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Caixas Acústicas CSR 4000 Manual de Instruções Versão 1.2 – 24/06/2014.

Caixas acústicas csr 4000 manual de instruções

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Manual de Instruções das caixas de som CSR

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Caixas Acústicas CSR 4000

Manual de Instruções

Versão 1.2 – 24/06/2014.

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1 - Apresentação

As caixas acústicas CSR 4000 foram projetadas para proporcionar potência e qualidade sonora num só equipamento. São fabricadas na versão passiva (com 1 alto-falante de 15 polegadas e 1 corneta com drive de titânio) e ativa (além do alto-falante e da corneta, com um amplificador de 300 Watts RMS integrado).

O design das caixas acústicas CSR é um balanço perfeito entre o clássico e o tecnológico. Com robustez e detalhes elegantes, elas combinam com qualquer ambiente e atendem aos mais variados tipos de eventos, sendo imprescindíveis para auditórios, salões de festas, clubes, teatros, igrejas, etc. A linha 4000, com 300 Watts RMS de potência, é composta pelos seguintes modelos: 1 – Ativa (Amplificada) - modelo CSR 4000 A:

1.1 - Standard - Código 05222

1.2 – Com USB e SD Card - Código 05225 2 – Passiva - modelo CSR 4000:

2.1 – Standard - Código 05219 As caixas acústicas CSR vêm preparadas para serem montadas em suportes adquiridos opcionalmente, mantendo-se elevadas e, assim, com mais projeção sonora.

A caixa ativa permite trabalhar no sistema mestre/escravo, ou seja, juntamente com uma caixa CSR 4000 passiva e um cabo SpeakOn x SpeakOn, ambos opcionais, você ganha mais potência e a possibilidade de uma melhor distribuição do seu som. Seu sistema Bass-Reflex de duas vias produz um som potente e com qualidade, pois as freqüências graves, médias e agudas são bem distribuídas pelo alto-falante de 15 polegadas e pela corneta de 1 polegada com drive de titânio.

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2 – Conhecendo o Equipamento

O amplificador da caixa acústica CSR ativa possui tecnologia Bi-Amp, ou seja, é composto por duas seções distintas de amplificação que permitem controlar os volumes de forma independente para as entradas P10 Mic Input/Line Input e para a entrada RCA Line Input (duas fontes distintas de áudio). Para operar as caixas acústicas CSR é necessário, inicialmente, identificar cada controle, entradas e saídas dos seus painéis traseiros. Para a caixa ativa, tomaremos por base o painel de controle do modelo Código 05225, por ser mais completo, já que possui entradas USB e SD Card.

Após conectado o cabo de força (figura 1) à corrente elétrica e o cabo SpeakOn (figura 2) da caixa ativa até a caixa passiva (opcional), poderemos iniciar a utilização do equipamento. A operação é bastante simples. Leia atentamente as explicações a seguir.

Fig. 1 – Cabo de Força AC Fig. 2 – Cabo SpeakOn para interligar as caixas (ativa e passiva)

2.1 – Painel Traseiro da Caixa Ativa

Fig. 3 – Painel traseiro da caixa ativa CSR 4000 A - Código 05225

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1 – Entrada para SD Card. Introduza aqui um SD Card contendo arquivos de música no formato MP3 ou WMA e o equipamento os reproduzirá. Os arquivos podem estar na raiz do cartão ou em uma ou mais pastas. 2 – Entrada USB para pendrive. Introduza aqui um pendrive contendo arquivos de música no formato MP3 ou WMA e o equipamento os reproduzirá. Os arquivos podem estar na raiz do pendrive ou em uma ou mais pastas. 3 – Display de LCD. Este visor exibe todas as operações realizadas com o pendrive e o SD Card. 4 - Botão PLAY/PAUSE. Utilize este botão para dar início à reprodução de um arquivo MP3 ou WMA do SD Card ou do pendrive. Pressionando-o com o arquivo em execução, a música será pausada. 5 e 9 – Botões de navegação. Estes botões permitem voltar ou avançar na escolha dos arquivos MP3/WMA do SD Card ou do pendrive, bem como possibilitam selecionar as pastas onde os arquivos estejam. 6 – Botão MP3/AUX. Permite escolher entre ouvir as músicas do pendrive/SD Card ou então o sinal oriundo da entrada RCA Line Input. O controle de volume (10) vai atuar dependendo desta seleção. 7 – Botão STOP. Utilize este botão para interromper a reprodução de um arquivo MP3 ou WMA do SD Card ou do pendrive. 8 – Botão REPEAT. Utilize este botão para que o reprodutor repita a música. 10 – Controle VOLUME. A característica Bi-AMP do amplificador permite que suas duas seções sejam controladas independentemente (a seção de entrada de linha via RCA e a seção de microfones/linha via P10). Este potenciômetro de volume atua somente sobre o sinal que entra no amplificador através da entrada RCA Line Input, porém controlará também o volume das músicas do pendrive ou do SD Card no caso de o botão MP3/AUX (6) ter sido pressionado para selecionar esta fonte de sinal. 11, 12 e 15 – Equalizador paramétrico. Os controles BASS, MID e TREBLE permitem acentuar ou atenuar as freqüências dos graves, médios e agudos do sinal que entra tanto pela entrada RCA Line Input como pelas entradas P10 Mic Input/Line Input. 13 – Controle MIC VOLUME. A característica Bi-AMP do amplificador permite que suas duas seções sejam controladas independentemente (a seção de entrada de linha via RCA e a seção de microfones/linha via P10). Este potenciômetro de volume atua somente sobre o sinal que entra no amplificador através das entradas P10 Mic Input/Line Input. 14 – Controle ECHO. Este potenciômetro permite adicionar um efeito de eco (delay) ao sinal oriundo das entradas P10 Mic Input/Line Input. Seu objetivo é deixar sua voz com um som mais profissional quando você utiliza microfones. 16 – Entrada MIC 1 ou LINE 1 de Mic Input/Line Input. Trata-se de uma entrada do tipo P10 mono (entrada desbalanceada). Dependendo da posição da chave seletora de modo de entrada (18), esta entrada pode receber um microfone ou um sinal de linha oriundo de outro equipamento qualquer de áudio (como a saída master da mesa de som, teclados, guitarras, baixos e baterias eletrônicas, por exemplo). Esta entrada, assim como a MIC 2, faz parte da primeira seção do amplificador, logo, têm seu volume controlado exclusivamente pelo potenciômetro MIC VOLUME (13). 17 – Entrada MIC 2 ou LINE 2 de Mic Input/Line Input. Trata-se de uma entrada do tipo P10 mono (entrada desbalanceada). Dependendo da posição da chave seletora de modo de entrada (18), esta entrada pode receber um microfone ou um sinal de linha oriundo de outro equipamento qualquer de áudio (como a saída master da mesa de som, teclados, guitarras, baixos e baterias eletrônicas, por exemplo). Esta entrada, assim como a MIC 1, faz parte da primeira seção do amplificador, logo, têm seu volume controlado exclusivamente pelo potenciômetro MIC VOLUME (13).

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18 – Chave seletora do modo de entrada. Esta chave permite transformar as duas entradas P10 em entradas para microfones ou em entradas para sinal de linha, alternativamente. Posicionada para microfone, as entradas estarão aptas a receber sinal desbalanceado de até dois microfones. Se posicionada para sinal de linha, elas estarão prontas a receber sinais de áudio desbalanceados mais fortes, como a saída master da mesa de som, teclados, guitarras, baixos e baterias eletrônicas, por exemplo. 19 – Entrada RCA LINE IN (R/L). Trata-se de uma entrada para você poder ligar seu iPod, CD/MP3 Player, aparelho de Karaokê, TV, notebook, etc. Esta entrada faz parte da segunda seção do amplificador, logo, têm seu volume controlado exclusivamente pelo potenciômetro VOLUME (10). 20 – Saída RCA LINE OUT (R/L). Trata-se de uma saída de sinal de linha (não amplificado) para você distribuir o som em caixas amplificadas menores e personalizar o seu ambiente. 21 – Botão Liga/Desliga. Interrompe a entrada de energia elétrica no circuito do amplificador, deixando a caixa inoperante. 22 – Chave seletora de voltagem 127V/240V. Este equipamento não é do tipo bivolt automático. Ele é bivolt manual, ou seja, é preciso ajustar esta chave em função da voltagem disponibilizada na rede elétrica de onde será utilizado. Ajuste este seletor com atenção. 23 – Saída SPEAKEROUT. Trata-se de uma saída para cabo com conectores SpeakOn (figura 2), com o propósito de permitir ligar em paralelo uma caixa escrava (passiva) com alto-falante de, no mínimo, 8 Ohms de impedância. Não conecte nesta saída caixa de som cujo alto-falante ou arranjo deles totalizem menos de 8 Ohms de impedância, sob pena de queimar o amplificador. O amplificador da caixa ativa CSR foi projetado para trabalhar com o mínimo de 4 Ohms de impedância. Quando somente a caixa ativa está em uso, o amplificador provê 150 Watts RMS de potência, já que seu alto-falante interno é de 8 Ohms. Quando a caixa passiva (também com alto-falante de 8 Ohms) é conectada através desta saída, a impedância total cai para 4 Ohms e então o amplificador da caixa ativa atinge sua potência máxima de 300 Watts RMS (150 Watts em cada caixa). Isto ocorre porque a ligação em paralelo de alto-falantes produz uma queda na impedância, cujo valor é inversamente proporcional à potência do amplificador, ou seja, quanto menos impedância, maior a potência e vice-versa. Mas lembre-se: todo amplificador tem um limite. O amplificador da caixa ativa não suportará trabalhar com impedância total dos alto-falantes menor do que 4 Ohms. 24 – Entrada para o Cabo de Força AC (figura 1). Assegure-se de que a voltagem de sua cidade esteja devidamente configurada pela chave seletora de voltagem (22).

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2.2 – Painel Traseiro da Caixa Passiva

Fig. 4 – Painel traseiro da caixa passiva CSR 4000 - Código 05219 1 – Conector SpeakOn. Funciona tanto como entrada quanto como saída. Como entrada, ao receber a conexão do cabo SpeakOn que vem da caixa ativa. Como saída, ao conectar um cabo SpeakOn para levar o sinal em paralelo a uma terceira caixa acústica. Observe as explicações da saída SPEAKOUT (23) do painel da caixa ativa quanto à impedância dos alto-falantes ao utilizar este conector como saída para uma terceira caixa acústica em paralelo. Não observar a impedância mínima de trabalho do amplificador provocará a queima de seus canais. 2 – Conector SpeakOn. Funciona tanto como entrada quanto como saída. Vide as mesmas explicações para o item anterior.

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3 – Exemplos de Ligação Para montarmos um pequeno sistema de P.A. (Public Address System), ou seja, um som direcionado ao público, necessitamos, basicamente, de uma mesa de som (mixer), de um amplificador, de caixas de som (com woofers e tweeters, ao menos) e microfones. Podemos, ainda, incluir um CD/MP3 Player e criarmos um karaokê para animar a festa. A CSR produz caixas de som ativas e passivas. As caixas passivas são aquelas que contêm apenas o alto-falante (woofer) e a corneta (horn speaker). Já as ativas, além do alto-falante e da corneta, trazem o amplificador integrado.

Há, ainda, um segundo modelo de caixa ativa (Cód. 05225), que também incorpora entradas USB e SD (Secure Digital Card), possibilitando tocar músicas diretamente de um pendrive ou cartão SD e dispensando assim a necessidade do CD/MP3 Player.

Assumindo que temos em mãos o pequeno grupo de equipamentos mencionado no início, podemos começar as ligações. Antes, porém, vamos identificar os cabos dos quais poderemos necessitar:

Fig. 5 – Cabo SpeakOn Fig. 6 – Cabo XLR x XLR (balanceado)

Fig. 7 – Cabo XLR x P10 estéreo (balanceado) Fig. 8 – Cabo XLR x P10 mono (desbalanceado)

Fig. 9 – Cabo RCA x 2-XLR Fig. 10 – Cabo P10 mono x P10 mono (cabo de guitarra)

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3.1 – Ligação para Karaokê Assegure-se de que a chave seletora do modo de entrada esteja na posição Mic Input. Com apenas um CD Player ou MP3 Player e um ou dois microfones você anima a festa com o karaokê. Graças à tecnologia Bi-AMP, você contará com controles independentes de volume para os microfones e o CD/MP3 Player. Controle a música com o botão VOLUME e as vozes com MIC VOLUME. E você ainda vai poder adicionar eco aos microfones, deixando sua voz com um som profissional.

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3.2 – Ligação para Música ao Vivo Assegure-se de que a chave seletora do modo de entrada esteja na posição Line Input. Não utilize a entrada RCA Line Input para conectar a mesa de som, pois esta entrada deve ser utilizada para ligar CD/MP3 Players, notebooks, aparelhos de karaokê e demais dispositivos da mesma natureza. Realizando as ligações exatamente como na imagem abaixo, o controle MIC VOLUME será o responsável por controlar a potência do amplificador, enquanto que o controle VOLUME não terá qualquer efeito.

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4 - Acessórios A seguir vemos os principais acessórios utilizados juntamente às caixas acústicas CSR.

Fig. 11 - Acessórios

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5 - Especificações Técnicas

5.1 – Modelo CSR 4000 A (Ativa)

a) Gabinete de plástico injetado de alta resistência b) Sistema Bass-Reflex de 2 vias, composto de um alto-falante (woofer) de 15 polegadas e uma corneta

(horn speaker) com drive de titânio de 1 polegada c) Controles: Mic Volume, Echo, Treble, Mid, Bass e Volume d) Entradas: 2 P10 Line Input (mono), 2 P10 Mic Input (mono), RCA Line Input, USB*, SD Card* e) Saídas: 1 SpeakOn, RCA Line Output f) Controle Remoto* g) Potência: 300 Watts RMS (Bi-AMP) h) Impedância: 8 Ohms i) Divisor de Freqüência: Corte em 3,5 KHz j) Resposta de Freqüência: 35 Hz ~ 20 KHz k) Sensibilidade: 103 dB l) Máx. SPL: 129 dB m) Voltagem (chave seletora): 115V/230V – 50/60 Hz n) Dimensões (L x A x P): 50 cm x 72 cm x 46 cm o) Peso: 25 Kg

* Somente o Código 05225.

5.2 – Modelo CSR 4000 (Passiva)

a) Gabinete de plástico injetado de alta resistência b) Sistema Bass-Reflex de 2 vias, composto de um alto-falante (woofer) de 15 polegadas e uma corneta

(horn speaker) com drive de titânio de 1 polegada c) Potência: 350 Watts RMS d) Impedância: 8 Ohms e) Divisor de Freqüência: Corte em 3,5 KHz f) Resposta de Freqüência: 35 Hz ~ 20 KHz (-3 dB) g) Sensibilidade: 101 dB h) Dimensões (LxAxP): 50 cm x 72 cm x 46 cm i) Peso: 22 Kg

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6 – Revelações

Meu nome é Sávio Gonçalves. Sou analista de sistemas, advogado e músico. Já fui músico profissional, mas atualmente sou amador mesmo. Toco violão, guitarra, saxofone e flauta. Sou proprietário de um par de caixas CSR 4000 (ativa e passiva), que utilizo para me apresentar com meus saxofones em cima de playbacks, além de violão e voz. Diante da escassez de informações técnicas a respeito dessas caixas, resolvi elaborar este manual de instruções.

Como conhecedor em nível intermediário de eletrônica, fui mais a fundo desmontando as minhas caixas e analisando, sobretudo, o circuito eletrônico do amplificador da caixa ativa. Ao fazer isto, tive alegrias e tristezas. E é isto o que venho compartilhar aqui com você.

Este capítulo tem por objetivo trazer ao conhecimento dos usuários das linhas de caixas acústicas CSR algumas informações importantes sobre o seu projeto eletrônico. Principalmente os problemas, que, apesar de contornáveis, são bastante graves e requerem atenção.

Até o capítulo anterior, eu redigi este manual como se técnico ou engenheiro da CSR eu fosse. Procurei ser bastante didático na redação, sem deixar de ser técnico. Ou seja, falei de cada recurso do equipamento salientando as possibilidades e as características que eram de se esperar por parte dos usuários. Mas a partir de agora vou apontar os problemas e o que pode ser feito para contorná-los.

Caso tenha qualquer dúvida a partir de agora, você poderá me contactar através do e-mail [email protected].

6.1 – Problemas no Projeto do Amplificador Como já mencionei, ao desmontar a caixa ativa e analisar o circuito do amplificador, detectei alguns problemas. Alguns bastante graves. Mas todos em função de um fato para o qual pouca gente se atenta: o amplificador da caixa ativa não é estéreo. Acompanhe com atenção. a) Problema 1: Entrada RCA Line Input

Ao me dar conta de que o amplificador não é estéreo, percebi imediatamente que a entrada RCA Line

Input é falsa. Explico: as inscrições L/R (canais Left e Right) existentes e visíveis ao usuário são uma absurda enganação. Olhando os conectores RCA internamente, vemos que o canal é um só, ou seja, só há um terra e um positivo, e o positivo é o mesmo que faz contato com o miolo de ambos os terminais L e R (branco e vermelho).

Agora imagina a seguinte situação: você pega um cabo como o da figura 9 acima (RCA x 2-XLR), conecta-o aos canais Left e Right da saída master da sua mesa de som novinha e importada e conecta a outra ponta do cabo nos dois terminais (L/R) da entrada RCA Line Input falsa da caixa CSR ativa. Como agora você já sabe que internamente esta entrada só tem um canal e que ela une os positivos dos dois terminais RCA, não vai ter muita dificuldade em perceber que você acabou de fechar um curto-circuito nos canais da sua mesa de som. Ou seja: fatalmente um ou até mesmo os dois canais da sua mesa de som vão queimar mais cedo ou mais tarde, pois não se pode misturar os sinais de saída de canais independentes de equipamento algum simplesmente unindo os fios.

Bastava existir ali meia dúzia de resistores, um opamp (transistor) e um capacitor próximos a este conjunto RCA para criar um circuito interno de mixer (misturador) dos sinais de cada canal entrando na caixa, de forma que não haveria perigo às saídas do equipamento que está proporcionando estes sinais. Mas isto não está no projeto eletrônico da CSR. Sendo assim, NUNCA UTILIZE a entrada RCA Line Input da sua caixa ativa CSR. Nem mesmo para conectar aquele seu MP3 Player vagabundo de camelô, pois se você o comprou, certamente é porque quer tê-lo funcionando e não com as suas saídas queimadas. b) Problema 2: Saída RCA Line Output

Exatamente o mesmo problema do item anterior. O canal é um só. O amplificador não é estéreo e,

portanto, não deveria existir a inscrição L/R do lado de fora. Os terminais positivos do conjunto RCA são unidos internamente, de forma que o usuário pensa que está obtendo um sinal de linha estéreo quando, na verdade, está obtendo o sinal de um único canal através dos dois conectores (branco e vermelho) do conjunto RCA.

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O conselho é o mesmo: NÃO UTILIZE esta saída. Não vá correr o risco de queimar as entradas do seu equipamento que estaria recebendo este sinal. A não ser que você queira conectar apenas uma perna do cabo RCA e puxar um sinal mono. c) Problema 3: Entradas P10 Mic Input / Line Input

Aqui, pelo menos, não houve enganação se considerarmos que não colocaram as inscrições L/R do lado de fora. Mas como a CSR não disponibiliza manuais ou mesmo simples ilustrações sobre como ligar as caixas com outros equipamentos de áudio (como mesas de som, equalizadores, etc.), acaba por não deixar claro para o consumidor que seu amplificador embutido nas caixas acústicas ativas não é estéreo e o induz a erros graves de instalação que podem terminar por queimar outros equipamentos.

Para que o conjunto de caixas acústicas ativa e passiva fosse considerado estéreo, o amplificador da caixa ativa deveria ser capaz de receber os canais Left e Right de um dispositivo qualquer (mesa de som ou mesmo um MP3 Player) e permitir direcionar cada canal para um alto-falante distinto (por exemplo, enviar o canal esquerdo para o alto-faltante da própria caixa ativa e o canal direito para o alto-falante da caixa passiva). Assim, ao colocar uma caixa distante da outra, você conseguiria distinguir as variações nos instrumentos e vocais da música em função do canal em que foram gravados (não são todas as músicas que trazem os instrumentos e vozes gravados em canais separados, mas algumas o fazem e isso é o que dá a sensação do estéreo, ou seja, de que o som da guitarra vem do lado e esquerdo e o do teclado vem do lado direito, por exemplo).

Mas observando internamente, vemos que o par de fios vermelho e preto que leva o sinal do amplificador até o alto-falante da caixa ativa é o mesmo que acaba por levá-lo ao alto-falante da caixa passiva (através do conector SpeakOn), numa ligação que chamamos de “paralela”, e, portanto, isto caracteriza a caixa passiva como uma simples extensão de som e não como um componente de um conjunto estereofônico, como desses que temos em casa (Aiwa, Sony, etc.).

Bem, tudo isto para provar a você que o amplificador da caixa ativa não é estéreo, pois se você insere nele os sinais de dois canais distintos, ele os une e manda o resultado para todos os alto-falantes, não produzindo o efeito estereofônico.

Voltando às entradas P10, como já sabemos, elas podem ser configuradas para funcionar como Mic Input ou como Line Input através da chave de seleção do modo de entrada. Analisando o circuito interno das duas entradas e da chave, encontrei quatro resistores bem próximos a elas e, pelo que percebi, eles são responsáveis por duas coisas:

a) Misturar os sinais que chegam pelas duas entradas P10, independente da posição da chave do

modo de entrada (dois resistores de 4k7 Ohms); b) Atenuar o sinal de linha quando a chave está na posição Line Input (um resistor de 22k e outro

de 1k Ohms). Deixa eu tentar explicar rapidamente a questão da atenuação do sinal: é o mesmo princípio utilizado nas

duas entradas (Mic In e Line In) de um mesmo canal da mesa de som. Você utiliza a entrada Mic In para receber sinais de muito baixa intensidade (como os oriundos dos microfones) e a entrada Line In para receber sinais mais fortes (como o da guitarra, baixo e teclado). Isto porque dentro da mesa de som temos circuitos pré-amplificadores (opamps) diferentes esperando para amplificar o sinal que você vai colocar ali. Se você coloca um sinal forte como o de um teclado na entrada Mic In, o circuito pré-amplificador desta entrada espera receber um sinal baixo para elevá-lo fortemente aos níveis necessários no equipamento, mas como já está recebendo um sinal forte (do teclado), ele superaquece e queima (quando não produz um som distorcido, que chamamos de clipping, por estar amplificando um sinal já elevado). Por outro lado, se você coloca um microfone na entrada Line In deste mesmo canal, o pré-amplificador da entrada Line In não está preparado para receber um sinal tão baixo e, como ele vai amplificar pouco (já que ele esperava um sinal suficientemente forte), o microfone vai ficar quase sem som.

Então, voltando às entradas P10 e à chave de seleção do modo de entrada das caixas CSR, lá estavam os quatro resistores. Perfeito. Mas ficou a dúvida se os mesmos resistores de 4k7 são eficazes para misturar tanto os sinais dos dois microfones como os sinais de linha vindos dos dois canais da mesa de som. Não consegui identificar na placa de circuito mais próxima o transistor e o capacitor que completam o circuito de mixer padrão. Desta forma, não posso afirmar que o equipamento esteja unindo com segurança os sinais dos dois

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canais vindos da mesa de som (que você, provavelmente, costuma inserir um em cada entrada P10 Line Input, certo?).

Certamente, para unir sinais de microfones os resistores bastam, como podemos ver em inúmeros esquemas espalhados pela internet. Mas para unir sinais de linha eu fico com o pé atrás.

Isto significa que você NÃO DEVE utilizar as duas entradas simultaneamente quando se trata de sinal de linha, como o que vem da mesa de som, por exemplo. Evite, portanto, a ligação indicada na ilustração do capítulo 3, onde eu mostro que isto é possível, pois lá é o “politicamente correto”, lembra? Mas fique tranquilo, pois mais adiante eu apresento um outro desenho com uma ligação alternativa que resolve o problema.

Mas e quando a chave do modo de seleção de entrada está na posição Mic Input? Aí eu posso usar as duas entradas, ou seja, dois microfones juntos no amplificador? Aí pode. Como eu mencionei, existe um circuito interno de mixer e ele, com certeza, faz um bom trabalho no caso dos microfones. Só não tenho certeza, como também já disse, se ele funciona com segurança para sinais de linha. 6.1.1 – As Evidências A seguir, algumas fotos que evidenciam os problemas ora expostos. Apesar destes problemas, percebe-se a boa qualidade do material empregado e o excelente acabamento interno das caixas acústicas. Ou seja, o interior dessas caixas não nos passa aquela idéia de equipamento “xing-ling”, por incrível que pareça.

Fig. 12 – Conjunto de entrada e saída RCA Fig. 13 – Circuito do conjunto de entrada e saída RCA A figura 12 denuncia que não se trata de um amplificador estéreo. A seta azul mostra os únicos dois fios (sinal e terra) do par de conectores RCA referente à saída de sinal de linha (Line Output). Já a seta vermelha demonstra a mesma coisa, porém para o par de conectores referente à entrada (Line Input). A figura 13 encerra o assunto. O círculo azul mostra que um dos fios brancos indicados pela seta azul da figura 12 se divide em dois pontos de solda: um relativo ao miolo do terminal vermelho e o outro ao miolo do terminal branco da saída de linha, ou seja, os dois terminais recebem o sinal de um mesmo fio. Exatamente o mesmo ocorre para os terminais vermelho e branco da entrada de linha, como se observa no círculo vermelho.

Fig. 14 – Conjunto de entradas P10 Fig. 15 – Circuito do conjunto de entradas P10 Na figura 14 podemos observar os quatro resistores cujas funções são misturar os sinais dos dois microfones e atenuar o sinal definido como sendo de linha pela chave seletora do modo de entrada. Também é

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possível visualizar os dois conectores P10 que, apesar de serem do tipo estéreo fisicamente, estão instalados para funcionar em mono.

Fig. 16 – Esquema eletrônico resumido do circuito do conjunto de entradas P10. Na figura 16 eu apresento o esquema eletrônico que fiz para representar a atuação dos quatro resistores existentes na pequena placa de circuito onde os dois conectores P10 estão localizados (figuras 14 e 15). Trata-se de um circuito comum de mixer, como tantos outros disponíveis na internet. A minha dúvida é se este circuito é seguro para misturar tanto os sinais oriundos de microfones como os de mesas de som ou mesmo de outras fontes de áudio.

Fig. 17 – Conjunto eletrônico do painel traseiro da caixa ativa (amplificador) A figura 17 mostra o amplificar inteiro. Ao centro (entre os dois dissipadores de alumínio), vemos não uma, mas duas placas de circuito retangulares lado a lado. Cada uma representa uma seção do amplificador (característica denominada pela CSR como Bi-AMP). Uma amplifica o sinal oriundo da entrada RCA e a outra o sinal proveniente das entradas P10. É possível constatar uma ótima qualidade nos materiais empregados, soldas bem feitas e a boa arrumação dos fios.

6.2 – Conclusões Apesar dos problemas relatados acima, ao abrir os painéis traseiros das minhas duas caixas (ativa e passiva) constatei que elas são muito bem acabadas por dentro e que o material utilizado (incluindo-se os componentes eletrônicos) parece ser de boa qualidade. Também me impressionaram a organização dos fios e o revestimento acústico com espuma.

Concluindo, eu penso o seguinte: se a CSR não incluísse a entrada RCA Line Input e a saída RCA Line Output no projeto, e deixasse claro que o amplificador não é estéreo e que por isto não se deve utilizar as duas

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entradas P10 simultaneamente quando a chave do modo de entrada estiver na posição Line Input, estaria tudo certo. Assim como também ficará tudo certo se você, agora ciente destes problemas, ignorar a existência dos terminais de entrada e saída RCA. Simplesmente não os utilize. Ironicamente, diante de tudo isto, concluímos que a melhor saída pode ser investir ainda mais dinheiro nas CSR. Ou seja: é melhor gastar um pouco mais e comprar duas caixas ativas do que uma ativa e outra passiva, como praticamente todo mundo pensa. E isto implica em gastar pouco mesmo, pois a diferença de uma caixa passiva para uma ativa não é tão grande.

Melhor ter em mente que a caixa passiva é uma extensão de som que ele vai usar quando o ambiente for absurdamente grande e precisar abrangê-lo com mais uma ou duas caixas além das duas principais que representam os canais esquerdo e direito (as duas caixas ativas).

Com uma caixa ativa e outra passiva, a potência do amplificador é dividida pelos alto-falantes das duas caixas. Se o amplificador é de 300 Watts RMS, o alto-falante da caixa ativa receberá 150 Watts e o alto-falante da caixa passiva os 150 Watts restantes. Utilizando duas caixas ativas, temos exatamente a mesma situação, porém, com a possibilidade de conectarmos uma caixa passiva em cada caixa ativa e assim dobrar a potência e estender o som para outros cantos do ambiente.

Mas a principal vantagem de termos duas caixas ativas ao invés do conjunto ativa + passiva é a obtenção do real som estéreo, pois serão dois amplificadores onde cada um amplifica um canal de saída da sua mesa de som. Bem, acabei de dar a melhor solução para os problemas que expus: é muito melhor comprar duas caixas ativas ao invés de uma ativa e outra passiva. Mais adiante eu apresento uma ilustração demonstrando como fazer esta ligação. Finalizando, diante destes problemas, refiz as imagens com os exemplos de ligações apresentados no capítulo 3, até então “politicamente corretos”, e os reapresento a seguir. São uma forma de contornar os problemas e evitar que você danifique seus demais equipamentos. Então calma, não será preciso vender suas caixas CSR. Elas não são ruins. Você só precisa conhecê-las para saber utilizá-las sem cair nas suas armadilhas. E gostaria de deixar claro que, apesar de nas minhas ilustrações eu ter utilizado um desenho de uma mesa de som de 12 canais da marca Oneal, eu não possuo esta mesa de som e ela não foi avaliada aqui. A Oneal não tem absolutamente nada a ver com os problemas ora relatados, assim como qualquer outro fabricante que porventura tenha sido identificado nas minhas ilustrações. Caso você não concorde com as opiniões que exponho neste documento (como, por exemplo, a de que é melhor comprar um par de caixas ativas ao invés de uma ativa e outra passiva), eu não vou ficar aborrecido. Até porque suas necessidades podem ser diferentes das minhas. Mas se, pelo menos, você concordar que as informações que te passei são úteis, terei cumprido minha missão. E isto é o que fará meu trabalho ter valido a pena, pois estas informações técnicas foram obtidas através de horas de investigação, sem contar as horas gastas redigindo este manual com suas fotos, imagens e diagramas. Bem, vamos aos novos exemplos de ligação!

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6.3 – Ligação para Karaokê Utilize apenas uma perna do cabo RCA que vai do CD ou MP3 Player para a entrada RCA Line Input, ligando-a no terminal RCA Left, de cor branca (veja a linha tracejada abaixo). Não utilize o terminal RCA Right (vermelho) junto com o Left (branco), pois, internamente, eles se unem e isto pode causar a queima do canal de saída do CD ou MP3 Player. Com esta ligação, o controle VOLUME atenderá ao CD ou MP3 Player, enquanto que o controle MIC VOLUME atenderá aos microfones.

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6.4 – Ligação para Música ao Vivo Assegure-se de que a chave seletora do modo de entrada esteja na posição Line Input. Lembre-se: o amplificador não é estéreo, logo, não utilize a segunda entrada P10 Line Input junto com a primeira, já que não temos certeza se o circuito de mixer que atende essas entradas funciona bem para sinais de outras fontes de áudio que não sejam microfones. Mantenha os potenciômetros PAN de cada canal da mesa de som voltados para o canal esquerdo, ou pelo menos na posição central, para garantir que nenhum instrumento esteja direcionado somente para o canal Right da saída master da mesa de som, o que vai impedir o som do instrumento, uma vez que a saída Right da mesa não está sendo utilizada.

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6.5 – Ligação para Música ao Vivo II Na ligação anterior, o MP3 Player pode causar um pequeno inconveniente: como ele está ligado na entrada AUX IN da mesa de som, seu canal direito vai se perder, já que não estamos usando o canal Right de saída da mesa. Não chega a ser um problema, pois seu sinal apenas deixa de ser estéreo. Mas para resolver isto, podemos utilizar um cabo Y para ligar os dois canais do MP3 Player em dois canais distintos da mesa de som.

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6.6 – Ligação para Música ao Vivo III A sugestão abaixo também resolve o inconveniente do canal direito do MP3 Player, pois passamos a utilizar a saída de monitor da mesa de som ao invés da sua saída master. Em teoria, a saída de monitor é uma junção dos canais esquerdo e direito da mesa de som e, portanto, os canais de saída do MP3 Player estarão fluindo por ela. Por causa disto, podemos conectar o MP3 Player na entrada AUX IN da mesa de som sem o problema de perder um de seus canais.

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6.7 – Ligação para Música ao Vivo IV Outra alternativa pode ser utilizar simultaneamente uma das entradas P10 Line Input e um dos terminais da entrada RCA Line Input (o branco, por exemplo). Com esta ligação, o controle VOLUME atenderá ao canal direito da mesa de som, enquanto que o controle MIC VOLUME atenderá ao canal esquerdo, assim, procure manter os dois no mesmo nível. Tecnicamente, estamos enviando cada canal da mesa de som para uma seção distinta do amplificador. Esta é uma alternativa sobre a qual não tenho condições de afirmar se a mistura dos canais é segura ou não. A única coisa que posso afirmar é que esta mistura ocorre em algum momento, já que o amplificador não é estéreo, ou seja, o som vai misturado para o alto-falante. Seja consciente ao adotar esta alternativa.

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6.8 – Ligação para Música ao Vivo Estéreo (a melhor solução) Na minha opinião, esta é a melhor opção para se obter um som potente e realmente estereofônico. Direcione a seu gosto o som de cada microfone/instrumento ligado na mesa de som para o canal esquerdo ou direito através do controle PAN de cada canal da mesa (isto é construir um verdadeiro som estéreo!). Não se esqueça de manter o controle de volume de ambas as caixas (MIC VOLUME) em níveis iguais. Assegure-se de que a chave seletora do modo de entrada de cada caixa esteja na posição Line Input.