Rotas acessiveisparatodos adaptse

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Diretrizes de projeto para a prática do conceito de design universal em rotas acessíveis de ambientes urbanos do campus da UFMG. Design guidelines for urban development of accessible routes in UFMG campus according to principles of universal design.

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  • 1. ROTAS ACESSVEIS PARA TODOS NA REA URBANA DO CAMPUS UFMG PAMPULHA : DIRETRIZES TCNICAS DE APLICAO DA ACESSIBILIDADE UNIVERSAL 2013 PROPLAN - DPFP

2. Laboratrio ADAPTSE da Escola de Arquitetura da UFMG ADAPTSE : Acessibilidade em Design e Arquitetura para Pesquisa e Treinamento em Servios de Extenso Equipe tcnica: Prof. Dr. Marcelo Pinto Guimares idealizao, coordenao, superviso, edio, reviso e responsabilidade tcnica Andrezza Martins Alves levantamento de dados, sntese formal, modelagem 3-D Yaana M. C. Soares Sousa Lima levantamento de dados, sntese formal, modelagem 3-D UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Cllio Campolina Diniz, Reitor Rocksane de Carvalho Norton, Vice-reitora Joo Antonio de Paula, Pr-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento - PROPLAN Maurcio Jos Laguardia Campomori, Pr-Reitor Adjunto de Planejamento e Desenvolvimento PROPLAN Renata Siqueira, Diretora do Departamento de Planejamento Fsico e Projetos DPFP Frederico de Paula Tofani, Diretor da Escola de Arquitetura da UFMG Ficha tcnica: Guimares, M. P., Alves, A. M., Lima, Y. M. C.S.S. Rotas Acessveis Para Todos na rea Urbana do Campus UFMG Pampulha: diretrizes tcnicas de aplicao da acessibilidade universal. Laboratrio ADAPTSE, EAUFMG. Dezembro, 2013 3. Sumrio Apresentao Objetivos Regulamento de Uso e Ocupao do Solo Antecedentes Definies Essenciais Acessibilidade ambiental Desenho universal Rota Acessvel Mobilidade Reduzida Orientao nos ambientes Locais de estudo de casos Caractersticas dos problemas Mapeamento do confronto entre pedestres e veculos Travessias de pedestres Rebaixos no passeio Passarela elevada 4. Caladas Faixa livre para caminhada Faixa de mobilirio urbano Faixa de acesso s edificaes Superfcie do piso Arborizao Transporte: automveis, bicicletas e nibus Estacionamento nas vias Bicicletas Pontos de nibus Inclinao das vias Sinalizao Piso ttil de alerta Placas de orientao Rampas e Escadas Casos Especficos Sugesto de materiais Indicao bibliogrfica 5. Apresentao O presente trabalho visa retratar primordialmente aspectos de acessibilidade em desenho universal por meio de rotas acessveis. Para tanto foi realizada uma pesquisa de campo, com coleta de imagens que ilustram problemas e potencialidades do Campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais. Esse levantamento de dados na regio central do campus ocorreu durante os meses de junho e julho de 2013. Aps o material coletado e sua anlise, foram elaborados padres de soluo tcnica dos principais problemas encontrados na rea em estudo. Aps completada esta fase, o trabalho pode ser ampliado na considerao de reas onde as solues tcnicas so incomuns e divergem algumas caractersticas dos padres tcnicos. 1 6. As informaes tcnicas disponibilizadas nesta publicao foram extradas de trabalhos tcnicos do acervo do Laboratrio ADAPTSE alm de outros afins encontrados pela internet. Tais informaes no se prendem ao requesitos mnimos embora estejam em conformidade com exigncias e recomendaes da legislao especfica de mbito federal, estadual e municipal, notadamente, do Decreto Federal n 5.296:2004, e da Norma Brasileira ABNT NBR 9050:2004. Alm desses, o estudo aborda parte do contedo do Cdigo de Trnsito Brasileiro 2 7. O objetivo principal desta publicao gerar padres de referncia para solues arquitetnicas e urbansticas de adequao do Campus UFMG - Pampulha acessibilidade pela prtica do desenho universal. Com tais solues, torna-se possvel desenvolver e aplicar num planejamento estratgico as solues cabveis em desenho tcnico executivo e com isso gerar ambientes inclusivos e satisfatrios para todos. Isso deve proporcionar experincias e vivncias equivalentes para usurios com diversidade de perfil ergonmico, scio-cultural e de problemas de orientao e mobilidade no meio edificado. Objetivos 3 8. Regulamento de Uso e Ocupao do Solo do Campus da Pampulha da UFMG - Resoluo N 08/2009, de 16 de junho de 2009) Os princpios da sustentabilidade, da eficincia energtica e da acessibilidade ambiental para todos devero ser assegurados nas edificaes do Campus,. Art. 2 Somente podero ser acrescentadas ao atual sistema virio vias para uso exclusivo de pedestre e vias para a circulao de bicicletas. Art. 3o O sistema virio j consolidado dever receber tratamento urbanstico adequado e controle para trfego calmo, circulao de pedestres, circulao de bicicletas e acessibilidade ambiental para todos. 4 9. Regulamento de Uso e Ocupao do Solo Da Acessibilidade Art. 15. Todas as edificaes prediais da UFMG e os espaos urbanos de uso pblico devero garantir a acessibilidade ambiental para todas as pessoas, incluindo-se pessoas com necessidades especiais por motivo de idade, gravidez, leso neuro-motora ou sensorial ou outra condio fsica sob efeito de uma deficincia permanente ou temporria. Art. 16. A exigncia da acessibilidade ambiental para todos deve sempre ser satisfeita, simultaneamente, na ocasio em que for efetivada cada uma das fases de planejamento, projeto para interveno ambiental, execuo de obras construtivas, da licitao de contrato para servios de terceiros e das aes de gerenciamento administrativo e de manuteno, conforme as disposies estabelecidas em lei. 5 10. Constituio Federal Art. 227 1 II ... integrao social do adolescente portador de deficincia, mediante o treinamento para o trabalho e a convivncia, e a facilitao do acesso aos bens e servios coletivos, com a eliminao de preconceitos e obstculos arquitetnicos. 1988 1989 Constituio Estadual de Minas Gerais Art. 224 1 I estabelecer normas de construo e adaptao de logradouros e edifcios de uso pblico e de adaptao de veculos de transporte coletivo 1986 Resoluo n 20/97 Art. 7 Todos os projetos arquitetnicos para as obras a serem construdas devero levar em conta, obrigatoriamente, os deficientes fsicos, incluindo os idosos, como possveis usurios. 6 11. Antecedentes Lei N 10.098/2001 Art. 11. A construo, ampliao ou reforma de edifcios pblicos ou privados destinados ao uso coletivo devero ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessveis s pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida. 20001997 Resoluo n 05/97 Art. 2 Todas as edificaes prediais da UFMG tpicas e atpicas devero garantir acessibilidade para todas as pessoas incluindo-se os portadores de necessidades especiais por motivo de idade, gravidez, leso neuro-motora ou sensorial ou outra condio fsica sob efeito de uma deficincia permanente ou temporria. 7 12. 2004 Decreto Federal n 5296 Art. 10 A concepo e a implantao dos projetos arquitetnicos e urbansticos devem atender aos princpios do desenho universal, tendo como referncias bsicas as normas tcnicas de acessibilidade da ABNT, a legislao especfica e as regras contidas neste Decreto. 2009 Resoluo do Conselho Universitrio N 08 / junho O CONSELHO UNIVERSITRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS considerando a proposta formulada pela Comisso de Obras e Patrimnio, e, considerando ainda que: ... . os princpios da sustentabilidade, da eficincia energtica e da acessibilidade ambiental para todos devero ser assegurados nas edificaes do Campus. 8 13. Antecedentes Art. 1o O sistema virio do Campus da Pampulha deve manter o seu carter local, privilegiando o trnsito de pedestres, de bicicletas e de veculos automotores de transporte coletivo interno. Art. 2o Somente podero ser acrescentadas ao atual sistema virio vias para uso exclusivo de pedestre e vias para a circulao de bicicletas. Art. 3o O sistema virio j consolidado dever receber tratamento urbanstico adequado e controle para trfego calmo, circulao de pedestres, circulao de bicicletas e acessibilidade ambiental para todos. Art. 15. Todas as edificaes prediais da UFMG e os espaos urbanos de uso pblico devero garantir a acessibilidade ambiental para todas as pessoas, incluindo-se os portadores de necessidades especiais por motivo de idade, gravidez, leso neuro-motora ou sensorial ou outra condio fsica sob efeito de uma deficincia permanente ou temporria. Art. 16. A exigncia da acessibilidade ambiental para todos deve sempre ser satisfeita, simultaneamente, na ocasio em que for efetivada cada uma das fases de planejamento, projeto para interveno ambiental, execuo de obras construtivas, da licitao de contrato para servios de terceiros e das aes de gerenciamento administrativo e de manuteno, conforme as disposies estabelecidas em lei. 9 14. 10 15. Definies essenciais Sero apresentadas a seguir as definies dos conceitos essenciais de Acessibilidade Ambiental, Desenho Universal, Rota Acessvel, Mobilidade Reduzida e Orientao nos ambientes. Essas definies so importantes para boa compreenso de tais conceitos por meio de reformas e reestruturaes arquitetnicas e urbansticas no Campus Pampulha da UFMG. 11 16. 12 17. Acessibilidade Ambiental Processo da prtica do design inclusivo que propicia a autonomia e o desempenho com independncia a todos os usurios, inclusive os que vivenciam os efeitos de uma deficincia fsica permanente ou temporria. Isso s ocorre mediante a instrumentao dos usurios com a disponibilidade de recursos ambientais sistmicos, flexveis, interligados, lgicos, prximos e padronizados. (Guimares, 1995) Condio para utilizao, com segurana e autonomia, total ou assistida, dos espaos, mobilirios e equipamentos urbanos, das edificaes, dos servios de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicao e informao, por pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida; (DECRETO N 5.296 de 2 de Dezembro de 2004.) Possibilidade e condio de alcance, percepo e entendimento para a utilizao com seguranas e autonomia de edificaes, espao, mobilirio, equipamento urbano e elementos. ( NBR 9050 -2 Edio de 31 de Maio de 2004) . 13 18. 1- Uso equiparvel possibilita experincias compartilhadas e equivalentes para pessoas com habilidades diferenciadas e por isso tem apelo mercadolgico para aceitao geral. 2- Flexibilidade no uso permite ajustes e opes para atender diversidade de preferncias e habilidades no contexto de diferentes atividades. 3- Uso Simples e intuitivo uso sem instrues por linguagem clara e de fcil compreenso, independentemente de experincia, nvel de formao, conhecimento do idioma ou da capacidade de concentrao do usurio. 4- Uso perceptivo comunicao eficaz ao usurio sobre informaes essenciais necessrias, independentemente de sua capacidade sensorial ou de condies ambientais. 5- Tolerncia ao erro reduo de riscos, falhas ou acidentes e as consequncias adversas de aes involuntrias ou imprevistas. 6- Pouco esforo fsico reduo de fadiga, desgaste ou dispndio de energia desnecessria, com minimizao do estresse acumulado e ampliao de desempenho com eficincia e conforto. 7- Tamanho e espao para aproximao e uso espaos e dimenses apropriados para percepo, movimentao, interao, alcance, manipulao e uso, independentemente de tamanho, postura ou mobilidade do usurio. Uma interpretao dos princpios do Design Universal 14 19. Desenho Universal Design Universal a concepo de produtos e ambientes que podem ser usados por todas as pessoas, na mxima amplitude possvel, sem que haja necessidade de adaptaes ou design especializado (Center for Universal Design, 1987). Desenho Universal Concepo de espaos, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas com diferentes caractersticas antropomtricas e sensoriais, de forma autnoma, segura e confortvel, constituindo-se nos elementos ou solues que compem a acessibilidade (NBR 9050 : 2004 e Decreto n 5296 : 2004). 15 20. 16 21. Rota Acessvel Interligao dos locais e elementos da acessibilidade desde os meios de transporte at os cmodos principais de edificaes de modo que uma pessoa possa chegar, deixar seu veculo de transporte, dirigir-se entrada principal pela menor distncia e pelo caminho mais conveniente e seguro, utilizar-se dos recursos de circulao horizontal e vertical no edifcio, e sair pelo mesmo percurso, sem obrigatriamente passar por degraus (Guimares, 2007). Trajeto continuo, desobstrudo e sinalizado, que conecta os ambientes externos ou internos de espaos e edificaes, e que possa ser utilizado de forma autnoma e segura por todas as pessoas, inclusive aquelas com deficincia. A rota acessvel externa pode incorporar estacionamentos, caladas rebaixadas, faixas de travessia de pedestres, rampas e etc. A rota acessvel interna pode incorporar corredores, pisos, rampas, escadas, elevadores, etc. (NBR 9050 : 2004) 17 22. 18 23. Mobilidade Reduzida Dificuldade de uma pessoa em movimentar-se, permanente ou temporriamente, gerando por qualquer motivo reduo efetiva da mobilidade, flexibilidade, coordenao motora e percepo. (Decreto N 5.296 : 2004) Limitada capacidade de uma pessoa de relacionar- se temporariamente ou permanentemente com o meio e de utiliz-lo. Entende-se por pessoa com mobilidade reduzida, a pessoa com deficincia fsica, a pessoa idosa, a pessoa obesa ou a gestante. (NBR 9050 : 2004) 19 24. 20 25. Orientao nos ambientes resultante da habilidade de uma pessoa em se dirigir por entre os elementos do espao ambiental de modo a seguir um determinado roteiro pr-estabelecido de percurso. Identificando e reconhecendo os elementos ambientais ao compor um mapa cognitivo de referncia por meio da percepo sensorial e de instrumentos tecnolgicos assistivos, essa pessoa pode se deslocar de um a outro ponto no espao fsico conforme seu desejo e inteno, alcanando o espao fsico; pode, ainda, impedir impactos acidentais, obter ou evitar contato com outras pessoas, alm de evitar elementos do ambiente fsico (Guimares, 2007). Trata-se dos sistemas de informao de apoio s pessoas. Bons sistemas de sinalizao oferecem aos usurios uma boa localizao. Dessa forma possvel auxiliar as pessoas a se auto orientarem, e conseguirem chegar a seus destinos a partir da sua localizao atual. Num sistema de sinalizao deficitrio, o usurio no tem informao suficiente para decidir seu curso de ao. 21 26. rea do Campus UFMG Pampulha LEGENDA: Campus UFMG Pampulha rea urbana de Belo Horizonte no seu entorno Fonte: Google Earth , ... modificado pelo ADAPTSE Figura 1 - Mapa do Campus UFMG Pampulha 22 27. Locais de estudo de casos Mapa do Campus UFMG Pampulha - Ruas analisadas em Junho de 2013 Fonte: https://maps.google.com/ , ... modificado pelo ADAPTSE R. Reitor Pires C. Albuquerque Rua Prof.Giorgio Schereiber Rua Prof. Baeta Viana Avenida Reitor Mendes Pimentel Rua Prof. Eduardo Afonso Morais Rua Dr. Eduardo Mendes Gomes Junior Rua Eduardo Frieiro Sv. Antonio Carllos LEGENDA Fonte:https://maps.google.com/ Figura 2 - Recorte do Mapa do Campus UFMG Pampulha Figura 3 - Mapa do Campus UFMG Pampulha 23 28. 24 29. Caractersticas dos problemas Nos meses de Junho e Julho de 2013 foi realizado um levantamento de dados sobre os principais problemas relativos aos problemas de mobilidade e de orientao no meio edificado, existentes em algumas vias e caladas da regio central do Campus Pampulha UFMG. Aps essa coleta de informaes, os problemas foram selecionados e agrupados por temas comuns. Em seguida, foram analisados para a definio de padres que atendam e suplantem as exigncias de normas tcnicas e legislao acerca da acessibilidade ambiental para todos. A maior parte dos problemas encontrados se devem manuteno precria ou inexistente, aos projetos inadequados que no esto em conformidade com exigncias normativas sobre acessibilidade, e ao descuido das pessoas que transitam pelo Campus, dentre outros motivos. 25 30. Aps primeiras visitas ao campus Pampulha elaborou-se o mapeamento de locais de travessia. Esse mapa nos permite ressaltar os espaos de grande fluxo de pedestres e que merecem a criao de rebaixos nos passeios e de passarelas elevadas. Atualmente, muitos desses elementos so inexistentes ou esto em ms condies de utilizao pelos transeuntes. Espera-se que, com essas modificaes seja possvel a interligao de trajetos em locais onde originalmente no havia a considerao plena de acessibilidade universal. 26 31. Mapeamento do confronto entre pedestre e veculos Legenda: passarela elevada rebaixos no passeio Figura 4 - Mapa do Campus UFMG Pampulha Mapa geral da rea central em estudo com proposies de passarela elevada e de rebaixos no passeio 27 32. 28 33. Travessia de Pedestres A abordagem sobre faixas de travessias de pedestes enfoca problemas na localizao, demarcao e caracterizao padronizada dos elementos de acessibilidade. O trabalho d nfase ainda rea central do Campus UFMG Pampulha por se concentrar a maior densidade de transeuntes. Na maioria dos casos, a faixa elevada de pedestres deve ser considerada como prioridade. De fato, a conjuno entre uma lombada de reduo de velocidade e a faxia de travessia com sensor parece ser a mais eficaz para assegurar conforto e segurana aos pedestres. Rampas triangulares associadas rampa de acesso calada devem ser implantadas somente em locais onde ocorra complexidade para a restrio do movimento de veculos e para a colocao de contenes laterais no trecho da travessia. 29 34. Legenda: passarela elevada rebaixos no passeio Vista em destaque com algumas situaes existentes de passarela em travessia elevada e de rebaixos no passeio Fonte: https://maps.google.com/ , ... modificado por ADAPTSE Figura 5 - Mapa do Campus UFMG Pampulha 30 Biblioteca Universitria Reitoria FACE ICB Praa de Servios 35. Soluo: Para a adequao acessibilidade dos rebaixos nos passeios e das passarelas elevadas, usou-se como referncia a NBR 9050:2004, que diz a esse respeito: 6.10.11.1 As caladas devem ser rebaixadas junto s travessias de pedestres sinalizadas com ou sem faixa, com ou sem semforo, e sempre que houver foco de pedestres. 6.10.10.2 O dimensionamento da faixa elevada feito da mesma forma que a faixa de travessia de pedestres, acrescida dos espaos necessrios para a rampa de transposio para veculos. A faixa elevada pode estar localizada nas esquinas ou no meio de quadras. Travessia de Pedestre Rebaixos no passeio 31 36. Figura 6- Rua Reitor Pires Albuquerque Figura 5- Rua Eduardo Frieiro Problemas : As rampas rebaixadas nas caladas em muitos casos no tem revestimento com superfcie uniforme e no possuem sinalizao ttil. Isso dificulta seu uso, podendo gerar trepidao e risco de tropeo pessoa com mobilidade reduzida como, por exemplo que use andador ou cadeira de rodas, ou pessoa com caminhar vascilante. Figura 8 - Rebaixo no passeio Rua Eduardo Frieiro Problemas: O revestimento do piso no possibilita uma superfcie uniforme de ligao sem ressaltos ou degrau na faixa livre de circulao. Figura 7 - Rebaixo no passeio Rua Eduardo Frieiro 32 37. Rebaixos no passeioTravessia de Pedestre Soluo: No deve haver ressaltos num desnvel entre o trmino do rebaixamento da calada e o leito da via de veculos. Os rebaixamentos de caladas devem ser construdos na direo do fluxo de pedestres. A inclinao da rampa nesse ponto de rebaixo deve ser constante e no superior a 8,33%. Soluo: Deve ser garantida uma faixa livre no passeio para a passagem transversal travessia. O espao ocupado pelo rebaixamento deve ser na totalidade da largura da faixa de travessia. Em casos de impossibilidade disso, o valor recomendvel de no mnimo, 120cm. Sempre que possvel, no deve haver abas laterais em desnvel e o rebaixo deve ter elemento de proteo como jardins elevados. Em certos casos, as abas laterais dos rebaixamentos devem ter projeo horizontal mnima de 50cm e compor planos inclinados de acomodao. A inclinao recomendada de, pelo menos, de 6,25% a 8,33%. Figura 9 Detalhe esquemtico de rampa para rebaixo no passeio 50cm Largura da faixa Figura 10 Detalhe de rampa para rebaixo no passeio 33 38. Figura 9- Avenida Reitor Mendes Pimentel Figura 12 - Travessia de pedestre com piso irregular Avenida Reitor Mendes Pimentel Figura 8- Rua Giorgio Schereiber Figura 11 - Travessia de pedestre com defeito Rua Giorgio Schereiber Problemas: Nota-se que as travessias de pedestre encontram-se rebaixadas e muitas vezes com superfcies irregulares e descontnuas, impossibilitando a acessibilidade Problemas: A inexistncia de uma superfcie diferenciada na travessia de pedestres gera trepidao ao caminhar devido superfcie irregular dos bloquetes. A inexistncia de piso ttil tambm inviabiliza o deslocamento seguro de pessoas com deficincia visual. 34 39. Travessia de Pedestre Soluo: Para as faixas de pedestre rebaixadas deve-se adotar o dimensionamento previsto no Cdigo de Trnsito Brasileiro Lei n. 9.503, de 1977, anexo II item 2.2.2, o qual define como largura mnima a de 4,0m. Os rebaixos devem estar localizados em lados opostos da via, sendo alinhados entre si num s eixo de direo. Ao longo da direo da travessia, deve ser aplicado o piso de orientao ttil. Na rea dos rebaixos, recomenda-se com prioridade a definio da faixa de travessia na calada por canteiros elevados de jardins, sem rampas laterais. Quando ocorrer rampas triangulares nas abas laterais essas devem ser suaves (menos de 8,33%), e devem ser aplicados os pisos de orientao e de alerta, nas extremidades das rampas. Rebaixos no passeio Figura 13 - Piso ttil da faixa de pedestre rebaixada Figura 14 - Detalhe do piso ttil da faixa de pedestre rebaixada 35 40. Figura 13- Rua Eduardo Frieiro Figura 12- Rua Eduardo Frieiro Problemas: As faixas de pedestre recebem tratamento no uniforme, existindo aquelas rebaixadas, as elevadas e outras zebradas, no se adequando aos parmetros de acessibilidade. Problemas: Em alguns casos devido ao trfego intenso de veculos e a falta de manuteno, a marcao da faixa de pedestre no se faz mais presente devido ao desgaste da tinta. Figura 15 - Falta sinalizao horizontal em faixa de pedestre mal situada nas esquinas da Rua Eduardo Frieiro Figura 16 - Faixa de pedestre no acessvel Rua Eduardo Frieiro 36 41. Passarela ElevadaTravessia de Pedestre Soluo: As faixas de travessia devem receber pintura adequada de acordo Cdigo de Trnsito Brasileiro Lei n. 9.503, de 1977, anexo II item 2.2.2. Alm disso a passarela elevada que compreende a faixa de pedestres deve receber piso de orientao ttil no centro da passagem e o piso de alerta ttil em cada lado onde ocorre a rampa de elevao da pista de veculos. Figura 17 - Exemplo de passarela elevada Figura 18 - Perspectiva da passarela elevada acessvel Figura 19 - Vista de passarela elevada 37 42. Soluo Figura 20 - Detalhe do piso ttil da passarela elevada sarjeta sarjeta calada calada pista de veculos 120cm 120cm mnimo drenagem rampa rampa sinalizao vertical drenagem 265cm 90cm 90cm 38 43. Passarela ElevadaTravessia de Pedestre calada piso ttil direcional piso de alerta ttil passarela elevada sobre a pista de veculos e em nvel com a calada piso ttil direcional piso duplo de alerta ttil em cada lado da passarela piso alerta ttil piso de orientao ttil calada sarjeta sarjeta 39 44. Figura 18- Avenida Reitor Mendes Pimentel Figura 17- Avenida Reitor Mendes Pimentel Problemas: Percebe-se que o piso ttil cermico ou de concreto que foi aplicado sobre a faixa de travessia no adequado para durabilidade. Encontra-se em condies ruins de conservao devido ao trfego de veculos pesados na via onde esse est localizado. Figura 21 - Piso ttil quebrado Avenida Reitor Mendes Pimentel Figura 22 - Piso ttil quebrado Avenida Reitor Mendes Pimentel 40 45. Passarela ElevadaTravessia de Pedestre Soluo: Para locais onde h trfego de veculos deve ser utilizado o piso ttil de metal, pois esse resiste bem ao impacto do fluxo intenso de veculos sobre sua superfcie. As paletas de metal so afixados sobre uma superfcie rgida por meio de hastes ou parafusos resistentes. Figura 23 - Piso ttil metlico Fonte: http://mozaik.com.br/blog/ Figura 24 - Detalhe piso ttil alerta Tipos de formato: (Figura 24) O Piso Ttil de Alerta formado por pequenos troncos de cones em cpula, e servem como alerta para mudanas de direo, desnveis e na proteo de obstculos ou barreiras arquitetnicas. O Piso Direcional formado por barras paralelas em alto-relevo, e orienta o deslocamento de pessoas com deficincia visual ou baixa-viso. Detalhe piso ttil direcional Fonte: ABNT NBR 9050: 2004 41 46. 42 47. Caladas A abordagem sobre caladas envolve caracterizar a distino espacial entre faixas livres para caminhada e a faixas de mobilirio urbano. Alm disso, envolve espaos de estacionamento junto ao meiofio e os meios de acessibilidade para entradas de terrenos e de edificaes. Sobre as caladas de piso uniforme e regular, a demarcao de texturas e cores sobre a faixa livre para caminhada essencial para maior segurana, reduo de conflitos e ambientao. Os pisos tteis so recursos especializados, mas podem ser considerados como exemplo de aplicao do desenho universal ao serem considerados no conjunto de outros elementos essenciais para melhor mobilidade e orientao no meio edificado inclusivo. 43 48. Figura 23- Avenida Reitor Mendes Pimentel Figura 22- Rua Professor Eduardo Afonso Morais Problemas: H uma rvore atrapalhando a passagem dos pedestres pois invade a faixa livre para caminhada. Problemas: Objetos deixados na calada e tambm vegetao sem manuteno prejudicam o uso das caladas, e ocupam a faixa livre para caminhada. Figura 26 - Objetos ocupam a faixa livre para caminhada Avenida Reitor Mendes Pimentel Figura 25 - rvore ocupa a faixa livre para caminhada Rua Professor Eduardo Afonso Morais 44 49. Soluo: A faixa livre para caminhada consiste numa rea de segurana completamente desimpedida de obstculos e imperfeies do piso. Trata-se de faixa de 205cm de largura que deve receber a sinalizao ttil direcional em seu eixo e ao longo de sua extenso (NBR 9050:2004). A sinalizao ttil deve estar posicionada em seu eixo, definindo assim passagens livres mnimas de 90cm para sentidos opostos em cada lado desse eixo. A faixa deve ser definida por material antiderrapante e sempre que possvel em cor contrastante com os limites laterais. Na Figura 27, pode-se ver que a largura da calada se divide em faixas laterais a faixa livre para caminhada. A faixa lateral junto ao meiofio se constitui na faixa de mobilirio urbano. faixa livre para caminhadaCaladas Figura 27 - Vistas da faixa livre para caminhada A faixa livre para caminhada deve ter 205cm de largura total (180cm + 25cm da faixa ttil direcional). 90 cm 90 cm 205 cm 45 50. Figura 27- Rua Reitor Pires Albuquerque Figura 26- Rua Reitor Pires Albuquerque Problema: Motos estacionadas irregularmente sobre o passeio, bancas de revista e demais equipamentos ocupam o espao da faixa livre para caminhada e inviabilizam a utilizao da calada pelos transeuntes. Figura 28 - Motos ocupam a faixa livre para caminhada Rua Reitor Pires Albuquerque Figura 29 - Banca de revista ocupa a faixa livre de caminhada - Rua Reitor Pires Albuquerque 46 51. Soluo: As motos devem ficar localizadas em vagas reservadas especialmente para elas na pista de veculos, e no sobre as caladas, atrapalhando a passagem de pedestres. faixa livre para caminhada Soluo: As bancas de revista devem ser implantadas na faixa de mobilirio urbano e no na faixa livre para caminhada, e os produtos em exposio no devem impedir a livre circulao de pessoas. Nos locais onde a largura da calada for estreita, deve- se tomar o espao livre e frontal do terreno lindeiro ao trecho para acomodar o equipamento urbano sem prejuizo da rea destinadas aos transeuntes. Alm disso, a altura mnima recomendvel da cobertura dessas estruturas de 210cm. Caladas Figura 31 - Posicionamento correto da banca de revistas Figura 30 - Criao de vagas a 45 para motos. 47 52. Figura 31- Rua Professor Eduardo Guimares Figura 30- Rua Professor Eduardo Afonso Morais Problema: O uso de arame farpado como cercamento em determinadas edificaes no recomendvel, por causa da possvel ocorrncia de acidentes devido ao contato do transeunte com sua superfcie. Problema: H vias, atalhos e trilhas para trajetos de interligao entre edifcios onde no h calamento. Embora convenientes para muitos que busquem andar menores distncias, essas passagens tem condies grosseiras do piso, j que a grama e terra no so superfcies estveis, uniformes e regulares. Este fato evidencia difcil utilizao por pessoas com mobilidade reduzida. Figura 32 - Cerca de arame farpado delimitando a edificao - Rua Professor Eduardo Afonso Morais Figura 33 - faixa livre para caminhada sem calamento Rua Professor Eduardo Guimares 48 53. Soluo: necessrio que edificaes sejam delimitadas por jardins, muros ou grades ao invs de cercas agressivas, quer sejam de vegetao saliente, espinhos ou arame. faixa livre para caminhadaCaladas Figura 34 - Muro de tijolos delimitando edificaes Soluo: Todas as caladas devem possuir superfcie de piso que facilite o acesso e a livre mobilidade de qualquer pessoa com ou sem problema aparentes relativos deficincia. Figura 35 Faixas livres para caminhada deveriam ter guias laterais elevadas ou pisos laterais diferenciados em cor e textura. 49 54. Figura 36 - Dimensionamento da faixa livre para caminhada Soluo: Nos locais onde ocorram rebaixos do meio-fio e rampas para acesso ao passeio, ou ainda onde haja rvores ou mobilirio urbano mal situados aleatoriamente no passeio, a faixa livre de passagem de pedestres deve manter sua largura livre e assim apresentar suaves curvas que contornem a rea de tais obstculos. sarjeta sarjeta calada calada pista de veculos piso ttil direcional piso ttil direcional 50 55. faixa livre para caminhadaCaladas calada sarjeta sarjeta calada pista de veculos faixa livre de caminhada faixa livre de caminhada faixa lateral faixa lateral 120cm120cm 265cm piso ttil direcional piso ttil de alerta drenagem canteiro rampa rampa 51 56. Figura 35- Av. Reitor Mendes Pimentel Figura 34- Rua Prof. Baeta Viana Problema: A banca de revista e a lixeira no se situam na faixa de mobilirio urbano. Logo, atrapalham a passagem das pessoas. Alm disso, podem causar acidentes em pessoas distradas, ou com deficincia visual. Figura 38 - Lixeira sem sinalizao de alerta Av. Reitor Mendes Pimentel Figura 37 - Banca de revista e lixeira na faixa livre de caminhada prxima ao edifcio da reitoria. Problema: A lixeira de formato suspenso no est situada em regio protegida na faixa de mobilirio urbano. No h piso ttil de alerta para delimitao da superfcie de objeto suspenso e indicao de que haja tal obstculo na faixa livre para caminhada. 52 57. Soluo: O mobilirio urbano composto de bancas, abrigo de embarque e desembarque de passageiros dos coletivos, telefones pblicos, e outros, deve ser mantido preferencialmente na faixa de mobilirio urbano, de tamanho varivel mas especfica para isso. Nessas reas, tambm se pode colocar elementos de apoio a servios, como caixas de visita s tubulaes. Faixa de mobilirio urbanoCaladas Soluo: Os mobilirios urbanos que possurem o volume superior diferente ao da sua base e os mobilirios urbanos que no estiverem localizados na faixa de mobilirio urbano, devem ser demarcados, em todo permetro, com piso ttil de alerta, o qual deve possuir entre 25 a 60cm, e se iniciar a partir de 60 cm das projees. Figura 39 - Vista da faixa de mobilirio urbano prxima ao meio-fio Figura 40 - Detalhe de sinalizao de lixeira 53 58. Figura 38- Av. Reitor Mendes Pimentel Figura 41 Tipo de telefone pblico inacessvel. Av. Reitor Mendes Pimentel Problema: O telefone pblico em formato de concha (orelho) amplia os sons externos conversao, fato que interfere na qualidade da audio de seus usurios. Alm disso, um equipamento suspenso com grande volume areo e possui uma altura inadequada para a utilizao do aparelho por pessoas pequenas ou assentadas numa cadeira de rodas. 54 59. Soluo: Nas aproximaes frontais e laterais dos telefones pblicos, deve ser garantido um mdulo de referncia (80x120cm, equivalendo a rea ocupada por pessoa em cadeira de rodas), sendo que o telefone pode estar inserido nessa rea. O mobilirio urbano deve preferencialmente ter altura dupla dentro da zona de conforto de alcance, para o acesso por pessoas de perfis ergonmicos distintos. Em mdulos de dupla altura, a parte superior operacional do telefone mais baixo deve estar altura acessvel de, no mximo, 120cm. Esse tipo de telefone deve ser instalado suspenso, com altura livre inferior de, no mnimo, 73cm a partir do piso acabado. O fio do mdulo mais baixo do telefone deve ter no mnimo 75cm de comprimento. Faixa de mobilirio urbanoCaladas Figura 42 - Detalhes do telefone pblico 80cm 120cm Figura 43 - Vista superior de um telefone pblico com marcao referencial de reas de aproximao 55 60. Figura 43- Av. Reitor Mendes Pimentel Problema: A faixa de mobilirio urbano est localizada sobre o eixo central na calada onde se concentram obstculos. A largura calada est divida pelo posicionamento centralizado do canteiro das rvores. Embora haja espao amplo para acesso sem obstculos s portas laterais dos veculos estacionados, no h espao suficiente para acomodar a faixa de caminhada prxima ao gramado frontal das edificaes. Isso perturba o sentido de direcionamento de pedestres com problemas de orientao no meio edificado. O estreito espao da faixa de caminhada no dispe de dimenses adequadas para a passagem de pedestres. Alm disso, no h piso ttil e a superfcie do piso no estvel e regular. Figura 44 - Faixa de mobilirio urbano com dimenses erradas na Av. Reitor Mendes Pimentel 56 61. Faixa de mobilirio urbanoCaladas Soluo: No deve haver conflitos entre a localizao de obstculos da faixa de mobilirio e o espao lateral dos veculos estacionados. Alm disso, o local de mobilirio no pode interferir na relao de visibilidade mtua entre motoristas e pedestres. Nas vias sem espao para acomodar estacionamento, recomenda-se que a faixa de mobilirio urbano na calada esteja localizada prxima ao meiofio. Assim, a faixa de mobilirio deve estar prxima ao meio-fio inclusive em vias onde no ocorram estacionamento paralelo. Nos casos que esse tipo de estacionamento for permitido, a faixa de mobilirio urbano deve deixar uma distncia mnima de 90cm entre tal mobilirio e o veculo para aproximao e movimentao de embarque dos passageiros. Figura 46 Situaes em que os locais sem estacionamento permitem a faixa de mobilirio junto ao meio fio, e em que os locais de estacionamento exigem um distanciamento do meio-fio. 0,90m Figura 45 Fixa de mobilirio urbano prximo rua. 57 62. Figura 42- Rua Prof. Eduardo Frieiro Figura 47- Calada sem faixa de mobilirio urbano Rua Eduardo Frieiro Problema: Apesar de haver larguras de calada com uma dimenso considervel, certas reas de calada no tem uma definio clara sobre o local seguro e acessvel ao traseute, uma faixa definida de mobilirio urbano e outra faixa livre para caminhada. De fato, essas faixas muitas vezes se mesclam no campus UFMG da Pampulha. Alm disso, ocasionalmente h uma rvore e / ou tronco de rvore atrapalhando a passagem no espao da faixa livre para caminhada. 58 63. Faixa de mobilirio urbanoCaladas Figura 50 - Faixa de mobilirio e tipos de estacionamentos, um paralelo calada e outro 45: Soluo: Onde ocorram vagas de estacionamento de 45, de 60 ou de 90, as pessoas devem descer de seus veculos sem que tenham que passar por obstculos junto ao meio-fio. Caso as vagas de estacionamento existam prximas faixa de mobilirio, e a calada original tiver um estreito espao para conter a faixa de caminhada, dever ento ocorrer recuos nos terrenos a fim de que a calada se alargue e o mobilirio urbano no atrapalhe a passagem de pedestres. Figura 48 - Faixa de mobilirio e estacionamento 90: pedestres alcanam a calada no espao entre vagas. Figura 49 - Faixa de mobilirio e estacionamento paralelo a calada. Pedestres alcanam a calada no espao entre vagas e no distanciamento entre a faixa e o meio-fio. 59 64. Figura 47- Rua Giorgio Schereiber Figura 46- Rua Eduardo Frieiro Problema: Nota-se o uso de calamento em pedra portuguesa nas faixas de acesso s edificaes. Esse tipo de pavimentao imprprio para acessibilidade universal porque apresenta uma superfcie irregular, com ressaltos e buracos de difcil deteco que causam tropeos. Problema: Diversos tipos de pavimentao diferentes dificultam o percurso nas faixas de acesso edificao. Figura 51- Faixa de acesso a edificao com piso no acessvel - Rua Eduardo Frieiro Figura 52 Tipos de pavimentao diferentes numa nica rea - Rua Giorgio Schereiber 60 65. Faixa de acesso s edificaesCaladas Soluo: Para as faixas de acesso a edificaes deve-se usar superfcies com o mesmo tipo de piso a ser utilizado nas caladas alm da instalao do piso ttil que garanta meios de orientao e de alertas sobre o percurso. Figura 53 - Exemplos de pavimentao de passagens com sinalizao ttil 61 66. Figura 50- Rua Prof. Eduardo Frieiro Figura 49- Rua Prof. Eduardo Frieiro Problema: Observa-se o uso imprprio de piso ttil direcional ao longo do percurso inclinado da rampa. Isso desnecessrio e fora de conformidade com normas tcnicas, j que a inclinao perceptvel como rampa e os corrimos funcionam como guia para a pessoa com deficincia visual. Nota-se ainda que o piso ttil de alerta foi tambm utilizado de maneira equivocada pois no abrange toda a extenso transversal da rampa, numa distncia anterior ao incio do piso inclinado. Figura 54 Piso ttil direcional utilizado de maneira errnea: avanando sobre a rampa Rua Prof. Eduardo Frieiro 62 67. Faixa de acesso s edificaesCaladas Soluo: Retirar o piso ttil da superfcie do piso inclinado da rampa, e consertar o corrimo de acordo com critrios da NBR 9050:2004 (especificados mais detalhadamente na parte sobre escadas nesta publicao). Soluo: Deve ser construido um guarda-corpo intermeditio, com a distncia de 120cm entre os corrimos, para auxiliar as pessoas com deficincia fsica ou mobilidade reduzida a transitar pela rampa mais facilmente. A largura de 120cm suficiente e necessria para que uma pessoa em cadeira de rodas possa alcanar os corrimos, um de cada lado. Figura 55 - Piso ttil aplicado corretamente Figura 56 Guarda-corpo e corrimos no espao intermedirio largura da rampa 120cm 63 68. Figura 54- Rua Beata Viana Figura 53- Avenida Reitor Mendes Pimentel Problema: Elementos verticais no sinalizados e fora de padro, alm de atrapalhar o fluxo de pessoas, podem ser obstculos para pessoas com deficincia visual ou com problemas de orientao que seguem em trajeto at a entrada de uma edificao. Figura 57 Objetos verticais no sinalizados na passagem dos pedestres - Avenida Reitor Mendes Pimentel Figura 58 - Obstculo na passagem dos pedestres Rua Beata Viana 64 69. Faixa de acesso s edificaesCaladas Soluo: Nesses casos, uma opo criar canteiros com flores que delimitem corredores de aproximadamente entre 150cm e 205cm (com faixa ttil). Dessa forma, a passagem de veculos fica restrita. O espao se torna mais acessvel e ainda estticamente mais equilibrado. Figura 59- Vista superior dos canteiros como delimitao de passagem Figura 60- Perspectiva dos canteiros como delimitao de passagem 150 cm 205 cm 65 70. Figura 58- Rua Eduardo Frieiro Figura 57- Rua Eduardo Frieiro Problema: O piso em pedra de ardsia muito escorregadio e est todo quebrado, com pedras soltas. No adequado para pavimentao de caladas pela possvel causa de acidentes. Figura 61 - Piso quebrado Rua Eduardo Frieiro Figura 62 - Pisos imprprios para a acessibilidade Rua Eduardo Frieiro 66 71. Figura 60- Rua Reitor Pires Albuquerque Figura 59- Rua Professor Baeta Viana Superfcie do pisoCaladas Problema: A superfcie do piso da calada feita de brita. A calada se mescla com a via. No acessvel e no perceptvel. Problema: O piso em bloquete de concreto irregular e instvel. Por isso, no recomendado para caladas. Grande parte das faixas de pedestres est sobre razes salientes das rvores e os blocos esto soltos e desnivelados. Figura 63 - Superficie do piso no acessvel Rua Professor Baeta Viana Figura 64 - Piso de bloquete soltos na calada Rua Reitor Pires Albuquerque 67 72. Soluo alternativa 1: 68 73. Utilizao de caladas de revestimento duplo, feitas com placas de concreto e faixas em bloquetes de concreto ou placas de concreto e faixas em calada portuquesa. As placas de concreto devem criar uma superfcie uniforme e serem afixadas na faixa livre para caminhada. Os bloquetes ou a calada portuguesa devem criar uma superfcie regular de textura contrastante com a faixa de pedestre e devem compor as faixas laterais da calada e a faixa de mobilirio urbano. Importante frisar que a aplicao correta desse tipo de piso necessita de insta;ao de manta impermevel entre a brita e o revestimento de piso, evitando-se assim que a umidade do solo possa tornar a superfcie escorregadia. Vantagens: Instalaes modulares ou moldadas no local entre juntas de dilatao. faixa livre para caminhada plana e impermeabilizada. Cores e texturas contrastantes. Criao de rea semi-permevel na faixa de mobilirio. Caladas com trechos laterais removveis para fcil manuteno de tubulaes. Superfcie do pisoCaladas Figura 65 - Piso de concreto na faixa livre para caminhada Figura 66 Detalhe de manta impermevel brita concreto areia pedra portuguesa terra 69 74. Soluo alternativa 2: 70 75. Utilizao de caladas de borracha, feitas com pneus reciclados. Vantagens: Instalaes modulares Criao de rea permevel evitando danos causados pelas razes das rvores Reciclagem de pneus Caladas maleveis que se adaptam movimentao das razes Conforto ao caminhar e reduo de rudos Antiderrapantes Mais durveis que os pisos de concreto Fcil manuteno Fonte: Superfcie do pisoCaladas Fonte: Figura 67 - Piso de borracha Figura 68 - Encaixe do piso de borracha 71 76. Corte esquemtico do piso de calada em borracha de pneu reciclado- OPO 1 Asfalto Vergalhes para ancorar Borracha granulada Lascas de madeira ou aterro Meio fio de concreto Terra Grama Brita Grelha de concreto Figura 69- Corte esquemtico da calada- Piso ttil assentado sobre concreto H uma base de concreto sob o piso ttil que faz conexo com as placas do piso de borracha reciclada. 72 77. Corte esquemtico do piso de calada em borracha de pneu reciclado- OPO 2 Asfalto Vergalhes para ancorar Borracha granulada Lascas de madeira ou aterro Meio fio de concreto Terra Grama Brita Grelha de concreto Figura 70- Corte esquemtico da calada- Piso ttil pregado na borracha O piso ttil possui pinos de fixao profundos e so sobrepostos ao piso de borracha reciclada aps seu assentamento no local. 73 78. Problema: O piso ttil encontra-se em pssimas condies de utilizao, pois est muito quebrado, e no possui cor contrastante em relao ao piso. Figura 71 Exemplo da falta de confiana no piso ttil Rua Eduardo Frieiro Figura 72 M conservao e no contraste de cor do piso ttil Rua Eduardo Frieiro 74 79. Superfcie do pisoCaladas Soluo: Deve-se colocar pisos de materiais adequados nas caladas, que proporcionem superfcies regulares, contnuas, firmes, estveis e antiderrapantes, sem ressalto ou depresso. O piso ttil deve possuir uma cor contrastante em relao calada. Figura 73 Exemplos de piso ttil na calada 75 80. Problema: As razes das rvores levantam o piso e geram ressaltos, impedindo a existncia da faixa livre para caminhada. Figura 70 - Exemplo de no conformidade do piso com a vegetao existente Rua Professor Eduardo Afonso Morais 76 81. ArborizaoCaladas Soluo: Ao redor das rvores, grelhas de concreto ou de plstico reciclado (dimenses mdias de 100cmx100cm) devem ser instaladas ao redor de cada tronco de rvore. Dessa forma, essas funcionam como piso ttil de alerta, e tambm como rea permevel essencial para a sade das rvores. Nas rvores, onde as razes areas suspenderam o nvel da calada, outro calamento deve ser construdo ao redor, respeitando-se as declividades uniformes de passagem (ao longo da faixa livre para caminhada = 5%; transversal = 3%). Caso a altura das razes e a rea de abrangncia forem superiores continuidade do perfil da calada, outra faixa de passagem deve ser construda, volta da rvore. Figura 71 - Grelha aplicada sobre a base de rvore 100cm 100cm Figura 72 desvio da passagem devido a existncia da rvore com razes altas 77 82. Figura 73 rvore que avana sobre a faixa livre de caminhada Rua Reitor Pires Albuquerque Problema: A rvore se encontra no meio da faixa livre para caminhada, atrapalhando a passagem dos pedestres. 78 83. Soluo: Como o obstculo no se encontra na faixa de mobilirio urbano, ento necessrio colocar sinalizao ttil de alerta ao redor do mesmo, com largura entre 25cm e 60cm. No caso de rvores, a grelha que permite a passagem de gua para o solo que alimenta as razes pode funcionar como piso ttil de alerta desde que no apresente ressaltos ou salincias superiores a 0,5cm. Alm disso, a faixa livre para caminhada nesse ponto deve possuir no mnimo 205 cm de largura (180cm para as faixas de passagem e 25cm para a faixa ttil situada no eixo). Caladas Figura 74 Larguras mnimas e desvio da faixa livre para caminhada devido existncia de rvore fora da faixa de mobilirio urbano 90cm 90cm Arborizao 79 84. Problema: Galhos da rvores e de vegetao cobrem as placas de nibus. Dessa forma, a visibilidade de avisos e indicaes fica comprometida. Figura 75 Avano da vegetao sobre as placas impedindo sua leitura - Rua Prof. Baeta Viana Figura 76 Avano da vegato sobre a placa dificultando sua leitura Rua Reitor Mendes Pimentel 80 85. ArborizaoCaladas Soluo: As placas de ponto de nibus devem ficar sempre em locais de boa visibilidade para pedestres e motoristas. A localizao da placa deve estar assinalada por poste vertical no ponto de embarque em coletivos. Soluo: Onde rvores estejam muito prximas das placas, necessrio que ocorra a manuteno rotineira de poda e supresso de galhos suspensos que estejam em altura inferior a 210cm. Figura 77 - Perspectiva mostrando rvore distante da placa de nibus Figura 78 - Perspectiva mostrando rvore muito prxima placa de nibus 81 86. 82 87. Transporte: automveis, bicicletas e nibus A abordadem sobre transporte envolve questes que afetam a infra-estrutura de circulao no campus que es evidencia como insuficiente para conter o grande volume de veculos particulares. Aps a construo dos edifcios e transferncia de unidades antes localizadas no centro da cidade, estudantes, funcionrios e visitantes adotaram o veculo particular como meio de transporte ao campus devido precariedade dos servios de transporte coletivo. Pessoas com problemas de mobilidade no dispe de alternativas compatveis com suas necessidades: no h vans com elevadores, os nibus de linhas regulares no param em pontos com acessibilidade para embarque e conexo com os destinos por rota acessvel. A adoo de ciclovias, a reduo do nmero de automveis particulares e a melhoria dos servios de transporte coletivo imprescindvel. 83 88. Figura 74 - Modelo de vaga 90 para pessoas com deficincia fsica Figura 75 - Modelo de vaga 45 para pessoas com deficincia fsica 250 cm 500cm 50 cm 120 cm 84 89. Estacionamento nas vias O veculo particular adaptado e os veculos de taxi ou vans adaptadas so vetores de acessibilidade em vias ngremes ou com declividades irregulares. Em todo caso, nos espaos externos ou internos das edificaes de uso pblico ou coletivo, ou naqueles localizados em vias pblicas, deve ser previsto estacionamento reservado. Nesses, junto a cada entrada de edificaes ou de vias internas, deve ser mantida livre pelo menos uma vaga e at 2% do total de vagas previstas, com dimenses e espaos laterais (NBR 9050:2004) para acesso aos veculos credenciados que transportem pessoas com deficincia fsica ou visual (conforme Decreto Federal n 5.296:2004). As vagas em locais prximos entrada principal devem ser monitoradas e de fcil acesso circulao de pedestres. A localizao relativa a cada entrada da edificao para se evitar deslocamentos de pessoas com problemas de mobilidade em aclives ou declives. 85 90. Figura 77 - Smbolo de acessibilidade invertido Rua Prof. Baeta Viana Problema: Em vrios casos, h inverso do sentido da imagem padro do smbolo internacional de acessibilidade na vaga para uso reservado de pessoas com deficincia fsica que deixem mostra no visor do veculo uma credencial de cadastramento. Isso demonstra no mnimo falta de ateno e descuido em relao a convenes que definem comportamentos e atitudes de respeito s pessoas com problemas de mobilidade. Figura 76 Smbolo de acessibilidade invertido Rua Prof. Giorgio Schreiber 86 91. Estacionamento nas vias Soluo: O smbolo universal de acessibilidade deve sempre estar orientado para o sentido da direita, como mostrado nos exemplos ao lado. Alm do smbolo demarcado no cho, deve haver posteamento para placa de sinalizao vertical em frente cada vaga, indicando que essa reservada para veculos credenciados de pessoas com deficincia fsica ou problemas de mobilidade. Soluo: necessrio que ao lado de cada vaga seja demarcada uma faixa zebrada, sendo que no estacionamento perpendicular ou oblquo ao meio- fio, duas vagas podem compartilhar uma mesma faixa zebrada. Alm disso, pelo menos um rebaixo no passeio deve ocorrer prximo e no espao entre as vagas, para que seja possvel aos motoristas e passageiros acessarem a calada. Figura 79 - Modelo de vaga 45 para pessoas com deficincia fsica Figura 78 - Modelo de vaga 90 para pessoas com deficincia fsica 87 92. Problema: Inexistem ciclovias definidas em compatibilidade com os espaos para pedestres. A falta de espaos especficos causa conflitos nas reas de passagem e travessia. Alm disso, ciclistas fazem a apropriao de instalaes e de mobilirio urbano para prender seus veculos em detrimento do espao livre para a caminhada. Figura 80- Exemplos de no conformidade. As bicicletas presas em guarda-corpos e postes impedem a eficincia da faixa livre para caminhada. 88 93. Soluo: Deve-se implantar ciclovias e postos de servios de emprstimos de bicicletas em ciclofaixas prximas s vias ee principais acessos ao campus, sem que a passagem de ciclistas entre em conflito com a faixa livre de caminhada dos pedestres com problemas de mobilidade, principalmente. . Transportes Figura 81 Quiosques com servios de emprstimo de bicicletas podem evitar congestionamento de veculos estacionados no Campus Bicicletas Fonte: So Paulo e Montreal , ... modificado por ADAPTSE 89 94. 90 95. Pontos de nibus Mapa do Campus UFMG Pampulha - Ruas analisadas em Junho de 2013 Fonte: https://maps.google.com/ , ... modificado por ADAPTSE Fonte:https://maps.google.com/ R. Reitor Pires C. Albuquerque Rua Prof.Giorgio Schereiber Rua Prof. Baeta Viana Avenida Reitor Mendes Pimentel Rua Prof. Eduardo Afonso Morais Rua Dr. Eduardo Mendes Gomes Junior Rua Eduardo Frieiro LEGENDA Pontos de nibus Figura 82- Mapa mostrando os pontos de nibus existentes dentro do Campus UFMG Pampulha nos locais em estudo Figura 83- Mapa do Campus UFMG Pampulha 91 96. Os pontos de embarque devem estar localizados na calada sobre a faixa de mobilirio urbano a fim de que no atrapalhem a faixa livre de passagem dos pedestres. Devem conter abrigo e poste sinalizao vertical de ponto de nibus com altura mnima de 210cm; Todos os abrigos em pontos de embarque e desembarque de transporte coletivo devem ser acessveis para pessoas com deficincia fsica. necessrio que exista uma faixa ttil direcional perpendicular faixa ttil de alerta, ligando-se ao alinhamento do imvel. Deve haver uma faixa de sinalizao ttil de alerta a 50 cm de toda a extenso do meio-fio dos pontos de embarque e desembarque de passageiros. 92 97. Pontos de nibus Local de embarque e desembarque Poste de ponto de nibus Abrigo do ponto de nibus Faixa livre de caminhada Faixa de mobilirio urbano Planta esquemtica de um ponto para embarque e desembarque de passageiros mn 50 cm 75 a 100 cm Figura 84 - Ilustrao de ponto de embarque Faixa de nibus sem recuo para a via 93 98. Problema: O ponto de nibus possui baixa altura e ausncia de elementos para acessibilidade. No h assentos, nem sinalizao associada rea coberta. O poste do ponto est distante da rea de espera. Problema: A cobertura que existe sobre o ponto de nibus muito pequena no permitindo uma sombra e proteo adequadas s pessoas que utilizam esse equipamento urbano. Figura 85 - Altura inadequada do ponto de nibus - Rua Reitor Mendes Pimentel Figura 86- Ponto de nibus com cobertura pequena Av. Antonio Carlos 94 99. Pontos de nibus Soluo: Os pontos de nibus devem conter espao reservado para acomodao de pessoas em cadeira de rodas no tamanho de um mdulo de referncia (80cm x 120cm). Alm disso, deve haver tambm mapas tteis indicando as linhas de nibus que param no ponto e os edifcios mais prximo. Isso possibilita melhor orientao no ambiente urbano do entorno. Soluo: Os mapas tteis devem ser instalados numa altura entre 90cm e 110cm com sua superfcie inclinada em at 45. Assim, pode ser examinado por pessoas em diferentes alturas. Eles devem ter um espao livre de obstem reentrncia sob sua parte inferior em, no mnimo, 30cm de profundidade, para permitir a aproximao frontal de uma pessoa em cadeira de rodas. Figura 87 - Perspectiva mostrando o mdulo de referncia e o mapa ttil no ponto Figura 88 Vista do suporte e superfcie inclinada do mapa ttil 95 100. Problema: A rea especfica dos pontos de nibus no contm sinalizao ttil de alerta, e nem piso ttil direcional para auxiliar as pessoas com deficincia visual a chegar nos mesmos e embarcar. Problema: No h fechamento lateral e posterior nos pontos de nibus. Dessa forma, no h proteo contra intempries. Figura 90 Ponto de nibus sem proteo contra intempries Rua Eduardo Frieiro Figura 89 Ponto de nibus no acessvel Rua Eduardo Frieiro 96 101. Pontos de nibus Soluo: Os pontos de nibus devem possuir altura mnima de 210 cm, rea coberta para abrigo de sol e de chuva, alm de superfcie de piso plana e regular Soluo: Nos pontos de nibus devem ser instalados a sinalizao ttil de alerta ao longo do meio fio e o piso ttil direcional, demarcando o local de embarque e desembarque Alm disso,todos os pontos de nibus devem possuir poste de ponto de nibus e local de embarque e desembarque seguros de passageiros. Figura 91 Vistas aproximadas do abrigo e do local de embarque e desembarque de passageiros 97 102. Figura 92 Via com forte inclinao Rua Professor Beata Viana Figura 93 Calada com forte inclinao Rua Giorgio Schereiber Problemas: Algumas vias possuem a inclinao longitudital muito acentuada, impossibilitando o seu percurso por pessoas com mobilidade reduzida Problemas: A forte inclinao longitudinal das vias cria tambm degraus para acesso s edificaes, tornando-as inacessveis. 98 103. Inclinao das vias Soluo: Vias com forte inclinao longitudinal e ou transversal devem possuir condies de oferecer acessibilidade por meio de transporte pblico acessvel e locais planos de embarque e desembarque. De outro modo, os pontos devem ser reposicionados para locais que se vinculem a rotas acessveis. Caso isso no seja possvel, a UFMG deve prover meios alternativos de transporte para pessoas com comprometimento de mobilidade, seja esse por veculos adaptados na frota do campus, seja ento por fretamento de servios de terceiros em vans ou taxi especiais adaptados. Figura 94 - Linha interna de nibus no campus UFMG Figura 95- Exemplo de nibus acessvel. Fonte:http://www.mobilize.org.br 99 104. 100 105. Sinalizao A abordadem aqui sobre sinalizao se atm aos problemas de referncia, indicao de direes e de demarcao operacional dos elementos de acessibilidade. Muitos desses problemas ocorrem por ineficiente controle no processo de idealizao, implantao e conservao de placas, de marcaes e de avisos. 101 106. Figura 96 Hidrante no sinalizado no piso Rua Eduardo Frieiro Figura 97 Lixeiras no sinalizadas no piso Avenida Reitor Mendes Pimentel Problema: H objetos de mobilirio urbano e equipamentos no devidamente sinalizados nas faixas livres de caminhada que podem se constituir em obstculos perigosos, principalmente para pessoas com deficincia visual. 102 107. Piso ttil de alerta Soluo: Nesses casos, as faixas de alerta ttil devem possuir no mnimo 25 cm de largura, sendo que o recomendado de at 50 cm. Devem ser posicionadas sempre que houver algum obstculo cuja parte superior suspensa seja maior que o volume de sua base. Sinalizao Figura 99 - Vista superior, sinalizao de alerta de um hidrante. Figura 100 - Vista superior, sinalizao de alerta de lixeira reciclvel Figura 98 Perspectiva de sinalizao de alerta 103 108. Figura 102 Banco tem superfcie irregular e no sinalizado no piso Rua Reitor Pires Albuquerque Problema: O estacionamentos interno no possui acesso direto para a faixa livre para caminhada, obrigando as pessoas a transitarem pelas ruas para ter acesso aos edifcios. Figura 101 Banco impedindo pedestres de darem entrada na rea de estacionamento interno Rua Reitor Pires Albuquerque Problema: Bancos com formatos irregulares que avanam sobre a faixa livre para caminhada podem causar acidentes caso no estejam devidamente sinalizados. 104 109. Sinalizao No deve existir nenhum veculo ou objeto cuja projeo avance sobre a faixa livre para caminhada sem sinalizao, pois caso contrrio podem ocorrer acidentes. A melhor soluo mudar o formado dos bancos e a colocao de anteparos para as rodas frontais dos veculos (em concreto ou barra metlica) de forma que as projees de parte do veculo no avancem sobre a faixa livre para caminhada. Recomenda-se ento que, ao invs de haver um nico grande banco na frente das vagas, sejam construidos pequenos bancos com distncia de 90cm entre eles. Piso ttil de alerta Figura 103 - Vista de estacionamento interno Figura 104 - Perspectiva de banco prximo faixa livre de caminhada Soluo: Em locais onde haja estacionamento interno s unidades e edificaes do campus, devem ocorrer sadas de veculos e fcil passagem para a faixa livre para caminhada, de forma que as pessoas no tenham que caminhar muito, contornando esses espaos e passando pela via. 105 110. Problema: A placa se encontra em pssimo estado de conservao, dessa forma, pode atrapalhar a leitura das pessoas. Figura 105- Placa desgastada pelo tempo - Entrada pela Av. Antonio Carlos Figura 106 - Placa sem semelhana em relao s demais. Falta padronizao em geral. Rua Reitor Pires Albuquerque Problema: Apesar do bom estado desta placa, observa-se que seu formato e cores so contrastantes com as demais, sem que isso se justifique. No h padronizao entre as placas de orientao do Campus e isso interfere na expectativa dos usurios em encontrar a informao de que necessitam. 106 111. Placas de Orientao Soluo: Deve ser feita a restaurao da placa de forma que todas as letras se tornem 100% visveis. Recomenda-se a utilizao de letras sem serifa. Conforme a NBR9050 de 2004: A dimenso das letras e nmeros deve ser proporcional distncia de leitura, obedecendo relao 1/200. Os textos e nmeros devem obedeer s seguintes propores, conforme a figura ao lado. a) largura da letra = 2/3 da altura; b) espessura do trao = 1/6 da altura (caractere escuro sobre fundo claro) ou 1/7 da altura (caractere claro sobre fundo escuro); c) distncia entre letras = 1/5 da altura; d) distncia entre palavras = 2/3 da altura; Sinalizao e) intervalo entre linhas = 1/5 da altura (a parte inferior dos caracteres da linha superior deve ter uma espessura de trao distante da parte superior do caractere mais alto da linha de baixo); f) altura da letra minscula = 2/3 da altura da letra maiscula. H = Altura da letra maiscula h = Altura da letra minscula Figura 107 - Propores de textos e nmeros. Fonte: NBR9050 de 2004. 107 112. Problema: Apesar das placas ao lado sinalizarem sobre pontos de nibus, elas foram concebidas e implantadas com formatos diferentes, podendo confundir as pessoas. As palavras escritas na placa de ponto de nibus azul no esto totalmente visveis e no tem vnculo com mapa ttil. Tirar outra foto Figura 109 - Placa sem padronizao e com desgaste devido ao tempo Avenida Reitor Pires Albuquerque Figura 108- Placa sem padronizao Avenida Reitor Pires Albuquerque 108 113. Soluo: Deve-se buscar um padro entre as placas com a mesma sinalizao seguindo o Cdigo de Trnsito Brasileiro. Alm disso, as placas devem estar em bom estado de conservao, ter medidas de 50x70 cm e apresentar escritas de forma totalmente legvel. Em cada posteamento de ponto de nibus, marcaes em alto relevo e em Braile devem complementar as informaes visuais e grficas. A implantao de um sistema digital de informaes online e de monitoramento dos veculos online deve ser considerada como meio auxiliar e at susbstitutivo dos servios de informao sobre linhas de nibus. Sinalizao Placas de orientao INTERNA B/C 5102 CAMPUS 9502 CENTRO Informao sobre quais nibus param nesse ponto Figura 110 - Ilustrao de placa de nibus 109 114. Problema: Placa feita de material pouco resistente, e no segue as normas do Cdigo de Trnsito Brasileiro. Figura 111 - Placa de material provisrio Entrada pela Av. Antonio Carlos Figura 112 - Placa com escrita e simbologia errados - Rua Prof. Baeta Viana Problema: A placa possui a smbolo e a escrita informativa errados. No se deve referir ao usurio com problema de mobilidade como uma pessoa portadora de deficincia ambulatria. Os termos devem ser referir condio de identificao dos veculos, os quais devem apresentar credencial para uso do estacionamento. A placa deve ainda conter telefone ou site onde usurios podem obter a credencial na cidade ou nos servios comunitrios da UFMG. 110 115. Soluo: As placas devem possuir termos totalmente legveis e respeitar os padres do Cdigo Brasileiro de Trnsito. Sinalizao Soluo: Placa de regulamentao de estacionamento em vias pblicas: Veculos Autorizados (ou Credenciados) Sinalizao vertical para espao interno de estacionamentos s reas de edificaes: Estacionamento Reservado para Veculos Autorizados (ou Credenciados). Placas de orientao Estdio Gov. Magalhes Pinto Figura 114 50 cm 70cm Figura 115 50 cm 70cm Figura 113 - Placa de Orientao 111 116. 112 117. Rampas e Escadas A abordagem sobre rampas e escadas explica questes sobre o dimensionamento e formato apropriados. Define que rampas so possveis somente com corrimos e trechos retos, com patamares antes e depois do percurso, sendo que inclusive patamares intermedirios devem existir quando trechos forem longos, por exemplo, mais do que 950cm numa horizontal para vencer uma altura 80cm. Os problemas verificados evidenciam que h escadas muito largas e sem apoios ou corrimos. Outras escadas foram combinadas com rampas num formato extico que causa riscos de acidentes para pessoas com problemas de mobilidade. A recomendao geral para a definio de corrimo intermedirios nas escadas largas e a associao de escadas e rampas separada por patamares 113 118. Problema: As rampas existentes no esto em conformidade com as normas de acessibilidade. Dentre falhas constatadas, o piso no uniforme, patamares so estreitos e curvos. Alm disso, inexistem corrimos duplos. Tais problemas no proporcionam experincia equiparvel a quem utiliza rampas em relao a quem utiliza escadas.Figura 116 Rampa com piso no uniforme - Avenida Reitor Mendes Pimentel Figura 117 Rampa com patamar curvo Avenida Reitor Mendes Pimentel Figura 118 Mapa de localizao do problema 114 119. Soluo: Nas rampas deve ser empregado o mesmo piso padronizado para o Campus: piso de borracha de pneus reciclados. Alm disso, as rampas e escadas devem ser sinaizadas com piso ttil de alerta em seus incio e trmino. Rampas Figura 119 Rampa com piso de borracha Soluo: Corrimos e guarda-corpos devem ser feitos com materiais rgidos, ser firmemente fixados s paredes, barras de suporte ou guarda-corpos. Eles devem ser instalados em ambos os lados das escadas, ter largura entre 3 cm e 4,5 cm, sem arestas vivas e distanciar 4 cm da parede. Devem tambm ser instalados em duas alturas (92cm e 70cm), e suas laterais devem prolongar-se pelo menos 30 cm antes do incio e aps o trmino da escada. Figura 120 Detalhe do corrimo 92cm 70cm 115 120. Problemas: Algumas rampas com inclinao do piso conforme exigncias mnimas de acessibilidade, no tem bordas elevadas em guia de balizamento. Bicicletas presas ao guarda-corpo restringem o espao de movimntao. Tais solues no proporcionam o Design Universal, j que criam um espao segregado e no permitem experincia equiparvel de quem entra pela entrada principal. Figura 121 Rampa de uso incompatvel com princpios do Design Universal na Rua Giorgio Schereiber 116 121. Rampas Soluo: As rampas devem possuir inclinao mxima de 8,33% num percurso de at 9,5m, sendo que as mais recomendveis so at 5%, num percurso de at 30,0m. As inclinaes maiores do que 6,25%, requerem que haja reas de descanso nos patamares a cada 50m do percurso. Calcula-se a inclinao das rampas pela seguinte frmula: I = (HX100) / C, onde: I = inclinao H = altura do desnvel C= comprimento da projeo horizontal O incio e trmino das rampas devem ser associados aos patamares de escadas numa distncia das reas de passagem, pois dessa forma o percurso no se torna segregado para a pessoas com deficincia fsica. Os corrimos devem avanar em 30cm a partir do final de rampas e escadas. Figura 124 Rampa associada a escada Figura 125 Avano dos corrimos 30 cm 30 cm + piso 117 122. Figura 126 - rea monumental no gramado da Reitoria Avenida Reitor Mendes Pimentel Figura 127 - Avano do degrau em frente a Reitoria Avenida Reitor Mendes Pimentel Problema: H vrios aspectos negativos, como o piso irregular, a ausncia de sinalizao ttil e o avano do ltimo degrau sobre a faixa livre para caminhada num lado e a duplicao da altura do degrau no outro. Isso pode causar acidentes por conflito com o eixo de percurso no fluxo de pessoas que caminham em direes opostas. A inexistncia de corrimos e guarda-corpo impossibilita a utilizao de escada por pessoas com mobilidade reduzida. O tombamento da escada como estrutura monumental requer solues alternativas de acessibilidade em nveis elevados. 118 123. Escadas Soluo: A interveno deve ser feita sobre a rea do gramado, preservando os degraus existentes e tombados da rea monumental, mas oferecendo uma alternativa com acessibilidade. A largura da escada deve ser dupla de 90cm em cada sentido e as dimenses dos pisos e espelhos, constantes em toda a escada, devem ser respctivamente de 16,5cm e 30cm. Deve haver corrimo de dupla altura (92cm e 70cm) e em cada lado alm do conjunto central. Alm disso a nova escada na borda lateral do gramado deve estar recuada em relao ao alinhamento da escada original com a calada, com o patamar de 150cm aps o ltimo degrau de modo a no gerar tropeos e conflitos de fluxos. Figura 128 Alteraes para adequao acessibilidade Avenida Reitor Mendes Pimentel Figura 129 A escada acessvel pode ser uma sequncia em conjuntos de 2 e 3 degraus e patamares intermedirios 119 124. Figura 130 Escada no sinalizada Avenida Reitor Pires Albuquerque Figura 131 - Escada no sinalizada Avenida Reitor Mendes Pimentel Problema: As escadas que do acesso aos edifcios no apresentam sinalizao de alerta indicando que h um obstculo a frente. Logo so perigosas, principalmente para pessoas com deficincia visual. 120 125. Escadas Soluo: Devem ser feitos patamares com dimenso mnima de 120cm a cada 12 degraus ou 200cm de desnvel, e os patamares existentes em mudanas de direo devem possuir largura igual ao da escada, sendo que o mnimo recomendvel de150cm. Piso tteis de alerta com tamanho de 25 a 60 cm devem ser posicionados at 32cm antes do incio e aps o trmino da escada. Quando se tratar de escadas ou rampas com largura superior a 240cm, necessria a instalao de corrimo intermedirio. Os corrimos intermedirios somente devem ser interrompidos quando o comprimento do patamar for superior a 140cm , garantindo o espaamento mnimo de 80cm entre o trmino de um segmento e o incio do seguinte. Figura 132 Escada sinalizada adequadamente Figura 133 Escada com corrino intermedirio 121 126. Problema: Esta rampa em conjunto com a escada no facilita a sua utilizao por se tornar confusa aos usurios e por apresentar problemas funcionais. A inclinaao da rampa forte e so ausentes os corrimos de apoio e guarda-corpos. Ao subir a escada no trecho inclinado da rampa, os usurios com problemas de mobilidade podem torcer o p ou no perceberem a inclinao do piso. Figura 134 Escada e rampas em conjunto 122 127. Escadas e rampas associadas Figura 122 - Patamar plano entre lances de rampa, Jardim entre os lances da rampa Soluo: Degraus e escadas fixas em rotas acessveis devem estar associados rampa ou ao equipamento de transporte vertical, desde que haja espao suficiente para os patamares de aproximao e os de descanso. As rampas acessveis devem possuir patamares planos para descanso ao longo do percurso, alm de um tratamento paisagstico. 123 128. 124 129. Casos Especficos Aps o levantamento inicial dos problemas principais que afetam a acessibilidade na rea central do Campus UFMG Pampulha, realizou-se um segundo levantamento. Nesse levantamento, (Setembro de 2013), buscou-se encontrar casos especficos, com caractersticas diferentes das retratadas anteriormente, e que por conseqncia requerem a aplicao de solues distintas tambm. Figura 123 Ilustraes dos casos estudados 125 130. Problema: Esta regio prxima portaria da Av. Antonio Carlos no apresenta travessia segura para o pedestre. UMEI BELAS ARTES Problema: Nota-se uma trilha marcada no canteiro central. Isso indica que h fluxo de pedestres mas no h piso acessvel para isso. Figura 124 - Vista area Av. Reitor Mendes Pimentel Figura 125 - Vista do canteiro central Av. Reitor Mendes Pimentel 126 131. Figura 126 Vista de proposta de travessia elevada e vinculada a um quiosque de emprstimo de bicicletas 127 132. Figura 127 Vista em planta esquemtica de proposta de travessia elevada e vinculada a um quiosque de emprstimo de bicicletas 128 133. Canteiro Central na Av. Reitor Mendes PimentelCasos especficos Soluo: Anteriormente, essa regio no apresenta uma passagem segura para os transeuntes. Com essa proposta de insero de uma passarela elevada unindo as duas caladas, o transeunte com problemas de mobilidade poder atravessar com prioridade enquanto os veculos reduzem sua velocidade ou at param em funo da faixa elevada. Figura 128 Passarela elevada unindo as caladas Figura 129 Criao de passeio no canteiro central Soluo: Com a criao do passeio no canteiro central, disponibiliza-se uma rea para caminhada e Cooper dentro do campus. Por ser uma rea na qual h um fluxo intenso de pessoas, entende-se que esses novos passeios sero bastante utilizados. 129 134. Problema: Neste ponto, na entrada do Campus UFMG- Pampulha pela Av. Carlos Luz, percebe-se a inexistncia de travessia acessvel de pedestres. Isso impede que haja deslocamentos de pessoas para alcanar caladas em lados opostos. Problema: As lombadas de controle de acesso de veculos ao Campus, inexiste oportunidade de travessia segura para pedestres. Figura 130 - Vista area da entrada da Av. Carlos Luz Figura 131 - Foto da rea de controle de entrada e sada de veculos ED. FSICA 130 135. Figura 132 Vista de proposta de travessia elevada e vinculada s lombadas de controle de acesso de veculos ao Campus 131 136. Figura 133 Vista em planta esquemtica de proposta de travessia elevada e vinculada s lombadas de controle de acesso de veculos ao Campus Ponto de nibus Faixa elevada de travessia Lombada de controle de acesso de veculos Lombada de controle de acesso de veculos Prtico da entrada 132 137. Entrada pela Avenida Carlos LuzCasos especficos Soluo: Neste caso, deve-se criar a passarela elevada para permitir o deslocamento seguro dos pedestres. Para tanto, necesrio o desmembramento e deslocamento de metade do prtico e das cmeras de controle, de modo a valorizar a travessia do pedestre com uma faixa nica, em um nico sentido. Figura 134 Passarela elevada unindo as caladas Figura 135 Perspectiva da alterao dos prticos e criao da passarela elevada 133 138. Problema: Na entrada da Escola de Educao Fsica, Fisioterapia e Terapia Ocupacional no h faixa de travessia segura e claramente definida. Pedestres se arriscam em cruzar as vias. No h rampas nem rebaixamento de meiofio. Figura 136 Vista area da entrada pela Av. Carlos Luz Figura 137 Fotos do local inadequado, onde ocorrem travessias sem acessibilidade. ED. FSICA 134 139. Canteiro Central na R. Prof. Moacir GomesCasos especficos Soluo: Nesta situao de passagem, recomenda-se a troca de revestimentos na calada para manter uma superfcie acessvel, plana, regular e uniforme, assim como a insero de sinalizao ttil. Recomenda-se tambm a retirada de trechos da calada que sugerem aos pedestres efetuar uma travessia em local inapropriado. Figura 139 Vista em planta da alterao da passagem Figura 140 Perspectiva da proposta para alterao da passagem Figura 138 Perspectiva da atual situao da passagem 135 140. Problema: O principal problema encontrado na Rua Prof. Eduardo Afonso Morais, rea atrs da Escola de Belas Artes, foi o tamanho estreito das caladas, e a falta de espao para redimensiona-las. A faixa livre para caminhada inexiste ou muito pequena. Na maioria das vezes, no meio do caminho h vrios obstculos passagem, como postes e rvores. Alm disso, as caladas no possuem manuteno adequada, visto h muitos buracos, inexiste rebaixamento de meiofio, entre outros problemas com vegetao que invade o espao. DLO Figura 141 Vista area da regio prxima ao DLO- Rua Prof. Eduardo Afonso Morais Figura 142 Vista da Rua Prof. Eduardo Afonso Morais mostrando a situao das caladas 136 141. Figura 143 Vista de proposta de travessia elevada e vinculada s ciclofaixas em cada lado da via. 137 142. Figura 144 Vista em planta esquemtica de proposta de travessia elevada e vinculada s ciclofaixas em cada lado da via. Faixa elevada de travessia Vagas reservadas para uso de credencial Rampa de acesso calada Ciclofaixa em lado oposto s vagas de estacionamento Ciclofaixa em lado oposto s vagas de estacionamento Piso ttil sobre a calada 138 143. rea atrs da Escola de Belas ArtesCasos especficos Soluo: Para solucionar esse problema, buscou-se intercalar os servios de estacionamento e de faixa livre para caminhada em espaos opostos, que evitam conflitos de fluxos. Dessa forma, a faixa livre para caminhada se encontra de um lado da rua (dependendo da proximidade do acesso as edificaes) e o estacionamento do lado oposto. Para efetuar a conexo da faixa livre para caminhada em lados opostos da via, a faixa de pedestre elevada atua ainda como redutora de velocidade. Os veculos tendem a reduzir a velocidade ao cruzar essa lombada, proporcionando mais segurana aos pedestres, principalmente aqueles com problemas de mobilidade. A ciclovia acompanha sem conflitos o lado do fluxo de pedestres, e no, o lado do estacionamento. Figura 145 Vista da faixa e do entorno. Figura 146 Vista de ciclofaixas e de estacionamentos paralelos ocupando as laterais alternadas da via 139 144. IGC Problema: A rotatria prxima ao Instituto de Geocincia (IGC) no Campus UFMG Pampulha contm um alto fluxo de veculos e pedestres. Essa rotatria no possui caractersticas suficientes que contribuam para proporcionar segurana aos pedestres do local. Dentre essas caracterticas esto a falta de piso ttil, superfcie do piso no adequada, buracos nas caladas, obstculos atrapalhando a passagem, entre outros problemas. Como as solues para muitos desses problemas foram tratadas em tpicos independentes neste trabalho, o enfoque aqui na considerao das travessias de pedestre. Inexistem faixas de travessia acessveis nessa regio, mesmo sendo extremamente necessrias. Figura 147 - Vista area da rotarria do IGC Figura 148 - Foto da rotatria do IGC 140 145. Figura 149 Vista de proposta de travessias elevadas e vinculada rotatria. 141 146. Figura 150 Vista em planta esquemtica de proposta de travessias elevadas e vinculadas rotatria. Piso ttil sobre a calada rea da rotatria em nvel com a faixa elevada de travessia Faixa Elevada de travessia IGC FAFICH Gramado GramadoGramado Gramado Gramado Gramado Piso asfltico Piso permevel Piso permevel Piso permevel 142 147. Rotatria prxima ao IGCCasos especficos Soluo: A proposta consiste na construo de uma pista elevada ao redor de toda a rotatria a fim de privilegiar o pedestre em detrimento dos veculos (traffic calming). Atravs de uma anlise da principal direo do fluxo das pessoas, determinou-se os melhores pontos para se colocar as faixas de pedestres, tambm elevadas, como mostrado nas figuras ao lado. Figura 151 Localizao do problema Figura 152 Vistas da soluo proposta de piso elevado em toda a rea da rotatria. prxima ao IGC IGC IGC FAFICH 143 148. Problema: A rea em frente Reitoria e a Praa de Servios a regio central do Campus UFMG Pampulha. Por isso, possui o maior fluxo de pedestres e veculos, e onde as pessoas com problemas de mobilidade esto mais expostas ao perigo de acidentes, como quedas e atropelamentos. As faixas de pedestres existentes no local no esto em bom estado de conservao. A superfcie do piso no adequada uma vez que no regular, uniforme e antiderrapante. Possui muitos buracos e obstculos. No h sinalizao ttil, alm de outros problemas. Figura 153 - Vista area da rea prxima Reitoria Figura 154 Uma esquina do cruzamento ao final da Av. Reitor Mendes Pimentel. Ao fundo est o edificio da Reitoria. REITORIA 144 149. Figura 155 Vista de proposta de travessias elevadas no cruzamento complexo da praa de servio. 145 150. Figura 155 Vista de planta esquemtica da proposta de travessias elevadas para o cruzamento complexo da praa de servios. Piso ttil sobre a calada rea de cruzamento em nvel com a faixa elevada de travessia Faixa Elevada de travessia Gramado Ciclovia Gramado Gramado Piso asfltico Piso permevel Ciclovia 146 151. Gramado da ReitoriaCasos especficos Soluo: Baseando-se nos fundamentos de aplicao do design universal e do traffic calming, considera-se que deva haver a alterao da superfcie do piso das caladas pela implantao de faixas livres para caminhada. Alm disso, considera- se ainda a necessidade de colocao de piso ttil para ajudar pessoas com problemas de viso a se locomoverem melhor. Deve-se manter elevada a rea do cruzamento entre as faixas de travessia. Isso ir condicionar o comportamento de motoristas a diminurem a velocidade de seus veculos e aumentar a segurana para o pedestre. A implantao de ciclofaixas nessa regio deve ocorrer com separao fsica da rea de passagem de pedestres nas zonas de travessia. Figura 157 Vista destacando reas de descanso do pedestre no cruzamento sem conflitos com a ciclofaixa Figura 156 Imagem mostrando o piso ttil e a ciclofaixa prximos ao gramado da Reitoria 147 152. Problema: Na rotatria da Rua Prof. Baeta Viana, prxima ao edifcio da Reitoria, verifica-se a inexistncia de travessias para pedestre, o que torna perigoso esse percurso. REITORIA Figura 158 Foto da rotatria atrs da Reitoria Figura 159 - Vista area da rotatria atrs da Reitoria Figura 160 - Localizao do problema 148 153. Figura 161 Vista de proposta de travessias elevadas no cruzamento complexo da rotatria. 149 154. Figura 162 Vista de planta esquemtica da proposta de travessias elevadas para o cruzamento complexo da rotatria Piso ttil sobre a calada rea da rotatria em nvel com a faixa elevada de travessia Faixa Elevada de travessia Gramado Gramado Gramado Piso asfltico Piso permevel 150 155. Rotatria da R. Onze com R. Beata VianaCasos especficos Soluo: Aqui, novamente, recomenda-se a insero de passarelas elevadas nos pontos indicados pelas figuras ao lado, bem como a elevao do nvel do asfalto em toda a regio central do cruzamento entre as faixas de travessia, unindo-se o nivelamento da pista com o da calada nesse trecho. No cruzamento, o revestimento asfltico ir preservar a superfcie das vias, Alm disso, por estar em nvel elevado com referncias horizontais marcantes de canteiros gramados, preve-se que o comportamento dos motoristas deve ser de manuteno de baixa velocidade e de respeito ao pedestre. Figura 163 elevao do centro da rotatria, rea entre as passarelas elevadas Figura 164 Vista area da insero de passarelas elevadas nas travessias 151 156. Problema: Nesta rotatria verifica-se a inexistncia de travessias para pedestre, o que torna perigoso esse percurso. REITORIA Figura 165 vista area da rotatria da Av. Reitor Mendes Pimentel Figura 166 Foto da rotatria indicando a inexistncia de travessias para pedestre. 152 157. Figura 167 Vista de proposta de travessias elevadas no cruzamento complexo da rotatria para estacionamento da Reitoria. 153 158. Figura 168 Vista em planta esquemtica de proposta no cruzamento complexo da rotatria para estacionamento da Reitoria. Piso ttil sobre a calada rea da rotatria em nvel com a faixa elevada de travessia Faixa Elevada de travessiaGramado Piso asfltico Piso permevel Piso permevel Piso permevel Piso permevel Piso permevel Gramado Ciclofaixa Calada Faixa Livre para caminhada 154 159. Rotatria da Av. Reitor Mendel PimentelCasos especficos Soluo: Aqui recomenda-se a insero de passarelas elevadas juntamente com ciclovias, bem como a elevao do nvel do asfalto na regio do cruzamento entre as faixas de travessia, unindo-se o nivelamento da pista com o da calada nesse trecho. Figura 170 Planta do centro da rotatria, rea entre as passarelas elevadas Figura 171 Vista area da insero de passarelas elevadas nas travessias Figura 169 Localizao do problema 155 160. FAFICH Problema: Na faixa de acesso edificao da Faculdade de Cincias Humanas - FAFICH h bastes de ferro para impedir a passagem de veculos, porm isso restringe a passagem de pedestres. Pessoas distraidas ou com deficincia visual podem bater contra elas, e se machucarem. Alm disso, no h piso ttil, e a manuteno da da superfcie calada no parece ser frequente. Figura 172 Vista area da entrada da FAFICH Figura 173 Vista de bastes em frente entrada da FAFICH pela Av. Reitor Mendes Pimentel Figura 174 Localizao do problema 156 161. Entrada da FafichCasos especficos Soluo: Recomenda-se que sejam feitos jardins alternados na entrada de acesso a FAFICH, ao invs de se colocar bastes de ferro para evitar a passagem de carros. Dessa forma, possvel impedir a passagem de carros, e alm disso, embelezar a rea e proporcionar segurana as pessoas que transitam pelo local todos os dias. Os jardins alternados podem conter patamares para reduzir o esforo da excessiva extenso da rampa de declividade mxima. Vale lembrar a necessidade de modificao da superfcie do piso, com a implantao de piso ttil, e a sinalizao de obstculos caso esses possuam a base com dimenses menores que a das suas projees. Figura 175 Vistas da proposta para entrada da FAFICH na Av. Reitor Mendes Pimentel 157 162. FAFICH Figura 176 Vista area da Av. Reitor Mendes Pimentel Figura 177 Imagem da calada inapropriada para o uso por pedestres Problema: Na Avenida Reitor Mendes Pimentel, no local de calada que oposto da rea de acesso FAFICH, h um enorme rebaixo, que possibilita a passagem de carros da avenida para o interior da mata. Percebe-se que houve uma tentativa para solucionar o problema, fazendo um outro rebaixo na calada no sentido de direo dos pedestres, porm a mesma falha e no soluciona o problema de conflito de passagem entre pedestre e veculo. Figura 178 Localizao do problema 158 163. Calada com entrada de veculosCasos especficos Soluo: A entrada para carros atravessando a faixa livre de pedestre funciona como a entrada para uma via secundria ou um entrada de uma garagem. O fluxo de veculos parece ser pequeno. Alm disso, esse local prximo esquina da Av. Prof. Mendes Pimentel com a Rua Dr. Eduardo Mendes Guimares Junior. Caso no seja possvel criar o acesso para a via secundria pela avenida, interrompendo a calada no trecho e instalando uma faixa de travessia, a soluo no rebaixar a calada e privilegiar o veculo. Pelo contrrio, deve-se manter a calada no mesmo nvel e alertar os pedestres atravs da colocao de pisos tteis e marcao visual de que esta uma regio onde no totalmente seguro. Considerando a baixa declividade na via secundria para a mata, recomenda-se colocar rampas em ambos os lados da calada para permitir a passagem de veculos. Figura 179 Vistas da soluo proposta para a rampa de veculos e passagem de pedestres 159 164. Problema: Nota-se que o acesso ao Campus pela Av. Antnio Carlos no est em conformidade com exigncias mnimas de acessibilidade pela NBR 9050:2004 e legislao . A espera do ponto de nibus bastante precria, j que a cobertura de proteo climtica da rea do assento muito pequena. No impede que o sol ou a chuva atinjam os usurios. O piso da calada para embarque no transporte coletivo irregular e oferece pouco contraste de cor e textura com a faixa ttil. A calada para embarque no BRT est situada no lado esquerdo, central Avenida e restringe a movimentao de pedestres por no oferecer suficientes faixas de travessia. A estao BRT MOVE instalada em frente UFMG contm rampas ngremes para acesso da calada rea de embarque / desembarque. Figura 180 - Ponto de nibus inadequado, Avenida Antnio Carlos Figura 181 Vista em detalhe do piso irregular, Avenida Antnio Carlos 160 165. Figura 182 - Rampa ngreme, fora de conformidade da estao do BRT com a NBR 9050:2004 na Avenida Antnio Carlos Conexo com transporte pblico BRT - MOVECasos especficos 161 166. Problema: No acesso a Portaria 1 do Campus UFMG Pampulha h travessias de pedestres que so descontnuas, o que dificulta a transio das direes de caminhada entre os lados das vias. Figura 183 Travessias de pedestre que no so contnuas, Avenida Antnio Carlos Figura 184 Rampa inadequada no acesso portaria na Av. Reitor Mendes Pimentel Problema: A rampa de acesso guarita da portaria no se encontra em conformidade com normas tcnicas e legislao sobre acessibilidade. 162 167. Portaria principal do Campus pela Antnio CarlosCasos especficos Figura 185 A portaria na Av. Reitor Mendes Pimentel no oferece condies satisfatrias de acessibilidade ambiental 163 Soluo: Redimensionar os espaos para o pedestre junto portaria de modo que ela sirva como posto de informaes sobre o campus UFMG Pampulha. Definir claramente faixas de travessia junto guarita. Implantar o mapa ttil do campus na rea da entrada pela Av. Antonio Carlos. 168. 164 169. Sugesto de materiais A seguir sero apresentadas outras sugestes de materiais a serem usados para revestimento de piso externo antiderrapante nas reformas para adequao a acessibilidade do Campus Pampulha 165 170. 166 171. Soluo: O piso de concreto armado da IBTS Instituto Brasileiro de Telas Soldadas , apresenta grandes vantagens tcnicas e econmicas sobre os tradicionais em concreto simples ou asfltico. A superfcie final deste tipo de piso plana e contnua, sendo adequada acessibilidade. solo brita tratada com cimento (sub-base) lona plstica espaador soldado tela soldada concreto Perspectiva esquemtica do piso de concreto Corte esquemtico do piso de concreto Superfcie do pisoOpo 1 167 172. 168 173. Superfcie do piso Soluo: Os pisos Impact Roll so antiderrapantes e de alta performance. Eles no marcam quando submetidos presso por peso e impacto de equipamentos ou fluxo intenso de pessoas. Ao lado, as cores em que o produto disponibilizado. Instalao: O piso Impact Roll colado sobre contrapiso liso; Acabamento de juntas secas; Para facilitar a limpeza recomendado o uso de emulso acrlica. Fonte:http://www.aubicon.com.br/produtos/impact-roll.html Opo 2 169 174. 170 175. Indicaes bibliogrficas GUIMARES, M.P., Grenfell, C.P.F. Picceli, A. F. B. O Processo de Mapeamento da Acessibilidade no campus da UFMG. Puc-Minas: Anais do Seminrio Sociedade Inclusiva. 2008. GUIMARES, M. P. Writing Poetry Rather Than Structuring Grammar - Notes for the Development of Universal Design in Brazil. In: Wolfgang Preiser, Koridon Smith, eds. Universal Design Handbook, 2nd edition. 1 ed., chapter 14. New York: McGraw-Hill, 2010, p. 1-14. ______ Universal Design in Brazil: a Rating Scale. In: Wolfgang F.E. Preiser and Elaine Ostroff, eds. Universal Design Handbook. 1 ed. chapter 57. New York: McGraw-Hill. 2001. ______ Desenho universal Design universal: conceito ainda a ser seguido pelas Normas Tcnicas NBR 9050 e pelo Decreto/Lei da Acessibilidade. Arquitextos (So Paulo. Online), v. 052008, p. 03, 2008. ______ Acessibilidade Pelo Design Universal. Apostila do Curso de Aprimoramento Tcnico de Inspetores da Acessibilidade do IQ-PE. 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