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Arte e Design no trabalho de Guto Lacaz Design and art in Guto Lacaz’s work Barbosa, André Heib; Universidade Anhembi Morumbi [email protected] Oliveira, Diego Cardoso de; Universidade Anhembi Morumbi [email protected] Djeri, Leonardo; Universidade Anhembi Morumbi [email protected] Morais, Leslie; Universidade Anhembi Morumbi [email protected] Lewczuk, Marcel Heitor; Universidade Anhembi Morumbi [email protected] Neto, Rosalvo Cardoso; Universidade Anhembi Morumbi [email protected] Carrubba, Salvatore; Universidade Anhembi Morumbi [email protected] Fabrrini, Thiago Nicodemus; Universidade Anhembi Morumbi [email protected] 1

Artigo: Arte e Design no trabalho de Guto Lacaz

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Esse artigo tem como objetivo apresentar aspectos da relação arte e design, trazendo suas definições, antecedentes históricos e discussões contemporânea. Propomos uma reflexão sobre o tema tendo como base a análise do trabalho do designer e artista plástico Guto Lacaz.

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Arte e Design no trabalho de Guto Lacaz

Design and art in Guto Lacaz’s work

Barbosa, André Heib; Universidade Anhembi Morumbi

[email protected]

Oliveira, Diego Cardoso de; Universidade Anhembi Morumbi

[email protected]

Djeri, Leonardo; Universidade Anhembi Morumbi

[email protected]

Morais, Leslie; Universidade Anhembi Morumbi

[email protected]

Lewczuk, Marcel Heitor; Universidade Anhembi Morumbi

[email protected]

Neto, Rosalvo Cardoso; Universidade Anhembi Morumbi

[email protected]

Carrubba, Salvatore; Universidade Anhembi Morumbi

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Fabrrini, Thiago Nicodemus; Universidade Anhembi Morumbi

[email protected]

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Resumo

Esse artigo tem como objetivo apresentar aspectos da relação arte e design,trazendo suas definições, antecedentes históricos e discussões contemporânea.Propomos uma reflexão sobre essa importância tendo como base a análise dotrabalho do designer e artista plástico Guto Lacaz.

O humor e a provocação inerentes ao seu trabalho abrem um espaço lúdico querompe com regras rígidas, aproximando arte e design.

Com base nessa pesquisa projetamos uma peça hipermidiática on-line e umapeça gráfica que exploram de forma lúdica a relação arte e design através deelementos do trabalho de Lacaz como: humor, uso de metáforas e idéiassintetizadas.

Palavras-chave: Guto Lacaz - Arte Design

Abstract

This article has objective present aspects of the relation of the art an design,bringing on this historical definitions, antecedents and quarrellscontemporaries. We consider a reflection on this importance having as baseanalyzes it of the work a designer and plastic artist Guto Lacaz.

The provocation and the mood inherents to it´s work, open a playful space thatbreaches with ridig rules, approaching art and design.

A with base in the research we project a one hypermidiatic work on-line andone graphic work that explore of playful form the relation art and design troughelements of the work of Lacaz: mood, use of metaphors and synthetics ideas.

Keywords: Guto Lacaz – Art Design

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Arte e Design – A Proximidade Por Uma Criação Mais Completa

A arte sempre esteve associada à sociedade e ao seu desenvolvimento, ora sobo aspecto social, ora sob o aspecto econômico, ora sob o político. Portanto, nãopode ser considerada como algo rígido, mas sim inconstante e movente. A artepôde muitas vezes refletir o pensamento da sociedade e outras vezes fazê-larefletir sobre, estando ainda, presente e associado a ela.

“A arte nunca foi algo distinto dos produtos surgidos da mãodo homem, nunca foi eterna nem foi estabelecida de uma vezpor todas. Suas formas, seu significado social, seus meios eseus objetivos foram se modificando à medida em quemudavam as técnicas e os sistemas econômicos, sociais epolíticos que condicionavam as diversas fases dodesenvolvimento da sociedade (...) Como todos os fenômenossociais, (A arte) é produto da atividade humana, condicionadaportanto ao ambiente técnico e ergonômico onde nasceu e sedesenvolveu.” (BRITO APPUD VILLAS-BOAS , 1998, p. 65)

A produção seriada trazida pela Revolução Industrial foi um verdadeiro marcopara história da arte e, posteriormente, do design.

“A primeira Revolução Industrial, já no séc. 18, rompe com estevínculo ao separar arte e técnica. A lei da produtividade é estendidaa todas as práticas sociais, que passam a ser geridas por um crescenteprocesso de abstração e racionalização. A produção de objetosestéticos torna-se necessária e obrigatoriamente distinta da produçãode objetos de uso, porque a própria lógica capitalista exige adistinção entre trabalho manual e trabalho intelectual. Ou seja: aspráticas de execução (técnicas manuais ou instrumentais) passam ase distinguir das práticas de concepção (ciência e arte). A arte perdiaassim suas possibilidades de intervenção na produção.” (VILLAS-BOAS, 2000, p. 58)

Se por um lado o desenvolvimento tecnológico tornou possível, gradualmente,a substituição do trabalho manual pelo trabalho mecanizado, melhoria nosíndices de produtividade, redução de custos e aumento dos lucros, por outro, onível de qualidade de criação dos produtos e acuidade em sua execuçãodiminuíram, tornando propício o terreno para o as idéias e pensamentos do quemais tarde seria conhecido como do Movimento Arts and Crafts na Inglaterrado séc. XIX.

“A associação que o movimento Arts and Crafts estabeleceu entre otrabalho manual e a boa qualidade dos produtos foi determinantepara o futuro ensino do design” (NIEMYER, 2000, p.33)

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John Ruskin e Willian Morris, representantes do movimento, intentavamformular um sistema que introduzisse no campo da produção em série umequacionamento estético em contraposição à massificação industrialconseqüente da produção em larga escala, marcada pelo capitalismo. Podemosdizer que Morris, em pleno fervor industrial, intentava uma revalorização dasartes e dos ofícios, união da atividade manual e iluminação espiritual,reabilitação do artista-artesão e retorno aos valores da Idade Média, onde oartesão detinha todas as etapas do processo produtivo, propondo aacessibilidade da arte a todos. Contudo, observamos que esse ideário de Morristornava-se controverso, conforme nos elucida Niemeyer:

“Havia uma profunda antinomia na doutrina de Morris. Se por umlado ele perguntava que sentido teria arte se não pudesse seracessível a todos, por outro, ele propunha um regresso às condiçõesde produção medievais, que determinavam uma produção de bensestilizados. Ao se negar a adotar os recursos tecnológicos da suaépoca, se restringindo a empregar as mesmas ferramentas de séculosatrás, Morris fazia com que seus produtos fossem caros – acessíveis,portanto, somente a uma minoria privilegiada.” (NIEMEYER, 2000,p. 33)

A aplicação da técnica como forma de preconizar o domínio e a transformaçãoda natureza intervindo indiretamente nos processos sociais a favor do progressohumano, era uma das facetas que estavam presentes na Revolução Industrial.

Em contrapartida estava a necessidade de se trazer a arte para a vida,enfatizando a aplicação de sua prática artística como meio de transformaçãosocial.

“A discussão sobre a distinção entre arte e produção entre esferaartística e esfera produtiva ou, ainda, entre arte e design - tem suabase justamente na disjunção entre trabalho e capital, entre trabalhomanual e trabalho intelectual, entre arte e técnica” (VILLAS-BOAS,1998, p. 17)

E da mesma forma que essa discussão entre arte e design nasce dessasseparações, também podemos compreender que ela não seria possível caso sedissocia completamente delas.

Essa separação tornava-se necessária para que o design fosse compreendidocomo disciplina e prática específica, atendendo ao que mais tarde seriam osditames de uma nova realidade social: a preocupação de que a forma, antes detudo seguisse a uma função – não havia mais espaço para o romântico discursode integração total arte/ indústria e sim uma adequação cada vez maisracionalista e funcional do Design.

Neste processo, os primeiros criadores, ou designers, eram propriamenteoperários que saiam promovidos da linha de produção, para um trabalho decriação e gerenciamento de projetos (DENIS, 2000). Mais à frente surgiria os

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designers propriamente ditos, que através dos estudos de artifícios artísticos eexperimentos, em escolas como a Bauhaus, criaram novos projetos e meios,métodos de trabalho e aplicação na produção.

Compreendemos assim, que o design nasce de um campo da arte que sedesloca vagarosamente e se estrutura como disciplina e prática sistematizada,tendo lugar no estatuto social e na esfera de produção. O deslocamentoadequado de elementos da arte para um outro tipo de trabalho, que foidefendido pelos teóricos da Bauhaus, é um processo paralelo e subseqüente aomomento agitado e de mudanças na qual a sociedade se encontrava na viradado século XX. As séries de mudanças sociais, englobadas nas artes e no estudodo design, desembocam na formação do modernismo.

Cartaz da Bauhaus

Fonte: http://www.danwymanbooks.com/

bauhaus.jpg

Cartaz de Ronaldo Occy

Fonte: www.ronaldoccy.com/ imp.htm

O desenvolvimento de novas técnicas de produção impõe à área, criações denovos estudos que fazem surgir o design, ou seja, uma disciplina voltada para acriação de projetos e estudos direcionados para a produção em escalaindustrial.

“O design gráfico nasceu no campo da arte e se deslocougradativamente à medida em que se construiu como disciplina epráxis sistematizada - para um estatuto social que lhe conferiu lugarna esfera produtiva. Este deslocamento, requerido pelos própriosteóricos da disciplina a partir da Bauhaus, e paralelo e decorrente dopróprio desenrolar da arte, em seu percurso a partir da crise deparadigma no qual se encontra na virada do século e quedesembocará no projeto modernista. A canonização do Modernismocorresponde a consolidação do design gráfico como disciplina epráxis específicas e independentes tanto das artes plásticas como daarquitetura (com o qual estabeleceu fortes vínculos no auge dovanguardismo do primeiro terço do século).” (VILLAS-BOAS, 2000,p. 55)

Mais tarde, as fronteiras da arte e do design novamente se encontrariam quandoMarcel Duchamp, ao criar seus ready-mades, retira de seu contexto objetosproduzidos em série, alterando seu conceito e transformado-os em arte.

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“Quando Duchamp inventa seus ready mades – como é o caso deFonte – retirando do seu universo rotineiro objetos e produtosproduzidos em série e nomeando-os de arte, as fronteiras entre a artee o design começam a se misturar.[...] O fato é que um objeto, umurinol, por exemplo, pode ser ao mesmo tempo uma obra de arte eum objeto de design. Poderíamos nos arriscar a dizer que o urinol,sob o enfoque do design, é considerado enquanto produto, feito emsérie e que tem uma determinada funcionalidade. No segundo caso,como obra de arte, é utilizado enquanto instrumento para se passaruma idéia – o processo de mercantilização da produção artística. Aomesmo tempo, ele é colocado fora de seu contexto habitual, expostonum museu para ser “contemplado” por um determinado público.Enquanto objeto industrial, a sua função é pragmática, utilitária,referencial. Quando ele deixa de ser visto como um símbolo, umametáfora que sugere idéias, provoca sensações, estranhamento,tornando-se objeto artístico” (ARANTES, 2000, p. 133)

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Arte e o design no trabalho de Guto Lacaz

Apesar da tentativa de se separar design e arte, nos confrontamos na verdade,com fatos que remontam as mudanças da sociedade moderna:

“O tema é controverso. Alguns designers costumam fugir do rótulode artistas como o diabo da cruz. Vestidos de terno e gravata, elesenfatizam o lado técnico da profissão e deixam claro que sua criaçãoestará sempre subordinada aos interesses de quem os contratou.“Artista”, nesse contexto, teria uma conotação pejorativa, de alguémque estaria mais preocupado com suas demandas de auto-expressãodo que com o cumprimento de briefings e de prazos. Outros, ociososde sua capacidade criadora, em vez de se incomodar ficamorgulhosos quando chamados de artistas – um sinal de que seutrabalho ficou bom a ponto de alçar-se à categoria de objeto de arte.Nessa “turma”, ou próximos a ela, estão aqueles que se dedicam aambos os domínios, simultânea ou alternadamente”. (BORGES,2002, p.18)

O artista plástico e designer gráfico Guto Lacaz encontra-se nessa “turma”definida por Adélia Borges, trabalhando simultaneamente ou alternadamenteentre os dois campos. Lacaz não faz distinção entre arte e design, costuma dizerque sua matéria-prima é única em todas as atividades: a idéia.

A forma que Lacaz traz a provocação e o humor em seu trabalho abre espaço àsubjetividade, possibilitando uma criação mais livre, rompendo com regrasrígidas e pensamentos pré-determinados.

Através da análise de seu trabalho, pudemos observar que Lacaz utiliza-se deuma visão mais aberta nos dois campos, e que com essa abertura conseguepromover em seus projetos uma integração entre as áreas, traduzida através deuma linguagem singular, provocadora e irônica, permeada sutilmente por umhumor característico.

No campo da arte, Lacaz trabalha com performances, ilustrações, pinturas ecriação de pequenos objetos de arte, e no campo do design com criação decartazes, capas de livros, logotipos, diagramações, entre outras.

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Logotipo produzido por LacazFonte:http://www.estadao.com.br/divirtaseonline/galeria/gutolacaz/grafico/grafico.htm

Capa de Livro O Galo PererêFonte:http://www.estadao.com.br/divirtaseonline/galeria/gutolacaz/grafico/grafico.htm

Nos cartazes e capas de livro, essa integração fica latente através da ludicidadeque envolve todo o trabalho, com o uso de ilustrações artísticas que misturamtraços arquitetônicos em harmonia com o cartum por exemplo, chegandopróximo ao conceito de uma produção única, porém não deixando de responderàs questões da esfera produtiva como adequação e funcionalidade.

Cartaz: “II Grande Corrida de Garçons deSão Paulo”

Fonte: Acervo Guto Lacaz

Cartaz: 24ª Mostra Internacional de CinemaSão Paulo”

Fonte: Acervo Guto Lacaz

No campo artístico, observamos que Lacaz, assim como Duchamp em seusready-mades, também se apropria dos objetos cotidianos, subvertendo seu uso:

“Seu trabalho propõe uma reutilização dos produtos industriais e deaspectos do design publicitário, no sentido de deslocá-los de suascaracterísticas industriais para o terreno da arte. As obras revelam ohumor e o implausível que diferentes combinações e utilizaçõesdesses elementos permitem”. (2º Fórum Brasília de Arte Visuais,1993, p. 17)

Ao retirar esses objetos do cotidiano de sua função primordial, Lacazsugere-lhes um novo significado, passível da interpretação do usuário.Essa característica do objeto do cotidiano assumir um segundosignificado, ou seja, o de objeto de arte é o que podemos compreendercomo recontextualização do objeto.

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Figura 10: A Fonte de Marcel DuchampFonte:http://www.msubillings.edu/art/images/Dada/Marcel%20Duchamp,%20Fountain,%201917.jpg

Figura 11: Crushfixo de Guto LacazFonte:http://www.estadao.com.br/divirtaseonline/galeria/gutolacaz/artista/artista.htm

Ao longo dessa pesquisa verificamos que o design, como prática independentee dissociada da arte, torna-se incompleto e que, por tratar-se de uma práticamultidisciplinar, o design só tem a ganhar com a soma/ integração das áreas deconhecimento.

“[...] ao longo do tempo o design tem sido entendido segundo trêstipos distintos de prática e conhecimento. Na primeira o design évisto como atividade artística, em que é valorizado no profissional oseu compromisso como artífice, com a fruição do uso. Na segundaentende-se o design como um invento, um planejamento em que odesigner tem compromisso prioritário com a produtividade doprocesso de fabricação e com a atualização tecnológica. Finalmente,na terceira aparece o design como coordenação, onde o designer tema função de integrar os aportes de diferentes especialistas, desde aespecificação de matéria-prima, passando pela produção à utilizaçãoe destino final do produto. Neste caso a interdiscilplinaridade é atônica.“ (NIEMEYER, 2000, pg. 24)

A elaboração de um projeto deve ser pensada não apenas no âmbito singular deuma expressão, mas sim como passo de uma visão universal envolvendo arte edesign. (BARBOSA, 2000)

[...] podemos verificar o movimento de algumas tentativas de traçaros limites entre arte e design, sendo que tais tentativas, conforme jáapontamos, são marcadas pela separação entre ambos. O quepretendemos demonstrar é como poderíamos pensar o design deforma mais rica se, ao invés de tentarmos estabelecer tais limites,procedêssemos de forma contrária, incluindo-o no campo da arte enão o retirando por completo”. (BARBOSA, 2000. p. 53).

Guto Lacaz nos mostra claramente que essa integração entre diferentes áreas deconhecimento pode ser benéfica e promissora com relação a uma criação maisrica e original.

Projetos desenvolvidos a partir da pesquisa:

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A fim de prolongar e explorar novas possibilidades sobre a relação arte edesign e o trabalho de Guto Lacaz, projetamos um web site hipermidiáticointitulado de “Design à Lacaz” e uma peça gráfica - Caderno de Criação -chamado de “Notebook de Criação”.

Web site – Design à Lacaz

Em qual meio gostaria de colher informação?

Uma chamada e o usuário pode escolher e navegar através dos meios decomunicação e explorar através da linguagem proposta no trabalho de GutoLacaz elementos que são provenientes das áreas de Arte e Design.

São quatro núcleos (TV, rádio, jornal, cinema, internet) onde em cada uma ousuário pode ter um tipo de experiência relacionado com o meio que seencontra.

Através dessas experimentações busca-se que o usuário possa ter informaçõesde diversificados segmentos para poder utilizados em áreas do site queproporcionam a experimentação e o maior conhecimento para a formação oumesmo a ampliação de um repertório que contribua para criações diferenciadase mais ricas.

Ainda são trabalhadas metáforas e variadas possibilidades de interpretações emfrases de carater provocativo, irônicos, provocativos e bem humorados que sãopertinentes ao trabalho produzido por Guto Lacaz. Junto a essa caracteristicasão trabalhadas linguagens variadas que envolvem ilustrações, fotografia,video, animação e locução que estimulam e ajudam o interator a fazerassociações, relações sobre o trabalho com arte e design.

Peça gráfica – Caderno de Criação

A peça gráfica consiste em um Caderno de Criação que faz alusão a umnotebook, sendo intitulada “Notebook de Criação”. A peça traça um paralelocom o modo que Guto Lacaz ironiza a utilização dos objetos cotidianos,subvertendo-os, trazendo-lhes novos significados ou simplesmentequestionando-os.

O Notebook de Criação à Lacaz aparece também como uma bem humoradasátira a utilização do computador no sentido de soluções prontas, muitosefeitos, poucas idéias. Assim, dispomos um espaço para que as pessoas possamcolocar suas idéias no papel, conhecer melhor o trabalho do artista plástico edesigner Guto Lacaz e ainda brincar com algumas intervenções existentes nonotebook, possibilitando um espaço lúdico, livre para registros, associaçõesde idéias e possibilidades de experimentações.

Através do humor e ironia exploramos a discussão arte e design, trabalhandomensagens concisas, objetivas e até provocadoras, incorporando elementosgráficos característicos da linguagem de Lacaz.

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Sobre os autores:

Barbosa, André HeibCurrículoEstudante de Design Digital na Universidade Anhembi Morumbi.Trabalha há 6 anos com projetos de criação para propaganda e design. Atualmente trabalha comodesigner da Câmara América de Comércio de São Paulo.

DadosRua Xavier Kraus, 231Vl. LeopoldinaCep: 05313-000São Paulo – SP – Brasil

Carrubba, SalvatoreCurrículoEstudante de Design Digital na Universidade Anhembi Morumbi.DadosRua Tajuri, 25Vila CalifórniaCep.: 03213-060São Paulo – SP – Brasil Tel.: 9675-2966

Djeri, LeonardoCurrículoEstudante de Design Digital na Universidade Anhembi Morumbi.

DadosRua: Filipe Camarão, 190 apt. 74Tatuapé Cep. 03065-000Tel 294-7548

Fabrrini, Thiago NicodemosCurrículoEstudante de Design Digital na Universidade Anhembi Morumbi.

DadosR. Baden Powell, nº 8Chácara Bartira Cep: 0684-5020Embu – SP - BrasilTel.: 9647-5703

Morais, LeslieCurrículoEstudante de Design Digital na Universidade Anhembi Morumbi.Atualmente trabalha como estagiária de design gráfico na Fundação Bradesco desenvolvendomateriais didáticos e de divulgação dos cursos.

DadosRua Turiassú, 1653 ap. 31PerdizesCep: 05005-001São Paulo, SP – BrasilTel.: 9587-2470

Lewczuk, Marcel HeitorCurrículoEstudante de Design Digital na Universidade Anhembi Morumbi.Trabalha com criação em design gráfico, atuando há um ano na Gráfica SetPrint.

DadosRua General Bagnuolo , nº 616 apt. 43Vila PrudenteCep.: 03152-130

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Tel: 6341-4345

Neto, Rosalvo Cardoso da SilvaCurrículoEstudante de Design Digital na Universidade Anhembi Morumbi.Trabalha com criação em design gráfico, desenvolvendo logotipos, cartões de visitas e projetosgráficos para área corporativa.

DadosRua Odete Gomes Barreto, 262 Vila CarrãoCep: 03441010São Paulo, SP – BrasilTel.: 7727-3858

Oliveira, Diego Cardoso deCurrículoEstudante de Design Digital na Anhembi Morumbi Trabalha há dois anos na área de Design Digital, atualmente integra o corpo de estagiários daAgencia Click em São Paulo.

DadosAv. Vila Ema, 2776 apt. 95Vila EmaCEP.: 03282-0000São Paulo – SP – BrasilTel.: 9326-2956

Referências Bibliográficas:

ARANTES, Priscila. Fronteiras entre o desgin e a arte. in VALESE, Adriana (eoutros). Faces do Design. São Paulo: Editora Rosari, 2000.

BARBOSA, Carlos Alberto. Tékne e design: Uma relação entre o conceitoaristotélico de arte e o conceito contemporâneo de design. in VALESE,Adriana (e outros). Faces do Design. São Paulo: Editora Rosari, 2000.

BORGES, Adélia. Designer Não é Personal Trainer e Outros Escritos. SãoPaulo: Editora Rosari, 2002.

DENIS, Rafael Cardoso. Uma Introdução à História do Design. São Paulo:Editora Edgard Blucher Ltda, 2000.

DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual. Tradução Jefferson LuizCamargo. 2ª edição, São Paulo: Martins Fontes, 1997.

FARIAS, Agnaldo. Design é arte? ADG, Associação Designers Gráficos, SãoPaulo, n.8, dez.2002. p.25-32.

NIEMEYER, Lucy. Design no Brasil. Rio de Janeiro, Editora 2AB,2000.

VILLAS-BOAS, André. O que é (e o que nunca foi) design gráfico. Rio deJaneiro: 2AB Editora, 2000.

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II - Fórum Brasília de Artes Visuais - caderno didático informativo 23/09 a 2/10 1993 p. 17. Realização Athos Bulção

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