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Melhor Ensino Melhor Formação Colégio Magnum: Ambiente Afetivo MAGNUM Informa AGOSTO 2016 . EDIÇÃO 19 . COLÉGIO MAGNUM BURITIS

MAGNUM · 30 Jogos olÍMPiCos 2016 ... e as professoras realizam o registro no quadro, através de desenho e escrita. ... com a entrega de medalhas e outros

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Melhor Ensino

Melhor Formação

Colégio Magnum:Ambiente

Afetivo

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Quando nos propomos a trabalhar com educação, temos que estar cientes do compromisso com a formação de crianças e jovens que, no futuro, serão os alicerces da nossa sociedade.

Hanna Arendt, filósofa Alemã, traduz muito bem, na frase acima, o papel da escola - que deve sempre buscar uma interface entre o mundo e a família. A escola contribui de maneira relevante, na medida em que proporciona o desenvolvimento pleno do ser humano, permeando seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social.

Formar e educar são palavras que traduzem o desenvolvimento do indivíduo, que necessita de uma visão com base em concepções que respeitem a diversidade, o momento e a realidade, peculiares para uma convivência globalizada.

Na linha de frente, temos o educador, que deve sempre ter consciência da sua responsabilidade sobre a construção dos saberes e a constituição do ser; por isso, sua importância primordial no processo de desenvolvimento do indivíduo.

Ano a ano, no Magnum Buritis, buscamos propiciar uma formação efetiva, vivenciada através de atitudes que valorizem o respeito à individualidade, o convívio em sociedade, mas que, sobretudo, estimule nossos alunos a se comprometerem com seu papel de transformadores do mundo.

Durante o ano let ivo, vivenciamos diversas atividades, eventos e ações, todos eles pautados na valorização do saber e no estímulo às diferenças. Toda essa diversidade é trabalhada visando à melhoria do processo de construção das relações.

Nesta edição do jornal Magnum Informa, trazemos para vocês um pouco do dia a dia do Magnum Buritis, como a Celebração da Páscoa, Primeira Comunhão, os projetos do AMA, e os eventos pedagógicos, como FLIM, Feira de Ciências e os concursos internos e externos. Apresentamos também uma entrevista com nosso Diretor de Ensino, Professor Sérgio Porfírio, que, com muita clareza e discernimento, fala

sobre o Bullying, não somente no ambiente escolar, mas como uma prática nociva à sociedade. Para nós, oferecer o Melhor Ensino, a Melhor Formação em um Ambiente Afetivo contribui para que encontremos oportunidades para educar, cuidar e formar, fazendo de cada acontecimento um momento especial de aprendizado. Assim, nossa diretriz é vivenciada no dia a dia por toda a equipe de educadores do Colégio, que tem em nosso aluno uma matéria-prima essencial para a construção de uma sociedade melhor e mais justa para todos.

Sabemos que é preciso mudar nosso país e entendemos que essa mudança começa pela educação das nossas crianças e jovens que, certamente, serão os grandes transformadores desse mundo. Que por meio do exercício da tolerância, do respeito e do amor ao próximo, nós possamos verdadeiramente construir um novo Brasil.

Boa Leitura!

Paulo de Araújo França FilhoDiretor do Colégio Magnum Buritis

Colégio MagnuM BuritisRua José Hemetério Andrade, 850 - Buritis

CEP 30493-180 - Belo Horizonte - MG

Te.: (31) 2138-9000

www.magnumburitis.com.br

Expediente

Diretor eXeCutiVoPaulo de Araújo França Filho

Diretor De ensinoSérgio Porfírio

reDaçãoPessoa. Relacionamento com Conteúdo

Conrerp PJ061

www.pessoacomunicacao.com.br

(31) 34857875

Erika Pessoa - Conrerp 1671

Iaçanã Woyames e Nádia Assis

reVisãoJosé Maria Dos Santos E Claudia Palhares

assessora De Marketing e CoMuniCação

Márcia Barroso

assistente De CoMuniCaçãoRoberta Aranha

FotosJairo Delano

(exceto arquivo pessoal)

tirageM2.500 Exemplares

DiagraMaçãoAgência DotLine

Tel.: (31) 3075-9732

www.agenciadotline.com

alunos, ProFessores e FunCionÁrios Do MagnuM Buritis se reenContraM Para CoMeMorar as aProVaçÕes nos VestiBulares

04

no MagnuM Buritis, Crianças FaZeM Do Jogo uM MoMento De aPrenDiZaDo06

aluna é PreMiaDa eM ConCurso ProMoViDo Por MultinaCional07alunos Do Colégio MagnuM Buritis PartiCiPaM Da oliMPÍaDa Brasileira De FÍsiCa

08

Centro De MeMÓria Morro VelHo - noVa liMa - uM reCorte De Minas!12

rotina De estuDos é essenCial Para BoM renDiMento14

a étiCa na esCola16

MusiCaliZação na inFÂnCia ganHa DestaQue no Colégio18

o CineMa eM sala De aula20

eM Meio À Crise, Crianças aPrenDeM a iMPortÂnCia De eConoMiZar22

eX-alunos são DestaQue no CenÁrio esPortiVo naCional24

ProJeto Do MagnuM aMPlia ConHeCiMento soBre os Quatis28

Jogos olÍMPiCos 201630

ProJeto aMa - alunos VoluntÁrios DesenVolVeM açÕes soCiais34

MagnuM DesenVolVe ProJeto De estÍMulo À leitura36ProJetos FaVoreCeM o DesenVolViMento Das HaBiliDaDes soCioeMoCionais na eDuCação inFantil

38teMa transVersal ressalta a iMPortÂnCia Da generosiDaDe e Do aMor ao PrÓXiMo

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MagnuM Buritis Presta orientação ProFissional42

Crianças aPrenDeM a iMPortÂnCia Das VirtuDes e Valores43Prata Da CasaColaBoraDora Do MagnuM Buritis sente-se MotiVaDa Pelo aMor

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MinHas Crianças? e eu CoM isso?*46

esCola integral CoM alMoço eM FaMÍlia47

BullYing - PreCisaMos ConVersar soBre o assunto!49

PreCisa-se De Pessoas48

FaMÍlia FaZ eneM na esCola!45

Editorial

“A escola não é de modo algum o mundo, nem deve ser tomada como tal; é antes a instituição que se interpõe entre o mundo e o domínio privado do lar”.

Hannah Arendt

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MELHOR ENSINOMELHOR ENSINO

A festa Happy End traz de volta à escola alunos recém-formados.

Dúvidas e preocupações são

comuns entre os estudantes da 3ª

série do Ensino Médio. Além de se

prepararem para enfrentar o Exame

Nacional do Ensino Médio (Enem),

eles também precisam escolher um

curso para seguir no futuro. Em

dezembro, contudo, os sentimentos

se confundem. Isso porque, enquanto

de um lado estão o entusiasmo e

alívio, do outro está a tristeza de

deixar o Colégio, onde muitos

vivenciaram alguns dos melhores

momentos da infância e adolescência.

A fim de celebrar o sucesso dos

aprovados nos vestibulares 2016, o

Magnum Buritis promoveu em março,

a tradicional festa Happy End, na qual

os ex-alunos tiveram a oportunidade

de se reencontrarem. Na ocasião,

eles puderam compartilhar com

alunos, ProFessores e FunCionÁrios Do MagnuM Buritis se reenContraM Para CoMeMorar as aProVaçÕes nos VestiBulares

professores e funcionários os resultados de todo o empenho feito ao longo da trajetória escolar, principalmente a de 2015, além de outras novidades e planos para o futuro.

Marcella Christina Rezende, agora estudante de Direito, compareceu ao evento e adorou a festa. Em sua memória, transbordam boas lembranças vinculadas ao Magnum. “A sensação de estar de volta foi maravilhosa. Adorei rever os colegas e, principalmente, os professores e funcionários. Eles se transformaram em uma segunda família, mas agora não vamos mais nos ver com tanta frequência, infelizmente”, lamenta.

A futura advogada, entretanto, pretende eventualmente dar uma pausa no estudo para visitar o Colégio,

uma vez que tem outros dois irmãos mais novos que ainda estudam na escola. “Eu vou comparecer, sempre que possível, a todas as festas, pois é sempre um prazer enorme estar dentro do Magnum”, diz.

Quem também marcou presença foi o ex-aluno Fernando Gontijo, que pretende seguir a carreira de arquiteto e urbanista. Ele ingressou no Magnum Escola Integral (MEI) aos quatro anos e deixou a instituição somente no final do ano passado, ao concluir o Ensino Médio. “No Happy End pude compartilhar a alegria de ter sido aprovado no vestibular da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e em vários outros de faculdades particulares”, comemora.

Na celebração, ele agradeceu aos professores, que desde a infância

contribuíram para a sua formação. Para ele, o que mais vai fazer falta é o ambiente acolhedor e o convívio diário com os colaboradores. “Ao longo dos anos que passei no Magnum, pude perceber que o objetivo maior dos funcionários sempre foi garantir a satisfação e o bem-estar de todos os alunos”, lembra.

Elise Avelar Barbosa, professora de redação, é capaz de resumir o reencontro em uma única palavra: realização. “Esse contato após a saída deles é uma maneira de constatar a importância que tivemos na vida desses jovens, que tanto apreciam nosso trabalho. O Happy End é uma oportunidade descontraída de rever esses estudantes e relembrar alguns dos momentos especiais que vivemos juntos”, declara.

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MELHOR ENSINOMELHOR ENSINO

A escrita, assim como a leitura, capacita o cidadão para atuar em todos os âmbitos sociais. Por isso, as professoras do Magnum desenvolvem o projeto Soletrando com as crianças do 2º Período. Os alunos, por meio de uma competição saudável e lúdica, aprendem como escrever as palavras corretamente e ampliam o vocabulário ao conhecer o significado de novas palavras.

Em uma das etapas iniciais do projeto, os alunos levam, para treinar em casa, uma cartela com cinco palavras de um mesmo tema, como peças de vestuário, animais, brinquedos, entre outros. Posteriormente, em sala de aula, os alunos soletram as palavras aprendidas e as professoras realizam o registro no quadro, através de desenho e escrita.

A iniciativa é uma das etapas do processo de alfabetização. Além de despertar o interesse pela leitura e escrita, ele cumpre, ainda, outros objetivos; entre eles, o desenvolvimento do espírito esportivo, a importância de respeitar a grafia correta das palavras e a participação dos pais na rotina escolar dos filhos.

A competição entre as turmas do 2º Período representa a fase final. Os vencedores são contemplados com a entrega de medalhas e outros prêmios. De acordo com a supervisora da Educação Infantil, Patrícia Bevilaqua, a iniciativa propicia a interação das crianças e favorece a desinibição entre elas. “As crianças não têm vergonha de participar, pois se preparam em casa e querem mostrar o resultado do esforço”, justifica.

no MagnuM Buritis, Crianças FaZeM Do Jogo uM MoMento De aPrenDiZaDo

“Os alunos, por meio de uma competição saudável e lúdica, aprendem como escrever as palavras corretamente e ampliam o vocabulário ao conhecer o significado de novas palavras.“

Laura Fernandes, aluna do 2º Ano do EFAI, desenvolve trabalho sobre o uso consciente da água e recebe premiação.

A Fiat Chrysler Automóveis Brasil (FCA), por meio da Fundação Fiat, promove anualmente a Maratona Cultural, iniciativa direcionada aos filhos de funcionários da empresa que cursam desde o Ensino Fundamental até o Ensino Superior. Em meio à crise hídrica, o tema escolhido para a 15ª edição foi o uso consciente da água. Uma das premiadas foi a aluna do 2º Ano do Ensino Fundamental do Magnum Buritis, Laura Fernandes, que ficou em terceiro lugar em sua

categoria e levou uma bicicleta para casa.

O concurso foi dividido em duas etapas. Na primeira, o desafio era redigir uma “Declaração Universal dos Deveres do Usuário da Água”. A aluna mencionou os seis aspectos mais importantes para ela: não lavar a calçada; esperar acumular maior volume de roupas antes de ligar a máquina de lavar; fechar a torneira ao escovar os dentes; verificar e eliminar os vazamentos em casa; tomar banho rápido e não cortar árvores próximas às nascentes.

Na segunda fase, Laura deveria apresentar todos os pontos abordados para uma banca composta por dois professores. Quando a classificação final foi finalmente divulgada, ela e os pais, Marcos e Célia, vibraram juntos. Além de ter tido o trabalho reconhecido, ela também se alegrou com a premiação.

A estudante diz que não foi fácil chegar lá. Ela afirma ter-se esforçado bastante ao longo de todo o processo. “Todos deveriam dar mais valor e tentar usar a água com mais consciência. Eu vejo muito desperdício, a economia deveria ser maior, pois a água pode acabar. A gente precisa dela para tudo, sem água não tem como ninguém viver”, alerta.

Os pais também elogiam o bom desempenho da filha. De acordo com Marcos, a família sempre incentivou muito sua participação em projetos voltados ao desenvolvimento intelectual. “Sentimos uma enorme satisfação. A motivação dela aumentou após ter sido aprovada na primeira etapa. Para a final, foram dias treinando em casa para conseguir se sair bem”, orgulha-se.

aluna é PreMiaDa eM ConCurso ProMoViDo Por MultinaCional

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MELHOR ENSINOMELHOR ENSINO

Questões desafiadoras motivam estudantes do Ensino Médio a participarem.

O Magnum Buritis considera a participação dos seus alunos em concusros externos uma forma de incentivar o trabalho de pesquisa e a descoberta do conhecimento, fatores fundamentais para a formação de profissionais focados e comprometidos com o desenvolvimento tecnológico e humano.

Tradicionalmente, os estudantes do Ensino Médio do Magnum Buritis participam da Olimpíada Brasileira de Física (OBF). Neste ano, a primeira fase da competição contou com grande adesão. A preparação para a primeira etapa foi acompanhada de perto pela professora da disciplina, Brillian Aquino Fernandes.

De acordo com a docente, os inscritos têm perfil semelhante: todos se identificam com essa área do conhecimento e estão constantemente em busca de

novos desafios. Além disso, ela ressalta que eles têm consciência da importância desses concursos. “As provas dessas competições favorecem um melhor aprendizado e um desempenho acima da média em futuras competições ao longo da carreira profissional”, explica.

Para a professora, as questões presentes nas provas da OBF ajudam a desenvolver habilidades da Física e a agilidade no raciocínio, bastante requisitada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no qual os alunos têm, em média, somente três minutos para responder a cada pergunta. “O curto tempo é um dos principais problemas enfrentados pelo aluno durante o ENEM e em muitos outros vestibulares”, diz Brillian, que sempre incentiva a participação dos alunos nesses concursos.

alunos Do Colégio MagnuM

Buritis PartiCiPaM Da oliMPÍaDa Brasileira De

FÍsiCa

Foto: Roberta Aranha

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MELHOR ENSINOMELHOR ENSINOMELHOR ENSINO

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MELHOR ENSINOMELHOR ENSINO

O processo de construção do conhecimento histórico e geográfico demanda cuidado à medida que interfere na visão de mundo de cada criança. Portanto, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o professor enfatiza o espaço já conhecido pelos alunos. Para que o processo de aprendizagem aconteça de maneira efetiva e coerente, é necessário caminhar de uma visão do micro para o macro. Normalmente, toma-se como referência o quarto do aluno (visão micro do espaço que o cerca) e, ao longo do tempo, a esfera de conhecimento vai sendo ampliada para o bairro, a cidade, o estado, o país e o continente (visão macro).

No 4º Ano do Ensino Fundamental, o Magnum aborda o Estado Minas Gerais. Esse estudo possibilita uma percepção da diversidade física, econômica, étnica e social do Brasil. Minas é conhecida por exercer historicamente forte influência no cenário político e econômico nacional. Sua riqueza natural e sua posição geográfica fizeram com que o estado abrigasse a maior malha rodoviária do país, possibilitando um fluxo significativo de informações, produtos e pessoas.

Um projeto sobre o estado foi desenvolvido para o 4º Ano e, a frase “Minas são muitas” foi escolhida para batizá-lo. Essa escolha tem um motivo: Minas Gerais comporta doze mesorregiões, que apresentam, em e spaços menore s , características de outras regiões

geográficas brasileiras - Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul. Dessa maneira, é possível estabelecer as realidades do estado e do país.

A proposta é propiciar ao aluno a construção de sua identidade sociocultural, já que o estudo de Minas Gerais possibilita melhor entendimento do presente e da realidade, por meio da consciência e reflexão dos acontecimentos do passado. Daí a importância de conhecer a história para que possa ser compreendido, valorizado e respeitado o presente e, consequentemente, planejado o futuro.

O início do desenvolvimento do projeto é marcado pela visita ao Centro de Memória Morro Velho, espaço histórico-cultural aberto ao público e localizado em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Estão previstas ainda visitas à região histórica de Santa Luzia, pesquisa sobre manifestações culturais e folclóricas. O empreendimento final do projeto é a confecção de um fôlder e um guia turístico sobre o estado de Minas Gerais.

Centro De MeMÓria Morro VelHo - noVa liMa

um rEcortE dE minas!“Minas é conhecida por exercer historicamente forte influência

no cenário político e econômico nacional. Sua riqueza natural e sua posição geográfica fizeram com que o estado abrigasse

a maior malha rodoviária do país, possibilitando um fluxo significativo de informações, produtos e pessoas.“

Sérgio PorfírioDiretor de Ensino do Colégio Magnum Buritis

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A transição dos anos iniciais do Ensino Fundamental para a fase final exige mudança de hábitos.

A passagem dos alunos do 5º Ano do Ensino Fundamental para o 6º Ano requer muita atenção e cuidado, uma vez que se amplia o contexto acadêmico.

Segundo a supervisora dos anos finais do Ensino Fundamental, Neide Tôrres, tantas mudanças demandam nível mais elevado de comprometimento com os estudos. “No 6º Ano, aumenta-se a quantidade de professores e o volume de conteúdo. Além disso, nessa fase, os pais começam a transferir mais responsabilidades para as crianças”, explica.

No Magnum, com o término dos anos iniciais do Fundamental, os alunos passam a estudar pela manhã. Em função dessa mudança, muitos encontram dificuldades para se organizar e cumprir todas as tarefas propostas diariamente. “Quando o estudante vai para a escola no período da tarde, ele encontra menos oportunidades para adiar o cumprimento dos deveres. Entretanto, isso muda quando a tarde passa a ser livre”, avalia Neide.

Para ajudar os alunos a aproveitar melhor o tempo e, consequentemente, obter melhores resultados nas provas e atividades escolares, a supervisora auxilia-os na organização de suas rotinas de estudos por meio de um planejamento semanal, que leva em consideração as atividades escolares e a rotina diária do aluno. Dessa maneira, eles conseguem se preparar para as avaliações com antecedência, evitando o acúmulo de matéria a ser revisada e, em alguns casos, estudada na véspera da avaliação.

Ela propõe o uso sistemático da agenda e cadernos, onde devem ser registrados todos os detalhes das aulas, como atividades, explicações e conclusões do professor. A supervisora ressalta a importância de se utilizar diferentes métodos e recursos. “Assim, a compreensão fica mais fácil e as coisas tornam-se muito mais interessantes”, justifica.

De acordo com estudos realizados pela neurociência, as pausas são

importantes para o aprendizado do conteúdo, por isso cada uma hora de estudo gera a necessidade de uma pausa; dessa maneira, Neide orienta que, após um período de estudo, o aluno faça um pequeno intervalo para descansar. Ela ressalta que é importante alimentar-se bem e nunca pular refeições, evitando sempre consumir alimentos gordurosos que sobrecarregam o sistema digestivo.

Outra ferramenta importante e imprescindível, que contribui significativamente para a organização da rotina de estudos dos alunos, é o DEVER DE CASA. Por essa razão, o Magnum Buritis entende que todos os dias deve haver deveres de casa. Pesquisas comprovam que os alunos com melhores resultados dedicam um bom tempo fazendo os deveres. Ao fazer as tarefas, o estudante desenvolve habilidades, fixa o conteúdo, identifica dúvidas para serem solucionadas nas aulas seguintes e, principalmente, aprende a planejar seus estudos. Quanto maior a dedicação às tarefas, mais aprende e, consequentemente, melhores resultados alcança.

ExpErIêncIA bEM-sucEdIdASabrina Bellose Matiole, mãe do

aluno Gustavo Matiole, do 7º Ano, implementou a rotina de estudos com o filho no ano passado. Diariamente, ao chegar em casa, ele recapitula toda a matéria estudada na escola naquele dia e, em seguida, faz os deveres. Quando ela chega após o trabalho, os dois conversam e ela verifica quais tarefas foram cumpridas e as pendências.

Ela observa que, além do rendimento nas avaliações ter registrado melhora significativa, o filho ganhou mais autonomia. “A independência, para mim, é algo muito importante. Antes, ele me esperava o dia todo para fazer o dever, agora faz sozinho. Com isso, meu papel é acrescentar e não mais fazer tudo por ele”, ressalta.

rotina De estuDos é essenCial Para BoM renDiMento

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MELHOR FORMAÇÃOMELHOR FORMAÇÃO

Ao obsevarmos a linha histórica da humanidade, desde os seus primeiros relatos até o mundo contemporâneo, notamos que ela foi e é marcada por interesses divergentes e antagônicos, que surgiram a partir do momento em que se estabeleceram as relações sociais. Não há nada de errado nisso, ao contrário, a vida social é de fundamental importância para o homem e são as divergências e oposições surgidas através das relações sociais que o compelem a canalizar seus esforços e a exercitar sua razão em busca de soluções para a manutenção do bem comum.

É diante da relação com o outro que surge a moral; melhor dizendo, é na convivência que emerge a necessidade de se estabelecer um conjunto de regras de conduta consideradas como válidas em determinado tempo e lugar, por um determinado grupo de pessoas a fim de se garantirem relações sociais harmoniosas.

A s s i m , a t r a v é s d a moralidade, o homem garante um determinado controle social sobre os agrupamentos permitindo, dentre outras coisas, a manutenção de relativo bem- estar pessoal e coletivo. À transmissão e continuidade das regras de conduta legitimadas nas sociedades damos o nome tradição.

A tradição, enquanto conceito/forma se mantém, mas muitos de seus valores/conteúdos, isto é, de suas regras morais se alteram. Como bem sabemos, a tradição carrega consigo valores inestimáveis, mas, no avançar das gerações, alguns de seus valores são contestados, seja porque estão ultrapassados, seja porque novos paradigmas e relações

sociais exigem novas formas mais aprimoradas e sofisticadas de moralidade.

Chegamos, então, a um ponto importantíssimo. Diante de uma sociedade em rápida e constante mudança como a do mundo contemporâneo, ninguém está isento da necessidade de reflexão sobre quais decisões tomar, a fim de garantir a manutenção e a ampliação do bem-estar pessoal e familiar, individual e coletivo. Diante de novos problemas e dilemas morais, como saber o que fazer? Como saber se a decisão a tomar é boa ou ruim? O que é o certo ou errado?

É nesse cenário que surge a Ética. A Ética é muito frequentemente tomada como sinônimo de moral, mas de modo sintético e filosoficamente dizendo, deve ser entendida como a Ciência que estuda a moral. A Ética é a disciplina que possibilita nortear o caminho do homem diante dos dilemas morais, é ela que ilumina as sendas das searas ainda obscuras, proporcionando ao homem uma segurança em sua caminhada rumo ao campo do desconhecido.

Para Sócrates, uma vida irrefletida não vale a pena ser vivida. Ao dizer isso, ele quer chamar nossa atenção, dentre outras coisas, para o fato de que muitos agem motivados por instintos e sentimentos, mas que o homem, diante das decisões que toma, deve eleger, para guiar o seu agir diante do mundo, a razão.

Desse modo, a sociedade em suas diversas formas (religião, família, amizades, etc.), apresenta moralidades, e é através da Ética que nos tornamos capazes de

fazer uma avaliação adequada e segura sobre as escolhas que tomaremos para nortear nossas vidas ante os problemas e dilemas morais.

É aqui que surge a escola, com uma missão importantíssima: a de criar o ambiente propício para a preparação, cultivo e desenvolvimento da reflexão ética junto aos seus alunos. A sociedade põe o desafio, a escola dá a ferramenta. Os pais dão as asas, a escola orienta sobre como se deve voar. Os pais fornecem a educação, a escola instrui.

A escola, ao mesmo tempo em que oferece os elementos fundamentais e necessários para a reflexão ética, isto é, o estudo da moralidade, tem também o papel de garantir o espaço para a prática moral através de vivências reais nas relações sociais, preparando os jovens de hoje para os desafios do amanhã. É no ambiente plural e, por vezes contingente da escola, que a Ética estudada encontra sua aplicação prática, fornecendo aos jovens uma experiência completa, proporcionada de um lado, pela teoria e do outro, pela prática.

Hilton AlvesProfessor de Filosofia

a étiCa na esCola

MELHOR FORMAÇÃO

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MELHOR FORMAÇÃOMELHOR FORMAÇÃO

Aulas de música buscam a valorização do contato da criança com a arte.

MusiCaliZação na inFÂnCia ganHa DestaQue no Colégio

“A música conquista cada vez mais

importância nas séries iniciais, pois

representa uma preciosa ferramenta

para facilitar o aprendizado.”

Para propiciar um espaço importante de disseminação da cultura e valorizar a diversidade da música, antes de preparar cada aula, trabalham-se variadas referências, na música brasileira, cânones musicais universais, na música erudita, étnica e no período barroco. Afinal, o Brasil é um país plural e a música reforça as diferenças regionais e, ao mesmo tempo, impõe maior senso de respeito à diversidade.

Um dos projetos desenvolvidos em todos os anos nos quais a disciplina Música é ministrada é a Orquestra Orff, baseada em metodologia homônima. Esse projeto possibilita a construção de uma gramática da linguagem musical por meio de brincadeiras, jogos, história e canto. O lúdico está presente em praticamente todas as atividades, muitas delas extraídas da cultura popular. Dessa maneira, é possível evidenciar a música como algo acessível a todos, o que combate a ideia restrita a privilegiados indivíduos naturalmente talentosos.

A música conquista cada vez mais importância nos anos iniciais, pois representa uma preciosa ferramenta para facilitar o aprendizado. As crianças sentem-se mais motivadas ao escutar uma canção. Outro aspecto relevante é que diferentes estudos apontam que a música, ao estimular diferentes áreas do cérebro, propicia o desenvolvimento intelectual do ser humano.

Acredito sermos responsáveis por criar tradições e eu, enquanto vanguardista, considero extremamente relevante estar aberto a inovações tecnológicas responsáveis por provocar diferentes reações no público infantil. Dessa maneira, novos tipos de inteligência são potencializados, o que garante uma contribuição imensurável para a formação e futuros desafios enfrentados por nossas crianças e adolescentes.

A Música faz parte do currículo do Colégio Magnum Buritis há muitos anos. Por meio de uma metodologia eficaz e adequada aos novos tempos, o Colégio propicia às crianças o contato com a música, para que conheçam os elementos práticos e teóricos da linguagem musical, entendendo-a como meio de expressão e de interação com os outros.

Célio guígaProfessor de Música

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MELHOR FORMAÇÃOMELHOR FORMAÇÃO

Tony Charles LabancaDoutorando em Educação. Suas pesquisas acadêmicas objetivam compreender a relação entre o cinema e a educação.

MAgnuM AprEsEntA o #cInEMAgnuM, projEto dE cInEMA coMEntAdo

Para que os professores não transitem nessa envergadura conceitual, comprometendo as potencialidades do cinema, é preciso tomá-lo como arte e admitir seu papel na formação de sujeitos conscientes, críticos, participativos: cidadãos que compreendem a realidade em que vivem. Tratar o cinema como arte é possibilitar que o jovem possa intervir na realidade através do espectro de uma película, olhando para o cinema como ele olha para o mundo que ele quer, ou como ele olha para si mesmo, tornando essa experiência uma forma de transformação social. Para isso, é necessário olhar o cinema como um catalisador da realidade e aceitar as metáforas que o atravessam como um simulacro do que a própria existência humana recondiciona e “reprograma”, a fim de questionar a própria existência - num movimento de alterego.

E para que o cinema tenha a sustentação necessária de sua grandeza, faz-se importante que sua crença seja partilhada por todos os envolvidos. É preciso acreditar nas suas potencialidades, nas suas dimensões e alcances de forma interdisciplinar, buscando-o como uma possibilidade a mais de afetação e construção coletiva e invertida de conhecimento; tirando, assim, o professor do seu lugar de informação única e primária.

Ao longo da minha carreira como professor, procurei trazer o cinema para a sala de aula, de forma que sua sistematização amalgamada ao conteúdo programado para qualquer série, parta ou se estabeleça no lugar daquele (ou daquilo) que desequilibra e reequilibra o sujeito aluno, afetando-o e empoderando-o para sua pró-atividade cidadã, sem necessariamente impor um moralismo ou ensinamento dogmático. O cinema em sala de aula vai além da

catequização acrítica ou cristalizada em manuais propedêuticos. O cinema proporciona - com firmeza e suavidade - uma possibilidade de real e de virtual da realidade, numa manifestação estética criada a partir de ideias coletivas sensoriais, emotivas, refinadas e balizadas, na interação em grupo. Afinal, ninguém faz cinema sozinho.

O CINEMA EM SALA DE AULA

#CineMAGNUM

Quando o cinema chegou ao Brasil, ganhou notoriedade graças à forma como foi tratado. Sua importância, enquanto meio de propagação e construção de ideias, fez com que todos o olhassem, ora como um instrumento de clivagem ideológica, ora como instrumento de unificação de um país.

Na década de 1920, por exemplo, Fernando de Azevedo era o principal defensor do cinema como instrumento educativo. O autor das reformas educacionais de 1928 considerava que “o cinema, assim como o rádio, eram novos meios que serviam à educação popular, pelo seu extraordinário poder de sugestão” (Catelli, 2004).

Na década seguinte, porém, o cinema dividiu os teóricos brasileiros. Se por um lado, acreditavam que seu papel estava intimamente ligado a um propósito de integração nacional, destacando uma eugenia e uma urbanização como símbolos de uma sociedade moderna e evoluída, por outro - como defendia o antropólogo Edgar Roquette-Pinto (1884-1954) - o cinema deveria destacar o Brasil como ele era de fato, de forma que as pessoas se reconhecessem através dele, trazendo em si uma ideia de pertencimento e de constituição.

Na contemporaneidade, depois de um grande hiato entre o cinema e a escola, a educação passou a olhar o

cinema de outra forma. Se por um lado ainda há professores que utilizam filmes como formas de ilustrar suas aulas, há outros que o utilizam aproveitando toda a sua riqueza comunicativa e sua completude artística como instrumento pedagógico. Se por um lado ainda há escolas que utilizam o cinema - em pleno século XXI - como forma de preencher os vazios provocados pelo sistema, como uma opção pela ausência de um professor, por exemplo, há outras que reconhecem a sua importância na formação de alunos midiáticos, compreendendo sua significância - não experimental - na formação de cidadãos mais conscientes de si e do outro.

O Magnum, atento à importância do cinema como instrumento de transformação social e formação, busca proporcionar a seus alunos uma reflexão sobre a diversidade da civilização brasileira em seus diferentes aspectos, por meio da exibição e discussão de filmes nacionais que evidenciam a formação histórica, social e cultural. Assim, foi criado o projeto #CineMagnum. As sessões comentadas acontecem durante as terças-feiras, das 17h às 18h30, e são mediadas pelo professor de história Diego Ricoy.

A atividade proporciona a todos os envolvidos momentos de observação, estímulo ao senso crítico e conhecimento sobre a produção cinematográfica nacional e internacional. Entre os filmes exibidos ao longo do primeiro semestre estão “Que horas ela volta”; “O auto da compadecida”; “O Palhaço” e “Caramuru: a invenção do Brasil”. Para a segunda metade do ano, estão programados os longa-metragens “Lisbela e o Prisioneiro”; “Central do Brasil” e “Uma onda no ar”. O #CineMagnum é direcionado a alunos do Ensino Fundamental anos finais e Ensino Médio.

MELHOR FORMAÇÃO

20 MAgnuM informa

Foto: Arquivo pessoal

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MELHOR FORMAÇÃOMELHOR FORMAÇÃO

projeto sobre Educação Financeira é desenvolvido com os alunos do 5º Ano do Ensino Fundamental.

A quantidade de brasileiros inadimplentes alcançou sessenta milhões em 2016, de acordo com o Serasa Experian. O número representa 41% da população com idade superior a dezoito anos e é o índice mais elevado desde que a instituição iniciou a medição, em 2012. Muitos atribuem o atraso à atual crise financeira enfrentada pelo País, responsável por eliminar postos de trabalho e alavancar a inflação. Portanto, economizar mensalmente parte dos rendimentos torna-se ainda mais difícil em períodos críticos como este.

No Magnum Buritis, os alunos conhecem a história do dinheiro, as formas de pagamento, a importância da poupança e do planejamento no 5º Ano do Ensino Fundamental, quando é desenvolvido um projeto relacionado à Educação Financeira. O projeto se inicia com a leitura do livro “Meu cofrinho, meu futuro” e, a partir daí, são realizados debates em sala e outras atividades feitas em casa, com a participação da família, como por exemplo, a utilização de um cofrinho, com o qual os alunos são incentivados a economizar e guardar parte da sua mesada.

Enquanto para muitos adultos é difícil resistir às tentações expostas nas vitrines, crianças aplicam os

conceitos aprendidos em sala de aula e já conseguem evitar pequenas compras por impulso. O estudante Pedro Lucas Tôrres Andrade Pinto, do 5º Ano 1, conta que ele e a maioria dos colegas de turma se esforçam para não gastar todo o montante que recebem dos pais de uma única vez. “Durante o projeto, discutimos sobre como saber poupar a partir de agora o que será importante para nosso futuro”, diz.

Ele diz que começou a receber mesada no início deste ano, mas, normalmente, gasta somente metade durante o mês. O restante ele guarda com o objetivo de ajudar a mãe a comprar um notebook. “Como eu comecei a receber mesada há pouco tempo, ainda não consegui juntar muito. Mas, no Colégio, ouvi relatos de colegas que já conseguiram comprar excelentes coisas administrando bem o dinheiro”, afirma.

Bianca Oliveira, também do 5º Ano 1, já compreende que, para adquirir qualquer coisa, controlar os gastos é fundamental. Ela, que já está habituada a economizar, revela ter conseguido comprar um presente para a mãe durante uma viagem, com as próprias reservas.

eM Meio À Crise, Crianças aPrenDeM a iMPortÂnCia De eConoMiZar

Pais reconhecem a imPortância do tema

Para a mãe de Bianca Oliveira, Adriana Oliveira, a educação financeira deve mesmo ter início na infância. Ela e a filha costumam fazer compras juntas e nota, durante esses passeios, o quanto a menina valoriza o dinheiro. “Ela repara no valor de tudo, sabe até o que ficou mais caro. Tem consciência da atual situação vivenciada pelo Brasil e interage com a família quando esse assunto aparece”, declara.

Sheyla Ferreira, mãe de Luca Corrêa, do 5º Ano 1, identificou mudanças no comportamento do filho. “Ele traz ideias para a família gastar menos ao ir às compras e está na fase inicial de analisar se o que quer comprar realmente vale o quanto custa”, avalia. Na visão dela, o assunto precisa ser abordado na escola, mas deve ser sustentado ao longo de toda a vida por meio da ajuda e exemplo dos pais.

MELHOR FORMAÇÃO

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Após anos imersos em uma atribulada rotina, os atletas formados na escola hoje inspiram outros talentos ao redor do brasil.

A vida de Luciana Maria Dionizio, quando ainda frequentava o Ensino Médio do Magnum Buritis, não era fácil. Disciplinada, ela não gostava de se atrasar. Por isso, acordava por volta das 4h30min., antes de o sol nascer, para percorrer os mais de 30 quilômetros que separam sua residência do colégio. “Como morava longe, meu pai me deixava na estação para eu pegar o primeiro ônibus. No meio do caminho, descia para esperar a segunda condução”, relata.

Ao longo do dia, ela assistia às aulas regulares com os demais estudantes. Entretanto, quando o sinal batia indicando o fim do último horário, ela se preparava para enfrentar uma maratona de treinos de futsal. “Por muito tempo joguei no Magnum Buritis e em um outro time da minha região.

Chegava em casa bem tarde e acordava de madrugada para começar outra vez”, recorda.

Hoje, aos 28 anos, ela se sente realizada e destaca a importância que o Magnum Buritis teve em sua trajetória. “O Colégio foi fundamental para a minha formação e carreira de atleta. Durante o tempo em que estudei no Colégio, fui incentivada por treinadores, funcionários e professores. Eles sempre diziam que eu ainda daria muito orgulho para todos”, lembra, emocionada.

Quem enfrentou ritual semelhante foi Wesley Freitas, destaque do handebol nacional. Ele foi aluno da instituição nas duas primeiras séries do Ensino Médio e só não se formou no Magnum porque recebeu uma proposta para atuar em um time de São Bernardo

do Campo, município do interior de São Paulo. Como atleta, teve a chance de visitar aproximadamente vinte países em diferentes continentes para disputar torneios.

Assim como Luciana Dionizio, Wesley Freitas também defendeu a seleção brasileira. Entre os títulos conquistados, ele se orgulha do campeonato sul-americano de 2014 e de dois vice-campeonatos do pan-americano de seleções. Além de ser um consagrado jogador, também se orgulha de ter concluído a graduação em Educação Física. “Se não fosse pelo Magnum, minha vida poderia ter sido diferente. O colégio me permitiu participar de torneios com maior visibilidade, que me trouxeram oportunidades melhores”, reconhece.

eX-alunos são DestaQue no CenÁrio esPortiVo naCional

alunos criam equiPe de vôlei O crescente interesse dos alunos pelo vôlei motivou o surgimento da equipe masculina do esporte,

categoria sub 17, no Magnum Buritis. O time foi fundado no final de 2015. Até então, a escola contava somente com um grupo feminino. O primeiro campeonato da recém-criada equipe foi disputado em abril e os integrantes já se sentem preparados para os próximos desafios, que certamente surgirão.

Flávia Rebello, ex-aluna, decidiu trocar, pelo menos por enquanto, as quadras do futsal pelos canteiros de obra. Um dos principais talentos do Magnum nessa modalidade, ela agora estuda Engenharia Civil, mas continua praticando o esporte nos dias de folga e disputa competições amadoras. O seu currículo de esportista contempla passagens por clubes como América e Atlético.

Na visão dela, a ideia do Magnum de buscar e acolher jogadores promissores deveria ser adotada pelas demais instituições de ensino privadas. “Assim, o atleta tem o suporte necessário para desenvolver aquele dom. Muitas vezes, ele não encontra o apoio do qual precisa em casa, com a família. Eu me senti muito acolhida nos três anos em que estudei no Magnum, isso é inquestionável”, salienta.

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MagnuM Buritis, uMa instituição Que ProMoVe enContros, ForMação e CeleBra os MoMentos MarCantes

A meta do colégio Magnum buritis é oferecer o Melhor Ensino e a Melhor Formação, em um Ambiente Afetivo. tendo em vista essa diretriz, a escola promove anualmente eventos que valorizam datas importantes. Esses momentos de confraternização estreitam os laços entre professores, alunos e funcionários e aproximam as famílias da comunidade escolar.

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os pequenos mamíferos habitam o fragmento de mata situada nas redondezas da escola.

As visitas dos quatis aos prédios residenciais vizinhos ao Magnum e até mesmo à própria escola tornam-se cada vez mais frequentes. Comumente referenciados na imprensa como “invasores em busca de comida”, os animais se tornaram neste ano objeto de estudo dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental anos iniciais, por meio do projeto “Quatis, Ambiente, Clima e Vida”.

A atitude desses mamíferos demonstra como a ação do homem impacta a existência de outros seres. Isso, porque o desmatamento da área dos quatis para a construção de edifícios reduziu as árvores frutíferas

das quais eles costumavam se alimentar. A iniciativa desenvolvida pelo Colégio tem, como principal objetivo, conhecer os hábitos de vida desse animal e entender a presença dele na área urbana.

As etapas incluíram assistir aos vídeos “Passeio animal – Quati” e “Quatis famintos invadem bairros de Belo Horizonte em busca de comida”. “Em seguida, houve um debate em sala a fim de identificar quem seria o verdadeiro invasor desse ambiente”, explica a supervisora do Ensino Fundamental anos iniciais, Carmen Lúcia Ferreira Silva. Além disso, foram levantadas questões a respeito de como

os quatis sobrevivem no ambiente, do que se alimentam e os impactos da presença deles na comunidade. O resultado das pesquisas e discussões foi impresso em formato de livro registrado pelos alunos.

A convivência com os quatis já faz parte do dia a dia de muitas das famílias de alunos do Magnum. Jucilene Mayrinck Aquino, mãe de Isabela Aquino, aluna do 3º ano 1, mora ao lado da mata habitada pelos quatis e foi responsável por fornecer muitas das imagens que ilustram o livro. “Lá não existem árvores frutíferas, então os animais precisam buscar outras formas de se alimentar, essa é a lei da sobrevivência. Eles não viriam para a cidade, se na mata houvesse comida suficiente para eles”, relata ela, que repassa todas as informações para a filha.

Ela observa que, depois que o projeto sobre os animais teve início na escola, Isabela começou a procurar outras informações e curiosidades relacionadas aos quatis.

outrAs sérIEs O terceiro ano do Ensino

Fundamental, anos iniciais, não é a única série envolvida no estudo dos quatis. Os estudantes do segundo ano assistiram a vídeos e pesquisaram curiosidades a respeito da cor, tamanho da cauda e hábitos alimentares da espécie. As informações foram reunidas em um cartaz, impresso e colado em sala. O quinto ano fez um passeio pelas redondezas da escola, com o objetivo de observar os hábitos desses mamíferos.

ProJeto Do MagnuM aMPlia ConHeCiMento

soBre os Quatis

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Jogos Olímpicos 2016

MELHOR FORMAÇÃO

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A competição enfatizou a importância do trabalho em equipe e contribuiu para aumentar o respeito e a cooperação entre colegas.

A execução do Hino Nacional, apresentação de dança, discursos, desfile de equipes e a presença da tocha marcaram a abertura de mais uma edição dos Jogos Olímpicos do Colégio, que ocorreram entre os dias 9 e 15 de julho. O evento, assim como os jogos olímpicos oficiais, acontece a cada quatro anos e envolve os alunos, funcionários e corpo docente.

O coordenador de Educação Física e um dos responsáveis pelo projeto, Jonathan Nunes, ressalta que os atletas praticaram diferentes modalidades, definidas conforme a faixa etária.

Os alunos disputaram vôlei, futsal, handebol, basquete, atletismo, tênis de mesa, totó e um quiz de perguntas e respostas. Ao contrário das Olimpíadas oficiais, nas quais os atletas são premiados por modalidade, no Magnum Buritis vence a equipe que obtiver mais pontos no somatório de

todas as partidas realizadas ao longo do torneio. O objetivo é aproximar os alunos e ampliar a cooperação entre eles.

O fato de todos os estudantes participarem e, consequentemente, interagirem, vai ao encontro da Diretriz do Colégio, que se propõe a oferecer a Melhor Formação dentro de um Ambiente Afetivo. Segundo Jonathan, o esporte faz parte do processo de formação integral do indivíduo. “O esporte contribui para a socialização. Nos jogos olímpicos, eles aprendem a trabalhar em equipe e traçam, juntos, estratégias para competir e alcançar bons resultados”, explica. O espírito olímpico desenvolve, em crianças e adolescentes, habilidades importantes que precisam ser cultivadas ao longo da vida. Entre eles, destaca a importância da disciplina, esforço, empenho, determinação, organização, independência e o saber ganhar e perder.

alunos criam loGomarca Para o evento

A identidade visual dos Jogos Olímpicos do Magnum foi desenvolvida pelos próprios alunos, que participaram de um concurso de logomarcas promovido internamente pela escola. O primeiro lugar ficou com Leonardo Boaventura de Moraes, do 6º ano A, enquanto Isabella Leite de Moraes Barros, do 4º ano 1, ganhou a segunda colocação.

O desenho vencedor mostra o símbolo do Magnum carregado por uma tocha olímpica, que está encaixada em um dos cinco arcos dos anéis olímpicos. O aluno ainda se preocupou em inserir embaixo uma faixa com o ano de realização da competição. A logomarca desenvolvida por Leonardo esteve presente em todo o evento, da camisa às medalhas.

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ForaM DestaQue no MagnuM Buritis

Jogos Olímpicos 2016

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Visitas a instituições, como creches e lar de idosos, fazem parte das atividades desenvolvidas pelo AMA.

O projeto AMA – Ação Magnum Agostiniano, além de levar amor, calor humano e entretenimento a pessoas carentes (muitas delas abandonadas pela família em creches e lar de idosos), faz também doações de produtos básicos de alimentação e higiene. Semanalmente, um grupo de alunos do 6º ao 9º Ano do Ensino Fundamental visita instituições indicadas por um membro da comunidade escolar. A iniciativa é um dos elementos responsáveis pela formação integral dos alunos, ao possibilitar seu contato com diferentes realidades e condições sociais.

Entre as organizações contempladas pelo projeto, ao longo deste ano, estão as creches Caminhando com Jesus e Maria de Lourdes, situadas, respectivamente, na região Noroeste de Belo Horizonte e em Contagem. Além disso, o projeto também prevê visitas a dois lares de idosos: Cristo Rei e São José, ambos localizados na região do Barreiro.

Desde que foi implantado, o projeto gera resultados significativos. No final de 2015, os alunos do AMA aderiram

a outra iniciativa batizada de Lacre do Bem, que consiste na arrecadação de lacres de latinhas de alumínio trocados por cadeiras de rodas. No ano passado, com o objetivo de obter uma cadeira de rodas para o lar de idosos Cristo Rei, eles conseguiram o equivalente a 140 garrafas de dois litros em lacres de latinhas de alumínio. No dia da entrega, eles apresentaram um jogral que encantou a plateia.

Este ano, a campanha escolhida foi de arrecadação de potes para coleta de leite materno para os bancos de leite. Com o nome “Doe esperança, doando vida”, a campanha já é um sucesso.

Um dos alunos mais envolvidos é Eduardo Melo Uchôa Pereira Botelho, do 9º Ano do Ensino Fundamental anos iniciaisI. Para ele, a principal motivação é a alegria estampada no rosto de crianças e idosos ao receberem as doações e as visitas do grupo. “Eles precisam dos mantimentos, itens de higiene e limpeza, mas são muito mais gratos pelo carinho e atenção que damos a eles”, ressalta.

ProJeto aMa alunos VoluntÁrios

DesenVolVeM açÕes soCiais

É com grande satisfação que escrevo este depoimento, como mãe da aluna Bianca do 6º Ano B.

Posso dizer que foi maravilhoso acompanhar a Bianca e seus amigos no projeto salva-vidas. Este projeto tem como finalidade mostrar a toda a população a importância do leite materno.

Tudo partiu dos alunos, desde a criação dos cartazes, elaboração dos panfletos e a ideia de juntos levarem esse projeto até a outras instituições do bairro.

Todos foram recebidos com muito carinho pelos responsáveis das instituições e, depois da palestra dada por eles, receberam palmas e muitos elogios, pois tudo foi feito com capricho e desenvoltura por todos.

Ver o compromentimento dessas crianças foi demais. É nesse momento que vejo como elas estão crescendo e ficando mais responsáveis. É claro que as expectativas foram maiores sobre o número de recipientes arrecadados, mas o importante foi ter participado do projeto e mostrado as outras pessoas que podemos ajudar o próximo.

Sheila Fagundes de Resende

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As atividades visam a desenvolver o gosto pela leitura, além de suscitar o imaginário e a criatividade.

Segundo o estudo realizado pelo Ibope sob encomenda do Instituto Pró-Livro, a quantidade de leitores no País cresceu 6% no intervalo entre 2011 e 2015.

Projetos realizados dentro das instituições de ensino podem ajudar a explicar o resultado positivo. O Magnum, por exemplo, começa a formar leitores no final da Educação Infantil, quando também se inicia a alfabetização. Desde o Maternal, nossos alunos leem um livro por semana, além de, diariamente, serem incentivados a retirar mais livros espontaneamente na biblioteca do Colégio. A partir do 6º Ano do Ensino Fundamental, os alunos fazem a leitura de três livros a cada etapa, além dos livros paradidáticos de outras disciplinas, somando anualmente nove livros, todos eles trabalhados em sala de aula, com proposta de atividade específica desenvolvida pelo professor e também recebem incentivos para leitura espontânea.

O projeto Literatura do Colégio Magnum Buritis pretende desenvolver e estimular o gosto pela leitura, suscitar o imaginário e a criatividade por meio de atividades como contação de histórias e dramatização. Ele contempla, ainda,

algumas produções como confecção de livros e cenários contextualizados dentro da proposta literária de cada segmento.

De acordo com a supervisora da Educação Infantil, Patrícia Bevilaqua, a leitura permite que a criança vislumbre um novo mundo de ideias, podendo assim, ampliar seus conhecimentos e construir valores.

“Ler está para além das letras, é a possibilidade da educação de olhar o planeta: todos aqueles que nele habitam adquirem novas formas, novas cores e novas possibilidades de fazer com que o nosso viver seja melhor.”, ressalta Patrícia.

Uma das alunas mais engajadas é Cléo Edígero Gati, da turma 2 do 1º Ano do ensino Fundamental. Ela conta que vai à biblioteca da escola toda semana e lê, em média, 30 livros mensalmente. Entre seus favoritos estão clássicos como O Pequeno Príncipe e Branca de Neve. A estudante demonstra ser seletiva no momento de eleger as obras. “Eu e minhas amigas vamos à biblioteca e eu demoro até uma hora para escolher. Minhas amigas me ajudam e, muitas vezes, nós até lemos juntas para ficar mais legal”, relata a jovem leitora voraz.

MagnuM DesenVolVe ProJeto De estÍMulo À leitura

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Iniciativas desenvolvidas pelo Magnum no início da vida escolar privilegiam o reconhecimento do outro e propiciam o estabelecimento de laços de amizade.

A Diretriz Pedagógica do Magnum é oferecer o Melhor Ensino e a Melhor Formação em um Ambiente Afetivo. Por isso, projetos que visam ao estabelecimento de vínculos profundos, reconhecimento do outro e desenvolvimento da gentileza e generosidade começam na Educação Infantil. No Maternal, é desenvolvido o projeto que enfatiza e favorece a socialização das crianças, Meu mundo com os Outros e, no 2º Período, é a vez do Eu e o Outro, um Encontro de Amizade.

A supervisora da Educação Infantil, Patrícia Bevilaqua, explica que, quando chegam à escola, no Maternal, as crianças tendem a ser bastante egocêntricas. “Portanto, um dos papéis da escola é estimular o aluno a reconhecer sua existência e a do outro, promovendo a interação social”, explica. A obra O que Eu Amo nos Meus Amigos, escrita por Trace Moroney foi escolhida pelas professoras para nortear o projeto, por abordar valores como a cooperação, percepção e compartilhamento com o outro, presentes em praticamente todas as atividades realizadas com as crianças.

A iniciativa realizada com o 2º Período tem o objetivo principal de transmitir valores como respeito, honestidade, solidariedade e justiça. Os exercícios incluem leitura de histórias em conjunto, músicas relacionadas aos temas, dramatização e compartilhamento de experiências pessoais. O principal objetivo é despertar a consciência para a valorização dos princípios éticos fundamentais, favorecendo, assim, a construção de uma sociedade mais harmoniosa.

Patrícia Bevilaqua ressalta que a implantação foi motivada pela preocupação em formar pessoas que possam transformar a sociedade. “Vivemos num mundo em que o homem está cada vez mais individualista, envolvido na correria do dia a dia e sem tempo para refletir sobre sua vida e as relações que a envolvem. Hoje as pessoas se mostram cada vez mais individualistas e egocêntricas nas suas relações interpessoais. O modelo de cooperação e solidariedade humana precisa ser compartilhado. A criança aprende aquilo que ouve, que vê e, principalmente, o que vivencia. Acreditamos que, educando nossas crianças com valores éticos e morais, no futuro, teremos certamente uma sociedade mais humanizada,” diz Patrícia.

ProJetos FaVoreCeM o DesenVolViMento Das HaBiliDaDes soCioeMoCionais na eDuCação inFantil

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O Magnum, todos os anos, define um tema que é trabalhado por meio de projetos e atividades desenvolvidos por todos os alunos. Em meio a uma sociedade contaminada pelo individualismo e egocentrismo, a escola decidiu enfatizar a importância da generosidade e do amor ao próximo no Tema Transversal 2016: “Somente um coração generoso é capaz de amar o próximo sem medida”.

Segundo a coordenadora de Formação Humana e Cristã, Rosane Guglielmoni, o tema propõe a toda a comunidade escolar uma reflexão acerca do desapego de bens materiais,

vaidade e tudo o que alimenta o ego e nos distancia do que deveria ser a essência da vida. “Ao longo da história da humanidade, homens e mulheres generosos deixaram suas marcas em cada canto do planeta. Essas pessoas escolheram o caminho da generosidade para construírem e formarem uma sociedade mais fraterna”, afirma.

Em uma das etapas, os estudantes pesquisaram profundamente a vida de personalidades cujas atitudes foram marcadas pela generosidade. Por meio de votação, os alunos escolheram onze personalidades para serem trabalhadas: Bill Gates, Chico Mendes,

Chico Xavier, Dalai Lama, Madre Tereza de Calcutá, MalalaYousafzai, Martin Luther King, Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, Nicholas Winton e Papa Francisco.

Rosane acredita que a solidariedade seja capaz de despertar e motivar atos genuinamente generosos. “A pessoa generosa ultrapassa seus interesses, rompe com barreiras do preconceito, não age por questões pessoais. Ela, muitas vezes, abre mão daquilo que tem e até do que não tem. Nesses casos, os direitos humanos deixam de ser uma bandeira e se tornam uma crença, um estilo de vida”, conclui a coordenadora.

os alunos do colégio interagem com o tema por meio de atividades promovidas ao longo do ano.

teMa transVersal ressalta a iMPortÂnCia Da generosiDaDe

e Do aMor ao PrÓXiMo

Alunos do 5º Ano durante momento cívico

Alunos do 1º Ano, durante momento cívico

“Em meio a uma sociedade contaminada pelo individualismo e egocentrismo, a escola decidiu enfatizar a importância da generosidade e do amor ao próximo no Tema Transversal 2016.”

“Ao longo da história da humanidade, homens e mulheres generosos deixaram suas marcas em cada canto do planeta. Essas pessoas escolheram o caminho da generosidade para construírem e formarem uma sociedade mais fraterna.”

“A pessoa generosa ultrapassa seus interesses, rompe com barreiras do preconceito, não age por questões pessoais. Ela, muitas vezes, abre mão daquilo que tem e até do que não tem. Nesses casos, os direitos humanos deixam de ser uma bandeira e se tornam uma crença, um estilo de vida.”

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A iniciativa acontece no 2º Ano do Ensino Fundamental e envolve toda a comunidade escolar.

Um dos projetos desenvolvidos durante o ano junto aos alunos do segundo ano do Ensino Fundamental foi batizado de Valores, virtudes e sentimentos. A ideia está relacionada ao tema transversal definido para este ano – “Somente um coração generoso é capaz de amar o próximo sem medida” e conta com a participação da equipe de professores, alunos e familiares.

Conforme a supervisora do Ensino Fundamental anos iniciais, Carmen Lúcia Ferreira, a transmissão de valores é uma das principais preocupações das famílias quando

o assunto é a educação dos filhos. “Muitos têm dúvidas a respeito de quais valores devem ser passados e como a escola pode ajudar. No entanto, todos concordam que sem eles não é possível formar cidadãos éticos que sejam capazes de viver em sociedade.”

O ponto de partida das atividades é a leitura do livro A lata de sentimentos, da autora Mônica Guttmann. A obra mostrar como é possível identificar e repensar sentimentos negativos. Por outro lado, incentiva a aceitação e valorização das qualidades de cada

pessoa. O projeto utiliza ainda outros recursos como jogos, vídeos, relatos, teatro e registros gráficos.

Ao término das atividades, a criança e seus familiares escolhem um valor cultivado e constantemente colocado em prática. Ele será representado por meio de colagem, bordado, pintura ou qualquer outro recurso artístico em um retalho de tecido, trazido posteriormente para a escola. Os retalhos de todas as famílias são reunidos, formando uma colcha de retalhos que ressalta a importância dos mais preciosos valores e sentimentos.

Crianças aPrenDeM a iMPortÂnCia Das VirtuDes e Valores

A escolha de uma carreira profissional não é tarefa fácil, principalmente quando ainda se é muito jovem. Entretanto, a maioria dos adolescentes é obrigada a tomar essa decisão ao final do Ensino Médio, antes mesmo de atingirem a maior idade. Com o intuito de fornecer mais informações sobre diferentes profissões, o Magnum Buritis, além de ter em seu currículo do Ensino Médio aulas de Orientação Profissional, desenvolve também o Projeto de Orientação Profissional – POP.

Ao longo de 2016, serão realizadas três mesas redondas focadas nas principais áreas do conhecimento: biomédicas, exatas e humanas. Elas serão formadas por ex-alunos,

familiares e professores de várias instituições de ensino superior da capital mineira. A proposta é que eles apresentem aos estudantes a realidade vivenciada pelos profissionais diante do cenário atual do mercado de trabalho, incluindo as vantagens e desvantagens de inúmeras carreiras.

A supervisora do Ensino Médio, Jacqueline Fonseca, relata que os alunos chegam até a 2a Série do Ensino Médio com muitas dúvidas e sem uma noção clara do mercado de trabalho. Por isso, neste ano, o projeto foi remodelado para atender aos principais anseios dessa faixa etária.“ Na 1ª Série, o ano ainda é uma adaptação ao Ensino Médio, enquanto, na 3ª Série, há

um foco mais bem definido. Assim, constatamos que as incertezas afligem mais aqueles que estão no meio do caminho”, conclui.

A primeira mesa redonda aconteceu no fim de junho e abordou as diferentes opções de carreira dentro da área de ciências humanas e gerenciais. Uma das participantes, a aluna Luana Pelliezzer, afirmou que o evento fez com que ela abrisse a mente e passasse a considerar outras possibilidades para o futuro. “ Antes, eu tinha somente uma graduação em mente, em Jornalismo. Agora, percebo que posso cursar outras faculdades, sem deixar de fazer o que realmente gosto”, relatou a estudante.

Alunos da 2ª série do Ensino Médio participaram de mesas redondas.

MagnuM Buritis Presta orientação ProFissional

Primeira mesa redonda focada na área de humanas.

Gabriela Miari e sua mãe Andréia, durante realização do projeto “Valores, virtudes e sentimentos”.

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AMBIENTE AFETIVOAMBIENTE AFETIVO

Iniciativa inédita no colégio Magnum buritis promove a troca de conhecimento e aproxima a realidade escolar dos alunos das famílias.

O Ensino Médio significa, para muitos estudantes, um desafio que pode gerar ansiedade e incerteza. Além de decidirem que carreira pretendem seguir no futuro, eles também se preparam para enfrentar uma maratona de provas, sendo o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) a principal delas. Pensando nesse momento importante da vida do aluno, o Magnum Buritis realizou em abril, o primeiro ENEM Família. O projeto trouxe a família para dentro do espaço escolar para fazer prova e, junto com os alunos, possibilitou que eles vivenciassem a nova realidade escolar, reforçando assim, a cumplicidade e a parceria entre eles.

A equipe pedagógica da escola selecionou 24 questões, seis de cada uma das quatro áreas testadas pelo ENEM. (Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagens e Códigos e Matemática) para montagem da prova. Diferente de um simulado comum, no ENEM Família candidatos e familiares tiveram um prazo de duas horas e meia para responder às perguntas em conjunto.

Os participantes aprovaram a ideia e já torcem pela realização da segunda edição. “Eu me interessei logo que fiquei sabendo. A oportunidade é preciosa para os pais se aproximarem do filho e entenderem o momento pelo qual ele está passando”, afirma Luciana Alves Faria, mãe de Carolina Faria. Ela ainda observa que as duas dialogaram bastante durante a prova, o que propiciou um aprendizado mútuo.

Para Marcela Pinheiro Rocha, mãe de Luiza Pessoa, o ENEM Família proporcionou a chance de compreender melhor como as provas

são elaboradas e qual o nível de cobrança exigido. “Eu nunca tinha feito nada parecido com o ENEM, pois quando prestei vestibular era completamente diferente”, diz. Ela também percebeu que a filha se sentiu ainda mais segura e acolhida pela família após o evento.

Luiza Pessoa, que vai disputar uma vaga no concorrido curso de Medicina

no final de 2016, concorda com a mãe e elogia o projeto. “O ENEM Família permitiu aos nossos pais, irmãos e outros familiares compreender melhor o que estamos vivenciando neste momento. Além disso, foi também um momento de descontração, o que é muito necessário para quem passa o dia todo estudando com foco no ENEM e outros vestibulares”, avalia a estudante.

FaMÍlia FaZ eneM na esCola!

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AMBIENTE AFETIVO

Maria da piedade chegou ao colégio em 2002 e, a cada dia, dedica-se mais ao trabalho.

O carinho pelos alunos e a afetividade presente nos corredores do Magnum Buritis motivam Maria da Piedade Silva, auxiliar de Serviços Gerais, a acordar cedo todos os dias para trabalhar. Para os demais funcionários, professores e alunos, ela é uma das colaboradoras mais importantes da escola. Isso porque, mesmo após quatorze anos na instituição, ela não perde o pique e afirma estar cada vez mais satisfeita com o trabalho realizado.

Ela revela que o segredo para chegar diariamente com um sorriso estampado no rosto é cultivar o amor pela profissão e por todos com quem convive. Embora hoje percorra os andares do Colégio para desempenhar diferentes tarefas, ela já atuou diretamente na cantina e no Magnum Escola Integral (MEI). Assim, conquistou amigos em vários

setores e se tornou popular entre os alunos.

Para Piedade, como é mais conhecida, acompanhar o crescimento e fazer parte da história de cada estudante é uma das sensações mais gratificantes. Ela, no entanto, se entristece ao se despedir dos alunos que se formam e precisam deixar o Magnum. “O tempo passa muito rápido. Quando me dou conta, percebo que aquela criança que carreguei no colo já se tornou um adulto pronto para ir para a faculdade”, relata, emocionada.

Em contrapartida, a alegria dela é sempre renovada no início de cada ano letivo, época em que chegam os alunos novatos. Todos eles são recebidos de braços abertos por ela. “Eu fico muito feliz quando as crianças novas chegam, sempre muito afetuosas. Aqui no Magnum eu recebo

carinho não apenas dos alunos, mas também dos pais, professores e dos outros funcionários”, relata ela.

Antes de chegar ao Colégio, ela trabalhou em outras empresas, dentre elas em uma escola da rede pública, onde também teve contato com crianças. “Sempre fui bastante calma e dedicada, o que é necessário para o desempenho das minhas atividades no dia a dia ”, avalia.

Piedade ressalta que ainda vislumbra uma longa carreira profissional, pois acredita que o seu trabalho proporciona sempre novos aprendizados. “O que eu mais sinto pelo o que eu faço é amor. Então, sei que ainda tenho disposição para trabalhar muito mais e ajudar os alunos e a escola. Afinal, somos honrados por aquilo que fazemos e transmitimos”, conclui a colaboradora, uma verdadeira ‘Prata da Casa’.

Prata Da CasaColaBoraDora Do MagnuM Buritis sente-se MotiVaDa Pelo aMor

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AMBIENTE AFETIVOAMBIENTE AFETIVO

no MEI - Magnum Escola Integral – pais e filhos aproveitam o horário de almoço para interagirem.

A maioria dos adultos enfrenta hoje uma rotina atribulada, porque precisam conciliar a vida profissional – que comumente exige jornadas superiores a oito horas de trabalho – com a educação dos filhos. Por isso, muitos optam pela escola integral, pois ela permite às crianças passar a maior parte do dia desempenhando diferentes atividades pedagógicas, lúdicas e de socialização.

A fim de evitar que as múltiplas tarefas do dia a dia afastem as famílias, o Magnum Escola Integral (MEI) permite visitas durante o período do almoço. Assim, as famílias podem fazer a refeição juntos. A ideia conta com uma forte adesão dos pais, que enxergam nesse momento uma preciosa oportunidade de ouvir relatos de experiências vividas durante o horário escolar.

A mãe de Sofia Sancho, Tatiane Sancho, passa a maior parte do tempo no local onde trabalha. A filha dela, hoje aos seis anos, entrou no MEI quando tinha apenas três. Para conhecer os colegas, professores e acompanhar mais de perto as conquistas e dificuldades de Sofia, ela almoça na escola, no mínimo, uma vez a cada mês. “Esse é um momento de participar, de ter contato com a rotina dela. Eu percebo que ela se sente muito prestigiada”, declara.

Hábito semelhante é praticado por Danielle Prado Gondim, mãe de Manuela Gondim Soldate. Ela conta que a filha começou a frequentar o MEI há dois anos e que elas sempre tiveram o costume de se encontrarem no meio do dia para almoçar. “Para mim, esse hábito faz toda a diferença, pois sinto muita falta de estar mais próxima da Manuela. Com o almoço consigo estar mais presente e

matar as saudades”, declara.

As mães, contudo, não são as únicas a aproveitar a pausa do almoço no Magnum. Um dos pais mais assíduos é Marcelo Jeronymo. O MEI faz parte da rotina do seu filho, João Marcelo Biscoto Jeronymo, há quatro anos. “Minha esposa também é muito presente, mas eu aproveito a flexibilidade do meu horário para estar na hora do almoço com o João Marcelo”, ressalta.

Para ele, a escola integral proporciona ao filho mais tempo ao lado de outras crianças da mesma idade. Por outro lado, entretanto, ele fica mais distante dos familiares. O esforço do pai em estar presente no horário do almoço é recompensador. “O João transborda de felicidade quando me vê, o que torna esses momentos ainda mais prazerosos”, acrescenta.

esCola integral CoM alMoço eM FaMÍlia

A frase é clássica e sugestiva: O mundo que nós vamos deixar para os nossos filhos depende muito dos filhos que nós deixarmos para este mundo.

Verdade? Sem dúvida; você sabe, eu sei. Desde que o mundo é mundo...

E daí? E eu com isso? E você com isso? Tudo. Talvez sejamos a primeira geração de adultos que esteja criando um fosso na convivência mais contínua com a geração que nos sucede.

Razões? Dia corrido, competitividade, deslocamentos distantes, jornada de trabalho expandida; tudo isso e mais a pressão do sucesso, da disputa, do lugar, da vaga, da Vida.

Com isso, justificamos a nossa ausência, ou, vez ou outra omissão, no cotidiano dos filhos e filhas; quase não há encontro e, quando o há, pela falta de convívio intenso, despontam conflitos concentrados.

Retomo sempre: nas grandes e médias cidades, somos a primeira geração nos séculos mais recentes que, em grande maioria, sai de casa mais tarde do que os filhos! A criança sai às 6h30 no ônibus, na van, em um transporte escolar qualquer, e os pais saem às 7h30, 8h...

Essa criança que se acorda sozinha, que às vezes faz a própria higiene sem que alguém fique ao lado e sem ninguém que confira como ela está vestida, porque ela se troca, se veste e sai. E o café que ela toma nem sempre coincide com o horário dos adultos e ela vai. O único adulto usualmente com quem ela toma contato em casa é a pessoa que trabalha na casa dela, para quem ela dá ordens e com quem ela mantém uma relação de autoridade ou de hierarquia.

Quando ela chega à escola, encontra um outro adulto, educador ou educadora, e esse adulto precisa dar a ela ordens. Isso produz um confronto muito forte em vários momentos. Aliás, algumas dessas crianças hoje estão chegando a um ponto – inclusive entre nós, dentro da educação – de algo que não acontecia antes: crianças de 10 anos, 12 anos,

que durante uma discussão em sala de aula viram para docentes, põem o dedo no nariz da professora, por exemplo, e dizem: “Eu pago o teu salário”. Como se a nossa relação fosse mediada pelo Código do Consumidor. Como se a relação de autoridade docente (não o autoritarismo docente, a ser evitado) fosse mediada por um contrato.

É claro que isso traz distúrbios na relação no cotidiano. Imagine: essa criança que, em grande parte, não tem convívio cotidiano com os pais – esse convívio é muito remoto, quando muito, é controlado de forma eletrônica por telefone ou a relação é um pouco distante – acaba encontrando, na escola, um espaço onde ela tem convivência, mas onde ela tem também algumas regras.

Tão perto, tão longe...

Ainda bem, poderíamos pensar, que ainda há a Escola. Lá se cuida da educação cívica, educação científica, educação sexual, educação artística, educação filosófica, educação ecológica, educação para o trânsito, educação física, educação ética, educação alimentar. E tudo em grandes ajuntamentos de pessoas, em espaço limitado e por algumas horas diárias...

Não dá. A Escola sem parceria

com a Família não consegue eficácia e eficiência; construir sólida base teórica, com formação de cidadania e solidariedade social exige um esforço mais fundo, forte e agregador.

Pais e mães, ou outros responsáveis adultos, quando colocam crianças e jovens nas escolas estão repartindo a tarefa educativa, mas, sempre bom lembrar, descentralizar as ações não implica eximir-se das responsabilidades. Em outras palavras, pode-se transferir poder, jamais responsabilidade.

Por isso, vamos ter de achar tempo para partilhar as práticas educativas e formativas.

Tempo? Lamento, não tenho.

É? Já viu um infartado que não tem tempo, quando sobrevive? Antes de infartar, tempo algum para cuidar-se; agora, todos os dias, às 5h da manhã já sai a caminhar pela esteira ou pelas praças, de modo a postergar o fim.

Quando o importante fica sufocado pelo urgente, o tempo para consertar tal distúrbio é muito maior do que o que se usaria antes de ele existir...

* Fragmento de CORTELLA, Mario Sergio.

Não Se Desespere! (Provocações Filosóficas).

Petrópolis: Vozes, 2014.

MinHas Crianças? e eu CoM isso?*

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Foto: Nana H

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Foto: Roberta Aranha

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Informações compartilhadas, notícias disseminadas, tudo em tempo real.

Não há mais espaço para o toque, o “touch”, o “olho no olho” só na tela dos smarts.

Juntos, separados. Metáfora da vida moderna... multidão de solitários abastecendo-se de si mesmos.

Convidados ao “show motion”, vivemos antagônicos, atônitos, amparados pelas controvérsias da sociedade, mundo moderno, clamor do capitalismo, busca insana pelo poder.

Acalmar o pensamento, respirar, conter o instante, obedecer ao corpo, escutar o coração, serenar o espírito.

O segundo urge, o ontem já foi, o presente não existe... daqui a um minuto é tarde demais.

Para quê? Não se sabe. Temos que ir, o ritmo é frenético... a vida segue.

Vamos atrás do tempo, sem saber qual é. Fingimos viver o agora, esses remotos, efêmeros e fugazes momentos de felicidade.

Imbuídos de vaidade, somos impelidos a possuir... ambição insana do TER.

A compulsão do consumo preenche o vazio da alma, lacuna da falta do afeto, do carinho e do diálogo.

O SER é pretérito imperfeito do humano, paradoxo da VIDA – essa breve e bonita jornada.

Dia a dia somos exauridos de vaidades, assim, nos aproximamos mais e mais daquele EU; sem ética, sem moral. Agora, engolidos pelo poder, tomados por ansiedade e depressão, buscamos explicação para tamanha solidão que acomete a vida... angústia, dor, vazio no peito.

Fugimos da TV, do rádio, da notícia. Não queremos saber. Atônitos somos invadidos pela miséria, pelo roubo e pelo desvio alheio... de caráter, de dinheiro, de índole. O que fazer? Vivenciamos um conflito moral.

Somente por meio da FÉ e do AMOR poderemos dar voz aos excluídos, levar esperança aos desacreditados, ser luz diante do apagão de valores do mundo.

Assim, somos convidados a conectarmos na vida, ouvir a voz que vem de MIM, de TI e do OUTRO.

Ouvir o chamado Daquele que verdadeiramente habita em NÓS.

Aquele que nos criou para sermos UM SÓ. Que nos conduz para o caminho da FELICIDADE e do AMOR.

Esperamos que Ele venha e sopre o seu Espírito. Santo Espírito capaz de devolver a vida aos menos favorecidos, esperança aos necessitados e amor aos desvalidos.

Então, com sabedoria Ele clama a seus filhos: PRECISA-SE DE PESSOAS.

Sim. Pessoas fraternas, pessoas de caráter.

Capazes de AMAR como irmãos, como filhos de um mesmo PAI.

PAI NOSSO, que está presente no CÉU, na TERRA e em NÓS. Um PAI vivo, ressuscitado.

PRECISA-SE DE PESSOAS que saibam – essencialmente – SER, verdadeiramente filhos de DEUS.

Um anúncio? Um chamado? Será que estamos prontos para atendê-lo?

PreCisa-se De Pessoas

Márcia BarrosoAssessora de Marketing e Comunicação

1 – JORNAL MAGNUM INFORMA: Comentários do tipo “a questão do bullying não é tão séria, afinal trata-se de algo que sempre existiu e que faz parte da vida” são comuns. Portanto, quais são as principais diferenças entre o bullying e as típicas brincadeiras feitas entre crianças e adolescentes?

Sérgio Porfírio: Percebo que é muito comum acontecer equívocos, seja por falta de preparo ou de sensibilidade, que levam a duas linhas de pensamento distintas. Enquanto alguns pensam que qualquer brincadeira ou conflito é bullying, outros pensam que o assunto é bobagem, que não passa de brincadeira e modismo. Os dois lados demandam reflexão.

A diferença entre bullying e as brincadeiras típicas feitas entre crianças e jovens está pautada em algumas características peculiares, como a repetição, a intencionalidade e o desequilíbrio entre agressor e vítima, o que nos levar a pensar em uma relação de poder assimétrica e consciente, diferente de simples brincadeiras.

Uma das caracter í s t i cas da população brasileira é a espontaneidade e informalidade na forma de tratamento. Esse fator dificulta o entendimento do bullying em nosso país.

2 – JORNAL MAGNUM INFORMA: Quando o bullying começou a ser tratado com mais seriedade pela sociedade brasileira e, principalmente, pelos educadores do País? Por quê?

Sérgio Porfírio: O assunto é muito recente. As primeiras pesquisas científicas sobre bullying no mundo aconteceram no final da década de 70, ou seja, há menos de 40 anos. No Brasil, os estudos pioneiros são datados de 2000-2003. A partir dos primeiros dados coletados em escolas públicas e privadas, foi detectado um índice altíssimo de ocorrência de bullying, o que propiciou o surgimento de um programa de combate a ele, que visava a diagnosticar, intervir, encaminhar e prevenir o fenômeno. Desde então, o tema vem sendo pesquisado e muito discutido no meio escolar.

3 – JORNAL MAGNUM INFORMA: Como a questão é tratada dentro do Colégio Magnum Buritis?

entreVista soBre BullYing CoM o Diretor De ensino Do Colégio MagnuM Buritis, sÉrGio PorfÍrio

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Sérgio Porfírio: O bullying no Magnum Buritis é tratado com muita transparência e parceria entre os profissionais e as famílias. Qualquer indício é escutado com atenção!

Um colégio que tem como parte de sua Diretriz Pedagógica oferecer a Melhor Formação em um Ambiente Afetivo já sai na frente na prevenção ao bullying! Projetos e aulas que trabalham a socialização, a convivência com o diferente e o senso de responsabilidade social proporcionam aos alunos muitos momentos reflexivos e contribuem efetivamente na prevenção de ações antissociais. Nossos profissionais são preparados para intervenção e encaminhamento, e sempre promovemos reuniões para debater o assunto.

4 – JORNAL MAGNUM INFORMA: Como reconhecer essas atitudes?

Sérgio Porfírio: Os “agressores”, geralmente, escolhem momentos nos quais suas vítimas estão mais desprotegidas. Pesquisas apontam que o fenômeno é mais frequente dentro das salas de aula, quando o

professor está ausente, nos corredores e intervalos. Esse comportamento dificulta qualquer escola identificar alguns casos com mais rapidez. Portanto, a atenção precisa ser redobrada. Professores e funcionários observam o comportamento e estado emocional das crianças e adolescentes. Às vezes, uma apatia ou isolamento, seja em sala ou no recreio, podem sinalizar a ocorrência de bullying.

5 – JORNAL MAGNUM INFORMA: Caso um professor ou funcionário da instituição identifique a prática de bullying, qual o procedimento a ser seguido?

Sérgio Porfírio: Uma vez identificada a possível incidência, é necessário que ela seja informada aos demais professores, funcionários e, principalmente, à direção. Os educadores responsáveis pelos alunos envolvidos iniciam rapidamente uma investigação, a fim de identificar as causas e procuram, sempre, por meio de diálogos formativos, combater o conflito. As famílias são convocadas para o processo, no intuito de montar uma rede corretiva e preventiva.

6 – JORNAL MAGNUM INFORMA: A escola realiza, com frequência, campanhas e outras ações voltadas para combate ao bullying? Se a resposta for positiva, quais foram os principais resultados e objetivos alcançados por meio delas?

Sérgio Porfírio: O nosso combate ao bullying é diário e acontece por meio de ações preventivas. Todos os professores são orientados a desenvolver um olhar sobre os alunos que vai além do pedagógico e comportamental, um “olhar emocional”. Qualquer atitude ou comportamento que chame a atenção é diretamente comunicado às supervisoras, que também fazem as intervenções necessárias. O corpo de funcionários do Colégio também desenvolve esse trabalho com maestria, com destaque para os seguranças, responsáveis por cuidar dos alunos dentro e no entorno do Colégio. Eles sempre se reportam a nós, diretores e supervisores, informando sobre algum comportamento que possa ser caracterizado como bullying.

Além disso, essa discussão permeia os encontros de professores. Neste ano, todos os professores e funcionários participaram de uma formação sobre o bullying. Os pais do 5º ao 9º Ano também foram convidados e participaram de uma reflexão no Colégio sobre o tema.

7 – JORNAL MAGNUM INFORMA: Seria possível traçar um perfil típico daqueles que sofrem bullying e dos que normalmente o cometem?

Sérgio Porfírio: Existe um perfil típico dos que cometem, dos que sofrem e também dos que assistem.

Em relação às vítimas, destacamos timidez, ser destaque acadêmico, classe social diferente da maioria dos colegas, ou alguma diferença física que sobressaia. Já os agressores podem apresentar, dentre outras características, impulsividade, serem exaltados e dominantes, dificuldades para seguir regras, ver a violência como forma positiva, ser discriminadores e intolerantes.

Importante ressaltar que os colegas que testemunham as ações também sofrem e apresentam algumas características típicas como medo de que o mesmo aconteça a eles, não querer ir à escola, naturalizar o sofrimento, a discriminação, a desvalorização de outras pessoas, desconfiar dos adultos por sua intervenção inadequada e sentir culpa por não encontrar a maneira correta de lidar com a situação.

8 – JORNAL MAGNUM INFORMA: Como os pais devem lidar tanto com os filhos que sofrem bullying quanto com aqueles responsáveis por esse tipo de agressão? Qual o papel da escola nessa relação?

Sérgio Porfírio: É necessário que os pais e/ou responsáveis entendam que a prevenção de qualquer forma de violência começa na família. Afinal, é nela que a criança, nos primeiros anos de vida, se referencia para o convívio em sociedade. Geralmente, famílias

que permitem que os filhos sofram ou assistam a atos de qualquer tipo de violência, podem potencializar nas crianças o perfil de promovedores do bullying.

Importante que os pais e/ou responsáveis observem diariamente o comportamento das crianças, conversando e promovendo momentos de convivência capazes de sinalizar qualquer tipo de comportamento inadequado. Caso isso aconteça, a escola precisa ser imediatamente contatada. A escola, por sua vez, precisa firmar uma parceria com os pais das vítimas e dos agressores, formando uma rede de formação e cuidado com as partes.

9 – JORNAL MAGNUM INFORMA: Quais podem ser as principais consequências do bullying para as vítimas?

Sérgio Porfírio: O bullying pode causar sofrimentos diversos, dos mais brandos até a depressão profunda. As principais consequências são queda no rendimento acadêmico; sentimentos de medo, fobia e absenteísmo escolar; pesadelos e insônia; depressão e ansiedade; naturalização do ato de ser agredido e humilhado.

10 – JORNAL MAGNUM INFORMA: Há alguma maneira de impedir que a criança seja vítima de bullying?

Sérgio Porfírio: Sim, tudo depende da educação transmitida pela família e do cuidado nos ambientes comuns! À escola, cabe o papel de trabalhar efetivamente na prevenção e no tratamento dos casos. Uma vez que o colégio é o palco inicial da socialização, é nele que as diferenças se apresentam. Cada família tem uma formação, suas regras e valores e isso é compartilhado diariamente com outras dezenas de famílias, portanto, inevitável que não haja conflitos de valores. Dessa forma, o impedimento de desdobramentos do convívio social dentro de um ambiente de socialização é ilusório.

11 – JORNAL MAGNUM INFORMA: Hoje, além do bullying, há também o cyberbullying, ou seja, atos de agressão praticados através da internet. Como escola e famílias podem impedir que crianças e adolescentes sejam também vítimas do cyberbullying?

Sérgio Porfírio: A não presença física e o anonimato são características desse tipo de comunicação e podem favorecer violência e bullying. As famílias e a escola devem assumir a responsabilidade de adotar as medidas necessárias para reduzir o risco do assédio virtual. A descoberta da internet deve acontecer em conjunto, tanto em casa quanto na escola. Portanto, é importante que pais e educadores reservem momentos para navegarem junto com as crianças. As regras para utilização segura da internet devem ser claras em casa. Discussões relacionadas aos riscos associados a fazer amigos on-line e respeito aos outros devem fazer parte das conversas familiares. Acredito que a autonomia deve ser construída, mas sempre monitorada. Regularmente, é necessário averiguar o que os filhos fazem na internet e, por último, o bom exemplo dos adultos na utilização de qualquer objeto ou tecnologia é a maior estratégia na educação dos filhos.

12 – JORNAL MAGNUM INFORMA: A tendência é que os casos de bullying diminuam dentro das escolas brasileiras, ou ainda há um longo caminho a ser percorrido até que essas ocorrências sejam definitivamente eliminadas?

Sérgio Porfírio: Penso que a maioria das instituições de ensino estejam atentas à questão. Porém, importante refletir que o Brasil apresenta um dos maiores desníveis socioeconômicos, uma variedade de etnias e religiões. Essa riqueza cultural demanda uma formação voltada para a aceitação do outro e de sua diversidade.

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