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Inicio: 7 de Novembro de 1896;
Término: 5 de Outubro de 1897;
Local: Interior do Sertão baiano;
Motivo: as graves crises econômicas e sociais
em que se encontrava a região naquela época,
as secas cíclicas, o desemprego e também uma
onda de crença na salvação milagrosa dos
cidadãos daqueles arredores, influenciados por
um revolucionário chamado Antônio
Conselheiro.
ANTONIO CONSELHEIRO Tido como um dos mais influentes líderes da Guerra
de Canudos, Antônio Conselheiro foi um homem que acreditava piamente na salvação e sonhava com um Brasil justo para com as suas regiões.
Durante a sua infância, pôde receber uma educação ampla e com o passar dos anos ele foi ganhando perspectivas maiores sobre o sertão e as suas contrariedades. Ao se mudar para Canudos em 1893, Antônio iniciou uma pregação religiosa que defendia o cristianismo primitivo.
Em geral, ele defendia que os homens deveriam se livrar das injustiças e opressões das quais eram impostos a aturar, buscando sempre a superação dos problemas de acordo com os valores da religião Cristã.
Desde o início, autoridades eclesiásticas e
setores dominantes da população viam na
renovação social e religiosa de Antônio
Conselheiro uma ameaça à ordem estabelecida.
Em 1876, autoridades lhe prenderam alegando
que ele havia matado a mulher e a mãe, e o
enviaram de volta para o Ceará. Depois de solto,
Conselheiro se dirigiu ao interior da Bahia. Com o
aumento do seu número de seguidores e a
pregação de seus ideais contrários à ordem
vigente, Conselheiro fundou – em 1893 – uma
comunidade chamada Belo Monte, às margens do
Rio Vaza-Barris.
Consolidando uma comunidade não sujeita ao
mando dos representantes do poder vigente,
Canudos, nome dado à comunidade por seus
opositores, se tornou uma ameaça ao interesse
dos poderosos. De um lado, a Igreja atacava a
comunidade alegando que os seguidores de
Conselheiro eram apegados à heresia e à
depravação. Por outro, os políticos e senhores de
terra, com o uso dos meios de comunicação da
época, diziam que Antônio Conselheiro era
monarquista e liderava um movimento que
almejava derrubar o governo republicano,
instalado em 1889.
Incriminada por setores influentes e poderosos da sociedade da época, Canudos foi alvo das tropas republicanas. Ao contrário das expectativas do governo, a comunidade conseguiu resistir a quatro investidas militares. Somente na última expedição, que contava com metralhadoras e canhões, a população apta para o combate (homens e rapazes) foi massacrada. A comunidade se reduziu a algumas centenas de mulheres, idosos e crianças. Antonio Conselheiro, com a saúde fragilizada, morreu dias antes do último combate. Ao encontrarem seu corpo, deceparam sua cabeça e a enviaram para que estudassem as características do crânio de um “louco fanático”.
Livros:
Os Sertões – Euclides da Cunha
A Guerra Do Fim Do Mundo –Mario Vargas Llosa
Belo Monte : Uma História Da Guerra De Canudos - Mario Maestri
Imagens:
Guerra de Canudos
Hercoles Mateus –11
Rosane Cadena -20