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CURIOSIDADES · 2016-06-08 · causa maior em prol de um Brasil mais justo e ... que o futebol do passado? Júnior - No meu tempo, ... Como foi para você sair do futebol brasileiro

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2 GRAICHE Ano IV Número 11

C U R I O S I D A D E S

Dependendo da época do ano, aparecem emcasas ou apartamentos, indesejáveis formigui-nhas e formigonas, que adoram circular nas

áreas urbanas da cidade. Como não se pode combatê-las com inseticidas repelentes pulverizados diretamen-te nos locais de trânsito ou nos “olhinhos” de aberturade seus ninhos, especialmente em lares onde existemcrianças, a solução precisa ser caseira.

Os pesquisadores científicos do Instituto Biológico deSão Paulo, especialistas em fitossanidade, advertem,inicialmente, que os inseticidas pulverizados podem rom-per ou fragmentar as colônias desses bichinhos, espalhan-do-os ainda mais pela casa. A solução caseira é interessan-te, ou seja, o controle da “colônia” através de “iscas”.

Existem vários tipos de iscas, encontradasinclusive em supermercados. Acontece que nemsempre essas iscas servem para diferentes

COMO SURGIRAM OS NOMES DASNOTAS MUSICAIS DA ATUALIDADE

Segundo os historiadores, as notas musicais existem hámilhares de anos – por volta do terceiro milênio antes deCristo, como apontam provas arqueológicas encontradas

no Egito e na Mesopotâmia. O sistema moderno, entretanto,se originou do chamado “neumas” ou “sinais” representandoas notas musicais em forma de peças vocais do cantogregoriano, no século VIII.

Este sistema evoluiu até surgirem uma pauta de quatrolinhas e claves, para permitir alterar a extensão das alturasrepresentadas pelas notas. Grande parte do desenvolvimentoda notação musical deriva do trabalho do monge beneditinoGuido d’Arezzo, idealizador do solfejo, sistema de ensinomusical que permite ao estudante cantar os nomes das notas.

Com essa finalidade, d’Arezzo criou os nomes pelos quaisas notas se tornaram conhecidas: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, em

substituição ao sistema de letras de A a G, que prevalece naEuropa. Essas notas foram retiradas das sílabas iniciais de umHino a São João Batista (Ut queant laxis).

Ut queant laxis,Resonare fibris,Mira gestorum,Famuli tuorum,Solve polluti,Labii reatum.Tempos depois, Ut, por ser mais difícil de pronunciar ou

solfejar, foi substituído por dó. Também foi introduzida asílaba Si, como abreviação de Sante Iohannes (São João),completando a escala. Vários paises europeus mantiveram autilização de letras para designar as notas: A, B, C, D, E, F e Gpara designar lá, si, dó, ré, mi, fá e sol, respectivamente.

tipos de formigas. Eles dizem que as preferên-cias alimentares das formigas, por gorduras,

açúcar ou proteínas, variam segundo as espécies.As fórmulas caseiras, baseadas em extratos vegetaisaquosos, garantem que a solução à base de cravo-da-índia, pimenta-do-reino ou alho, nos ninhos dasformigas resolvem.

Receita: misturar 900 mililitros de água com100 gramas de um dos componentes da soluçãomaceradosa (cravo-de-índia, pimenta-do-reinoou alho). Coar depois de 48 horas e aplicar noninho ou onde houver maior incidência deformigas. Os técnicos recomendam que, mesmo

com a solução caseira, é importante ter cuidadona hora de guardar os alimentos, não os deixando

expostos. Preferivelmente, conservar em potesfechados ou na geladeira.

RECEITA CASEIRAPARA ACABAR COM

AS FORMIGAS

Ano IV Número 11 GRAICHE 3

E D I T O R I A L

VIVER & CONVIVERTiragem 20.000 exemplares

Grupo GraicheRua Treze de Maio, 19541º, 2º, 3º e 4º andares

CEP: 01327-002 – São [email protected]@graiche.com.br

Tel.: +55 (11) 3145-1322Presidente:

José Roberto Graiche

EXPEDIENTEJornalista responsável:

Carlos Alberto Ceneviva (MTB 5.771)Produção Gráfica:

Décio SonciniFYI Comunicações

R. Helena, 280 – Conj. 712Tel.: (11) 3525-7407

[email protected]

ELEITOR PRECISA ABRIR OSOLHOS ANTES DE VOTAR

Uma eleição, comoa próxima, a serrealizada em

outubro, possibilitará aoeleitor, mais uma vez, umaampla escolha de candida-tos, desde deputadosestaduais e federais,senadores, até a presidên-cia da república. Será umaexcelente oportunidadepara se escolher entre oscandidatos, os maisrespeitáveis, para que apopulação seja bem

representada frente aospoderes Legislativo eExecutivo. Infelizmente,ainda é muito comum porparte de alguns segmentosdo eleitorado fazer amea-ças do voto nulo, do votoem branco, do não com-parecimento. Mas, comoreclamar mais tarde sediante de tão importanteoportunidade ele serecusa a opinar?

Não se pode aceitar ajustificativa de que oeleitor deixa de cumprirseu dever cívico porquedesacredita da políticaatual, diante de tantosescândalos de corrupção,de provas de ineficiência,de casos de comprometi-mento, de nepotismos.Nada é mais errado, nadaé mais desaconselhável doque esse procedimento,pois, o cidadão não apenasdeixará de participar do

processo da escolha dosnomes que dirigirão o paísnas próximas gestões,como não exercerá oprecioso direito de voto,próprio dos regimesdemocráticos.

As próximas eleiçõessão, em si, um processorenovatório, uma vez quetrarão novidades emrelação às anteriores,pois, pela primeira vezduas mulheres concorremà presidência da república.Pela primeira vez, políti-cos processados e conde-nados poderão não tomarposse de seus cargos. Pelaprimeira vez, o eleitoradoverá uma das mais acirra-das disputas pela chefia doexecutivo nacional, dado oequilíbrio existente entreos candidatos.

Como se isso nãobastasse, some-se umfato grave, em relação ao

cargo maior da república.Grande parte dos eleito-res desconhece asprincipais característicasdos candidatos, ignoraseus programas degoverno, não sabe a quecorrente ideológicapertencem e não tomaconhecimento de comoformaram suas carreiraspolíticas. É, portanto,necessário deixar claroque não terão direito acríticas ou reclamações,depois de concluído opleito. Ainda há tempopara se mudar essaposição. É um convite aocompromisso, aodiscernimento, ao empe-nho em favor de umacausa maior em prol deum Brasil mais justo emais equânime.

José Roberto GraichePresidente

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E N T R E V I S T A

SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL VAI À COPA DAÁFRICA DO SUL PREPARADA PARA GANHAR

Júnior, também conhecido como Capacete (quando jovem usava o cabelo tipo “Black Power”) nos meios futebo-lísticos ou Leovegildo Lins Gama Junior, no Registro Civil, ainda é um garoto aos 55 anos de idade (29 de junho de1954), quase todos dedicados ao futebol. Aliás, futebol é tema sobre o qual conversa com os amigos ou comenta

para os espectadores, pois, “é assunto que desperta incontrolavelmente a minha paixão e continuará despertandopara todo o sempre: futebol, é claro!”

A carreira de Júnior na Seleção Brasileira, no Flamengo ou nos campos da Itália é bastante longa, praticamente,20 anos correndo atrás da bola, sem nunca deixar de lado a sua classe e a sua capacidade de belíssimas jogadas.Desde o início em 1974 brilhou no gramado. Só no Flamengo atuou 857 vezes graças à sua técnica como lateralesquerdo e meia. Pela Seleção Brasileira de Futebol foram 74 partidas e cinco gols. Pela Olímpica, 14 vezes e 3 gols.Júnior é o entrevistado desta edição de Viver & Conviver, para falar da Seleção Brasileira de Futebol, da Copa doMundo da África e sobre sua carreira.

V&C – Futebol é sempre um temapolêmico, ainda mais quando envol-ve a Seleção Brasileira. Na suaopinião, vamos ganhar essa Copa?Júnior - Acredito na Seleção Brasileira ea vejo como favorita para levantar aCopa da África. Claro que há outrasboas seleções, como a Argentina,sempre perigosa, a Itália treinada porFábio Capello que é uma verdadeiraraposa e que nunca ri, e algumas menosfavoritas como a Sérvia e a Holanda. AInglaterra também pode ser lembradanesse quadro. V&C – Já que você, atualmente, écomentarista esportivo da televisão,como vê a nossa seleção, diante dodesafio da Copa do Mundo?Júnior - A Seleção Brasileira sempre éum tema apaixonante e envolve oclamor público. Como a gente sabe,todos os brasileiros pretendem enten-der de futebol. Por isso, esse clamor seamplia, ainda mais diante das convoca-ções. Piora quando não aparecemnomes que na opinião do povo deveriamser chamados ou quando aparecem enão agradam o torcedor. O materialhumano da seleção brasileira chamadopelo Dunga é da melhor qualidade.Precisamos entender o comportamentodo treinador. Por meios próprios, oDunga incutiu na cabeça da rapaziada a

mentalidade da vitória, de necessidadede ganhar a qualquer preço, de vencersem medir sacrifício. V&C – Mas na sua opinião, a SeleçãoBrasileira está bem servida emtodas as posições?Júnior - Não há dúvida que quando seolha para o banco de reservas, nota-seque os convocados, apesar da qualidadeque possuem, nem sempre podem serapresentados como alternativas, especi-almente quando surgir a necessidade de

se mudar o jogo, diante de uma seleçãodifícil e um resultado apertado.

V&C – Você se sente à vontade paracriticar a seleção e o treinador, se os

resultados não acontecerem?Júnior - Como comentarista de futebolvou dizer o que penso da nossa seleção,do nosso treinador Dunga, da suaconvocação e dos resultados. É umcompromisso com o espectador e comminha posição. Em relação ao Dunga eseu modo de ser, reconheço que é difícilalguém mudar a forma de pensar daspessoas. O Dunga calcou seu trabalho nafilosofia da coerência usada assim quecomeçou com a seleção. A tal ponto quedesde o início quis mostrar como temmostrado que a seleção não possui umpersonagem distinto porque o persona-gem, na realidade, é a própria seleção. V&C – É importante a vontade dejogar, o interesse na seleção, nagarra que talvez seja a marcaregistrada do Dunga?Júnior – Em todas suas manifestaçõesele mencionou a importância, a missãode mexer com o brio dos jogadores. Elebalizou seu trabalho no sentido demontar um time competitivo e vence-dor. E ele faz questão que os jogadoressintam-se orgulhosos em vestir a camisacanarinho do Brasil.

V&C – O Dunga não é unanimidadepara a imprensa da mesma formaque ele não morre de amores pelosjornalistas. Que resultados essa

é assunto quedesperta

incontrolavelmente aminha paixão e

continuará despertandopara todo o sempre:

futebol, é claro!

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blindagem em torno da seleção,para não se repetir a Copa passada,pode apresentar?Júnior – Essa filosofia implantada peloDunga não é nova. Como se viu desde oinício dos preparativos para a Copa,ficou claro que será o Mundial maisfechado para a imprensa, seguindomoldes de outras equipes, com extremocuidado na programação e logística daSeleção e na relação de altos e baixoscom a torcida. V&C – O futebol dehoje é melhor ou piorque o futebol dopassado?Júnior - No meu tempo,o futebol era diferentesob todos os aspectos,inclusive em relação aointeresse dos clubeseuropeus como se vêhoje em dia. Imaginemque em 1980, depois denos sagrarmos campeõesmundiais, derrotando oLiverpool, por 3 a zero,fui procurado por umemissário do RealMadrid, querendo melevar para jogar na Espanha. Ele ficoumuito surpreso pois falei que não tinhainteresse. As coisas só começaram amudar em 1984. Animado pelacontratação do Zico pelo Udinese acabeiindo jogar inicialmente no Torino edepois no Pescara. E não dava para dizernão diante da proposta financeira e daprojeção que passaria a ter. V&C – Como foi para você sair dofutebol brasileiro e ir jogar na Europa?Júnior - A ida para a Itália foi ótima paratodos nós. Era recém-casado, minhamulher estava grávida do primeiro filhoe a viagem fortaleceu muito nossorelacionamento. Morar na Itália nospermitiu construir uma família, comnossos filhos Rodrigo e Juliana (deTorino) e Carolina (de Pescara).

V&C – E sob o aspecto técnico,como foi sua passagem pela Itália?Júnior - A minha ida para o futebol italianocontribuiu também para meu futebol poisa forma de jogar de lá me acrescentouuma nova visão do jogo sob o aspectotático. O futebol italiano pode não serbonito mas seu lado tático é fundamentaljogando com uma defesa muito segura,como vimos recentemente no jogo entrea Internazionale e o Barcelona.

V&C – Você acaba de lançar o livro“Minha paixão pelo futebol”. Obrasileiro trata bem seus ídolos?Júnior - Para o brasileiro é difícil enten-der o futebol pois para ele só interessa a

vitória, o brasileiro julga com paixão. OBaggio, por exemplo, quando perdeu openalti, em 1994, contra o Brasil,recebeu todo apoio do torcedor italiano.Mas sofreu menos do que o Zico,crucificado pelos torcedores, por perdera penalidade máxima em 1986 contra aFrança. Terminada a partida e desclassifi-cados, o vestiário era só silêncio, davapara ouvir uma mosca voando. Paranossa surpresa, quando chegamos ao

Brasil, o presidenteGiulite Coutinho (presi-dente da CBD 80/86)reuniu todos os jogado-res e agradeceu peloque havíamos feitoafirmando se sentirorgulhoso por nossopapel independentemen-te do resultado. Bastalembrar que naquelaocasião, joguei ao ladode Oscar, Falcão, Zico,Careca e Sócrates. V&C – Quais foramseus títulos nofutebol?Júnior - 6 campeonatoscariocas, 5 Taças

Guanabara, 4 campeonatos brasileiros,1 Libertadores e 1 Mundial Inter-clubes. Tive a felicidade de jogar entre78 e 83 no Flamengo consideradacomo a melhor equipe do Brasil. OFlamengo era diferente e apresentavauma insaciável vontade de vencer poisa história só fala de vencedores. Ehavia outros diferenciais. Não tínha-mos bicho. Numa iniciativa única, dopresidente Márcio Braga, os jogadorestinham participação na renda, qualquerque fosse o resultado. Sabíamostambém da importância de oferecerum grande espetáculo pois quantomais público, maior era nossa partici-pação. Por isso, os estádios, emespecial o Maracanã, viviam lotados eo retorno beneficiava o torcedor e, éclaro, os jogadores.

... o Dunga incutiuna cabeça da rapaziada

a mentalidade davitória, da necessidadede ganhar a qualquer

preço, de vencersem medir sacrifícios.

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S E G U R A N Ç A

ELEVADORES COMSEGURANÇA

É muito raro, nos dias de hoje,acontecer algum acidente comelevadores. Também é raro haver

informações de como seus passageirosdevem se comportar, diante de umasurpresa. A palavra segurança emelevadores está ligada adois pontos essenciais:manutenção e Corpo deBombeiros. E os homensda manutenção ou oshomens do fogo sabemcomo ajudar oscondôminos, dando a elestranqüilidade, diante deum elevador travado entreandares, parado no meiodo caminho, em pane emum determinado ponto docondomínio.

A primeira regra é nãofazer nenhuma tentativaindividual de resolver oproblema, exceto usar otelefone interno doelevador para comunicar ofato ao zelador e aguardar,sentado e calmamente, achegada do socorro.Nervosismo não ajuda emnada.

Geralmente, o eleva-dor pára entre andares.Muitas vezes, o zelador, naânsia de liberar os passa-geiros, acionaindevidamente uma chavepara abrir a porta. Sealguém tentar sair pelaporta entreaberta doelevador e ele, de repente, se movimen-tar, as conseqüências são imprevisíveis.No ano passado houve 76 casos fataistendo como causa principal o levanta-mento do pino de trava. Para os bom-

beiros, a ordem é jamais tentar sair semser devidamente assistido por pessoal demanutenção ou dos próprios bombeiros.

Como proceder então? Em primeirolugar, os passageiros poderão apertar obotão do alarme ou usar o telefone para

se comunicar com a portaria em buscade socorro. Em seguida, sentar-se emum dos cantos. Se houver algum passa-geiro descontrolado, faça-o baixar acabeça, fechar os olhos e aguardar

ajuda. Também é importante não aceitarajuda de estranhos.

Assim que o Corpo de Bombeiroschegar, ele providenciará, comoprimeira medida, desligamento dachave geral da casa das máquinas. Via

rádio, avisará outrobombeiro, para abrir aporta do elevador a fim deque ele complete seu ciclode subida e descida.

Depois de parado emponto seguro, ocorrerá asaída de todos os passagei-ros. No dia a dia, tambémé importante, antes deentrar no elevador,verificar se o mesmo estáno piso do seu andar. Osque saem têm preferênciaem relação aos queentram. Todos os elevado-res têm indicação de cargamáxima. Não contribua,portanto, para que ele semovimente com excessode peso. O número deocupantes não deveexceder à recomendaçãointerna do elevador.

Para quem não sabe, ébom tomar conhecimento:os elevadores têm freios,suportes, ganchos e tudoque oferece proteçãototal. Lembre-se que emcaso de emergência, osocupantes do elevadordevem manter a calma Emresumo, se ficar preso só

saia do interior do elevador com a ajudados bombeiros. Em caso de incêndio,jamais use o elevador, utilize a escada.Se precisar, o telefone do Corpo deBombeiros é o 193.

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E D U C A Ç Ã O

VAGAS NAS ESCOLASPARA 2014 OU 2015?

Se seu filho tem um ano, dois outrês, já está na hora de se preocupar com vaga nas escolas, especial-

mente, nas particulares, onde o proces-so de reservas já está em 2014 e 2015.Nos anos iniciais, que compreendem aeducação infantil até o 6º ano do ensinofundamental, as possibilidades sãomaiores que para a segunda fase dosestudos. Neste caso, as vagas são maiscomplicadas e disputadas, quanto maisse a escola estiver entre as primeirasranqueadas na classificação geral.

As vagas, no caso de transferência deuma escola para outra, também sãodifíceis, exigindo paciência e tempo.O procedimento para informaçãosobre vagas é semelhante paratodas as boas escolas: agendarentrevistas prévias com as famíliasinteressadas para garantir o futuro. Aépoca ideal para os primeiroscontatos, recomendam os diretores,é sempre o início do ano, uma vezno final o risco de não encontrar lugaré muito maior.

Alguns pais procuram escolasranqueadas pelo desempenho noEnem – Exame Nacional deEnsino Médio – pois enten-dem que essa qualificaçãoserve como orientação sobrequalidade. Para a direçãodessas escolas, entretanto, ofator preponderante naescolha de um educandárionão deve ser só o Enem, mas,suas propostas de trabalho,sua imagem e a propagandaboca-a-boca.

Em escolas de maiorexpressão, o processo deconfirmação de vaga passapor uma espécie de“vestibularzinho”, um proces-

so seletivo com entrevistas e peque-nas provas, procedimento aliásproibido pelo Conselho Nacional deEducação. Uma vez aprovado, énecessário o pagamento da inscri-ção, mesmo que a entrada doaluno se concretize daí a um,dois, três anos, umaespécie de taxa dereserva, nemsempre barata.

A médiacobrada pelainscrição

está acima dos R$500,00 e, segundoo PROCON, esse valor terá que ser,obrigatoriamente, abatido na hora da

matrícula. No caso de desistên-cia, o valor deverá ser devolvi-do, entendendo-se que aescola possa reter uma

percentagem. Para evitardores de cabeça futuras é

importante não deixarpara a última hora e ler

atentamente quaisquercontratos que vierem aser assinados.

8 GRAICHE Ano IV Número 11

S A Ú D E

D izem que nem todo mundo gosta de pimenta nacomida. Os números desmentem essa informa-ção, pois, o mercado de pimenta, pode-se dizer,

está pegando fogo. O Brasil, que durante muito tempo,estava entre os pequenos produtores, quando ocupava,apenas, o 39º lugar, é hoje o 12º colocado em vendasno mundo. E isso é considerado como o maiorcrescimento do ponto de vista internacional. Umapimenta muito consumida entre nós, a Tabasco,em cinco anos, cresceu 209%.

Pertencentes à família Solanaceae e aogênero Capsicum, pimentas e pimentões sãonaturais do continente americano e cultivadosamplamente no Brasil. A maior curiosidadesobre a pimenta é saber o que ela tem quearder tanto na comida ou nas nossas papilasgustativas? Ou como dizem os baianos, vaicomida quente?

A resposta está na presença de umasubstância chamada capsaicina. Ela, porém,não tem só o ardor. Ao contrário, possuipropriedades benéficas à saúde pois atuacomo cicatrizante de feridas, antioxidante,dissolução de coágulos, prevenção de arterios-clerose, controla o colesterol, evita hemorragi-as e aumenta a resistência física.

Além disso, a sua ingestão influencia naliberação de endorfinas, causando uma sensaçãode bem-estar muito agradável, na elevação dohumor. O valor nutricional da pimenta é relativa-mente alto com boas fontes de vitaminas C e A.Contém ainda cálcio, ferro, caroteno, tiamina,niacina, riboflavina e fibras.

A pimenta é ingerida em conserva do fruto inteiro,numa solução com álcool, cachaça, vinagre, óleo decozinha ou azeite. Para se fazer um bom molho depimenta, deve-se usar frutos com boa aparência, unifor-midade no tamanho e forma e polpa firme.

E qual seria a pimenta mais ardida do mundo. Dizemos especialistas, como um fazendeiro de Salto, próximo aItu, que a variedade bhut jolokia, importada da Índia, é a

mais ardida de todas. Teria atésuperado a “red savina”, americana.E como saber o quanto de ardido

tem uma pimenta? A “ardência” émedida pela escala de Scoville.

A jalokia registrou 1 milhão ea savina, 577 mil.

Existem dezenas devariedades e só no

Brasil, mais de 40. Asnossas pimentasmais conhecidasatendem pelosnomes de pimentade cheiro, dedo-de-moça,malagueta,cambuci, biqui-nho, cumariverdadeira, pi-menta de bode,murupi e pitanga.Tem ainda algumasfamosas e ditas

“quentes” como amexicana jalapeño,

as americanas redsavina e tabasco e a

italiana calabresa, produ-zida no sul do Brasil. É

fácil cultivar pimenta, poisocupa pequenos espaços esua germinação se faz em 3semanas.

Em termos de produção,o Brasil comercializa cerca de 160 miltoneladas de pimenta por ano. MinasGerais é o estado que concentra a maiorvariedade de pimentas, especialmente, amalagueta, biquinho e cumari verdadeiraou pimenta de passarinho.

IMPORTÂNCIA DA PIMENTAEM NOSSA ALIMENTAÇÃO

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A L I M E N T A Ç Ã O

MÃES QUE NÃO SABEM COZINHAR ESERVEM “JUNK FOOD” PARA OS FILHOS

Entre pais e mães, criou-se o conceito de que filhogordo é filho saudável. Esse conceito é passadoporque, no presente, filho saudável é o que se

alimenta bem, evitando comidas consideradas “junkfood”, um lixo de comida do ponto de vista nutricional.São bons exemplos as massas pré-prontas, pastas instan-tâneas, salgadinhos como batatas chips, bolachasrecheadas, sucos artificiais e refrigerantes.Ter filho saudável significa oferecer a elecomida de boa qualidade desde osprimeiros dias de vida.

As mães brasileiras, em especial,estão dando a seus filhos, desdetenra idade, alimentos cheios degorduras, açúcar, sais, corantes eoutros tipos de aditivos, alimentosestes que só engordam. O excessode peso é um fator de risco paravários tipos de enfermidades e des-mente a teoria do “gordinho saudável”.Pesquisa recente mostrou que 75% dasmães e 77% dos pais de crianças gordasachavam que seus filhos tinham pesonormal. Como afirmam os membros daAssociação Brasileira para o Estudo daObesidade, “enxergar a obesidade do filhosignifica enxergar a própria obesidade”.

Outro perigo para as crian-ças são os lanchinhosescolares, ou seja, arefeição que maiscontribui para aobesidade. Asmães, por suasmúltiplas funções,inclusive fora de casa,vivem correndo e acabambuscando soluções práticas para alimenta-ção. E fornecem comidas como biscoitorecheado, o leite achocolatado e outros ali-mentos prejudiciais.

Felizmente, por campanha ou por lei, as lanchonetesdas escolas estão substituindo alimentos engordativos porsaudáveis. E cada vez mais os currículos escolares contemesclarecimentos sobre os diversos tipos de comidas e osalimentos que devem ser evitados pelas crianças. Os

lanchinhos podem ser usados,mas, substituindo osprejudiciais por saudáveis,como água de coco,

frutas, sucos naturais,biscoitos de polvilho

e sanduíches empão integral com

queijo deminas.

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M E I O A M B I E N T E

Reciclar ou não reciclar, eis a questão. Já se foi o tempoem que mandávamos consertar tudo e não como hoje,jogar fora e comprar um novo. Só que isso tem um

custo pessoal e, pior, ambiental. Os lixos eletro-eletrônicos quenão podem ser aproveitados pelo consumidor comum – comocomputadores, celulares, notebook, câmeras digitais, MP3player, artigos elétricos domésticos em geral como geladeiras,microondas – não podem ser jogados no lixão. A maioriadesses produtos contém substâncias nocivas à saúde e, sedescartados de modo incorreto, comprometem tudo, inclusiveos lençóis freáticos.

No ano passado, o então governador José Serra sancionou a lei13.576 fixando regras para reciclagem dos componentes eletro-eletrônicos. Infelizmente, aqui, não é como em alguns países doHemisfério Norte, onde jogar uma TV, uma geladeira ou um celularno lixo só pode ser acompanhado de um selo, a preço de ouro.

Dizem as estatísticas que cada brasileiro produz quase 3quilos de lixo eletrônico por ano. E a tendência é aumentar,diante de números extraordinários, como por exemplo,estamos chegando a 100 milhões de computadores e quase200 milhões de celulares. Aparentemente, só 10% dessematerial são recicláveis. E para onde vão os plásticos, osmetais, o chumbo, o cádmio, o belírio, o mercúrio, este aquique produz danos cerebrais e ao fígado? O chumbo provoca

náuseas, perda de coordenação e memória.E o aperto continua. Alguém já tentou levar um carro com

carburador para consertar? É, agora, as oficinas só gostam demexer com eletrônica.

Ainda bem que os catadores de papel estão ajudandobastante o meio ambiente no Brasil. O ideal, entretanto, seráquando todos os revendedores dos mais diferentes tipos deaparelhos os aceitarem de volta. Na Europa, o preço de vendajá inclui uma taxa para que o fabricante receba o produtovendido, depois que se tornou imprestável. Há tambémentidades como Casa André Luis que aceita e recolhe equipa-mentos usados. O paulistano, ainda, pode contatar a ONGLixo Eletrônico que fornece locais para doação de artigos dereciclagem eletrônica ou o site www.unilixeiras.com.br

Mas se você não quiser se desfazer de suas “reliquias”, porrazões estéticas ou emocionais,como por exemplo, umageladeira Coldspot dos anos 50 ou uma rádio-vitrolaTelefunken, do tempo da guerra, há muitos locais que fazemassistência técnica. Anotem por favor:www.geladeirasantigas.com.br; www.brastemp.com.br;www.maquinaschammas.com.br (máquinas de costura),www.vadevintage.wordpress.com (batedeiras).www.casamaerela.com.br (fogões). Toca-discos (3221.3537),Máquinas de escrever (3105.9927)jukebox (3622.2488),

RECICLAR OUCONSERVAR

ELETRÔNICOSANTIGOS?

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L I N G U A G E M

O deputado Aldo Rabelo, já faz algum tempo, desejaacabar com os estrangeirismos do dia a dia nolinguajar do brasileiro, classificando de lamentável a

adoção de termos em outra língua, especialmente, o inglês.Não tem sentido para ele mudarmos conhecidas designaçõesem português para outros termos em língua estrangeira -especialmente inglês e francês - , apenas para parecer sofisti-cado ou bonitinho. Há algum tempo, ele apresentou naCâmara dos Deputados projeto de lei que já foi aprovado emtodas as comissões mas que infelizmente está parado, a esperade sua remessa para sanção presidencial.

O parlamentar de São Paulo aponta suas críticas, de modoespecial, contra dois importantes segmentos, os edifícios decondomínios e as lojas, como os maiores usuários deestrangeirismos. Hoje as liquidações viraram “sale” e osdescontos, são números seguidos da expressão em inglês,como este exemplo: “70 “off”. Será que todo mundo sabe queesse “off” quer dizer 70% de desconto? Já os condomínios,em quase sua totalidade, são batizados por expressões,designações geográficas ou pontos turísticos internacionais,com especial preferência por nomes do Hemisfério Norte.Mais grave ainda, segundo o parlamentar, é que, mesmointernamente, os condomínios estão usando essesmaneirismos para nomear suas divisões ou áreas de umedifício.

Aldo Rabelo cita como exemplo o nome de “wash lounge”com o qual pretendem mencionar o setor de lavanderia e,

portanto, cabe a pergunta: você já imaginou uma empregadadoméstica tendo que avisar à patroa que vai ao “wash lounge”?Estaria tudo bem se a expressão significasse realmente lavan-deria. O pior é que esta ou outras designações usadas nãocorrespondem às utilizadas nos Estados Unidos ou em outrospaíses de língua inglesa. Para os americanos lavanderia é“laundry”. E quando se pretende designar o banheiro, eminglês ou francês? “Rest room” ou “toilette”?

As academias de condomínios já são chamadas de “fitnessroom” e não sala de ginástica. O salão de festas foi batizadacomo “dance hall”. “Lobby”, palavra que designa a ante-salade um local, como o Congresso Nacional ou a entrada de umhotel, também foi desvirtuada, significando muito mais noBrasil “tráfico de influência” do que qualquer outra coisa. Umprédio bem localizado, próximo de todas as facilidades, agorase chama de espaço “prime”. E para definir que sua localizaçãoé próxima de tudo, a uma distância para se ir a pé, a publicida-de do condomínio informa ser um edifício com “walkingdistance”, ou seja, perto de tudo no bairro. Só que os cidadãosde língua inglesa não entenderão assim, se a expressão forusada em um condomínio.

Para mostrar que não é xenófobo, o deputado defende oensino de mais de duas línguas nas escolas brasileiras, ressal-tando a importância do inglês. E indaga: O que vou dizer a ummotorista de praça se quero ir a um Shopping Center. Seráque se eu disser, senhor, por favor, gostaria de ir ao centro decompras Norte ele vai entender?

APARTAMENTOSPARA ALUGAR OUAPARTAMENTOS

“TO LET?”