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HISTÓRIA DA INDUMNETÁRIA E MODA PROF. ODAIR TUONO EPOPÉIA DA HUMANIDADE GRÉCIA ANTIGA ATÉ A ERA CRISTÃ

Grécia Antiga até a Idade Média

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Grécia e Mitologia, Roma e seu Império, Idade Média ou a Idade das Trevas?...

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HISTÓRIA DA INDUMNETÁRIA E MODA

PROF. ODAIR TUONO

EPOPÉIA DA HUMANIDADEGRÉCIA ANTIGA ATÉ A ERA CRISTÃ

EVOLUÇÃOPré História

Idade Antiga

Oriente Ocidente

Mesopotâmia Egito Creta Etrúria

Grécia Roma

Idade Média

EuropaGótica

EuropaFeudal

BizâncioPovosBárbaros

IDADE ANTIGA OCIDENTAL

GRÉCIA ROMA

I. Discóbolo de Miron. I. Estátua de Augusto. Roma

•Democracia

•Estética – Belo

•Filosofia

•Mitologia

•Olimpíadas

•Racionalismo

•Realismo

•Teatro

•Urbanidade

Creta é a maior ilha e uma das treze periféricas da Grécia. Era naquela ilha que vivia Minotauro, segundo um mito.

Minotauro era uma criatura meio homem e meio touro. Ele morava no Labirinto, que foi elaborado e construí-do por Dédalo, a pedido do rei Minos, para manter o Minotauro por lá, longe do povo de Creta. O Minotauro foi mor-to por Teseu.

A lenda do Minotauro pode estar rela-cionada à importância do touro no ritual minoano. Os prédios eram enfeitados com chifres de touro e as tampas das ampulhetas eram revestidas com o cou-ro do touro.

CRETA

Na civilização de Creta, supõe-se que as mulheres usavam saias de várias camadas sob aventais. Na parte superior, trajavam uma jaque-ta ou corpete que deixava os seios amostra.

I. Deusa com serpentes, c. 1600 a.C. Heraklion Museum. I. Deusa de Cnossos. Fitzwilliam Museum, Cambrigde.

CRETA

CRETA

O traje masculino cretense era uma espécie de tanga com um cinto e o torso normalmente nu. Característica marcante aos dois sexos eram a cintura afunilada, conquistada pelo uso de um cinto desde a infância, além dos cabelos longos em cachos.

I. Jogos acrobáticos com touro. Palácio de Cnossos.

GRÉCIA ANTIGA

Os gregos originaram-se de povos que migraram para a península balcânica com início no III milênio a.C.

Entre os invasores, merecem desta-que os pioneiros: os aqueus, os jôni-cos, os eólios e os dóricos; proveni-entes da Europa Oriental.

As populações invasoras são em ge-ral conhecidas como "helênicas", pois sua organização de clãs funda-mentava-se na crença de que des-cendiam do deus Heleno.

GRÉCIA ANTIGA – HIERARQUIA SOCIAL

02 REISPossuíam funções militares e religiosas.

GERÚSIAFormada por 28 gerontes (cidadãos com + de 60 anos) e os 02 reis.

Elaboravam as leis que eram votadas pela Assembléia.

ELITE – CIDADÃOS (HOMENS)Proprietários de terras, podiam controlar a religião, a política, os assuntos militares.

PERIECOS – METECOS (ESTRANGEIROS).Não tinham direitos políticos, proibidos de adquirir terras, dedicavam-se

ao comércio e ao artesanato, obrigados a pagar impostos e prestar serviço militar

HILOTAS – ESCRAVOS (PRISIONEIROS DE GUERRA) / DEVEDORESFormavam a grande maioria da população, cada cidadão adulto podia manter até

18 escravos, não tinham direito político, assim como as mulheres e crianças

A veste grega era com-posta por um tecido re-tangular envolto ao cor-po chamado quíton.

O efeito drapeado era característico desta in-dumentária presa por alfinetes ou broches e amarrado por um cinto ou cordão.

I. Orfeu, Eurídice e Mercúrio. V a.C. Museu do Louvre, Paris.

GRÉCIA ANTIGA

QUÍTON + HIMATION PEPLO CLÂMIDE

GRÉCIA ANTIGA

O material utilizado para as vestes eram o linho ou lã, sendo de couro e metal para os militares.

Túnica (quíton) e manto (himation, clâmide ou peplo) podiam ter cores variadas e decoração nas barras.

O quíton largo e comprido permitia o efeito blusonado, o tecido era puxado sobre o cinto para conseguir um as-pecto mais solto.

I. Cariátides, V a.C. Atenas.

ETRÚRIA

Os Etruscos eram um conjunto de povos que viveram na península Itálica na região a sul do rio Arno e a norte do Tibre, equivalente à atual Toscana.

A Etrúria era composta por uma dú-zia de cidades-estados que tiveram grande influência sobre os romanos.

Verificaram-se prolongadas lutas entre a Etrúria e Roma, terminando com a vitória desta última nos anos 200 a.C.

ETRÚRIA

Os homens utilizavam uma túnica e capa (tebana) de formato semicircu-lar ou retangular.

As sandálias eram de influência grega e as botas com bico ligeira-mente levantado de influência orien-tal.

I. Dançarinos da tumba dos Leopar-dos (detalhe), Etrúria. Museo dell’ Opera della Cattedrale.

ETRÚRIA

A mulher etrusca, ao contrário da grega ou romana, não era marginali-zada em relação à vida social, parti-cipava ativamente de banquetes, jogos ginásticos e nas danças.

Esta situação social da mulher entre os etruscos fez que helenos e latinos a considerassem "promíscua" e "li-cenciosa".

Esperava-se que a mulher, no caso de morte do marido, assumisse a tarefa da conservação das riquezas, a continuidade da família e através dela transmitia-se à herança.

ETRÚRIA

As mulheres usavam túnicas longas e o manto podia ser passado sobre a cabeça, as peças podiam ser adornadas nas bordas.

I. Afresco da tumba de Ruovo, V a.C. Museo Nazionale, Nápoles.

ROMA ANTIGA

Segundo a mitologia romana, os gêmeos Rômulo e Remo foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posterior-mente por um casal de pastores.

Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma, fruto de um desentendimento Rômulo acaba por assassinar seu irmão Remo.

Após a fundação da cidade, Rômulo preocupou-se em povoá-la. Criou o Capitólio um refugio para todos os banidos, devedores e assassinos da redondeza.

ROMA ANTIGA

Roma foi fundada em 753 a.C. (século VIII a.C.) A cidade de sistema republi-cano em seu apogeu tornou-se impé-rio estendendo-se do ocidente ao oriente, impossibilitados de controlar seu legado inicia-se o declínio de seu poder.

No século V, o decadente Império Romano tremeu diante de uma amea-ça terrível vinda dos Balcãs: hordas de guerreiros a cavalo, comandados por Átila, rei dos hunos, tomaram de assalto a Europa, semeando terror e destruição.

ROMA ANTIGA – HIERARQUIA SOCIAL

PATRÍCIOS – CIDADÃOS ROMANOSGrandes proprietários de terras, rebanhos e escravos.

Desempenhavam funções públicas atuando no exército,na religião, na justiça ou na administração.

CLIENTESHomens livres que se associavam aos patrícios

Prestando-lhes serviços em troca de auxílio econômico e proteçãoPonto de apoio da denominação política e militar dos patrícios.

PLEBEUSHomens e Mulheres livres que se dedicavam

ao comércio, artesanato e trabalhos agrícolas.

ESCRAVOSRepresentavam uma propriedade, o senhor tinha o

direito de castigá-los, vendê-los ou de alugar seus serviços.

ROMA ANTIGA

As peças características do traje romano foram a túnica e a toga, correspondente ao hi-mation grego e a tebana etrusca.

As mulheres usavam a túnica longa e muitas vezes a stola como uma sobre túnica com mangas. Pessoas simples e soldados utilizavam apenas a túnica.

I. Villa dei Misteri di Pompei, detalhe de afresco. 50 a.C.

ROMA ANTIGA

As roupas de campanha eram compostas por uma túnica curta, saiote e couraça de metal, para proteger o tórax, nos pés um tipo de bota fechada.

I. Coluna de Trajano (detalhe). Relevo da narração monumental da conquista de Dácia por Trajano. Roma.

GRÉCIA E ROMA ANTIGA – MITOLOGIA

GRÉCIA E ROMA ANTIGA - MITOLOGIA

GRÉCIA ROMA CARACTERÍSTICA

Crono Saturno Titã – Senhor do tempo

Réia Cibele Grã – Madre dos deuses

Zeus Júpiter Maior divindade do Olimpo

Hera Juno Senhora do Céu e da Terra

Posídon Netuno Deus do mar

Hades Plutão Deus das regiões infernais

Palas Atena Minerva Deusa do pensamento

Apolo Febo Apolo Deus da luz

Ártemis Diana Deusa da caça

Afrodite Vênus Deusa do amor e da beleza

Hermes Mercúrio Mensageiro dos deuses, comércio e dos ladrões

Ares Marte Deus da guerra

Hefesto Vulcano Deus do fogo

Héstia Vesta Deusa da lareira, o símbolo do lar

Deméter Ceres Deusa da agricultura

Dioniso Baco Deus do vinho

Hércules Hércules Herói – filho de Zeus e Alcmena

GRÉCIA E ROMA ANTIGA

• Alexandre (2004, EUA). Dir. Oliver Stone.

• Fúria de Titãs (1981, ING). Dir. Desmond Davis.

• Gladiador (2000, EUA). Dir. Ridley Scott.

• Helena de Tróia - Paixão e Guerra (2003, EUA/GRE). Dir. John Kent Harrison.

• A Odisseia (1997, EUA). Dir. Andrei Konchalovsy.

• A Paixão de Cristo (2003, EUA). Dir. Mel Gibson.

• Pompeia (2014, EUA). Dir. Paul W. S. Anderson.

•Tróia (2004, EUA). Dir. Wolfgang Petersen.

• A Última Legião (2007, UK). Dir. Doug Lefler.

GRÉCIA ANTIGA ROMA ANTIGA

MARIANO FORTUNY

Mariano Fortuny e Madrazo (1871 Granada, ESP. – 1949 Veneza, IT.). Palazzo Fortuny – Art Mu-seum, São Marco, Veneza, Itália.

Acervo de pinturas, projetos de iluminação, fotografia, têx-teis e vestuário.

Madeleine Vionnet (1876 Chilleurs-aux-Bois, FR. – 1975 Paris, FR.).

Inspirada pela Arte Grega, Vionnet utilizava pre-ferencialmente crepe de seda, gabardine e cetim em manequins de 80 cm, utilizando os tecidos em viés permitia a fluidez e o movimento do cor-po feminino em suas criações.

MADELEINE VIONNET

IDADE MÉDIA

YESHUA

IDADE MÉDIA

A maior parte da arte medieval tem um foco religioso fundamentado no Cristianismo.

Essa arte era financiada pela Igreja ou por patronos seculares ricos. A vasta maioria dos camponeses era iletrada, sendo assim as artes visuais aliadas aos sermões, eram os principais métodos para comuni-car as idéias religiosas.

Com a invasão dos povos bárbaros em Roma, as pessoas foram para o campo, onde estariam seguras. Os grandes proprietários então, cons-truíram castelos com muralhas e segurança para se protegerem dos bárbaros.

IDADE MÉDIA

REI

NOBREZA FEUDAL – SENHORES FEUDAISCAVALEIROS, CONDES, DUQUES, VISCONDES

Detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses.

CLERO – MEMBROS DA IGREJA CATÓLICAZelavam pela proteção espiritual da sociedade,

isento de impostos e arrecadavam o dízimo.

SERVOS (CAMPONESES) E PEQUENOS ARTESÃOS.Deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais.

POVOS BÁRBAROS

BIZÂNCIO

IDADE MÉDIA

EUROPA GÓTICA

EUROPA FEUDAL

POVOS BÁRBAROS

Couro, lã, linho e algodão eram uti-lizados para criar túnicas e mantos.

Os homens utilizavam calções curtos denominados braies ou calças lon-gas e justas atadas às pernas por bandas de tecido abaixo do joelho.

Calçados fechados ou sandálias de couro atadas por correias eram utili-zados por ambos os sexos.

I. Filme, Conan, o Bárbaro.

POVOS BÁRBAROS

As mulheres vestiam uma túnica longa presa por broches e atadas ao corpo por cintos, sobre ela uti-lizavam um xale.

Por baixo da túnica trajavam uma camisa, em geral de linho, com abertura frontal até o peito.

Homens e mulheres tinham ca-belos longos e para se protege-rem usavam toucas.

I. Ilustração, John Peacock.

IMPÉRIO BIZANTINO

O luxo oriental sempre foi mais ostensivo do que o ocidental influenciando o próprio Império Romano.

Durante o governo do imperador Justiniano, cuja esposa era Teodora, a cultura bizantina de-senvolveu todo seu esplendor no século VI.

Os trajes civis e religiosos apre-sentavam grande semelhança.

I. Imperatriz Teodora e oferta eucarística do vinho (detalhe). Igreja de São Vital, Ravena.

IMPÉRIO BIZANTINO

A seda foi o principal tecido em Bizâncio, as roupas eram bordadas com fios de ouro e prata, pérolas e pedras preciosas.

A roupa era semelhante para os dois sexos que utilizavam túnica de mangas longas até os punhos.

A Igreja Ortodoxa, em suas cerimô-nias religiosas trajam paramentos semelhantes com as roupas usa-das pelos imperadores bizantinos.

I. Ilustração, John Peacock.

EUROPA FEUDAL

Os centros urbanos, no século V, passaram por grandes crises gerando: decadência do comércio, descentralização da autoridade e deslocamento para o campo.

A túnica, presa por um cinto, utilizada pelos homens deste período é chamada de gonelle. As capas para proteção do corpo poderiam ser forradas de peles, os braies – calções – eram usados com meias por baixo das túnicas.

I. Cena de casamento. Idade Média

EUROPA FEUDAL

As túnicas femininas, com ou sem mangas, em função do clima, recebi-am o nome de stolla e eram vesti-das pela cabeça.

Sobre os ombros usavam um lenço cujo nome era palla ou o manto lon-go no comprimento da túnica.

Os cabelos para ambos os sexos eram longos, as mulheres os utiliza-vam presos. Os calçados eram de couro com tiras para amarrar nas pernas.

I. Ilustração, John Peacock.

EUROPA GÓTICA

O restabelecimento da economia, novas técnicas agrícolas e a intensificação do comércio, causaram a revalorização dos centros urbanos europeus.

A Igreja se sobrepunha a tudo e os pró-prios monarcas em escala social esta-vam abaixo do Sumo Pontífice.

Os homens usavam meias que eram cortadas no formato da própria perna; os calções longos braies.

As túnicas foram se encurtando transfor-mando-se na peça chamada gibão

I. Cena de casamento. Período Gótico.

EUROPA GÓTICA

Os vestidos femininos passaram a ter abotoamento lateral, as mangas cresceram e ganharam amplitude na altura dos punhos.

O corpete do vestido era ajustado ao corpo enquanto as saias amplas pelo volume do tecido chegavam ate os pés.

As mulheres usavam uma banda de tecido que passava pelo queixo, ele-vada às têmporas e presa no alto da cabeça sob o penteado, chamada de barbette.

I. Ilustração, John Peacock.

EUROPA GÓTICA

O período gótico encerra a in-fluência da Idade Média para uma revalorização do legado greco-romano, fonte de inspira-ção para o Renascimento em Florença no século XV.

Artistas como Bruegel, Bosch, Van Eyck e Giotto são exem-plos desta fase de transição.

I. Casal Arnolfini, século XV, Jan Van Eyck. Galeria Nacio-nal, Londres.

IDADE MÉDIA

• Cruzada (2005, EUA/ING/ESP). Dir. Riddley Scott.

• O Nome da Rosa (1986, ITA/ALE/ FRA). Dir. Jean Jacques Annaud.

• Rei Arthur (2004, EUA). Dir. Antoine Fuqua.

• Tristão & Isolda (2006, EUA) Dir. Kevin Reynolds.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRIL, Editora. Enciclopédia Multimídia da Arte Universal. São Paulo: Alphabetum Edições Multimídia, 1997.

BRAGA, João. História da Moda: uma narrativa. São Paulo: Editora Anhembi Morumbi, 2004.

BOUCHER, François. A History of Costume in the West. Nova York: Thames and Hudson Ltd., 1987.

LAVER, James. A roupa e a moda uma história concisa. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

PEACOCK, John. The Chronicle of Western Costume. Londres: Thames and Hudson Ltd., 1991.

ROBERTS, J. M. O Livro de Ouro da História do Mundo – da Pré-História à Idade Contemporânea. Rio de Janeiro, Ediouro, 2000.