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Anuário 2010 visão preliminar do segmento avícola internacional em 2010

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Avaliação do segmento avícola brasileiro e mundial no dramático ano de 2009 e perspectivas para o ano de 2010. Principais produtores, importadores, exportadores e consumidores de carnes de aves

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Sobrevivinconseqmeio amque o cranos,  beprodutoranuncia‐carnes de

AmpliandAmérica crescimecorrespo

                  1 Elaboradoupdated D2 Consideroparticular d3 Entre 198564,4% e 3

Vis

                      

emos a 200qüentes  só  vmassada, unsescimento deirando  a  esres mundiaisse com umae aves (cf.Gr

do o espectrCentral, graento da prodondente a ma

                       o por ODConsuEZ 2009.xlsx o que a avicultdesenvolvimen85 e as previsõ357,0% 

 

são Prelimina

                       

9, onde os aviam  seus  ins quantos arde carnes destagnação,  és de carnes a retomada,ráfico 1). 

ro da análiseças principadução avícolaais do dobro

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             Osler osler@odco

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e para o períl e respectiva entre as pro do crescim

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Gráfico 1 

íodo que comvamente ao rincipais reg

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a Faostat e do 

60, mas é a pam genética, nutvícola brasileira

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mais uma ve que estamfunciona e aentre os m

m  ano  em  qções em surescimento 

meça em 19Brasil e ao Miões do munmundial.  

Food Outlook 

artir de 1985 qtrição, sanidada e mexicana c

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vez o fim domos  saindo a viagem coais discretosue  alguns  das produçõede 2,5% na 

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 mundo, e ocom a  latarntinua. Ainds dos últimodos  principaes. Para 201produção d

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 As Américas concentram 43% da produção mundial de carnes de aves e nela se situam o primeiro produtor mundial (Estados Unidos), o quarto (Brasil), o sexto (México) e o décimo (Argentina) 

Tabela 1 

 

Gráfico 2 

Segue‐lhe a Ásia, e aí vocês seguramente pensarão que é devido ao Planeta China, o que é justo em números absolutos, mas incorreto do ponto de vista de índice de dinamismo.  

Entre 1995 e 20075, a produção avícola asiática cresceu 76,6%. Dos 47 países da região, 20 tem um crescimento acima dessa média. A China com seus 49,5% da produção da região é a locomotiva,  mas  vários  países  têm  apresentado  crescimentos  significativos  na  região. Mesmo  com  esse  crescimento,  sobretudo  entre  aqueles  de maior  população,  o  nível  de 

                                                            4 Idem ao #1 Poultry production per continente 85‐10.xlsx 5 Sou obrigado a só considerar o período a partir de 1995 na medida em que em 1985 países como a Armênia, Azerbaijão, Geórgia, Cazaquistão, Quirquistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão ainda faziam parte da URSSindaia  

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 consumo per capita de carnes de aves ainda é pouco significativo, o que  indica que outros países serão os vetores de uma expansão continuada da produção, consumo e  importação de carnes de aves na região que acumulará o grande crescimento demográfico até 2050. 

Tabela 2 

                                                            6 Elaborado por ODConsulting com base em dados da FAOSTAT. Poultry production per continente 85‐10.xlsx 

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 É interessante observar que a Europa, que historicamente vem perdendo terreno, registra em 2009 um ganho de participação na produção mundial de carnes de frango, mantendo seus 16,8% em 2010.    

Gráfico 3 

Essa progressão se deve principalmente aos países não comunitários (Tabela 3), enquanto a União  Européia,  apesar  do  aumento  do  número  de  países  membros,  perde  terreno  e participação no total da produção européia 

Tabela 3 

 

 

 

 

                                                            7 Elaborado por ODConsulting com base em dados da FAOSTAT para o período de 1985 a 2007 e no Food Outlook dez 09 para os dados e projeções de 2009 e 2010. Poultry production per continente 85‐10.xlsx 8 Idem #7 

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 Gráfico 4 

Para  efeitos  de  referência,  a  Tabela  4  lista  a  produção  de  carnes  de  aves  em  países selecionados, seja para os dados estimados de 2009 como a previsão para 2010. Prevê‐se que  o  Brasil  responderá  com  10,64%  da  produção mundial,  com  10,196 milhões  de  tm, número bem modesto quando  consideramos que  já em 2008  teríamos produzido 11,424 milhões de toneladas de carnes de aves10, 11.  

Guardaremos,  entretanto  os  dados  da  FAO‐Giews  para  permitir  comparação  com  outros países. Só há uma coisa pior que dados susceptíveis de serem corrigidos ao longo do tempo: ‐ a ausência de dados e é com profundo pesar e preocupação que registramos que a UBA recentemente  interrompeu  a  publicação  de  seus  dados.  Aparentemente,  tal  decisão  foi adotada por pressão de associados que acreditam na máxima que vigorou até os anos 50 – o  segredo  é  a  alma  do  negócio,  quando  todos  os  modernos  gurus  de  administração preconizam  a  informação  e  transparência  como  estando  no  núcleo  das  atividades  de 

                                                            9 Idem #7 10 Fonte: UBA Relatório 2008, páginas 39, 48 e 53. A produção de frangos foi de 10.966.072, a de perus de 456.055 e a de patos/marrecos de 1.962, todas estas cifras expressam milhares de toneladas. Não há dados oficiais sobre a produção de codornas, galinha d’angola, faisões,  11 Tais discrepâncias não são inabituais e se corrigem com os anos, sendo que atualmente poderíamos dizer que os dados de 2006 são praticamente consolidados e os de 2007 precisos a mais de 90%. Manter um banco de dados da dimensão do FAOSTAT, compreendendo centenas de produtos e dados relativos a >200 países é uma tarefa hercúlea. O banco de dados do USDA costuma ser mais preciso para os anos em curso ou recentes, mas por outro lado apresenta a inconveniência de cobrir um número bem menor de países.  

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 sucesso. Digo aparentemente, pois quando não se tem  informação  lavra‐se o campo  fértil da especulação, do achismo e das teorias esdrúxulas. Na ausência dos fatos e dados, é lícita qualquer  coisa  que  os  substituam.  Temo  que  os  protecionistas,  permanentemente  de plantão,  infelizes com a produção brasileira de 10,2 milhões de  toneladas e  infelicíssimos quando souberem que ela é na realidade de 11,4 milhões de toneladas, possam usar tal fato como argumento para sua falta de argumentos.  

Tabela 4 

12 

                                                            12 Elaborado por ODConsulting com base em dados do Food Outlook dez 09 para 2009 e 2010 ‐ Poultry meat Food Outlook dez 09.xlsx 

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 A grande vítima da crise de 2009 foi na realidade o comércio internacional de carne de aves. Caíram  os  volumes  negociados  para menos  de  10 milhões  de  toneladas  e  os  principais exportadores mundiais  de  carnes  de  aves  sofreram  em  2009  com  a  baixa  das  cotações internacionais devido à  retração dos principais mercados exportadores. O Brasil, principal exportador  mundial  de  carnes  de  aves,  cominou  preços  menores  com  um  dólar desvalorizado e o real valorizado (sobrevalorizado???). Apesar desse cenário catástrofe, as exportações brasileiras retomaram no  final de 2009, o que é de  tirar o chapéu à visão de largo prazo dos empresários brasileiros e a confirmação que liderança sustentável não vem da fada madrinha ou do gênio da lâmpada, alguns(mas) encontráveis em Brasília de terça à quinta, mas de estratégias e processos de gestão. 

Tabela 5 

 

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 13 

Os Estados Unidos, co‐líder na exportação de carnes de aves, apresentava até outubro de 2009 uma redução de 4% em seu volume de exportações. A CEE também registrava perdas em suas exportações e a Tailândia prosseguia com seu processo de recuperação. 

Do ponto de vista dos  importadores, consolida‐se a China como a grande  importadora de carnes de aves, processo que se acentua a partir de 2006 quando o país sofreu os impactos da  redução da produção de  carne  suína, a mais consumida, devido a episódios  sanitários que obrigaram ao sacrifício de matrizes e uma redução considerável na produção.  

Na Tabela 6 foi separada a China Continental e Hong Kong para uma melhor avaliação. Hong Kong sempre foi grande importador de carnes em geral e parcela significativa dos volumes era  re‐exportado  para  a  China  Continental.  Tais  re‐exportações  eram  conduzidas  sob  a forma de comércio de  formigas e constituiu uma  fascinante experiência para aqueles que tiverem o privilégio de  testemunhá‐lo. Hoje  a China Continental  importa diretamente de diferentes fontes, sem que haja cessado o tradicional comércio de formigas.  

Defendo a tese de que a China inevitavelmente continuará como compradora de alimentos no  futuro, principalmente de carnes, produtos que  requerem grande quantidade de água em sua produção. A China carece de terras aráveis e de água para satisfazer a migração da dieta de sua população para maior ingestão de proteínas animais. O país acumula reservas consideráveis  que  poderão  ser  investidas  na  compra  de  terras  aráveis  em  países  com disponibilidade  de  água.  Buscarão  fazê‐lo  principalmente  na  costa  oriental  africana  pela facilidade  logística, mas  dificilmente  ignorarão  empresas  situadas  em  países  de  tradição exportadora de alimentos, onde a compra de 1/5 do capital é suficiente para garantir que a China  figure  sempre  nas  estratégias  de  exportação  da  empresa.  Esse  processo  deverá alcançar  o  Brasil,  sobretudo  agora  que  aqui  se  formam  empresas  globais  no  segmento protéico animal. 

 

Tabela 6 

                                                            13 Idem #12 

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14 

Acredito que há razões para otimismo em relação ao comércio  internacional de carnes de aves em 2010. O processo de  recuperação de preços observado no  segundo  semestre de 2009  deve  se  manter  em  2010,  sem  que  possamos  esperar  a  repetição  das  cotações recordes  de  2007  e  parte  de  2008. Os  volumes  comercializados  voltarão  a  crescer, mas lembrando sempre que os anos mágicos se acabaram. O crescimento se situará entre 1,8% e 2,0% devido principalmente a uma demanda ainda não de todo recuperada principalmente entre países desenvolvidos. 

                                                            14 Idem #12 

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 O protecionismo  seguirá exacerbado pelos  impactos da  crise na demanda e produção de alguns dos principais importadores. As quotas russas seguirão ao sabor da política daquele país  de  estimular  sua  produção  doméstica.  Ucrânia  será  severa  em  suas  posturas protecionistas e Estados Unidos e Brasil terão aí uma questão comum a equacionar. Japão deverá  se adaptar à queda de  sua demanda. A própria China poderá  flexibilizar menos o acesso a  seu mercado devido à  recuperação da produção doméstica de carne  suína, mas mantenho  a  afirmação otimista que  fiz em  relação  ao Planeta China. E a CEE  seguirá  sua maratona protecionista, devido a alguma razão perfeitamente explicável, mas raramente justificável. 

Sou otimista em relação à continuidade das exportações brasileiras. Estados Unidos deverão vender menores volumes a melhores preços e aproveitar a recuperação do mercado mexicano. Tailândia e Argentina seguirão expandindo suas exportações.  

Para uma visão preliminar creio  termos o  suficiente. Sei que alguns  leitores gostariam de uma abordagem sobre a BRF, a agressiva expansão da Marfrig e uma discussão sobre se a JBS deverá complementar sua expansão no segmento de carnes de aves adquirindo alguma empresa no Brasil, mas essas questões ficarão para um artigo futuro. 

Como toda a crise, a de 2008/2009 ainda trará conseqüências, pois algumas empresas saem dela mais ressentidas que outras. Como o processo de concentração da indústria está longe de estar acabado, 2010 deverá aportar novas aquisições.  

Em breve, 2010 será um ano de retomada dos negócios, sem mágicas, mas sem anúncios de catástrofes, até porque o fim do mundo está agora adiado para 2012.