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Anteprojeto de Lei Fixa o efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Estado e dá outras providên- cias. O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte: Art. 1º - O efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Estado é fixado em 6.607 (seis mil seiscentos e sete) cargos de servidores militares, entre Oficiais e Praças, assim distribuídos: I - Oficiais: a) Quadro de Oficial Bombeiro Militar (QOBM): - 12 Coronéis; - 28 Tenentes-Coronéis; - 83 Majores; - 95 Capitães. b) Quadro Técnico Bombeiro Militar (QTBM): - 396 Primeiros-Tenentes. II - Praças: a) Quadro de Praça Especial Bombeiro Militar (QPEBM) - Até 200 alunos Oficiais; b) Quadro de Praça Bombeiro Militar (QPBM) - 998 Primeiros-Sargentos; - 1561 Segundos-Sargentos; - zero Terceiros-Sargentos; - 3434 Soldados. § 1º O Efetivo previsto nesta Lei de Fixação é baseado em critérios técnicos estabelecidos para o CBMRS. § 2º - Fica asseguradoo estabelecido pelo § 4º artigo 57-A das Disposições Constitucionais Transitórias, alterada pela Emenda Constitucional 067 de 17 de junho de 2014. Art. 2º - Os integrantes do Quadro Especial a que se refere o § 1º do art. 232 da Lei nº 7.356, de 1º de fevereiro de 1980, serão escolhidos dentre os coronéis da ativa do Quadro de Oficiais de Estado-Maior da Brigada Militar e do Quadro de Oficiais Bombeiros Militares do Corpo de Bombeiros Militar, nomeados Juízes Militares para a composição do Tribunal Militar do Estado. Art. 3º - As Praças Especiais não estão computadas no total do efetivo, sendo consideradas até o limite máximo, e os respectivos totais serão fixados anualmente por ato do Comandante- Geral do Corpo de Bombeiros Militar do RS.

Proposta CCB - Lei de fixação de efetivo do CBMRS

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Page 1: Proposta CCB - Lei de fixação de efetivo do CBMRS

Anteprojeto de Lei

Fixa o efetivo do Corpo de Bombeiros

Militar do Estado e dá outras providên-

cias.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do

Estado, que a Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:

Art. 1º - O efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Estado é fixado em 6.607 (seis mil

seiscentos e sete) cargos de servidores militares, entre Oficiais e Praças, assim distribuídos:

I - Oficiais:

a) Quadro de Oficial Bombeiro Militar (QOBM):

- 12 Coronéis;

- 28 Tenentes-Coronéis;

- 83 Majores;

- 95 Capitães.

b) Quadro Técnico Bombeiro Militar (QTBM):

- 396 Primeiros-Tenentes.

II - Praças:

a) Quadro de Praça Especial Bombeiro Militar (QPEBM)

- Até 200 alunos Oficiais;

b) Quadro de Praça Bombeiro Militar (QPBM)

- 998 Primeiros-Sargentos;

- 1561 Segundos-Sargentos;

- zero Terceiros-Sargentos;

- 3434 Soldados.

§ 1º – O Efetivo previsto nesta Lei de Fixação é baseado em critérios técnicos estabelecidos

para o CBMRS.

§ 2º - Fica asseguradoo estabelecido pelo § 4º artigo 57-A das Disposições Constitucionais

Transitórias, alterada pela Emenda Constitucional 067 de 17 de junho de 2014.

Art. 2º - Os integrantes do Quadro Especial a que se refere o § 1º do art. 232 da Lei nº 7.356,

de 1º de fevereiro de 1980, serão escolhidos dentre os coronéis da ativa do Quadro de Oficiais

de Estado-Maior da Brigada Militar e do Quadro de Oficiais Bombeiros Militares do Corpo

de Bombeiros Militar, nomeados Juízes Militares para a composição do Tribunal Militar do

Estado.

Art. 3º - As Praças Especiais não estão computadas no total do efetivo, sendo consideradas

até o limite máximo, e os respectivos totais serão fixados anualmente por ato do Comandante-

Geral do Corpo de Bombeiros Militar do RS.

Page 2: Proposta CCB - Lei de fixação de efetivo do CBMRS

2 Art. 4º - Quando o percentual mínimo de provimento de vagas corresponderem à fração do

respectivo posto ou graduação, a referida fração será computada como se vaga fosse para os

fins de provimento.

§ 1º - As promoções no Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul ocorrerão nos dias

1º de Março e 20 de Setembro de cada ano.

Art. 5º - Ficam estabelecidos os critérios para fixação de efetivo das unidades de Bombeiros

Militares do RS, os quais abrangerão:

a) O efetivo administrativo;

b) O efetivo de combate à Incêndio;

c) O efetivo de prevenção contra incêndios;

d) O efetivo de busca e salvamento;

e) O efetivo de defesa civil;

§ 1º - Adotam-se como critérios para os municípios que já possuem Corpo de Bombeiros Mi-

litar as seguintes proporcionalidades:

I- Nos municípios cuja guarnição seja composta exclusivamente por militares estadu-

ais, cuja população seja superior a 50.000 (cinquenta mil) habitantes, será utilizado

o critério de fixação de efetivo de um bombeiro para cada 2.000 (dois mil) habitan-

tes;

II- Nos municípios cuja fração de bombeiro militar esteja distante entre 25 km (vinte e

cincoquilômetros) e 50 km (cinquenta quilômetros) de distância de apoio de outra

fração de Bombeiro Militar, será utilizado o critério de fixação de efetivo de um

bombeiro para cada 1750 (um mil setecentos e cinquenta) habitantes;

III- Nos municípios cuja fração bombeiro militar esteja distante a mais de 50 km (cin-

quenta quilômetros) de distância de apoio de outra fração de Bombeiro Militar, ou

sendo sedes de Companhia de Bombeiros Militar ou equivalente, ou ainda com

população inferior a 100.000 (cem mil) habitantes será utilizado o critério de fixa-

ção de efetivo de um bombeiro para cada 1500 (um mil de quinhentos) habitantes,

não se admitindo menos de 32 (trinta e dois) militares estaduais para o cumprimen-

to de escala;

IV- Todas as frações de bombeiros militares serão acrescidos de 01 bombeiro militar

para cada 12.000 (doze mil) habitantes, para a composição do efetivo das ativida-

des de prevenção contra incêndio, prevendo-se um mínimo de dois servidores para

a fração;

V- Fica estabelecido o efetivo mínimo de uma fração militar de 25 (vinte e cinco)

Bombeiros Militares, para os casos em que o resultado da relação de bombei-

ros/habitantes seja inferior a 25 militares estaduais, acrescendo-se o quantitativo

necessário para administração, prevenção contra incêndios e busca e salvamento;

VI- O cálculo previsto para a administração do Comando do Corpo de Bombeiros Mi-

litar será baseado em 1% (um por cento) do efetivo total da corporação, nunca in-

ferior a 55 (cinquenta e cinco) militares estaduais. Para a administração dos Co-

mandos Regionais de Bombeiros será baseado o cálculo em 5% (cinco por cento)

do resultado da soma do efetivo de combate a incêndios e de prevenção contra in-

cêndios da respectiva área, observando-se os limites mínimos de 25 (vinte e cinco)

e máximo 40 (quarenta) Bombeiros Militares;

VII- O cálculo previsto para a administração dos Batalhões de Bombeiros Militar ou

equivalente será baseado em 4% (quatro por cento) do resultado da soma do efeti-

vo de combate a incêndios e de prevenção contra incêndios da respectiva área de

responsabilidade, observando-se os limites mínimos de 15 (quinze) e máximo 25

(vinte e cinco) Bombeiros Militares;

Page 3: Proposta CCB - Lei de fixação de efetivo do CBMRS

3 VIII- O cálculo previsto para a administração das demais frações de Bombeiros Mi-

litares será baseado em 7% (sete por cento) da soma do efetivo das atividades ope-

racionais da respectiva área de responsabilidade.

§ 2º - Nos municípios que possuem Corpo de Bombeiros Misto, será utilizado o critério de

fixação de efetivo de um bombeiro para cada 3000 (três mil) habitantes, observando-se o mí-

nimo de 15 militares estaduais, acrescendo-se o efetivo necessário para a administração e pre-

venção contra incêndios.

Art. 6º - A guarnição mínima prevista para compor uma guarnição de serviço de socorro em

municípios sedes de Sub Unidades ou equivalentes e aquelas distantes mais de 50 km (cin-

quenta quilômetros) de apoio, será de 08 (oito) bombeiros militares, sendo 03 (três) para

compor a guarnição de viatura Auto Bomba Tanque, 02 (dois) para a guarnição de viatura

Auto Tanque para apoio, 02 (dois) para compor efetivo de resgate e 01 (um) responsável pela

sala de operações.

Parágrafo único – Será admitida a composição de somente 04 (quatro) bombeiros militares

para compor uma guarnição mínima de combate à incêndio, 02 (dois) para a viatura de resgate

e 01 (um) responsável pela sala de operações, quando existir apoio de outra guarnição a me-

nos de 10 (dez) minutos de deslocamento.

Art. 7º - A implementação do efetivo previsto nesta lei ocorrerá através da oferta anual de

vagas em um percentual de 20% do claro existente, desde que não ultrapasse a capacidade de

formação da Academia de Bombeiros Militar.

Parágrafo único – Depois de completado o efetivo previsto nos termos do caput deste artigo,

a recomposição permanente do efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio

Grande do Sul ocorrerá através de oferta de vagas anuais para o curso de formação de solda-

dos as quais serão estabelecidas computando-se o numero de evasão de militares da institui-

ção no ano anterior, acrescidos de 100.

Art. 8º - A revisão da fixação do efetivo para o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio

Grande do Sul será realizada no ano subsequente após a edição do censo oficial do Brasil.

Parágrafo único – A criação de novas frações deverá ser acompanhada do correspondente

aumento do efetivo previsto, de acordo com esta Lei.

Art. 9º - As despesas decorrentes da execução da presente Lei correrão à conta de dotações

orçamentárias próprias.

Art. 10 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 11 - Revogam-se as disposições em contrário, devendo o efetivo de praças previsto nesta

Lei para 2014 ser deduzido do efetivo previsto na Lei nº 10.993, de 18 de agosto de 1997 atu-

alizada até a Lei 13.970, de 12 de abril de 2012.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 20 de setembro de 2014.

Tarso Genro – Governador do Estado