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Revista Designing

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Revista criada pelos alunos do 4º Semestre de Propaganda, Publicidade e Criação da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Todos os direitos reservados.

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Rufem os tambores para“Depois da Guerra”

Você vai querer voltar no tempo!

A Coca-Cola como vocênunca viu

2 é ruim, 4 é muito bom,mas e 3?

Galerias de uma nova arte

Às vezes, menos também é mais para o cinema

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Editorial DESIGNING_ O Design está diretamente relacionado à Publicidade. o design faz parte da história da humanidade e vem evoluindo junto com a capacidade humana de criar, inovar e resolver questões complexas de formas simples. A ramificação do design escolhida foi o design contemporâneo, pois a intenção da revista é debater os novos métodos de se produzir um objeto de design mais voltado para as grandes massas, ou como o design contemporâneo influencia na produção dos métodos de divulgação de filmes ou como conceitos de design interferem até mesmo na elaboração de eventos e na indústria fonográfica. Outro ponto de discussão é como os designers atuais buscam cada vez mais uma referência criativa em peças do passado para criar trabalhos interessantes e inovadores.

Atenciosamente,Guilherme Ibanes

Mateus OliveiraMatheus Ferreira

Mayara MoreiraMelissa Cristina

Sarah Sangali

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Em 2011, uma onda tomou conta da área de design e afins, ditando “novas” regras e formas de criação visual: o minimalismo. Embora não seja nenhuma vanguarda, essa vertente da Arte ganhou grande atenção dos profissionais atuais, sobretudo daqueles que tentam sempre ir contra a pirotecnia visual em que se vive hoje em dia, seja na Arte, no Design ou até mesmo nos espaços urbanos, e aqui podemos citar como um grande exemplo é a famosa região da Times Square, na cidade de Nova York, repleta de painéis, banners e as mais variadas p a r a f e r n á l i a s e l e t r ô n i c a s . Buscando “aliviar” os olhos – tanto do criador quanto do apreciador – da poluição de signos visuais amontoados dos grandes centros urbanos, designers recorrem cada vez mais àquela que é a arte do menos. Aqui se aplica em sua melhor forma e em seu maior sentido a máxima de que menos é mais. O Minimalismo surgiu nos Estados Unidos no final da década de 1950, lgoo após o prolífero período em que os Estados Unidos alcaçaram

o status de país “criador de arte”, com o Expressionismo Abstrato de Jackson Pollock e Willem de Kooning. Entendida como uma arte sóbria, o minimalismo sugeria a utilizaçãoo única e massiva de elementos abstratos, geométricos e metafóricos. Neste estilo artístico, que julga desnecessário o exercício de pensar a obra, a proposta era que o apreciador precisava apenas se defrontar com o que lhe era exposto e a partir dali criar seu sentido

pessoal. Não havia segredos ou significados fixos, por assim dizer. O sentido da obra era sua realidade física. Tudo era muito racional. Seguindo estes preceitos, a intenção é discutir, pensar e relacionar um chamado “ m i n i m a l i s m o con temporâneo” com o cinema e sua divulgação, até mesmo o brasileiro – mais precisamente os pôsteres que tem por objetivo promover a leva de grandes filmes, lançados em várias épocas. Os cartazes são atuais e propõem a substituição d a q u e l e s c o n v e n c i o n a i s , criados a partir da estética

Sobre Cinema e o Design Minimalista.

THE KING’S SPEECH_O microfone talvez seja o

elemento mais carregado de significado de todo o

filme. Ele pode ser entendido como signo de imposição,

representatividade e encorajamento, visto que o

protagonista – o rei – precisa vencer dificuldades de fala

e dicção para que possa discursar para sua nação e assim ser efetivamente

reconhecido como soberano de seu país.

Por Guilherme Ibanes

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americanizada, com imagens altamente manipuladas por editores avançados de imagem e que não sugerem grandes reflexões como os minimalistas que, por sua vez, selecionam o micro (algum elemento-chave do filme em questão) para transmitir o macro, ou seja, toda a mensagem e ideia do filme. Ou, ainda, para instigar o observador a investigar os significados e até mesmo criar os seus próprios.Os elementos são cuidadosamente

se lec ionados e combinados de modo que haja uma relação com e x p e r i ê n c i a s visuais que o espectador teve enquanto assistia ao filme. Assim que ele se depara com o pôster, se recorda da passagem do filme e constrói sua visão a partir dessas relações. O mais i n t e r e s s a n t e d e s s e s trabalhos é justamente o poder de síntese que se faz possível a partir da construção do cartaz, que preza muito mais pelo sentido do filme do que pelas

imagens em si. Se confrontado com o cartaz original, o minimalista trava um conflito maior que a simples ideia inicial, que é a substituição p u r a m e n t e visual; configura-se um conflito entre emoção e razão, subjetivo e objetivo, reflexão e simples o b s e r v a ç ã o . Enfim, quem vê o pôster passa por um processo eficaz de semiose: repara em um elemento – ou signo – que remete a outro, localizado dentro do filme e exposto na peça observada, que vai fazê-lo lembrar de outro, e outro, e assim o fará criar uma cadeia de pensamento que rapidamente remontará o filme em sua mente. Pode parecer utópico e revolucionário (ou até mesmo ilógico e desafiador) a tentativa de “simplificar” o método de criação de uma indústria tão sedimentada e estagnada, artisticamente falando, sobretudo pelo fato de que o cinema (com especial atenção, aqui, ao norte-americano) produz filmes cada vez mais rapidamente e que precisam de divulgações rápidas e que levem o espectador às salas, e não instigar reflexões acerca

INCEPTION_No filme “A Origem”, a ideia principal é a de inserção e acesso de pessoas a

níveis de sonho e estágios mentais diferentes, a fim de mudar, atrasar

ou antecipar acontecimentos. Tudo isso ainda dentro da mente da

pessoa. O minimalismo conceitual do pôster encontra o surrealismo

da obra.

Ó PAÍ Ó_No exemplo brasileiro, as ligações são simples e fáceis de serem estabelecidas. As cores remetem imediatamente, em âmbito nacional, à região nordeste do país; juntamente a essas cores, vemos no centro do cartaz um instrumento musical típico dessa mesma região e que nos faz lembrar, mais especificamente, do Pelourinho, na Bahia. Feita a percepção desses itens, temos uma ideia básica do assunto ou, pelo menos, do cenário abordado no longa-metragem.

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do projeto visual de um pôster. Na contramão dessa vertente industrial e comercial do cinema, um exemplo real de preocupação artística e conceitual é encontrado na Polônia, onde os cartazes são encarados como verdadeiras obras de arte, remetendo ao estilo de pinturas em quadros. São filmes extremamente conhecidos, mas com identidade de divulgação repaginada e única, causando, primeiramente, estranhamento, depois observação e absorção das mensagens.

THE SHINING_Cartaz polonês para o filme “O Iluminado”, de

Stanley Kubrick.

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Planejando festa de debutante.

Esta é uma matéria com dicas interessantes para quem pretende fazer sua festa de 15 anos, ou para os pais que precisam de alguns conselhos para ajudar suas filhas a fazerem as escolhas certas. São dicas para você melhorar sua festa e, para aqueles que não sabem planejar uma festa de 15 anos, com essas informações, vocês terão uma noção de como iniciar. Exemplo: lista de convidados, arranjos, vestidos, salão, tema e outros aspectos, que são muito importantes para quem planeja preparar uma linda festa de 15 anos.

Temas para festas de 15 anos O tema de uma festa de 15 anos é algo extremamente pessoal, mas isso não quer dizer que dicas não possam mudar sua ideia. Cada menina escolhe o tema que tem mais a ver com ela, com sua personalidade, mas o tema, também, depende de custos, criatividade e tendências em várias épocas. Tendências essas voltadas ao mundo da música, da moda, do cinema ou algo que á adolescente se identifique mais. Existem meninas que são extremamente românticas

ou aquelas que gostam de bastante brilho; existem aquelas que têm visão futurista e outros milhares de estilos e gostos.

Tema festa do Oscar Ideias legais e que estão na moda são: baile de máscaras, filme favorito, uma musica ou um clipe de sua cantora favorita, ou para aquelas que desejam muito glamour e elegância para sua festa, com vestidos e outros apetrechos mais chiques, um estilo festa do OSCAR. Se você gostou desses estilos, o ideal para a festa do Oscar, além das coisas já mencionadas, é usar muito luxo nas peças de roupa, colocar um belo tapete vermelho para sua entrada e, quem sabe, mandar fazer uma estátua da festa do Oscar. Você pode ver os vídeos das festas passadas e tentar fazer exatamente igual. Claro que isso fará você gastar um pouco mais.

Tema Baile de máscaras Um baile de máscaras, regado á muita máscara com plumas, surpreenda! Não avise aos seus

Por Melissa Cristina

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convidados que a festa terá mascaras, ou deixe bem claro, que será uma festa de máscaras, porém a sua máscara será diferente de todas e você é quem vai escolher as máscaras dos convidados. É muito legal esse tipo de festa de 15 anos, sempre tem aquele ar de mistério para descobrir que está atrás da máscara, e o bacana é que você pode caprichar na sua máscara com bastantes plumas e brilhos para causar muito impacto em sua festa. Especialistas em decorações de festas, apontam o vermelho e o dourado em cores misturadas no salão como o tom ideal para esse tipo de festa. Outras sugestões: Circo de Soleil, Festa do Preto e Branco (no convite coloque traje preto e branco e a aniversariante usa um vestido vermelho, ou pink, uma cor que dê muito destaque), Las Vegas (com decoração com dados e cartas, estilo cassino), Festa à Fantasia, Vídeo Game etc.

Convidados para festa de 15 anos.

- Estou brigada com uma amiga. O que eu faço? O que fazer quando você briga com sua melhor amiga bem na época da festa mais especial da sua vida? Quando surge essa data tão importante, as meninas ficam mais sensíveis, porque realmente é um momento especial, então, vem aquela duvida: Convido ou não convido? Perdoar uma pessoa faz bem, mas nesse caso, você pode se estressar. Tente não associar esse momento de fazer as pazes

com um sentimento de pena, a outra amiga pode não aceitar bem. Convide somente se tiver certeza que sua amizade está totalmente concretizada.

Cortando pessoas para festa de 15 anos. As meninas nessa idade geralmente têm muitos conhecidos, a turma da escola, o pessoal da igreja, aula de inglês e assim por diante, mas nem toda pessoa que é conhecida, é amiga! A festa de 15 anos é um momento para estar com as pessoas mais próximas como: família e amigos do dia a dia. Para cortar uma pessoa de uma festa de 15 anos, não basta só não convidar, geralmente as pessoas ficam magoadas por não terem sido convidadas, então nesse caso: Seja uma pessoa honesta, porém não seja mal educada. Fale para pessoa que a festa será pequena e infelizmente não deu parar chamar todo mundo.Se a pessoa insistir, fale a verdade: Eu não chamei porque a festa era pequena e eu preferi chamar só os mais próximos. Use esse argumento em último caso.

Quem eu não posso esquecer e como evitar intrusos? Não tem coisa pior que preparar uma festa de 15 anos, gastar uma fortuna com arranjos, roupas, comida, espaço e uma pessoa qualquer (penetra), usufruir de tudo sem ao menos te conhecer! Organizadores de festas de 15 anos

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geralmente distribuem convites individuais. Esses convites vêm com logomarcas e números de identificação. Faça isso e deixe bem claro que é proibido ficar entrando e saindo do ambiente, assim você evita penetras em sua festa. Você pode também fazer algo mais moderno e sofisticado, como: cartões magnéticos, carimbos invisíveis para passar na luz. O ideal para que isso seja bem feito é contratar uma empresa para cuidar do cerimonial e da recepção. Se estiver com medo de esquecer alguma pessoa, pense nos convidados com antecedência, elaborando listas em grupos, verificando todas as pessoas da sua rede social e pedindo opiniões de suas amigas mais próximas sobre cada conhecido. O primeiro grupo de pessoas que você deve chamar são os membros da sua família. O segundo grupo são os amigos mais próximos, aqueles que estão com você todos os momentos.

Dicas de cores para sua festa de 15 anos

As festas de hoje estão fugindo um pouco do tradicionalismo, usando temas citados anteriormente, ou temas mais extravagantes. Isso não é um problema! O problema é você fazer um tema de Penélope Charmosa, por exemplo, e achar que a festa vai estar completa se você colocar um rosa específico na decoração. O importante em temas como esse é usar vários tons de rosa como: rosa pink, chiclete ou até um lilás suave. A tendência de ficar uma

decoração totalmente exagerada por uma cor só é bem alta! Assim como Festas futuristas pedem tons metalizados. O gosto para cores às vezes tem que ser controlado! Você pode gostar de cores com contraste nada interessante. Imagine uma decoração com uma cor azul e com detalhes em laranja, ficaria bem fora de sintonia. Procure usar cores fortes em tecidos da mesa, arranjos de flores e tenha bastante cuidado com todas as cores da sua decoração. Você pode estar sujeita a uma festa muito criticada.Esta sugestão de cores ficou super interessante e moderna. Roxo, amarelo e laranja. O colorido é uma ótima tendência para essa festa, normalmente vemos muito rosa, lilás, cores suaves, mas fica lindo o colorido!

Tendências

A seguir, tem algumas fotos de decorações de festas de 15 anos que Roberto Cohen fez. O blog dele é: http://bloglog.globo.com/robertocohen

Uma ideia legal para esse tipo de festa é a “Profusão”, ou seja, os globos abaixo, na pista estão todos juntos e são muitos, para dar destaque a algo. A festa de 15 anos remete a festas de casamento, devido ao

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requinte e trabalho para preparação, mas é preciso lembrar que são festas diferentes. Você pode convidar sua família para chegar mais cedo e seus amigos mais tarde. Pode também ter dois ambientes, um para adultos, família, e outro para os adolescentes, onde acontece a balada.

Tendências para festas de 15 anos:- Recepcionista Virtual (fala com a pessoa que está entrando)- Duelos de DJ’s- Barman- Mesa de Guloseimas- Escolas de samba- Fotos Animadas- Mágicos- Caricaturistas- Performances- Shows Artísticos- Treliça pendurada- Plotagem e Luz (Led)- Passar clipes- Escultura de gelo- Piso Interativo

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Cover Art: Depois da Guerra. O Oficina G3 tem singelos 30 anos de banda, e é considerada uma das maiores bandas de rock do Brasil. Já passaram por Pop Rock, Hard Rock, Rock Acústico, e no seu último trabalho, o aclamado “Depois da Guerra”, se encontrou com o metal progressivo. Em meio, principalmente, ao bombardeio de riffs, pedais duplos e melodias absurdas de teclado, somos acalentados por letras que falam sobre fé, amor, esperança, e persistência na vida. Isso porquê cada faixa parece carregar a essência da capa: pétalas de rosas caindo sobre montes de pedras. É o mais doce, envolvendo e sendo envolvido pelo mais rude. De fundo, temos um cenário em poucas cores frias e apagadas, e linhas duras, um cenário de completa destruição e caos, com ruínas de uma cidade vítima da guerra e da opressão. Ao centro, no entanto, em um vermelho forte, pulsante, quase vivo, uma rosa, sem espinhos mesmo, para deixar mais clara a pureza da cena, sendo embalada por pétalas que caem do céu. À primeira vista, logo entendemos o conceito da capa, que casa perfeitamente com o título do cd e as mensagens das músicas: Entendemos que, mesmo na guerra, batalhando e sofrendo por nossas vidas, temos de manter a esperança, porque nesses momentos, as menores coisas, aquilo que muitas vezes menos esperamos, virá nos consolar e nos dar força para seguir. Em meio a toda guerra, há uma rosa sobrevivente. Mas, vamos um pouco mais fundo. Além do contraste

que berra aos nossos olhos entre as ruínas de fundo, e as pétalas vermelho vivo, há muitas mais mensagens. O ângulo de visão que nós temos da cena é de baixo para cima, sugerindo a idéia de que o auxílio está vindo dos céus, e está diponível a todos nós. É quase como se, mirando e focando no alto, pudéssemos alcançar o que está além do fim do caminho. Notemos, também, que o que está destruído são os prédios, as construções dos homens. Homens destruíram as obras de suas próprias mãos. Mas não puderam se levantar contra uma simples e pura rosa. Aquilo que nós não criamos, não podemos destruir. Isso é tudo confirmado pelo fato de a rosa brotar do meio dos entulhos e montes de pedras. Nada pôde impedir essa

Capa do disco “Depois da Guerra”, da banda Oficina G3

Por Mateus Oliveira

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rosa de crescer. Mais. O vermelho é uma cor agressiva, quase violenta, sempre impactante e imponente. Ainda assim, na capa, ele é aliado a pétalas que parecem estar levitando na brisa suave de uma paz que está sendo instaurada. Porque esse contraste? Para mostrar que a mais suave da esperança pode prevalecer contra a dureza do sofrimento? Esse vermelho, que resiste tanto no meio do caos, chama nossa atenção. Ele parece nos convidar a lembrarmos de seguir, marchar, porque a esperança não nos deixará perecer. As pétalas caem de um céu nublado e frio, mas que parece estar cedendo, e se abrindo para mostrar seu azul. Seriam as pétalas que estariam abrindo os céus? E será que esse vermelho caindo, quase como gotas de sangue, é meramente uma coincidência? Quem conhece os conceitos cristãos sabe que não. A capa do “Depois da

Guerra” é uma linda composição. Não é abstrata, nem conceitual em excesso. E casa perfeitamente com a obra-prima do Oficina G3, uma banda que há 30 anos, mostra a que veio. Tanto, que serviu de base para cenários de shows, e todo o site da banda havia sido reformulado, agora sendo apresentado como uma cidade se reerguendo. A capa, as músicas, a missão da banda, e aquelas mensagens citadas lá em cima, de fé, amor, esperança, e persistência na vida. Todo esse conjunto berra restauração. Para encerrar esse artigo, como sempre com uma mensagem positiva, o refrão da música “Continuar” que é para mim não só a melhor do CD, mas a que mais parece condensar tudo isso:“Luto pra sobreviver com os olhos voltados pro céu. Espinhos me fazem sofrer, resisto na luta com a graça de quem já venceu.”

Cover Art: Depois da Guerra.

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Galeria: Dominado pela tecnologia, a ilustração e o storyboard, o bom e velho lápis e papel parecem que perderam espaço para os computadores e softwares que trabalham por comandos e fazem todo trabalho (ilustrator, After Effects, etc). Mas a velha e boa técnica do lápis e papel, do improviso, do desenho no guardanapo, no papel de pão, é algo que nunca morrerá. Diante disso, trouxemos três ilustradores distintos com portfólios de peso que demonstram que é possível chegar a bons resultados tanto na ilustração digital quanto na ilustração à mão livre. Sem menosprezar nenhuma das técnicas, o mundo do design agradece a ambas os excelentes resultados obtidos e que cada vez se aperfeiçoam mais.

Jed Heuer Portfólio: http://jheuer.com/

Jed Heuer, ilustrador, trabalha com as duas técnicas. Nessa edição trouxemos alguns estudos tipográficos, onde ilustrador brinca com a anatomia humana.

Por Mayara Moreira

Especial

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Fausto Baena GarcésPortfólio: http://www.behance.net/el_mono

O ilustrador Fausto Baena Garcés possui uma coleção de trabalhos incríveis. Através da ilustração digital consegue chegar a resultados hiper realistas e

de excelente qualidade.

Tom RedfernPortfólio: http://www.iamtom.net/

Processo criativo do ilustrador Tom Redfern que trabalho primeiro com a ilustração a mão e finaliza digitalmente.

Especial

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Passado, Presente e Futuro das Embalagens

O design de embalagem é uma especialidade do design voltada exclusivamente para o projeto tanto gráfico como estrutural deste componente dos produtos de consumo.

Por suas características peculiares o design da embalagem exige uma abordagem projetual sofisticada e complexa que precisa responder a uma série de exigências técnicas, estéticas e mercadológicas uma vez que na maioria das vezes ela

é projetada em uma indústria fabricante de e m b a l a g e n s para ser utilizada na linha de envase de outra indústria fabricante dos produtos.

A embalagem não é apenas um objeto de armazenamento e transporte do produto, mas sim o que

possibilita aos consumidores uma relação afetiva individual com o produto através de uma linguagem visual própria construída ao longo de séculos de evolução que acompanhou as transformações da sociedade de consumo e a evolução da tecnologia de materiais, processos industriais e sistemas de impressão e rotulagem.

A embalagem é a identidade da empresa a qual ela representa e em muitos casos é o único meio de comunicação do produto. O bom designer precisa conhecer esta linguagem para poder se comunicar de forma inteligível com os consumidores e também para poder inserir o produto na linguagem visual da categoria onde ele vai competir. O consumidor não separa a embalagem do conteúdo, para ele os dois constituem uma única entidade indivisível, portanto, o conhecimento do consumidor, seus hábitos e atitudes em relação ao produto devem ser conhecidos e compreendidos pelo design ao desenhar a embalagem.

A embalagem funciona como uma poderosa ferramenta de marketing podendo servir como suporte para uma série de ações promocionais sendo que a maioria dos produtos existentes tem embalagem e uma boa parte desses produtos que contém embalagem são os produtos vendidos em supermercados no qual não tem qualquer apoio de promoção ou propaganda, dependendo exclusivamente da embalagem para competir.

Assim o design de embalagem é uma atividade que requer conhecimentos e habilidades multidisciplinares do designer que a pratica, envolve design, marketing, tecnologia, conhecimento do consumidor e comunicação

A mais antiga garrafa de Coca-Cola 1899

Por Sarah Sangali

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especializada.

Coca-Cola: Muitas marcas fizeram uso da embalagem para aprimorarem seus produtos, mas, a Coca-Cola talvez seja a que mais tenha utilizado esse recurso. A marca sempre esteve atenta a mudança de comportamento da sociedade e lançou embalagens práticas a cada época. A primeira fábrica de verdade foi instalada na então capital, Rio de Janeiro e em 1943, a Coca-Cola abriu em São Paulo sua primeira filial no país onde ocorreu o primeiro passo, em 1959, para implantar o conceito de vasilhame em casa e a venda em domicílio. Na virada da década, início dos anos 60, a companhia lançou o produto na garrafa média, 290 ml. Em 1988, a empresa inundou o mercado brasileiro com várias novidades. Primeiro, as embalagens one way, depois, a tampa com rosca, que abriu espaço para outras embalagens maiores, que dificilmente poderiam ser acondicionadas em pé nos refrigeradores convencionais. Em julho de 1990, a Coca-

Cola revolucionou novamente e lançou a lata de alumínio 100%

reciclável para toda a sua linha de produtos. Pouco tempo depois chegava ao mercado a Super Família, garrafa plástica retornável que, além de pratica, atendia às exigências da legislação i n t e r n a c i o n a l de proteção ambiental e saindo a frente de outros países. Em 2001, a famosa garrafa contour, marca registrada da Coca-Cola , foi relançada no mercado brasileiro para reforçar autenticidade e e x c l u s i v i d a d e da marca onde queriam uma garrafa que fosse facilmente identificável no escuro, mas fato mesmo é que os designs das garrafas da

Coca-Cola já evoluíram e muito, e a cada novo projeto, os traços da embalagem seguem tendências contemporâneas e talvez de vanguarda. A Coca-Cola faz um trabalho fantástico com sua embalagem

Garrafa contour original, 1915.

No Brasil, a cada ano durante o São Paulo Fashion Week, a Coca-Cola Brasil, lança a sua edição limitada da Coca-Cola Ligth.

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clássica, a garrafa contour, ao chamar designers, estilistas para dar uma “outra cara” para seu produto, isso faz com que a marca rejuvenesça e muito. Para a comemoração dos 125 anos da marca alguns designers foram buscar inspiração nas pin-ups , que faziam as propagandas do refrigerante na década de 40, com o objetivo de criar uma identidade visual global para a ocasião e reconectar os consumidores com o lado emocional da empresa, mas de forma contemporânea. Criação da designer francesa

Julien Muller

Com o nome de Mystic, este concept para embalagem da Coca-Cola, criada pelo designer Jerome Olivet, impressiona pela beleza e intensidade das curvas

Latas em comemoração especial dos 125 anos da Coca-Cola, com inspiração no Pin-ups

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Veloster: 2 é ruim, 4 é muito bom, mas e 3?

Uma das coisas mais desafiantes do mercado de trabalho é, com certeza, a apresentação de um novo projeto ou conceito. Lembro-me de que em algumas poucas vezes que passei por esta situação, algumas perguntas sempre estavam presentes em minha cabeça, e se eu não as respondesse durante a apresentação do meu projeto, com toda certeza, meu diretor faria questão de realizá-las ao termino de minha apresentação, ou, se estivesse em um dia ruim, nem mesmo me deixaria começar se não as respondesse: “O que este produto tem de diferente dos nossos demais concorrentes?”; “Isto vai me dar dinheiro? Como?”. A resposta da primeira questão deve ser concreta e objetiva, e é ela que dará base para as demais questões, é nesse ponto que, imagino eu, os designers do Hyundai Veloster deve ter acertado. Em cheio. “- Ele tem três portas!”. Se não foi desta forma, a resposta à primeira questão deve ter soado bem semelhante a isso. Claro que pode parecer loucura fazer um carro de apenas três portas, pois num primeiro momento, um carro de três portas soa como um carro de quatro,

que por alguma desvantagem – talvez redução de custos – acabou perdendo uma delas. Você deve estar pensando que a equipe de design deveria mudar imediatamente para o setor de Marketing, visto que conseguiram convencer os diretores de que a melhor opção seria apostar naquele projeto, mas eles tinham um grande fator que os ajudou nesse projeto: três portas tornam um produto diferente. Se tem uma coisa que um produto precisa ser pra se destacar é diferente. Na verdade, não foi só o fato das portas serem em número ímpar que chamou atenção, o design do carro é uma mistura de Cupê (Do francês “Coupé”, que significa cortar; um modelo de carro sedan com uma redução da parte atrás do banco traseiro e porta-malas mais compacto.) com uma moto de alto esporte, sem contar as especificações técnicas, que eu prefiro deixar para quem realmente entende do assunto. O resultado é um carro impecável no quesito Design. Em relação à usabilidade, a própria marca fez questão de explorar este ponto falho de uma maneira um pouco inusitada em propagandas feitas para a web,

Por Matheus Ferreira

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onde mostra que não ter uma porta de passageiro do lado esquerdo pode evitar acidentes. Genial. Mas a última questão que ainda não foi abordada: “Isto vai me dar dinheiro?”. Na data de lançamento, o carro estava com valores que variavam entre 63 a 66 mil reais. No entanto, a procura foi tão grande, que antes mesmo do carro chegar, as unidades do mesmo modelo já estavam sendo vendidas com valores entre 68,7 e 70,4 mil reais. Avalia-se que para se ter um Veloster na cor branca, o valor é ainda mais salgado, chegando a incríveis 77,4 mil reais, devido à alta procura e tendência de veículos brancos.A relação uma porta a mais ou a menos é mais ou menos como a

questão do copo meio cheio ou meio vazio. Neste caso podemos aprender que com um bom toque de design e uma pitada de propaganda eficiente, é possível deixar o copo bem cheio. Não só o copo, quanto o bolso dos acionistas da Hyundai.

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RALPH LAUREN ROMANCE

T H E W O M E N ’ S F R A G R A N C E B Y R A L P H L A U R E N