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Os primórdios do Design João Victor Pereira Thomaz Introdução ao Design – Núcleo D

Os primórdios do Design - João Victor P. Thomaz

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Os primórdios do Design

João Victor Pereira Thomaz!Introdução ao Design – Núcleo D!

Michael Thonet

Thonet nasceu na Alemanha em 1796, foi um construtor de móveis que revolucionou a história do design. Em 1830, século onde a teoria do positivismo atua, Thonet se inspira com ramos de flores e com muita análise e experimentação, cria a máquina a vapor de curvar madeira. Seu trabalho é importante para a história do Design e principalmente para o contexto da época, onde Thonet simplificou o processo de fabricação, armazenamento e usou um raciocínio ligado com as funções práticas e estéticas. Seus projetos e resultados foi uma porta para outros movimentos e Designers que seguem a história. !

A cadeira número 14 Um dos trabalhos mais famosos e

revolucionários de Thonet é a cadeira número 14. Criada em 1859, inspirada pelas formas que a natureza propõe, a cadeira número 14 foi criada com a tecnologia da máquina a vapor para curvar Madeira. Outro fato que deixou a cadeira como um dos legados de Thonet, é o fato de em um espaço de um metro cúbico 36 cadeiras podem ser armazenadas quando desmontadas. !

Outros Modelos

Arts & Crafts O movimento britânico Arts and Crafts marcou um

retorno a qualidade artesanal, durante as décadas de 1860, 1870 e 1880. Um dos principais expoentes do movimento foi William Morris, que criticava e lamentava a perda de qualidade artística na projeção de produtos pela produção em massa. Morris também acreditava que a produção capitalista da época era a causa da alienação do trabalho mecânico e da poluição ambiental, dando grande valor para o trabalho artesão e em formas curvas que claramente era inspirado pela natureza. Com a revolução industrial do século XIX, o design de livros foi perdendo a qualidade para se ter quantidade. Com o Arts & Crafts houve uma mudança na forma de produção dos livros, que seriam projetados com um design gráfico novo, inspirado pelos artistas e pela cultura medieval, produzindo livros em impressoras privadas. !

William Morris Nasceu no Reino Unido em 1834 e foi um

grande expoente para a história do design. Considerado o pai do Arts & Crafts, Morris era contra os principios da produção industrial em massa, lamentava a perda de qualidade e buscava por um design mais sofisticado com inspiração nas formas da natureza. Acreditava que a destruição da beleza era causada principalmente pelo trabaho mecânico alienado e os interesses pelo lucro dos empresários capitalistas.!

Morris se tornou socialista, acreditava que apenas em uma sociedade socialista seria possível voltar a uma produção não alienada e garantir uma qualidade artística social. !

Morris e a Tipografia

Morris acreditava que as letras deveriam ser feitas por artistas e não por máquinas. Por isso foi uma forte influência no cenário tipográfico da época. !

Sua produção se destaca principalmente na Kelmscott Press, fundada em 1891. Para desenhar e imprimir as obras, Morris estudou em detalhe, entre outros, as iniciais e os bordes de Peter Loslein e Benhard Maler.!

Morris & Co

Fundada em 1861, Morris & Co. era uma companhia de decoração de móveis e artes decorativas fundada pelo designer e artista William Morris junto com outros artistas. A empresa lançou móveis sólidos produzidos artesanalmente. Tecidos estampados com corantes vegetais, tapetes tecidos, azulejos coloridos e vitrais era os principais produtos produzidos manualmente inspirados pelas formas da natureza. !

Trellis  Wallpaper  

Arts & Crafts Educação e Indústria

Christopher Dresser (1834-1904) foi contra os ideais de William Morris e do movimento Arts & Crafts. Criou objetos funcionais, os quais fazem parte da primeira fase do Design industrial. Christopher deixava claro que “o desenvolvimento industrial não poderia ser impedido”.!

Arts & Crafts Educação e Indústria

           Go$ried  Semper  (1803-­‐1879)  definiu  o  debate  teórico  do  Design  durante  a  primeira  metade  do  século  XIX.  Defendia  as  necessidades  de  melhorar  as  funções  esté=cas  dos  produtos  na  era  da  Industria.  Go?ried  acreditava  no  ensino  de  uma  “arte  elevada  e  industrial”  e  exigia  uma  unidade  entre  forma,  material  e  função  sendo  forte  influência  nos  conceitos  e  ideais  pedagógicos  que  fundaria  a  Bauhaus  no  século  XX.    

Art Nouveau O Art Noveau na França, o Modern Style na

Inglaterra, na Áustria como Secessionsstil, na Espanha como Modernismo e na Alemanha como Jugendstill (“estilo da juventude”) foi uma reação a arte acadêmica do século XIX. O movimento colocou como meta uma reconfiguração da forma de produção e o espaço deveria ser visto como obra de arte integral. Foi mais popular na Europa, mas a sua influência foi global, no período da Belle Époque. A corrente principal foi e continuou sendo um movimento artistico, onde a estilização dos objetos e formas da natureza era presente nos projetos.!

Art Nouveau O movimento era uma arte

privada para aqueles que tinham um privilégio cultural específico na época. O refinamento e elegância estava ligado diretamente a uma fina camada da elite que entendia do estilo do movimento. Com o inicio da Primeira Guerra Mundial, veio o fim da bela decoração do cotidiano mais requintado. Atualmente o Art Noveau é considerado uma importante transição entre o Historicismo e o Modernismo. !

Art Nouveau            O  grande  dilema  fundamental  do  

design  nesse  período  era  relacionado  ao  comportamento  do  design  perante  a  indústria  ou  perante  o  processo  industrial  de  criação  de  valor.  Os  grandes  teóricos  e  expoentes  dos  movimentos  Arts  &  CraPs  e  Art  Nouveau  aceitam  rejeitar  o  processo  e  desenvolvimento  industrial  e  tem  um  sucesso  breve,  pelo  menos  nos  mercados  mais  requintados.  Essa  regressão  dos  valores  da  industria  estava  limitada  ao  fracasso,  pois  recorria  algo  que  havia  perdido  sutentação  economica  pela  história.  Além  da  economia,  surgem  outros  designers  desenvolvendo  principios  funcionais,  que  iria  abrir  um  novo  modo  de  produção  industrial.    

Hermann Obrist (1863-1927)

“Todos nós temos clareza a respeito de que um artesanato popular sadio é possível somente com base em formas simples, honestas, práticas e necessariamente funcionais.” !

Henry van de Velde (1863-1957)

Foi considerado uma das figuras centrais do movimento Art Noveau internacional. Foi um grande admirador de William Morris e do movimento Arts & Crafts. Exigia a presença da arte na hora da projeção e criação e almejava total compromisso que o produto fosse entendido como uma obra de arte integral. Se diferenciava de Morris pois ficava no limiar do design industrial, como diz em uma declaração “Eu não queria (…) desacreditar a máquina nem a produção industrial, pelo contrário: erámos da opinião de que a criação demodelos e a escolha de materiais nos processos industriais deveriam ser confiadas a artistas.” !

Art Nouveau e o Pré Modernismo

Dentro do movimento Art Nouveau, havia uma minoria que preferia a linha simples, ou seja, criando objetos com uma função muito mais prática do que estética. Dentro da vertente do movimento, denominada Art Nouveau Severo, estava o grupo escocês em torno de Mackintosh ou as posteriores Wiener Wekstatten (Oficias Vienenses) e em parte, também alguns representantes da “Colônia de Artistas de Darmstadt”!

Pré-Modernismo: Chicago

As críticas geradas para a indústria e a produção em massa nos movimentos Art Nouveau e Arts & Crafts, levou a um retrocesso ao passado e ao cultivo de uma espécie de sensibilidade artesanal.!Henry Van de Velde seguiu um caminho artistico, a qual utilizava uma linguagem formal objetiva, e designers como Peter Behrens se voltaram para as novas tarefas que a indústria proporcionava.!

Escola de Chicago (EUA) Chicago, conhecida como uma localidade muito importante para a indústria pesada e na produção de aço. Sullivanm, Burnham, Coolidge, Le Baron Jenney, Hollaburd, F. L. Wright e outros, foram os principais representantes da chamada Escola de Chicago. Aproveitaram a oportunidade surgida após o incêndio da cidade em 1871, para reconstruir a cidade, e se submeteram ao mandamento da escassez de terreno no centro urbano para erguer os primeiros arranha céus para uso comercial e administrativo dotados de esquetos de aço.!

Escola de Chicago (EUA) Os primeiros arranha-céus par auso comercial e administrativos eram dotados de esqueletos de aço. A estética de sua construção era determinada primordialmente pelas características contrutivas. A forma estética resulta das tarefas funcionais de cada um dos elementos construtivos e da edificação como um todo.!

Frank Lloyd Wright (1867 – 1959) Um dos principais arquitetos do século

XX. Ele combinava materiais simples e próximos à natureza com outros, modernos, como vidros e concreto com madeira e pedra natural. !

Frank Lloyd Wright (1867 – 1959)

Casa da Cascata! O edifício foi e construída em 1936 no sudoeste rural da Pensilvânia. No entanto, a

sua principal característica é o fato de ter sido erguida parcialmente sobre uma

pequena queda de água, servindo-se dos elementos naturais ali presentes (como

pedras, vegetação e a própria água) como constituintes da composição arquitectónica. Assim como várias outras obras de Wright, foi construída com materiais experimentais

para a época.!

Louis H. Sullivan   Foi o primeiro arquiteto modernista que

defendia a máxima de que "a forma segue a função". Colaborou com Frank Lloyd Wright numa concepção de arquitectura funcionalista orgânica e afirmava que "se a forma segue a função, então o trabalho deve ser orgânico". Os arranha-céus são monumentos e provas vivas da interveniência da arquitectura de Sullivan na época modernista. Ele foi um marco importante na história da arquitectura moderna e deixou os seus ideais proliferarem.!

A escola de Arte de Glasgow •  Na Escola de Arte de Glasgow, criada por arquitetos e artistas na cidade

portuária escocesa de Glasgow nos anos 1890, sugiram novas formas, objetivas, durante a fase mais brilhante do Art Nouveau. Ornamentos (curvas, flores) e símbolos eram usados com parcimônia e as cores preferidas eram o branco e o preto. !

•  O design gráfico da Escola de Glasgow caracterizava-se por mundos imagéticos simbólicos e por formas e figuras estilizadas. !

Chales R. Mackintosh (1868 – 1928)

•  A partir de cujas geométricas e construções amplas, por assim dizer tabulares, com suas linhas predominantes horizontais e verticais, partiram fortes impulsos para o design moderno. Os seus móveis de formas austeras foram precursores das tendências construtivistas do movimento De Stijl, surgido mais tarde nos Países Baixos. !

Edward Johnston (1872 – 1944)

É considerado o pai da caligrafia moderno. Criador do tipo san-serif, foi responsável pela criação do logotipo do metrô de Londres, que também foi utilizado nos respectivos cartazes publicitários. !

Modernismo Vienense

O grupo de artistas vienenses chamado Secession também se insurgia contra as academias de artes tradicionais e contra o historicismo. O modernismo vienense partia das ideias da obra de arte integral e da reforma das artes e ofícios. Das fileiras da Secession surgiu a Wiener Wekstatte (Oficinas Vienenses) em 1903, como “cooperativa de produção de artes e ofícios.” As oficinas vienenses queria estabelecer um contato intimo entre o público, os criadores e os artesões e criar utensílios domésticos bons e simples. A primeira condição era a capacidade de uso. !

Modernismo Vienense A Art Nouveau estava sendo lentamente

superada. A mais famosa obra das oficias vienenses é o Palais Stoclet, de Josef Hoffmann, construído em 1906 e 1911 em Bruxelas. !

A diferença do cofundador da Werkbund alemã, Peter Behrens, as Oficinas Vienenses nunca se interessou pelo design de produtos de consumo de massa. !

Numa confêrencia que ficou famosa, Loos levantou a questão: “O espírito moderno é um espírito social; os objetos modernos não existem para uma camada superior, mas para todos”. !

Adolf Loos (1870 – 1933)

Arquiteto e teórico austríaco que rejeitava veemente o ornamento, exigia em suas numerosas publicações sobre teoria estética, a criação de formas puramente funcionais na arquitetura e no design. Assumiu posição contra às correntes decorativas da Secession em sua famosa publicação Ornamento e crime, em 1908. !

Colônia de Artistas de Darmstadt

Joseph Maria Olbrich (1867 – 1908) e Peter Behrens (1868 – 1940), a convite do Grão-Duque Ernst Ludwig von Hessen, criaram a Colônia de Artistas de Darmstadt, por volta da virada do século XIX para o XX. O Grão-Duque queria que fossem construídas moradias a preços acessíveis para a classe média de Damstadt e sonhava com uma nova cultura habitacional, reformada. O arquiteto Olbrich, oscilava entre a decoração lúdica e a construção funcional, criou as edificações da Colônia, incluindo atêlies, hall de exposições e moradias!

Peter Behrens (1868 – 1940) Peter Behrens foi um arquiteto e

designer alemão. Estudou pintura em Karlsruhe e Dusseldorf. Depois de freqüentar a Escola de Belas Artes de Hamburgo, partiu para Munique em 1897, durante o período de renascimento das Arts and Crafts na Alemanha. Pioneiro em responder à demanda da civilização industrial através da arquitetura que influenciou o Movimento Moderno alemão e o que hoje chamamos de Desenho Industrial. !

Behrens, que mais tarde seria um dos primeiros designers industriais, desenvolveu, no período que ficou em Darmstadt, uma linguagem formal extremamente objetiva, que ia desde a planta da própria casa até os seus utensílios domésticos. !

Peter Behrens (1868 – 1940)

Peter Behrens projetou a sua casa, a qual boa parte foi destruída pela Segunda Guerra Mundial. Criada em 1901, Behrens projetou o exterior e interior da casa porém nunca chegou a morar nela. !

Século XX: Deutscher Werkbund

•  No início do século XX, houve uma intensa concorrência econômica e política entre os estados nacionais europeus, os produtos alemãs tinham má fama naqueles tempos, devido à sua baixa qualidade. !

•  Foi fundada em 1907 por Peter Behrens, Hermann Muthesius, Henry van de Velde, Joseph Olbrich e outros a Werkbund alemã. A meta principal era o enobrecimento do trabalho profissional, através da colaboração entre as artes, a indústria e o artesanato, através da educação, da propaganda e de posicionamento coesos diante de questões relevantes. !

•  A Werkbund aceitava as modernas condições da produção industrial. A maior parte de seus integrantes não era inimiga das máquinas, mas procurava a reforma pelo caminho da indústria. !

•  Se o Arts & Crafts exigia o fim do trabalho industrial alienado mediante um retorno à produção artesanal, a Werkbund defendia uma melhora da qualidade dos produtos nacionais de exportação e ampliação da circulação de mercadorias. A sua meta era a seleção das melhores pessoas nas artes, na indústria e no artesanato e das posições culturais de ponta na criação de formas, dentre o povo alemão. !

•  Após a primeira Guerra Mundial, sob a influência das crescentes tensões sociais, a Werkbund dedicou-se à construção de moradias para trabalhadores e ao projeto de utilidades domésticas a preços acessíveis. !

Pehter Behrens & AEG Peter Behrens evoluiu do Jugendstil para

a linguagem formal mais singela e objetiva da Bauhaus e é considerado uma das figuras-chaves para o desenvolvimento do design (funcionalista) do século XX. Em 1906 a empresa AEG foi a primeira grande empresa alemã a contratar um “assessor artístico”, encarregando-o de fazer o design de material publicitário. De 1907 a 1914, ele pôs de ponta cabeça a imagem pública da empresa. Projetou o edifício da usina, espaços para exposições, moradias de trabalhadores, mídia publicitária (catálogos, lista de preços), eletrodomésticos e, finalmente, toda a identidade corporativa. !

Pehter Behrens & AEG Logo depois do início do século XX, a

AEG, com seus cerda de 70 mil funcionários, era uma das maiores empresas mundiais da área elétrica. A AEG trabalhava seguindo os modelos norte-americanos, usando as máquinas mais modernas e métodos racionais de organização e produção. O trabalho de Behrens na AEG transformou-o num pioneiro da moderna cultura industrial. Ele foi o primeiro designer industrial moderno. Esse designer gráfico e pioneiro do conceito de identidade corporativa promoveu também a reforma da tipografia alemã, advogando em prol de letras sem serifas.!

Século XX: BAUHAUS •  No contexto social do construtivismo, em

1919, o arquiteto Walter Gropius, proveniente da Werkbund alemã, na sua função de diretor de escola de artes e ofícios, fundou na conservadora cidade de Weimar a Bauhaus estatal, de orientação socialista de esquerda. Os artistas da Bauhaus orientavam-se por um modelo de comunidade igualitária e social e entendiam-se como uma classicista entre artesãos e artistas. !

•  No ciclo de aprendizagem introdutória, experimentava-se inicialmente com cores, formas e materiais, sem finalidades precisas. Depois dessa fase, vinha a formação profissional em oficinas dirigidas por dois mestres, um “mestre da forma”e um “mestre do ofício”. !

Século XX: BAUHAUS •  3 fases da Bauhaus!

1.  Na sua fase inicial, como já foi dito, a Bauhaus, sob a direção de Walter Gropius, procurou, como os movimentos do século XIX (Arts & Crafts, Jugendstil) uma retrospecção para a Idade Média, ao modo da obra de arte integral medieval. !

2.  No início dos anos 1920, houve uma mudança para o funcionalismo. Após a influência do grupo De Stijl e da substituição do diretor do curso vestibular Johannes Itten por Laszlo Moholy-Nagy, a Bauhaus desenvolveu uma linguagem formal elementar e funcional, que consistia na redução de todos os objetos a elementos geométricos. A Bauhaus pretendia conquistar socialmente produtos até então privilegiados para as necessidades culturais das massas. !

3.  Após a demissão de Walter Gropius em 1928, a Bauhaus ganhou a direção de Hannes Meyer que deslocou as ênfases teórica e prática mais ainda no sentido de tecnificação e do “funcionalismo social”. Sob a influência de Meyer, a Bauhaus afastou-se ainda mais decididamente da orientação artística elitista, que fornecia a motivação para os projetos desde os tempos de van de Velde.!

Bauhaus: Walter Gropius •  Após a Primeira Guerra Mundial, em 1919, Gropius sucedeu

Henry van de Velde - dispensado em 1915, dada a sua nacionalidade belga - na direção da Escola de Artes Aplicadas de Weimar. É esta escola que Gropius vai transformar na Bauhaus. Segundo a visão dominante das artes, no início do século XX, as artes aplicadas e as atividades artesanais eram consideradas de nível inferior, enquanto que as belas artes eram consideradas atividades de nível superior. Não se considerava que as duas atividades pudessem estar plenamente relacionadas e as tentativas anteriormente feitas no sentido de integrá-las (como o art noveau e o movimento Arts & Crafts) haviam falhado.!

•  Gropius dirigiu a Bauhaus até 1928. Nos primeiros tempos, seus conceitos foram influenciados pela ideia da "obra de arte total" propagada pelo compositor Richard Wagner no século anterior, e pela superação dos estilos históricos na arte através da transformação da vida numa experiência estética, difundida pelo filósofo Friedrich Nietzsche. Em sua segunda fase, a Bauhaus logo sucumbiu aos interesses da indústria.!

Bauhaus: Walter Gropius •  Ao desenhar esta cadeira, utilizou-se da

racionalidade, onde o cuidado não era apenas com as cores, mas com a geometria e assimetria também.Ele desprezava a produção em massa, pois não havia uma preocupação com a funcionalidade e conforto e sim com adornos desnecessários.!

Século XX: BAUHAUS •  No contexto social do construtivismo, em 1919, o arquiteto Walter Gropius,

proveniente da Werkbund alemã, na sua função de diretor de escola de artes e ofícios, fundou na conservadora cidade de Weimar a Bauhaus estatal, de orientação socialista de esquerda. Os artistas da Bauhaus orientavam-se por um modelo de comunidade igualitária e social e entendiam-se como uma classicista entre artesãos e artistas. !

•  No ciclo de aprendizagem introdutória, experimentava-se inicialmente com cores, formas e materiais, sem finalidades precisas. Depois dessa fase, vinha a formação profissional em oficinas dirigidas por dois mestres, um “mestre da forma”e um “mestre do ofício”. !

Bauhaus & Marcel Breuer

•  Formou-se em Weimar (primeira sede da Bauhaus) em 1924 e passou a lecionar na escola até 1928 (quando esta já estava instalada em Dessau). Enquanto professor da Bauhaus, realizou uma série de experimentações no design mobiliário. Foi aí que projetou e executou os primeiros protótipos da cadeira Wassily (cujo nome é uma homenagem ao colega Wassily Kandinsky, também professor). A Wassily é, hoje, uma das cadeiras de autor mais famosas do mundo.!

Bauhaus & Marcel Breuer

•  A utilização de “tiras” de estofo do designado “Eisengarn” e de aço tubular integrava-se num movimento revolucionário de criação de “equipamento” de produção em série adaptado á vida moderna; modelos de preços acessíveis, higiénicos, leves e resistentes. Marcel Breuer concebeu a Wassily em 1925, tendo sido, aparentemente, inspirada pela estrutura fina de uma bicicleta recentemente adquirida.!

Bauhaus & Lazlo Moholy Nagy

•  László Moholy-Nagy (Bácsborsód, Hungria 20 de julho de 1895 — Chicago, 24 de novembro de 1946) foi um designer, fotógrafo, pintor e professor de design pioneiro, conhecido especialmente por ter lecionado na escola Bauhaus. Ele foi muito influenciado pelo Construtivismo Russo e um defensor da integração entre tecnologia e indústria no design e nas artes. Nagy aplicava a técnica de colagem de negativos e uso de instrumentos que interferem artisticamente na impressão das fotos. Em 1937, a convite de Walter Paepcke, Moholy-Nagy mudou-se para Chicago para tornar-se o diretor da New Bauhaus.!

Bauhaus & Lazlo Moholy Nagy

•  Para László Moholy-Nagy não existiam divisões entre a fotografia, a pintura, a escultura e a arquitectura. A sua visão global foi fundamental em duas das mais importantes escolas de artes visuais deste século, a Bauhaus e o Chicago Institute of Design. A partir de 1924 começa a trabalhar com fotomontagens: as montagens originais são fotografadas e depois reproduzidas dos negativos.!