

a 07/05/09].

• Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo para o relatório de

avaliação da BE (2008). Disponível em:

http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/file.php/44/Modelo_de_

Relatorio.doc [ Acedido a 07/05/09].

• Texto da sessão.