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O Plano é o “Seletor do Olhar”, é a “Ilusão da percepção real”. Cada Plano de Gravação deve possuir um significado para o espectador, que o auxiliará a compreender melhor a história que queremos contar. Podemos gravar nosso cenário, com pessoas e objetos, de vários ângulos e distâncias. Os Planos de Gravação não são regras, nem rígidos, mas sim uma base de entendimento entre a equipe, o Diretor de Fotografia e o Diretor. Planos de Gravação

Planos de gravação

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Page 1: Planos de gravação

             O  Plano  é  o  “Seletor  do  Olhar”,  é  a  “Ilusão  da percepção  real”.  Cada Plano de Gravação deve possuir  um significado  para  o  espectador,  que  o  auxiliará  a compreender melhor a história que queremos contar.

             Podemos  gravar  nosso  cenário,  com  pessoas  e objetos,  de  vários  ângulos  e  distâncias.  Os  Planos  de Gravação não são regras, nem rígidos, mas sim uma base de entendimento  entre  a  equipe,  o  Diretor  de  Fotografia  e  o Diretor.

Planos de Gravação

Page 2: Planos de gravação

         Este  é  um  dos  tipos  de  “Take  de  Localização”.  Com  esta imagem  criamos  uma  ambientação  e  designamos  uma  localização para  a  sequencia  de  imagem  que  a  seguirá.  Este  Take  passa  uma ideia de grandeza do local, muitas vezes com o “homem” sendo um item insignificante do cenário. No cinema este plano funciona bem, já  na  televisão  é  pouco  explorado,  por  perder  os  detalhes  na  tela pequena. 

Grande Plano Geral

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        O Plano Geral também é um “Take de Localização”, mas é mais fechado  e  integra  mais  os  personagens  ao  ambiente.  Com  este plano  podemos  mostrar  melhor  os  detalhes  do  cenário. Psicologicamente, este plano pode passar a ideia de pequenez do “homem”, ou o efeito global de uma ação. 

Plano Geral

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        O  Plano  Conjunto  é  utilizado  para  mostrar  um  grupo  de personagem interagindo no cenário. O Plano Conjunto substitui o Plano  Geral  na  Televisão,  pois  define  melhor  os  personagens. Existem algumas divergências sobre o Plano Conjunto, pois alguns profissionais  definem  que  quando  um  personagem,  sozinho  em cena,  está  de  corpo  inteiro  também  é  um  Plano  Conjunto.  No entanto,  para  melhor  definição  de  termos,  utilizaremos  a subdivisão Plano Inteiro.

Plano Conjunto

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        Plano  Inteiro,  ou  Plano  Aberto,  é  utilizado  para  mostrar  o personagem,  de  corpo  inteiro,  interagindo  com  o  cenário. Muito similar  ao Plano Conjunto, mas diferenciando-se pela quantidade de pessoas em cena. Este plano passa a ideia de uma ação global, na qual o personagem está inserido em um cenário e sua ação se integra ao mesmo. 

Plano Inteiro / Plano Aberto

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       O  Plano  Americano  foi  primeiramente  utilizado  nos  filmes  de  “Velho Oeste”,  pois  era  necessário  mostrar  o  coldre  das  armas.  Se  repararmos  o nosso dia-a-dia, quando estamos, em pé, conversando com alguém, a vermos em  Plano  Americano.  Por  isso,  utilizamos  este  plano  para  passar  ao telespectador a ideia de que ele está participando da cena. Este é um plano que mostra muito movimento do personagem e pouca expressão facial. Pode ser  utilizado  para  demonstrar  familiaridade,  dramaticidade  corporal  e  ação corporal.

Plano Americano

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       Podemos dizer que o Plano Médio enquadra da cintura  (mais ou menos) para cima. Este  já é um plano bastante  intimista, pois possui  ação  e  definição  da  emoção  facial  do  personagem.  O cenário  se  torna  menos  importante  que  o  personagem.  O  valor expressivo e dramático deste plano é grande para a  narrativa.

Plano Médio

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       O  Plano  Próximo  abrange  do  tórax  para  cima.  Este  plano  se assemelha  muito  ao  Plano  Médio  em  termos  de  narrativa,  no entanto, este mostra menos a ação e mais da expressão  facial. O Plano Próximo é muito utilizado no Telejornalismo.

Plano Próximo

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       O Primeiro Plano é a imagem do ombro para cima. Neste plano  o  que  importa  é  a  expressão  do  personagem.  O cenário é o que menos  importa. Utilizamos este plano para demonstrar  as  emoções  faciais  como  amor,  alegria, desespero  e  medo.  Muito  utilizado  como  um  plano  de impacto ou plano para demonstrar a reação do personagem.

Primeiro Plano / Close-up

Page 10: Planos de gravação

     Caracteriza-se  por  termos  o  rosto  do  personagem  dominando completamente a cena. Em termos psicológicos, seu uso é similar ao  do  Primeiro  Plano,  com maior  ênfase  a  expressão  dos  olhos, nariz e boca.

Primeiríssimo Plano / Super-Close

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     O  Plano  Detalhe  é  utilizado  para  ressaltar  determinada ação, parte do corpo  (olhos, boca, pés, mão, etc) ou objeto (Logo de um carro, uma fruta, etc).

Plano Detalhe / Extreme Close-up

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  Imagine, se na conversa, ambos os personagens estivessem frente-à-frente, mas em close estivessem ambos olhando para o mesmo lado? Isso  seria  uma  inversão  de  eixo.  Para  contornarmos  este  problema devemos  traçar  uma  linha  imaginária,  como  na  figura  acima,   pelos personagens  e  um  ângulo  de  180º  que  a  câmera  não  deverá ultrapassar.  Assim,  quando  um  personagem  está  de  frente,  o  outro está de costas e vice-versa, sem confundirmos a cabeça do espectador.

Campo e Contra-campo

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  Utilizamos  o  Campo  e  Contra-Campo  para  estabelecer  uma  sequência  de conversas.  Ao  gravarmos  uma  conversa  entre  dois  personagens  ou  um personagem  olhando  para  determinado  objeto,  precisamos  estabelecer  a localização espacial de ambos. No caso de gravarmos um Plano Conjunto onde os personagens estejam se olhando frente-à-frente, um à esquerda e outro à direita,  para  depois  gravar  os  personagens  em  separado  (em  qualquer  dos planos  pessoais  individuais)  devemos  atentar  para  a  direção  do  olhar  do personagem. 

Campo e Contra-campo

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  Os  planos  de  gravações  foram  definidos.  Como  padrão,  estes planos  são  todos  com  o  ângulo  no  mesmo  nível  da  testa  do objetivo ou centro do objeto. O que acontece se você alterar este ângulo? E se eu gravar mais do alto ou mais baixo? Assim como os planos  possuem  significados  subjetivos,  os  ângulos  também  os possuem. Vamos às definições:

Ângulos de Gravação

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  Este  ângulo  é  muito  utilizado  como  contra-campo  e  para estabelecer o que o personagem está vendo. Este enquadramento é muito utilizado em entrevistas também.

Over the Shoulder

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  Gravar alguém do alto, em Plongée, pode passar  intenções diversas. Dependendo do contexto, você pode  interpretar o objeto/objetivo  como  inferior,  infantil,  insignificante,  fraco, pequeno,  humilde  ou  desprezível.  Este  é  um  ótimo  ângulo para demonstrar menosprezo, mas  também a  altura de um local.

Plongée

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  Essa artimanha já havia sido utilizada para endeusar Lênin (October- de 1927) e Hitler (Triumph of the will – de 1934- dirigido por Leni Riefenstahl).  

O  Contra-Plongée,  pode  passar  diversas  intenções, dependendo  do  contexto.  Este  ângulo  sugere  grandeza  física  ou moral, superioridade, poder, arrogância, força, nobreza e domínio.

Contra-Plongée

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  Este  ângulo  denota  fraqueza,  humilhação,  insignificância. Obviamente,  a  interpretação  subjetiva  desta  imagem  depende sequência de imagens que você está utilizando.

Zenital

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Este ângulo é  similar  ao Contra-Plongée,  também denota poder.  Esteticamente  é  melhor  utilizado  com  animais  voando, aranhas descendo ou objetos similares.

Nadir

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Este  ângulo  é  utilizado  para  expressar  a  visão  do personagem,  sua  maneira  de  ver  o  mundo  e  as  ações  que  o cercam.

Subjetiva

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Embora existam diferentes números de linhas na formação da  imagem  na  TV  em  diferentes  países,  todos  os  sistemas adotaram,  desde  a  invenção  da  televisão,  a  proporção  4:3.  Esta relação  proporcional  nas  medidas  de  um  quadro  de  imagem  é chamado de aspect ratio. 

O aspect ratio de 4:3 adotado pela TV era compatível com as  telas  de  cinema  que  antecederam  o  formato  CinemaScope, Vista - Vision e Panavision. (MARQUES, 2007).

Escala de planos na TVS (4/3) e na HDTV (16/9)

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Sendo o formato 16:9 o padrão de aspecto para a imagem na TV Digital, surgem diversos problemas envolvendo a produção e a exibição:

- toda  produção  televisiva  ocorrida  até  agora,  incluindo  todo material  em  arquivo  nos  centros  de  documentação,  estão  no formato 4:3;

-  alguns  parque  técnico  atual  de  pequenas  redes  são  compostos por  câmeras,  gravadores,  switchers  de  vídeo,  geradores  de caracteres, distribuidores de vídeo, monitores de vídeo e todos os demais equipamentos periféricos, que processam o vídeo em 4:3;

Escala de planos na TVS (4/3) e na HDTV (16/9)

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- as  emissoras  deverão  transmitir  o  sinal  de  vídeo  da programação  no  sistema  analógico  e  no  sistema  digital, simultaneamente, até o ano de 2016;

- a transmissão digital permite a  transmissão de sinal em HDTV. EDTV, SDTV e LDTV, nos aspect ratio 4:3 e 16:9;

-  a  transmissão  analógica  permite  apenas  a  transmissão  no formato 4:3.

Escala de planos na TVS (4/3) e na HDTV (16/9)

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Escala de planos na TVS (4/3) e na HDTV (16/9)

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Escala de planos na TVS (4/3) e na HDTV (16/9)

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O  formato  16:9  ou  também  conhecido  como Widescreen  é  um termo em inglês utilizado para uma projeção (de cinema ou outro meio)  ou  monitor  que  tem  um  valor  maior  para  a  razão  entre largura  e  altura  da  tela  ativa  (a  que  exibe  a  imagem)  do  que  o clássico  formato  pitagórico  4:3  (1,3[3]  =  1,333...).  Isso  quer  dizer que  em  cada  1  cm de  altura,  a  imagem  tem  largura  de  cerca  de 1,33 cm.

Os formatos widescreen mais conhecidos são 1,77:1 (16:9), 2,33:1 (21:9)  e  2,66:1  (cinemascope).  Este  último  formato  é mais  usual em salas de exibição e projeção comercial de cinemas.

Escala de planos na TVS (4/3) e na HDTV (16/9)

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Atualmente o  formato widescreen 16:9 é o  formato que é usado em  grande  maioria  nas  produções  de  conteúdos  televisivos.  A esmagadora  maioria  das  televisões  vendidas  atualmente  são televisões 16:9, e muitas delas de alta definição.

Uma tela widescreen oferece uma imagem alargada em relação ao 4:3. É ideal para se ver filmes tais quais eles foram planejados por seus criadores para esse formato. Muitos aparelhos como DVDs ou descodificadores  oferecem  o  recurso  de  ajuste  do  tamanho  da tela,  seja  para  se  "cortar"  as  bordas  da  imagem  ou  criar  duas barras pretas acima e abaixo da imagem nas televisões 4:3.

Escala de planos na TVS (4/3) e na HDTV (16/9)