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somos educados a não olhar, não perguntar, não apontar. Isso gera um adulto com uma barreira. Vo- cê é condicionado a não incomodar e acaba nem chegando perto dessas pessoas. Todos que entre- vistei deram depoimentos semelhantes : “As pes- soas desviam o olhar da gente”, “numa festa as pes- soas não conversam com a gente”, “fingem que não estamos lá”. Imagine como deve ser passar a vida inteira invisível. Essa é a principal barreira, as pes- soas perceberem que essa atitude de não invadir, essa pseudo discrição, acaba criando uma barreira, uma segregação. Então como as pessoas podem contornar essa “invisibilidade”? As pessoas precisam se colocar no lugar da outra e perceber o quanto é ruim você passar uma vida inteira despercebida. Depois, é importante perce- ber o quanto se perde em deixar de conviver com as pessoas com deficiência. São pessoas como nós, com os mesmos problemas, com as mesmas difi- culdades, obviamente ampliados pela questão físi- ca. É muito interessante você perceber outras ma- neiras que as pessoas encontram de administrar os mesmos problemas que a gente. Não estou dizen- do que toda pessoa com deficiência tem uma su- per-história de superação. Como em todo universo, existem pessoas mais e menos interessantes, mas fechando essa possibilidade você deixa de conhe- cer uma diversidade que é muito enriquecedora. A senhora disse que a convivência pode ser uma oportunidade de aprendizado. De que forma isso pode acontecer? À medida que fui fazendo a pesquisa para o livro, descobri alternativas de trabalho, softwares diferen- tes, maneiras distintas de encarar situações que as pessoas com deficiência são obrigadas a viver e en- carar que a gente nem imagina que existam. Elas são obrigadas a contornar todo tipo de situação o tempo todo. Desde o banheiro que não é acessível até a dificuldade no mercado de trabalho. É muito interessante você perceber outras maneiras de en- frentar essas dificuldades, que são comuns a todos. Quem hoje em dia não tem dificuldade no mercado de trabalho, por exemplo? Conhecer essas histórias pode nos abrir novas possibilidades, novas manei- ras de lidar com os nossos problemas. E perceber- mos que, muitas vezes, eles não são tão grandes as- sim, pois que existem pessoas em situações muito mais complicadas e que lidam bem com isso. C M Y K C M Y K A-26 A-26 Saber viver Editora: Ana Paula Macedo [email protected] 3214-1195 • 3214-1172 / fax: 3214-1155 26 CORREIO BRAZILIENSE Brasília, terça-feira, 22 de setembro de 2009 Carlos Moura/CB/D.A Press O ano era 1998, e o paulistano Billy Saga ti- nha 20 anos, muitos sonhos e a vida quase inteira pela frente. Em uma noite aparente- mente comum, o futuro do jovem mudou completamente. Uma viatura de polícia desrespei- tou o sinal vermelho atingindo em cheio a moto pi- lotada por ele. Depois de semanas internado no hospital, veio o diagnóstico: Billy não voltaria a an- dar. Na adaptação à nova vida, o jovem conheceu uma realidade complicada, com várias dificulda- des e restrições, mas que não anulava os desejos e ambições do rapaz. Ele poderia ser apenas mais um entre os mais de 30 milhões de brasileiros que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pos- suem algum tipo de deficiência. Mas o jovem deci- diu que poderia fazer a diferença. “Quando eu vi a maneira como as pessoas com deficiência são tra- tadas no Brasil, percebi que o único caminho seria lutar contra essa realidade. Ficar em casa me la- mentando não ajudaria nada”, conta, hoje aos 31 anos. Billy é um dos fundadores do movimento Su- perAção, que surgiu em São Paulo e já se expandiu para outras cidades, como Rio de Janeiro e Santa Fé, na Argentina. Desde 2002, o movimento trabalha para mudar a percepção que a sociedade tem das pessoas com deficiência. “As pessoas têm uma imagem bastante estereotipada da deficiência. Muita gente sente pe- na, acha que não temos capacidades. Nós traba- lhamos para mostrar que somos pessoas como quaisquer outras”, conta. Entre as vitórias do movi- mento, está a adaptação de praticamente toda a Avenida Paulista, em São Paulo, para permitir o acesso às calçadas para pessoas com dificuldade de locomoção. Apesar da melhoria, os desafios ain- da são muitos. “Não adianta acesso à calçada se não conseguimos en- trar nas lojas, nos restau- rantes. O que foi feito ain- da é pouco, mesmo com os avanços, a sociedade não sabe lidar com as pes- soas com deficiência.” Acessibilidade Quem compartilha da mesma opinião de Billy é Nilza Gomes, 50 anos, presidenta da Associação de Portadores de Deficiên- cia do Distrito Federal (APDDF). Para ela, as difi- culdades começam ao sair de casa: “Falta tudo. As pessoas não respeitam as poucas vagas reservadas, as filas especiais em ban- cos em geral são mais len- tas que as comuns, há poucas rampas, e as que existem muitas vezes estão fora dos padrões ideais”, enumera. Ela ajudou a fundar a APDDF há 30 anos, depois de ficar paraplégica em um acidente de carro. Se- gundo ela, um dos maiores desafios é assegurar os direitos já conquistados e lutar por outros. “A legis- lação abre muitas brechas, e as pessoas aprovei- tam. Na questão das filas especiais, por exemplo, é muito comum pessoas que levam crianças no colo unicamente para ter direito ao atendimento espe- cial”, reclama. Para Nilza, a falta de fiscalização e a desinforma- ção abrem espaço para o desrespeito. “Muitos ór- gãos e empresas procuram a associação com dúvi- das sobre como agir”, conta ela, que também é con- selheira de saúde de Taguatinga. “Aqui, tudo é ma- quiado, fazem pequenas ações e acham que o pro- blema está resolvido. As políticas ainda são muito tímidas diante do que há por fazer”, conclui. Desinformação A especialista em comportamento Claudia Ma- tarazzo mergulhou nesse universo para escrever o livro Vai encarar? — A nação (quase) invisível de pessoas com deficiência (Melhoramentos), lançado em junho deste ano. Durante meses, Claudia con- versou com diversas pessoas com vários tipos de deficiência. Segundo ela, em todas as conversas as pessoas foram unânimes: a sociedade ignora quem tem deficiência (veja entrevista ao lado). Para ela, a convivência com pessoas portadoras de deficiência pode ser muito rica para as duas par- tes. “É uma diversidade interessante, você pode aprender muito. São pessoas que têm os mesmos problemas que nós, a limitação física só os poten- cializa”, afirma, lembrando que problemas como acessibilidade ou dificuldade no mercado de traba- lho atingem a todos. Nilza lembra, porém, que, mesmo com tantos desafios, muitas conquistas já foram conseguidas. Desde 2004 , por exemplo, todos os motéis do Dis- trito Federal são obrigados a oferecerem quartos adaptados e acessíveis. A iniciativa é inédita no país, e pode ser adotada em outros estados. Vários outros direitos já foram assegurados por lei, como a reserva de mesas em restaurantes e praças de ali- mentação, caixa eletrônicos adaptados em todas as agências bancárias, atendimento especializado para deficientes visuais e auditivos em todos os hospitais, além do atendimento prioritário em am- bulatórios e emergências. A presidenta da APDDF é otimista ao analisar o futuro. “Em algumas áreas, como na preferência para o atendimento, as coisas realmente melhora- ram. Vamos continuar lutando para que tenhamos os mesmos direitos de qualquer pessoa, para que possamos levar uma vida normal, sermos conside- rados realmente cidadãos.” Unidos contra o preconceito Quando eu vi a maneira como as pessoas com deficiência são tratadas no Brasil, percebi que o único caminho seria lutar contra essa realidade. Ficar em casa me lamentando não ajudaria nada” Billy Saga, um dos fundadores do movimento SuperAção Convívio enriquecedor >> entrevista CLAUDIA MATARAZZO Não é a mesma coisa? Essa foi a pergunta que a especialista em comportamento Claudia Matara- zzo fez à amiga e vereadora de São Paulo Mara Gabrilli quando recebeu a sugestão de escrever um livro orientando como se comportar diante de pes- soas com deficiência. Durante as pesquisas, para a elaboração do livro Vai encarar? — A nação (qua- se) invisível de pessoas com deficiência, ela des- cobriu que a sociedade não sabe conviver com a diversidade, e que, na maioria das vezes, as pes- soas preferem ignorar a existência dessa parcela da população. A sociedade em geral ainda tem resistência à pessoa com deficiência? Só porque é diferente, a maioria das pessoas tem preguiça de chegar perto, de se adaptar, fica aflita. A simples presença de uma pessoa com deficiência gera uma situação de constrangimento. E, na verda- de, a convivência vai muito além disso. São 30 mi- lhões de pessoas, então não é mais uma questão de comportamento, é uma questão social mesmo. Esta sociedade não enxerga que essas pessoas têm sim uma limitação, por vezes séria, mas que não impos- sibilita o convívio social. Não são indivíduos “defi- cientes”, são pessoas “com deficiência”, ou seja, gen- te com uma limitação e não inteiramente limitada. Qual a principal dificuldade encontrada por essas pessoas no convívio social? A primeira barreira é a de atitude. É cultural. Nós Portadores de deficiência se reúnem em torno de associações e movimentos para garantir seus direitos e mudar a visão estereotipada que a sociedade tem deles Nilza Gomes criou uma associação para atender os portadores de deficiência: luta por direitos iguais www.correiobraziliense.com.br Ouça entrevista com Claudia Matarazzo Carlos Vieira/CB - 18/5/06 Leia mais sobre portadores de deficiência na página 44 »

Unidos Contra o Preconceito

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somos educados a não olhar, não perguntar, nãoapontar. Isso gera um adulto com uma barreira. Vo-cê é condicionado a não incomodar e acaba nemchegando perto dessas pessoas. Todos que entre-vistei deram depoimentos semelhantes : “As pes-soas desviam o olhar da gente”, “numa festa as pes-soas não conversam com a gente”, “fingem que nãoestamos lá”. Imagine como deve ser passar a vidainteira invisível. Essa é a principal barreira, as pes-soas perceberem que essa atitude de não invadir,essa pseudo discrição, acaba criando uma barreira,uma segregação.

Então como as pessoas podem contornar essa “invisibilidade”?

As pessoas precisam se colocar no lugar da outrae perceber o quanto é ruim você passar uma vidainteira despercebida. Depois, é importante perce-ber o quanto se perde em deixar de conviver com as

pessoas com deficiência. São pessoas como nós,com os mesmos problemas, com as mesmas difi-culdades, obviamente ampliados pela questão físi-ca. É muito interessante você perceber outras ma-neiras que as pessoas encontram de administrar osmesmos problemas que a gente. Não estou dizen-do que toda pessoa com deficiência tem uma su-per-história de superação. Como em todo universo,existem pessoas mais e menos interessantes, masfechando essa possibilidade você deixa de conhe-cer uma diversidade que é muito enriquecedora.

A senhora disse que a convivência pode ser uma oportunidade de aprendizado.De que forma isso pode acontecer?

À medida que fui fazendo a pesquisa para o livro,descobri alternativas de trabalho, softwares diferen-tes, maneiras distintas de encarar situações que aspessoas com deficiência são obrigadas a viver e en-carar que a gente nem imagina que existam. Elassão obrigadas a contornar todo tipo de situação otempo todo. Desde o banheiro que não é acessívelaté a dificuldade no mercado de trabalho. É muitointeressante você perceber outras maneiras de en-frentar essas dificuldades, que são comuns a todos.Quem hoje em dia não tem dificuldade no mercadode trabalho, por exemplo? Conhecer essas históriaspode nos abrir novas possibilidades, novas manei-ras de lidar com os nossos problemas. E perceber-mos que, muitas vezes, eles não são tão grandes as-sim, pois que existem pessoas em situações muitomais complicadas e que lidam bem com isso.

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3214-1195 • 3214-1172 / fax: 3214-1155

26 • CORREIO BRAZILIENSE • Brasília, terça-feira, 22 de setembro de 2009

Carlos Moura/CB/D.A Press

Oano era 1998, e o paulistano Billy Saga ti-nha 20 anos, muitos sonhos e a vida quaseinteira pela frente. Em uma noite aparente-mente comum, o futuro do jovem mudou

completamente. Uma viatura de polícia desrespei-tou o sinal vermelho atingindo em cheio a moto pi-lotada por ele. Depois de semanas internado nohospital, veio o diagnóstico: Billy não voltaria a an-dar. Na adaptação à nova vida, o jovem conheceuuma realidade complicada, com várias dificulda-des e restrições, mas que não anulava os desejos eambições do rapaz.

Ele poderia ser apenas mais um entre os mais de30 milhões de brasileiros que, segundo o InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pos-suem algum tipo de deficiência. Mas o jovem deci-diu que poderia fazer a diferença. “Quando eu vi amaneira como as pessoas com deficiência são tra-tadas no Brasil, percebi que o único caminho serialutar contra essa realidade. Ficar em casa me la-mentando não ajudaria nada”, conta, hoje aos 31anos. Billy é um dos fundadores do movimento Su-perAção, que surgiu em São Paulo e já se expandiupara outras cidades, como Rio de Janeiro e SantaFé, na Argentina.

Desde 2002, o movimento trabalha para mudara percepção que a sociedade tem das pessoas comdeficiência. “As pessoas têm uma imagem bastanteestereotipada da deficiência. Muita gente sente pe-na, acha que não temos capacidades. Nós traba-lhamos para mostrar que somos pessoas comoquaisquer outras”, conta. Entre as vitórias do movi-mento, está a adaptação de praticamente toda aAvenida Paulista, em São Paulo, para permitir oacesso às calçadas para pessoas com dificuldadede locomoção. Apesar damelhoria, os desafios ain-da são muitos. “Nãoadianta acesso à calçadase não conseguimos en-trar nas lojas, nos restau-rantes. O que foi feito ain-da é pouco, mesmo comos avanços, a sociedadenão sabe lidar com as pes-soas com deficiência.”

AcessibilidadeQuem compartilha da

mesma opinião de Billy éNilza Gomes, 50 anos,presidenta da Associaçãode Portadores de Deficiên-cia do Distrito Federal(APDDF). Para ela, as difi-culdades começam ao sairde casa: “Falta tudo. Aspessoas não respeitam aspoucas vagas reservadas,as filas especiais em ban-cos em geral são mais len-tas que as comuns, há poucas rampas, e as queexistem muitas vezes estão fora dos padrõesideais”, enumera.

Ela ajudou a fundar a APDDF há 30 anos, depoisde ficar paraplégica em um acidente de carro. Se-gundo ela, um dos maiores desafios é assegurar osdireitos já conquistados e lutar por outros. “A legis-lação abre muitas brechas, e as pessoas aprovei-tam. Na questão das filas especiais, por exemplo, émuito comum pessoas que levam crianças no colounicamente para ter direito ao atendimento espe-cial”, reclama.

Para Nilza, a falta de fiscalização e a desinforma-ção abrem espaço para o desrespeito. “Muitos ór-gãos e empresas procuram a associação com dúvi-das sobre como agir”, conta ela, que também é con-selheira de saúde de Taguatinga. “Aqui, tudo é ma-quiado, fazem pequenas ações e acham que o pro-blema está resolvido. As políticas ainda são muitotímidas diante do que há por fazer”, conclui.

DesinformaçãoA especialista em comportamento Claudia Ma-

tarazzo mergulhou nesse universo para escrever olivro Vai encarar? — A nação (quase) invisível depessoas com deficiência (Melhoramentos), lançadoem junho deste ano. Durante meses, Claudia con-versou com diversas pessoas com vários tipos dedeficiência. Segundo ela, em todas as conversas aspessoas foram unânimes: a sociedade ignora quemtem deficiência (veja entrevista ao lado).

Para ela, a convivência com pessoas portadorasde deficiência pode ser muito rica para as duas par-tes. “É uma diversidade interessante, você podeaprender muito. São pessoas que têm os mesmosproblemas que nós, a limitação física só os poten-cializa”, afirma, lembrando que problemas comoacessibilidade ou dificuldade no mercado de traba-lho atingem a todos.

Nilza lembra, porém, que, mesmo com tantosdesafios, muitas conquistas já foram conseguidas.Desde 2004 , por exemplo, todos os motéis do Dis-trito Federal são obrigados a oferecerem quartosadaptados e acessíveis. A iniciativa é inédita nopaís, e pode ser adotada em outros estados. Váriosoutros direitos já foram assegurados por lei, comoa reserva de mesas em restaurantes e praças de ali-mentação, caixa eletrônicos adaptados em todas asagências bancárias, atendimento especializadopara deficientes visuais e auditivos em todos oshospitais, além do atendimento prioritário em am-bulatórios e emergências.

A presidenta da APDDF é otimista ao analisar ofuturo. “Em algumas áreas, como na preferênciapara o atendimento, as coisas realmente melhora-ram. Vamos continuar lutando para que tenhamosos mesmos direitos de qualquer pessoa, para quepossamos levar uma vida normal, sermos conside-rados realmente cidadãos.”

Unidos contrao preconceito

Quando eu vi amaneira como aspessoas comdeficiência sãotratadas no Brasil,percebi que oúnico caminhoseria lutar contraessa realidade.Ficar em casa melamentando nãoajudaria nada”

Billy Saga,um dos fundadores domovimento SuperAção

Convívioenriquecedor

>> entrevista CLAUDIA MATARAZZO

Não é a mesma coisa? Essa foi a pergunta que aespecialista em comportamento Claudia Matara-zzo fez à amiga e vereadora de São Paulo MaraGabrilli quando recebeu a sugestão de escrever umlivro orientando como se comportar diante de pes-soas com deficiência. Durante as pesquisas, para aelaboração do livro Vai encarar? — A nação (qua-se) invisível de pessoas com deficiência, ela des-cobriu que a sociedade não sabe conviver com adiversidade, e que, na maioria das vezes, as pes-soas preferem ignorar a existência dessa parcelada população.

A sociedade em geral ainda tem resistência à pessoa com deficiência?

Só porque é diferente, a maioria das pessoas tempreguiça de chegar perto, de se adaptar, fica aflita. Asimples presença de uma pessoa com deficiênciagera uma situação de constrangimento. E, na verda-de, a convivência vai muito além disso. São 30 mi-lhões de pessoas, então não é mais uma questão decomportamento, é uma questão social mesmo. Estasociedade não enxerga que essas pessoas têm simuma limitação, por vezes séria, mas que não impos-sibilita o convívio social. Não são indivíduos “defi-cientes”, são pessoas “com deficiência”, ou seja, gen-te com uma limitação e não inteiramente limitada.

Qual a principal dificuldade encontrada por essas pessoas no convívio social?

A primeira barreira é a de atitude. É cultural. Nós

Portadores de deficiência se reúnem em torno de associações e movimentos para garantir seus direitos e mudar a visão estereotipada que a sociedade tem deles

Nilza Gomes criou uma associação para atender os portadores de deficiência: luta por direitos iguais

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Ouça entrevista com Claudia Matarazzo

Carlos Vieira/CB - 18/5/06

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