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, 13 de junho de 2014 ICMBio em foco Edição 321 - Ano 8 - 21 de novembro de 2014 Ministra destaca avanços na gestão das Unidades de Conservação Em reunião ordinária do Conama, ministra Izabella Teixeira apresentou um balanço parcial de sua gestão à frente do Ministério. Pág. 2 Floresta Nacional de Três Barras, em Santa Catarina, comemora 70 anos de criação com programação variada. Pág. 6 APA Delta do Parnaíba elabora Mapa de Pesca da comunidade de Canto Comprido.. Pág. 4 Oficina discute educação ambien- tal e comunicação em Unidades de Conservação. Pág. 8 Recuperação de áreas degradadas e boas práticas no extrativismo do pequi são temas de eventos na Chapada do Araripe. Pág. 10 a

, 13 de junho de 2014 Edição 298 - icmbio.gov.br · Acervo Prefeitura de Três Barras A Floresta Nacional de Três Barras preserva diver-sas espécies de animais e vegetais da Floresta

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ICMBioem foco

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Edição 321 - Ano 8 - 21 de novembro de 2014

Ministra destaca avanços na gestão das Unidades de ConservaçãoEm reunião ordinária do Conama, ministra Izabella Teixeira apresentou um balanço parcial de sua gestão à frente do Ministério. Pág. 2

Floresta Nacional de Três Barras, em Santa Catarina, comemora 70 anos de criação com programação variada. Pág. 6

APA Delta do Parnaíba elabora Mapa de Pesca da comunidade de Canto Comprido.. Pág. 4

Oficina discute educação ambien-tal e comunicação em Unidades de Conservação. Pág. 8

Recuperação de áreas degradadas e boas práticas no extrativismo do pequi são temas de eventos na Chapada do Araripe. Pág. 10

Número de pessoas que curtiram a página

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Ministra destaca avanços na gestão das Unidades de Conservação

Na última quarta-feira (19), o auditório do Instituto Brasilei-ro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Brasília, foi palco da 116ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Duran-te o evento, a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, que preside o Conselho, apresentou um balanço parcial da sua gestão à frente do ministério, contemplando o período de 2011 a 2014. Além da ministra, compuseram a mesa da reunião o secretário-executivo do Ministério do Meio Am-biente (MMA), Francisco Gaetani; o presidente do Ibama, Volney Zanardi; e o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Vizentin, além de outras autoridades.

Izabella Teixeira destacou os avanços alcançados ao longo dos últimos quatro anos no tocante às Unidades de Conser-vação (UCs) federais, administradas pelo ICMBio. De acor-do com a ministra, o combate a incêndios foi intensificado

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todas as informações referentes às espécies em um banco de da-dos multimídia, que em breve estará disponível para consulta”, anunciou o coordenador-geral.

Além disso, foram criados 50 Planos de Ação para Conservação de Espécies Ameaçadas nos últimos quatro anos, envolvendo 500 espécies. De acordo com Izabella Teixeira, a lista atualizada de es-pécies ameaçadas deverá ser divulgada na próxima semana.

Outro anúncio importante feito na reunião foi o nascimento de ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), ave considerada extinta na natu-reza. “O Brasil conseguiu pela primeira vez reproduzir em cativeiro a ararinha-azul. Esse foi o maior ganho do ano em biodiversida-de”, frisou a ministra. Coordenado pelo ICMBio em parceria com a Vale, o Projeto Ararinha na Natureza visa a reprodução em cati-veiro das aves e, futuramente, a reintrodução delas em seu habitat natural, a Caatinga.

BAlANçO INsTITUCIONAl DO MMA

A ruptura do isolamento e o reposicionamento institucional do Mi-nistério do Meio Ambiente em relação aos órgãos de governo e à sociedade foram alguns dos avanços destacados pela ministra, que ressaltou a ampliação da capacidade de diálogo do MMA. “Foram construídas agendas bilaterais com outros ministérios e uma ar-ticulação robusta com o centro do governo”, explicou. Ainda de acordo com Izabella, sua gestão também fomentou um diálogo mais consistente com o setor privado, bem como a expansão do quadro de servidores do ministério. “Promovemos um fortaleci-mento institucional com foco no servidor e nas carreiras, incluindo a maior política de concursos públicos já realizada pelo MMA”, finalizou Izabella Teixeira.

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com a contratação de mais de 6 mil brigadistas, reduzindo em cerca de 40% o total de áreas queimadas. Izabella tam-bém ressaltou que, entre 2011 e 2014, foram entregues 60 Planos de Manejo – instrumentos que norteiam o uso das UCs – e até 2015 serão concluídos mais 51, totalizando 111 novos documentos. “Isso é fruto de um esforço formidável do ICMBio junto com a secretaria de Biodiversidade do Mi-nistério do Meio Ambiente”, pontuou.

O balanço das ações ambientais também enfocou os resul-tados obtidos em biodiversidade, mais especificamente na gestão da fauna. segundo a ministra, o Programa Pró-Es-pécies foi fortalecido e ampliado, possibilitando o desen-volvimento de um grande inventário com mais de 12 mil espécies avaliadas (o que representa 98% dos vertebrados conhecidos). A convite de Izabella, o coordenador-geral de Manejo para Conservação do ICMBio, Ugo Vercillo, apresentou ao público presente o sistema Espécies, ainda em fase de consolidação. “Nós coletamos e organizamos

Ministra destacou os avanços alcançados na gestão das Unidades de Conservação

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dade será desenvolvida em outras localidades situadas no entorno do estuário dos rios Timonha e Ubatuba e que também coletam recursos pesqueiros.

Elaborado a partir do I Ciclo de Gestão Participativa, os “Encontros de Pesca do Timonha e Ubatuba” foram or-ganizados pela equipe técnica da APA Delta do Parnaíba e Comissão Ilha Ativa, com apoio da Aquasis, do Ins-tituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Projeto Manguezais do Brasil (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD), a partir de conversas e atividades com pescadores e ma-risqueiras das comunidades sobre a situação da pesca no estuário. O Projeto foi apresentado à Petrobras.

No final do evento, foi lançada uma Carta-Proposta que apresentou as principais demandas dos participantes em relação às pesquisas sobre os recursos pesqueiros, ações de ordenamento e zoneamento da atividade e alternativas de renda para melhorar a qualidade de vida das famílias pescadoras. O Projeto Pesca solidária procura atender as demandas assinaladas neste documento, visando a con-servação dos recursos naturais do estuário e sua susten-tabilidade para as próximas gerações

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Técnicos da Área de Proteção Ambiental (APA) Delta do Parnaíba (CE/MA/PI) elaboraram o Mapa de Pesca de Can-to Comprido na comunidade de Canto Comprido – povoado localizado no estuário dos rios Timonha e Ubatuba (PI/CE), para dar continuidade ao ordenamento pesqueiro da região. O evento foi realizado no dia 9 de novembro, contou com a parceria da Comissão Ilha Ativa (CIA) e aconteceu na Unida-de Escolar Graciliano Ramos. Pescadores e marisqueiras da comunidade estiveram presentes.

Para compor o Mapa foi traçado um perfil de como é realizada a pesca pelos participantes, identificando espé-cies de recursos pesqueiros mais visados, artes de pescas utilizadas, principais locais de pesca e cata e problemas existentes na atividade. A analista ambiental da APA Delta do Parnaíba, Patrícia Claro, destacou a importân-cia da Gestão Compartilhada dos Recursos Pesqueiros no Estuário do Timonha e Ubatuba para promover a sus-tentabilidade dos recursos pesqueiros e melhorar a ativi-dade de pesca, que está em declínio. “É preciso descobrir o que os peixes estão fazendo para entender o porquê da

Mapa da Pesca é realizado em comunidade da APA Delta do Parnaíba

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Visão geral do Mapa da Pesca ao terminar a atividade

pesca estar cada vez mais difícil. Por isso a importância desse projeto”, avaliou a analista.

Os pescadores e marisqueiras também tiveram um mo-mento para reflexão e discussão e assistiram a dois cur-tas-metragem: uma animação que tratava de uma comu-nidade com problemas de água e um vídeo que mostrava o cotidiano vivenciado por marisqueiras da Associação de Catadores de Marisco de Ilha Grande, situações seme-lhantes às vividas pela Comunidade de Canto Comprido.

Enquanto os adultos estavam envolvidos na elaboração do Mapa, seus filhos e netos participavam de uma pro-gramação especial, momento em que crianças e jovens construíram outro mapa, dessa vez o da comunidade, contando as coisas boas e as que precisam melhorar no povoado. Os mais novos conheceram mais sobre as ati-vidades desenvolvidas pela APA por meio de um painel pintado com os principais recursos naturais e tradições culturais da região.

O Mapa da Pesca de Canto Comprido é uma das ações planejadas no Projeto Pesca solidária. Essa mesma ativi-

Crianças apresentam os mapas da comunidade

Mapa da comunidade construído pelas crianças

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duras e legumes produzidos pela agricultura familiar do entorno da Unidade. Também houve exposição e degustação de diversos produtos oriundos da erva mate, como sorvete, iogurte, isotônico e suco. Além disso, duas bandas marciais de escolas da rede muni-cipal de ensino de Três Barras mostraram obras de arte feitas com materiais recicláveis e esquetes teatrais com temáticas ambientais.

O visitante João de Oliveira, que veio com a família de são Bento do sul, a cerca de 120 km da Flona, para conhecer a Unidade e fazer um piquenique, elogiou a iniciativa. “Parabéns ao ICMBio, pois muitos não conhecem a riqueza em termos ambientais e de patrimônio histórico que a Floresta Nacional de Três Barras re-presenta para a região”. Vários visitantes sugeriram que o evento seja realizado anualmente e incluído no roteiro turístico da cidade de Três Barras.

Para realização do evento, a equipe da Flona contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Três Barras, Polícia Militar Ambiental de Canoinhas e de instituições historicamente parceiras.

Fundada em 1944 pelo Instituto Nacional do Pinho, a Floresta Nacional (Flona) de Três Barras (sC) comemorou no último do-mingo (16) seus 70 anos com o evento “Domingo na Floresta”. A Unidade de Conservação (UC) é a maior floresta da região Sul, com quase 4,5 mil hectares.

Estandes de instituições que atuam na região, serviços, atrações artísticas e culturais, lazer e passeios fizeram parte da programa-ção. Os participantes conheceram a Floresta Nacional com a re-alização da Trilha de Montain Bike, promovida em parceria com o grupo de ciclistas Pedala Planalto. “Também realizamos a Tri-lha na Floresta, de hora em hora, com monitoria dos protetores ambientais. Muitas pessoas tiveram a oportunidade de conhecer a flora e a fauna da Unidade mais de perto”, afirmou Carlos José Ribeiro da silva, chefe da Flona.

Na Feira Agroecológica, foram comercializados diversos produ-tos, como suco, geleia e licor de amora, pães caseiros, frutas, ver-

Floresta Nacional de Três Barras completa 70 anos

Abertura do evento com a Banda Marcial Novos Talentos

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A Floresta Nacional de Três Barras preserva diver-sas espécies de animais e vegetais da Floresta com Araucária, sendo mais de 200 espécies de pássaros, felinos ameaçados de extinção, como o leão-baio e a jaguatirica e canídeos como o lobo guará. A Unidade recebe cerca de 3 mil visitantes ao ano e desde 2005 possui um Conselho Consultivo. Cerca de 1400 hec-tares são ocupados com antigos plantios de pinus, que serão retirados e comercializados gradualmente, para implantação de experimentos com espécies na-tivas e recuperação de áreas.

UC com os atores sociais que têm relação com o Monu-mento Natural, durante reunião realizada na Universidade Federal de Alagoas (UFAl) – campus sertão, na primeira semana de novembro.

Na ocasião, foram escolhidos por meio de votação os no-vos membros do Conselho, que serão empossados após publicação de portaria no Diário Oficial da União. “O Con-selho Consultivo será um importante fórum de discussão da gestão socioambiental dessa Unidade de Conservação, buscando convergir os interesses para um único ponto que é a conservação do rio são Francisco”, ressalta o chefe do Monumento Natural, Ely Enéas sousa.

Estiveram presentes na reunião 108 pessoas, sendo 34 repre-sentando o poder público e 74 representando a sociedade ci-vil, dos cinco municípios da área de abrangência da UC. Para este encontro, a gestão do Monumento Natural do Rio são Francisco contou com apoio logístico da chefia da Estação Ecológica Raso da Catarina (BA) e da Coordenação Regional 6 do Instituto Chico Mendes (ICMBio), por meio da analista ambiental Cláudia Cunha, que moderou a reunião.

O Conselho Consultivo do Monumento Natural do Rio

são Francisco (Al/BA/sE), que vai contribuir com a im-

plantação de ações destinadas à preservação da Unidade de

Conservação (UC), será formado por 46 cadeiras, com 22

membros representando o poder público e 24, a sociedade

civil organizada. A composição foi definida pela gestão da

Monumento Natural do Rio São Francisco elege Conselho Consultivo

Participantes da reunião que elegeu o Conselho Consultivo do Monumento Natural

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Já a coordenadora de Educação Ambiental (Coedu), Kari-na Dino, falou sobre os materiais educativos que deverão advir desta oficina. “A ideia é desenvolver coletivamente instrumentos didáticos que sirvam para todas as UCs, sub-sidiando a reflexão em cada uma delas a respeito das suas ações e de como pode ser feito o acompanhamento dos resultados”, explicou Karina.

Para Ronaldo Oliveira, chefe da Reserva Extrativista Co-rumbau (BA), a expectativa é de que a educação ambiental se torne de fato prioritária. “Hoje, os processos educativos ainda são vistos com um olhar de curto prazo, voltado para atividades pontuais. Precisamos pensar a educação como ação contínua, a partir de um planejamento bem elaborado e de longo prazo”, ressaltou Oliveira.

No último da oficina, que contou com palestras, exposições e grupos de trabalho, foram apresentadas as propostas e os encaminhamentos para construção dos materiais didáticos no âmbito da Encea.

Foi realizado nos dias 17 e 18 de novembro, no Hotel Brasília Imperial, a Oficina Encea, evento que tem o ob-jetivo de promover debate sobre os fundamentos con-ceituais e metodológicos que norteiam a elaboração de materiais educativos relacionados à Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental em Unidades de Conservação (Encea).

Organizado pelo Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA) em parceria com a Coordenação de Educação Ambiental da Diretoria de Ações socioambientais e Consolidação Territorial do Insti-tuto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Di-sat/ICMBio), o encontro reuniu na capital federal cerca de 30 participantes – entre gestores de Unidades de Conserva-ção (UCs) de diversas partes do país e servidores do MMA e da sede administrativa do ICMBio, em Brasília.

Durante a abertura do evento, o diretor da Disat, João Ar-naldo Novaes, destacou a importância de se encarar a Encea como um processo contínuo e participativo. “Não podemos pensar nas UCs como se fossem ilhas. A educação ambiental é uma ferramenta para transformar realidades e sua constru-ção deve ser viva e coletiva”, argumentou o diretor.

De acordo com Renata Maranhão, gerente de projetos do Departamento de Educação Ambiental do MMA, a Encea estabelece princípios, orientações e propostas necessárias ao desenvolvimento de políticas públicas e programas de educação ambiental e comunicação. Ins-tituída através da Portaria nº 289, de 2006, a Estratégia vem sendo aprimorada desde então. “Em 2010, siste-matizamos uma primeira versão com as principais dire-trizes da Encea. Agora é o momento de buscarmos sua implementação efetiva”, ressaltou a gerente.

Ainda segundo Renata, o documento faz parte dos processos inclusivos de participação social na gestão ambiental e no fortalecimento da cidadania. “Nosso grande desafio é desenvolver materiais que dialoguem com as realidades locais e potencializem as ações de educação ambiental nas UCs”, finalizou Renata.

Oficina discute educação e comunicação em Unidades de Conservação

Ao final da oficina foram apresentadas as propostas e os encaminhamentos para construção dos materiais

didáticos no âmbito da Encea

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ilano na e a Zona de Manejo Florestal sustentável, seguindo

um mapa de orientação. Nesse mapa é traçado o percurso que o atleta tem que percorrer e são colocados precisa-mente todos os detalhes da vegetação, relevo, hidrogra-fia, rochas e construções feitas pelo homem. As regras básicas da atividade são passar por todos os pontos de controle, marcar corretamente o cartão de controle e pre-servar a natureza.

O presidente do COP e sargento do Exército, Eudes Franklin silvestre, explicou o porquê da escolha de Nísia Floresta para a realização do evento. “No Rio Grande do Norte praticamente não existe mais Mata Atlântica, resta-ram apenas pequenos fragmentos, geralmente em terrenos de difícil acesso, como dunas e margens de rios. A Floresta Nacional de Nísia Floresta apresenta uma área significativa, muito bonita e bem preservada” ressalta.

Para a chefe da UC, Patrícia Macedo, eventos como esses são importantes porque “é uma forma de parceria com a socie-dade, devido a crescente procura pelo desenvolvimento de atividades esportivas em contato com a natureza”.

se o assunto é praticar corrida ao ar livre e de preferência cercado de Mata Atlântica, os potiguares já possuem um lugar certo para a prática do esporte: a Floresta Nacional (Flona) Nísia Floresta (RN). Em menos de um mês, a Unidade de Conservação (UC) foi o local escolhido para sediar a 3ª Corrida Rústica Nísia Floresta e a 3ª Etapa do Circuito Potiguar de Orientação, nos dias 9 de novembro e 19 de outubro respectivamente.

Cerca de 80 atletas participaram da 3ª Corrida Rústica Nísia Floresta e percorreram um trajeto de 7500 metros no entorno da UC. O evento tem por objetivo estimular o envolvimento da população local com a prática espor-tiva e com o meio ambiente.

Já a 3ª Etapa do Circuito Potiguar de Orientação, promovida pelo Clube de Orientação Potiguar (COP) em parceria com o Exército Brasileiro, contou com a participação de 100 atletas dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará.

Diferente da Corrida Rústica, no Circuito Potiguar de Orientação os atletas percorreram a área da sede da Flo-

Floresta Nacional concilia esporte e consciência ambiental

Chegada dos participantes da 3ª Etapa do Circuito Potiguar de Orientação

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Participantes da 3ª Corrida Rústica Nísia Florestas ao lado dos troféus

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Regularização ambiental de imóveis rurais, recuperação de áreas degradadas e definição de boas práticas para o extrati-vismo do pequi (Caryocarcoriaceum) foram alguns dos te-mas tratados durante o Encontro de Viveiristas da Chapada do Araripe e a Oficina de Manejo e Propagação de Pequi. Os eventos foram realizados na sede da Área de Proteção Ambiental (APA) da Chapada do Araripe, município do Crato (CE), entre os dias 5 e 8 de novembro.

Nos dois primeiros dias, aconteceu o Encontro de Vivei-ristas da Chapada do Araripe, em que os participantes re-ceberam informações e trocaram experiências sobre te-mas relativos à produção de sementes e mudas, com foco nas espécies nativas da região. Os participantes também fizeram visitas técnicas no viveiro da Associação de Pes-quisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) - que produz mudas para restauração na área de ocor-rência do soldadinho-do-araripe (Antilophia bokerman-ni), ave endêmica da região e ameaçada de extinção – e

APA Chapada do Araripe realiza Encontro de Viveirista e Oficina de Manejo e Propagação de Pequi

Participantes do Encontro de Viveirista visitam a Flona Araripe-Apodi

também visita à Casa de sementes da Floresta Nacional (Flona) Araripe-Apodi (CE).

Como resultado do Encontro, pode-se destacar a for-mação da Rede de Viveiristas da Chapada do Araripe. “Um levantamento prévio localizou 36 viveiros na re-gião, tanto públicos quanto privados. Desses, 22 estive-ram presentes no Encontro, o que permitiu a criação da Rede para continuidade das trocas de experiências, orga-nização de capacitações e relacionamento com a Rede de sementes da Caatinga”, explicou a analista ambiental da APA, Flávia Domingos.

Tanto o Encontro quanto a criação da Rede fazem parte das ações da Campanha de Regularização Ambiental dos imóveis rurais na Chapada do Araripe, tendo em vista a necessidade de identificação e organização dos viveiros para melhor atender às demandas de produção de mudas para recuperação de áreas degradadas, uma exigência do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

em conjunto com a Embrapa Agroindustrial Tropical e Cerrado, secretaria de Meio Ambiente de Crato (CE), Aquasis e a Fundação Araripe.

Durantes os quatro dias de atividades, os participantes assistiram apresentações de cunho acadêmico – das uni-versidades Regional do Cariri (URCA), Federal do Cariri (UFCA) e Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) campus Crato; do governo federal – Minis-tério da Agricultura, Companhia Nacional de Abasteci-mento (Conab), Embrapa e APA Chapada do Araripe; do governo estadual do Ceará - superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará; de organizações não gover-namentais – Associação Comunitária de Barreira (ACB), Aquasis, Associação Plantas do Nordeste (APNE) e de representantes de agricultores – Associação dos Peque-nos e Pequenas Agricultoras dos Paus Dóia (Agrodóia) e Extrativistas de Crato e Jardim.

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DA TEORIA à PRÁTICA

Na segunda parte do evento, nos dias 7 e 8 de novembro, foi realizada a Oficina de Manejo e Propagação de Pequi. Na oportunidade, os participantes conheceram os prin-cipais resultados de pesquisas acadêmicas para a região e ouviram relatos dos extrativistas para definir boas práti-cas para o extrativismo do pequi com as comunidades.

A oficina ainda contou com apresentação de pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embra-pa) sobre quebra de dormência em sementes de pequi e téc-nicas de enxertia – processo de união dos tecidos de duas plantas que geralmente são da mesma espécie, formando uma planta com duas partes. Os participantes praticaram a enxertia de garfagem – quando se fixa um pedaço de ramo no caule de um outro vegetal – e de borbulhia – método que consiste na sobreposição de um broto retirado da plan-ta matriz e inserida em outra. As duas técnicas ajudarão na propagação da espécie, que é extremamente importante como fonte de renda para famílias da região.

O evento contou com a participação de 70 pessoas, vin-das de 15 municípios dos estados do Ceará e de Pernam-buco, e foi promovido pela APA da Chapada do Araripe

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Participantes durante prática da técnica de enxertia

Oficina de Manejo e Propagação de Pequi

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ativamente da aula, fizeram comentários e se divertiram com a oportunidade de sair um pouco da sala de aula”, destaca Paulo Faiad, chefe da UC. Ele lembra ainda que a Rebio está aberta para outras ações de educação ambiental. “Conversamos com as pro-fessoras e nos colocamos à disposição para realizar novas ativida-des”, concluiu Faiad.

A aula de campo faz parte da tese de conclusão de curso “Ações de Educação Ambiental em escolas do entorno da Reserva Biológica de santa Isabel, município de Pirambu, sergipe”, das futuras biólogas.

Despertar o interesse das crianças sobre a preservação do meio ambiente foi o que motivou lumara souza e Ruany santana, concluintes do curso de Biologia da Universidade de Tirandentes (sE), a promover uma aula diferente para os alunos do 5º ano na Reserva Biológica (Rebio) santa Isabel (sE), no dia 6 de novembro.

Durante a aula de campo, ministrada pelo chefe da Rebio, Pau-lo Faiad, os estudantes das escolas municipais laudelina Moura Ferreira e Ester Ribeiro Dantas – localizadas, respectivamente, nos povoados de Aguilhadas e lagoa Redonda, no entorno da Unidade de Conservação (UC) – entenderam o que é uma Re-serva Biológica, o motivo de sua existência e a função do Institu-to Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) na preservação da área protegida.

O ponto de partida da atividade foi o córrego de limite nordeste da UC. O percurso seguiu para as dunas, onde as crianças co-nheceram as diversas paisagens que compõe a Rebio santa Isabel: lagoas, dunas, praia e restinga. Os alunos também participaram de coleta de lixo no local.

“É gratificante observar a alegria das crianças em enxergar com novos olhos aquele espaço tão próximo a elas. Eles participaram

Estudantes têm aula de educação ambiental em Reserva Biológica

Estudantes do 5º ano durante aula de campo na Rebio Santa Isabel

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ampliar o controle social nas Unidades de Conservação da Amazônia brasileira. Os indicadores socioambientais nele estabelecidos remetem à coleta sistemática de dados, que têm como desdobramento um plano estratégico de ações que passam a ser monitoradas pelo próprio conse-lho gestor de cada UC.

Para Tiago Juruá, chefe da Reserva Extrativista (Resex) do Cazumbá-Iracema, a capacitação possibilitou aos ges-tores conhecer uma importante ferramenta de gestão e avaliação da UC. “O sisuc possibilita uma avaliação da UC baseada nas impressões de seus conselheiros. Com isso, busca envolvê-los também na gestão por meio do Plano de Ação que é construído em conjunto e avaliado a cada reunião do Conselho. Isso é importante pois apro-xima o conselheiro da gestão e possibilita dividir melhor as responsabilidades de gestão entre a equipe gestora e o Conselho Gestor”, concluiu.

Para Rosenil Dias, analista ambiental do CNPT, esse sis-tema de indicadores vai ajudar muito os gestores. “Vai ser possível melhorar a qualidade da gestão, visualizando de maneira mais eficiente como está o trabalho da Uni-dade, além da troca de experiências entre as instituições”, concluiu. Também participaram da capacitação Camilla Helena da silva, da Resex do Alto Tarauacá; José Figuei-redo, da Resex do Alto Juruá e Melina de Andrade, da Resex Chico Mendes.

O evento foi ministrado por consultores do Grupo Nature-za sociedade e Conservação e promovido pela secretaria de Meio Ambiente do Estado (sema), com apoio da Agência de Cooperação Alemã (GIZ). Informações sobre o sisuc em http://blogdosisuc.socioambiental.org/.

Representantes da Base Avançada do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da sociobiodiversidade Associa-da a Povos e Comunidades Tradicionais (CNPT) em Rio Branco (AC) e das Reservas Extrativistas Chico Mendes, do Alto Juruá, do Alto Tarauacá e do Cazumbá-Iracema participaram de 27 a 31 de outubro de um treinamento para aprimorar a gestão participativa nas Unidades de Conservação (UCs) localizadas no estado do Acre. Na oportunidade, foi apresentado aos participantes o sis-tema de Indicadores socioambientais para Unidades de Conservação (sisuc).

A ferramenta avalia 27 indicadores e visa auxiliar a ges-tão de UCs com foco socioambiental voltado aos Conse-lhos Gestores em todo o Brasil. O sisuc é público e livre para utilização por organizações dos diferentes setores da sociedade, com os objetivos de apoiar o trabalho de conselhos gestores, fortalecer a gestão participativa e

Gestores do ICMBio participam de capacitação no Acre

Treinamento buscou aprimorar a gestão participativa das UCs do Acre

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O Parque Nacional (Parna) do Caparaó (Es/MG) rea-lizou uma oficina de capacitação para os membros de seu Conselho Consultivo, no município de Alto Caparaó (MG), nos dias 11 e 12 de novembro. A ação visou forta-lecer do Conselho para exercer com qualidade seu papel na gestão da Unidade de Conservação (UC).

O Conselho Consultivo está iniciando um novo ciclo de gestão participativa do Parna. sua composição foi refor-mulada recentemente e foram iniciados os processos de capacitação e planejamento de ações para seus dois anos de atuação. Para Anderson Nascimento, chefe da UC, “o nivelamento dos conhecimentos necessários à participa-ção produtiva e a organização dos processos de trabalho são fundamentais para o Conselho Consultivo atuar com qualidade e protagonismo na orientação da gestão e na consecução dos objetivos da UC”.

Na oficina, foram desenvolvidos conteúdos e realizadas atividades relacionadas às temáticas “gestão da biodiver-sidade, gestão participativa, função do conselho e papel dos conselheiros no desenvolvimento de uma cultura de cooperação para resolução de problemas e desenvolvi-mento de ações prioritárias para gestão da UC”. De acor-do com Renan Evangelista, professor da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu (Facig) e representan-te do segmento de Pesquisa e Ensino, a oficina “foi uma valorosa iniciativa e uma oportunidade para os conse-lheiros se conhecerem melhor, identificando suas princi-pais habilidades, que, em breve, serão utilizadas em prol do Conselho”.

Na oficina também foram trabalhadas as bases para elaboração do Plano de Ação do Conselho. Como par-

Parque Nacional do Caparaó capacita Conselho Gestor

Conselheiros foram capacitados para exercer com qualidade seu papel na gestão da UC

te das atividades, o gestor da UC apresentou e debateu com o conselheiros os principais desafios e focos da gestão, buscando subsidiar a construção do documento. Por outro lado, os conselheiros levantaram os principais problemas e necessidades do Parna, que serão objeto de planejamento para ações do Conselho, com o objetivo de apoiar o Parque.

Para Ereni Emerick, coordenadora do serviço Brasilei-ro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (sebrae) em Minas Gerais, a parceria com o Instituto Chico Mendes é um grande passo para realização da ação de capacitação dos conselheiros. “É apenas o início de um grande desa-fio que teremos pela frente, mas sabemos que é possível realizar um ótimo trabalho perante a riqueza que pos-suímos, que é o Parque Nacional do Caparaó”, afirmou.

O conselheiro Rodrigo Carrara, representante da Pre-feitura de Espera Feliz (MG), afirmou que a oficina de

capacitação foi de grande valia para os conselheiros. “O conhecimento foi construído coletivamente em relação às funções dos conselheiros e ao real papel do Conselho na gestão da Unidade, de forma que possamos cumprir nosso papel de representação da sociedade junto à Uni-dade de Conservação”, destacou Carrara. A próxima ofi-cina será realizada em 25 de novembro na área capixaba da UC, em Pedra Menina. O objetivo será elaborar o Pla-no de Ação do Conselho para o próximo ciclo de gestão.

A oficina foi conduzida com a intervenção consultiva e facilitação de Cleani Marques, do Núcleo de Excelência em Unidades de Conservação (Nexucs), e contou com apoio do sebrae-MG.

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dantes do 5º ano do ensino fundamental até professores da loca-lidade “Contamos com a parceria da Mocajuim em diversas ativi-dades da Unidade. Estamos dando apoio no desenvolvimento de ações que promovam a conservação dos manguezais, o controle da produção pesqueira e a valorização das condições humanas dos pescadores da Reserva”, declarou Vergara.

As atividades de educação ambiental do evento envolveram ofi-cinas voltadas para a compreensão do ecossistema manguezal. A programação contou também com trilha ecológica e o “batismo no mangue”, quando alunos que ainda não conheciam este ecos-sistema tiveram a oportunidade de entrar em contato com ele. João lima Coelho, caranguejeiro que conduziu os estudantes da Faculdade Maurício de Nassau, declarou: “Gostei muito de fazer esta atividade e trocar experiência com outras pessoas”. O extrati-vista percorreu a trilha ecológica e o manguezal para demonstrar a vida de um catador de caranguejo.

O chefe da Unidade falou sobre a transformação que está acon-tecendo na Reserva Extrativista, que hoje atua como um campi experimental de extensão solidaria para instituições que procuram desenvolver trabalhos de promoção social com os pescadores dos manguezais paraenses. “Essa união de esforços está sendo mui-to importante e salutar para o bom funcionamento das ações de gestão participativa. A Mocajuim e o Conselho Deliberativo da Unidade apoiam as ações e já conseguiram implementar um pro-grama de educação ambiental e de capacitação”, explicou Vergara.

A realização do evento contou com apoio logístico de vários par-ceiros, entre eles secretaria Municipal de Educação de são João da Ponta, Faculdade de Geografia e Cartografia da UFPA, Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do litoral Norte (Cepnor), Faculdade Maurício de Nassau e secretaria Estadual de Pesca e Aquicultura do Pará (sepaq).

Alunos da rede pública de ensino da Reserva Extrativista (Resex) de são João da Ponta (PA) participaram, de 7 a 9 de novembro, da atividade de educação ambiental “Entremarés compartilhando saberes-manguezal: Geossistema, Território e Cultura”. A ação contou com a participação de alunos da Faculdade de Geografia e Cartografia da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do curso de Gestão Ambiental da Faculdade Maurício de Nassau.

Esta é a quarta edição da iniciativa, que busca o envolvimento da comunidade nas oficinas e a discussão de suas práticas e intera-ções com o meio ambiente. Entre os objetivos da ação também está proporcionar aos alunos das instituições de ensino superior a possibilidade de praticarem a extensão universitária na Unidade de Conservação (UC).

Waldemar Vergara Filho, chefe da UC, explica que a Associação dos Usuários da Resex Marinha de são João da Ponta (Mocajuim) é responsável pela realização do evento, que atendeu desde estu-

Estudantes da Reserva Extrativista de São João da Ponta participam de atividades de educação ambiental

Em sua quarta edição, evento proporciona a aproximação de estudantes à Resex

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O presidente do Ibama, Volney Zanardi Júnior, destacou que a nova normativa passa a investir na convergência entre as autarquias. “A conservação da fauna, feita pelo ICMBio, deve ser articulada com as competências do Ibama, que são mais voltadas ao controle e ao uso sus-tentável da fauna”, completou Zanardi.

Outro destaque da nova instrução normativa, segundo a diretora de Uso sustentável da Biodiversidade e Flores-tas, Hanry Alves Coelho, é a necessidade de o Ibama con-sultar, em primeiro lugar, os programas de conservação do ICMBio antes de destinar espécies, especialmente as ameaçadas, para integrar as ações das duas instituições.

REINAUGURAçãO DO CETAs

O Cetas-RJ foi reinaugurado no mesmo local, onde está des-de 2002, depois de passar por reformas para adequar os recin-tos dos animais e construir dois corredores de voo, que são espaços fundamentais para a reabilitação de aves silvestres. “Foram investidos R$ 355 mil na reforma, que entregamos agora completamente concluída”, disse a superintendente do Ibama no Rio de Janeiro, silvânia Gonsalves.

Na ocasião, o presidente do Ibama destacou a importân-cia do Cetas e o desafio que significa para o instituto. “A fauna é importantíssima para o país e para o futuro do Ibama. Precisamos encará-la de forma estratégica. É uma agenda que precisa avançar em articulação com outras instituições”, finalizou Zanardi.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiver-sidade (ICMBio) e o Instituto Brasileiro do Meio Am-biente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) as-sinaram nesta quinta-feira (13) uma instrução normativa estabelecendo novos procedimentos para o manejo e a conservação da fauna silvestre brasileira. A cerimônia aconteceu na Floresta Nacional Mário Xavier, em sero-pédica, região metropolitana do Rio de Janeiro. Na oca-sião, o Ibama também inaugurou a obra de reforma no Centro de Triagem de Animais silvestres (Cetas-RJ), que funciona dentro da Unidade de Conservação (UC).

“Essa normativa preenche lacunas existentes e estabelece res-ponsabilidades, mas também estabelece o ponto de encontro das duas instituições, onde essa relação é complementar”, co-mentou o presidente do ICMBio, Roberto Vizentin.

ICMBio e Ibama assinam normativa sobre manejo da fauna silvestre

Presidente assinou IN que estabelece procedimentos para manejo e conservação da fauna silvestre

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Treinamento aponta procedimentos para resgate de tartarugas marinhas

Os procedimentos a serem seguidos no resgate de tarta-rugas marinhas foram temas de um treinamento realiza-do pela Base Avançada do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas (Tamar) em Almo-fala, no Ceará. O evento ocorreu no dia 11 de novembro, no auditório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Fortaleza. Na ocasião, também foram apresentadas as atividades do Projeto Tamar no Ceará.

O trabalho faz parte do processo de fortalecimento da rede de parceiros do Centro, formado por instituições que aten-dem as ocorrências e os registos de animas silvestres e tar-tarugas marinhas dentro da área da grande Fortaleza e de seu entorno. Participaram do treinamento 25 pessoas, entre instituições como Polícia Ambiental do Ceará, secretaria do Meio Ambiente do Estado do Ceará (semace) e Centro de Animais silvestres (Cetas) do Ibama.

As espécies de maior interesse pelo tráfico de animais silvestres no Ceará e o manejo e contenção de animais silvestres também foram temas debatidos durante as ati-vidades pelos técnicos do Cetas. Para Eduardo lima, co-ordenador regional da Fundação Pró-Tamar no Ceará, “o treinamento mantém fortalecida a rede pela valorização dos colaboradores do Tamar”.

João Carlos Thome, coordenador do Tamar, destacou a im-portância do trabalho realizado com o apoio de outras ins-

tituições. “Entendemos que o trabalho em parceria é a ca-racterística do Tamar desde seu princípio, há 35 anos. são organizações não governamentais, estados, municípios e empresas trabalhando em conjunto e complementando nosso trabalho. Essa é a única forma de cuidarmos das tartarugas marinhas em 8 mil km de costa brasileira e já estamos con-seguindo recuperar as populações de tartarugas marinhas e mudar a mentalidade da sociedade brasileira”.

As atividades do Tamar estão concentradas em 21 bases, dis-tribuídas em mais de 1100 km da costa brasileira. suas ativi-dades envolvem cerca de 1200 pessoas, a maioria moradores de comunidades, promovendo o desenvolvimento sustentá-vel das comunidades próximas às bases do Centro.

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Participantes receberam informações sobre procedimentos no resgate de tartarugas

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A expectativa dos organizadores é que os conteúdos deba-tidos no seminário sejam replicados nas escolas. De acordo com Mariele, ano a ano a Escola Parque vem sentindo uma popularização do tema no meio educacional da região. “Os desafios são muitos e acreditamos que este aprendizado será repassado para frente. Os participantes tiveram a oportuni-dade de refletir que a crise que vivemos não é meramente ambiental e sim de um modelo de civilização adotado”, re-fletiu a coordenadora.

O seminário é realizado em parceria com a Escola Parque, secretaria Municipal de Meio Ambiente de Foz do Iguaçu e Parque das Aves e recebe com apoio da Ecocataratas (Ro-dovia das Cataratas), Associação dos servidores do Parque Nacional do Iguaçu (Asparni), Cataratas do Iguaçu s/A, Macuco safari, Macuco Ecoaventura e Helisul.

A Escola Parque proporcionou interação, aprendizado, descobertas e muitas revelações no Parque Nacional do Iguaçu (PR) durante o 3º seminário de Educação Am-biental, realizado nos dias 11 e 12 de novembro. O evento contou com a participação de 100 pessoas, entre professo-res e estudantes da rede pública de sete cidades vizinhas à Unidade de Conservação (UC).

Para Mariele Xavier, analista ambiental e coordenadora da ação, o seminário valorizou em sua programação a impor-tância da educação ambiental formal para a conservação de áreas protegidas. “O seminário é o fechamento de uma série de atividades que realizamos ao longo do ano. Uma delas é o curso de educação ambiental em unidades de con-servação, oferecido pela Escola Parque anualmente, onde atendemos 52 professores e tivemos 21 escolas públicas en-volvidas”, destacou Mariele.

Seminário reúne professores e estudantes no Parque Nacional do Iguaçu

Professores e estudante de sete municípios participaram do seminário

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Unidades participam do Dia Nacional de Urubuzar

Unidades de Conservação (UCs) administradas pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio) participaram no dia 15 de novembro do Dia Nacional de Urubuzar. A iniciativa buscou chamar a atenção da população sobre os impactos de rodovias e ferro-vias na biodiversidade e divulgar o sistema Urubu de monito-ramento da fauna silvestre.

O Dia Nacional de Urubuzar é uma iniciativa do Centro Bra-sileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), da Uni-versidade Federal de Lavras (Ufla), e parceiros. Segundo Alex Bager, coordenador do CBEE, a utilização do sistema Urubu é uma forma de obter um mapeamento confiável para uso no planejamento, gestão e desenvolvimento de políticas públicas. O usuário do aplicativo não precisa ser especialista, pois todas as fotos são validadas por pesquisadores.

Na Estação Ecológica (Esec) de Carijós (sC), servidores e vo-luntários abordaram cerca de 400 motoristas no semáforo da rodovia sC-402 com a Avenida Búzios, no Jurerê, área próxi-ma à UC. Em quase duas horas de atuação, foram explicadas a importância da redução no número de ocorrências de atrope-lamento de animais da fauna silvestre brasileira e divulgado o sistema Urubu.

“Chamamos a atenção para o elevado número de atropela-mentos no país e no entorno da Esec, que é limitada por três rodovias estaduais”, destacou luisa lopes, analista ambiental da UC. A equipe também divulgou o projeto “Monitoramen-to de fauna atropelada no entorno da Esec Carijós”, aprovado este ano pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic)/ICMBio e que deverá auxiliar na proposição de medidas para proteger os animais silvestres da região da Unidade.

No Parque Nacional (Parna) da serra dos Órgãos (RJ), as pes-soas que passaram pelo Centro de Visitantes também recebe-ram informações. O Parna da Bodoquena (Ms) apoiou a ação organizada pela Fundação Neotrópica. Ao todo, foram atendi-das cerca de 400 pessoas no entorno da UC. “Além de servido-res do Parque contamos com a participação da Coordenação Regional 10 e o apoio da Fundação Neotrópica do Brasil, com representantes de Mato Grosso, que também estão realizando ações voltadas para o monitoramento de rodovias”, explicou Cintia Brazão, chefe da UC.

A Reserva Biológica (Rebio) Guaribas (PB) participou do Dia Nacional de Urubuzar, com o apoio do Departamento de Es-tradas e Rodagens (DER) da Paraíba, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e de alunos de graduação de instituições de ensino superior com atuação na UC. Foram feitas blitz educativas, com distribuição de material, em frente à sede da Rebio e no posto da PRF de Mamanguape.

O sistema Urubu é uma ferramenta de coleta, gestão e análise de dados de atropelamento de fauna selvagem, que permite dois tipos de ações: monitoramentos sistemáticos e/ou eventuais. Com um conjunto de ferramentas tecnológicas, é possível reunir dados de atropelamento de fauna e analisá-los para subsidiar a tomada de decisão em diferentes órgãos governamentais. O sistema é constituído por uma ferramenta de coleta de dados, Urubu Mobile; uma de gestão, Urubu Web e uma de visualização, Urubu Map. Os níveis de acesso e as análises disponíveis estão condicionadas ao tipo de parceria estabelecida com o CBEE.

O Urubu Mobile é um aplicativo gratuito para sistemas Android e iOs e é por meio dele que qualquer pessoa pode colaborar com informações de animais atropelados. “Cada pessoa, tendo esse aplicativo em mãos, tem o poder de fazer a diferença. Quanto mais pessoas forem mobi-lizadas, mais exatos serão os dados e as medidas que podem ser tomadas para reverter o alto índice de atropelamentos nas estradas brasileiras. Criamos uma rede em que as atividades têm um impacto real na proteção dos animais silvestres”, destacou Alex Bager.

Ações realizadas pelas equipes do Parna da Chapada dos Guimarães, da Esec de Carijós e do Parna Serra da Bodoquena

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de papagaios. Den Besten ficou impressionado com o ecossis-tema de Floresta com Araucárias no planalto de santa Catari-na, conheceu a problemática das espécies de papagaios, visitou propriedades rurais e participou de um debate sobre a produ-ção sustentável de pinhão e erva-mate, com representantes da Fundação Certi de Florianópolis.

Jan Willem destacou ainda a importância da conservação do ambiente de florestas com araucárias, que é único no mundo e necessita ser preservado, seja pela presença dos papagaios ou por sua biodiversidade em geral. “É empolgante ver o traba-lho de conservação da natureza realizado na região, com o en-volvimento das comunidades locais, setor privado e governo, com cada um realizando sua missão, mas tendo a preservação de áreas um papel fundamental“, ressaltou.

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Estação Ecológica de Aracuri-Esmeralda recebe representante da IUCN

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A gestão socioambiental como suporte ao Manejo Integrado do Fogo foi a principal abordagem desenvolvida durante a Oficina de Capacitação para Gestores das Unidades de Con-servação do Projeto Cerrado Jalapão, realizada entre os dias 12 e 15 de novembro, no município de Corrente (PI). Conduzido pela Coordenação de Gestão socioambiental e pela Coordena-ção Regional (CR) 5, a capacitação contou com a participação de gestores dos Parques Nacionais Nascentes do Rio Parnaíba (PI/MA/BA) e Chapada das Mesas (MA), das Estações Eco-lógicas Uruçuí-Una (PI) e serra Geral do Tocantins (TO/BA) e do Parque Estadual do Jalapão.

Os trabalhos envolveram apresentações, leituras de textos, dis-cussões, trabalhos e dinâmicas em grupo, a partir de uma refle-xão sobre o papel do gestor ambiental, a importância da análise da história e dos usos do território de influência das Unidades de Conservação (UCs), a educação ambiental emancipatória de grupos sociais desfavorecidos, a participação social na gestão de Unidades de Conservação, as sobreposições entre áreas pro-tegidas e as diferentes formas de interação e gestão de conflitos com distintos setores da sociedade.

De acordo com a avaliação dos participantes, os temas tra-tados e a forma de abordagem do curso contribuíram para ampliar a capacidade de análise dos interesses e das relações de poder sobre o território no qual as UCs estão inseridas, além de discutir diferentes formas de intervenção em situ-ações de conflito. “Durante a capacitação, foram descorti-nadas várias possibilidades e formas de gestão das Unida-

Fogo tem abordagem socioambiental em curso para gestores no Cerrado Jalapão

des de Conservação, buscando compreender de modo mais abrangente os problemas e construir estratégias para tornar, junto com a sociedade, as Unidades mais efetivas”, avaliou Rejane Nunes, gestora do Parque Estadual do Jalapão.

A partir dos resultados das discussões, cada UC elaborou propostas de ações para o manejo integrado do fogo, que abrangeram temáticas como diagnóstico participativo das práticas associadas ao uso do fogo, articulação com agen-tes usuários do território das Unidades de Conservação e construção de pactos para redução e controle das queimadas e incêndios. O próximo passo será realizar o segundo mo-mento da capacitação para complementar os temas aborda-dos e acompanhar o andamento das ações socioambientais propostas pelos gestores das UCs.

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A Estação Ecológica (Esec) de Aracuri-Esmeralda (Rs) rece-beu este mês a visita de Jan Willem den Besten, representante da divisão holandesa da União Internacional para Conserva-ção da Natureza (IUCN).O objetivo foi conhecer as atividades realizadas pelo Projeto Charão, conduzido pelo Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Passo Fundo (UPF) e pela Associação Amigos do Meio Ambiente (AMA) do muni-cípio de Carazinho.

Durante quatro dias, a equipe da Esec e do Projeto Charão acompanhou Jan por regiões do Rio Grande do sul e de santa Catarina, importantes na conservação do papagaio-charão e do papagaio-de-peito-roxo. A Unidade de Conservação (UC) é parceira da AMA em ações para conservação da Floresta com Araucárias e das duas espécies de papagaios.

Na região do planalto catarinense, o representante da IUCN conheceu uma importante área de reprodução do papagaio-de-peito-roxo e uma região que recebe, durante o período de maturação dos pinhões no outono, bandos das duas espécies

Ao centro, Jan Willem den Besten e Agenor Gedoz, chefe da Esec, com técnicos do Projeto Charão

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Participantes em frente à nova sede do Parque Nacional Nascentes do Rio Parnaíba

O Projeto Charão é parceiro da Estação Ecológica de Ara-curi-Esmeralda e vem realizando um grande esforço para conservar importantes remanescentes de florestas com araucárias que dão suporte alimentar, por meio do pinhão, às duas espécies de papagaios ameaçadas de extinção. O professor Jaime Martinez, coordenador da iniciativa, co-menta que a situação do papagaio-de-peito-roxo é mais crítica, pois a espécie vem reduzindo sua população dras-ticamente, sendo considerada uma espécie “Em Perigo” a nível estadual, nacional e internacional. “A visita da IUCN ao Projeto Charão é um importante reconhecimento do trabalho que realizamos pela conservação da natureza. Uma possibilidade de construirmos boas parcerias para conservação de áreas naturais importantes para a sobrevi-vência dos papagaios”, finalizou Martinez.

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A Academia Nacional da Biodiversidade (Acadebio) rece-beu, entre os dias 10 e 14 de novembro, o curso de Elabo-ração de Projetos de Conservação. O objetivo foi desen-volver competências que potencializem a capacidade de planejamento e execução de projetos de conservação para os servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e parceiros do Programa Áre-as Protegidas da Amazônia (Arpa) envolvidos com o pla-nejamento e gestão das Unidades de Conservação (UCs) e Centros de Pesquisa.

A Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade (Dibio/ICMBio) percebeu a dificuldade na elaboração de projetos de pesquisa aplicados ao manejo e, com isso, sugeriu a inclusão da temática no Plano Anual de Capacitação (PAC). O curso buscou, assim, desenvolver a habilidade de organizar o raciocínio da pesquisa orientada à conservação, possibilitando a elaboração de projetos mais focados e, portanto, com maior chance de sucesso.

A metodologia usada no curso é conhecida como “Padrões Abertos” para a prática da conservação. Os projetos são executados em uma lógica de gestão adaptativa que garante a flexibilidade para mudanças ao longo da condução dos trabalhos, contribuindo para o aprendizado e o aumento do conhecimento. O software Miradi, inserido na capacitação, auxilia na construção e monitoramento dos projetos.

A própria proposta de seleção para ingressar no curso foi elaborar um projeto de conservação. Cinco deles foram es-colhidos e exercitados como exemplo no decorrer do cur-

Acadebio sedia curso de elaboração de projetos de conservação

so. Cada projeto continha alvos de conservação e bem estar humano, que funcionaram como pontos de partida para o planejamento.

segundo Ana Elisa Bacellar schittini, coordenadora de Apoio à Pesquisa (Coape/Dibio), a expectativa do curso é disseminar e aplicar essa metodologia no ICMBio, amplian-do a capacidade de planejar e realizar pesquisa aplicada de qualidade. “Acredito que o objetivo foi alcançado com êxito e que a ferramenta será útil não apenas para a organização das ideias e planejamento de um projeto para conservação, mas também para o dia a dia, uma vez que muda a forma como o raciocínio é construído”, destacou Ana Elisa. O curso contou com 28 participantes e foi realizado em duas etapas, uma à distância e outra presencial.

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Representantes do Conselho Consultivo da Estação Eco-lógica (Esec) serra Geral do Tocantins (TO/BA) partici-param de 14 a 19 de outubro de uma visita de intercâmbio ao Parque Nacional (Parna) da Chapada Mesas (MA), Uni-dades de Conservação (UCs) que fazem parte do Projeto Cerrado-Jalapão. O objetivo do encontro foi conhecer a realidade da gestão do Parna, o desempenho de seu Con-selho Consultivo e a experiência local em manejo integra-do do fogo (MIF), de forma a contribuir com a melhoria da atuação do Conselho da Esec.

A programação da visita favoreceu a interação entre as equi-pes gestoras e seus conselheiros, brigadistas e comunidade. Já no primeiro dia, os participantes reuniram-se na sede administrativa, onde o gestor da Unidade apresentou as ca-racterísticas e ações desenvolvidas no Parna, enfatizando o histórico das áreas queimadas e as atividades voltadas ao MIF. “Os participantes fizeram vários questionamentos e se sentiram motivados a contribuir com suas experiências e vivências no Jalapão, que possui muitas semelhanças e também algumas diferenças se comparado com a região da visita”, afirmou Paulo Dias, chefe do Parque.

Os conselheiros participaram de reuniões em duas co-munidades: Estiva e Riacho Fundo. As rodas de conversa proporcionaram a troca de experiências, principalmente sobre os conflitos fundiários da UC, participação social e manejo do fogo. O Parque Nacional está em processo de renovação de mandato do seu Conselho Consultivo e a presença dos membros do Conselho da Esec contribuiu para o entendimento da importância da participação da sociedade na gestão da Unidade.

Conselho Consultivo da Serra Geral do Tocantins participa de intercâmbio na Chapada das Mesas

Foram visitadas as áreas-piloto de manejo integrado do fogo e as áreas selecionadas para pesquisa científica. Os participantes foram estimulados a observar a vegetação com um olhar interpretativo sobre o tempo desde a últi-ma queimada e o acúmulo de combustível (capim seco) ao longo dos caminhos e estradas percorridos, especialmente depois de conhecerem as imagens de satélite que eviden-ciaram a ocorrência de queimadas prescritas e incêndios indesejados.

Os visitantes também conheceram dois atrativos turísticos do Parque Nacional: as cachoeiras de são Romão e da Pra-ta. “A avaliação da visita foi bastante positiva, principal-mente por ter evidenciado a importância do envolvimento dos comunitários e produtores rurais no planejamento e uso do fogo e da participação da sociedade para uma ges-tão harmoniosa e eficiente das UCs”, afirmou Marco Bor-ges, chefe da Esec.

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Conselho da Esec Serra Geral do Tocantins visita áreas manejadas na Chapada das MesasCurso contou com servidores do ICMBio e parceiros do Arpa para

potencializar o planejamento e gestão das UCs e Centros de Pesquisa

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Servidores podem contribuir para Avaliação das Necessidades de Capacitação

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de Tecnologia da Informação e Comunicação (CGTIC), com a participação de representantes de todas as direto-rias e do corpo de instrutores dos cursos de geoproces-samento do ICMBio. Fabiana Hessel, analista ambiental da Divisão de Consolidação de limites (DCOl/Disat), participa do GT e destacou: “Uma maior participação dos gestores e usuários favorecerá a construção coletiva do diagnóstico da produção, manipulação e disponibili-zação da geoinformação no ICMBio”. O diagnóstico re-sultante da pesquisa subsidiará a elaboração da Politica de Geoinformação do Instituto.

O questionário para os gestores está disponível em http://migre.me/lZ9fG e para os usuários em http://migre.me/mYgbW. Para mais informações, os arquivos digitais com as atividades do GT estão disponíveis em http://migre.me/lZa5W.

Os responsáveis pela produção da geoinformação po-dem participar até 23 de novembro da pesquisa que sub-sidiará o diagnóstico preliminar da geoinformação no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiver-sidade (ICMBio). Essa é a segunda etapa da pesquisa, que teve início com um questionário encaminhado aos gestores da sede e das unidades descentralizadas.

Nesta fase, o objetivo é traçar um perfil desse profissio-nal, identificar a infraestrutura disponível para mani-pulação dos dados espaciais, o tipo de dado produzido e como ele vem sendo catalogado, armazenado e dis-ponibilizado. A participação dos gestores na pesquisa também segue o mesmo prazo, buscando a visão geral dos dados geoespaciais e da estrutura institucional rela-cionada ao tratamento da geoinformação.

O tema está sendo discutido por um Grupo de Trabalho (GT) criado para este fim, no âmbito do Comitê Gestor

Prazo para participação na pesquisa sobre gestão da geoinformação termina na próxima semana

da biodiversidade através de sensoriamento remoto, não só da Esec, mas também das demais áreas com remanescentes de Flo-resta Estacional semidecidual”.

A pesquisa é desenvolvida pelos Departamentos de Carto-grafia e Geografia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquista Filho (Unesp) – campus de Presidente Prudente, em conjunto com pesquisadores do Departamento de sen-soriamento Remoto e Fotogrametria do Instituto Geodésico Finlandês (Finnish Geodetic Institute, Department of Remo-te sensing and Photogrammetry) e do Departamento de Ci-ências Florestais da Universidade de Helsinki (Helsinki Uni-versity, Department of Forest sciences) e do Instituto Federal Catarinense – campus são Francisco do sul.

Os trabalhos já desenvolvidos pelos pesquisadores e esta ati-vidade com finalidade didática para os alunos de pós-gradua-ção foram autorizados por meio do sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade (sisbio) e acompanhados pelo chefe da Unidade.

Pesquisadores mapeiam biodiversidade da Esec Mico-Leão-Preto

Pesquisadores brasileiros e finlandeses estiveram, em 11 de no-vembro, na Estação Ecológica (Esec) Mico-leão-Preto (sP). Os visitantes fazem parte do projeto “sensoriamento Remoto 4D baseado em Veículo aéreo não tripulado para o mapeamento da biodiversidade e suas mudanças, em florestas tropicais no Brasil”.

O principal objetivo do estudo é investigar e desenvolver fer-ramentas de sensoriamento remoto aerotransportado para ma-peamento e monitoramento de biodiversidade, com ênfase na Mata Atlântica. O projeto tem a duração de quatro anos e prevê o desenvolvimento de plataformas de coleta de dados baseadas em Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT). Os dados coletados pela plataforma serão cruzados com dados de campo para o es-tabelecimento de novas técnicas que estimem a diversidade da vegetação de um fragmento florestal.

No Brasil, a área de estudo engloba fragmentos da Mata Atlânti-ca, nas áreas de Água sumida e Ponte Branca, da Estação Ecoló-gica. Paulo Roberto Machado, chefe da Unidade de Conservação (UC), afirma que “o desenvolvimento do projeto na Esec repre-senta uma grande contribuição nos estudos de monitoramento

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Pesquisadores desenvolveram trabalhos no fragmento ponte branca

Pesquisadores e alunos se preparam para entrar no fragmento ponte branca da Esec Mico-Leão Preto

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Fauna em extinção é tema de palestras em Porto Seguro

Com o intuito de promover a conscientização de crian-ças sobre a importância de preservar a biodiversidade, Tiago leão Pereira, chefe do Refúgio de Vida silves-tre (RVs) do Rio dos Frades (BA), realizou palestras para alunos da Escola Mundaí, em Porto seguro, e da organização não governamental Instituto sHC, do distrito de Trancoso. O analista ambiental falou sobre espécies ameaçadas de extinção e ameaças à biodiver-sidade para cerca de 340 alunos de turmas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, que participarão de um concurso de desenhos infantojuvenis promovido pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tec-nologia (Ibict). “Essa interação com a biodiversidade e a afirmação da sua importância para todos nós, des-

de a fase infantil, é fundamental para que seja des-

pertado o senso de responsabilidade com o meio

ambiente, nossa morada coletiva”, afirmou Tiago.

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Crianças receberam informações sobre espécies ameaçadas de extinção

Inscrições prorrogadas para o Ecoforte Extrativismo

O edital nº 2014/20 Ecoforte Extrativismo teve as inscrições prorrogadas até o dia 30 de dezembro pela Fundação Banco do Brasil e pelo Fundo Amazônia. Com R$ 6 milhões em recursos não reembolsáveis para empreendimentos econômicos coletivos em Unidades de Conservação (UCs) Federais de Uso sustentável no bioma Amazônia, o edital vai contemplar proje-tos de UCs localizadas em sete estados amazônicos

(Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Pará, Rondônia e Tocantins). Cada projeto terá até R$ 450 mil para beneficiamento ou comercialização de produtos pro-venientes do uso sustentável da sociobiodiversidade. As inscrições podem ser feitas pessoalmente ou por via postal enviando os documentos para a Fundação Banco do Brasil. O edital está disponível em http://migre.me/mVZeq.

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Estação Ecológica de Tamoios combate pesca ilegal do robalo

A Estação Ecológica (Esec) de Tamoios (RJ), em conjunto com agentes da Polícia Federal e do es-critório regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Angra dos Reis, real izou em 10 de novembro a segunda Operação Robalo. O objeti-vo foi inibir a pesca do robalo (Centropomus ssp) com redes de espera, na foz do rio Mambucaba. O peixe é considerado uma espécie anádroma, ou seja, peixes de água salgada que são estimulados bioquimicamente a buscar estuários para desova-rem. O rio Mambucaba, principal contribuinte da baía da Ilha Grande, é essencial para o ciclo de vida dos robalos em toda a área e sua foz está in-serida na Esec. O período de outubro a dezembro compreende o momento de reprodução da espé-cie. Nessa época, pescadores oportunistas cercam completamente a foz do rio com redes de espera

de até 500 metros, impedindo o necessário movi-mento da espécie. A prática traz graves danos ao seu recrutamento e pode comprometer o estoque pesqueiro. Durante a operação foi apreendida uma rede que havia sido colocada recentemente e lavra-do um auto de infração.

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Operação buscou inibir a pesca do robalo

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Curtas

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Inscrições abertas para curso de formação sobre gestão de Terras Indígenas

A Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Minis-tério do Meio Ambiente (MMA) lançaram edital de seleção para o curso básico de formação em Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas (PNGATI), voltado para indígenas e ges-tores públicos do Cerrado. O prazo para envio das candidaturas é até 12 de janeiro de 2015. O curso, que tem 40 vagas, será realizado de março de 2015 a março de 2016. são cinco módulos presenciais, inter-

calados por quatro períodos em campo. O objetivo do curso é melhorar a compreensão sobre o que é a PNGATI, seus objetivos, diretrizes e eixos. O curso conta com o apoio do Projeto GATI (Gestão Am-biental e Territorial Indígena), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF). O edital de seleção do curso pode ser acessado em http://migre.me/mVYD5.

Deu no DOU

Foi publicada no dia 13 de novembro a Instrução Normativa

nº 8, que regulamenta os procedimentos administrativos para

celebração de termos de compromisso para cumprimento da

obrigação referente à compensação ambiental, no âmbito

das Unidades de Conservação federais. O documento pode

ser acessado em http://migre.me/mOBCY.

Parque Nacional de Jericoacoara renova Conselho Consultivo

O Conselho Consultivo do Parque Nacional (Parna) de Jericoacoara (CE) passa a contar agora com um total de 20 cadeiras, sendo oito delas destinadas a instituições governamentais e outras 12 reservadas para representantes da sociedade civil. A medida foi publicada no Diário Oficial da União em setembro. Os novos membros tomarão posse no dia 3 de de-zembro, data que será revisado o Regimento Interno

do Conselho. Além disso, no primeiro semestre de 2015, os conselheiros vão passar por uma ca-pacitação de forma que a política de gestão par-ticipativa desenvolvida pela equipe gestora do Parque possa continuar sendo implementada, contando com a participação efetiva e qualifica-da dos representantes da sociedade que ocupam as cadeiras do Conselho.

Curso em EAD

Estão abertas até 26 de novembro as inscrições para o Curso em EAD: Conteúdo, Tutoria e Administra-ção da Plataforma Moodle. A capacitação, que tem 30 vagas, tem aulas à distância e presenciais, realizadas de 8 a 19 e 16 a 18 de dezembro, respectivamente. O objetivo é capacitar os servidores no desenvolvimen-

to e implementação da Educação a Distância (EaD) no Programa Áreas Protegidas da Amazônica (Arpa) com enfoque nas metodologias, produção de material didático e formação de tutores para acompanhamento de processos de formação à distância. Mais informa-ções em http://migre.me/mWwD4.

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Reserva Extrativista Chapada Limpa (MA)

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Fotos: Palê Zuppani

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ICMBio em FocoRevista eletrônica semanal

Editores

Gustavo Frasão Caldas - jornalistaIvanna Costa Brito Fotógrafo da DCOM

Leonardo Milano

Projeto Gráfico

Eduardo Giovani Guimarães

Diagramação

Narayanne Miranda

Supervisor

João Freire

Colaboraram nesta edição

Agenor Antonio Gedoz – Esec Aracuri-Esmeralda; Anderson Nascimento – Parna do Caparaó; Carlos Feli-pe de Andrade Abirached – CGSSAM; Carlos Ribeiro – Flona de Três Barras; Cassiana Moreira – GIZ; Jaime Martinez – Projeto Charão; Juliana Mitie – Acadebio; Letícia Verdi – Ascom/MMA; Luciana Viana – Rebio Santa Isabel; Luisa Lopes – Esec Carijós; Nana Brasil – DCOM; Nara Souto – Comunicação Nordeste; Nel-son Feitosa – Ibama/RJ; Paulo Roberto Machado – Esec Mico-Leão-Preto; Régis Pinto de Lima – Esec Tamoios; Tainá Jardim Antunes – RVS Rio dos Frades; Tiago Leão Pereira – RVS Rio dos Frades; Wemerson Augusto – Cataratas do Iguaçu

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