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ANO 16 N O 156 MARÇO 2010 O PORTAL DA integração O conteúdo dos sites internos foi reunido em um só ambiente, com acesso fácil e rápido, e você ainda pode personalizar sua área de trabalho: navegue à vontade pelo Portal Petrobras

Revista Petrobras - Mar/2010

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Revista Petrobras, Ed. Março de 2010. Que traz como destaque a reportagem de capa sobre o novo Portal da Petrobras. A Revista também fala sobre a Fábrica de FPSO's que irá movimentar a economia no setor.

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Page 1: Revista Petrobras - Mar/2010

Ecológicos, limpos, renováveis, produzidos a partir da bio-

massa (matéria orgânica), os biocombustíveis podem ser usados

individualmente ou adicionados aos combustíveis convencio-

nais. Os principais são o etanol e o biodiesel, produtos de desta-

que na matriz energética brasileira.

A Petrobras vislumbra estar entre as cinco maiores produto-

ras de biocombustíveis do mundo. Uma das metas da empresa

é atingir em 2013 a produção de 640 milhões de litros de biodie-

sel no Brasil e 3,89 bilhões de litros de etanol, que serão destina-

dos ao mercado interno e externo.

Criada em 2008 para atender à demanda crescente por bio-

combustíveis, a subsidiária Petrobras Biocombustível é responsá-

vel pela produção de etanol e biodiesel – biocombustível produzi-

do a partir de diversas oleaginosas, como soja, algodão, mamona,

girassol e óleo de palma (dendê), além de sebo bovino.

O grande marco na história do etanol aconteceu na década

de 1970, quando o governo federal, buscando uma alternativa

para a redução da dependência do petróleo, implementou o Pro-

álcool – maior programa de utilização de combustível renovável

do mundo, produzido a partir da cana-de-açúcar (foto menor). A

Petrobras teve um papel fundamental no programa, disponibili-

zando o etanol em todo o território nacional.

O programa viabilizou o uso do etanol e a sua adição à gaso-

lina (atualmente na proporção de 25%), e contribuiu para que o

país, hoje o segundo maior produtor e o maior exportador de

etanol do mundo, fosse um dos primeiros a eliminar da gasolina

o chumbo tetraetila, produto altamente tóxico.

A cadeia de produção do etanol e do biodiesel proporciona a

geração de emprego e renda no campo (foto maior), contribui

para a redução de gases que provocam o efeito estufa e diminui

a importação de óleo diesel.

O meio ambiente agradece

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integraçãoO conteúdo dos sites internos foi reunido em um só ambiente, com acesso fácil e rápido, e você ainda pode personalizar sua área de trabalho: navegue à vontade pelo Portal Petrobras

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ENTREVISTA CAPA PRODUÇÃO

pág. 10 pág. 20AmbIENTE

INOVAÇÃO

TECNOlOgIA

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Para o consultor de empresas Ricardo Saldanha, os portais corporativos – como o Portal Petrobras – são estratégicos para suprir os trabalhadores de informações em seu dia a dia.

Mais que um veículo de comunicação, o novo Portal Petrobras é um ambiente de trabalho ágil e de fácil utilização. Conheça as vantagens da nova ferramenta e prepare-se para navegar!

A conversão de dois navios-plataforma do tipo FPSO e a construção de outros oito “replicantes” que vão operar no pré-sal abrem espaço para o desenvolvimento de novas tecnologias e incrementam a indústria nacional.

Com dez anos de atuação, os Centros de Defesa Ambiental da Petrobras são hoje um modelo a ser seguido no campo da proteção ao meio ambiente.

Programa de Maximização de Destilados Médios reduz a dependência das importações de diesel e querosene de aviação.

Saiba como funciona a Rede de Transmissão Via Satélite da Petrobras e qual a sua importância para a companhia.

E mais...

6 Petrorama

7 Mural do Leitor

8 Qualificação

26 Gente

32 Fique por Dentro

36 Máquina do Tempo

arquivo pessoal daNusa FalCÃo

José Caldas

roberto rosa

arquivo petrobras

Gerente Executivo de Comunicação Institucional Wilson Santarosa • Gerente de Relacionamento Gilberto Puig • Gerente de Relacionamento com o Público Interno Luiz Otávio Dornellas • Comitê Editorial Ana Luísa Feijó Abreu (Financeiro), Cláudia Del Souza (E & P), Abílio Mendes Soares Filho (Transpetro), Maurício Lopes Ferreira (RH), Elizete Vazquez (Serviços Compartilhados), Lucia Maria Henriques (Abastecimento), Luiz Roberto Clauset (SMS), Marcelo Siqueira Campos (Petrobras Distribuidora), Claudia Krüger (Internacional), Marlon Santos (Cenpes), Georgia Valverde Leão (Jurídico), Wanderley Bezerra (Gás e Energia), Carmen Vilar Prudente (Engenharia) • Editor Responsável Alexandre Medeiros (Ofício de Letras), Mtb 16.757 • Editor de Fotografia Geraldo Falcão • Editores Nádia Ferreira e Patrícia Alves • Editora assistente Claudia Lima • Produtor Executivo Albano Auri • Diagramação e Infografia Azul Publicidade • Colaboradores Júlia Viegas, Luciana Conti e Márcia Leoni • Copidesque Bella Stal

Revista Petrobras 156 • ano 16 • Março de 2010Av. República do Chile, 65, sala 1.202 • Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20035-900E-mail: [email protected]

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icardo Saldanha tem se dedicado a estudar, a divul-gar e a apoiar as intranets e os portais corporativos no país. É consultor, palestrante, instrutor, presiden-

te do Instituto Intranet Portal no Brasil – associação sem fins lucrativos que tem como missão profissionalizar e fomentar o mercado de intranets – e idealizador do Prêmio Intranet Portal, o primeiro voltado para ambientes digitais corporati-vos, que terá sua terceira edição este ano. Nesta entrevista, ele explica que intranets e portais corporativos podem ser es-tratégicos se alinhados às prioridades empresariais e têm pa-pel fundamental no processo de inteligência organizacional. Lembra, também, que os fatores críticos para o sucesso vão muito além da tecnologia.

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Nos últimos anos, empresas do mundo inteiro estão reformulando suas intranets. O que tem motivado esta transformação? De certa forma, podemos considerar que é um eco do que ocorreu na própria Internet: com o adven-to de um novo contexto (banda larga, novas tec-nologias, como Ajax etc.), surgiu uma “nova web”, a famosa web 2.0. O que vemos agora é o surgi-mento da “Intranet 2.0”, também fruto de um novo contexto corporativo, no qual o valor da co-laboração para inovação se torna cada vez mais inequívoco. Além disso, as intranets básicas, de primeira geração, falharam em agregar efetivo va-lor ao negócio.

Por que essas intranets básicas falharam?Como tudo que é novo, muitas vezes o foco ficou na Intranet em si, caindo para segundo plano o principal: ela é “apenas” uma ferramenta – ou seja, um meio. Sem um fim claro, sem objetivos bem de-finidos, é fácil perder-se no projeto, gerando intra-nets sem foco. Agora, já houve tempo suficiente para errar, avaliar os erros e avançar – boas práti-cas e excelentes casos de real sucesso emergem, ainda que a maioria das intranets permaneça com poucos avanços. Foi isso que nos motivou a criar o Instituto Intranet Portal (www.intranetportal.org.br), cuja missão é justamente profissionalizar e fo-mentar o setor – e o Prêmio Intranet Portal, que funciona como um farol para o mercado.

Quais são os pontos fortes das novas intranets, os chamados “portais corporativos”?Antes de tudo, é importante ressaltar que há mui-ta confusão com essas nomenclaturas. Embora, de modo acadêmico, sejam relativamente nítidas as di ferenças, muitas pessoas chamam suas intra-nets básicas de “portal corporativo”, assim como há intranets avançadas que não se envergonham de continuar com o título de “intranet” mesmo. Dito isso, a grande diferença está na visão articu-lada de conteúdo, integração em TI e colabora-ção. As primeiras intranets focavam só em conteú-do. Depois surgiram serviços e, com eles, o início de um ambiente mais integrado. Agora, a colabo-ração aparece como última fronteira. Outra gran-de diferença é a compreensão do que está em tor-no da questão tecnológica, uma vez que ambientes digitais avançados não dependem apenas de uma boa ferramenta.

Como você vê o envolvimento da força de trabalho de uma empresa com o seu portal corporativo?Peter Drucker cunhou a expressão “trabalhador do conhecimento” justamente para denotar que nós – eu, você e provavelmente boa parte da Petrobras – vivemos uma dinâmica e temos desafios diários muito diferentes daqueles do operário e do agricul-tor. Os portais avançados devem ajudar a suprir o trabalhador dos insumos necessários ao seu pleno exercício do cargo ou da função. Nós dependemos da localização rápida de conteúdos e de pessoas

Como tudo que é novo, muitas vezes o foco

ficou na intranet em si, caindo para segundo

plano o principal: ela é “apenas” uma ferramenta

– ou seja, um meio.

para sermos produtivos. Precisamos interagir com tudo isso da forma possível – e essa é a missão maior do portal. E colaborando neste ambiente, se ele for amigável e orientado para os processos de negócio, ficará claro o quanto é útil na prática. Por outro lado, como se trata de uma rede que cobre, de forma única e bidirecional, toda a companhia, também pode (e deve) ser colocada a serviço de ob-jetivos estratégicos e sistêmicos, contribuindo para a construção de uma inteligência organizacional.

Quais são as lições aprendidas nas novas versões de intranets?Entre os acertos está a consolidação de que portais não podem ser tocados por uma única área da or-ganização. Trata-se de uma solução que envolve conhecimentos de comunicação, tecnologia e ges-tão, para citar apenas três. Não é mais possível conceber uma solução sustentável que não passe pela estruturação de um comitê em que ao menos TI e Comunicação estejam representados – sendo que o ideal é ter também o RH e áreas de negócio. Outra lição é o entendimento de que um portal não é um projeto, mas sim um programa. Ou seja: por mais que possamos ter um projeto de refor-mulação, o verdadeiro e maior desafio começa no dia em que ele vai ao ar – sua manutenção e, prin-cipalmente, sua evolução.

E quais são os erros mais comuns? Estamos vendo ressurgir um problema típico das primeiras gerações de intranets: um foco ex-

cessivo na tecnologia e na funcionalidade das ferramentas típicas da web 2.0, em detrimento da sua aplicabilidade. Ou seja: as pessoas agora querem um wiki – mas não se perguntam “para quê”. Atribuo parte desse fenômeno ao modis-mo e parte à novidade que essas soluções repre-sentam: ainda não nos apropriamos plenamente delas para vencer essa visão funcional.

O que ainda está por vir no universo dos portais corporativos? O barulho em torno do termo “Enterprise 2.0” vem lançando alguma luz em relação ao futuro. Mais uma vez, temos o extremo de uma visão fun-cional (seria apenas a utilização de ferramentas da web 2.0 dentro do ambiente corporativo) e uma visão revolucionária (prenúncio do surgimento de uma nova empresa, mais colaborativa, horizontal e aberta). Isso representa um avanço, que se baseia em preceitos da gestão do conhecimento e retoma, agora com novo contexto e novas tecnologias, o desafio de tornar a empresa mais inteligente, adap-tativa e integrada. A consultora internacional Jane McConnell fala sobre uma tendência relacionada à construção de um portal E2E (Employee-to-Em-ployee – empregado para empregado), em substi-tuição ao modelo das intranets básicas, baseadas no B2E (Business-to-Employee). E isso tem tudo a ver com o lado colaborativo, as redes sociais e a capacidade de localização de conhecimento vivo dentro da organização.

Que benefícios os novos portais avançados po ­dem trazer para as empresas?De forma um pouco mais conceitual – mas nem por isso distante da realidade –, podemos dizer que um portal avançado está no “olho do fura-cão”, diretamente ligado ao que se concebe como necessário para administrar com eficiência uma empresa no século XXI. Ele pode desempenhar um papel essencial na orquestração do caos in-formacional, no combate ao déficit de atenção, no incremento da produtividade individual e no suporte a uma estrutura organizacional favorável à inovação. E é isso que faz uma organização ser ou não competitiva no cenário hiperconectado e global em que vivemos.

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Integrador, complexo e estratégico“Os portais avançados devem ajudar a suprir o trabalhador dos in sumos necessários ao seu pleno exercício do cargo ou da função”

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Ricardo Saldanha,

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BATE-BOLA ESTRELAS DA CASA

MURAL DO LEITOR

O engenheiro de equipamentos Fre derico Kremer representa a Petro-bras perante a comunidade automoti-va e os órgãos ambientais quan do o assunto é a qualidade dos produtos oferecidos pela companhia.

OrigemRio de Janeiro, RJ.

Mentor“Meu pai, Rui Kremer, falecido em 2002, foi e continua sendo meu mentor. Um homem estudioso, culto, que me incentivou muito com seu exemplo”.

Principais projetos Formado em Engenharia Mecânica, entrou para a companhia em 1978 e foi trabalhar no Cenpes, no pri meiro laboratório de motores para avalia-ção de combustíveis e lubrificantes. Trabalhou por 16 anos nesse labora-tório de testes com a questão de qua-lidade de produtos, atividade que ganhou maior impacto em 1986, com a criação do Programa de Con-trole da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) do Cona-ma – Conselho Nacional do Meio Ambiente. As pressões ambientais foram crescendo, influenciando o de senvolvimento de novos produ-tos e os investimentos no refino, e o laboratório se expandiu para propi-ciar a medição das emissões de veí-culos pesados e leves. Coordenou o Programa de Gasolina do Cenpes em 1995 e 1996, quando foi chamado para trabalhar na As-sessoria de Qualidade de Produtos do recém-criado Abastecimento. Fa -zia a interface com a indústria auto-mobilística e com os órgãos de meio ambiente, para discussão das exi-gências e requerimentos que os pro-dutos da Petrobras deveriam ter. Desde 2000 é diretor da Associação Brasileira de Engenharia Automoti-

va (AEA), entidade sem fins lucrati-vos mantida por diversas institui-ções, entre elas a Petrobras, e da qual participam universidades e institu-tos de pesquisa. A partir de 2002, participou, junto com o Cenpes, a Petrobras Distri-buidora e as gerências de Refino e Logística do Abastecimento, do de-senvolvimento de produtos espe-ciais, como a gasolina Podium, o die-sel Podium, o diesel Verana e o óleo combustível aditivado Add Cleaner. Em 2008, foi representante técnico da Petrobras junto ao Ministério do Meio Ambiente na questão do die-sel com 50 ppm de enxofre, dispo-nibilizado pela companhia em ja-neiro de 2009. No momento, está trabalhando no desenvolvimento e no lançamento de novos produtos, em parceria com a Petrobras Distribuidora.

Tempo de empresa32 anos.

Onde está hojeÉ gerente de Soluções Comerciais do Marketing do Abastecimento.

Conselho pessoal“O importante é a gente sempre pro-curar fazer o melhor. Focar a atenção no nosso trabalho, não no trabalho dos outros, e fa-zer benfeito o que temos que fazer”.

Guardião da qualidade Emoção é o que não falta!De portas abertas para você

Kremer vem trabalhando no desenvolvimento de novos produtos

A Revista Petrobras está em permanente processo de aperfeiçoamento para ser, cada vez mais, uma publicação imprescin-dível à força de trabalho. Para isso contamos com a sua colaboração. Sugestões, críticas, elogios – tudo será recebido com carinho por nossa equipe. Para participar é fácil: por carta, Av. República do Chile, 65, sala 1.202, Rio de Janeiro – RJ – 20035-900; por fax, (21) 2220-8761; ou por e-mail: [email protected]

É um trabalho e tanto reunir em um só ambiente todos os conteú-dos dos sites internos da compa-nhia, desenvolver aplicativos que dão ao usuário acesso rápido e fá-cil às informações, e ainda permitir que cada um configure sua área de trabalho da forma que mais lhe agradar. Mas está valendo muito a pena: o novo Portal Petrobras, tema de nossa matéria de capa, a partir da página 10, foi concebido para introduzir na companhia um novo conceito de Intranet, onde a informação e o conhecimento po-dem ser compartilhados pela for-ça de trabalho com agilidade e transparência.

A nova ferramenta chega em um momento de efervescência na Petrobras – e não por acaso. Em pleno esforço de desenvolvimen-to das descobertas do pré-sal – como mostra, a propósito, nossa reportagem nas páginas de 20 a 23 –, o Portal Petrobras é um sal-to de qualidade na disseminação de informações. E vem trazer al-go de que a força de trabalho vai precisar muito para superar os novos desafios da “era” pré-sal: integração.

A prancha de surfe que ganhou de presente do pai aos 13 anos, para se divertir com os amigos quando a família passava os fins de semana na casa de praia, foi apenas o co-meço. Aos 30 anos, o engenheiro Rosental Alves Girelli tem hoje o esporte como parte de sua vida. O equilíbrio, a força e a flexibilidade necessários para praticar o surfe vêm do pila-tes e do jiu-jítsu, que moldaram a disciplina desse atleta fai-xa-preta, capaz de acordar às 5h a fim de pegar uma onda antes de ir para o trabalho, em Vitória, a 25 quilômetros do balneário onde vive. A paixão pelo mar o levou a muitos pa-íses, em viagens nas quais também pratica mergulho autô-nomo e às vezes se aventura em esportes radicais.

“Moro num vilarejo de pescadores chamado Manguinhos. É um lugar pacato, contagiante, onde tenho o prazer de convi-ver com grandes amigos, minha família e minha amada namo-rada. Sou apaixonado pelo mar, pelo surfe, pelo mergulho, pela vida simples de ‘guruçá’ (siri branco de praia) da praia, sempre repleta de bons momentos e boas histórias para contar.

Sempre que posso, me planejo para viajar nas férias em busca da onda perfeita, de novas aventuras, amiza-des e culturas. Sabe aquele lugar paradisíaco que você vê nos filmes de surfe quando é criança e sonha em conhe-cer? Pois é. Em vez de apenas sonhar, procuro focar

meus objetivos e trabalhar em prol deles. Hoje, graças a Deus e ao meu trabalho, tenho conseguido realizar gran-de parte desses sonhos.

Já visitei diversos lugares consagrados para a prática do surfe e do mergulho no mundo, como Chile, Peru, Ni-carágua, Costa Rica, Equador, Galápagos, África do Sul e Indonésia. Aqui no Brasil, já me aventurei por praticamen-te todo o litoral, de ‘Floripa’ ao Ceará, incluindo Fernando de Noronha, um paraíso. Cada lugar tem suas qualida-des, sua magia, sua marca. Dos destinos internacionais, gostei muito de conhecer as ‘longas direitas’ de Jeffreys Bay, na África, e os tubos perfeitos e pesados de G-Land e Asu, na Indonésia.

Com relação ao mergulho, Galápagos marcou minha memória pelo contato íntimo com a natureza, emoção e harmonia pela proximidade com inúmeros tubarões, lobos-marinhos e arraias gigantes. Volta e meia aparecem coisas diferentes. Em 2008, na África, saltei do maior bungee

jump do mundo, uma queda livre de 214 metros. Uma ex-periência indescritível! Tenho uma vida simples, mas inten-sa e muito feliz. Sou uma pessoa de muita sorte!!!!”

Rosental Alves GirelliUN-ES/ATP-JUB-CHT/EE

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No sentido horário, a partir da foto maior, Rosental entrando num “tubo” na Indonésia, mergulhando em Galápagos com a namorada, e ao lado da família (ele está ao centro), num dos raros momentos em que não está “aprontando”

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taneamente 24 profissionais em cabi-nes para aulas práticas. “Oferecemos treinamento teórico e prático, capaci-tando o aluno para seleção, instala-ção, manutenção e inspeção de equi-pamentos elétricos e eletrônicos em atmosferas explosivas”, explica Hélio Suzuki, coordenador técnico do Cen-tro, por onde já passaram 1.278 alu-nos. Essas atmosferas, onde podem estar presentes vapores, gases e líqui-dos inflamáveis, são comuns em pla-taformas de perfuração e de produção de óleo e gás, e também em refinarias, terminais de transporte de combustí-veis e indústria petroquímica.

Eficiência operacionalA capacitação torna os eletricis-

tas, instrumentistas e outros profis-sionais que atuam em áreas de risco aptos a agir com segurança, de acor-do com as rigorosas normas técnicas nacionais e internacionais. “A avalia-ção do curso tem sido excelente”, conta Suzuki, que recebeu relatos de ex-alunos que promoveram palestras em suas unidades para repassar conhecimentos do cur-so e se tornaram mais rígi-dos em seus procedimen-tos de trabalho. Para José Airton de La-cerda Martins, ge-rente-geral da Uni-dade de Negócio da Bacia de Cam-pos, o treinamen-to dos profissionais em simuladores de última ge ração é um grande avanço. “Com profissionais qualificados, ganhamos em eficiência operacional, o que reduz a ocorrência de falhas e aumenta a se-gurança das atividades”, avalia.

Do total de profis-sionais treinados, mais de 50% são da força de trabalho da UN-BC.

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ivenciar na sala de aula situ-ações de emergência que po-dem acontecer na rotina de

uma plataforma, usando equipamen-tos que simulam com realismo o am-biente de trabalho. Esta é a fórmula adotada com sucesso no Núcleo de Treinamento Offshore Nelson Stava-le Malheiro, resultado da parceria fir-mada entre a Petrobras e o Serviço Nacional de Aprendizagem Indus-trial (Senai). Com alta tecnologia e apoio de profissionais experientes nos cursos com certificação interna-cional, 2.431 tripulantes das unida-des móveis da companhia já foram capacitados entre agosto de 2006 e março deste ano.

O convênio, assinado em 2005, é parte do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp). “Temos a expectativa de qualificar 5.100 profissionais até o fim de 2013”, afirma Eliete Rosado, coordenadora do Prominp na Bacia de Campos. “Na área de lastro, a companhia enviava os profissionais para o exterior a um custo de 10 a 15 mil dólares por pessoa”, lembra. Ho-je, o curso custa 5.500 dólares, valor que será reduzido em dois anos para 2.500 dólares. Aumentou o número de coordenadores de embarcação e operadores de lastro treinados, que não precisam mais ser capacitados no Aberdeen Col lege, na Escócia.

O Núcleo de Treinamento Offsho-re, que ocupa uma área de 650 me-

tros quadrados no Centro de Tecno-logia Euvaldo Lodi, em Benfica, Zo-na Norte do Rio de Janeiro, é formado por três grandes áreas: o Simulador Marítimo Multifuncional (Multi Pur-pose Maritime Simulator – MPMS); o Centro de Treinamento em Ambientes de Atmosfera Explosiva (Centro Ex), único da América Latina; e o Am-biente de Treinamento (AmbTrei). To-dos foram desenvolvidos por técnicos da Petrobras em parceria com o Senai e oferecem treinamentos distintos.

Para o coordenador técnico do Si-mulador Marítimo Multifuncional, Luciano Campos, as vantagens do treinamento no Núcleo são muitas, como geração de novos postos de trabalho, transferência de conheci-mento e tecnologia para o país, além de realização de programas adapta-dos à realidade brasileira. “O Simula-dor também permite a prática de exer-cícios que não podem ser feitos na unidade real”, acrescenta Campos.

Grandes inclinações na plataforma produzidas por alagamentos, colisão com embarcações de apoio, impacto de helicóptero, explosões e in cêndios são alguns exemplos de simulações.

Avaliação individual“Recebemos retorno muito positi-

vo dos alunos, principalmente sobre a competência dos instrutores, que são ex-empregados da Petrobras com cer-tificação internacional”, conta o téc-nico. Os alunos são monitorados por meio de circuito interno de TV e gra-vação de imagens, sistema que ajuda os instrutores a avaliar a atuação de cada um – desde a velocidade na to-mada de decisões até os aspectos comportamentais e psicológicos em situações de risco. Nesta área já fo-ram capacitados 569 profissionais.

O Simulador Marítimo foi o pri-meiro do Núcleo, inaugurado em agosto de 2006. Foi construído a par-tir de acordo do Sistema Firjan com a Aset (Aberdeen Skills and Entreprise Training Limited), pioneira em trei-namentos em áreas offshore, e com a companhia escocesa responsável pe-la criação do software de simulação. Ali são oferecidos cursos de simula-ção de controle de lastro, gerencia-mento de grandes emergências, ope-rações de plataformas semissubmer-síveis e autoelevatórias e de unidades FPSO – navios transformados em plataformas.

Já o Centro Ex pode treinar simul-

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‘PLATAFORMA’ NA

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Nas cabines de inspeção, os instrutores simulam defeitos em instalações para que os alunos apontem as não conformidades encontradas: exercício sob supervisão qualificada

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COM O CONTEÚDO DOS SITES INTERNOS REUNIDO EM UM AMBIENTE ÚNICO, O PORTAL PETROBRAS CHEGA PARA INOVAR NA COMUNICAÇÃO COM A FORÇA DE TRABALHO, COM FOCO NA AGILIDADE E NA INTEGRAÇÃO

lcançar os objetivos da Visão 2020 demanda esforços de toda a companhia e envolve a busca das melhores ferra-mentas em cada processo. Na comunicação com o públi-

co interno, a ferramenta é o Portal Petrobras, que entra no ar no dia 10 de maio. Trata-se de um novo conceito de Intranet, onde todos os conteúdos estarão num único ambiente, dispostos segun-do uma única lógica, e onde haverá espaço para o usuário perso-nalizar sua área virtual de trabalho.

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área e a cada unidade caberá uma aba, onde estarão os conteúdos do seu atual site e dos minissites ligados a ele. Também haverá um espaço, denominado “Para o empregado”, com todas as informações e serviços de que o empregado deve ter conhe-cimento concentrados num só lugar.

Para Alexandre Korowajczuc, ge-rente de Gestão do Conhecimento da área corporativa de Desenvolvimento de Sistemas de Gestão (DSG), o Portal levará a integração da companhia para a rotina de trabalho de todos: “Não vai mais existir o site de cada unidade, o foco não vai ser mais na imagem, em fazer o site mais bonito, mas no conteúdo, no todo: no mode-lo de governança, na cadeia de valor,

no modelo de gestão, no Plano Estra-tégico. E o olhar se volta também para a transmissão do conhecimento”.

Anna Neville, gerente de Jurídi-co, Comunicação e Alta Administra-ção da TIC Corporativa, ressalta que um ambiente único torna possí-vel um melhor uso dos recursos de tecnologia: “Haverá uma redução do número de demandas relativas a novos desenvolvimentos e à manu-tenção de sites e portais, já que todos serão convertidos em abas do Portal. E as demandas que chegarem serão desenvolvidas usando uma única plataforma tecnológica, o que leva à redução de custos”.

Ao fazer o login no Portal, com apenas um clique o usuário terá dis-

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O Portal chega num momento em que a companhia tem pela frente uma grande perspectiva de crescimento: o desafio de explorar o pré-sal e a cons-trução de novas unidades estão na or-dem do dia, o ingresso de novos em-pregados é contínuo e a redução dos custos e dos impactos ambientais se faz cada vez mais necessária. E ele traz agilidade no acesso às informa-ções e aos serviços e integração tec-nológica, além de ter sido construído para propiciar o compartilhamento do conhecimento.

“Mais que um veículo de comuni-cação, o Portal será um ambiente de trabalho para o usuário. Lá ele vai encontrar com facilidade todos os da-dos e sistemas de que precisa para o

seu dia a dia e também as informa-ções da companhia. E ainda poderá selecionar aquilo que mais lhe inte-ressa e montar sua Área Pessoal”, ex-plica Luiz Otávio Dornellas, gerente de Relacionamento com o Público In-terno da Comunicação Institucional e gestor do projeto.

Um só ambienteHoje, a Intranet da Petrobras tem

diversos sites internos, cada um com sua arquitetura de informação dis-tinta, ou seja, com uma maneira di-ferente de arrumar o conteúdo. Com o Portal, todos os sites serão migra-dos para um só ambiente, dividido em abas, com a mesma lógica de or-ganização e o mesmo layout. A cada

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tentes, mas, com a experiência que

a equipe de portais da tiC acumu­

lou ao longo dos anos, aliada à evo­

lução tecnológica das ferramentas

de desenvolvimento, es tamos pre­

parados para que o projeto tenha

sucesso. o de senvol vimen to da pri­

meira etapa foi um aprendizado

para todas as equipes envolvidas, e

só foi possível graças à integração e

ao esforço de todos, o que me dei­

xa muito orgulhoso.”

Roberto Gomes Gonçalves,

analista de sistemas, Soluções de

Conhecimento e Decisão da TIC

“esse projeto permi tiu

que eu apro fun das se os

meus conhecimentos

de intranet, taxono ­

mia, arquitetura de

in formação, compor ­

ta mento do usuário.

tí nhamos como objetivo construir

um ambiente único. ao mesmo tem ­

po, era importante entender as di ­

feren tes necessidades das áreas

diver sas, com conteúdos variados.

Cons truímos o portal no dia a dia de

tra balho. a partir das premissas es ­

tabelecidas para o projeto, nós, do

relacionamento com o público in ­

ter no e da tiC, com a colaboração

de todas as áreas da companhia,

fomos desenhando o novo portal,

errando e acertando conforme o tra ­

balho avançava. ele é fruto do tra ­

balho em equipe.”

Patrícia Vellasco,

líder do projeto, profissional

de Comunicação Social,

Relacionamento com o Público

Interno da Comunicação Institucional

“o que mais me orgulha

neste projeto é perceber

como conseguimos fa ci­

litar ao máximo o ace s so

a dados e ser viços. para

tanto, realizamos testes

com usuários e ten ta­

mos seguir uma lógica comum de

acesso a diversas categorias de infor­

mação. Foi um grande desafio e, ao

mesmo tempo, um exercício de orga­

nização e entendimento do compor­

tamento do usuário em intranets.”

Bruno Rodrigues,

consultor, Relacionamento

com o Público Interno da

Comunicação Institucional

Eu também faço parte desta história

Eu também faço parte desta história

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BENEFíCIOS DO PORTAL

6. Enquete

Este será o espaço

para a opinião da força

de trabalho sobre

diversos assuntos

5. Central

de Serviços

O usuário terá acesso fácil

a todos os serviços

disponíveis na Petrobras,

com possibilidade

de busca

4. Programas

e Projetos

Todos os programas e

projetos da companhia

estarão reunidos aqui,

num só lugar

1. Destaques

Nos Destaques estarão

as publicações,

documentos, sistemas e

quaisquer outros

conteúdos aos quais a

força de trabalho precise

ter acesso rápido

2. Área Pessoal

O usuário poderá

personalizar essa área

de acordo com suas

preferências, escolhendo

os links que mais usa no

seu dia a dia

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3. Comunicação

Interna

Neste item do menu,

o usuário vai encontrar

todo o conteúdo

informativo voltado para

a força de trabalho

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ponível a aba da área ou unidade onde está lotado, com informações específicas, e a sua Área Pessoal, um espaço que ele poderá personalizar, inserindo caixas de conteúdos com links, de acordo com sua preferên-cia. A Área Pessoal ficará na home-page, à direita.

Interface digitalA implantação do Portal para to-

da a companhia será feita em etapas. No dia 10 de maio entrarão a aba Pe-trobras (home) e a aba do Gás e Ener-gia com suas unidades – Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia (Fafen-BA), Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen-SE) e Parque Termelétrico. Até o fim deste ano, todas as áreas e unidades da hol-ding (Petrobras controladora) ganha-rão suas abas, que serão postas no ar de forma escalonada. Na segunda eta-pa será a vez das subsidiárias e, em se-guida, das empresas internacionais do Sistema Petrobras. Enquanto a res-pectiva aba não entra no ar, o site in-terno continua disponível, com acesso por meio de link no Portal.

O desenho da arquitetura da infor-mação do Portal foi precedido de en-trevistas com os gestores dos atuais si-tes internos e da análise desses sites sob os aspectos visual, tecnológico e de conteúdo. Tam bém foram feitos tes tes de uso com empregados da companhia de diversas faixas etárias e funções.

A estrutura de navegação, que é a maneira de apresentar ao usuário as informações organizadas pela arqui-tetura, seguiu a premissa de facilidade e, ao mesmo tempo, inspirou-se na es-trutura organizacional da Petrobras. Assim nasceu a estrutura de abas.

Mas há outros caminhos para se chegar à informação: se o usuário preferir, também poderá navegar por temas no menu principal. Já o design gráfico, a apresentação do Portal, procurou leveza e atemporalidade. Tudo foi pensado para que a experi-ência de uso do Portal seja agradável e produtiva, explica Luiz Otávio Dor-nellas: “O Portal Petrobras será uma nova maneira de a força de trabalho interagir com ela mesma e com as ati-vidades da Petrobras, usando como interface o meio digital”.

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“Como fui o responsá­

vel na tiC pela transi­

ção da petronet pa ­

ra a Nova petronet e

atendia às demandas

de portais da Comu­

nicação institucional,

fui integrado ao projeto do portal

logo no início. agora, vemos pronta

a primeira etapa de um trabalho de­

safiador: era muito a se fazer em

pouco tempo. mas estamos ven­

cendo o desafio. a minha grande

expectativa, com o portal indo ao

ar, é que tenhamos uma gestão efi­

ciente das demandas de manuten­

ção e desenvolvimento de sites e

portais, podendo planejar melhor a

alocação de recursos e otimizando

seu uso.”

Leandro Borges,

analista de sistemas,

TIC Corporativa Jurídico,

Comunicação e Alta Administração

“quando soube que o

gás e energia seria a pri­

meira área de negócio a

integrar o portal petro­

bras, fiquei feliz, mas

preocupada. Como se­

ria criar algo tão novo?

a força de trabalho iria gostar? além

disso, os prazos pareciam impossí­

veis. ao longo do trabalho, fomos

descobrindo o malabarismo que é

tentar atender às necessidades de

uma companhia enorme e diversa

como a petrobras. agora, o maior

desafio é fazer com que o portal seja

sempre dinâmico, alinhado às de­

mandas da força de trabalho e, prin­

cipalmente, que seja útil para quem

trabalha na companhia. e que ve­

nham as demais áreas!”

Paula Pena,

profissional de Comunicação

Social, Comunicação Empresarial

do Gás e Energia.

“Nos últimos meses,

meu trabalho tem sido

100% dedicado a es­

se projeto; foram se­

manas e semanas de

reuniões de trabalho

diárias, das 9h às 18h.

Hoje, olhando para trás, vejo que fi­

zemos muito, deixamos prontos uma

série de documentos. agora, é gran­

de a expectativa de ver o portal ir ao

ar, de ver a reação dos usuários à

Área pessoal, que é algo bem novo e

diferente. e logo teremos mais traba­

lho pela frente, com o desenvolvi­

mento das abas das demais áreas e

unidades, com o objetivo principal

de integrar todas as informações da

companhia. espero que nosso tra­

balho faça diferença no dia a dia da

força de trabalho.”

Adriana Trotta,

analista de sistemas,

Soluções de Conhecimento

e Decisão da TIC

Eu também faço parte desta história

Eu também faço parte desta história

Foto

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A Intranet da companhia data de

1995, quando o modelo ainda era o

da Internet, com sites independen-

tes. O projeto Portal Petrobras co-

meçou a ser pensado em 2002, já

com o conceito de ambiente inte-

grado e com possibilidade de perfi-

lação. “Incorporamos o conceito de

taxonomia, de busca, de categori-

zação e gestão de conteúdo e de

personalização de informações”, lem-

bra Paulo Cesar Coletti, gerente de

Gestão de Informação Empresarial

da Estratégia, então responsável pe-

lo projeto.

Em 2005, a Petronet passou a

ser a página principal de todos os

computadores da companhia, e em

2007 começou o processo de ex-

pansão da Nova Petronet. No ano

seguinte, já sob a responsabilidade

da Comunicação Institucional, foi

criada a Comissão do Portal, com

representantes de quase todas as

áreas, que passou a acompanhar o

andamento do projeto na fase de

implantação.

UM LONGO PROCESSO

1 ACESSIBILIDADE – as imagens poderão ser reconhecidas por programas

leitores de tela, especiais para deficientes visuais.

2 ÁREA PESSOAL – possibilidade de personalização de um espaço na home.

3 REDUÇÃO DE CUSTOS – adoção de uma única plataforma tecnológica e

uma só ferramenta de publicação.

4 PÁGINAS DE ACESSO – todos os itens do menu terão uma página com a

explicação de seu conteúdo.

5 CENTRAL DE SERVIÇOS – todos os serviços oferecidos pela companhia

reunidos num só lugar.

6 PROGRAMAS E PROjETOS – um panorama dos programas e projetos de-

senvolvidos na Petrobras.

7 FIM DA REDUNDâNCIA DE INFORMAÇõES – os conteúdos serão publi-

cados uma única vez, e cada um terá um gestor responsável, garantindo atu-

alização e confiabilidade.

8 BUSCA MAIS DETALHADA E PRECISA – haverá uma única lista de termos

para indexação de tudo que é publicado.

OS OITO PRINCIPAIS BENEFíCIOS DO PORTAL

Aces

sibilid

ade Área Pessoal

Redução de custos Páginas de a

cess

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Cen

tral d

e Serviços Programas e Projetos

Fim da redundância de informações Busca mais detalhad

a e

prec

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o desenho da arquitetura da informação do

portal foi precedido de entrevistas com

os gestores dos atuais sites internos

e da análise desses sites

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REFERêNCIA EM segurança

EM DEz ANOS DE FUNCIONAMENTO, OS CENTROS DE DEFESA AMBIENTAL DA PETROBRAS E SUAS BASES AVANÇADAS FORMAM HOjE A MAIOR REDE DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE DA AMéRICA LATINA

o ano em que se comemora uma década de instalação do pri-meiro dos dez Centros de Defesa Ambiental (CDAs) manti-dos pela Petrobras no país, a companhia se prepara para ser

anfitriã de mais um importante evento internacional na área de res-posta a vazamentos de óleo e derivados. Trata-se da Mobex – Interna-tional Mobilization, Preparedness & Response Exercise, que se reali-zará em agosto próximo em Manaus, nas águas do Rio Amazonas.

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Exercício simulado de contenção de óleo no Rio Negro, em Manaus, com equipes do CDA da Refinaria Isaac Sabbá (Reman): rotina de prevenção de acidentes

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te, o da Nosca (Norwegian Oil Spill Control Association), que pela pri-meira vez foi realizado fora da No-ruega –, os esforços da Petrobras na área de contingência vêm recebendo outros reconhecimentos, o que au-menta o protagonismo da empresa no setor. Em seu guia sobre prepara-ção e resposta a vazamentos de óleo, por exemplo, a Ipieca menciona os CDAs como um exemplo de boas práticas da indústria do petróleo.

Modelo de sucesso

Os dez CDAs e suas 13 bases avançadas estão localizados em pon- tos estratégicos de operação da Pe-trobras no país. O de Guarulhos (SP), por exemplo, fica equidistante de quatro refinarias e no centro de um dos maiores complexos de du-tos e terminais da companhia. Ao mesmo tempo, por estar próximo do maior aeroporto do Brasil, pode rapidamente deslocar recursos para reforçar o atendimento a emergên-cias em outros pontos do país ou mesmo no exterior.

De prontidão 24 horas por dia, os CDAs contam com equipes trei-nadas, inclusive no exterior, e ope-ram com equipamentos de última geração – de embarcações e serviços de informática especializados a so-fisticados tipos de barreiras de con-tenção e absorção de óleo.

Nos planos dos CDAs estão a instalação de uma nova base avan-çada em Minas Gerais e o redimen-sionamento da base avançada de San-tos (SP). “Estamos estudando novas possibilidades face à produção do pré-sal, à instalação das novas refina-rias no Nordeste e do Complexo Pe-troquímico do Rio de Ja neiro (Com-perj) e em função do crescimento geral das atividades da companhia no país. O futuro dos CDAs, portan-to, está em permanente ajuste, acom-panhando o crescimento e o redese-nho da Petrobras”, finaliza Ricardo Azevedo.

Batizado de Mobex Amazônia 2010, o evento – um exercício si-mulado de grandes proporções – se-rá realizado pela primeira vez na América do Sul, tendo como orga-nizadores a Petrobras e a Clean Ca-ribbean & Americas (CCA), braço da Global Response Network, que tem empresas de petróleo afiliadas em todo o mundo. Do lado brasilei-ro, o objetivo do exercício será trei-nar e avaliar modelos de resposta a diferentes tipos de emergência e aci-dentes ambientais, envolvendo a participação de instituições como Marinha do Brasil, Ibama e ANP, e já visando à implementação, pelo

governo brasileiro, do Plano Nacio-nal de Contingência.

Do lado da CCA, o objetivo será demonstrar, diante de um grande si-nistro, sua capacidade de mobiliza-ção de equipamentos para atender as empresas associadas, entre as quais a Petrobras. O evento será também acompanhado por institui-ções internacionais especializadas no tema, como IMO (International Ma-ritime Organization), Ipieca (Inter-national Pe troleum Industry Envi-ronmental Conservation Association) e Arpel (Asociacion Regional de Em-presas de Petroleo y Gas Natural en Latinoamérica y el Caribe).

“Os CDAs ajudaram a criar no país uma cultura de segurança am -biental”, afirma o gerente de Articula-ção e Contingência do SMS Cor-porativo, Jayme de Seta Filho, que justifica o investimento nessa rede de proteção como uma necessidade para uma empresa que busca ser referência em responsabilidade socioambiental. “Graças aos investimen tos em pre-venção, alcançamos in dicadores inve-jáveis de segurança operacional. Mas, ao mesmo tempo, é preciso que não nos descuidemos. Ou seja, que nos mantenhamos sem pre alertas, equipa-dos e trei nados para a eventualidade de uma emergência”, completa.

Para o gerente executivo do SMS, Ricardo Azevedo, a Petrobras cons-truiu um modelo de sucesso na área de contingência que se tornou o pri-meiro e maior complexo de seguran-ça ambiental da América Latina. E a tendência, segundo ele, é que essa es-trutura venha a se reforçar ainda mais diante das perspectivas do pré-sal. “Vamos ter um aumento significati-vo em nossos volumes produzidos, transportados, refinados e entregues aos clientes, o que também aumen-tará nossa exposição ao risco. Temos, portanto, de estar preparados”.

Além de atrair para o Brasil even-tos como a Mobex – e, anteriormen-

VENEZUELA

COLÔMBIA

PERU

EQUADOR

CHILE

ARGENTINA

CENTRO DE DEFESA AMBIENTAL – CDA

CENTRO DE DEFESA AMBIENTAL – São PauloLogística Nacional/Internacional

BASE AVANÇADA

INSTALAÇÕES DA PETROBRAS NA AMÉRICA DO SULATENDIDAS PELO CDA – SÃO PAULO

POSTO AVANÇADO – PA

EMBARCAÇÃO DEDICADA – ED

PLANOS DE EMERGÊNCIA REGIONAIS

UNIDADES DE REABILITAÇÃO DA FAUNA

BOLÍVIA

Buenos Aires

Santiago

Lima

CDA – Amazônia(Manaus)

BA Belém

CDA – Maranhão (São Luís)

BA Fortaleza

CDA – Rio Grande do Norte (Guamaré)

BA Natal

CDA – Bahia (Madre de Deus)

CDA – Espírito Santo

CDA – São Paulo (Guarulhos)

BA Bacia de Campos (Macaé)

BA Baía de Guanabara (Mocanguê)CDA Rio de Janeiro (Rio de Janeiro)

Astro Ubarana

BA SantosRebelo XV

CDA Sul (Itajaí)

BA Tramandaí

BA AracajuMarati

BA Belo Monte

BA Monte Velho

PA Ladário

BA Uberaba

CDA – Centro-Oeste (Goiânia)

BA Coari

BA Urucu

BA Cruzeiro do Sul

Quito

Bogotá

Caracas

Santa Cruz de la Sierra

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I a VI

O primeiro CDA, com atuação principalmente na Baía de Guanabara, foi instalado na Reduc em setembro de 2000.

De 2000 a 2009 foram realizados 203 simulados, sendo 137 de preven-ção e 66 treinamentos. Além disso, os CDAs prestaram 58 atendimentos a terceiros e 22 de mancha-órfã (quando aparece um derrame de óleo e não é identificada a empresa causadora).

Localizados em áreas estratégicas de operação da companhia, os CDAs atuam em complementação aos planos de contingência existentes nas refi-narias, em terminais e demais unidades da Petrobras. Entre os equipamentos disponíveis nos CDAs estão balsas, barcos recolhedores, embarcações de apoio, equipamentos recolhedores de óleo, agentes biorremediadores, dis-persantes químicos e barreiras de contenção e absorção de óleo.

REDE NACIONAL DE PROTEÇÃO

Técnico do CDA instalado na Refinaria

Duque de Caxias (Reduc), na Baixada

Fluminense, testa equipamento de

recolhimento de óleo

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o objetivo do exercício será treinar e avaliar

modelos de resposta a

diferentes tipos de emergência

e acidentes ambientais

Page 11: Revista Petrobras - Mar/2010

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A FÁBRICA brasileira de FPSOs

undamentais para o desenvolvimento da produção dos reservatórios do pré-sal da Bacia de Santos, a conversão e o afretamento de duas unida-des do tipo FPSO (sigla em inglês que representa Floating, Production,

Storage and Offloading) terão um impacto positivo para a indústria nacional. Dimensionadas a partir das informações dos reservatórios e dos testes de longa duração, as duas unidades terão capacidade para produzir 120.000 barris de óleo e cinco milhões de metros cúbicos de gás por dia. Além disso, até 2016 se-rão construídas outras oito unidades idênticas entre si, constituindo uma espé-cie de produção em série e criando no país uma verdadeira “fábrica de FPSOs”.

PARTES IMPORTANTES DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO POLO PRé-SAL DA BACIA DE SANTOS, A CONVERSÃO DE DOIS NAVIOS-PLATAFORMA DO TIPO FPSO E A CONSTRUÇÃO DE OUTROS OITO “REPLICANTES” IRÃO PROMOVER O CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA NACIONAL E O SURGIMENTO DE NOVAS TECNOLOGIAS

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ÃO gração dos diversos módulos do FP-

SO, já batizado de Cidade de São Paulo, serão feitas no Brasil, com mão de obra, matéria-prima e equi-pamentos nacionais.

Da China para PernambucoNa docagem, na China, será feita

a reforma do casco, para que o navio Cidade de São Paulo tenha condições de ficar ancorado no local e produzir por 20 anos. É necessário um dique seco para serem feitas a inspeção e a troca das chapas do fundo do casco, e também a adequação para receber os módulos, e a retirada e a instala-ção de algumas estruturas que ficam abaixo da linha d’água.

Com o casco reformado, o navio viajará até Suape, em Pernambuco, onde ficará ao lado do Estaleiro Atlântico Sul. O local foi escolhido pelas empresas Schaim e Modec, que farão obras para transformar o espa-ço cedido pelo governo numa área que permita a conversão do FPSO, incluindo a qualificação da mão de obra local para dar suporte ao em-preendimento.

Integração dos módulosA montagem será toda feita no

Brasil, com mão de obra nacional. Cerca de 3.000 trabalhadores irão atuar na conversão do FPSO, a gran-de maioria vinda da região de Sua-pe e proximidades.

Num prazo estimado em 35 meses, serão instalados no casco os mó dulos de produção, geração, compressão e injeção de água. O projeto dá mostras de que o país tem plenas condições de competir em termos de preço, prazo e qualidade. O custo da unidade é bas-tante competitivo em relação à média internacional, especialmente em se tra-tando de uma uni dade complexa, com equipamentos para CO

2 e possibilida-de de injeção de água e gás, entre ou-tras especificidades.

“Estamos diante de uma unidade contratada de forma antecipada e cu-

jo prazo para conversão vai ser bas-tante curto. Além disso, o reservató-rio de Guará apresenta poços com elevado potencial de produção, capa-zes de atingir vazões de até 50.000 barris de óleo por dia. Em termos econômicos e de aquisição de infor-mações, esse Projeto Piloto será, cer-tamente, um grande sucesso”, afirma Osmond.

Próximos passosA segunda unidade afretada está

sendo contratada com o consórcio Queiroz Galvão/SBM e será instala-da em 2013 numa área de Tupi Nor-deste, no bloco BM-S-11, que tem como parceiros Petrobras, BG Group e Galp.

Os oito FPSOs, construídos em sé-rie, seguirão a mesma filosofia de con-teúdo local dos dois FPSOs afretados. Exceto pelas máquinas, equipamen-tos e obras de pequena escala, tudo mais vai ser feito no Brasil, elevando o conteúdo local para 75%. A empresa brasileira Engevix ganhou a licitação para os oito cascos.

Com a entrada em operação das duas unidades afretadas, com a pro-dução do FPSO já contratado para operar a partir de fins deste ano no Pi-loto de Tupi e mais os oito FPSOs a se-rem construídos no Brasil, no Esta-leiro Rio Grande (RS), a companhia espera superar a marca de um milhão de barris no pré-sal até 2017.

Navios adaptados para produ-zir, armazenar e transferir petróleo, as plataformas do tipo FPSO são usadas nas atividades de produção em campos de águas profundas e ul-traprofundas. Essa tecnologia, em conjunto com o conceito de comple-tação submarina de poços, é ampla-mente dominada pela Petrobras e será muito utilizada neste início de exploração do pré-sal.

A primeira das unidades afreta-das será convertida com quase 70% de conteúdo nacional e entrará em operação em fins de 2012, no Proje-to Piloto de Guará, localizado no bloco BM-S-9 da Bacia de Santos. O consórcio Schahin/Modec será o res-ponsável pela conversão da unidade, tendo assinado contrato por 20 anos com os três parceiros do bloco: Pe-trobras, BG Group e Repsol.

“Estamos estudando, aprenden-do, pensando constantemente em di-versas alternativas e considerando no-vos modelos, conhecendo cada vez melhor os reservatórios e os diferen-tes desafios do pré-sal. Neste sentido, a contribuição do Projeto Piloto de Guará é muito grande, não apenas do ponto de vista econômico, mas tam-bém pela antecipação de informações e de conhecimento, especialmente por se tratar de uma área diferente de Tu-pi e com características próprias”, in-forma Osmond Coelho Junior, geren-te de Desenvolvimento de Projetos do E&P/Pré-sal.

Somente a docagem da unidade, para reparação do casco e prepara-ção para ancoragem, será feita no exterior. A conversão total e a inte-

A Gerência de Desenvolvimento de Projetos do E&P/Pré-sal avalia que o Piloto de Guará, na Bacia de Santos, apresenta elevado potencial de produção,com poços capazes de atingir vazões de até 50.000 barris de óleo por dia. É nesse cenário que o FPSO Cidade de São Paulo vai operar a partir do fim de 2012.

ESQUEMA PILOTO DE GUARÁ

FPSO Cidade de São Paulo

Aliviador

Óleo transportado para terra por navios

Gás escoado para o Piloto de Tupi

Poços produtores

Poços injetores

Água Gás Óleo Anular

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Obra do dique seco em Rio Grande (RS): um dique do mesmo tipo será construído ao lado do Estaleiro Atlântico Sul, em Suape (PE), para a conversão do FPSO Cidade de São Paulo

A Petrobras estima que 3.000 trabalhadores vão atuar na conversão

do FPSO Cidade de São Paulo

o projeto dámostras de que o país tem plenas

condiçõesde competir

em termos depreço, prazo e qualidade

Page 13: Revista Petrobras - Mar/2010

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responde a 91% de uma produção mensal da Petrobras (veja gráfico nes-ta página). O volume adicional equi-vale à produção de uma refinaria de 87.000 barris de petróleo por dia.

A equipe Petrobras de Otimiza-ção – formada por especialistas das unidades, profissionais das diversas gerências do Abastecimento e pes-quisadores do Cenpes – levantou o potencial de cada unidade do refino para aumentar a produção de diesel e QAV ao máximo, sem grandes in-vestimentos. Foram feitas adapta-ções nas unidades e mudanças ope-racionais nos processos, respeitan-do-se os limites do projeto das insta-lações e dos equipamentos.

Em outubro de 2009, a Petrobras bateu os recordes de produção de diesel – 3.921.922 metros cúbicos – e de produção de médios – 4.275.244 metros cúbicos.

Programa estratégicoO Programa de Maximização de

Médios integra o programa corpora-tivo de Flexibilização do Refino, que visa identificar oportunidades de mu-danças no parque produtivo explo-rando a capacidade das novas unida-des de hidrotratamento (HDT) do parque de refino.

A partir de estudos de engenharia de processo e da inspeção de equipa-men tos, a companhia viu que era pos-sível produzir mais com o mesmo maquinário, aumentando a rentabi-lidade do processo. Uma unidade de hidrotratamento – tecnologia ne-cessária para que as refinarias pro-duzam diesel com baixo teor de en-xofre – projetada para trabalhar com 5.000 metros cúbicos por dia pas-sou, por exemplo, a processar 6.000 metros cúbicos de diesel, 1.000 me-tros cúbicos a mais por dia.

Algumas unidades de hidrotrata-mento projetadas para produxir die-sel com no mínimo 500 ppm de en-xofre, passaram, com mudanças nas condições operacionais, a produzir o diesel S-50, com 50 ppm de enxofre. Uma forma de aumentar a produção

foi elevar a severidade (temperatura e pressão) da unidade de hidrotrata-mento. Outra mudança foi a troca do catalisador do reator por outro mais adequado à produção de diesel com menor teor de enxofre: o ultra low sulphur diesel.

Diesel em transição Desde janeiro de 2009, a Petro-

bras passou a comercializar o diesel com 50 ppm de enxofre para abaste-cer as frotas cativas de ônibus urba-nos das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. O parque de refino está sen-do preparado para elevar, até 2013, sua capacidade de tratamento de die-sel em aproximadamente 51.500 metros cúbicos por dia, produzindo maiores quantidades de diesel de me-lhor qualidade, mudança que será de grande valia para o processamento do petróleo do pré-sal.

Em quatro anos não haverá mais o diesel com 1.800 ppm de enxofre, e terão sido investidos mais de US$ 7,6 bilhões em novas unidades para pro-dução do diesel de baixíssimo teor de en xofre (10 ppm) – compatível com pa drões europeus de qua lidade

–, que será lançado para os veículos novos em 2013, quando se espera atingir a autossuficiência na produ-ção de diesel com a entrada em ope-ração da Refinaria Abreu e Lima.

O Programa de Tecnologia do Re-fino conta ainda com um único siste-ma de informações, que permite a uniformização dos dados sobre car-gas, produção de diesel e querosene; rendimento do dia, do mês, previsto ou realizado; monitoração de opor-tunidades e da qualidade do produto certificado para venda. Foi incorpo-rado um novo modus operandi ao plano de ação do Abastecimento, que se traduz em boas práticas para pro-duzir diesel e QAV de qualidade.

Em 2009, foram destaques do pro-grama as sinergias entre as unidades Refinaria Duque de Caxias (Reduc), Refinaria Gabriel Passos (Regap), Re-finaria Henrique Lage (Revap), Refi-naria de Paulínia (Replan) e Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar); as novas estratégias operacionais para produção do diesel S-50 na Replan, na Regap e na Reduc e a instalação de uma nova tecnologia, com a troca do catalisador da Regap.

riatividade para quebrar os pa drões de produção e ino-var. Esta é a base do Progra-

ma de Maximização de Destilados Médios, implantado em 2008 em to-das as refinarias da Petrobras para au-mentar a produção e reduzir a impor-tação de diesel – principal combustível comercializado no país, utilizado prin- cipalmente no transporte de cargas e de passageiros, nas máquinas agríco-las e automotivas. “Médios” é o no me que se dá ao diesel e ao querosene de aviação (QAV), produtos que mais dependem de importação. Mensal-mente, a companhia importa 272.000 metros cúbicos de diesel e 100.000 metros cúbicos de QAV.

A partir das adaptações opera-cionais das unidades já existentes, para adequar o perfil da produção à demanda do mercado brasileiro, a produção de diesel deu um salto: o benefício acumulado já totaliza mais de três milhões de metros cúbicos e o programa foi estendido ao querose-ne de aviação.

Ganhos substanciaisDe julho de 2008 a janeiro deste

ano, com investimento quase nulo, tra-balhando apenas com a otimização das condições operacionais e com mudan-ças de cultura na busca de novas rotas de produção, a companhia elevou sua produção de diesel, contribuindo para a redução das importações.

O ganho acumulado do programa neste período foi de 3.256.095 me-tros cúbicos de diesel, ou 5.614 metros cúbicos por dia, o que cor-

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VAÇ

ÃO

INO

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ÃO PRODUzIR MAIS,

importar menosPROGRAMA PARA AUMENTAR A PRODUÇÃO DE DIESEL E DE QUEROSENE DE AVIAÇÃO INTRODUz INOVAÇõES NO PARQUE DE REFINO E REDUz A IMPORTAÇÃO DESSES PRODUTOS PELA PETROBRAS

Cpa

ulo

ro

dr

igu

es

A produção adicional corresponde à produção de uma refinaria de 87.000 barris de petróleo por dia

O ganho de julho/2008 a janeiro/2010 corresponde a 91% de uma produção mensal

GANHOS MENSAIS E ACUMULADOS DE DIESEL

jul/

2008

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94

2.592

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008

935

4.839

jan/

2009

267

5.765

Set

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8

1.063

4.553

Fev/

2009

1.898

6.119

jul/

2009

6.422

Out

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1.2425.794

Mar

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2.126

7.594

Ag

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6.257

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1.372

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2.357

7.690

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9

2.877

7.409

No

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785

4.228

Dez

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4.941

Mai

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9

5.035

jan/

2010

3.100

7.208

Dez

/200

9

jun/

2009

1.715

Out

/200

9

9.598

2.654• Ganho médio (m3/d)

• Ganho acumulado (mil m3)

3.256

467

6.3171.525

Page 14: Revista Petrobras - Mar/2010

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gENTE

“Rir está entre as três ou quatro melhores coi-sas da vida”. É assim que o analista de sistemas Henrique Fedorowicz, da TIC/IDTA/AT, define sua paixão pela comédia. Foi ela que levou Henrique aos palcos, em fins de 2007, como convidado do grupo Comédia em Pé. “Sempre toquei minha vida fazendo humor de forma natural, mas nunca considerei fazer isso profissionalmente. Até que descobri a stand-up comedy, gênero de humor em que o comediante sobe ao palco sozinho, sem recurso nenhum, somente com um microfo-ne e um texto”, conta Henrique. Ele gostou e nunca mais parou. Hoje, depois de mais de 150 apresentações, tem seu próprio grupo, o Comé-dia Carioca, com Marcos Castro e Murilo Couto, e está em cartaz dois dias por semana – sextas e sábados, às 19h – no Teatro das Artes, no Shop-ping da Gávea, no Rio. Henrique, no entanto, não descarta a possibilidade de, no futuro, atuar em peças interpretando papéis dramáticos. O desejo surgiu depois que ele passou a frequentar o cur-so de teatro O Tablado, com o objetivo de apri-morar alguns fundamentos da stand-up. “Nunca pensei em fazer teatro porque não achava que tinha jeito para isso, mas tenho gostado cada vez mais de atuar. Já fiz duas peças, e foi muito ba-cana”, conta. A mudança não assusta Henrique, que encara os desafios. Emagrecer foi um deles: em um ano, com a ajuda das nutricionistas da Petrobras, ele perdeu 50,5 quilos. Um feito tão difícil quanto pisar num palco pela primeira vez.

Os 60 quilômetros que separam a casa de Nailson de Oliveira Moura, su-pervisor de manutenção de equipamen-to de poços da UN-Seal/SOP/OM, de seu trabalho são inspiradores para este sergipano, nascido às margens do Rio São Francisco, no alto sertão, que sem-pre se encantou com a imagem. Mas somente há dois anos ele resolveu reali-zar o velho sonho de investir em foto-grafia. “No tempo da película, a fotogra-fia era um hobby muito caro”, explica. De lá para cá, comprou equipamentos, fez um curso básico e saiu a campo para fotografar. Seu olhar sempre recai so-bre a natureza ou sobre o homem e seu universo. Para isso, busca inspiração nas obras dos escritores Graciliano Ramos e Euclides da Cunha e dos fotógrafos Araquém Alcântara, Sebastião Salgado e Evandro Teixeira. Os três fotógrafos não são apenas suas referências. Nailson mantém uma rica troca de e-mails com Araquém e Evandro, que lhe têm dado importantes dicas sobre a arte de fotografar. “Estou mergulhado neste universo e minha ideia é me aprimorar ao máximo, para quando me aposentar, no fim da década, me dedicar somente à fotografia”, conta. Seus planos incluem um livro que fale do homem, da terra e de sua sobrevivência no sertão nordestino. Atualmente, tem se dedicado ao trabalho de regis-trar o bioma de uma reserva particular de Mata Atlântica, ainda completamente intocada, perto da divisa da Bahia com Sergipe. Seu trabalho pode ser visto no Flickr (http://www.flickr.com/photos/nailsonmoura).

A maturidade deu à técnica de Administração e Contro-le Henecy Alvarenga Pinheiro, lotada no E&P-CORP/SMS, a oportunidade de realizar um sonho de menina: ser mode-lo. “Desde pequena as modelos de passarela me encanta-vam. Mas nascida em Nilópolis, na Baixada Fluminense, as oportunidades para a classe média eram mínimas”, conta Henecy, que hoje, aos 56 anos, é modelo e manequim ma-turidade. Mesmo trilhando caminhos muito diferentes das modelos profissionais, Henecy não deixou de olhar para as passarelas com desejo. “Nunca achei que isso fosse acon-tecer na minha vida, mas quando a Pinah, em 1983, foi cantada como a Cinderela Negra pela escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, minha esperança reacendeu”, con-ta. Com o exemplo de Pinah, Henecy se matriculou em um curso de dança de salão para se desinibir, e em seu aniver-sário de 50 anos, apresentou-se para amigos e parentes. Mas foi em 2005 que surgiu a primeira oportunidade, com o curso para Modelo e Manequim Maturidade, do Senac. Curso concluído, Henecy começou a buscar caminhos pa-ra, enfim, realizar seu sonho de menina. Hoje, faz parte da equipe de modelos do professor Eduardo Arauju e desfila para estilistas e para uma grife de joias do Rio, participando também de desfile em um programa do SBT. Em 2009 veio a consagração, com o troféu Oscar da Maturidade, confir-mada em 2010 com a coroa de Miss RJ da Maturidade Ofi-cial e com uma moção da Câmara dos Deputados. “A ma-gia da passarela é imediata e contagiante. A Henecy alegre, mas sempre discreta e passiva, se transforma em Vida Pi-nheiro (seu nome artístico), uma modelo altiva, segura e po-derosa”, conta ela, certa de que valeu a pena correr atrás de um velho sonho.

Leitor compulsivo “desde sempre”, o en-genheiro Sérgio Carvalho Bandeira de Mello, consultor de patrocínio e propaganda da Comunicação Institucional, encontrou na

maturidade o prazer de escrever, e nos últi-mos 20 anos tem dedicado seu tempo

livre à produção de artigos, crô-nicas e romances. Ele já escre-veu seis obras – cinco delas

são narrativas do gênero poli-cial, mas carregadas de hu-mor. Gico, como é conheci-

do entre os amigos, está terminando seu sétimo li-

vro e fazendo planos para o

futuro. Ele pretende usar o período da apo-sentadoria, que está próxima, para escrever ainda mais. “Hoje eu escrevo todos os dias na hora do almoço, e quando estou preso no en-garrafamento, faço anotações em meu blo-quinho”, conta Gico, que mora na Barra da Tijuca e, assim, aproveita o tempo – bem mais de uma hora – que leva para chegar ao trabalho, no Centro do Rio. O horário de al-moço é precioso para que ele dê seguimen-to à blog-novela, As flores do tenentismo. Todos os dias, acrescenta um post à histó-ria, que pode ser acompanhada pela Internet (http://www.blog doamilcar.com.br/?cat=3). Sérgio Ban deira de Mello, que tem dois títulos editados em Portugal, vive agora a expectati-va da tradução do seu primeiro livro, O rabo do bookmaker, para o inglês.

A comédia da vida

Ela é poderosa nas passarelas

A natureza sob o filtro do olhar

A maturidade da escrita

Nailson em dois tempos: acima, no trabalho, e ao lado, fotografando com o pé na estrada

Cartaz de “Comédia Carioca”, na qual Henrique divide o palco com outros dois atores: humor na veia

Nas passarelas, Henecy se transforma

em Vida Pinheiro, uma modelo que esbanja charme

Sérgio com o último lançamento: O mistério das ânforas feníciasFo

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nde a Petrobras está presente, lá está também a TIC (Tecnologia da Informação e Telecomuni-cações), assegurando o acesso de toda a força

de trabalho aos serviços da companhia por meio de sua Rede Integrada Corporativa – RIC. E para possibilitar esse acesso nos lugares mais longínquos do país, entra em cena a Rede de Comunicação via Satélite da Petro-bras, que é parte fundamental da RIC.

Graças a essa rede, é possível disponibilizar acesso à Internet e à Intranet, voz, dados corporativos e vídeo (incluindo videoconferência), além do tráfego de auto-mação das unidades operacionais da companhia nas localidades mais distantes, como, por exemplo, cantei-ros de obras, balsas na Amazônia, plataformas maríti-mas, navios localizados na costa brasileira e estações ao longo dos oleodutos e gasodutos.

A rede via satélite da Petrobras também propicia à TIC flexibilidade e agilidade no atendimento a novas unidades e empreendimentos, permitindo a instalação e a ativação rápidas dos serviços de telecomunicações e de informática para os usuários. Além disso, a força de trabalho que atua nessas áreas remotas pode usufruir dos serviços de Internet e da rede de telefonia. Em ou-tras palavras, a rede via satélite da Petrobras é um im-portante mecanismo de integração, não só dos negócios e processos, mas também das pessoas.

Hub, a estação centralA Hub, ou concentrador, é o coração da rede. Ela

funciona como uma estação central e está instalada em Duque de Caxias (RJ), no terminal da Transpetro. A Hub é um complexo sistema formado por diversos elementos, como amplificadores de radio fre quên cia, unidades de banda básica – onde os sinais de infor-mação são transmitidos e recebidos – e a antena, que é a parte mais visível e conhecida. Essa antena tem um diâmetro de 7,6 metros e deve estar adequada-mente apontada para o satélite – no caso da Petro-bras, é o Amazonas.

A Hub tem duas funções principais: intermediar o fluxo de comunicação entre a RIC e as VSATs (veja ex-plicação a seguir) – pois todos os dados transmitidos para as localidades remotas passam pela Hub antes de chegarem a seu destino – e otimizar os recursos do sa-télite, o que ocorre por meio do compartilhamento da banda disponível com as diversas estações remotas.

Dada a importância da Rede de Comunicação via Satélite, em dezembro deste ano a Petrobras instalará sua segunda Hub. Ela ficará em Macaé (RJ) e funcio-nará como backup da Hub de Duque de Caxias, au-mentando a disponibilidade dessa rede e, consequen-temente, dos serviços que ela suporta.

Rede Integrada Corporativa - RICA Rede Integrada Corporativa da Petrobras é uma

rede privativa, formada por diversas tecnologias de te-lecomunicações, que utiliza como meios de transmissão fibras ópticas, radioenlaces ponto a ponto, circuitos alugados de operadoras públicas e também da rede de comunicação via satélite.

VSATA VSAT (Very Small Aperture Terminal) é composta

de uma pequena antena, que mede de 1,2 a 1,8 metros de diâmetro. Além da antena, uma VSAT tem um rádio transmissor e um receptor, instalados em ambiente ex-terno, e um terminal que pode agregar um roteador e que controla os sinais de comunicação.

Esse tipo de estação é instalado nas localidades re-motas e deve estar apontado para o mesmo satélite que atende à Hub.

Para utilizar antenas de menor diâmetro e menor consumo de energia, a Petrobras optou por adquirir VSATs que operam na Banda Ku, em que as frequên-cias de subida variam de 14 a 14,5 GHz e as de desci-da estão entre 11,7 e 12,2 GHz.

SatéliteLocalizado a 36.000 quilômetros da Terra, o satélite

Amazonas é o meio usado para a comunicação entre uma VSAT e a Hub. O sinal é enviado pela VSAT ao sa-télite, amplificado e transmitido à Hub, e vice-versa. Desta forma, a informação é enviada da estação remo-ta para a RIC e desta para a estação remota.

Um satélite é um artefato de alto custo, seja pela sua construção, seja pelo seu lançamento no espaço na ór-bita adequada. Em função disso, geralmente o seu uso é compartilhado por diversas empresas. Para atendimen-to à Rede de Comunicação via Satélite, a Petrobras alu-gou uma faixa de 54MHz do satélite Amazonas.

A rede em movimentoComo muitos dos satélites artificiais, o Amazonas gira

em uma órbita geoestacionária. Isso significa que ele leva 24 horas para percorrer a órbita do nosso planeta, e assim permanece relativamente estacionado em relação à Terra. Para um observador localizado na Terra, a impressão é de que o satélite está parado no espaço. Essa característica favorece as transmissões, pois as VSATs, mesmo instala-das em locais em movimento (navios e plataformas, por exemplo), estão sempre apontadas para ele.

A Rede de Comunicação via Satélite foi implantada em 2006, e desde então tem sido utilizada para atender inúme-ros clientes, principalmente a Engenharia e seus canteiros, e a Transpetro, que opera dutos e unidades offshore.28

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A GRANDE

redeSAIBA COMO FUNCIONA A REDE DE COMUNICAÇÃO VIA SATéLITE DA PETROBRAS E COMO ELA é VITAL PARA AS OPERAÇõES DA COMPANHIA DE NORTE A SUL DO PAíS

O

Feixe ampliado de fibra óptica (imagem maior), um

dos principais meios de transmissão da RIC. Nas fotos menores,

detalhes da construção e da operação em órbita

do satélite Amazonas

Foto

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Nas páginas 30 e 31, as aplicações da rede via satélite >>

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REDE DE DADOS DA PETROBRAS

PARA qUE SERVE

a rede

Canteiros de obras

Automação dutos Transpetro

Sondas e plataformas

Satélite Amazonas

Antena da Hub, a estação

central

Navios de inspeção submarina

Fotos: geraldo FalCÃo, rogério reis, eliaNa FerNaNdes e geraldo FalCÃo

get

ty im

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etrobras

EDISE EDIHB CENPES TRANSPETRO

Videoconferência: este serviço oferecido pela TIC possibilita o “encontro” em tempo real tanto entre duas pessoas (comunicação ponto a ponto) quanto de um grupo (multiponto), em que as pessoas estão em diferentes locais do Brasil.

Conexão com robôs submarinos: cada robô possui uma câmera filmadora, que é ligada a um barco de inspeção submarina onde deve haver uma VSAT instalada. quando o robô está no fundo do mar inspecionando um duto ou uma árvore de natal (conjunto de válvulas que controlam os poços submarinos), as imagens captadas por ele podem ser transmitidas via videoconferência ou Internet.

Internet: em lugares remotos, geralmente a conexão à Internet é discada, por isso a caixa da VSAT vem acompanhada de dois telefones.

Voz: a rede possibilita comunicação por telefone mais fácil e de melhor qualidade. Falando com locais distantes, os usuários não percebem interferências e ruídos.

Acesso aos arquivos e aplicativos da RIC: é possível acessar os arquivos e aplicativos da RIC e do SAP-R3 em qualquer lugar do território nacional. Para isso, só é necessária a instalação de uma VSAT.

Transmissão de dados: na videoconferência, há transmissão de dados em tempo real entre os usuários. No caso dos robôs submarinos, as imagens do fundo do mar são transmitidas como dados aos usuários.

KeystoNe/

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33

FIQUE POR DENTRO

Parte do Progra -

ma Desenvolvimen-

to & Cidadania Petro-

bras, iniciativa social

corporativa da companhia, o Programa de Voluntariado Corporativo da Petrobras

teve sua segunda etapa lançada em 17 de março. A primeira fase mobilizou mais

de 2.000 pessoas, e agora a meta é ter, até 2012, mais de 8.000 participantes ca-

dastrados e mais de 15.000 oportunidades inseridas na rede social, além de bene-

ficiar diretamente mais de 55.000 pessoas. Nesse mesmo período, o programa

pretende criar 30 comitês locais e formar mais de 2.000 voluntários nos cursos de

capacitação. A iniciativa tem como objetivo contribuir para a redução da pobreza e

das desigualdades sociais no país, e apresenta como diferencial a criação de múl-

tiplas possibilidades de engajamento, desenvolvimento e formação continuada pa-

ra os voluntários. Além de oferecer diversas formas de participação, o programa

conta com uma rede social, no site www.voluntariadopetrobras.com.br, que vai fa-

cilitar a comunicação e a mobilização entre os voluntários. Nessa nova etapa, a

ideia é fortalecer o princípio de que ninguém nasce voluntário, mas aprende a ser,

na medida em que encontra oportunidades para a participação e o exercício da so-

lidariedade, segundo o desejo e as possibilidades de cada um.

Nova etapa do Programa de Voluntariado prevê 8.000 participantes até 2012

Lucro líquido da Petrobras em 2009 foi de R$ 28,9 bilhões

ENERgÉTICASbOA lEITURA

quinto livro de ficção do

es critor norte-america-

no Dan Brown, O sím-

bolo per dido (Editora Sextante)

abor da a ma çonaria nos Estados Uni -

dos e seus vários símbolos ocultos. Ro-

bert Langdon, professor de Harvard, es-

tá de volta com seus profundos conheci-

mentos de simbologia e sua habi lidade

para solucionar problemas. Convidado

por seu amigo e mentor Peter Solomon

a dar uma palestra em Washington, ele

descobre que caiu numa armadilha,

pois não há palestra alguma e Solo-

mon está desaparecido. Ele se lança

numa corrida alucinada pelos princi-

pais pontos da capital ame ricana, des-

pertando o interesse dos leitores para

novos conhecimentos.

Adriana Gorga,

Serviços Compartilhados

/Regional Sudeste

A história de O Jogo do Anjo

(Editora Suma de Letras), de

Carlos Ruiz zafón – mesmo au-

tor de A Sombra do Vento – se

passa em Barcelona, em 1920.

David Martín é um jovem que inicia

sua carreira em uma redação de jornal,

mas seu maior sonho é tornar-se escri-

tor. Já desacreditado, recebe a propos-

ta inesperada de um homem misterioso

chamado Andreas Corelli, que lhe enco-

menda um livro um tanto polêmico e

que pode mudar o rumo da História.

Para cumprir o prometido, David Martín

enfrenta situações de suspense, investi-

gação, amor e mistério, que prendem a

atenção a cada capítulo.

julianna Delourenco,

Gerência de Imprensa

da Comunicação Institucional

Gabrielli é um dos 30 executivos mais respeitados do mundo

Em lista divulgada no dia 29 de mar -

ço pela Barron’s, revista semanal edi-

tada pelo jornal nor te-americano The Wall

Street Journal, o presidente da Petro-

bras, José Sergio Gabrielli de Azevedo,

é o único latino-americano entre os trinta

CEOs mais respeitados do mundo. Ga-

brielli aparece na listagem pelo segundo

ano consecutivo. De acordo com a revista,

foram selecionados executivos que sou-

beram manter suas companhias longe da

crise mundial da virada de 2008 para 2009

e que aproveitaram o momento para ex-

pandir negócios e fazer boas aquisições.

Em seus critérios de avaliação, a Barron’s

leva em conta o desempenho das ações

das empresas durante a

gestão dos líderes e

prefere aqueles com

mais de três anos à

frente da companhia.

A Petrobras mereceu

destaque pelo alto inves-

timento feito ao longo de 2009

e pelo crescimento de 5% na produção de

petróleo. Os trinta executivos foram lista-

dos sem ranqueamento, em ordem alfa-

bética. Ao lado de Gabrielli, foram escolhi-

dos CEOs de gigantes de diversas áreas

de negócio e diferentes países, entre elas

as norte-americanas Apple, Oracle e Ford,

e a montadora de veículos chinesa BYD.

Com a inauguração, em 26 de março,

do Gasoduto da Integração Sudeste-Nor -

deste (Gasene), o maior em extensão cons-

truído no Brasil nos últimos dez anos, o

país passa a ter uma melhor distribuição

de gás natural entre as duas regiões. De

um lado, o Sudeste, onde estão os princi-

pais campos produtores e o maior mer -

cado consumidor; de outro, o Nor deste,

que produz gás natural, mas em quanti-

dade insuficiente para permitir o cresci-

mento do mercado. Agora, o gás natural

produzido nas bacias de Campos, Santos

e Espírito Santo, importado da Bolívia ou

regaseificado no terminal de gás natural

liquefeito (GNL) da Baía de Guanabara

(RJ) pode chegar aos estados do Nordeste,

que passa a dispor de mais gás natural e

energia elétrica para sustentar seu desen-

volvimento econômico. O gasoduto tem

1.387 quilômetros, 28 polegadas e capa-

cidade para transportar 20 milhões de

metros cúbicos de gás natural por dia. Os

investimentos de R$ 7,2 bilhões geraram

47.000 empregos diretos e indiretos, e as

obras foram divididas em três trechos:

Cacimbas-Vitória (130 quilômetros), Cabi-

únas-Vitória (303 quilômetros) e Cacimbas-

Catu (954 quilômetros). Os dois primeiros

já estão prontos e em operação comercial.

O trecho Cacimbas-Catu (Gascac) foi

concluído em março.

A Petrobras divulgou em março os resultados eco-

nômicos e financeiros consolidados do 4o trimestre e

do exercício de 2009, que representam o segundo

maior lucro entre todas as companhias de capital

aberto da América Latina e dos Estados Unidos, con-

forme levantamento da consultoria Economática. A seguir, um

resumo dos principais destaques do período:

O lucro líquido de R$ 28 bilhões 982 milhões em 2009 reflete o aumento da pro-

dução e das exportações, além do eficiente gerenciamento de custos.

A produção total de petróleo e gás subiu 5% em relação a 2008, atingindo a

média de 2 milhões 526 mil barris/dia.

A exportação líquida de petróleo e derivados da Petrobras alcançou US$ 2,9 bi-

lhões, contra um déficit de US$ 980 milhões em 2008.

Em 2009, os investimentos alcançaram o patamar recorde de R$ 70 bilhões 757

milhões, com aumento de 33% em relação ao ano anterior.

Em 2009, a companhia captou R$ 74 bilhões 350 milhões com prazo médio su-

perior a 10 anos e amortizou R$ 27 bilhões 283 milhões de dívida de curto

prazo, elevando o prazo médio da dívida total em 77%, de 4,2 para 7,5 anos.

Diante do bom desempenho e do grande potencial de valorização, seu valor de

mercado chegou a R$ 347 bilhões 85 milhões em dezembro de 2009.

O resultado líquido no 4o trimestre de 2009 foi de R$ 8 bilhões 129 milhões, 11%

superior ao do 3o trimestre de 2009 e 31% superior ao do 4o trimestre de 2008.

A geração de caixa operacional aumentou 5% em relação a 2008, chegando a

R$ 59 bilhões 944 milhões, fruto da redução dos custos médios unitários, em-

bora a cotação do petróleo e de derivados tenha diminuído.

Memória cultural

Com o patrocínio da Petrobras, o

acer vo da escritora Maria Clara Ma -

chado, um dos maiores nomes do

teatro brasileiro, acaba de ser total-

mente organizado e digitalizado. São

documentos, fotos, correspondências,

prêmios e informações sobre a car -

reira e a vida da escritora e sobre o

Teatro Tablado, fundado por Maria

Clara. O material está disponível no

site http://otablado.com.br/mcm

Recorde de exportação

A Petrobras atingiu em março o re-

corde de exportação de 733.000 bar-

ris de petróleo por dia, totalizando

22,73 milhões de barris no mês. Es se

resultado superou em 113.000 barris

a marca anterior, de dezembro de

2008. Os Estados Unidos responde-

ram por 32% das exportações, se-

guidos por Índia, com 22%, China,

com 20%, Europa, com 18%, Japão

e Canadá, com 4% cada.

Comitiva holandesa

O ministro das Relações Exteriores da

Holanda, Maxime Verhagen, e o dos

Transportes, Camile Eurlings, fo ram

recebidos em 8 de abril, no Edise,

pelos diretores de Abastecimento,

Paulo Roberto Costa, e Fi nanceiro e

de Relações com Investidores, Almir

Barbassa, para discutir oportuni-

dades de parcerias envolvendo as

áreas de exploração e produção,

biocombustíveis, logística e indús-

tria naval.

Inauguração do Gasene amplia oferta de gás natural para o Nordeste

Page 18: Revista Petrobras - Mar/2010

Estão abertas desde 24 de março as inscrições para o Programa Desenvolvimen-

to & Cidadania Petrobras. Por meio do edital de seleção pública, a Petrobras vai am-

pliar os investimentos em projetos sociais em todo o país, com um total de R$ 110 mi-

lhões no período de dois anos. Uma das novidades da edição 2010 é a implantação

de um sistema de monitoramento dos projetos selecionados que permite que qualquer

pessoa possa acompanhar os resultados de cada ciclo desses projetos via Internet. A

Universidade Petrobras tem capacitado todas as instituições para abastecimento des-

se novo sistema. Segundo o gerente de Responsabilidade Social da Petrobras, Luís

Fernando Nery, a companhia tem se empenhado em democratizar o acesso ao pro-

cesso seletivo: “Esse evento marca uma ação estratégica fundamental, que é a sele-

ção pública. Essa iniciativa foi organizada de forma a garantir maior transparência do

processo. Formamos grupos de avaliadores de diversos setores da sociedade, incor-

porando visões diferentes e ga rantindo

o acesso a todas as etapas do proces-

so”, disse Nery. Outra novidade da edi-

ção 2010 é o aumento do tempo de

parceria com o projeto selecionado, de

um para dois anos. “Dessa forma, as

instituições poderão se planejar mais e

desenvolver ações com perspectivas

de médio e longo prazo, o que é fun-

damental no desenvolvimento do cam-

po social”, explicou Luís Fernando

Nery.

FIQUE POR DENTRO

ENERgÉTICAS

Programa Desenvolvimento &Cidadania Petrobras destinaR$ 110 milhões a projetos sociais

‘Fatos e dados’ recebe prêmio internacional de mídia social

O blog Fatos e Dados, da

Petrobras, recebeu o prêmio

Gold quill, da International

As sociation of Business Com -

municators (IABC), co mo a

melhor iniciativa de mídia so -

cial em 2010. O blog da Petrobras ven ceu

na categoria “Excellence”, a maior da

premiação. É a primeira vez que um blog

brasileiro recebe o prêmio da prestigiosa

instituição norte-americana de comuni-

cação corporativa, que tem 15.000 profis-

sionais associados de 70 países. Conferido

há 37 anos, o Gold quill da IABC é refe-

rência mundial no reconhecimento da exce-

lência em comunicação empresarial. Os

vencedores são escolhidos após duas

avaliações de um grupo de profissionais de

comunicação de várias partes do mundo.

O blog Fatos e Dados concorreu na divisão

“Communication Management”, categoria

“Social Media”. De acordo com a IABC, a

categoria “Social Media” compreende as

evoluções de novos instrumentos e práticas

que permitem que indivíduos e grupos

possam colaborar e compartilhar conheci-

mentos e experiências online. Estas ferra-

mentas e práticas destinam-se a engajar

públicos (interno ou externo) em diálogos,

em vez de apenas transmitir informações

em uma única direção. A cerimônia de

premiação será realizada no dia 7 de junho,

durante a Conferência Internacional da

IABC, em Toronto, Canadá.

O surfe e a natureza

Patrocinadora do Brasil Surf Pro, prin-

cipal competição do surfe nacional, a

Petrobras vai promover uma série de

ações ambientais durante as provas

do torneio no calendário 2010. Tendo

como tema central a relação entre

surfe e sustentabilidade, a companhia

levará para a areia exposições, de -

bates, mutirões de limpeza e plantio

de mudas de vegetação nativa. O

ponto de partida para todas as ações

será o espaço Ecopoint Petrobras,

que oferecerá informação e entreteni-

mento para o público e os surfistas.

S-50 para os gaúchos

O diretor de Abastecimento da Petro-

bras, Paulo Roberto Costa, formalizou

em 23 de março, em Porto Alegre, o

fornecimento do diesel S-50 às frotas

cativas de ônibus da capital gaúcha.

A Petrobras vem disponibilizando o

produto na cidade desde janeiro deste

ano. O diesel S-50 tem 50 mg/kg de

enxofre em sua composição.

Adrenalina no ar

A Petrobras é a nova patrocinadora

do Red Bull Air Race, considerada a

Fórmula 1 dos ares. A companhia

levará as cores do país para todo o

mundo no avião verde e amarelo

pilotado pelo brasileiro Adilson Kind-

lemann. O Air Race terá oito etapas

em sua temporada 2010, e uma

delas, nos dias 8 e 9 de maio, será

disputada na Enseada de Botafogo,

no Rio de Janeiro.

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Page 19: Revista Petrobras - Mar/2010

Ecológicos, limpos, renováveis, produzidos a partir da bio-

massa (matéria orgânica), os biocombustíveis podem ser usados

individualmente ou adicionados aos combustíveis convencio-

nais. Os principais são o etanol e o biodiesel, produtos de desta-

que na matriz energética brasileira.

A Petrobras vislumbra estar entre as cinco maiores produto-

ras de biocombustíveis do mundo. Uma das metas da empresa

é atingir em 2013 a produção de 640 milhões de litros de biodie-

sel no Brasil e 3,89 bilhões de litros de etanol, que serão destina-

dos ao mercado interno e externo.

Criada em 2008 para atender à demanda crescente por bio-

combustíveis, a subsidiária Petrobras Biocombustível é responsá-

vel pela produção de etanol e biodiesel – biocombustível produzi-

do a partir de diversas oleaginosas, como soja, algodão, mamona,

girassol e óleo de palma (dendê), além de sebo bovino.

O grande marco na história do etanol aconteceu na década

de 1970, quando o governo federal, buscando uma alternativa

para a redução da dependência do petróleo, implementou o Pro-

álcool – maior programa de utilização de combustível renovável

do mundo, produzido a partir da cana-de-açúcar (foto menor). A

Petrobras teve um papel fundamental no programa, disponibili-

zando o etanol em todo o território nacional.

O programa viabilizou o uso do etanol e a sua adição à gaso-

lina (atualmente na proporção de 25%), e contribuiu para que o

país, hoje o segundo maior produtor e o maior exportador de

etanol do mundo, fosse um dos primeiros a eliminar da gasolina

o chumbo tetraetila, produto altamente tóxico.

A cadeia de produção do etanol e do biodiesel proporciona a

geração de emprego e renda no campo (foto maior), contribui

para a redução de gases que provocam o efeito estufa e diminui

a importação de óleo diesel.

O meio ambiente agradece

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