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© 2016. Secretaria Estadual de Saúde. Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é de responsabilidade da área técnica. Série A. Normas e Manuais Técnicos 1.ª edição – 2016 Elaboração, distribuição e informações: Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde Rua Dona Maria Augusta Nogueira, 519 Bongi - Recife-PE CEP: 50751-530 Telefone: (81) 3184-0341 E-mail: [email protected] Home page: www.saude.pe.gov.br Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016 Edição: Khaled Almahnoud, Yluska Reis Edição executiva: Khaled Almahnoud, Monik Duarte, Gisele Cazarin Edição técnica: Gerentes, coordenadores e técnicos da Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde Revisão: Juliana Martins, Yluska Reis Diagramação: Rafael Azevedo, Khaled Almahnoud, Isabela Maciel Ficha Catalográfica _____________________________________________________________________________________________________ Secretaria Estadual de Saúde. Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde. Diretoria Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde. Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016. 1ª Ed. Recife: Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, 2016. 238p. - (Série A. Normas e Manuais Técnicos) 1.Vigilância em Saúde. 2.Vigilância Epidemiológica. 3. Saúde Pública. I. Título. II. Série

_____________________________________________________________________________________________________

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Governador de Pernambuco Paulo Henrique Saraiva Câmara Vice Governador de Pernambuco Raul Jean Louis Henry Júnior Secretário de Saúde do Estado de Pernambuco José Iran Costa Júnior Chefe de Gabinete Cecília Campos Assessora do Gabinete Mariana Mendonça Secretária Executiva de Coordenação Geral Ana Cláudia Callou Matos Secretária Executiva de Vigilância em Saúde Luciana Caroline Albuquerque Bezerra Secretária Executiva de Atenção à Saúde Cristina Valença Azevedo Mota Secretária Executiva de Regulação em Saúde Andreza Barkokebas Santos de Farias Secretária Executiva de Gestão de Pessoas e Educação em Saúde Ricarda Samara da Silva Bezerra Secretário Executivo de Administração e Finanças José Adelino dos Santos Neto Superintendência de Comunicação Rafael Montenegro Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde Luciana Caroline Albuquerque Bezerra Assessoria de Gabinete Ana Cláudia Simões Cardoso Priscilla de Souza Lima Rafael Azevedo Diretoria Geral de Informações e Ações Estratégicas da Vigilância Epidemiológica Patrícia Ismael de Carvalho Gerência de Informações Estratégicas Romildo Siqueira de Assunção Coordenação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação Amanda Freire Coordenação do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde Auxiliadora Sivini Coordenação de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar Maria do Carmo Rocha Gerência de Monitoramento e Vigilância de Eventos Vitais Cândida Pereira Coordenação do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos Idalacy Barreto Coordenação do Sistema de Informação sobre Mortalidade Bárbara Figueiroa Gerência da Rede de Serviços de Verificação de Óbito Lígia Leite

Diretoria Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde Juliana Martins Gerência de Monitoramento e Avaliação em Saúde Yluska Reis Coordenação de Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde Monik Duarte Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção à Saúde Marcella Abath Coordenação de Mobilização Comunitária e Promoção de Modos de Vida Saudáveis Isabella Paes Coordenação de Vigilância de Acidentes e Violência Sandra Luzia Souza Gerência de Atenção à Saúde do Trabalhador Adriana Guerra Diretoria Geral de Controle de Doenças e Agravos George Santiago Dimech Gerência de Prevenção e Controle da Aids e outras DST François Figueiroa Coordenação de Prevenção de DST Djair Sena Coordenação de Prevenção e Controle da Aids Camila Dantas Coordenação de Prevenção das Hepatites Adriana Cavalcante Coordenação de Vigilância Ambiental de Riscos Ambientais Roselene Hans Santos Gerência de Doenças Transmitidas por Micobactérias Danyella Kessea Travassos Coordenação do Programa de Controle da Tuberculose Cândida Ribeiro Coordenação do Programa de Controle da Hanseníase Raíssa Alencar Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores Bárbara Morgana Coordenação de Prevenção da Leishmaniose, Raiva e Peste Francisco Duarte Coordenação de Vigilância de Chagas, Tracoma e Malária Gênova Azevedo Coordenação de Prevenção da Dengue e Febre Amarela Claudenice Pontes Gerência de Prevenção e Controle dos Agravos Agudos Nara Melo Coordenação de Doenças Imunopreveníveis Ana Antunes Fonseca Diretoria Geral do Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN Ovídio Araripe Diretoria da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária - APEVISA Jaime Brito

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"O conhecimento e a informação são os recursos estratégicos para o desenvolvimento

de qualquer país. Os portadores desses recursos são as pessoas”.

Peter Drucker

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Lista de Siglas

ADA – Associação Americana de Diabetes

Aids – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

APS – Atenção Primária à Saúde

AVC – Acidente Vascular Cerebral

ATT – Acidentes de Transporte Terrestre

BPN – Baixo peso ao nascer

CDC – Centers for Disease Control and Prevention (Centro de Controle e Prevenção de Doenças)

CEPAM – Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Motocicleta

Cerest – Centros de referência em Saúde do Trabalhador

Cievs – Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde

CMG – Coeficiente de Mortalidade Geral

CMI – Coeficiente de Mortalidade Infantil

Compesa – Companhia Pernambucana de Saneamento

CTA – Centro de Testagem e Aconselhamento

DAC – Doenças do Aparelho Circulatório

DAD – Doenças do Aparelho Digestivo

DAE – Doenças e Afecções Especificadas

DANT – Doenças e Agravos Não Transmissíveis

DAR – Doenças do Aparelho Respiratório

Datasus – Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde

DCNT – Doenças Crônicas Não Transmissíveis

DENM – Doenças Endócrinas, Nutricionais e Metabólicas

Detran-PE – Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco

DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias

DM – Diabetes Mellitus

DN – Declaração de Nascido Vivo

DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

DRC – Doenças Respiratórias Crônicas

DTA – Doenças Transmitidas por Alimentos

DUM – Data da última menstruação

DVC – Doenças cardiovasculares

GIF – Grau de incapacidade física

HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica

HCV – Hepatite viral C

HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana

IAM – Infarto Agudo do Miocárdio

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INCA – Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

Lacen – Laboratório Central de Saúde Pública

LER – Lesão por Esforço Repetitivo

LTA – Leishmaniose tegumentar americana

LV – Leishmaniose visceral

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MIF – Mulheres em Idade Fértil

MBP – Muito baixo peso

MS – Ministério da Saúde

NPS – Núcleos de Promoção à Saúde

NV – Nascidos Vivos

OLS – Operação Lei Seca

OMS – Organização Mundial de Saúde

OPAS – Organização Pan-Americana de Saúde

PAIR – Perda Auditiva Induzida por Ruído

PFA – Paralisia Flácida Aguda

PAS – Programa Academia da Saúde

PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

PNCT – Plano Nacional de Controle da Tuberculose

PNS – Pesquisa Nacional de Saúde

PS – Promoção da Saúde

PVHA – Pessoas vivendo com HIV/Aids

RIPSA – Rede Interagencial de Informações para a Saúde

RN – Recém-nascido

RMM – Razão de Mortalidade Materna

RMR – Região Metropolitana do Recife

SAE – Serviço de Atenção Especializada

SCZ – Síndrome Congênita do Zika

SEVS – Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde

SIB – Sistema de Informações de Beneficiários

SIH – Sistemas de Informação Hospitalar

SIM – Sistemas de Informação sobre Mortalidade

Sinan – Sistemas de Informação de Agravos de Notificação

Sinasc – Sistemas de Informação sobre Nascidos Vivos

Sinatt – Sistemas de Informação e de Notificação de Acidentes de Transporte Terrestre

SI-PNI – Sistemas de Informação do Programa Nacional de Imunização

Sisagua – Sistemas de Informação de Análise da Qualidade da Água para Consumo Humano

SISPCE – Sistemas de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose

SM – Salário Mínimo

SNC – Sistema Nervoso Central

SRAG – Síndrome Respiratória Aguda Grave

SUS – Sistema Único de Saúde

SVEDTA – Sistema de Vigilância Epidemiológica de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar

SVO – Serviço de Verificação de Óbito

TBN – Taxa Bruta de Natalidade

TCU – Tribunal de Contas da União

TR – Teste Rápido

TS – Tratamento Seletivo

UF – Unidade federativa

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Unicef – Fundo das Nações Unidas para a Infância

USIATT – Unidades Sentinelas de Informações sobre Acidentes de Transporte Terrestre

VHB – Vírus da hepatite B

Vigitel – Sistema sobre fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico

VIVA – Vigilância de Violências e Acidentes

VRS – Vírus Respiratório Sincicial

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Lista de Figuras

Figura 1. Regiões e Macrorregiões de Saúde. Pernambuco, 2014 ................................ 33

Figura 2. Municípios segundo porte populacional. Pernambuco, 2014 .......................... 36

Figura 3. Proporção da população residente em área urbana e rural, segundo o ano.

Pernambuco, 1980, 1991, 2000 e 2014................................................................................ 36

Figura 4. Pirâmide etária. Pernambuco, 1980, 1991 e 2014* .......................................... 37

Figura 5. Proporção da população residente, segundo sexo. Pernambuco, 2005 e

2014 ............................................................................................................................................ 38

Figura 6. Razão de sexo (masculino/feminino) por município. Pernambuco, 2014 ...... 38

Figura 7. Proporção da população residente por sexo, segundo Região de Saúde.

Pernambuco, 2014 ................................................................................................................... 38

Figura 8. Proporção da população residente, segundo faixa etária. Pernambuco, 1980,

1991, 2010 e 2014 ................................................................................................................... 39

Figura 9. Proporção da população residente por faixa etária, segundo Região de

Saúde. Pernambuco, 2014 ..................................................................................................... 40

Figura 10. Razão de idosos (60 anos e mais) para cada grupo de 10 crianças de até 5

anos na população residente. Pernambuco, 1980, 1991, 2000 e 2014 .......................... 41

Figura 11. Razão de idosos (60 anos e mais) para cada grupo de 10 crianças de até 5

anos na população residente, segundo município de residência. Pernambuco, 2014 . 41

Figura 12. Razão de idosos (60 anos e mais) para cada grupo de 10 crianças de até 5

anos na população residente, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2014 ............ 42

Figura 13. Razão de dependência. Pernambuco, 1980, 1991, 2000 e 2014 ................ 42

Figura 14. Esperança de vida ao nascer por sexo. Pernambuco, 1991, 2000 e 2014 43

Figura 15. Esperança de vida aos 60 anos de idade segundo sexo. Pernambuco,

1991, 2000 e 2013 ................................................................................................................... 44

Figura 16. Taxa de fecundidade total. Pernambuco e Brasil, 1991 a 2013 ................... 44

Figura 17. Taxa de analfabetismo (por 100 habitantes) em indivíduos com 15 anos e

mais. Pernambuco, Região Nordeste e Brasil. 2001 a 2013 ............................................. 45

Figura 18. Taxa de analfabetismo (por 100 habitantes) em indivíduos com 15 anos e

mais, segundo raça/cor. Pernambuco, 2001 a 2013 .......................................................... 46

Figura 19. Níveis de escolaridade em indivíduos com 15 anos e mais, segundo a

quantidade de anos estudados. Pernambuco, 2001 a 2014 ............................................. 47

Figura 20. Proporção da população em situação de pobreza e de pobreza extrema.

Pernambuco, 2001 a 2013 ...................................................................................................... 47

Figura 21. Índice de Gini. Pernambuco, 2001 a 2013 ....................................................... 48

Figura 22. Taxa de desemprego (por 100 habitantes). Pernambuco, Região Nordeste

e Brasil, 2001 a 2013 ............................................................................................................... 49

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Figura 23. Proporção da população coberta por rede de abastecimento de água.

Pernambuco, Região Nordeste e Brasil, 2001 a 2014 ....................................................... 50

Figura 24. Proporção da população coberta por esgotamento sanitário. Pernambuco,

Região Nordeste e Brasil, 2001 a 2014 ................................................................................ 51

Figura 25. Proporção da população coberta por coleta de lixo. Pernambuco, Região

Nordeste e Brasil, 2001 a 2014 .............................................................................................. 51

Figura 26. Número de amostras analisadas e proporção de amostras insatisfatórias

para os parâmetros turbidez, cloro residual e Escherichia coli. Pernambuco, 2007 a

2014 ............................................................................................................................................ 53

Figura 27. Frota veicular do estado, da região metropolitana do Recife (RMR) e de

Recife. Pernambuco, 2005 a 2014 ........................................................................................ 54

Figura 28. Razão da população residente por frota veicular e município. Pernambuco,

2014 ............................................................................................................................................ 55

Figura 29. Número de nascidos vivos e taxa bruta de natalidade (por 1.000

habitantes). Pernambuco, 2005 a 2014. ............................................................................... 57

Figura 30. Proporção de nascidos vivos, segundo ano de nascimento e idade

materna. Pernambuco, 2005 a 2014 ..................................................................................... 58

Figura 31. Proporção de nascidos vivos, segundo ano de nascimento e escolaridade

materna (em anos de estudo). Pernambuco, 2005 a 2014. .............................................. 59

Figura 32. Proporção de nascidos vivos, segundo Região de Saúde e escolaridade

materna (em anos de estudo). Pernambuco, 2014............................................................. 59

Figura 33. Proporção de nascidos vivos, segundo ano de nascimento e número de

consultas de pré-natal. Pernambuco, 2005 a 2014 ............................................................ 60

Figura 34. Proporção de nascidos vivos, segundo número de consultas de pré-natal e

Região de Saúde. Pernambuco, 2014 .................................................................................. 61

Figura 35. Proporção de nascidos vivos, segundo ano de nascimento e tipo de parto.

Pernambuco, 2014 ................................................................................................................... 62

Figura 36. Proporção de nascidos vivos, segundo ano de nascimento e tipo de parto

por região de saúde. Pernambuco, 2014. ............................................................................ 62

Figura 37. Razão entre nascidos vivos de partos cesáreos e partos vaginais, segundo

características maternas e duração da gestação. Pernambuco, 2005 e 2014 e 2011 e

2014 ............................................................................................................................................ 64

Figura 38. Proporção de nascidos vivos, segundo ano de nascimento e local de

ocorrência. Pernambuco, 2005 a 2014 ................................................................................. 64

Figura 39. Proporção de nascidos vivos, segundo ano de nascimento e número de

gestações anteriores. Pernambuco, 2011 a 2014............................................................... 65

Figura 40. Proporção de nascidos vivos segundo ano de nascimento e gestações

anteriores por Região de Saúde. Pernambuco, 2014 ........................................................ 66

Figura 41. Proporção de nascidos vivos, segundo ano de nascimento e duração da

gestação. Pernambuco, 2005 a 2014 ................................................................................... 67

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Figura 42. Proporção de nascidos vivos, segundo duração da gestação por região de

saúde. Pernambuco, 2014 ...................................................................................................... 67

Figura 43. Proporção de nascidos vivos, segundo peso ao nascer por biênio.

Pernambuco, 2005 a 2014 ...................................................................................................... 68

Figura 44. Número de casos novos de hanseníase e coeficiente de detecção geral e

em menores de 15 anos (por 100.000 habitantes), segundo o ano de diagnóstico.

Pernambuco, 2005 a 2014 ...................................................................................................... 70

Figura 45. Proporção de casos novos de hanseníase segundo forma clínica e ano de

diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014 ............................................................................... 71

Figura 46. Proporção de contatos examinados, entre os contatos intradomiciliares

registrados, de cura e de abandono dos casos novos de hanseníase. Pernambuco,

2005 a 2014............................................................................................................................... 72

Figura 47. Proporção de casos novos de hanseníase avaliados no momento do

diagnóstico segundo o grau de incapacidade física (GIF). Pernambuco, 2005 a 2014 72

Figura 48. Proporção de casos novos de hanseníase avaliados no momento da cura

segundo o grau de incapacidade física (GIF). Pernambuco, 2005 a 2014 ..................... 73

Figura 49. Coeficiente de detecção geral de casos novos de hanseníase por 100.000

habitantes, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014 ................................ 74

Figura 50. Coeficiente de detecção geral de casos novos de hanseníase em menores

de 15 anos por 100.000 habitantes, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e

2014* .......................................................................................................................................... 74

Figura 51. Coeficiente de detecção geral por 100.000 habitantes de casos novos de

hanseníase por município de residência, segundo parâmetros de endemicidade.

Pernambuco, 2014 ................................................................................................................... 75

Figura 52. Número de casos novos de tuberculose e taxa de incidência (por 100.000

habitantes), segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014 ............................ 77

Figura 53. Proporção de casos novos de Tuberculose, segundo faixa etária e sexo.

Pernambuco, 2014 ................................................................................................................... 77

Figura 54. Número de óbitos de Tuberculose e taxa de mortalidade (por 100.000

habitantes), segundo ano do óbito. Pernambuco, 2006 a 2014 ....................................... 78

Figura 55. Taxa de incidência de tuberculose (por 100.000 habitantes), segundo

município de residência. Pernambuco, 2014 ....................................................................... 78

Figura 56. Taxa de mortalidade de tuberculose (por 100.000 habitantes), segundo

município de residência. Pernambuco, 2014 ....................................................................... 79

Figura 57. Situação de encerramento dos casos novos de Tuberculose. Pernambuco,

2005 e 2014............................................................................................................................... 80

Figura 58. Proporção de cura dos casos novos de Tuberculose, segundo Região de

Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014 ........................................................................................ 80

Figura 59. Proporção de abandono dos casos novos de tuberculose, segundo Região

de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014 .................................................................................. 80

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Figura 60. Número de casos e de óbitos por aids, taxa de incidência e taxa de

mortalidade (por 100.000 habitantes), segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005

a 2014......................................................................................................................................... 83

Figura 61. Proporção de casos de aids do sexo masculino por categoria de exposição

à infecção pelo HIV, segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014 ............. 84

Figura 62. Proporção de casos de aids do sexo feminino por categoria de exposição à

infecção pelo HIV, segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014 ................ 84

Figura 63. Proporção de casos de aids por escolaridade, segundo ano de diagnóstico.

Pernambuco, 2005 a 2014 ...................................................................................................... 85

Figura 64. Proporção de casos de aids por faixa etária, segundo ano de diagnóstico.

Pernambuco, 2005 a 2014 ...................................................................................................... 86

Figura 65. Taxa de incidência de aids (por 100.000 habitantes) por Região de Saúde.

Pernambuco, 2005 e 2014 ...................................................................................................... 86

Figura 66. Taxa de mortalidade por aids (por 100.000 habitantes), segundo Região de

Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014 ........................................................................................ 87

Figura 67. Número de casos de gestantes com HIV e taxa de detecção (por 1.000

nascidos vivos), segundo ano de notificação. Pernambuco, 2005 a 2014 ..................... 88

Figura 68. Número de casos de aids e taxa de incidência (por 100.000 habitantes) em

menores de 5 anos e em menores de 13 anos, segundo ano de diagnóstico.

Pernambuco, 2005 a 2014 ...................................................................................................... 89

Figura 69. Número de casos de gestantes com sífilis e taxa de incidência (por 1.000

nascidos vivos), segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014 .................... 92

Figura 70. Número de casos de gestantes com sífilis e estimativa do Ministério da

Saúde (1,08 % dos nascidos vivos), segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2014 . 92

Figura 71. Número de casos de sífilis congênita e taxa de incidência (por 1.000

nascidos vivos), segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014 .................... 93

Figura 72. Taxa de incidência de sífilis congênita (por 1.000 nascidos vivos), segundo

Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014 ..................................................................... 93

Figura 73. Número de casos confirmados das hepatites virais B e C e taxa de

incidência (por 100.000 habitantes), segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a

2014 ............................................................................................................................................ 95

Figura 74. Proporção de casos confirmados de hepatite viral B, segundo faixa etária.

Pernambuco, 2005 a 2014 ...................................................................................................... 96

Figura 75. Proporção de casos confirmados de hepatite viral C, segundo faixa etária.

Pernambuco, 2005 a 2014 ...................................................................................................... 96

Figura 76. Taxa de incidência (por 100.000 habitantes) de hepatite viral B, segundo

Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014 ..................................................................... 97

Figura 77. Taxa de incidência (por 100.000 habitantes) de hepatite viral C, segundo

Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014 ..................................................................... 98

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Figura 78. Número de casos, óbitos e taxa de letalidade de cólera, segundo ano de

notificação. Pernambuco, 1992 a 2014 ................................................................................ 99

Figura 79. Número de casos e taxa de incidência (por 100.000 habitantes) de febre

tifóide, segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014 ................................... 101

Figura 80. Número de casos de febre tifóide, segundo Região de Saúde. Pernambuco,

2005 a 2014............................................................................................................................. 101

Figura 81. Número de surtos por DTA, segundo ano de ocorrência. Pernambuco, 2007

a 2014....................................................................................................................................... 103

Figura 82. Número de surtos por DTA, segundo o alimento contaminado envolvido.

Pernambuco, 2007 a 2014 .................................................................................................... 103

Figura 83. Número de surtos por DTA, segundo o local de ocorrência. Pernambuco,

2007 a 2014............................................................................................................................. 104

Figura 84. Número de surtos por DTA, segundo o agente etiológico envolvido.

Pernambuco, 2007 a 2014 .................................................................................................... 104

Figura 85. Proporção de surtos por DTA, segundo Região de Saúde. Pernambuco,

2007 a 2014............................................................................................................................. 105

Figura 86. Proporção de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) com

diagnóstico laboratorial de influenza, segundo ano de diagnóstico e faixa etária.

Pernambuco, 2013 e 2014 .................................................................................................... 107

Figura 87. Proporção de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) com

diagnóstico laboratorial de Vírus Respiratório Sincicial - VRS, segundo ano de

diagnóstico e faixa etária. Pernambuco, 2013 e 2014 ..................................................... 107

Figura 88. Número de casos de coqueluche; taxa de incidência (por 100.000 hab.) e

taxa de letalidade segundo o ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014 ............ 109

Figura 89. Proporção de casos de coqueluche, segundo faixa etária e ano de

diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014 ............................................................................. 110

Figura 90. Número de casos de Paralisia Flácida Aguda e Cobertura Vacinal contra

Poliomielite. Pernambuco, 2007 a 2014 ............................................................................. 112

Figura 91. Número de casos confirmados de Sarampo e cobertura vacinal, segundo

ano do início do exantema. Pernambuco, 1980 a 2014 ................................................... 114

Figura 92. Número de casos confirmados de Rubéola e cobertura vacinal, segundo

data do início do exantema. Pernambuco, 2000 a 2014 .................................................. 116

Figura 93. Proporção de casos de meningites, segundo etiologia e ano de diagnóstico.

Pernambuco, 2005 a 2014 .................................................................................................... 118

Figura 94. Número de casos e taxa de incidência (por 100.000 habitantes) de doença

meningocócica, segundo ano de diagnóstico. Pernambuco 2005 a 2014 .................... 118

Figura 95. Número de óbitos e taxa de letalidade de doença meningocócica, segundo

ano do óbito. Pernambuco 2005 a 2014 ............................................................................. 119

Figura 96. Municípios prioritários e não prioritários com ações do Programa Sanar

para o tracoma. Pernambuco, 2011 a 2014 ....................................................................... 121

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Figura 97. Número de casos confirmados de esquistossomose e percentual de

tratados, segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014 ............................... 123

Figura 98. Número de casos confirmados de esquistossomose e percentual de

tratados, segundo Região de Saúde endêmica. Pernambuco, 2014 ............................. 124

Figura 99. Número de casos notificados e percentual de confirmados de Leishmaniose

Visceral, segundo ano de notificação. Pernambuco, 2005 a 2014 ................................ 126

Figura 100. Número de óbitos por leishmaniose visceral e taxa de letalidade, segundo

ano de notificação. Pernambuco, 2005 a 2014 ................................................................. 126

Figura 101. Proporção de casos notificados e confirmados de Leishmaniose Visceral,

segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2014 ................................................................ 127

Figura 102. Nº de casos confirmados de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA)

e percentual de casos tratados, segundo ano de notificação. Pernambuco, 2005 a

2014. ......................................................................................................................................... 128

Figura 103. Número de casos de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA),

segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2014 ................................................................ 128

Figura 104. Número de tratamentos profiláticos para raiva humana e percentual de

cobertura vacinal canina por ano. Pernambuco, 2005 a 2014 ........................................ 130

Figura 105. Proporção de cobertura vacinal canina, segundo Região de Saúde.

Pernambuco, 2014 ................................................................................................................. 130

Figura 106. Número de casos notificados de dengue e percentual de confirmados,

segundo ano de notificação. Pernambuco, 2007 a 2015 ................................................. 132

Figura 107. Número de casos confirmados de dengue e taxa de incidência (por

100.000 habitantes), segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2007 a 2015 .......... 133

Figura 108. Número de casos graves de dengue e taxa de letalidade, segundo ano de

diagnóstico. Pernambuco, 2007 a 2015 ............................................................................. 134

Figura 109. Taxa de internação (por 10.000 habitantes) dos principais grupos de

doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Pernambuco, 2005 a 2014 .................. 139

Figura 110. Número e taxa de internação hospitalar (por 10.000 habitantes) por

Diabetes Mellitus, segundo sexo e ano de internação. Pernambuco, 2005 a 2014 .... 140

Figura 111. Proporção de internação hospitalar por Diabetes Melittus no sexo

masculino, segundo faixa etária. Pernambuco, 2005 a 2014 ......................................... 140

Figura 112. Proporção de internação hospitalar por Diabetes Melittus no sexo

feminino, segundo faixa etária. Pernambuco, 2005 a 2014 ............................................ 141

Figura 113. Taxa de internação (por 10.000 habitantes) por diabetes melittus, segundo

Região de Saúde de residência. Pernambuco, 2005 e 2014 .......................................... 141

Figura 114. Proporção de internação hospitalar por diabetes melittus, segundo Região

de Saúde de residência. Pernambuco, 2005 e 2014 ........................................................ 142

Figura 115. Taxa bruta de incidência por 100.000 habitantes das seis neoplasias

malignas mais frequentes, segundo sexo e localização primária do tumor.

Pernambuco, 2006 e 2014 .................................................................................................... 144

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Figura 116. Taxa de internação (por 10.000 habitantes) pelas três principais doenças

do aparelho circulatório no sexo masculino, segundo ano de internação. Pernambuco,

2005 a 2014............................................................................................................................. 145

Fonte: SIH-PEFigura 117. Taxa de internação (por 10.000 habitantes) pelas três

principais doenças do aparelho circulatório no sexo feminino, segundo ano de

internação. Pernambuco, 2005 a 2014 ............................................................................... 145

Figura 118. Taxa de internação (por 10.000 habitantes) pelas três principais causas

de doenças do aparelho circulatório no sexo masculino, segundo Região de Saúde de

residência. Pernambuco, 2014 ............................................................................................. 146

Figura 119. Taxa de internação (por 10.000 habitantes) pelas três principais causas

de doenças do aparelho circulatório no sexo feminino, segundo Região de Saúde de

residência. Pernambuco, 2014 ............................................................................................. 147

Figura 120. Número e taxa de internação hospitalar (por 10.000 habitantes) por

hipertensão arterial, segundo ano de internação e sexo. Pernambuco, 2005 a 2014 148

Figura 121. Proporção de internação hospitalar por hipertensão arterial no sexo

masculino, segundo faixa etária. Pernambuco, 2005 a 2014 ......................................... 149

Figura 122. Proporção de internação hospitalar por hipertensão arterial no sexo

feminino, segundo faixa etária. Pernambuco, 2005 a 2014 ............................................ 149

Figura 123. Taxa de internação hospitalar (por 10.000 habitantes) por hipertensão

arterial, segundo Região de Saúde de residência. Pernambuco, 2005 e 2014 ........... 150

Figura 124. Número e taxa de internação (por 10.000 habitantes) por doenças

crônicas respiratórias, segundo ano de internação. Pernambuco, 2005 a 2014 ......... 151

Figura 125. Taxa de internação (por 10.000 habitantes) por doenças crônicas

respiratórias, segundo faixa etária e ano de internação. Pernambuco, 2005 e 2014 . 152

Figura 126. Taxa de internação (por 10.000 habitantes) por doenças crônicas

respiratórias, segundo Região de Saúde e ano de internação. Pernambuco, 2005 e

2014 .......................................................................................................................................... 152

Figura 127. Proporção de doenças crônicas respiratórias segundo os principais tipos e

ano de internação. Pernambuco. 2005 a 2014 .................................................................. 153

Figura 128. Número de casos notificados de violência interpessoal e autoprovocada,

segundo ano de notificação. Pernambuco, 2010 a 2014 ................................................. 155

Figura 129. Proporção de casos notificados de violência interpessoal e

autoprovocada, segundo sexo e faixa etária das vítimas. Pernambuco, 2014 ............ 155

Figura 130. Proporção de casos notificados de violência interpessoal e autoprovocada

no sexo masculino, segundo faixa etária e tipo. Pernambuco, 2014 ............................. 156

Figura 131. Proporção de casos notificados de violência interpessoal e autoprovocada

no sexo feminino, segundo faixa etária e tipo. Pernambuco, 2014 ................................ 157

Figura 132. Proporção de casos notificados de violência interpessoal e

autoprovocada, segundo faixa etária e local de ocorrência. Pernambuco, 2014 ........ 157

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Figura 133. Proporção de casos notificados de violência interpessoal e

autoprovocada, segundo faixa etária e Região de Saúde de ocorrência. Pernambuco,

2014 .......................................................................................................................................... 158

Figura 134. Taxa de ocorrência de acidente de transporte terrestre (por 10.000 hab.),

segundo Região de Saúde de ocorrência do acidente. Pernambuco, 2014 ................. 160

Figura 135. Proporção de notificações de vítimas de acidentes de transporte terrestre

(ATT), segundo sexo e meio de locomoção. Pernambuco, 2014 ................................... 161

Figura 136. Proporção de notificações de vítimas de acidentes de transporte terrestre

(ATT), segundo natureza do acidente. Pernambuco, 2014 ............................................. 161

Figura 137. Proporção de notificações de vítimas de acidentes de transporte terrestre

(ATT), segundo sexo e faixa etária. Pernambuco, 2014 .................................................. 162

Figura 138. Área de cobertura dos Cerest regionais em Pernambuco ......................... 163

Figura 139. Proporção de casos de notificação universal de doenças e agravos

relacionados ao trabalho. Pernambuco, 2014 ................................................................... 164

Figura 140. Proporção de casos de notificação de unidade sentinela de doenças e

agravos relacionados ao trabalho. Pernambuco, 2014 .................................................... 165

Figura 141. Proporção de vítimas de acidentes de transportes terrestres, segundo

Regiões de Saúde de ocorrência e relação com o trabalho. Pernambuco, 2014 ........ 166

Figura 142. Proporção de vítimas de acidentes de transportes terrestres relacionados

ao trabalho, segundo Regiões de Saúde de ocorrência. Pernambuco, 2014 .............. 166

Figura 143. Proporção de casos notificados de intoxicação exógena, segundo agente

tóxico. Pernambuco, 2014 .................................................................................................... 167

Figura 144. Proporção de casos notificados de intoxicação exógena, segundo

ocupação. Pernambuco, 2014.............................................................................................. 168

Figura 145. Percentual de adultos (≥ 18 anos) fumantes segundo sexo. Recife-PE,

2006 a 2013............................................................................................................................. 171

Figura 146. Percentual de adultos (≥ 18 anos) ex-fumantes segundo sexo. Recife-PE,

2006 a 2013............................................................................................................................. 171

Figura 147. Percentual de adultos (≥ 18 anos) com excesso de peso segundo sexo.

Recife-PE, 2006 a 2013 ........................................................................................................ 172

Figura 148. Percentual de adultos (≥ 18 anos) com obesidade segundo sexo. Recife-

PE, 2006 a 2013 ..................................................................................................................... 172

Figura 149. Percentual de adultos (≥ 18 anos) que consomem cinco ou mais porções

diárias de frutas e hortaliças segundo sexo. Recife-PE, 2008 a 2013 .......................... 173

Figura 150. Percentual de adultos (≥ 18 anos) que costumam consumir carnes com

excesso de gordura segundo sexo, Recife-PE, 2007 a 2013 ......................................... 174

Figura 151. Percentual de adultos (≥ 18 anos) que consomem refrigerantes em cinco

ou mais dias segundo sexo. Recife-PE, 2007 a 2013 ...................................................... 174

Figura 152. Percentual de adultos (≥ 18 anos) que praticam atividades físicas no

tempo livre segundo sexo. Recife-PE, 2011 a 2013 ......................................................... 175

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Figura 153. Percentual de adultos (≥ 18 anos) fisicamente inativos segundo sexo.

Recife-PE, 2009 a 2013 ........................................................................................................ 175

Figura 154. Municípios com menos de 20.000 hab. com Núcleo de Promoção da

Saúde implantado. Pernambuco, 2016 ............................................................................... 176

Figura 155. Municípios com Programa Academia da Saúde. Pernambuco, 2016 ..... 177

Figura 156. Municípios com tratamento contra tabagismo implantado. Pernambuco,

2016 .......................................................................................................................................... 177

Figura 157. Número de óbitos e coeficiente de mortalidade geral (por 1.000

habitantes), segundo ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014 ..................................... 179

Figura 158. Proporção de óbitos segundo sexo e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a

2014 .......................................................................................................................................... 179

Figura 159. Número de óbitos e coeficiente de mortalidade geral (por 1.000

habitantes) segundo sexo e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014 ......................... 180

Figura 160. Proporção de óbitos, segundo raça cor e ano do óbito. Pernambuco, 2005

a 2014....................................................................................................................................... 181

Figura 161. Proporção de óbitos, segundo local de ocorrência e ano do óbito.

Pernambuco 2005 a 2014 ..................................................................................................... 181

Figura 162. Proporção de óbitos, segundo faixa etária e ano do óbito. Pernambuco,

2005 a 2014............................................................................................................................. 182

Figura 163. Proporção de óbitos por causa mal definida, segundo ano do óbito.

Pernambuco, 2005 a 2014 .................................................................................................... 182

Figura 164. Proporção de óbitos segundo grupos de causa e ano do óbito.

Pernambuco, 2005 a 2014 .................................................................................................... 183

Figura 165. Proporção de óbitos segundo grupo de causa e raça/cor. Pernambuco,

2014 .......................................................................................................................................... 183

Figura 166. Coeficiente de mortalidade geral (por 1.000 habitantes), segundo Região

de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014 ................................................................................ 184

Figura 167. Proporção de óbitos por sexo, segundo Região de Saúde. Pernambuco,

2014 .......................................................................................................................................... 184

Figura 168. Proporção de óbitos por raça cor, segundo Região de Saúde.

Pernambuco, 2014 ................................................................................................................. 185

Figuras 169. Proporção de óbitos por faixa etária, segundo Região de Saúde.

Pernambuco, 2014 ................................................................................................................. 185

Figura 170. Coeficiente de mortalidade infantil (por 1.000 nascidos vivos), segundo

ano do óbito. Pernambuco, 2014 ......................................................................................... 187

Figura 171. Proporção de óbitos infantis segundo componente etário e ano do óbito.

Pernambuco, 2005 a 2014 .................................................................................................... 188

Figura 172. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 1 a

9 anos, segundo sexo e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014 ................................ 191

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Figuras 173. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 10

a 19 anos, segundo sexo e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014 ........................... 194

Figuras 174. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 10

a 19 anos do sexo masculino, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco,

2005 a 2014............................................................................................................................. 195

Figuras 175. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 10

a 19 anos do sexo feminino, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco,

2005 a 2014............................................................................................................................. 195

Figura 176. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 20

a 39 anos, segundo sexo e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014 ........................... 198

Figura 177. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 20

a 39 anos do sexo masculino, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco,

2005 a 2014............................................................................................................................. 199

Figura 178. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 20

a 39 anos do sexo feminino, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco,

2005 a 2014............................................................................................................................. 199

Figura 179. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 40

a 59 anos, segundo sexo e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014 ........................... 202

Figura 180. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 40

a 59 anos do sexo masculino, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco,

2005 a 2014............................................................................................................................. 203

Figura 181. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 40

a 59 anos do sexo feminino, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco,

2005 a 2014............................................................................................................................. 203

Figura 182. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 60

anos e mais, segundo sexo e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014 ....................... 206

Figura 183. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 60

anos e mais do sexo masculino, segundo grupo de causas e ano do óbito.

Pernambuco, 2005 a 2014 .................................................................................................... 207

Figura 184. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 60

anos e mais do sexo feminino, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco,

2005 a 2014............................................................................................................................. 207

Figura 185. Razão de Mortalidade Materna precoce e número de óbitos maternos.

Pernambuco, 2005 a 2013 .................................................................................................... 211

Figura 186. Razão de Mortalidade Materna total*. Pernambuco, 2005 a 2013 .......... 211

Figura 187. Razão de Mortalidade Materna (RMM) total* segundo Região de Saúde.

Pernambuco, 2005 a 2007, 2008 a 2010 e 2011 a 2013.................................................. 212

Figura 188. Principais eventos relacionados à epidemia de microcefalia. Pernambuco,

março de 2015 a março de 2016 ......................................................................................... 222

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Figura 189. Distribuição dos casos notificados segundo parâmetros de microcefalia

(OMS) e semana epidemiológica do nascimento. Pernambuco, agosto de 2015 a julho

de 2016 .................................................................................................................................... 223

Figura 190. Distribuição dos casos confirmados segundo município de residência.

Pernambuco, agosto de 2015 a julho de 2016 .................................................................. 224

Figura 191. Distribuição dos casos notificados segundo parâmetros de microcefalia

(OMS) e sexo. Pernambuco, agosto de 2015 a julho de 2016 ....................................... 225

Figura 192. Média do perímetro cefálico dos casos notificados sexo. Pernambuco,

agosto de 2015 a julho de 2016 ........................................................................................... 225

Figura 193. Proporção dos casos notificados segundo parâmetros da OMS para

microcefalia e critério de encerramento. Pernambuco, agosto de 2015 a julho de 2016

................................................................................................................................................... 226

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Lista de Quadros

Quadro 1. Parâmetros de endemicidade para o coeficiente de detecção anual de

casos novos de hanseníase na população geral e em menores de 15 anos ................. 70

Quadro 2. Número de casos de doença meningocócica, segundo Região de Saúde e

ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014 ................................................................ 119

Quadro 3. Principais causas de mortalidade infantil. Pernambuco, 2005 e 2014 ....... 189

Quadro 4. Principais grupos de causas de mortalidade infantil, segundo Região de

Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014 ...................................................................................... 190

Quadro 5. Número e percentual de óbitos dos indivíduos de 1 a 9 anos por sexo,

segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 e 2014 ......................... 192

Quadro 6. Principais grupos de causas de mortalidade entre 1 e 9 anos, segundo

Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014 ................................................................... 193

Quadro 7. Número e percentual de óbitos dos indivíduos de 10 a 19 anos por sexo,

segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 e 2014 ......................... 196

Quadro 8. Principais grupos de causas de mortalidade entre 10 e 19 anos, segundo

Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014 ................................................................... 197

Quadro 9. Número e percentual de óbitos nos indivíduos de 20 a 39 anos por sexo,

segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 e 2014 ......................... 200

Quadro 10. Principais grupos de causas de mortalidade entre 20 a 39 anos, segundo

Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014 ................................................................... 201

Quadro 11. Número e percentual de óbitos nos indivíduos de 40 a 59 anos por sexo,

segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 e 2014 ......................... 204

Quadro 12. Principais grupos de causas de mortalidade entre 40 a 59 anos, segundo

Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014 ................................................................... 205

Quadro 13. Número e percentual de óbitos nos indivíduos de 60 anos e mais por

sexo, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 e 2014 ............... 208

Quadro 14. Principais grupos de causas de mortalidade entre 60 anos e mais,

segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014 .................................................. 209

Quadro 15. Principais grupos de causas de óbitos maternos, segundo Região de

Saúde e triênio de ocorrência. Pernambuco, 2005 a 2007 e 2011 a 2013 ................... 215

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Lista de Tabelas

Tabela 1. Número e percentual da população residente, segundo Região de Saúde.

Pernambuco, 2014 ................................................................................................................... 35

Tabela 2. População e número de municípios, segundo porte populacional.

Pernambuco, 2014 ................................................................................................................... 35

Tabela 3. Número de casos de dengue (notificados, confirmados, graves e óbitos),

taxas de incidência (por 100.000 habitantes) e de letalidade segundo Região de

Saúde. Pernambuco, 2015 ................................................................................................... 134

Tabela 4. Número de casos notificados e confirmados de Zika Vírus e de

Chikungunya, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2015 ...................................... 137

Tabela 5. Proporção de óbitos por principais grupos de causa materna segundo faixa

etária. Pernambuco, 2005 a 2007........................................................................................ 213

Tabela 6. Proporção de óbitos por principais grupos de causa materna segundo faixa

etária. Pernambuco, 2011 a 2013........................................................................................ 214

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Apresentação

O Perfil socioeconômico, demográfico e epidemiológico de Pernambuco,

documento elaborado a cada três anos pela Secretaria Executiva de Vigilância em

Saúde, cumpre o objetivo de consolidar e disseminar informações sobre a saúde e

seus determinantes sociais, relevantes para a gestão do SUS em suas diferentes

esferas de atuação.

Dessa forma, busca contribuir para o aperfeiçoamento e melhor desempenho

das políticas públicas de saúde, subsidiando os processos de definição de prioridades,

planejamento das ações e serviços, estabelecimento de metas, monitoramento e

avaliação dos resultados, de forma a torná-las mais eficientes e eficazes.

Esperamos, assim, colaborar com a superação dos desafios e com a

consolidação de um sistema de saúde comprometido com o atendimento das

necessidades de saúde da população pernambucana.

Luciana Caroline Albuquerque

Secretária Executiva de Vigilância em Saúde

Secretaria Estadual de Saúde

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Sumário

Introdução ............................................................................................ 31

1 Caracterização do Estado de Pernambuco .................................... 33

1.1 Divisão Político-Administrativa ................................................. 33

1.2 Estrutura populacional ................................................................. 34

2 Aspectos Socioeconômicos ............................................................ 45

2.1 Educação ......................................................................................... 45

2.2 Renda ............................................................................................... 47

3 Características Ambientais .......................................................... 50

4 Como Nascem os Pernambucanos .................................................... 56

4.1 Taxa Bruta de Natalidade ............................................................... 56

4.2 Informações relacionadas à mulher .............................................. 57

4.3 Informações relacionadas à gestação e ao parto ........................ 59

4.4 Informações relacionadas ao recém-nascido .............................. 66

5 Como Adoecem os Pernambucanos .................................................. 69

5.1 Doenças Transmissíveis ................................................................. 69

5.1.1 Hanseníase ................................................................................... 69

5.1.2 Tuberculose ................................................................................. 76

5.1.3 HIV/Aids ........................................................................................ 82

5.1.4 Sífilis ........................................................................................... 90

5.1.5 Hepatites Virais .......................................................................... 94

5.1.6 Cólera ........................................................................................... 98

5.1.7 Febre Tifóide ............................................................................. 100

5.1.8 Doenças Transmitidas por Alimentos ....................................... 102

5.1.9 Influenza e Vírus Respiratório Síncial ................................... 106

5.1.10 Coqueluche ............................................................................... 108

5.1.11 Poliomielite ............................................................................. 111

5.1.12 Sarampo .................................................................................... 113

5.1.13 Rubéola ..................................................................................... 115

5.1.14 Meningites ................................................................................ 117

5.1.15 Tracoma .................................................................................... 120

5.1.16 Esquistossomose ...................................................................... 122

5.1.17 Leishmaniose ............................................................................ 125

5.1.18 Raiva ......................................................................................... 129

5.1.19 Arboviroses .............................................................................. 131

5.1.19.1 Dengue .................................................................................... 131

5.1.19.2 Febre Chikungunya e Vírus Zika ........................................... 135

5.2 Doenças Crônicas Não Transmissíveis, Violências e Acidentes de

Transporte Terrestre ........................................................................ 138

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

5.2.1 Diabetes Mellitus ...................................................................... 139

5.2.2 Neoplasias .................................................................................. 143

5.2.3 Doenças do Aparelho Circulatório ........................................... 145

5.2.4 Hipertensão Arterial Sistêmica ............................................... 148

5.2.5 Doenças Respiratórias Crônicas .............................................. 151

5.2.6 Violências .................................................................................. 154

5.2.7 Acidentes de Transporte Terrestre .......................................... 159

5.2.8 Doenças e Agravos Relacionados ao Trabalho ......................... 163

5.2.9 Intoxicação Exógena ................................................................. 167

6 Promoção da Saúde ....................................................................... 169

6.1 Equipamentos de Promoção da Saúde no estado de Pernambuco 175

7 Como Morrem os Pernambucanos ................................................. 178

7.1 Mortalidade Geral ........................................................................ 178

7.2 Mortalidade por ciclo de vida ..................................................... 186

7.2.1 Mortalidade em menores de 1 ano ............................................. 186

7.2.2 Mortalidade entre 1 e 9 anos .................................................... 191

7.2.3 Mortalidade entre 10 e 19 anos ................................................. 194

7.2.4 Mortalidade entre 20 e 39 anos ................................................. 198

7.2.5 Mortalidade entre 40 e 59 anos ................................................. 202

7.2.6 Mortalidade entre 60 anos e mais ............................................. 206

7.3 Mortalidade Materna .................................................................... 210

8 Emergências em Saúde Pública: alteração no padrão de

ocorrência de microcefalia em Pernambuco .................................... 216

8.1 O papel do Cievs nas emergências em saúde pública ................. 216

8.2 A alteração no padrão de ocorrência da microcefalia: caso

Pernambuco ........................................................................................ 217

8.3 Caracterização dos casos ............................................................ 223

8.4 Considerações Finais ................................................................... 226

Notas Metodológicas ......................................................................... 229

Referências ........................................................................................ 232

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31

Introdução

Este documento apresenta as características socioeconômicas, demográficas,

ambientais e epidemiológicas do estado de Pernambuco, descrevendo a evolução dos

principais indicadores ao longo dos últimos anos, de forma a provocar uma reflexão

sobre o contexto sociossanitário do estado, destacando como nascem, adoecem e

morrem os pernambucanos.

Sua terceira edição conta com um capítulo de promoção à saúde, visando

caracterizar as experiências positivas no desenvolvimento de ações de promoção no

estado e outro de emergências em saúde pública, que aborda o modelo de resposta

rápida para a microcefalia, depois caracterizada como síndrome congênita do zika,

evento de relevância nacional e internacional, que teve Pernambuco como o primeiro

estado a caracterizar a mudança no padrão de sua ocorrência e cujas ações serviram

de base para outros estados e países.

Ao longo dos últimos anos, observam-se importantes mudanças

sociodemográficas em Pernambuco, como a urbanização, o envelhecimento

populacional e o aumento na expectativa de vida, sobretudo na população feminina.

Cresceu o nível de escolaridade das pessoas com 11 anos e mais de estudo e

também dos indivíduos com 15 anos e mais de idade, o que fez reduzir a taxa de

analfabetismo. A desigualdade social diminuiu, atingindo o índice de Gini um patamar

menor que o da Região Nordeste e do Brasil. Por outro lado, no tocante às

características ambientais, persistem desafios para a ampliação do esgotamento

sanitário e do acesso à água potável.

Houve um aumento de 2,2 vezes na frota veicular, o que impõe novos desafios

à implementação de políticas públicas para a mobilidade urbana e a segurança no

trânsito, já que os veículos automotores estão entre os principais agentes de

contaminação do ar, contribuindo para o aumento das doenças respiratórias e mais

recentemente para a elevação dos acidentes de transporte terrestre, já considerada

uma epidemia.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

32

O número de consultas de pré-natal foi ampliado entre as gestantes, mas

cresceu também a taxa de cesariana no estado, seguindo a tendência nacional de

uma cultura de cesáreas. As taxas de incidência e de letalidade das meningites caíram

e desde 2006 não há nenhum registro de cólera.

No que concerne à carga de adoecimento da população pernambucana,

destacam-se a hanseníase, que permanece hiperendêmica em menores de 15 anos e

a tuberculose com elevadas taxas de incidência e de mortalidade. As doenças

sexualmente transmissíveis como a aids, as hepatites virais B e C e a sífilis,

especialmente a sífilis congênita, ainda despontam como doenças de importante

magnitude no estado. E cresceu o número de notificações de surtos das doenças

transmitidas por alimentos e da mortalidade por arboviroses a partir de 2010.

Dentre as doenças e agravos não transmissíveis, as doenças do aparelho

circulatório foram responsáveis pelas maiores taxas de internação dos residentes

pernambucanos. As neoplasias apresentaram um expressivo aumento nos últimos dez

anos, enquanto a diabetes mellitus sofreu queda. Entre as doenças e agravos

relacionados ao trabalho, predominaram os acidentes com exposição a material

biológico entre os profissionais de saúde e as intoxicações causadas por

medicamentos em estudantes.

Dentre as principais causas básicas de óbito, destacaram-se as doenças do

aparelho circulatório e as neoplasias, sobretudo em indivíduos com 60 anos e mais, o

que reflete o envelhecimento da população, levando a um maior tempo de exposição

aos fatores de risco. A mortalidade infantil e materna, eventos indesejáveis e em sua

maioria evitáveis, sofreram redução e também os óbitos com causas mal definidas,

indicando melhorias no acesso e na assistência e da informação sobre mortalidade.

Por fim, espera-se que as informações aqui apresentadas forneçam subsídios

para a reflexão sobre as políticas públicas implantadas e as melhorias indispensáveis

para responder adequadamente às necessidades de saúde da população.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

33

1 Caracterização do Estado de Pernambuco

1.1 Divisão Político-Administrativa

O estado de Pernambuco está localizado na Região Nordeste do Brasil e possui

extensão territorial de 98.146,315 km², com 184 municípios e o distrito estadual de

Fernando de Noronha.

Há 12 Regiões de Saúde distribuídas por 4 Macrorregiões no estado (Figura 1). As

regiões constituem-se geograficamente de municípios limítrofes com identidade cultural,

econômica e social semelhantes, compartilhando redes de comunicação e de transportes,

cuja finalidade, é integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços

de saúde¹.

As Macrorregiões de Saúde são organizações territoriais compostas por Regiões de

Saúde com o objetivo de ofertar ações e serviços de saúde de média especial e de alta

complexidade, cujos procedimentos ou ações requerem maior tecnologia e perpassam a

capacidade de apenas uma região¹.

Figura 1. Regiões e Macrorregiões de Saúde. Pernambuco, 2014

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde – PE

IX

VIII

VII XI

X

VI

V

IV

II

XII

III

I

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

34

Há outras divisões geopolíticas específicas para o estado de Pernambuco, entre as

quais se destacam as Mesorregiões e as Regiões de Desenvolvimento. Ambas as divisões,

apresentam a Região Metropolitana do Recife (RMR), composta pelos municípios de Abreu

e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ilha de Itamaracá,

Ipojuca, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista, Recife, São

Lourenço da Mata e o Distrito de Fernando de Noronha. De modo geral, as regiões

metropolitanas constituem um espaço que tem por objetivo realizar tarefas públicas que

exigem a cooperação entre os municípios, sendo importante para o desenho de políticas

públicas. Fazendo a correspondência com as Regiões de Saúde, a RMR está contida na I

região.

1.2 Estrutura populacional

No ano de 2014, em estimativa do Tribunal de Contas da União (TCU), Pernambuco

apresentou 9.277.727 habitantes. Em relação à distribuição da população por Região de

Saúde, a I região concentra a maior proporção de residentes, com 44,4% da população

total do estado. Nessa região, está localizada a capital Recife, que concentra a nona maior

população do país2 e onde está localizado um dos principais polos médico-hospitalares do

Brasil, além de outros polos, como o de desenvolvimento de softwares (Porto Digital)3

(Tabela 1).

Destaca-se também a IV região, no agreste pernambucano, com a segunda maior

população do estado, mais de 1 milhão de habitantes (Tabela 1). Sua sede, o município de

Caruaru, desponta como um importante pólo médico-hospitalar, acadêmico, cultural e

turístico do interior.

Em relação ao porte populacional dos municípios do estado, 42,7% (79)

apresentaram menos de 20.000 habitantes em 2014 e 38,4% (71) entre 20.000 e menos de

50.000 habitantes (Tabela 2). Em conjunto, esses municípios somam 33,9% da população

do estado. A I região apresenta os municípios com o maior número de residentes,

sobretudo, Recife e Jaboatão dos Guararapes com 680.943 e 1.608,488 habitantes,

respectivamente. No interior, destacam-se Caruaru na IV região com 342.328 habitantes,

Garanhuns na V com 136.057 e Petrolina na VIII com 326.012 entre os municípios com

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

35

mais de 100.000 habitantes no estado, que representam 5,9% do total de municípios

(Tabela 2 e Figura 2).

Tabela 1. Número e percentual da população residente, segundo Região de Saúde. Pernambuco,

2014

Região de Saúde Número de habitantes

% de habitantes

I Recife 4.116.153 44,4

II Limoeiro 589.573 6,4

III Palmares 604.678 6,5

IV Caruaru 1.324.382 14,3

V Garanhuns 534.793 5,8

VI Arcoverde 408.604 4,4

VII Salgueiro 144.983 1,6

VIII Petrolina 475.740 5,1

IX Ouricuri 345.311 3,7

X Afogados da Ingazeira 187.244 2,0

XI Serra Talhada 234.379 2,5

XII Goiana 311.887 3,4

Pernambuco 9.277.727 100,0

Fonte: IBGE/DATASUS/Estimativa do TCU para a população residente em 2014

Tabela 2. População e número de municípios, segundo porte populacional. Pernambuco, 2014

Fonte: IBGE/DATASUS/Estimativa do TCU para a população residente em 2014

Porte populacional dos municípios

Municípios População (2014)

n % n %

Menos de 20.000 hab. 79 42,7 1.025.023 11,0

20.000 -I 50.000 hab. 71 38,4 2.121.200 22,9

50.000 -I 100.000 hab. 22 11,9 1.524.571 16,4

100.000 -I 500.000 hab. 11 5,9 2.317.502 25,0

500.000 hab. e mais 2 1,1 2.289.431 24,7

Total 185 100,0 9.277.727 100,0

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

36

Figura 2. Municípios segundo porte populacional. Pernambuco, 2014

Fonte: IBGE/Datasus/Estimativa do TCU para a população residente em 2014

Em Pernambuco, verifica-se que entre os anos de 1980 e 2014 houve uma

importante migração entre os residentes da área rural para a urbana, tendo em vista a

variação de aumento de 31,6% (Figura 3). Essa realidade também foi experimentada em

outras unidades federativas do Brasil, principalmente, no tocante à migração intermunicipal

e interestadual, já que nos municípios urbanizados, acredita-se ter mais acesso ao

emprego e outras oportunidades, como transporte, moradia, alimentação, entre outras,

desejáveis para a sobrevivência humana4.

Figura 3. Proporção da população residente em área urbana e rural, segundo o ano. Pernambuco, 1980, 1991, 2000 e 2014

Fonte: IBGE - PNAD/Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA

61,6

70,976,5

81,1

38,4

29,123,5

18,9

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

1980 1991 2000 2014

Urbana Rural

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37

No tocante à faixa etária dos residentes no estado, percebe-se uma importante

mudança no padrão da população, em que o envelhecimento populacional é crescente.

Essa tendência é observada nacional e mundialmente, principalmente em países

desenvolvidos e em alguns em desenvolvimento, como é o caso brasileiro (Figura 4).

Figura 4. Pirâmide etária. Pernambuco, 1980, 1991 e 2014*

FoFonte: IBGE/Datasus e *Estimativa do TCU para a população residente em 2014

Quanto ao sexo dos residentes de Pernambuco, comparando-se 2005 e 2014, o

feminino predomina com uma pequena variação de aumento de 0,4% no último ano (Figura

5).

Em relação à razão de sexo, observa-se que a maioria dos municípios do estado

(76,2%) concentra mais indivíduos do sexo feminino. As III, VIII e IX Regiões de Saúde são

as que apresentam mais municípios com maior proporção do sexo masculino (Figura 6).

Em todas as regiões, o sexo feminino corresponde a mais de 50% da população, sendo a

maior proporção verificada na XII região com 52,9% (Figura 7).

1.000.000 500.000 0 500.000 1.000.000

0 a 9

10 a 19

20 a 29

30 a 39

40 a 49

50 a 59

60 a 69

70 a 79

80 e mais

1.000.000 500.000 0 500.000 1.000.000

0 a 9

10 a 19

20 a 29

30 a 39

40 a 49

50 a 59

60 a 69

70 a 79

80 e mais

Masculino Feminino

1.000.000 500.000 0 500.000 1.000.000

0 a 9

10 a 19

20 a 29

30 a 39

40 a 49

50 a 59

60 a 69

70 a 79

80 e mais

1980 1991 2014

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

38

Razão de sexo

<1 (141)

= 1 (13)

>1 (31)

Figura 5. Proporção da população residente, segundo sexo. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: IBGE/Datasus/Estimativa do TCU para a população residente em 2014

Figura 6. Razão de sexo (masculino/feminino) por município. Pernambuco, 2014

Fonte: IBGE/Datasus/Estimativa do TCU para a população residente em 2014

Figura 7. Proporção da população residente por sexo, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2014

Fonte: IBGE/Datasus/Estimativa do TCU para a população residente em 2014

47,1

48,5

49,5

48,4

48,6

49,0

49,4

49,1

49,5

49,0

48,8

48,9

52,9

51,5

50,5

51,6

51,4

51,0

50,6

50,9

50,5

51,0

51,2

51,1

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

XII

XI

X

IX

VIII

VII

VI

V

IV

III

II

I

Masculino Feminino

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

39

Comparando-se os anos censitários e 2014, verifica-se um importante crescimento

na população de idosos, especialmente no grupo de 80 anos e mais, cujo crescimento foi

de 3,0 vezes entre 1980 e 2014. Por outro lado, a população de 0 a 9 anos apresenta-se

em declínio, com uma redução de 43,7% no período (Figura 8).

Figura 8. Proporção da população residente, segundo faixa etária. Pernambuco, 1980, 1991, 2010 e 2014

Fonte: IBGE/Datasus/Estimativa do TCU para a população residente em 2014

Entre as Regiões de Saúde, as maiores proporções de idosos, considerando os

dois grupos de 60 a 79 e 80 anos e mais, são observadas nas V e XI regiões com 11,9% e

11,8%, respectivamente. Destacam-se ainda, com os maiores percentuais de crianças, a IX

região com 20,0% e a VI com 19,4% (Figura 9).

28,7 24,4 20,2 16,2

24,7 23,8

22,0

18,8

25,8 29,1

31,8

33,5

14,2 14,9 17,1 20,9

6,1 7,0 7,6 9,0

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1980 1991 2000 2014

0 a 9 anos 10 a 19 anos 20 a 39 anos 40 a 59 anos 60 a 79 anos 80 anos e mais

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

40

Figura 9. Proporção da população residente por faixa etária, segundo Região de Saúde.

Pernambuco, 2014

Fonte: IBGE/Datasus/Estimativa do TCU para a população residente em 2014

A razão de idosos ou de pessoas com 60 anos e mais para cada grupo de 10

crianças com 5 anos representa o envelhecimento de uma população. Em Pernambuco,

essa razão aumentou cerca de 3,0 vezes entre 1980 e 2014 (Figura 10). Chama a atenção

que em 49 municípios do estado (26,4%), essa razão foi menor que 1,0, ou seja, ainda com

uma proporção de idosos pequena comparado com a de crianças (Figura 11).

Nas Regiões de Saúde, em 2014, destacam-se a III região com a maior razão de

idosos (13,9) e a V região com a menor (6,6), sendo a média das regiões de 10,5 (Figura

12).

14,3

15,9

18,3

16,7

18,2

19,4

18,6

18,7

20,0

16,4

17,6

16,8

17,0

19,3

21,3

19,5

20,5

20,7

20,3

20,5

21,4

19,3

19,8

19,9

34,8

33,0

32,9

33,1

30,9

30,9

32,4

35,2

30,9

30,6

31,9

32,5

23,3

20,3

18,4

19,4

18,5

18,3

18,2

18,0

17,3

20,3

18,8

19,9

9,0

9,7

8,0

9,5

10,0

9,0

8,5

6,6

8,8

11,1

9,8

9,2

1,5

1,9

1,2

1,9

1,9

1,7

1,9

1,1

1,7

2,3

2,0

1,7

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

I

II

III

IV

V

VI

VII

VIII

IX

X

XI

XII

0 a 9 anos 10 a 19 anos 20 a 39 anos 40 a 59 anos 60 a 79 anos 80 anos e mais

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41

Figura 10. Razão de idosos (60 anos e mais) para cada grupo de 10 crianças de até 5 anos na população residente. Pernambuco, 1980, 1991, 2000 e 2014

Fonte: IBGE/Datasus/Estimativa do TCU para a população residente em 2014

Figura 11. Razão de idosos (60 anos e mais) para cada grupo de 10 crianças de até 5 anos na população residente, segundo município de residência. Pernambuco, 2014

Fonte: IBGE/Datasus/Estimativa do TCU para a população residente em 2014

3,8

5,4

7,3

11,5

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

1980 1991 2000 2014

IX

VIII

VII

XI

X

VI

V

IVII

XII

III

I

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42

Figura 12. Razão de idosos (60 anos e mais) para cada grupo de 10 crianças de até 5 anos na

população residente, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2014

Fonte: IBGE/Datasus/Estimativa do TCU para a população residente em 2014

A razão de dependência, que aponta o número de pessoas economicamente

dependentes, ou seja, aquelas nas faixas etárias entre 0 a 14 e/ou 65 anos e mais para

cada 100 pessoas potencialmente produtivas (15 a 64 anos de idade), sofreu redução de

42,9% entre 1980 e 2014. A razão específica na faixa de 0 a 14 anos também reduziu em

50,9%. Já a razão específica na faixa de 65 anos e mais apresentou um aumento de

30,7%, o que condiz com o envelhecimento da população (Figura 13).

Figura 13. Razão de dependência. Pernambuco, 1980, 1991, 2000 e 2014

Fonte: IBGE/Datasus/Estimativa do TCU para a população residente em 2014

86,5

73,3

59,4

49,3

78,0

63,9

49,6

38,3

8,4 9,3 9,8 11,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

1980 1991 2000 2014

Raz

ão

RD total RD (0 a 14 anos) RD (65 anos e mais)

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43

A esperança de vida ao nascer, número médio de anos de vida esperados para um

recém-nascido, apresentou um incremento de 20,3% em Pernambuco, nos últimos 23 anos

analisados. Esse aumento foi ligeiramente maior no sexo masculino (20,2%) que no

feminino (20,0%) (Figura 14). Em 2014, a expectativa de vida nacional foi de 78,2 para o

sexo feminino e 70,9 para o masculino, cerca de 1,4 vezes e 2,8% maiores que as do

estado, respectivamente.

Houve ainda, um importante incremento quanto ao número médio de anos de vida

esperados após os 60 anos, especialmente para o sexo feminino, cujo aumento foi de

26,6% entre 1991 e 2013 (Figura 15).

Figura 14. Esperança de vida ao nascer por sexo. Pernambuco, 1991, 2000 e 2014

Fonte: IBGE/Tábua completa de mortalidade para o Brasil, 2014

57,4

66,069,0

64,2

73,077,1

60,7

69,473,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

1991 2010 2014

Masculino Feminino Geral

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44

Figura 15. Esperança de vida aos 60 anos de idade segundo sexo. Pernambuco, 1991, 2000 e 2013

Fonte: RIPSA - Indicadores Demográficos do Brasil, 2013

A taxa de fecundidade total, que representa o número médio de filhos nascidos

vivos de uma mulher no período reprodutivo (15 a 49 anos), encontra-se nacionalmente em

declínio, especialmente na Região Nordeste. Nos últimos quatro anos da série histórica

analisada, as taxas do Brasil, Nordeste e Pernambuco praticamente equivalem-se entre 1,8

e 1,9 (Figura 16).

Figura 16. Taxa de fecundidade total. Pernambuco e Brasil, 1991 a 2013

Fonte: RIPSA - Indicadores Demográficos do Brasil, 2013

1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Pernambuco 2,8 2,7 2,6 2,5 2,5 2,4 2,3 2,3 2,3 2,4 2,4 2,3 2,2 2,2 2,1 2,1 2,0 2,0 1,9 1,9 1,8 1,9 1,9

R. Nordeste 3,4 3,2 3,1 3,0 2,9 2,8 2,7 2,7 2,6 2,5 2,5 2,4 2,3 2,3 2,2 2,1 2,1 2,0 2,0 1,9 1,9 1,9 1,9

Brasil 2,7 2,7 2,6 2,5 2,5 2,4 2,4 2,4 2,3 2,3 2,2 2,1 2,1 2,0 2,0 1,9 1,9 1,9 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

Taxa

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45

2 Aspectos Socioeconômicos

2.1 Educação

O analfabetismo é a incapacidade de escrever ou mesmo de ler textos simples no

idioma natural de indivíduos em faixa etária na qual se espera estar alfabetizado e é um

importante parâmetro para avaliar a desigualdade social, essa, que pode influenciar o

estado de saúde5,6. Em Pernambuco, a taxa de analfabetismo em maiores de 15 anos

apresentou uma redução de 30,5% entre 2001 e 2013. No último ano, essa taxa foi 3,8%

menor que a da Região Nordeste e 1,8 vezes maior que a nacional (Figura 17).

Figura 17. Taxa de analfabetismo (por 100 habitantes) em indivíduos com 15 anos e mais. Pernambuco, Região Nordeste e Brasil. 2001 a 2013

Fonte: RIPSA - Indicadores Demográficos do Brasil, 2013

A taxa de analfabetismo em maiores de 15 anos prevalece na raça/cor preta,

seguida pela parda. Entretanto, identifica-se importante redução nas taxas de todas as

raças/cor entre 2001 e 2013, especialmente na parda, que reduziu 33,4% nesse período

(Figura 18).

Historicamente, os indivíduos analfabetos estiveram em patamares desfavoráveis,

principalmente, no tocante à desigualdade social que, entre outras consequências, pode

estar relacionada, enquanto proxy, com a baixa escolaridade7. Contudo, as políticas

públicas voltadas às questões de raça e gênero que vem sendo implementadas no país,

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46

ainda que de maneira incipiente, podem estar contribuindo para a importante redução na

taxa de analfabetismo, sobretudo, na raça/cor preta8.

Ratificando a redução na taxa de analfabetismo no estado entre as pessoas com 15

anos e mais, é possível observar que o nível de escolaridade entre os indivíduos nessa

faixa etária vem aumentando, sobretudo, entre aqueles com 11 anos e mais de estudo,

cujo acréscimo foi de 2,1 vezes entre os anos de 2001 e 2014. De forma inversa, os

indivíduos com 0 a 3 anos de estudo, incluídos neste seguimento o analfabetismo, sofreu

importante redução de 53,2% no período (Figura 19).

Figura 18. Taxa de analfabetismo (por 100 habitantes) em indivíduos com 15 anos e mais, segundo raça/cor. Pernambuco, 2001 a 2013

Fonte: RIPSA - Indicadores Demográficos do Brasil, 2013

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47

Figura 19. Níveis de escolaridade em indivíduos com 15 anos e mais, segundo a quantidade de

anos estudados. Pernambuco, 2001 a 2014

Fonte: RIPSA, 2014

2.2 Renda

A proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até meio e de até um

quarto de salário mínimo (SM), consideradas em situação de pobreza, sofreu uma redução

importante em Pernambuco, no período de 2001 a 2013, principalmente, entre os

indivíduos com até 1/4 de SM, cuja redução foi de 61,6% (Figura 20).

Figura 20. Proporção da população em situação de pobreza e de pobreza extrema. Pernambuco, 2001 a 2013

Fonte: RIPSA - Indicadores Demográficos do Brasil, 2013

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014

11 e mais anos 19,4 20,5 22,1 23,2 24,7 25,5 26,4 28,0 31,0 33,0 34,8 41,4 42,2

8 a 10 anos 13,2 13,2 13,9 14,2 14,4 14,9 15,8 16,0 15,2 17,5 16,9 18,9 18,6

4 a 7 anos 29,7 29,5 28,8 29,2 28,4 28,5 26,8 27,2 25,6 21,0 21,9 21,5 21,6

0 a 3 anos 37,8 36,9 35,3 33,5 32,6 31,1 31,0 28,8 28,2 28,5 26,4 18,2 17,7

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

< 1/2 SM 71,7 71,9 74,1 72,6 69,3 65,3 63,4 60,4 57,7 51,4 44,8 44,6

< 1/4 SM 46,7 45,3 48,2 44,7 41,4 35,7 33,1 30,4 28,0 22,7 17,2 17,9

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

%

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48

O Índice de Gini, indicador utilizado para medir a desigualdade social por meio do

grau de concentração da distribuição de renda domiciliar per capita, apresentou redução de

19,0% no estado, entre os anos de 2001 e 2013. Esse índice varia de 0 a 1, sendo o valor

0 correspondente a uma completa igualdade e o valor 1 a uma completa desigualdade. Em

2013, Pernambuco alcançou um índice mais baixo que a média da Região Nordeste e do

Brasil, possivelmente em decorrência dos vários programas sociais implementados no

país, especialmente no Nordeste, nesse período (Figura 21).

Figura 21. Índice de Gini. Pernambuco, 2001 a 2013

Fonte: RIPSA - Indicadores Demográficos do Brasil, 2013

A taxa de desemprego, que corresponde ao percentual da população em idade

economicamente ativa (15 a 64 anos) sem trabalho, apresentou uma média de 10,2% entre

2001 e 2013, com redução de 16,9%. Essa taxa foi, em média, 23,7% e 27,8% maior que a

da Região Nordeste e a do Brasil, respectivamente (Figura 22).

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

Pernambuco 0,6174 0,6087 0,5890 0,6066 0,5858 0,5804 0,5586 0,5641 0,5520 0,5259 0,5070 0,5002

R. Nordeste 0,5991 0,5945 0,5843 0,5822 0,5702 0,5723 0,5635 0,5562 0,5562 0,5434 0,5424 0,5358

Brasil 0,5939 0,5877 0,5813 0,5705 0,5676 0,5608 0,5539 0,5441 0,5401 0,5294 0,5277 0,5251

0,0000

0,1000

0,2000

0,3000

0,4000

0,5000

0,6000

0,7000

Índ

ice

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49

Figura 22. Taxa de desemprego (por 100 habitantes). Pernambuco, Região Nordeste e Brasil, 2001

a 2013

Fonte: RIPSA - Indicadores Demográficos do Brasil, 2013

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50

3 Características Ambientais

Nas regiões mais pobres e naquelas pouco ou não urbanizadas, o acesso ao

esgotamento sanitário e à água potável ainda representam importantes desafios a serem

superados. Em Pernambuco, a proporção da população coberta por rede de abastecimento

de água entre os anos de 2001 e 2014 apresentou um aumento de 13,2%, sendo 6,1%

inferior à média nacional e apenas 0,4% maior que a da Região Nordeste (Figura 23). Vale

destacar que outros fatores como condições de seca e racionamento ou abastecimento

intermitente, podem produzir potenciais riscos para a saúde das pessoas e que, mesmo em

grandes centros urbanos, o saneamento ambiental também pode mostrar-se como desafio

a ser enfrentado.

Figura 23. Proporção da população coberta por rede de abastecimento de água. Pernambuco, Região Nordeste e Brasil, 2001 a 2014

Fonte: IBGE/PNAD, 2014

Em Pernambuco, o acesso ao esgotamento sanitário cresceu 68,2% entre os anos

de 2001 e 2014, enquanto o crescimento da Região Nordeste foi de 44,5%. Apesar disso,

destaca-se que a proporção da população atendida por esgotamento sanitário ainda é

13,0% inferior à nacional em 2014 (Figura 24).

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014

Pernambuco 70,9 71,9 72,5 72,8 73,4 74,4 73,2 75,0 76,0 81,9 80,6 82,4 80,2

R. Nordeste 67,9 68,8 70,4 71,3 72,0 73,2 74,0 76,8 76,7 79,0 79,7 79,2 79,9

Brasil 79,7 80,4 81,1 80,4 80,5 81,5 81,6 82,6 83,1 83,5 84,4 85,0 85,4

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

%%

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51

Figura 24. Proporção da população coberta por esgotamento sanitário. Pernambuco, Região

Nordeste e Brasil, 2001 a 2014

Fonte: IBGE/PNAD, 2014

Em relação à coleta de lixo, observa-se um aumento de 23,0% na Região Nordeste

e de 22,4% em Pernambuco, enquanto no país o crescimento foi de 10,2%. Contudo, a

proporção de pessoas cobertas por coleta de lixo no Brasil vem acima de 80,0% desde

2001, alcançando em 2014, 89,8% de cobertura (Figura 25).

Figura 25. Proporção da população coberta por coleta de lixo. Pernambuco, Região Nordeste e Brasil, 2001 a 2014

Fonte: IBGE/PNAD, 2014

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014

Pernambuco 39,0 34,3 38,9 36,6 38,7 39,5 51,8 49,4 42,7 66,6 61,8 60,4 65,6

R. Nordeste 41,4 40,9 42,5 43,5 44,8 46,8 53,2 53,6 51,0 59,4 60,6 56,8 59,8

Brasil 64,2 65,5 66,4 66,0 66,8 67,9 71,1 71,1 70,3 75,4 76,1 74,7 75,4

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

%%

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014

Pernambuco 69,4 73,4 73,7 73,6 76,0 76,2 75,8 76,8 79,0 84,7 83,5 85,5 85,0

R. Nordeste 64,2 65,9 67,8 67,3 69,3 70,5 71,6 73,4 74,5 75,6 74,8 78,2 79,0

Brasil 81,5 83,0 83,9 82,7 83,6 84,7 85,6 86,4 87,3 87,6 87,5 89,4 89,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0%%

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

52

Além do acesso à rede de abastecimento, a qualidade da água fornecida é

fundamental para minimizar potenciais riscos à saúde. A Portaria 2.914/20119 do Ministério

da Saúde define os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para

consumo humano e seu padrão de potabilidade. Em consonância com essa portaria

ministerial, a Nota Técnica 12/201610 da Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde/SES-

PE adota no estado, os parâmetros básicos de monitoramento: coliformes

totais/Escherichia coli, turbidez, cloro residual livre (ou outro agente desinfetante).

As bactérias do grupo dos coliformes não necessariamente possuem relação com

poluição da água por material fecal, mas por, em teoria, serem mais resistentes que outras

bactérias patogênicas, sua presença serve como alerta a uma possível exposição da fonte

a focos de contaminação. Quando há presença de Escherichia coli, bactéria que vive no

intestino humano pode ter havido contaminação da água por fezes ou esgoto, podendo

desencadear distúrbios gastrointestinais caracterizados por diarreia aquosa, além de

infecções urinárias, pneumonias e meningites quando a água é consumida10,11.

Já a turbidez, é o parâmetro indicador da etapa de filtração de remoção de

partículas, consequentemente, da remoção de organismos patogênicos. Embora os valores

preconizados em legislação de potabilidade de água não garantam a ausência desses

patógenos, deve-se buscar água com valores de turbidez os mais baixos possíveis.

Valores de turbidez acima de 1,0 uT indicam uma concentração de partículas em níveis

potencialmente prejudiciais ao processo de desinfecção, podendo servir de abrigo aos

organismos patogênicos e protegê-los da ação do agente desinfectante10,11.

Em relação ao cloro residual livre, a concentração mínima estabelecida no padrão

de potabilidade refere-se ao residual mínimo que deve estar presente na água em toda a

extensão do sistema de distribuição e reservatórios como prevenção a contaminação por

microrganismos. Valores inferiores ao estabelecido podem indicar falhas no processo de

desinfecção, consumo excessivo do cloro residual ou necessidade de pontos secundários

de recloração devido à extensão da área abastecida. Por outro lado, níveis superiores a 2,0

mg/L podem causar rejeição da população devido a mudanças no padrão de gosto e odor

na água e, uma concentração superior a 5,0 mg/L pode representar riscos a saúde da

população, como intoxicações dérmicas, oculares e de mucosas10,11.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

53

Portanto, o monitoramento desses indicadores no estado, entre outros objetivos,

permitem avaliar a eficiência do tratamento de água e identificar a integridade dos sistemas

e das soluções alternativas na sua distribuição, além de investigar e executar medidas

corretivas.

Em Pernambuco, o número de amostras de água para análise dos parâmetros

turbidez, cloro residual e Escherichia coli (E. coli) cresceu no período entre 2007 e 2014,

especialmente deste último, cujo aumento foi de 9,7 vezes no período. Embora, a

proporção de amostras insatisfatórias observadas dentre estes parâmetros, apresentou um

importante aumento, com exceção do parâmetro E. coli, para o qual se observa uma

acentuada redução entre 2013 e 2014 (Figura 26).

Tal fato pode ser explicado pela mudança no padrão dos pontos de coleta da água,

o qual influencia a proporção de insatisfatoriedade. Até 2010, a água coletada para análise

era prioritariamente a de sistema de abastecimento, ou seja, após seu tratamento. A partir

de 2011, com o agravamento da seca e do racionamento, deu-se preferência à análise da

água após a sua reservação em domicílio, sendo que a reservação tende a aumentar a

contaminação. Em 2014, a coleta volta a ser realizada em pontos da rede de

abastecimento, mais especificamente as saídas das estações de tratamento.

Figura 26. Número de amostras analisadas e proporção de amostras insatisfatórias para os

parâmetros turbidez, cloro residual e Escherichia coli. Pernambuco, 2007 a 2014

Fonte: Sisagua-PE

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº Coliformes Totais 1.312 2.070 2.590 3.934 8.425 10.311 13.489 12.756

Nº Turbidez 7.011 7.837 9.239 10.407 13.010 12.024 11.248 9.309

Nº Cloro 7.516 8.641 9.765 13.923 16.359 17.423 2.425 10.821

% Insatisfatória C. Totais 38,7 28,2 27,6 21,8 30,0 30,6 34,0 11,4

% Insatisfatória Turbidez 3,7 5,5 3,3 4,5 9,0 11,9 11,2 10,3

% Insatisfatória Cloro 14,2 15,6 9,5 7,2 12,2 14,7 16,5 15,1

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

-

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

20.000

%

me

ro

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54

O ar urbano, quando poluído, é importante fator para o aumento das doenças

respiratórias e tem nas indústrias e nos veículos automotores, suas principais fontes de

contaminação12. Pernambuco tem passado nos últimos anos por um intenso processo de

desenvolvimento econômico, com foco na interiorização. Quanto a esse aspecto, observa-

se que entre 2006 e 2014, Pernambuco apresentou um crescimento de 32,5% no número

de indústrias extrativas e de 59,7% no número de indústrias de transformação (indústrias

de bens de consumo).

Já a frota de veículos do estado em 2014 se mostrou 2,2 vezes maior que a

observada em 2005, sendo a Região Metropolitana do Recife (RMR) responsável por

47,0% do total de veículos do estado em 2014. O aumento da frota, entre 2005 e 2014, na

RMR e no Recife foi de 1,8 e de 1,6 vezes, respectivamente, enquanto no interior do

estado esse aumento foi de 2,6 vezes, fazendo decrescer a participação da RMR e de

Recife no total da frota do estado (Figura 27).

Em 2014, 18 municípios apresentaram uma razão entre número de habitantes e

frota veicular variando de 2,1 a 2,9 (Figura 28). Tendo em vista a grande quantidade de

poluentes atmosféricos que os veículos liberam no ar, regiões que apresentam uma grande

quantidade de veículos em relação ao número de habitantes devem ser alvo de políticas

específicas, visando à prevenção de doenças respiratórias e de agravos à saúde como os

acidentes de transporte terrestre. Assim, quanto menor for o número de habitantes pela

frota veicular possivelmente maior serão as chances da ocorrência destas condições13.

Figura 27. Frota veicular do estado, da região metropolitana do Recife (RMR) e de Recife. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Detran-PE

1.1

84

.92

0

2.6

27

.80

2

55,4

47,0

33,6

25,1

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

%

me

ro

PE %RMR %Recife

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55

Figura 28. Razão da população residente por frota veicular e município. Pernambuco, 2014

Fonte: Detran-PE

IX

VIII

VIIXI

X

VI

V

IV

II

XII

III

I

Fonte: DETRAN-PE

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56

4 Como Nascem os Pernambucanos

Os dados de natalidade são coletados a partir da Declaração de Nascido Vivo (DN),

que é o documento de entrada no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc)

e também serve para lavratura da Certidão de Nascimento pelo Cartório de Registro Civil14.

Com base nas informações do Sinasc é possível analisar as condições da

gestação, do nascimento e do recém-nascido (RN), além das condições sociais da mãe15.

O número de nascidos vivos serve ainda como base para o cálculo de indicadores de

saúde, tais como coeficiente de mortalidade, razão de morte materna, cobertura vacinal e

taxa bruta de natalidade, importantes para a definição de prioridades em Saúde Pública.

4.1 Taxa Bruta de Natalidade

Seguindo a tendência mundial, o Brasil vem registrando, nos últimos 30 anos,

acentuado declínio da fecundidade, o que reflete na redução da natalidade e repercute na

taxa bruta de natalidade (TBN).

A TBN expressa à frequência anual de nascidos vivos em uma população e sofre

influência da estrutura etária e de sexo. Valores elevados estão relacionados, em geral, a

baixas condições socioeconômicas16. Em Pernambuco, essa taxa passou de 18,1 para

15,5 nascidos vivos por 1.000 habitantes no período de 2005 a 2014 (Figura 29).

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57

Figura 29. Número de nascidos vivos e taxa bruta de natalidade (por 1.000 habitantes). Pernambuco, 2005 a 2014.

Fonte: Sinasc -PE

4.2 Informações relacionadas à mulher

A idade da mulher está relacionada a agravos à saúde materna e infantil.

Gestações em adolescentes ou em idades avançadas podem estar implicadas com ganho

de peso materno, pré-eclâmpsia, complicações perinatais, baixo peso ao nascer e

prematuridade17.

Na figura 30, verifica-se que, nos anos de 2005 a 2014, há uma maior proporção de

nascidos vivos cujas mulheres tinham entre 20 e 34 anos (acima de 68%). No entanto, são

expressivos os percentuais de nascidos vivos de mulheres com idade entre 15 e 19 anos

(acima de 20%). Ao analisar essa faixa etária por região de saúde nota-se que, no ano de

2014, ela manteve-se próxima à média estadual (acima de 20%), com exceção da I região

que registrou frequência de 18% de nascidos vivos de mulheres adolescentes.

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58

Figura 30. Proporção de nascidos vivos, segundo ano de nascimento e idade materna.

Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinasc –PE

A baixa escolaridade materna está associada a um maior risco de mortalidade da

mulher, bem como da mortalidade fetal e infantil, já que menos anos de estudo estão

relacionados a uma atenção inadequada durante o pré-natal, multiparidade e baixo peso ao

nascer18.

Em Pernambuco, a proporção de nascidos vivos de mulheres com nenhum ano de

estudo sofreu redução entre os anos de 2005 e 2014 (de 5,4% para 1,0%), ao passo que

os nascidos vivos de mulheres com 8 a 11 anos de estudo e daquelas com 12 anos e mais

passaram, no mesmo período, de 30,4% para 55,8% e de 9,6% para 13,0%,

respectivamente (Figura 31). As Regiões de Saúde com as maiores proporções de

nascidos vivos de mulheres com nenhum ano de estudo foram as V e VI regiões com 2,3%

e 2,7%, respectivamente (Figura 32).

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

35 e + 8,0 8,4 8,3 8,5 8,6 9,0 9,4 9,6 10,1 10,5

20 a 34 68,2 68,3 68,5 69,0 69,4 69,7 69,1 68,7 68,4 68,2

15 a 19 22,9 22,4 22,2 21,5 21,0 20,2 20,2 20,5 20,4 20,2

10 a 14 1,0 1,0 1,0 1,1 1,0 1,1 1,2 1,2 1,2 1,1

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

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59

Figura 31. Proporção de nascidos vivos, segundo ano de nascimento e escolaridade materna (em anos de estudo). Pernambuco, 2005 a 2014.

Fonte: Sinasc -PE

Figura 32. Proporção de nascidos vivos, segundo Região de Saúde e escolaridade materna (em anos de estudo). Pernambuco, 2014

Fonte: Sinasc -PE

4.3 Informações relacionadas à gestação e ao parto

O acesso ao pré-natal, o tipo de parto e o local do nascimento são informações de

grande interesse para o planejamento na área de saúde materna e da criança. A realização

do pré-natal é fundamental para prevenção e identificação precoce de patologias maternas

e fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do feto e reduzindo os riscos da

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII

Nenhum 0,4 0,9 1,8 1,4 2,3 2,7 1,1 0,8 1,7 0,9 0,8 1,5

De 01 a 03 anos 2,7 6,3 7,9 7,9 9,6 7,6 4,7 4,7 7,2 3,1 4,7 7,9

De 04 a 07 anos 18,4 26,8 33,4 32,7 34,9 30,5 22,2 25,3 28,1 22,1 22,5 30,6

De 08 a 11 anos 59,9 57,5 51,2 48,6 43,8 51,3 60,1 58,1 55,6 66,1 60,7 51,5

12 anos e + 18,6 8,6 5,7 9,4 9,4 7,8 11,9 11,2 7,4 7,8 11,3 8,4

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

%

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60

gestante17. Por isso, o Ministério da Saúde (MS) preconiza um número mínimo de 7

consultas de pré-natal, sendo esse monitoramento realizado a partir dos dados do

Sinasc19,20.

Em Pernambuco, houve redução de 36,1% na proporção de nascidos vivos de

mulheres com 4 a 6 consultas. Em contrapartida, houve aumento de 56,1% na proporção

de nascidos vivos de mulheres com 7 ou mais consultas (Figura 33).

Destaca-se que as II, V, VI, IX e X Regiões de Saúde apresentaram proporção de

nascidos vivos com 7 ou mais consultas de pré-natal acima de 70% em 2014. Por outro

lado, as I e III regiões não alcançaram a meta mínima de 60,0% estabelecida pelo estado21

(Figura 34). Contudo, convém ressaltar que apenas o número de consultas não reflete a

qualidade da assistência do pré-natal. Outros fatores como momento de início do pré-natal

e exames realizados são fundamentais para a diminuição dos riscos que podem afetar a

mulher e a criança.

Figura 33. Proporção de nascidos vivos, segundo ano de nascimento e número de consultas de pré-

natal. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinasc -PE

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61

Figura 34. Proporção de nascidos vivos, segundo número de consultas de pré-natal e Região de Saúde. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinasc -PE

O tipo de parto permite avaliar a qualidade e o acesso da assistência à mulher

durante o pré-natal e o parto17. A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que o

percentual de partos cesáreos seja de no máximo 15%, tendo em vista sua associação ao

aumento das taxas de morbimortalidade materna e infantil22.

Em Pernambuco, observa-se uma inversão na proporção dos tipos de parto entre

2005 e 2014, com aumento de 52,3% no percentual de partos cesáreos e queda de 29,2%

dos partos vaginais (Figura 35), contrariamente ao recomendado pela OMS. Chama a

atenção pelo elevado percentual de cesáreas, as X e XI regiões, que apresentaram 71,9%

e 63,2% de partos desse tipo, respectivamente. Já as VI e VIII regiões obtiveram as

menores taxas de cesáreas, 44,1% e 44,2%, respectivamente, ainda assim em percentuais

acima do limite recomendado (Figura 36).

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62

Figura 35. Proporção de nascidos vivos, segundo ano de nascimento e tipo de parto. Pernambuco,

2014

Figura 36. Proporção de nascidos vivos, segundo ano de nascimento e tipo de parto por região de saúde. Pernambuco, 2014.

Fonte: Sinasc -PE

É interessante observar ainda que a razão entre partos cesáreos e vaginais em

Pernambuco passou de 0,6 em 2005 para 1,2 em 2014. Esse aumento também foi

observado em todos os grupos de faixa etária, de escolaridade e de raça/cor materna, bem

como em todos os estratos de duração da gestação, sendo especialmente maior conforme

o aumento da idade materna e sua escolaridade (Figura 37).

Nas faixas etárias de 20 a 34 anos e de 35 anos e mais, a razão de partos

cesáreo/vaginal foi 2,2 e 3,0 vezes maior em 2014, respectivamente, quando comparadas

às de 2005. Em nascidos vivos de mulheres com 12 anos e mais de estudo, a razão

chegou a ser de 4,8 partos cesáreos para cada parto vaginal em 2014. Em relação à

64,3

45,6

35,6

54,3

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

%

Vaginal Cesário

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63

raça/cor, a branca atingiu em 2014 a razão de 2,2 partos cesáreos para cada parto vaginal

(Figura 37).

Além das diversas formas de desigualdade social que têm sido associadas ao risco

de cesariana no mundo, particularmente as socioeconômicas, de faixa etária e de etnia, as

elevadas taxas de cesariana no Brasil também tem sido associadas à existência de uma

cultura obstétrica23, na qual o desejo da mulher ou a opção do médico, em boa parte dos

casos, conduzem a escolha da via de nascimento, desconsiderando a indicação e os riscos

associados.

No que diz respeito à duração da gestação, observa-se que os partos cesáreos

prevalecem sobre os vaginais, especialmente nas gestações que duraram 37 e 38

semanas, ou seja, no limite inferior do que se considera uma gestação a termo (de 37 a 41

semanas) (Figura 37). Esse aspecto torna-se relevante considerando que cerca de 40%

dos partos cesáreos em 2014 foram eletivos, ou seja, iniciados antes de a mulher ter

entrado em trabalho de parto. Dentre os eletivos, 11,4% ocorreram na semana 37 e 28,8%

na semana 38 da gestação. Além disso, cerca de 30% dos nascidos vivos em partos

eletivos tiveram a idade gestacional aferida por outros métodos que não a data da última

menstruação (DUM), considerado o mais preciso, o que pode superestimar o tempo de

gestação, conduzindo ao agendamento precoce das cesáreas.

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64

Figura 37. Razão entre nascidos vivos de partos cesáreos e partos vaginais, segundo características maternas e duração da gestação. Pernambuco, 2005 e 2014 e 2011 e 2014

Em relação ao local de ocorrência do nascimento, tem-se uma média de 98,9% de

partos hospitalares no período de 2005 a 2014. Quanto aos partos domiciliares, houve uma

redução de 0,9% para 0,3% no mesmo período (Figura 38).

Figura 38. Proporção de nascidos vivos, segundo ano de nascimento e local de ocorrência. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinasc –PE

1,8

0,8

1,4

0,9

0,4

2,2

0,9

1,4

1,0

0,6

0,0

1,0

2,0

3,0

Branca Preta Amarela Parda Indígena

Raça/cor materna

2011 2014

0,4 0,3

0,60,7

0,6 0,6

1,3

2,1

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

10 a 14 15 a 19 20 a 34 35 e +

Idade materna

2005 2014

0,2 0,3 0,4

0,9

2,0

0,5 0,6 0,7

1,2

4,8

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

Nenhum De 01 a 03 anos De 04 a 07 anos De 08 a 11 anos 12 anos e +

Escolaridade materna

2005 2014

0,9

1,3

1,5

1,1

0,8 0,9

1,0

1,5

1,8

1,2

0,9

1,1

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

< 37 semanas 37 semanas 38 semanas 39 semanas 40 a 41 semanas

≥ 42 semanas

Duração da gestação

2011 2014

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Outros 0,8 0,7 0,5 0,7 0,8 0,6 0,5 0,2 0,3 0,4

Domicílio 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3

Hospital 98,3 98,5 98,8 98,7 98,7 99,0 99,2 99,5 99,5 99,4

97%

98%

98%

99%

99%

100%

100%

%

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65

Outro aspecto relevante a ser analisado diz respeito ao número de gestações

anteriores de uma mulher. Quanto maior o número de gestações, maior o risco de a

criança evoluir para óbito24. A análise dessa variável está disponível a partir de 2011,

considerando sua inclusão na DNV em 2010.

No período de 2011 a 2014, cerca de 40% dos nascidos vivos foram de mulheres

primigestas (nenhuma gestação anterior) e 50,0% de mulheres com uma a três gestações

(Figura 39). A III Região de Saúde apresentou o maior percentual de nascidos vivos de

mulheres com uma a três gestações anteriores em 2014, 55,2% e também o menor

percentual de mulheres primigestas, 35,0%. Já as VI e VII regiões apresentaram os

maiores percentuais de nascidos vivos de mulheres com 4 a 6 gestações anteriores, 8,1 e

8,9%, respectivamente (Figura 40).

Figura 39. Proporção de nascidos vivos, segundo ano de nascimento e número de gestações

anteriores. Pernambuco, 2011 a 2014

Fonte: Sinasc –PE

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66

Figura 40. Proporção de nascidos vivos segundo ano de nascimento e gestações anteriores por Região de Saúde. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinasc –PE

4.4 Informações relacionadas ao recém-nascido

A idade gestacional ao nascimento se relaciona com o peso ao nascer. Gestações

que terminam de forma prematura aumentam o risco de baixo peso ao nascer nos RN25,

além de ser um importante fator de risco para a mortalidade infantil26.

Cabe registrar que essa variável passou por mudanças na forma de coleta em

2010, de intervalos predeterminados (menos de 22 semanas, de 22-27 semanas, de 28-31

semanas, de 32-36 semanas, de 37-41 semanas, 42 semanas e mais e Ignorado) para

campo aberto (número de semanas completas). Com isso, percebe-se uma mudança no

perfil a partir de 2011, com aumento de nascidos vivos prematuros para 11,7% e de pós-

termo para 4,6%, os quais poderiam estar subestimados com a forma de aferição anterior.

A mudança na forma de coleta também implicou em um aumento da proporção de

informação ignorada, especialmente no ano subsequente ao da mudança (8,0%),

reduzindo para menos da metade em 2014 (2,7%) (Figura 41).

Entre as Regiões de Saúde, a III foi a que apresentou a maior proporção de

nascidos vivos prematuros em 2014, com 13,2%, seguida pela VII região com 12,6% e pela

XI com 12,4% (Figura 42).

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67

Figura 41. Proporção de nascidos vivos, segundo ano de nascimento e duração da gestação. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinasc -PE

Figura 42. Proporção de nascidos vivos, segundo duração da gestação por região de saúde. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinasc –PE

O peso ao nascer representa um parâmetro importante para a morbimortalidade

infantil27. Segundo a OMS, o peso ao nascer classifica-se em Muito Baixo Peso (<1.500g),

Baixo Peso ao Nascer (1.500-2.499g), Peso Insuficiente (2.500-2.999g), Peso Adequado

(3.000-3.999g) e Excesso de Peso (≥ 4.000g).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

68

Em Pernambuco, observa-se um discreto aumento na proporção de peso

insuficiente, a qual passou de 20,8% no biênio de 2005-2006 para 21,7% no biênio 2013-

2014, enquanto a proporção de BPN vem se mantendo estável, por entorno de 6,0%

(Figura 43).

Figura 43. Proporção de nascidos vivos, segundo peso ao nascer por biênio. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinasc -PE

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69

5 Como Adoecem os Pernambucanos

5.1 Doenças Transmissíveis

5.1.1 Hanseníase

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta e com

importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante28.

Desde 2011, em vista ao enfrentamento desta doença no Brasil, o MS em consonância

com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), incluiu a hanseníase no grupo das

doenças negligenciadas relacionadas à pobreza. Contudo, ainda se faz necessárias

estratégias para ampliação da sua identificação, do manejo clínico adequado, da ampliação

do diagnóstico e da melhora na adesão ao tratamento.

O Brasil, no ano de 2014, registrou 31.064 casos novos de hanseníase, com um

coeficiente de detecção geral de 15 por 100 mil habitantes. Nesse mesmo ano, dentre as

unidades federativas (UF), Pernambuco ocupou a 9ª colocação no país e a 3ª na Região

Nordeste, com 27 casos por 100 mil habitantes, sendo classificado com risco muito alto.

Nos menores de 15 anos, o estado ocupou o 5.º lugar nacional, apresentando-se como

hiperendêmico (Quadro 1). Quanto à Região Metropolitana do Recife (RMR), foi

identificado 82,0% do total de casos diagnosticados, sendo a capital, o município de Recife,

responsável por 88,0%.

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70

Quadro 1. Parâmetros de endemicidade para o coeficiente de detecção anual de casos novos de

hanseníase na população geral e em menores de 15 anos

Classificação Coeficiente Geral Coeficiente <15 anos Hiperendêmico ≥40,00/100.000 hab. ≥10,00/100.000 hab.

Muito Alto 20,00 a 39,99/100.000 hab. 5,00 a 9,99/100.000 hab.

Alto 10,00 a 19,99 /100.000 hab. 2,50 a 4,99 /100.000 hab.

Médio 2,00 a 9,99/100.000 hab. 0,50 a 2,49/100.000 hab.

Baixo <2,00/100.000 hab. <0,50/100.000 hab.

Fonte: Ministério da Saúde. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública: manual técnico operacional [recurso eletrônico]. Brasília, 2016

Em relação aos casos notificados de hanseníase no estado, observa-se na figura

44, um decréscimo na detecção geral, porém com endemicidade muito alta segundo os

parâmetros preconizados pelo MS (Quadro 1). Em relação à detecção em menores de 15

anos, a manutenção da classificação de hiperendemicidade demonstra a presença de

fontes de transmissão ativa da doença e provável endemia oculta.

Figura 44. Número de casos novos de hanseníase e coeficiente de detecção geral e em menores de 15 anos (por 100.000 habitantes), segundo o ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

Quanto à forma clínica, observa-se um comportamento variado. Os menores

percentuais foram identificados na Virchowiana, possivelmente, devido à detecção e ao

tratamento tardios. Identifica-se ainda, um importante percentual de casos ignorados/não

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº de casos (geral) 3.300 3.301 2.260 2.221 3.203 2.799 2.649 2.582 2.604 2.536

Nº de casos (<15 anos) 338 365 244 234 321 265 286 263 285 261

Coeficiente (geral) 39,2 38,8 26,6 25,4 36,4 31,8 29,9 28,9 28,3 27,3

Coeficiente (<15 anos) 12,9 13,8 11,9 9,8 13,5 11,7 12,6 11,5 12,1 11,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

Taxa

de

cas

os

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71

classificados, sugerindo falha no preenchimento na notificação de caso e/ou insegurança

dos profissionais na classificação da doença. As formas predominantes foram a

tuberculóide e dimorfa (Figura 45). A mudança na ficha de notificação, implementada em

2007, pode ter contribuído para o elevado percentual de casos não classificados ou

ignorados nesse ano, havendo redução gradativa nos anos subsequentes.

Figura 45. Proporção de casos novos de hanseníase segundo forma clínica e ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

O acompanhamento dos contatos intradomiciliares examinados, bem como da

proporção de cura e de abandono dos casos de hanseníase são importantes indicadores

para o controle da doença. No estado, observa-se que houve um crescimento na

realização do exame dermatoneurológico dos comunicantes, sobretudo, a partir de 2013,

apresentando-se, em média, nos últimos dois anos com 76,8%. Por outro lado, a proporção

de casos curados mostrou-se com parâmetro regular e em estabilização em todo período

analisado, tendo uma pequena variação de queda de 1,7% entre 2005 e 2014 (Figura 46).

Em relação ao abandono do tratamento, a partir de 2009, observa-se um

considerável declínio, apresentando-se, em média, com 10,6% entre 2009 e 2014.

Observa-se ainda, uma expressiva variação de queda de 86,7% entre 2005 e 2014 (Figura

46).

6,4 8,4

54,0

24,7

12,5 12,1 8,9 8,5 10,9 10,0

20,322,2

12,5

20,4

23,9 21,021,1 19,6

21,9 21,3

31,230,8

14,3

21,8

26,626,3

26,1 26,525,5

22,8

29,4 25,9

13,7

22,024,4 28,3

29,9 31,029,0

31,2

12,7 12,85,4

11,1 12,6 12,3 14,1 14,4 12,7 14,6

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Ignorada/Não classificada Indeterminada Tuberculóide Dimorfa Virchowiana

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72

Figura 46. Proporção de contatos examinados, entre os contatos intradomiciliares registrados, de cura e de abandono dos casos novos de hanseníase. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

Quanto à avaliação do grau de incapacidade física (GIF) no momento do

diagnóstico, verificou-se a maior proporção de grau zero. Houve uma redução dos casos

de grau I e II em 2013, com um ligeiro aumento em 2014 (Figura 47). De acordo com o

MS29, a proporção de casos com grau II de incapacidade deve estar abaixo de 5%, o que

reflete um diagnóstico mais oportuno da doença.

Figura 47. Proporção de casos novos de hanseníase avaliados no momento do diagnóstico segundo o grau de incapacidade física (GIF). Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

No momento da cura, a proporção de incapacidade é menor que a verificada no

momento do diagnóstico (Figura 48). Contudo, há que se destacar que a avaliação de

46,3

79,5

84,883,4

57,9

7,70,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

% contatos examinados % cura % abandono

77,8 76,2

61,571,9 72,8 74,7 73,9 75,8 80,7 78,1

16,5 18,5

29,821,7 21,6 19,5 20,5 18,6

15,1 16,6

5,6 5,3 8,7 6,4 5,6 5,9 5,6 5,6 4,2 5,2

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

% GIF Zero % GIF I % GIF II

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73

incapacidade no momento do diagnóstico é realizada em cerca de 90% dos casos

diagnosticados, enquanto no momento da cura essa avaliação se dá em cerca de 60% dos

casos apenas, evidenciando a necessidade de ampliar a realização da avaliação para

conhecer o real grau de incapacidade no momento da alta.

Figura 48. Proporção de casos novos de hanseníase avaliados no momento da cura segundo o grau de incapacidade física (GIF). Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

A hanseníase se distribui de maneira heterogênea nas 12 Regiões de Saúde do

estado, apresentando áreas de hiperendemicidade a média endemicidade, ressaltando que

as variações provavelmente estão relacionadas a questões operacionais e não

epidemiológicas. Com destaque de hiperendemicidade da VIII, seguida da I região,

concedendo à endemia um aspecto urbano (Figura 49).

83,3 81,3 83,477,0 81,4 81,3 82,0 80,8 84,8 80,9

12,6 13,9 13,017,8 13,7 14,0 13,3 14,1

11,4 14,7

4,1 4,9 3,6 5,2 5,0 4,7 4,7 5,0 3,8 4,4

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

% GIF Zero % GIF I % GIF II

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74

Figura 49. Coeficiente de detecção geral de casos novos de hanseníase por 100.000 habitantes,

segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: Sinan-PE

De um modo geral, as Regiões de Saúde apresentaram aumento na endemicidade

dos casos em menores de 15 anos, com exceção da I, II, III e VI. As regiões com perfil

hiperendêmico no ano de 2014 foram as I, VIII, IX e XII. A variação na endemicidade de

hiperendêmica a não endêmica entre as regiões, retrata as áreas com provável endemia

oculta e com maior necessidade de implementação de ações em menores de 15 anos nas

escolas, visando ao diagnóstico precoce e interrupção na cadeia de transmissão (Figura

50).

Figura 50. Coeficiente de detecção geral de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos

por 100.000 habitantes, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014*

Fonte: Sinan-PE

Nota:*A XI região não apresentou casos novos, em menores de 15 anos, notificados no ano de 2014.

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

2005 58,0 20,0 21,3 12,8 5,8 37,1 36,0 62,7 34,2 21,1 18,9 28,0 39,2

2014 34,8 13,2 18,7 12,3 4,9 11,0 15,2 76,9 42,3 10,1 14,9 28,9 27,3

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

Taxa

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

2005 25,0 2,8 5,8 1,6 0,6 19,0 4,4 7,4 3,1 1,6 5,2 9,1 12,9

2014 19,1 2,0 4,0 3,7 1,4 2,5 4,7 22,3 11,2 1,8 - 12,0 11,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

Taxa

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75

Observa-se a heterogeneidade na distribuição espacial dos coeficientes de

detecção geral de casos novos, apresentando municípios com endemicidade menor que 2,

cercados de áreas hiperendêmicas e com endemicidades muito altas, revelando as

fragilidades nas ações de detecção e controle da doença pelo sistema local de saúde

(Figura 51).

Figura 51. Coeficiente de detecção geral por 100.000 habitantes de casos novos de hanseníase por município de residência, segundo parâmetros de endemicidade. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

IX

VIII

VII XI

X

VI

V

IV

II

XII

III

I

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76

5.1.2 Tuberculose

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium

tuberculosis, a transmissão ocorre através das vias aéreas por inalação de bacilos ativos

que afeta, principalmente, os pulmões, sendo a doença mais frequente e de maior

relevância para a saúde pública, podendo também se instalar em outros órgãos, causando

a tuberculose extrapulmonar28.

No mundo, são notificados cerca de 9 milhões de novos casos todos os anos e 1,5

milhão de óbitos por tuberculose, o que a caracteriza como de alta magnitude,

transcendência e vulnerabilidade. Por isso, em maio de 2014, foi aprovada na Assembleia

Mundial de Saúde, a Estratégia Global End-TB, a qual definiu metas para a prevenção,

atenção e o controle da tuberculose pós-2015. Para tanto, a OMS definiu que a redução do

coeficiente de incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes representa o fim

da tuberculose como problema de saúde pública no mundo.

O Brasil encontra-se no grupo dos 22 países que concentram 80% dos casos de

tuberculose no mundo, ocupando a 16ª posição em número absoluto de casos. No cenário

nacional, Pernambuco ocupa o 4º lugar em incidência e o 2º de mortalidade entre os

estados.

Nos últimos 10 anos, a média de casos novos no estado foi de 4.272 por ano,

representando um incremento de 3,9% nas notificações entre 2005 e 2014. Quanto à taxa

de incidência, verifica-se que houve oscilação no período, sobretudo, a partir de 2006

quando houve significativa redução, voltando a patamares mais elevados em 2012. Em

2014 a taxa de incidência do estado foi 46,3% maior que a incidência nacional de 33,5 por

100.000 habitantes em 2014 (Figura 52). O aumento do número de casos nos últimos anos

decorre da intensificação da busca ativa de casos, especialmente em unidades prisionais,

considerando que as pessoas privadas de liberdade representam cerca de 10% do total de

casos de tuberculose de Pernambuco.

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77

Figura 52. Número de casos novos de tuberculose e taxa de incidência (por 100.000 habitantes), segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

Em relação à proporção de casos novos de tuberculose segundo faixa etária e sexo

em 2014, observa-se que o maior percentual, em ambos os sexos, foi entre 20 a 39 anos,

sendo o sexo masculino responsável por 69,4% do total de notificações (Figura 53).

Figura 53. Proporção de casos novos de Tuberculose, segundo faixa etária e sexo. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

No período analisado, a média de óbitos foi de 380 por ano, com um incremento de

9,8% entre os anos de 2006 e 2014. Em relação à taxa de mortalidade, a média anual foi

de 4,3 óbitos por 100.000 habitantes, sendo o ano de 2007 o de maior expressão com 4,7

por 100.000 habitantes (Figura 54).

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78

Figura 54. Número de óbitos de Tuberculose e taxa de mortalidade (por 100.000 habitantes), segundo ano do óbito. Pernambuco, 2006 a 2014

Fonte: Sinan-PE

Em 2014, na distribuição de casos de tuberculose por municípios, verifica-se que 15

deles não registraram casos, enquanto 120 municípios apresentaram taxa de incidência

variando de 10,0 a 50,0 por 100.000 habitantes e 24 com incidência de 50 a 334 por

100.000 habitantes. Entre os municípios que possuem as maiores taxas de incidência

estão: Itamaracá, Itapissuma, Canhotinho, Recife, Abreu e Lima, Palmares, Cortês, Xexéu,

Olinda, Joaquim Nabuco e Camutanga, distribuídos nas I, III, V, XII Regiões de Saúde

(Figura 55).

Figura 55. Taxa de incidência de tuberculose (por 100.000 habitantes), segundo município de residência. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

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79

Em relação à mortalidade, ainda em 2014, observa-se que 89 municípios no estado

não notificaram óbitos. Em 88 municípios, as taxas de mortalidade variaram entre 1,0 a

10,0 óbitos por 100.000 habitantes. Nos municípios de Água Preta, Betânia, Itapissuma,

Itaquitinga, Maraial, Rio Formoso, Sirinhaém e Xexéu, a taxa de mortalidade ficou acima de

10 óbitos por 100.000 habitantes (Figura 56).

Figura 56. Taxa de mortalidade de tuberculose (por 100.000 habitantes), segundo município de residência. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

A meta do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) é de curar 85%

dos casos de tuberculose diagnosticados e de manter o percentual de abandono do

tratamento em patamares aceitáveis de até 5%, entre outras metas. Comparando-se os

anos de 2005 e 2014, verifica-se que o estado apresentou uma redução de 8,9% na

proporção de encerramento por cura e de 9,5% em relação ao percentual de abandono.

Houve incremento de cerca de 6 vezes no encerramento por óbito, possivelmente por uma

melhoria na qualidade da investigação dos óbitos (Figura 57). Do total de casos das

unidades prisionais do estado, os percentuais de cura e de abandono, em 2014, foram de

71,6% e de 7,1%, respectivamente.

Em 2014, Pernambuco apresentou uma das maiores taxas de mortalidade do país e

o município do Recife foi a segunda capital com a maior taxa de mortalidade30.

IX

VIII

VIIXI

X

VI

V

IV

II

XII

III

I

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80

Figura 57. Situação de encerramento dos casos novos de Tuberculose. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: Sinan-PE

No que concerne à proporção de encerramento por cura, a maior parte das Regiões

de Saúde apresentou declínio entre 2005 e 2014, especialmente as X e VIII regiões, cujos

decréscimos foram de 25,6% e 21,9%, respectivamente. A VI região apresentou aumento

de 9,2%, atingindo 80,7% de cura em 2014, percentual acima da média nacional de 74,0%

(Figura 58). Por outro lado, a maior parte das regiões reduziu a proporção de encerramento

por abandono, com exceção das III, VIII e IX regiões que apresentaram aumento de 31,6%,

8,7% e 66,7%, respectivamente (Figura 59).

Figura 58. Proporção de cura dos casos novos de Tuberculose, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: Sinan-PE

Figura 59. Proporção de abandono dos casos novos de tuberculose, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014

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81

Fonte: Sinan-PE

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82

5.1.3 HIV/Aids

A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e sua manifestação clínica

em fase avançada, ou síndrome da imunodeficiência adquirida (aids), ainda representam

um problema de saúde pública de grande relevância na atualidade, em função do seu

caráter pandêmico e de sua transcendência. Os indivíduos infectados pelo HIV, sem

tratamento, evoluem para uma grave disfunção do sistema imunológico, à medida que vão

sendo destruídos os linfócitos T CD4+, uma das principais células alvo do vírus28.

No Brasil, até o ano de 2014, segundo estimativa do MS, cerca de 734 mil pessoas

viviam com HIV/aids no país, correspondendo a uma prevalência de 0,4% da população

geral. Nos últimos dez anos, verificou-se uma estabilização da taxa de incidência de aids,

com uma média de 20,5 casos para cada 100 mil habitantes.

Ainda no cenário nacional, no período de 1980 até 2008, observa-se um aumento

na participação das mulheres notificadas com aids. Com isso, a razão de sexo que era

cerca de 26 casos em homens para cada mulher em meados da década de 80, alcançou

em 2008, 1,5 casos. A partir de 2009, a participação do sexo feminino reduziu, refletindo-se

na razão de 1,8 homens para cada mulher em 2013.

Em Pernambuco, no período de 2005 a 2014, foram diagnosticados um total de

12.838 casos de aids, com uma média de 1.284 por ano. Em 2005, a taxa de incidência foi

de 14,2 por 100.000 habitantes, atingindo o maior valor em 2013 com aproximadamente 18

casos a cada 100.000 habitantes (Figura 60).

Quanto aos óbitos, registrou-se 5.055 óbitos por aids no período analisado. No

primeiro ano da análise, a taxa de mortalidade foi de 4,8 por 100.000 habitantes, enquanto

que em 2014 essa taxa subiu para 6,6 (Figura 60). Esse aumento chama a atenção, visto

que novas tecnologias para diagnóstico rápido e novos antirretrovirais foram criados,

possibilitando o melhor manejo clínico das pessoas vivendo com HIV e aids (PVHA), o que

reflete a necessidade de esforços para a ampliação do acesso ao diagnóstico precoce e da

vinculação dessas pessoas aos Serviços de Assistência Especializada (SAE), assim como

da adesão ao tratamento antirretroviral.

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83

Figura 60. Número de casos e de óbitos por aids, taxa de incidência e taxa de mortalidade (por 100.000 habitantes), segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

Em 1987, com a detecção inicial de casos em mulheres, a razão de sexos no

estado era de 21 casos em homens para cada mulher. Com o passar dos anos, a epidemia

antes concentrada nos homens, apresentou tendência à feminização com razão de sexo de

1,7 em 2014. No sexo masculino, também é possível observar uma mudança no perfil

quando comparado ao início da epidemia, antes concentrada na população de homens que

fazem sexo com outros homens (HSH), com tendência à heterossexualização dos casos.

Na figura 61, a média por categoria de exposição à infecção pelo HIV no sexo

masculino foi de 27,6% entre os HSH e de 32,5% nos heterossexuais. Dos casos ocorridos

por transmissão vertical, a média do período é de 2,2%. Contudo, há uma elevada

proporção de informação ignorada quanto à categoria de exposição na população

masculina, que atingiu 38,8% em 2014, o que compromete essa análise.

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84

Figura 61. Proporção de casos de aids do sexo masculino por categoria de exposição à infecção

pelo HIV, segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

No sexo feminino, prevalece a categoria heterossexual de exposição à infecção

pelo HIV desde o início da epidemia. No período de 10 anos, a média foi de 82,4%. A

categoria de transmissão vertical também merece destaque, principalmente, quando

comparada ao sexo masculino, no decênio, a média foi de 3,3%, com uma redução no

último ano para 2,5% (Figura 62).

Figura 62. Proporção de casos de aids do sexo feminino por categoria de exposição à infecção pelo

HIV, segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

31,5 34,2 38,232,9 32,5 33,5 30,6 31,1 32,9 30,0

28,933,7

30,5

28,1 26,7 28,026,3 24,7

25,7 27,0

34,229,5 27,7

33,8 38,0 34,840,1 41,7 38,6 38,8

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Heterossexual HSH (homossexuais e bissexuais)Transmissão vertical Usuários de drogas injetáveisHemofílico, transfusão e acidente mat. biológico Ignorado

72,3 76,882,8 84,0 83,8 86,2 85,8 84,6 85,8

79,2

3,74,3

2,6 2,8 4,2 3,8 3,6 2,3 3,0

2,523,4

18,212,2 11,3 9,6 8,0 8,7 10,6 8,5

15,5

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Heterossexual Homossexual e bissexual

Usuárias de drogas injetáveis Hemofílica, transfusão e acidente mat. biológico

Transmissão vertical Ignorado

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85

A maior parte dos casos de aids concluiu o ensino fundamental ou médio. Contudo,

a informação ignorada foi bastante elevada no decênio, com 29,2% em 2014, o que

fragiliza a análise (Figura 63).

Figura 63. Proporção de casos de aids por escolaridade, segundo ano de diagnóstico. Pernambuco,

2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

No tocante a faixa etária, é visível a predominância da epidemia de aids nos

adultos, principalmente, nos adultos jovens (20 a 39 anos), apresentando-se, em média,

com a maior proporção (60,9%). Por outro lado, destaca-se a ocorrência de casos em

idosos (60 anos e mais) com uma variação de aumento de 14,1% do primeiro ao último ano

da análise (Figura 64).

15,1 11,73,7 4,4 3,8 5,2 6,3 4,9 5,0 4,0

34,134,3

43,9 46,442,6 39,3

43,3 46,641,2

37,2

17,9 21,4 22,0 19,420,8 22,3

21,0 21,3

21,221,1

4,4 6,6 5,5 4,95,0 7,9

7,0 5,26,0

7,3

25,5 23,8 22,3 22,5 25,9 23,5 21,4 20,825,4 29,2

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Sem escolaridade Ensino Fundamental Ensino Médio

Ensino Superior Ignorada Não se aplica

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86

Figura 64. Proporção de casos de aids por faixa etária, segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

Em relação à taxa de incidência de aids, observa-se que a I região destaca-se em

2005 e 2014 com as maiores taxas do estado, apresentando uma diminuição de 3,1% no

último ano. Chama a atenção que, em mais da metade das regiões, a taxa de incidência

elevou-se, sobretudo, nas IV e VIII com 2,5 e 2,9 vezes de aumento, respectivamente

(Figura 65).

Figura 65. Taxa de incidência de aids (por 100.000 habitantes) por Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: Sinan-PE

Quanto aos óbitos por aids, as I, III e XII regiões apresentaram as maiores taxas de

mortalidade nos dois anos observados. Com exceção da IX região, houve aumento na taxa

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

60 anos e mais 2,9 2,5 2,6 2,1 2,6 2,8 3,4 3,1 4,7 3,3

40 a 59 anos 29,4 30,7 28,8 30,2 31,2 34,5 31,2 33,0 33,4 33,8

20 a 39 anos 61,5 62,7 64,0 62,4 62,8 58,2 61,5 59,8 57,4 58,2

15 a 19 anos 2,5 1,4 1,4 2,1 1,1 2,3 2,0 2,4 2,6 2,9

5 a 14 anos 1,1 0,9 0,8 1,0 0,5 0,9 1,2 0,6 0,6 0,8

< 5 anos 2,5 1,7 2,3 2,1 1,7 1,3 0,7 1,1 1,2 1,0

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII

2005 24,1 6,6 11,8 5,9 4,6 7,8 6,1 3,3 2,6 3,4 0,0 7,2

2014 23,3 7,5 16,4 14,6 5,0 2,7 4,8 9,7 2,0 1,1 3,0 9,6

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

Taxa

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de mortalidade, principalmente, nas I e III regiões que apresentaram taxas 56,6% e 21,0%

maiores que a do estado, que foi de 6,6 por 100.000 habitantes em 2014 (Figura 66).

Figura 66. Taxa de mortalidade por aids (por 100.000 habitantes), segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: Sinan-PE

Em se tratando de gestantes com HIV em Pernambuco, houve 2.684 gestantes

notificadas no período analisado, com um aumento em número de casos de 41,2%. Quanto

à taxa de detecção, há uma flutuação entre 2007 e 2010, porém também com tendência de

aumento. Em 2014, a taxa de detecção foi 2,7 por 1.000 nascidos vivos (NV), 50,0% maior

que a verificada em 2005. A notificação deste evento sinaliza uma rede atenta e sensível

ao diagnóstico do HIV para a prevenção da transmissão vertical (Figura 67).

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII

2005 7,8 2,0 6,0 2,7 1,4 1,2 0,8 1,3 2,2 1,1 0,5 3,0

2014 10,3 4,4 7,9 3,6 2,8 2,0 2,8 1,5 0,9 1,6 2,6 5,8

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

Taxa

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88

Figura 67. Número de casos de gestantes com HIV e taxa de detecção (por 1.000 nascidos vivos), segundo ano de notificação. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

A detecção de casos de aids em menores de cinco anos tem sido utilizada como

indicador proxy para avaliar a transmissão vertical do HIV. Na figura 68, verifica-se uma

discreta tendência de queda nos últimos dez anos, apresentando-se com uma taxa de 2,1

por 100.000 habitantes em 2014. No estado, particularmente, os casos de aids em

menores de 13 anos, também refletem a transmissão vertical do HIV. Nesta faixa etária,

verificou-se também uma diminuição em número de casos e na taxa de incidência, com

queda de 47,6% e 42,0%, respectivamente.

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº de casos 277 272 204 236 155 283 279 289 298 391

Taxa de detecção 1,8 1,9 1,4 1,6 1,1 2,1 2,0 2,0 2,1 2,7

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

Taxa

me

ro

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89

Figura 68. Número de casos de aids e taxa de incidência (por 100.000 habitantes) em menores de 5

anos e em menores de 13 anos, segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

N º de casos (< 5 anos) 30 18 23 23 19 18 10 17 20 15

Nº de casos (< 13 anos) 42 27 30 33 25 30 23 24 26 22

TI (< 5 anos) 3,5 2,1 3,0 3,0 2,5 2,7 1,5 2,5 2,8 2,1

TI (< 13 anos) 1,9 1,2 1,5 1,6 1,2 1,6 1,2 1,2 1,3 1,1

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Taxa

de

cas

os

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90

5.1.4 Sífilis

A sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica, de evolução crônica, causada

pelo Treponema pallidum28. A doença não tratada progride ao longo de muitos anos, sendo

classificada em sífilis primária, secundária, latente recente, latente tardia e terciária. A

transmissão pode ser sexual, vertical ou sanguínea. A via predominante é a sexual,

entretanto, a mulher portadora da bactéria durante a gestação, pode transmitir para o feto

durante todo o período gestacional. O resultado da contaminação do feto pode ser o

abortamento, óbito fetal, morte neonatal ou o nascimento de crianças com sífilis.

Em 2013, o Brasil diagnosticou 13.705 casos de sífilis congênita, apresentando uma

taxa de incidência de 4,7 por 1.000 NV. No mesmo ano, o total de gestantes notificadas

com sífilis foi de 21.382 e 7,4 estavam expostas ao risco de adoecer a cada 1.000 NV. A

mortalidade infantil por sífilis no país ainda é um sério problema de saúde pública. No

referido ano, ocorreram 161 óbitos por sífilis congênita e a taxa de mortalidade foi de

5,5/1.000 NV.

Em 2014, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) criou o Comitê Regional

para Validação da Eliminação da Transmissão Materno-Infantil de HIV e Sífilis, visando a

certificação dos países que alcançassem metas determinadas em seis indicadores até

2015, entre eles a taxa de incidência de sífilis congênita, que deve ser de 0,5 caso por

1.000 nascidos vivos.

Pernambuco, em 2015, elaborou um Plano de Enfrentamento à Sífilis, priorizando

ações de controle à doença em oito municípios responsáveis por 70% dos casos de sífilis

congênita no estado. A reorientação da estratégia envolve ações com foco no diagnóstico,

assistência ao usuário, vigilância dos casos e educação em saúde. A proposta tem como

foco a população de maior vulnerabilidade, mas com grande atenção à sexualmente ativa,

principal exposta ao risco de contrair o Treponema.

Além do Plano estadual, conta-se também com o apoio do Fundo das Nações

Unidas para a Infância (Unicef) por meio da implantação do “Selo Unicef Município

Aprovado”. A estratégia do Unicef é realizada em parceria com os municípios do Semiárido

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

91

e da Amazônia Legal Brasileira, com o objetivo de promover a melhoria da qualidade de

vida das crianças e adolescentes dessas regiões. Os municípios que se inscrevem no Selo

assumem o compromisso de elaborar, em um processo participativo, um diagnóstico da

situação da população de zero a 17 anos e um Plano Municipal de Ação. Dentre as linhas

de cuidado, encontram-se a redução da mortalidade infantil, a melhoria da saúde materna

e o combate ao HIV/Aids. Todas essas linhas são trabalhadas com ações de testagem

rápida e implantação de grupos de discussão de casos e óbitos por sífilis congênita e

HIV/aids. No estado, até 2012, foram aprovados para o Selo Unicef, 31 municípios.

De 2005 a 2014, no estado, foram notificadas 4.726 gestantes com sífilis, sendo a

média de 473 por ano de diagnóstico. Nesse período, observa-se um importante

incremento de cerca de 2,7 vezes tanto no número de casos quanto na taxa de incidência

(Figura 69). Apesar disso, a subnotificação da sífilis em gestantes ainda é uma realidade a

ser enfrentada no estado.

Quanto a essa questão, tem-se que, em 2014, nenhuma Região de Saúde atingiu o

número de casos notificados de gestantes com sífilis estimados pelo MS (1,08% dos NV).

A região que mais se aproximou, notificando 62 gestantes (68,7%), foi a XII e a que mais

se distanciou foi a VI região, com apenas 10 casos 15,0%), notificando muito menos que o

esperado (Figura 70).

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92

Figura 69. Número de casos de gestantes com sífilis e taxa de incidência (por 1.000 nascidos

vivos), segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

Figura 70. Número de casos de gestantes com sífilis e estimativa do Ministério da Saúde (1,08 % dos nascidos vivos), segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

Entre os anos de 2005 e 2014, houve aumento de 80,1% e 91,0% em número de

casos e na taxa de incidência de sífilis congênita, respectivamente, o que pode sugerir

melhora da notificação, mas também pode refletir a deficiência do diagnóstico oportuno,

tendo em vista a baixa utilização da testagem para a sífilis, sobretudo, para as gestantes e

seus parceiros sexuais na APS (Figura 71).

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº de casos 282 506 369 356 350 376 490 558 688 751

Taxa de incidência 1,9 3,5 2,6 2,4 2,5 2,7 3,5 3,9 4,9 5,2

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

0

100

200

300

400

500

600

700

800

Taxa

de

cas

os

PE I IV VII III XII II V IX VII XI VI X

Nº de casos 751 388 101 62 41 35 33 28 18 15 11 10 9

Estimativa 1.550 660 213 97 120 51 88 93 64 25 41 67 31

-

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

me

ro

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93

Figura 71. Número de casos de sífilis congênita e taxa de incidência (por 1.000 nascidos vivos), segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

A I Região de Saúde apresenta as maiores taxas de incidência de sífilis congênita,

sobretudo em 2014 com 14,6 por 1.000 NV, sendo cerca de 6 vezes maior que a taxa das

demais regiões. Com exceção da XI, as demais regiões apresentaram expressiva variação

no aumento da incidência de sífilis congênita, especialmente, nas IX e XII regiões, com

aumento de cerca de 5,6 vezes entre 2005 e 2014 (Figura 72).

Figura 72. Taxa de incidência de sífilis congênita (por 1.000 nascidos vivos), segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: Sinan-PE

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº de casos 704 652 578 407 431 486 678 752 951 1.268

Taxa de incidência 4,6 4,5 4,0 2,8 3,0 3,5 4,8 5,3 6,7 8,8

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

-

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

Taxa

de

cas

os

I II III IV V VI VII VII IX X XI XII

2005 8,1 2,6 4,3 3,2 1,3 0,9 1,4 3,6 0,3 0,0 1,9 1,4

2014 14,6 5,2 6,1 6,3 2,6 1,8 3,0 4,9 1,7 1,1 1,1 7,8

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

Taxa

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

94

Entre 2005 e 2014, o estado registrou 111 óbitos em menores de um ano por sífilis

congênita, sendo as maiores taxas de mortalidade observadas na I Região de Saúde, com

uma taxa de 16,4/1.000 NV e na III região, com uma taxa de 18,0/1.000 NV.

5.1.5 Hepatites Virais

As hepatites virais B e C são um grave problema de saúde pública no Brasil e no

mundo. O tratamento, quando indicado, é fundamental para evitar a progressão hepática e

suas complicações, como o câncer e a cirrose. Segundo a OMS, a infecção crônica

causada pelo vírus da hepatite viral B (VHB) atinge aproximadamente 350 milhões de

pessoas em todo o mundo, sendo a principal causa de cirrose e carcinoma hepatocelular

(CHC). Já a hepatite C (HCV) é um agravo que hoje afeta mais de 185 milhões de pessoas

em todos os continentes31,32.

No Brasil, os estudos realizados a partir da década de 90 indicam mudanças na

endemicidade da infecção pelo vírus B31. Isso se deve, provavelmente, à instituição da

vacinação universal contra hepatite B para menores de um ano, em 1998, e a posterior

ampliação para qualquer faixa etária a partir de 2015.

Em relação à hepatite C estima-se que exista, no Brasil, entre 1,4 e 1,7 milhões de

portadores de hepatite C32, número significativamente inferior às estimativas da OMS.

Grande parte dos portadores de hepatite C desconhece seu diagnóstico e poucos sabem

como ocorreu a transmissão ou que existe tratamento para a doença. No país,

aproximadamente 10 mil casos são notificados a cada ano.

Em Pernambuco, as ações de controle das hepatites virais são desenvolvidas no

campo da prevenção, vigilância epidemiológica, sanitária e assistência à saúde. Uma das

ações de prevenção e assistência à saúde é desenvolvida por meio do diagnóstico precoce

com teste rápido (TR). Os testes são realizados em nível de atenção básica com oferta de

testes sorológicos ou nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) com TR e/ou

Elisa. Todos os CTA do estado têm TR implantado. O estado também oferece aos

portadores o atendimento secundário e terciário em serviços de referência para hepatites.

Os serviços de referência para hepatites virais estão localizados na I Região de Saúde (08

serviços), na IV (01 serviço), na VI (01 serviço) e na VIII (01 serviço).

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95

No período de 2005 a 2014, foram diagnosticados um total de 4.591 casos

confirmados de hepatites virais B e C em Pernambuco. A taxa mais elevada para hepatite

B foi observada em 2014 com o valor de 4,0/100.000 hab. e em 2013 para hepatite C com

4,4/100.000 hab. Ambas apresentam risco crescente, demonstrando a necessidade de

investimento em medidas preventivas (Figura 73).

Figura 73. Número de casos confirmados das hepatites virais B e C e taxa de incidência (por 100.000 habitantes), segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

A população de 20 a 39 anos esteve mais exposta à contaminação pelo vírus B nos

anos de 2007 e 2011, enquanto a faixa de 40 a 59 anos apresentou uma maior exposição

no ano de 2014. A proporção de casos na faixa etária dos menores de um ano em 2012 foi

zerada, o que se deve, provavelmente, a uma maior sensibilização ao uso da vacina ao

nascer e à instituição da vacinação universal contra hepatite B para menores de um ano.

Em julho de 2013, o MS ampliou a faixa etária e todos puderam receber a vacina

gratuitamente em qualquer posto de saúde. Com isso, espera-se modificar o cenário

apresentado na figura 74.

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Hep. B 203 150 181 155 137 171 202 203 329 370

Hep. C 197 168 187 198 191 161 310 307 401 370

Taxa Inc. Hep. B 2,4 1,8 2,1 1,8 1,6 1,9 2,3 2,3 3,6 4,0

Taxa Inc. Hep. C 2,3 2,0 2,2 2,3 2,2 1,8 3,5 3,4 4,4 4,0

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

Taxa

me

ro d

e c

aso

s

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96

Figura 74. Proporção de casos confirmados de hepatite viral B, segundo faixa etária. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

Semelhante ao quadro da hepatite B observa-se diferença considerável na

distribuição dos casos de hepatite C entre as faixas etárias. Porém, nessa situação, a

população entre 40 a 59 anos seguida da faixa dos 60 anos concentram o maior número de

casos. Observa-se ainda uma pequena proporção de casos dentre os menores de um ano,

porém não se identifica a categoria de exposição. É válido salientar que todos os casos de

hepatites B e C em menores de dois anos de idade são passíveis de investigação (Figura

75).

Figura 75. Proporção de casos confirmados de hepatite viral C, segundo faixa etária. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

60 anos e mais 7,9 6,7 6,6 11,0 9,5 10,5 5,9 13,3 14,0 12,7

40 a 59 anos 35,0 24,7 27,1 29,0 34,3 33,3 34,2 40,9 35,9 42,2

20 a 39 anos 41,9 48,7 47,0 41,9 47,4 48,0 51,0 39,9 43,5 40,0

10 a 19 anos 8,9 9,3 8,8 8,4 5,1 3,5 5,9 5,9 2,7 3,0

1 a 9 anos 5,9 9,3 8,8 8,4 1,5 4,1 2,5 0,0 3,0 1,4

<1 0,5 1,3 1,7 1,3 2,2 0,6 0,5 0,0 0,9 0,8

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

60 anos e mais 25,4 33,9 32,6 28,8 34,6 38,5 33,9 38,1 37,7 33,8

40 a 59 anos 43,1 48,2 45,5 49,0 46,1 45,3 46,1 42,0 44,6 42,7

20 a 39 anos 21,3 12,5 17,1 18,7 14,1 13,7 17,1 17,6 15,0 21,9

10 a 19 anos 4,1 2,4 0,5 0,5 2,6 0,6 1,6 1,6 0,7 0,5

1 a 9 anos 5,6 3,0 1,6 1,5 0,5 1,2 0,0 0,0 0,7 0,0

<1 0,5 0,0 2,7 1,5 2,1 0,6 1,3 0,7 1,2 1,1

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

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97

Em relação ao risco para o adoecimento pela hepatite B, as maiores taxas de

incidência (por 100.000 hab.) são identificadas, em 2005, nas I, III, V e XI regiões com

valores de 3,2; 3,0; 2,4 e 2,4 respectivamente. Em 2014, observa-se aumento das taxas na

I região (6,6), na XII (4,2) e na III (3,8) (Figura 76).

Figura 76. Taxa de incidência (por 100.000 habitantes) de hepatite viral B, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: Sinan-PE

Para a hepatite C, a taxa de incidência mostra-se crescente de 2005 a 2014. No

entanto, em 2005, a região de maior risco para esta doença é a VIII, com uma taxa de

5,9/100.000 hab., seguida da I (3,4) e da IV (1,7). Para o ano de 2014, a I região volta a ser

foco para risco quando apresenta uma taxa de incidência de 7,0/100.000 hab., seguida da

IV (2,2) e da VIII (2,1) (Figura 77).

I II III IV V VI VII VII IX X XI XII

2005 3,2 0,9 3,0 2,0 2,4 1,5 2,3 1,3 1,3 - 2,4 1,3

2014 6,6 1,5 3,8 1,4 1,5 1,5 2,1 1,5 1,4 1,6 1,3 4,2

-

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

Taxa

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98

Figura 77. Taxa de incidência (por 100.000 habitantes) de hepatite viral C, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: Sinan-PE

5.1.6 Cólera

A cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda, causada pela enterotoxina do

Vibrio cholerae, cujos sintomas mais frequentes são diarreia e vômito. É transmitida ao

homem por via oral, mediante consumo de água e alimentos contaminados, principalmente

por mãos não higienizadas28. Associa-se a sua propagação à falta de saneamento básico,

que costuma atingir os extratos pobres da população.

A manifestação dos sintomas pode acontecer entre poucas horas e até cinco dias

pós-contágio, podendo ser desde infecções inaparentes e casos leves (90%) até casos

graves (10%), com diarreia intensa e irrefreável, que pode levar a desidratação rápida e ao

óbito, se não tratada adequadamente.

A cólera apresenta-se de forma epidêmica em várias partes do mundo, tendo sido

responsável por sete pandemias desde 1817. A última delas foi introduzida na América

Latina por meio do litoral peruano, atingindo o Brasil em janeiro de 1991 e, desse ano até

2005, foram registrados 168.625 casos e 2.035 óbitos, sendo a maior parte deles na

Região Nordeste. A última epidemia nacional ocorreu em 2010, em São Paulo, procedente

da Costa Rica.

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII

2005 3,4 0,7 0,4 1,7 1,2 0,3 0,8 5,9 0,6 1,1 0,5 1,6

2014 7,0 1,2 1,2 2,2 1,5 1,5 2,1 2,1 0,3 1,1 1,3 1,3

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

Taxa

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99

Em Pernambuco, os casos e óbitos pela doença estão distribuídos no período de

1992 a 2005, totalizando 31.062 casos confirmados e 392 óbitos, com registro das mais

altas taxas de incidência e expansão territorial no início da epidemia. A maior letalidade

ocorreu em 1996 (2,9%) com 7 óbitos. Os últimos registros de casos no estado foram no

município de São Bento do Una, integrante da IV região de saúde (Caruaru), nos anos de

2004 (21 casos) e 2005 (4 casos), e no Recife (I região de saúde), em 2005, com um caso

isolado da doença. Importante ressaltar que de 2006 a 2014 não houve registro de novos

casos no estado (Figura 78).

Figura 78. Número de casos, óbitos e taxa de letalidade de cólera, segundo ano de notificação. Pernambuco, 1992 a 2014

Fonte: Sinan-PE

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Casos 9.09 9.81 6.31 908 238 562 1.16 2.41 456 1 - - 21 5 - - - - - - - - -

Óbitos 82 137 66 9 7 7 7 53 9 - - - - - - - - - - - - - -

Taxa d letalidade 0,9 1,4 1,0 1,0 2,9 1,2 0,6 1,9 2,0 - - - - - - - - - - - - - -

-0,5

-

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

-

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

Taxa

de

cas

os

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100

5.1.7 Febre Tifóide

A febre tifóide é uma doença bacteriana aguda, causada pela Salmonella entérica

sorotipo typhi. Não apresenta sazonalidade ou outras alterações cíclicas, assim como

distribuição geográfica de importância prática. Sua distribuição é mundial e está associada

a baixos níveis socioeconômicos, principalmente a precárias condições ambientais e de

saneamento28.

Sua transmissão ocorre de forma direta, pelo contato com as mãos de uma pessoa

doente, e indireta, por consumo de água e alimentos contaminados. A contaminação dos

alimentos, assim como na cólera, geralmente se dá por meio de manipulação de pessoas

afetadas, por isso também é conhecida como “doença das mãos sujas”. Seu quadro clínico

geralmente apresenta febre, calafrios, cefaleia, astenia, bradicardia, esplenomegalia,

manchas rosadas no tronco, constipação ou diarreia e tosse seca.

No Brasil, a febre tifóide ocorre de forma endêmica, e durante as últimas décadas,

apresentou tendência de declínio nos coeficientes de morbimortalidade, com concentração

de casos nas Regiões Norte e Nordeste. No estado de Pernambuco, entre os anos de 2005

e 2015, foram notificados 143 casos, dos quais 33 (23,1%) foram confirmados, sendo a

incidência maior na faixa etária de menores de um ano. Nesse mesmo período, foram

registrados quatro óbitos por febre tifóide e paratifoide, sendo dois no município do Recife e

um no município de Camaragibe, ambos na I Região de Saúde, e um caso no município de

Santa Cruz, localizado na IX região.

Seguindo a tendência nacional, os maiores picos da doença no estado são

observados nos anos de 2006 e 2008, ambos com sete casos. Nos últimos dez anos, o

número de casos e a taxa de incidência vem diminuindo gradativamente, chegando a zero

no ano de 2014 (Figura 79).

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101

Figura 79. Número de casos e taxa de incidência (por 100.000 habitantes) de febre tifóide, segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

A I Região de Saúde apresentou a maior proporção relativa de casos (30,3%) entre

os anos de 2005 e 2014, seguida pelas IV e VII regiões com 21,2% e 18,2% dos casos,

respectivamente (Figura 80). Os municípios do Recife, Belo Jardim e Salgueiro

apresentaram as maiores incidências.

Figura 80. Número de casos de febre tifóide, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº de casos 5 7 6 7 1 3 - 1 3 -

Taxa de incidênca 0,6 0,8 0,8 0,9 0,1 0,4 - 0,1 0,4 -

-0,2

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Taxa

de

cas

os

10

-

4

7

-

2

6

3

- - -

1

-

2

4

6

8

10

12

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII

de c

asos

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102

5.1.8 Doenças Transmitidas por Alimentos

Doenças transmitidas por alimentos (DTA) são todas as ocorrências clínicas,

caracterizadas como síndrome, consequentes à ingestão de alimentos e/ou água que

possam estar contaminados por microrganismos patogênicos (infecciosos, toxinogênicos

ou infestantes), toxinas de microrganismos, substâncias químicas, como agrotóxicos e

metais pesados, objetos lesivos ou que tenham em sua constituição toxinas naturais, a

exemplo de cogumelos, algas e peixes28. Um surto de DTA caracteriza-se quando duas ou

mais pessoas apresentam, por evidência epidemiológica, sinais e sintomas semelhantes

após a ingestão de alimento ou água de mesma origem. Estima-se que, anualmente, mais

de um terço da população mundial adoeça devido a surto de DTA e somente uma pequena

proporção é notificada.

No Brasil, de 2007 a 2014 foram notificados 4.475 surtos de DTA com 111.842

pessoas afetadas. Entre os alimentos envolvidos, destacam-se os alimentos mistos

(14,1%), seguido de ovos e produtos a base de ovos (7,8%). Dentre os microrganismos

isolados a bactéria Salmonella spp foi a mais presente.

Em Pernambuco, no mesmo período, foi observado aumento importante na

notificação de surtos de DTA, com destaque para os anos de 2013 (n. 108) e 2014 (n. 162),

sendo os alimentos (37,4%) os principais veículos de transmissão de agente causador de

DTA quando comparado à água (Figuras 81 e 82). Entretanto, em 2013 e 2014, houve

aumento no número de surtos ocasionados pela ingestão de água, provavelmente, devido

à severa estiagem que atinge o estado desde 2012, onde mais de 70 municípios

decretaram situação de emergência. Chama a atenção o alto percentual de surtos por

alimentos indeterminados (38,4%) (Figura 82).

Em 2012 e 2013, também foram realizadas formações permanentes sobre o

Sistema de Vigilância Epidemiológica das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar

(SVEDTA) para regiões de saúde e municípios, o que pode ter refletido no aumento do

número de surtos notificados em locais antes silenciosos.

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103

Figura 81. Número de surtos por DTA, segundo ano de ocorrência. Pernambuco, 2007 a 2014

Fonte: SIVEDTA/Sinan-PE

Figura 82. Número de surtos por DTA, segundo o alimento contaminado envolvido. Pernambuco, 2007 a 2014

Fonte: SIVEDTA/Sinan-PE

A maior ocorrência de surtos de DTA no período analisado foi em residências

(32,3%) e em serviços de alimentação, como: restaurantes, padarias, lanchonetes, entre

outros (16,7%). A partir de 2011, houve aumento na notificação de surtos ocorridos em

estabelecimentos de ensino (12,4%) e, em 2014, em refeitórios de construção civil (7,8%)

(Figura 83). Esse último pode estar relacionado ao maior desenvolvimento industrial de

alguns municípios como Goiana, Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho.

38 4331 30

6252

108

162

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

0,4

0,6

1,0

1,1

1,5

1,5

1,7

2,7

2,9

4,8

5,1

16,5

21,9

38,4

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0

Sementes de oleoginosas

Raízes e tubérculos

Frutas

Leguminosas

Doces e sobremesas

Leite e derivados

Pescados e frutos do mar

Hortaliças

Aves

Cereais

Carnes

Preparações mistas

Água

Indeterminado

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104

Figura 83. Número de surtos por DTA, segundo o local de ocorrência. Pernambuco, 2007 a 2014

Fonte: SIVEDTA/Sinan-PE

Os microrganismos mais frequentemente isolados nos surtos de DTA foram as

bactérias (55%) e os vírus (8%) (Figura 84). Dentre as bactérias, houve predomínio da

Escherichia coli (41,2%), seguida de Staphylococus aureus (16,2%) e Salmonella spp

(9,5%). Destaca-se ainda o aumento de surtos causados por Shigella, flexineri e sonnei,

nos anos de 2013 e 2014. Dentre os surtos causados por vírus, sobressaíram os causados

por hepatite A (9,2%) e rotavírus (5,9%).

Figura 84. Número de surtos por DTA, segundo o agente etiológico envolvido. Pernambuco, 2007 a 2014

Fonte: SIVEDTA/Sinan-PE

0,2

0,6

0,6

1,1

2,5

3,8

4,4

5,5

5,5

6,7

7,8

12,4

16,7

32,3

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0

Embarcação

Comércio

Indústria

Refeitório

Hotel

Eventos

Alojamento/trabalho

Serviços de Saúde

Outros

Casos dispersos na comunidade

Construção Civil

Estabelecimentos de ensino

Serviços de Alimentação

Residência

55%

8%

36%

Bactérias Vírus Parasita Não infeccioso Químico Inderterminado

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105

A I Região de Saúde concentrou mais de 50,0% do total de surtos notificados em

Pernambuco. As V e XII regiões apresentaram as menores proporções de surtos no

período analisado, 1,3% e 1,7%, respectivamente (Figura 85).

Figura 85. Proporção de surtos por DTA, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2007 a 2014

Fonte: SIVEDTA/Sinan-PE

58,6

6,1 5,5 4,8 4,8 4,4 3,8 3,4 3,0 2,7 1,7 1,3

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

I VI VIII VII XI X III IX IV II XII V

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106

5.1.9 Influenza e Vírus Respiratório Síncial

Na síndrome respiratória aguda grave (SRAG), destacam-se as infecções pelos

vírus da Influenza e do Vírus Respiratório Sincicial (VRS), por serem mais expressivos do

ponto de vista epidemiológico. Por esse mesmo motivo, a atuação sobre esse tipo de

infecção tem sido alvo de políticas específicas tanto no âmbito internacional como no

nacional.

A influenza é uma infecção viral que afeta principalmente nariz, garganta,

brônquios, e ocasionalmente, o pulmão. Sua transmissão ocorre por meio de contato direto

e/ou indireto com secreções respiratórias de um indivíduo doente. A infecção é

caracterizada por início repentino de sintomas como febre alta, dor muscular, cefaleia, mal-

estar, tosse e coriza, os quais podem durar de uma a duas semanas28.

Existem três tipos de vírus da influenza, A, B e C, sendo os dois primeiros objetos

de grande interesse para a saúde pública devido a epidemias sazonais, sobretudo o vírus

A (H1N1), responsável por importantes pandemias28, a exemplo da ocorrida em 2009, a

qual desencadeou a instituição, inicialmente, de protocolos internacionais de vigilância de

todos os casos suspeitos, e posteriormente apenas os casos graves e óbitos passaram a

ser acompanhados.

O VRS é o principal agente de pneumonia e bronquiolite infantis, em menores de

dois anos, responsável pelo agravamento de 25% a 40% dos casos. Em crianças maiores

de dois anos representa a principal causa de infecção nosocomial, além de provocar

infecções respiratórias benignas, onde essas últimas acometem também adultos. Apesar

de não existir até o momento vacina licenciada no país, há vários estudos em andamento,

que indicam a eficácia de um anticorpo monoclonal na prevenção de casos graves por

VRS.

No Brasil, desde 2012, a vigilância da influenza e do VRS passou a ser sindrômica,

sendo de notificação imediata e universal todos os casos de internação por SRAG. Nesses

casos, recomenda-se a coleta do vírus circulante para seu isolamento.

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107

Com o objetivo de identificar o vírus respiratório circulante e permitir o

monitoramento da demanda do atendimento por síndrome gripal, foi implantada no estado,

em 2005, a vigilância sentinela de influenza.

A taxa de detecção por influenza em 2013 foi de 0,3 casos por 100 mil habitantes,

permanecendo a mesma em 2014. A do VRS passou de 0,2 casos por 100 mil habitantes

em 2013 para 0,9 casos por 100 mil habitantes em 2014.

A maior parte dos casos de SRAG, com resultados positivos para influenza e VRS

ocorreram em menores de 2 anos, grupo etário com maior risco para complicações

(Figuras 86 e 87). Contudo, há que se considerar que as unidades que mais notificaram

casos são referência no atendimento pediátrico.

Figura 86. Proporção de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) com diagnóstico laboratorial de influenza, segundo ano de diagnóstico e faixa etária. Pernambuco, 2013 e 2014

Fonte: Sinan-PE

Figura 87. Proporção de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) com diagnóstico laboratorial de Vírus Respiratório Sincicial - VRS, segundo ano de diagnóstico e faixa etária. Pernambuco, 2013 e 2014

Fonte: Sinan-PE

53,3

20,0

6,7 6,713,3

78,9

5,3 5,3 5,3 5,3

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

< 2 anos 2 a 4 5 a 9 10 a 19 20 e +

2013 2014

79,3

17,2

3,4

86,4

12,3

1,20,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

< 2 anos 2 a 4 5 a 9 10 a 19 20 e +

2013 2014

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108

5.1.10 Coqueluche

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda imunoprevenível causada pela

bactéria Bordetella pertussis, compromete o sistema respiratório e se caracteriza por

paroxismo de tosse seca. Apresenta distribuição universal e até 1940 foi a maior causa de

mortalidade infantil do mundo33.

Com a instituição dos programas de imunização no Brasil ainda na década de 1940,

houve uma redução de 90% dos casos. No entanto, ainda ocorre de forma endêmica e

epidêmica pelo país, com várias hipóteses que vêm sendo estudadas, entre elas, a perda

gradual da imunidade adquirida, mudanças genéticas da bactéria, aumento do número de

portadores assintomáticos e seleção natural de variantes resistentes a vacina33,34.

Em Pernambuco, a situação epidemiológica da coqueluche é semelhante à do

Brasil, com importante redução de casos a partir da década de 1980 e recorrência cíclica a

partir de 2007, com intervalos de 2 a 3 anos.

Com o objetivo de prevenção e controle da coqueluche no estado, em 2011, houve

intensificação da vigilância epidemiológica com a ampliação e o fortalecimento da rede

sentinela, incluindo a doença na lista de doenças de notificação imediata através da

portaria estadual nº 104/2012. Em 2014, no cenário nacional houve novas recomendações

do Ministério da Saúde para a definição de caso suspeito e confirmado, as quais podem

ser consultadas através do Guia de Vigilância Epidemiológica publicado no referido ano.

No período de 2005 a 2014, a coqueluche ocorreu de forma endêmica e epidêmica

no estado, com destaque para o ano de 2012, em parte devido à ampliação e

fortalecimento da rede sentinela e das demais ações da vigilância, e para o ano de 2014,

entre outros fatores, pelo aumento da sensibilidade de detecção da doença (Figura 88).

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109

Figura 88. Número de casos de coqueluche; taxa de incidência (por 100.000 hab.) e taxa de letalidade segundo o ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

A coqueluche ocorre com maior frequência em crianças menores de 1 ano, faixa

etária que não possui o esquema vacinal completo e que tem maior risco para

agravamento e óbito. Com a intensificação da vigilância e aumento da investigação dos

comunicantes, nos últimos dois anos (2013 e 2014) ampliou-se a detecção de casos em

adolescentes e adultos (Figura 89).

Como a imunidade adquirida pela vacina ou pela doença não permanece por toda a

vida, mantendo-se de 5 a 10 anos após a última dose, os adolescentes e os adultos

adoecem e transmitem a doença para crianças menores de 1 ano. Com o objetivo de

proteger esta faixa etária, desde novembro de 2014, tem sido oferecida na rede pública a

vacina dTpa para as gestantes e os profissionais de saúde que atendam crianças menores

de 6 meses.

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº de casos 94 79 82 128 39 29 82 263 175 1191

Incidência 1,1 0,9 1,0 1,5 0,4 0,3 0,9 2,9 1,9 12,8

Letalidade 0 2,5 2,4 2,3 0,0 0,0 2,4 2,3 1,7 1,3

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

Taxa

de

cas

os

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110

Figura 89. Proporção de casos de coqueluche, segundo faixa etária e ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

25,5 29,120,7

25,835,9 34,5

26,8 28,522,9

17,1

35,1

46,8

47,6

52,3 30,8 37,9 53,7 47,5

43,4

31,8

14,9

12,7

13,4

7,8

12,86,9

6,1 10,6

6,3

8,3

11,7

6,313,4

10,917,9

6,9

3,7 6,5

6,9

14,0

10,65,1

3,44,9

4,6

14,3

19,0

10,34,9 6,3 9,7

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

<2 meses 2 a 5 meses 6 meses a < 1 ano 1 a 4 anos 5 a 19 anos 20 anos e+

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111

5.1.11 Poliomielite

A poliomielite é uma síndrome clínica que pode ocorrer sob a forma de infecção

não-aparente ou sob a forma paralítica, caracterizada por um quadro febril agudo de início

súbito, com sintomas gastrintestinais, deficiência motora de intensidade variável, cefaleia e

comprometimento dos neurônios motores da medula espinhal, ocasionando paralisia. Em

geral, a doença acomete os membros inferiores com flacidez muscular, diminuição ou

abolição dos reflexos neurológicos e preservação da sensibilidade28.

A partir de 1980, com as campanhas nacionais de vacinação em massa, a

vigilância, prevenção e controle da poliomielite causaram impacto tão significativo dentre as

doenças imunopreveníveis no Brasil, que os últimos casos confirmados causados pelo

poliovírus selvagem foram registrados nos anos de 1988 em Pernambuco e 1989 na

Paraíba.

Em 1994, o Brasil recebeu o Certificado de Erradicação da Poliomielite, entretanto,

ainda vem ocorrendo casos em outras regiões do mundo. Diante disso, para identificação

precoce da reintrodução da poliomielite no país, a adoção de medidas de controle

oportunas vem sendo realizada através da vigilância das Paralisias Flácidas Agudas (PFA).

Desde então, todo caso de deficiência motora aguda e flácida em menores de 15

anos, independente da hipótese diagnóstica, e em pessoas de qualquer idade que

apresentem hipótese diagnóstica de poliomielite, deve ser imediatamente notificado. Em

todos os casos, é realizada coleta de amostra de fezes para pesquisa do poliovírus.

Para garantir uma vigilância epidemiológica de qualidade deve-se assegurar uma

taxa de notificação superior a 1 caso de PFA por 100.000 habitantes. No período de 2007 a

2014, no estado, foram notificados 227 casos de PFA, sendo 2014 o ano de maior

notificação, com 42 casos notificados e uma taxa de 1,8 por 100.000 habitantes. A

cobertura vacinal se manteve acima de 100% nos anos analisados (Figura 90).

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112

Figura 90. Número de casos de Paralisia Flácida Aguda e Cobertura Vacinal contra Poliomielite. Pernambuco, 2007 a 2014

Fonte: Sinan-PE/SI-PNI

28 2618

31 29 31

22

42

110,9

101,7

90,0

95,0

100,0

105,0

110,0

115,0

0

20

40

60

80

100

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Co

ber

tura

vac

inal

de

caso

s

Nº de casos de PFA Cobertura vacinal contra Poliomielite

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113

5.1.12 Sarampo

O Sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, potencialmente grave,

transmissível, extremamente contagiosa e com maior frequência na infância. Caracteriza-

se por febre alta, acima de 38,5°C, exantema máculo-papular generalizado, tosse, coriza,

conjuntivite e manchas de Koplik. O período de transmissibilidade inicia-se de 4 a 6 dias

antes do exantema, dura até 4 dias após seu aparecimento e a incubação é geralmente de

10 dias, podendo variar entre 7 e 18 dias28. No Brasil, é de notificação compulsória

devendo ser notificada em até 24 horas.

Até o final dos anos 70, essa virose era uma das principais causas de óbito dentre

as doenças infectocontagiosas. Com o aumento da cobertura vacinal houve uma redução

gradativa do número de óbitos na década de 8028.

Em 1992, com a implantação do Plano Nacional de Eliminação do Sarampo, foi

adotada a meta de eliminação dessa doença para o ano 2000, com a intensificação da

vigilância epidemiológica, cujo marco inicial foi a realização da primeira campanha nacional

de vacinação.

Entre 2000 e 2013 não houve registro da ocorrência de casos autóctones de

sarampo no país. Em 2012, foi confirmado caso importado da França em um residente do

município de Olinda (PE), onde foi identificado o vírus do sarampo genótipo D4. Na

ocasião, foram realizadas todas as ações de prevenção e controle, não identificando casos

secundários.

Nos anos de 2013 e 2014, houve um surto de sarampo pelo genótipo D8 em

Pernambuco, com predomínio da faixa etária de 0 a 4 anos (73,9% dos casos). O surto foi

inicialmente identificado nos municípios da RMR, expandindo-se para 24 municípios do

estado com um total de 1.030 casos suspeitos, sendo 226 confirmados. Não houve registro

de nenhum caso confirmado de sarampo em Pernambuco após 14 de março de 2014

(Figura 91).

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114

Figura 91. Número de casos confirmados de Sarampo e cobertura vacinal, segundo ano do início do exantema. Pernambuco, 1980 a 2014

Fonte: Sinan-PE/SI-PNI

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

19

80

19

81

19

82

19

83

19

84

19

85

19

86

19

87

19

88

19

89

19

90

19

91

19

92

19

93

19

94

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

Co

be

rtu

ra v

acin

al

de

cas

os

Nº de casos Cobertura vacinal

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115

5.1.13 Rubéola

A Rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta alta

contagiosidade e acomete principalmente crianças. Sua importância epidemiológica está

relacionada ao risco de abortos, natimortos e malformações congênitas, como cardiopatias,

catarata e surdez. O quadro clínico é caracterizado por exantema máculo-papular e

puntiforme difuso, com início na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se

posteriormente para tronco e membros. Febre baixa e linfoadenopatia retroauricular,

occipital e cervical posterior também são passíveis de ocorrer28.

Desde 1999, com a implementação do Plano de Erradicação do Sarampo no Brasil,

a vigilância epidemiológica e o combate da rubéola foram impulsionadas. Em Pernambuco,

o último caso autóctone foi registrado no ano de 2004.

Nos período de 2005 a 2007 houve vários surtos no país. No estado foram

registrados 58 casos alóctones em 2007 e 2008 (Figura 92). Com a ampliação da

vacinação de bloqueio, a qual incluiu homens e mulheres adultos, observou-se a maior

campanha de vacinação contra rubéola em 2008, com uma cobertura vacinal de 94,0% no

Brasil e de 107,2% em Pernambuco.

Diante dos esforços realizados para o controle dessa doença, cumpriu-se em 2010

a meta nacional de eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita, não se

registrando casos desde então. Em 2015, o Brasil recebeu oficialmente o Certificado de

Eliminação da Rubéola.

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116

Figura 92. Número de casos confirmados de Rubéola e cobertura vacinal, segundo data do início do exantema. Pernambuco, 2000 a 2014

Fonte: Sinan-PE/SI-PNI

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº de Casos 1526 320 60 27 19 2 0 51 7 0 0 0 0 0 0

Cobertura vacinal 113,1 103,7 99,3 104,4 119,7 110,8 107,5 111,0 107,2 107,3 101,3 112,4 104,6 93,1 100,6

-

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

Co

be

rtu

ra v

acin

al

de

cas

os

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117

5.1.14 Meningites

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o sistema

nervoso central, e pode ser causada por bactérias, vírus, parasitas e processos não

infecciosos. Apresenta casos isolados o ano todo. No entanto, algumas bactérias e vírus,

causadores dessa doença, podem causar surtos. Acomete crianças e adultos, sendo as

crianças menores de 2 anos mais susceptíveis. Seus principais sintomas são febre,

cefaleia, náuseas, vômitos e sinais de irritação meníngea28.

Um dos principais objetivos da vigilância das meningites é a detecção precoce dos

casos para um tratamento oportuno e profilaxia dos comunicantes próximos, quando

pertinente. No Brasil, a meningite é de notificação compulsória imediata. Do ponto de vista

da saúde pública, as principais meningites são as virais, que apresentam quadro clínico

mais leve, e as bacterianas, que causam a forma mais grave da doença, sendo os

principais agentes causadores: Neisseria meningitidis (meningococo); Streptococcus

pneumoniae (pneumococo); e Haemophilus influenzae.

Em Pernambuco, as meningites causadas por Haemophilus e Pneumococos

mantêm-se estáveis ao longo dos anos, diferentemente das meningites virais, que

apresentam grandes oscilações no número de casos (Figura 93). Os anos de 2007 e 2008

correspondem aos anos de maior incidência, com taxas de 32,9 e 20,6 por 100.000

habitantes, respectivamente, muito acima da média dos anos seguintes (2009 a 2014) que

foi de 7,7 por 100.000 habitantes.

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118

Figura 93. Proporção de casos de meningites, segundo etiologia e ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

A vacinação é uma das principais medidas de prevenção às meningites, tendo sido

introduzida à vacina Haemophilus influenzae tipo B ao Calendário Básico de Imunização

Nacional no ano 2000, e as vacinas pneumocócica 10-valente e meningocócica C

(conjugada) em 2010. Entre 2005 e 2014 houve uma redução de 70,0% na taxa de

incidência das meningites, provavelmente devido à introdução dessas vacinas (Figura 94).

Figura 94. Número de casos e taxa de incidência (por 100.000 habitantes) de doença meningocócica, segundo ano de diagnóstico. Pernambuco 2005 a 2014

Fonte:Sinan-PE

A doença meningocócica apresenta uma elevada taxa de letalidade, com uma

rápida evolução ao óbito, principalmente nos primeiros dois anos de vida. Em Pernambuco,

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

MGT Hemófilo 0,2 0,9 0,3 0,3 0,6 0,3 0,1 0,3 0,6 0,2

MGT por Pneumococos 2,4 2,9 1,1 1,2 2,3 1,3 1,7 1,5 1,5 1,9

Outras etiologias/não específicadas 7,3 8,7 7,2 10,3 18,8 18,1 25,4 22,1 11,7 12,1

MGT por outras bactérias 35,8 34,6 12,0 13,4 21,0 18,4 15,6 11,1 12,0 17,7

MGT Viral 45,2 43,7 76,3 71,1 47,9 54,2 49,1 58,0 66,2 63,0

Doença Meningocócica 9,1 9,2 3,1 3,6 9,3 7,6 8,1 7,0 7,9 5,0

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº de casos 151 106 113 91 100 77 107 115 103 50

TX incidência 1,8 1,2 1,3 1,0 1,1 0,9 1,2 1,3 1,1 0,5

-

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

-

20

40

60

80

100

120

140

160

Taxa

de

cas

os

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119

além da redução na incidência, verifica-se também uma redução de 80,5% no número de

óbitos entre 2005 e 2014 (Figura 95).

Figura 95. Número de óbitos e taxa de letalidade de doença meningocócica, segundo ano do óbito.

Pernambuco 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

A I Região de Saúde concentrou 73,6% dos casos de doença meningocócica entre

2005 e 2014, seguida pela IV região com 7,8% (Quadro 2). Do total de casos, 42,1% foram

confirmados por critério laboratorial, com predominância dos sorogrupos B até o ano 2007,

e C a partir de 2008, ambos, predominantes no estado. Em 2014, o diagnóstico

laboratorial, por intermédio do Lacen-PE, foi descentralizado para o Hospital Correia

Picanço, unidade de referência estadual localizado nessa região.

Quadro 2. Número de casos de doença meningocócica, segundo Região de Saúde e ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº de óbitos 41 25 20 15 11 15 26 22 20 8

TX de letalidade 27,2 23,6 17,7 16,5 11,0 19,5 24,3 19,1 19,4 16,0

-

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

-

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Taxa

de

leta

lidad

e

de

ób

ito

s

Região de Saúde 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

I 128 86 68 59 71 54 76 93 71 40

II 1 3 5 3 3 3 6 4 4 -

III 2 3 15 13 9 7 6 4 9 4

IV 8 12 19 9 5 5 7 6 8 1

V 2 - 2 6 6 1 2 4 5 5

VI - - 1 - 1 2 2 2 - -

VII - - - - - 1 - - - -

VIII 2 1 - - - - - - 1 -

IX 2 - - - 1 1 2 - 2 -

X - - - - 1 - 2 2 - -

XI - - 1 - 1 - 1 - 1 -

XII 6 1 2 1 2 3 3 - 2 -

Pernambuco 151 106 113 91 100 77 107 115 103 50

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120

5.1.15 Tracoma

O tracoma é uma doença infecciosa ocular, crônica e recidivante, causada pela

bactéria Chlamydia trachomatis, e se não tratada pode levar a cegueira. Acomete crianças

e adultos, sendo as crianças as mais suscetíveis. A transmissão pode ocorrer de forma

direta, mão-olho-mão, ou indireta, através de objetos contaminados (lençóis, toalhas e

fronhas) ou por vetores mecânicos como a mosca doméstica e/ou a lambe-olhos28.

Entre 2011 e 2014, o tracoma integrou o Programa Sanar1, o qual baseado na

elevada prevalência (igual ou maior que 4,7%), de acordo com o inquérito realizado pelo

Ministério da Saúde em 2006, elegeu como estratégia o desenvolvimento de ações de

prevenção e controle em 22 municípios prioritário do estado.

A meta estabelecida para o período foi a de reduzir a prevalência a menos de 5%

em estudantes na faixa etária de 1 a 15 anos, matriculados nas escolas da rede pública

dos municípios prioritários até 2014. Para tanto, foi realizado diagnóstico e tratamento por

meio de inquérito censitário. Como resultado, foram examinados 79.280 indivíduos de 784

escolas públicas, sendo 2.402 (3,0%) detectados com tracoma e tratados com azitromicina

(20mg/kg). Dos casos diagnosticados, 56,4% eram do sexo feminino e 66,2% de escolas

da zona urbana.

A cada seis meses após os inquéritos, durante um ano e meio, os casos tratados

foram reavaliados. Além disso, foram examinados 2.940 conviventes dos casos positivos,

sendo detectados 255 (8,7%). Também foram realizadas ações de educação em saúde

(Brigada Estudantil) em 178 escolas para mais de 15 mil alunos.

Em 2014, a prevalência nos 22 municípios prioritários que era de 7,6% em 2010,

passou para 2,5% em 2014, atingindo assim a meta preconizada pelo Programa Sanar.

Ao todo, 62 municípios, incluindo os prioritários, receberam ações de prevenção e

controle do tracoma, voltadas para os alunos do ensino fundamental das escolas públicas e

seus familiares; população geral das áreas de extrema pobreza em municípios com baixo

IDH; escolares e familiares de áreas indígenas, totalizando 104.917 pessoas examinadas,

com 4.178 detectadas e tratadas (Figura 96).

1 O Programa de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas (SANAR) foi implantado em 2011 com o objetivo de reverter um conjunto de

indicadores inaceitáveis de sete doenças negligenciadas, entre elas hanseníase, tuberculose, esquistossomose, filariose linfática, geohelmintíases, doença de Chagas e tracoma, esta última incluída na primeira fase do Programa.

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121

Figura 96. Municípios prioritários e não prioritários com ações do Programa Sanar para o tracoma. Pernambuco, 2011 a 2014

Fonte: Sanar/SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

122

5.1.16 Esquistossomose

A Esquistossomose Mansônica é uma doença infecto-parasitária provocada por

vermes do gênero Schistosoma, que pode evoluir desde quadros assintomáticos até

formas clínicas extremamente graves. Seu hospedeiro intermediário, os caramujos de água

doce do gênero Biomphalaria, são encontrados em diversas coleções hídricas como

lagoas, açudes ou margens de córregos ou rios28.

No Brasil, o estado de Pernambuco é o que apresenta o maior grau de

endemicidade para essa doença35. Em 2010, foi observada uma média de 7,9% de

positividade entre as 142.090 pessoas examinadas no inquérito epidemiológico. Entre os

anos 2009 e 2013, ocorreram, em média, 171 óbitos por ano, com a maior taxa de

mortalidade da Região Nordeste. No estado, são 103 municípios endêmicos distribuídos

em seis regiões de saúde, da I a V e XII, sendo as II, III e XII regiões de alta endemicidade

para a doença.

Entre os anos de 2005 e 2012, houve uma redução de 86,3% no número de casos

confirmados de esquistossomose. A partir de 2013, ocorreu um discreto aumento nesse

número, contudo o percentual de tratamento, em 2014, retornou a um patamar próximo ao

do início do período analisado (Figura 97). Tal fato, pode ser explicado através da

implementação da estratégia do tratamento seletivo (TS) nos municípios endêmicos, nos

quais foram capacitados os profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) localizadas

em áreas de elevado risco de transmissão da doença, promovendo o envolvimento das

equipes de saúde nas ações de diagnóstico, tratamento e vigilância.

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123

Figura 97. Número de casos confirmados de esquistossomose e percentual de tratados, segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sanar/SES-PE

A alta endemicidade da doença nas II, III e XII regiões, pode ser justificada por

apresentarem inúmeras coleções hídricas e condições precárias de esgotamento sanitário

e de abastecimento de água, levando à população a usar os rios para a sua subsistência

diária. Na III região, embora verifique-se uma redução de 94,3% no número de casos

confirmados entre os anos de 2005 e 2014, ela ainda permanece com um número

expressivo de casos em relação às demais (Figura 98).

Como parte do efetivo controle da esquistossomose, preconiza-se que todos os

casos positivos sejam tratados, buscando uma cobertura de tratamento superior a 80%36.

Contudo, nas I, II e XII regiões, ainda observa-se mais de 20,0% de casos sem tratamento

em 2014 (Figura 98). Entre outros fatores, as ausências e recusas dos pacientes positivos,

bem como da não realização de busca ativa por parte das equipes de saúde da família,

podem estar desencadeando as baixas coberturas de tratamento, e consequentemente o

surgimento da ocorrência de casos graves e complicados e de óbitos.

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº de casos 52.840 38.027 16.289 11.894 11.540 11.181 9.520 7.227 7.845 8.607

% tratados 85,7 84,6 82,5 80,2 80,8 77,3 79,1 77,2 75,6 81,8

70,0

72,0

74,0

76,0

78,0

80,0

82,0

84,0

86,0

88,0

-

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

%

de

cas

os

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124

Figura 98. Número de casos confirmados de esquistossomose e percentual de tratados, segundo Região de Saúde endêmica. Pernambuco, 2014

Fonte: SISPCE-PE

IV Região de Saúde

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

-

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

%

de

cas

os

Nº de casos % tratados

I Região de Saúde

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

%

de

cas

os

Nº de casos % tratados

II Região de Saúde

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

-

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

50.000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

%

de

cas

os

Nº de casos % tratados

III Região de Saúde

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

-

100

200

300

400

500

600

700

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

%

de

cas

os

Nº de casos % tratados

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

-

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

%

de

cas

os

Nº de casos % tratados

V Região de Saúde

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

%

de

cas

os

Nº de casos % tratados

XII Região de Saúde

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125

5.1.17 Leishmaniose

A leishmaniose visceral (LV) e a leishmaniose tegumentar americana (LTA) são

doenças infecciosas, não contagiosas, e de transmissão vetorial, transmitida pelo mosquito

flebótomo. Acometem de forma primária, os animais silvestres, e de forma secundária, os

cães domésticos, os quais são considerados importantes reservatórios do tipo visceral. Os

dois tipos diferem entre si pela localização do acometimento. A do tipo visceral é uma

doença sistêmica que atinge principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Já a

tegumentar acomete a pele e as mucosas, caracterizando-se, principalmente, por feridas

na pele28.

No Brasil, a leishmaniose constitui-se num importante problema de saúde pública,

não só pela sua alta incidência, e extensa distribuição geográfica, como também pela

possibilidade de assumir formas graves37,38. A LV apresenta elevada letalidade, podendo

evoluir para óbito em mais de 90% dos casos não tratados. Nesse aspecto, o diagnóstico e

o tratamento precoce são fundamentais28,37.

Entre os métodos de diagnóstico de LV existem os exames laboratoriais

imunológicos e os parasitológicos. Em Pernambuco, os exames imunológicos são

ofertados de forma descentralizada nas Regiões de Saúde, e os parasitológicos na I

Região de Saúde, referência neste procedimento para o estado.

Entre os anos de 2005 e 2014, foram notificados 2.408 casos de LV no estado.

Desses, 928 foram confirmados (38,0%), com uma média de 92 casos por ano de

notificação. Os anos de 2006, 2008, 2009 e 2014, apresentaram número de casos

notificados bem acima dos demais anos observados. Contudo, o percentual de casos

confirmados nesses anos foi menor que a média dos confirmados do período (Figura 99).

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126

Figura 99. Número de casos notificados e percentual de confirmados de Leishmaniose Visceral, segundo ano de notificação. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

No decênio analisado, ocorreram 95 óbitos por LV, sendo a média de 9 por ano. A

taxa de letalidade caiu de 9,5% em 2005 para 7,4% em 2014, uma redução de 22,1%.

Entretanto, a média do período foi de 10,6%, ratificando a alta letalidade dessa doença no

estado (Figura 100).

Figura 100. Número de óbitos por leishmaniose visceral e taxa de letalidade, segundo ano de

notificação. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

A VIII Região de Saúde apresentou a maior proporção de casos notificados e

confirmados em 2014, com 31,4% e 22,3%, respectivamente, seguida pela IX região

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº de casos 175 321 213 417 295 178 172 121 137 379

% confirmados 60,0 29,3 39,9 22,1 27,5 39,3 51,2 59,5 48,2 46,2

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

%

de

cas

os

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº de óbitos 10 13 11 10 10 8 4 6 10 13

Taxa de Letalidade 9,5 13,8 12,9 10,9 12,3 11,4 4,5 8,3 15,2 7,4

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

0

2

4

6

8

10

12

14T

ax

a

de

ób

ito

s

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127

(Figura 101). Possivelmente, o maior número de casos no sertão do estado, deve-se, além

da alta endemicidade da doença nessa região, ao diagnóstico mais oportuno dos casos.

Figura 101. Proporção de casos notificados e confirmados de Leishmaniose Visceral, segundo

Região de Saúde. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

Para LTA, observa-se um total de 9.324 casos confirmados, com uma média de 932

casos por ano no período de 2005 a 2014, com 96,0% de tratamento realizado. Houve

redução de 91,1% no número de casos entre 2005 e 2014, o que pode estar relacionado às

medidas de prevenção e controle implementadas na cadeia de transmissão dessa doença.

Entretanto, o percentual dos casos tratados reduziu 15,5% nesse período (Figura 102).

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII

% notificados 5,5 0,8 3,4 5,3 0,8 0,8 11,9 31,4 26,1 1,6 11,6 0,8

% confirmados 7,4 1,7 7,4 5,7 1,7 1,1 12,0 22,3 21,1 2,9 14,9 1,7

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

%

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128

Figura 102. Nº de casos confirmados de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) e percentual

de casos tratados, segundo ano de notificação. Pernambuco, 2005 a 2014.

Fonte: Sinan-PE

Dos casos confirmados de LTA em 2014, a I Região de Saúde deteve 51,5%,

seguida pela III região com 14,1%. Não houve registro de casos na VI e VIII regiões (Figura

103).

Figura 103. Número de casos de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), segundo Região de

Saúde. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº de casos 2723 3220 523 474 578 453 481 378 252 242

% tratados 99,7 99,4 91,6 91,4 89,8 95,6 89,8 85,4 87,3 84,3

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

105,0

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

%

de

cas

os

66

32

64

36

31

11

1

9

19

0

10

20

30

40

50

60

70

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII

de

cas

os

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129

5.1.18 Raiva

A Raiva é uma zoonose viral que se apresenta como uma cefalite progressiva

aguda, de elevada letalidade com aproximadamente 100% dos casos evoluindo para o

óbito. Assim, possui grande importância para a saúde pública, sobretudo, em áreas

urbanas devido à cadeia de transmissão para o homem ser o animal doméstico,

especialmente, cães e gatos. É uma doença passível de eliminação no seu ciclo urbano, já

que dispõe de medidas eficientes de prevenção, tanto em relação ao ser humano quanto à

fonte de infecção28.

Em Pernambuco, no decênio analisado, registrou-se, em média, 27.822 tratamentos

profiláticos de raiva humana por ano e a cobertura vacinal canina média foi de 70,4%.

Chama a atenção que, entre os anos de 2013 e 2014 houve uma significativa redução de

57,9% no número de tratamentos realizados, provavelmente como resultado da

intensificação da vigilância de animais (cães e gatos). Por outro lado, ainda que se observe

uma redução de 10,5% na cobertura vacinal entre 2005 e 2014, atingindo 76,7% no último

ano, esse resultado permanece acima da meta preconizada que é de 70% (Figura 104).

A cobertura vacinal canina da raiva por Região de Saúde mostra que, com exceção

da I região, as demais regiões alcançam cobertura superior à meta estadual (70%),

destacando-se a III região com 96,6% (Figura 105). Cabe ressaltar que, apesar da baixa

cobertura na I região, esta não apresenta nenhum registro de caso de raiva humana nos

últimos 11 anos.

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130

Figura 104. Número de tratamentos profiláticos para raiva humana e percentual de cobertura vacinal canina por ano. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: Sinan-PE

Nota: Em 2010, não houve cobertura vacinal, uma vez que o MS não disponibilizou os insumos para a vacinação.

Figura 105. Proporção de cobertura vacinal canina, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº de tratamento 31.008 28.813 27.573 27.647 29.716 25.046 31.173 32.441 31.540 13.265

% cobertura vacinal canina 85,7 86,7 93,8 75,9 81,0 0,0 74,4 52,1 78,0 76,7

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

-

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

%

me

ro

64,8

82,8

96,6

86,289,9

83,688

76,2

83,6 86,280,5 82,6

0

20

40

60

80

100

120

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII

%

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131

5.1.19 Arboviroses

As arboviroses são doenças causadas por arbovírus, vírus transmitidos por

artrópodes (vetores), como os insetos e os aracnídeos, os quais usualmente alimentam-se

de sangue (hematófagos)39.

No mundo, existem um pouco mais de 500 espécies de arbovírus conhecidos,

sendo o clima tropical, como o que ocorre predominantemente no Brasil, favoráveis para a

sua circulação e manutenção viral. Atualmente, cerca de 30% desses vírus estão

relacionados a doenças nos seres humanos, a maioria zoonótica39,40.

Em âmbito nacional, as doenças de maior interesse causadas por esses vírus, são

dengue, zika vírus, febre chikungunya e febre amarela. As três primeiras, para as quais

Pernambuco apresenta casos autóctones, serão as doenças abordadas nesse capítulo.

5.1.19.1 Dengue

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e existem

quatro tipos diferentes de vírus que ocasionam a infecção: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e

DENV-4. Estima-se que 50 milhões de infecções por dengue ocorram anualmente no

mundo. Há registros de transmissão vertical (gestante - bebê) e por transfusão de sangue.

A infecção pode ser assintomática, leve ou gerar doença grave, levando à morte.

Normalmente, a primeira manifestação da doença é a febre alta (39° a 40°C), de início

abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no

corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção cutânea vermelha

e coceira na pele28.

No Brasil, foi identificada pela primeira vez em 198628. Nos últimos anos, o país tem

vivido situações de epidemia em vários estados. Em Pernambuco, desde 2002 circulam

três sorotipos causadores da dengue (DENV-1, DENV-2 e DENV-3). Em 2011, foi

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132

confirmada a circulação do sorotipo DENV-4 no sertão, e em 2012, expandiu-se para a

RMR e o Agreste. Desde então, Pernambuco apresenta a circulação dos 04 sorotipos.

No período de 2007 a 2015, foram registrados 431.315 casos de dengue em

Pernambuco, com uma média de 37,4% casos confirmados por ano. Destacam-se os anos

de 2010, quando foram notificados 59.357, 2012 com 62.233 e 2015 com 146.089,

caracterizando períodos epidêmicos no estado, especialmente, nesse último ano que, em

que se conviveu, simultaneamente, com a incidência de casos dengue, febre chikungunya

e zika vírus (Figura 106).

Entre o final de 2014 e o início de 2015, com o advento de casos de doenças

exantemáticas a esclarecer, em processo de investigação pela Secretaria Estadual de

Saúde, orientou-se que a notificação desses casos deveria ocorrer como dengue o que

pode explicar, em parte, o expressivo o aumento de casos de dengue no último ano

analisado (Figura 106). Mais tarde, confirmou-se a presença de casos de zika vírus no

estado, sendo estabelecida a notificação da doença (ver item 5.1.17.2).

Além disso, a provável reação cruzada entre os vírus da zika e da dengue pode ter

resultado em falsos positivos para dengue, já que alguns casos com sintomatologia

característica de zika foram confirmados laboratorialmente como dengue.

Figura 106. Número de casos notificados de dengue e percentual de confirmados, segundo ano de notificação. Pernambuco, 2007 a 2015

Fonte: Sinan/PE

A taxa de incidência mostrou-se bastante elevada no período, principalmente nos

anos de 2010, 2012 e 2015, com 337,0, 297,5 e 552,6 casos por 100 mil habitantes, cerca

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133

de até 4 vezes maiores que as dos demais anos, exceto 2009 que apresentou uma taxa 17

vezes menor, o que pode estar relacionado ao subregistro, baixa circulação viral ou maior

número de municípios com baixo índice de infestação nesse ano (Figura 107). A introdução

ou reintrodução de sorotipos, especialmente em municípios de maior contingente

populacional, pode favorecer a ocorrência de epidemias e a subsequente redução de

suscetíveis após anos epidêmicos, o que explicaria a alternância entre períodos de alta e

baixa incidência da doença.

Figura 107. Número de casos confirmados de dengue e taxa de incidência (por 100.000 habitantes), segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2007 a 2015

Fonte: Sinan/PE

A ocorrência de formas graves de dengue tem relação com os sorotipos circulantes,

podendo estar relacionados com o predomínio dos vírus DENV-2 e DENV-3, além de um

maior número de reinfecções. Entre 2012 e 2015, observam-se as maiores taxas de

letalidade, quando 18,1%, 66,2%, 41,8% e 23,0% dos casos graves evoluíram para óbito,

respectivamente. A partir de 2012, com a introdução do protocolo para fluxo de amostras

biológicas em óbitos suspeitos de dengue, muitos óbitos passaram a ser notificados pelos

Serviços de Verificação de Óbitos (SVO), o que aumentou a sensibilidade para a detecção

e confirmação dos óbitos (Figura 108). A despeito disso, a elevada letalidade reflete a

qualidade da assistência ao paciente, assim como as ações preventivas de combate a

doença. A OMS preconiza uma taxa de letalidade ≤1%.

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134

Figura 108. Número de casos graves de dengue e taxa de letalidade, segundo ano de diagnóstico. Pernambuco, 2007 a 2015

Fonte: Sinan/PE

Da análise por Região de Saúde, destacam-se as I, II e IV regiões com elevado

número de casos notificados e taxa de incidência, além das VIII, V e X regiões com as

maiores proporções de casos confirmados, 65,7%, 48,5% e 46,3%, respectivamente.

Observa-se ainda que a maior parte das regiões apresentou casos graves, exceto as IX, X

e XI. As maiores taxas de letalidade foram de 66,7% e 40,0% nas II e VI regiões,

respectivamente (Tabela 3).

Tabela 3. Número de casos de dengue (notificados, confirmados, graves e óbitos), taxas de

incidência (por 100.000 habitantes) e de letalidade segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2015

Fonte: Sinan/PE

Região de

Saúde

Nº de casos

notificados

Nº de casos

confirmados

Nº de casos

gravesNº de óbitos

Taxa de

Incidência

Taxa de

letalidade

I 71.621 27.583 94 19 14.685 20,2

II 12.501 3.812 6 4 923 66,7

III 2.842 336 3 1 25 33,3

IV 24.267 7.544 13 1 1.405 7,7

V 5.863 2.849 3 1 912 -

VI 7.306 1.581 5 2 267 40,0

VII 1.119 445 3 1 128 33,3

VIII 2.620 1.723 2 - 283 -

IX 2.277 215 - - 45 -

X 4.552 2.108 - - 51 -

XI 2.158 838 - - 575 -

XII 8.963 2.607 6 2 1.106 33,3

Pernambuco 146.089 51.641 135 31 552,6 23,0

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135

5.1.19.2 Febre Chikungunya e Vírus Zika

A febre chikungunya é uma arbovirose causada pelo vírus Chikungunya, da família

Togaviridae, transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Os sintomas

são clinicamente parecidos com os da dengue, com febre alta de início agudo (39 a 40ºC),

dor de cabeça, fadiga, náusea, rash cutâneo e dores articulares e musculares, entre outros,

sendo a principal diferença a intensidade das dores, sobretudo das articulações (artralgia),

que perduram até 3 meses, dando início a fase crônica da doença41.

Os primeiros registros da doença ocorreram na Tanzânia entre 1952 e 1953. Na

ocasião, devido à aparência curvada dos pacientes, a doença ficou conhecida como

“swahili”, que significa “aqueles que se dobram” no idioma local41.

Os primeiros casos de chikungunya no Brasil foram notificados em 2014 nos

estados do Amapá e Bahia. Até 2015, existiam 38.332 casos prováveis de febre

chikungunya, dos quais 34,5% foram confirmados, com uma taxa de incidência de 18,7

casos por 100 mil habitantes27. Em Pernambuco, os primeiros casos autóctones de

chikungunya ocorreram em agosto de 2015 e nesse mesmo ano foram notificados 2.605

casos, dos quais 450 confirmados (17,3%).

É importante destacar que no final de 2014, a Secretaria Estadual de Saúde foi

comunicada por alguns municípios da RMR, da zona da mata e do agreste sobre a

ocorrência de uma série de casos com relato de exantema e edema articular sem febre,

incomuns ao padrão conhecido de sintomas de dengue (cerca de 200 casos). Naquela

ocasião, a suspeita inicial era a de que se tratava de casos de febre chikungunya, contudo

a investigação laboratorial resultou negativa, sendo confirmada a circulação do zika vírus

em Pernambuco ao final do primeiro semestre de 2015. No Brasil, a confirmação do vírus

já havia ocorrido em abril desse mesmo ano.

O zika vírus é um flavivírus transmitido pelo mesmo mosquito que transmite a

dengue e a chikungunya, o Aedes aegypti. Os sintomas mais frequentes são o exantema

maculopapular pruriginoso, a febre baixa, a dor de cabeça, as dores leves nas articulações

e a conjuntivite. Inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômito também podem estar

presentes. Esses sintomas, geralmente, desaparecem entre 3 a 7 dias, embora possa ser

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136

referido dor nas articulações por até um mês. As formas graves têm sido consideradas

raras40.

Em que pese não serem frequentes as formas graves dessa doença, no mundo,

síndromes neurológicas têm sido apontadas após a infecção pelo zika, como nos surtos

ocorridos na região da Micronésia e Polinésia Francesa no ano de 2007. No Brasil,

sobretudo no Nordeste, no primeiro semestre de 2015 alguns estados dessa região

registraram casos com manifestações neurológicas e Síndrome de Guillain-Barré40.

Em Pernambuco, foram selecionados três hospitais de referência como unidades

sentinelas para casos suspeitos de síndromes neurológicas relacionadas às arboviroses, o

Hospital da Restauração e o Hospital Correia Picanço, localizados em Recife e o Hospital

Mestre Vitalino em Caruaru. Esses serviços foram definidos por atenderem aos seguintes

critérios: apresentar registro de casos de síndrome neurológicas, possivelmente

associados à história anterior de arboviroses; ser referência em neurologia, com urgência e

emergência; ter estrutura mínima para coleta, processamento e armazenamento de

amostras clínicas.

Desde o conhecimento de casos no Brasil, em 2015, a infecção pelo zika em

gestantes também evidenciou a relação entre a doença na mãe e a microcefalia congênita,

uma vez que a gestante infectada pode contaminar o feto, afetando o desenvolvimento do

cérebro e do crânio do bebê40,41.

Em estudo recente, o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (Fiocruz

Pernambuco), identificou o mosquito Culex quinquefasciatus, conhecido popularmente

como muriçoca, como potencial transmissor do zika vírus. Tendo em vista que a população

de Culex quinquefasciatus na RMR é cerca de vinte vezes maior que a de Aedes aegypti,

tal fato torna-se um importante achado, sendo necessários outros estudos para avaliar a

muriçoca como disseminadora dessa doença, bem como sua real participação na

epidemia, principalmente, levando-se em consideração que as medidas de controle são

diferentes42.

Na tabela 4, observa-se que a maior parte das Regiões de Saúde, exceto as IX e XI

regiões, notificaram casos de zika vírus e febre chikungunya em 2015. A I região

concentrou 45,2% do total de notificados para as duas doenças. O pequeno número de

casos confirmados, especialmente de zika, decorre possivelmente do tempo para obtenção

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137

do resultado que, inicialmente, variou de uma a duas semanas, por estar disponível apenas

em laboratórios públicos de referência fora do estado.

Tabela 4. Número de casos notificados e confirmados de Zika Vírus e de Chikungunya, segundo

Região de Saúde. Pernambuco, 2015

Fonte: SES-PE

.

Nº de casos

notificados

Nº de casos

confirmados

Nº de casos

notificados

Nº de casos

confirmados

I 608 12 1.211 220

II 311 - 90 9

III 4 - 13 -

IV 84 1 313 51

V 37 - 391 84

VI 6 - 314 39

VII 1 - 5 1

VIII 1 - 19 -

IX - - 4 1

X 23 - 115 2

XI - - 12 -

XII 301 1 118 43

Ignorada 10 - - -

Pernambuco 1.386 14 2.605 450

Zika Vírus Chikungunya

Região de Saúde

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138

5.2 Doenças Crônicas Não Transmissíveis, Violências e Acidentes de

Transporte Terrestre

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são consideradas um dos maiores

problemas atuais da Saúde Pública, estando relacionadas com perda de qualidade de vida,

incapacidades, mortes prematuras e elevados custos para o setor saúde43.

O aumento da carga de DCNT, verificado com maior intensidade nas últimas

décadas, reflete alguns efeitos negativos do processo de globalização, da urbanização

rápida, da vida sedentária e da alimentação com alto teor calórico, além do consumo do

tabaco e do álcool. Esses fatores de risco comportamentais impactam nos principais

fatores de risco metabólicos, como excesso de peso/obesidade, pressão arterial elevada,

aumento da glicose sanguínea, lipídios e colesterol, possíveis de resultar em diabetes,

doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC) e câncer, entre outras

enfermidades44.

No Brasil, entre os anos de 2011 e 2012 foi lançado o plano nacional de ações

estratégicas para o enfrentamento das DCNT, com prioridade para as doenças de maior

expressão na população brasileira: doenças do aparelho circulatório; neoplasias; doenças

respiratórias crônicas e diabetes44.

Visando atender às recomendações do plano nacional, a vigilância em saúde tem

sido implementada para o enfrentamento dessas doenças no estado, sobretudo, das

doenças do aparelho circulatório que resultam nas maiores taxas de internação, bem como

das neoplasias que apresentaram aumento de 87,6% na taxa de internação entre 2005 e

2014. Por outro lado, as doenças crônicas do aparelho respiratório e a diabetes mellitus

apresentaram redução na taxa de internação, 62,5 e 15,9%, respectivamente (Figura 109).

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139

Figura 109. Taxa de internação (por 10.000 habitantes) dos principais grupos de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIH-PE

5.2.1 Diabetes Mellitus

A diabetes mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de

distúrbios metabólicos que apresenta em comum a hiperglicemia, resultante de defeitos na

ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambas. A classificação proposta pela OMS

e pela Associação Americana de Diabetes (ADA), inclui quatro classes clínicas: DM tipo 1

(DM1), DM tipo 2 (DM2), outros tipos específicos de DM e DM gestacional. Há ainda duas

categorias, referidas como pré-diabetes, que são a glicemia de jejum alterada e a

tolerância à glicose diminuída. Essas categorias não são entidades clínicas, mas fatores de

risco para o desenvolvimento de DM e doenças cardiovasculares (DCV)45.

O DM2 é a forma verificada em 90 a 95% dos casos e caracteriza-se por defeitos na

ação e secreção da insulina e na regulação da produção hepática de glicose. Níveis

elevados de glicemia promovem o desenvolvimento de lesões orgânicas extensas e

irreversíveis, afetando a retina, os rins, os nervos e os vasos sanguíneos grandes e

pequenos45.

A taxa de internação por DM em Pernambuco foi maior nos anos de 2010 e 2011,

apresentando redução nos últimos anos analisados em ambos os sexos. Entre 2005 e

2014, a redução foi de 28,1% e 8,5% na taxa de internação, para o sexo feminino e

47,6

55,8

31,0

11,615,8

29,6

7,5 6,3

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Doenças do aparelho circulatório Doenças Crônicas do aparelho respiratório

Neoplasias Diabetes mellitus

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140

masculino, respectivamente (Figura 110). Quanto à faixa etária, o maior número de

internações ocorre em pessoas com 60 a 79 anos, em ambos os sexos, seguida pela faixa

de 40 a 59 anos (Figura 111 e 112).

Figura 110. Número e taxa de internação hospitalar (por 10.000 habitantes) por Diabetes Mellitus, segundo sexo e ano de internação. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIH-PE

Figura 111. Proporção de internação hospitalar por Diabetes Melittus no sexo masculino, segundo faixa etária. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIH-PE

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº masc. 2.407 2.288 2.590 2.606 2.863 3.023 3.172 2.892 2.713 2.388

Nº fem. 3.881 4.064 4.182 3.785 4.068 4.523 4.537 4.108 3.651 3.094

TX masc. 5,9 5,6 6,3 6,2 6,7 7,1 7,4 6,7 6,1 5,4

TX fem. 8,9 9,2 9,6 8,4 9,0 9,9 9,9 8,9 7,6 6,4

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

Taxa

me

ro

2,7 3,1 2,0 3,5 2,6 2,4 3,2 2,83,2 4,2 4,5 4,5 4,6 3,6 3,3 3,4 4,6 4,7

10,9 10,4 10,8 8,4 9,9 8,7 9,3 9,3 10,3 10,1

30,0 30,8 29,728,5 28,1 28,7 28,0 27,9

28,3 26,4

43,0 41,9 41,442,2 43,4 43,1 44,1 44,8 42,1 44,1

10,5 10,2 10,8 13,2 11,9 12,4 12,7 12,2 11,5 11,9

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

0-9 10-19 20-39 40-59 60-79 80 e +

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141

Figura 112. Proporção de internação hospitalar por Diabetes Melittus no sexo feminino, segundo faixa etária. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIH-PE

Apesar da redução de 7,5 para 6,3 por 10 mil habitantes na taxa de internação por

DM em Pernambuco, entre 2005 e 2014, a maioria das Regiões de Saúde apresentou

aumento, exceto nas I, III e IV. O maior aumento ocorreu na X região (69,5%) e a maior

redução na III (48,7%) (Figura 113). Observa-se também que a maior parte das regiões

cresceu em participação no total de internações de residentes de Pernambuco por DM,

exceto as I e III regiões (Figura 114).

Figura 113. Taxa de internação (por 10.000 habitantes) por diabetes melittus, segundo Região de Saúde de residência. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIH-PE

3,24,6 3,3 3,1 2,9 3,4 3,0 3,5 3,4 4,1 4,911,0 12,4 10,8 6,3 7,2 7,0 6,4 6,6 7,9 6,9

27,5 26,8 26,427,2 27,3 25,0 23,9 24,4 23,7 23,4

44,3 45,3 45,4 48,5 46,0 49,0 48,5 49,9 46,4 46,9

11,1 10,7 12,4 12,9 14,4 14,4 16,1 14,3 15,6 14,7

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

0-9 10-19 20-39 40-59 60-79 80 e +

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

2005 8,0 5,9 11,5 8,1 3,7 5,5 10,4 2,6 6,8 10,5 10,1 5,3 7,5

2014 5,1 6,2 5,9 6,7 5,8 9,0 12,1 3,8 7,7 17,8 13,7 5,3 6,3

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

20,0

Taxa

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142

Figura 114. Proporção de internação hospitalar por diabetes melittus, segundo Região de Saúde de

residência. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIH-PE

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII

2005 48,3 5,2 9,8 14,8 2,9 3,0 2,1 1,6 3,4 2,9 3,3 2,6

2014 36,2 6,3 6,1 15,1 5,4 6,3 3,0 3,1 4,6 5,7 5,5 2,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

%

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143

5.2.2 Neoplasias

O aumento gradativo da esperança de vida na população tem contribuído para o

aumento da incidência de câncer, por favorecer um maior tempo de exposição aos fatores

cancerígenos. Entre os fatores de risco estão aqueles relacionados ao modo de vida dos

indivíduos, condições sociais, econômicas e ambientais. Esses fatores são reconhecidos

como modificáveis e, portanto, passíveis de intervenções que incentivem mudanças de

comportamento46.

Segundo estimativa da OMS, espera-se em 2030, 27 milhões de casos novos, 17

milhões de mortes e 75 milhões de pessoas vivendo com neoplasias malignas, sendo o

maior número em países de baixa e média renda46.

Em Pernambuco, as neoplasias mais frequentes são as de próstata nos homens e

de mama nas mulheres, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer José Alencar

Gomes da Silva (INCA). Em 2014, para o sexo masculino, a taxa de incidência foi de 58,2

por 100.000 homens para o câncer de próstata, seguido do de pele não melanoma com

46,2 por 100.000 homens. No sexo feminino, as maiores taxas foram referentes ao câncer

de pele não melanoma e ao de mama, 54,4 e 51,6 por 100.000 mulheres, respectivamente.

Em ambos os sexos, houve um aumento considerado da estimativa de número de casos

em todas as localizações primárias do tumor (Figura 115).

Das neoplasias entre os sexos, observa-se ainda que, no sexo masculino, as

variações mais expressivas foram nos cânceres de pele melanoma, de próstata e de cólon

e reto, com aumento de 800,0, 675,8, e 560,0%, respectivamente. Já no sexo feminino, dos

cânceres de cólon e reto, de mama e de esôfago com, 642,9, 600,0 e 450,0%,

respectivamente (Figura 115).

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144

Figura 115. Taxa bruta de incidência por 100.000 habitantes das seis neoplasias malignas mais frequentes, segundo sexo e localização primária do tumor. Pernambuco, 2006 e 2014

Fonte: INCA/MS

PróstataPele não

melanoma

Traquéia,brônquios e

pulmõesEstômago Cavidade oral

2006 18,9 41,5 5,7 6,7 4,4

2014 58,2 46,2 11,7 11,0 9,2

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Taxa

Sexo masculino

Pele nãomelanoma

Mama Cólon e retoTraquéia

,brônquios epulmões

Estômago

2006 29,2 19,0 3,8 3,5 4,3

2014 54,4 51,6 10,9 8,1 7,1

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Taxa

Sexo feminino

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145

5.2.3 Doenças do Aparelho Circulatório

As Doenças do Aparelho Circulatório (DAC) são as principais causas de óbitos em

todo o mundo, independente do nível de renda dos países. De acordo com a OMS, as

doenças cardiovasculares foram responsáveis por 17 milhões de mortes em 2011, o que

representa três em cada dez óbitos. Desses, sete milhões de pessoas morreram por

doenças isquêmicas do coração, e 6,2 milhões, por acidente vascular cerebral (AVC)47.

Em 2014, as DAC representaram 10% do total de internações, com custo de 2,6

bilhões e 27,8% do total de óbitos no Brasil. Em Pernambuco por 9,6% das internações,

com custo de 1,1 milhão e 29,0% dos óbitos.

Das doenças do aparelho circulatório, as três principais causas de internação no

sexo masculino foram insuficiência cardíaca, AVC e outras doenças isquêmicas,

observando-se um aumento de 68,0% na taxa de internação por outras doenças

isquêmicas e de 44,7% na taxa por AVC. A taxa de internação por insuficiência cardíaca

apresentou uma redução de 23,1% (Figura 116). No sexo feminino, as três principais

causas foram insuficiência cardíaca, veias varicosas das extremidades inferiores e

hipertensão essencial, que apresentaram redução de 21,4, 46,1 e 51,8%, respectivamente

(Figura 117).

Figura 116. Taxa de internação (por 10.000 habitantes) pelas três principais doenças do aparelho circulatório no sexo masculino, segundo ano de internação. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIH-PE

13,5

10,4

7,9

11,5

3,6

6,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Insuficiência cardíaca AVC Outras doenças isquêmicas

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146

Figura 117. Taxa de internação (por 10.000 habitantes) pelas três principais doenças do aparelho

circulatório no sexo feminino, segundo ano de internação. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIH-PE

Entre as Regiões de Saúde, as internações por insuficiência cardíaca prevalecem

sobre as internações por AVC para o sexo masculino, com destaque para as X e VII

regiões com 22,7 e 15,9 internações a cada 10.000 homens (Figura 118). No sexo

feminino, o AVC prevalece como principal causa de internação em metade das regiões,

principalmente na I com 14,1 por 10.000 mulheres. Enquanto nas X e XI regiões as

maiores taxas de internação foram por insuficiência cardíaca, 19,2 e 12,0 por 10.000

mulheres, respectivamente (Figura 119).

Figura 118. Taxa de internação (por 10.000 habitantes) pelas três principais causas de doenças do aparelho circulatório no sexo masculino, segundo Região de Saúde de residência. Pernambuco, 2014

Fonte: SIH-PE

10,1

8,0

9,3

5,0

8,3

4,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Insuficiência cardíaca Veias varicosas extrem. Infer. Hipertensão essencial

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

Insuficiência cardíaca 11,4 9,3 12,1 8,3 7,4 10,8 15,9 4,9 9,4 22,7 12,1 7,3 9,4

AVC 15,2 12,4 11,2 7,7 7,4 7,1 11,3 5,2 2,9 7,2 11,8 13,4 11,8

Outras doenças isquêmicas 8,3 4,7 3,7 5,0 4,0 4,1 2,0 2,7 2,5 6,2 4,7 6,0 5,4

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

Taxa

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147

Figura 119. Taxa de internação (por 10.000 habitantes) pelas três principais causas de doenças do aparelho circulatório no sexo feminino, segundo Região de Saúde de residência. Pernambuco, 2014

Fonte: SIH-PE

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

Insuficiência cardíaca 8,2 9,2 9,6 5,7 4,6 9,3 10,9 3,6 9,2 19,2 12,0 6,7 8,0

Veias varicosas extr. Infer. 7,9 3,5 2,9 3,3 1,8 2,3 1,0 2,2 1,0 2,3 1,4 3,9 5,0

AVC 14,1 9,6 9,6 7,5 7,3 6,0 9,8 4,5 2,6 6,2 11,2 10,9 10,6

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

Taxa

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148

5.2.4 Hipertensão Arterial Sistêmica

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a mais frequente das doenças

cardiovasculares. É também o principal fator de risco para as complicações mais comuns

como AVC e infarto agudo do miocárdio (IAM), além da doença renal crônica e pode ser na

maior parte do seu curso assintomática. No Brasil são cerca de 17 milhões de portadores

de hipertensão arterial, o que corresponde a 35% da população de 40 anos e mais. Seu

aparecimento está cada vez mais precoce e estima-se que cerca de 4% das crianças e

adolescentes também sejam portadoras. A carga de doenças representada pela

morbimortalidade devida à HAS é muito alta e por isso é um problema grave de saúde

pública no Brasil e no mundo48.

Em Pernambuco, observa-se que o número e a taxa de internações hospitalares por

hipertensão arterial vêm reduzindo em ambos os sexos, sendo a redução na taxa de 46,3%

para o sexo masculino e de 51,8% para o sexo feminino, entre 2005 e 2014 (Figura 120).

Figura 120. Número e taxa de internação hospitalar (por 10.000 habitantes) por hipertensão arterial, segundo ano de internação e sexo. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIH-PE

Em ambos os sexos, o maior percentual de pessoas hipertensas está na faixa etária

de 60 a 79 anos, apresentando uma discreta redução entre 2005 e 2014 (Figuras 121 e

122).

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº masc. 2.148 2.111 2.063 2.088 1.921 1.830 1.534 1.500 1.272 1.267

Nº fem. 3.603 3.489 3.344 3.147 3.168 2.966 2.542 2.447 2.184 1.922

TX masc. 5,3 5,1 5,0 4,9 4,5 4,3 3,6 3,5 2,9 2,8

TX fem. 8,3 7,9 7,6 7,0 7,0 6,5 5,5 5,3 4,6 4,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

Taxa

de

cas

os

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149

Figura 121. Proporção de internação hospitalar por hipertensão arterial no sexo masculino, segundo faixa etária. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIH-PE

Figura 122. Proporção de internação hospitalar por hipertensão arterial no sexo feminino, segundo faixa etária. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIH-PE

As X e XI Regiões de Saúde apresentam as maiores taxas de internação por HAS e

apesar da redução observada no decênio, permanecem em 2014 com as maiores taxas,

109,5 e 55,5 por 10.000 habitantes, respectivamente. A III região apresentou a maior

redução da taxa no período (66,7%), passando de 108,1 em 2005 para 36,0 por 10.000

habitantes em 2014 (Figura 123).

7,9 7,6 6,9 8,8 10,6 10,8 11,5 10,1 9,0 9,1

30,7 31,2 32,7 31,6 28,5 28,6 30,3 28,9 29,6 33,0

45,5 46,0 47,0 44,6 44,4 43,3 42,4 43,9 45,4 43,0

14,0 13,6 11,3 12,9 14,2 14,6 13,5 14,0 14,4 13,4

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

0-9 10-19 20-39 40-59 60-79 80 e +

2,1 2,5 2,4 2,1

11,6 10,2 11,6 9,4 12,3 12,2 12,516,6 16,9 14,6

29,3 29,6 30,5 29,629,9 31,1 28,0

29,5 26,5 30,6

43,7 44,5 43,0 44,0 41,6 40,5 41,536,7 40,2 38,1

12,9 13,4 12,9 14,9 13,8 14,1 16,0 14,4 13,8 14,0

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

0-9 10-19 20-39 40-59 60-79 80 e +

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150

Figura 123. Taxa de internação hospitalar (por 10.000 habitantes) por hipertensão arterial, segundo Região de Saúde de residência. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIH-PE

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151

5.2.5 Doenças Respiratórias Crônicas

Doenças respiratórias crônicas (DRC) afetam tanto as vias aéreas superiores como

as inferiores. A asma, a rinite alérgica e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são

as DRC mais comuns. Representam uma importante carga de morbidade para a

população, especialmente para as crianças e os idosos, pois afetam a qualidade de vida e

podem provocar incapacidade nos indivíduos afetados, causando grande impacto

econômico e social49.

Pernambuco, no período avaliado, apresenta redução de 62,5% na taxa de

internação hospitalar no SUS por DRC, sendo a maior redução observada dentre as taxas

de internação por doenças crônicas nos últimos anos (Figura 124). Esse cenário

acompanha a redução da taxa de internação observada no Brasil.

Figura 124. Número e taxa de internação (por 10.000 habitantes) por doenças crônicas respiratórias, segundo ano de internação. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIH-PE

Essa diminuição é observada também em todas as faixas etárias, destacando-se a

de 40 a 59 anos, com queda de 70,8% e a de 20 a 39 anos, com 64,8%. Possivelmente,

essa redução pode estar associada à melhoria no acesso à saúde e à diminuição do

tabagismo, o que necessita de uma maior investigação (Figura 125).

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Nº 26.085 23.911 23.220 18.960 17.446 16.155 16.331 13.282 11.768 10.779

TX 310,0 281,2 273,6 217,1 198,0 183,7 184,2 148,7 127,8 116,2

-

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

350,0

-

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

Taxa

me

ro

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152

Figura 125. Taxa de internação (por 10.000 habitantes) por doenças crônicas respiratórias, segundo faixa etária e ano de internação. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIH-PE

A tendência de redução nas internações por doenças respiratórias crônicas também

pode ser observada nas Regiões de Saúde, principalmente na III com 87,7% de redução e

nas VIII e IX regiões com 74,5% de redução cada (Figura 126).

Figura 126. Taxa de internação (por 10.000 habitantes) por doenças crônicas respiratórias, segundo Região de Saúde e ano de internação. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIH-PE

Em relação aos principais tipos de doenças respiratórias crônicas, observa-se que a

asma foi a única que apresentou redução na proporção de casos internados entre 2005 e

85,2

9,1

7,0

18,7

59,6

148,4

35,8

4,7

2,5

5,5

22,3

60,5

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0

0 a 9 anos

10 a 19 anos

20 a 39 anos

40 a 59 anos

60 a 79 anos

80 anos e mais

2005 2014

23,6

33,2

47,8

21,3

10,4

24,0

83,1

21,7

40,8

89,6

83,9

17,8

12,2

9,2

5,9

7,0

7,4

17,8

28,0

5,5

10,4

45,8

28,4

7,8

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

I

II

III

IV

V

VI

VII

VIII

IX

X

XI

XII

2005 2014

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153

2014, passando de 72,7 para 43,4%. Por outro lado, bronquite, enfisema e outras doenças

pulmonares crônicas apresentaram aumento de 16,5% no período (Figura 127).

Figura 127. Proporção de doenças crônicas respiratórias segundo os principais tipos e ano de internação. Pernambuco. 2005 a 2014

Fonte: SIH-PE

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154

5.2.6 Violências

A vigilância de violências e acidentes (VIVA) foi instituída no Brasil, por meio da

Portaria Ministerial nº 1.356 de 2006, baseando-se em dois componentes, a vigilância

contínua da violência e a vigilância por inquérito.

A vigilância contínua da violência, que consiste na notificação compulsória dos

casos suspeitos ou confirmados atendidos nos serviços de saúde, por meio do

preenchimento da ficha de notificação de violência interpessoal/autoprovocada do Sinan,

objetiva conhecer a magnitude e os principais tipos de violências que acometem a

população, o perfil da vítima e do agressor, bem como dimensionar a demanda gerada nos

serviços de saúde. Além disso, visa estimular a articulação e o fortalecimento da rede de

atenção e de proteção às pessoas em situação de violência, com garantia de atenção

integral e proteção legal.

O VIVA contínuo foi implantado, inicialmente, nas unidades de saúde de referência

para o atendimento às vítimas de violência das capitais das unidades federativas (UF),

acontecendo a expansão nacional progressivamente, por adesão, para outros municípios

do interior das UF.

Em 2014, no Brasil, foram registrados na rede de atendimento do SUS, 162.244

casos de vítimas de violência, dos quais cerca de 70% do sexo feminino, na faixa etária

entre 10 a 29 anos. No sexo masculino, a faixa etária mais atingida foi a de 0 a 19 (46,0%).

No mesmo ano, em Pernambuco, foram registrados no Sinan 10.837 casos de violência,

prevalecendo o sexo feminino com 74% das notificações.

A estruturação e o fortalecimento da vigilância de violências no âmbito das

Secretarias Municipais e da Secretaria Estadual de Saúde em Pernambuco favoreceu o

aumento dos registros de violência no período de 2010 a 2014, verificando-se um

incremento de 2,5 vezes no número de casos notificados (Figura 128). Ressalta-se que

essa ampliação deve-se principalmente à implementação da vigilância de violências,

propiciando a formação das equipes e a visibilidade dos casos, ampliando o conhecimento

sobre a demanda nos serviços de saúde.

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155

Figura 128. Número de casos notificados de violência interpessoal e autoprovocada, segundo ano de notificação. Pernambuco, 2010 a 2014

Fonte: Sinan-PE

Para todas as faixas etárias, o sexo feminino prevalece sobre o masculino,

ressaltando-se a diferença entre os sexos na faixa de 20 a 39 anos, com uma razão de 7,3

casos do sexo feminino para cada caso masculino (Figura 129). É possível que parte dessa

diferença esteja relacionada às diretrizes da vigilância de violências, porque as violências

urbanas que atingem homens de 20 a 59 anos não são objeto de notificação compulsória

no Sinan, enquanto os casos de violência contra a mulher são todos notificáveis,

independente da natureza e do âmbito no qual ocorram, em consonância com a legislação

vigente, aplicando-se o mesmo para crianças e idosos.

Figura 129. Proporção de casos notificados de violência interpessoal e autoprovocada, segundo

sexo e faixa etária das vítimas. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

4.375

7.326 7.976

10.472 10.837

-

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

2010 2011 2012 2013 2014

7,79,5

4,7

1,7 2,1

8,8

18,4

34,0

10,1

2,9

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

0-9 anos 10-19 anos 20-39 anos 40-59 anos ≥ 60 anos

Masculino Feminino

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156

Observando-se os tipos de violência notificados segundo sexo e faixa etária, a

violência física foi a mais frequente nos grupos etários acima de 10 anos, em ambos os

sexos. A negligência ou abandono representaram a principal causa de violência entre as

crianças de ambos os sexos e a segunda maior causa entre idosos e adolescentes do sexo

masculino, 26,1% e 10,7%, respectivamente (Figuras 130 e 131). O segundo tipo de

violência mais frequente entre os homens de 20 a 59 anos compreende as violências

financeira e econômica, tráfico de seres humanos, intervenção legal e tortura, agregadas

sob a denominação de “outras violências” (Figura 130).

No sexo feminino, as vítimas acima de 10 anos foram submetidas com maior

frequência à violência física seguida pela psicológica e moral, exceto entre as

adolescentes, na qual a violência sexual foi a segunda mais frequente, correspondendo a

30,6% dos casos notificados (Figura 131).

Na faixa etária de 0 a 9 anos, a violência física foi o segundo tipo mais frequente,

em ambos os sexos, superada apenas pela negligência ou abandono. Além disso, requer

atenção a proporção de casos de violência sexual nessa faixa etária, principalmente entre

as vítimas do sexo feminino (18,6%) (Figura 130 e 131).

Figura 130. Proporção de casos notificados de violência interpessoal e autoprovocada no sexo masculino, segundo faixa etária e tipo. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

0-9 anos 10-19 anos 20-39 anos 40-59 anos ≥ 60 anos

Outras violências 2,3 4,4 20,2 15,2 9,2

Negligência e abandono 55,7 10,7 0,6 1,0 26,1

Sexual 5,6 3,5 0,4 0,0 0,0

Psicológica e moral 6,0 4,1 4,4 3,1 6,7

Física 30,5 77,2 74,3 80,6 57,9

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

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157

Figura 131. Proporção de casos notificados de violência interpessoal e autoprovocada no sexo feminino, segundo faixa etária e tipo. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

A residência destaca-se como o local de ocorrência mais frequente de violência em

todas as faixas etárias, prevalecendo entre os idosos (76,2%) e entre pessoas com 40 a 59

anos (73,5%), seguida pela ocorrência em vias públicas. No caso de crianças, o segundo

local mais frequente é representado pelo somatório dos casos ocorridos em habitação

coletiva, local de prática esportiva, comércio/serviços e indústria, classificados sob a

denominação de “outros locais de ocorrência” (Figura 132).

Figura 132. Proporção de casos notificados de violência interpessoal e autoprovocada, segundo faixa etária e local de ocorrência. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

0-9 anos 10-19 anos 20-39 anos 40-59 anos ≥ 60 anos

Outras violências 3,5 5,8 6,0 7,4 13,1

Negligência e abandono 40,6 5,5 0,3 0,7 19,7

Sexual 18,6 30,6 7,5 5,0 3,1

Psicológica e moral 7,7 12,3 26,2 28,7 23,8

Física 29,6 45,9 60,1 58,1 40,3

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0-9 anos 10-19 anos 20-39 anos 40-59 anos ≥ 60 anos

Outros 29,9 13,5 7,3 7,0 9,6

Via pública 7,0 26,4 20,3 17,1 12,1

Bar ou similar 0,4 2,0 2,7 2,1 1,8

Escola 1,4 2,9 0,4 0,4 0,2

Residencia 61,3 55,2 69,3 73,5 76,2

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

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158

Em 2014, a I Região de Saúde apresentou o maior número de notificações (53,3%),

possivelmente pela estruturação da rede de cuidados e atenção especializada às vítimas

de violência presentes nessa região, especialmente na capital. A VIII região destacou-se

ainda com 14,5% dos casos notificados no estado, enquanto a proporção de notificações

nas demais regiões encontra-se abaixo de 10%, reforçando a necessidade de

fortalecimento da vigilância de violências, sobretudo, na III região, onde a rede de saúde

captou apenas 0,8% dos casos notificados em Pernambuco (Figura 133).

Figura 133. Proporção de casos notificados de violência interpessoal e autoprovocada, segundo

faixa etária e Região de Saúde de ocorrência. Pernambuco, 2014

Fonte:Sinan/PE

53,3

14,5

8,46,5

4,32,7 2,6 2,3 1,9 1,3 1,3 0,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

I Geres VIII Geres IV Geres II Geres IX Geres XI Geres V Geres VI Geres X Geres VII Geres XII Geres III Geres

%

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159

5.2.7 Acidentes de Transporte Terrestre

No ano de 2009, o Brasil ocupava o 5º lugar entre os países com maior número de

óbitos por acidente de transporte terrestre (ATT) no mundo50. Diante desse cenário, através

de suas agências regionais e financiamento da Fundação Bloomberg, a OMS ainda nesse

ano, adotou o Projeto Road Safety in Ten Countries (ou “RS-10”), voltado à redução das

mortes e lesões causadas no trânsito em 10 países, incluindo o Brasil50,51.

No país, esse projeto foi denominado “Vida no Trânsito” com o objetivo de qualificar

e integrar as informações referentes às lesões e mortes no trânsito, identificando fatores de

risco e grupos de vítimas vulneráveis, para subsidiar o planejamento, monitoramento,

acompanhamento, avaliação das ações e a proposição de políticas públicas, inclusive com

incentivo de custeio para implantação e manutenção de ações e serviços públicos

estratégicos de vigilância em saúde, em âmbito nacional, através da portaria ministerial nº

183 de 2014.

Ainda em 2014, segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM),

ocorreram no Brasil 43.075 óbitos por ATT. Desses, 28,5% foram por acidentes de

motocicleta (AM), sendo 38,5% na Região Nordeste com 4.720 óbitos. Em Pernambuco,

foram registrados 1.888 óbitos por ATT, sendo 802 (42,5%) por AM, resultando em taxas

de mortalidade de 20,3 e 8,6 óbitos por 100.000 habitantes, respectivamente.

Assim, consoante com o “Vida no Trânsito”, importantes estratégias vem sendo

implementadas no estado, como a implantação da Vigilância Sentinela de informação

sobre acidentes de transporte terrestre no ano 2010; a instituição do Comitê Estadual de

Prevenção aos Acidentes de Moto (CEPAM) em 2011 e a instituição da Operação Lei Seca

(OLS) também em 2011.

Em relação aos acidentes, foram registrados em 2014 no estado, 43.603 casos de

ATT, sendo a maior proporção destes na I Região de Saúde (37,6%), região que detém

cerca de 45,0% da população do estado. Entretanto, o risco mais elevado, verificado

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160

através da taxa de ocorrência2, esteve nas regiões do interior, sobretudo, nas VII, IX e XI

(Figura 134).

A motocicleta foi o meio de locomoção mais frequente dentre as vítimas de

acidentes, sendo 77,3% no sexo masculino e 65,2% no feminino (Figura 135). A maior

parte dos acidentes ocorreu por colisão/abalroamento (34,0%), tombamento/capotamento

(26,6%) e queda em/do veículo (23,0%) (Figura 136).

A faixa etária de 20 a 39 anos foi a mais acometida por esses acidentes, sendo

60,0% dos casos no sexo masculino e 54,3% no feminino, seguida pela faixa etária de 40 a

59 anos, com 18,9% e 17,4%, respectivamente (Figura 137).

Figura 134. Taxa de ocorrência de acidente de transporte terrestre (por 10.000 hab.), segundo Região de Saúde de ocorrência do acidente. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinatt/SES-PE. Dados captados em 04/03/2016, sujeitos à alteração.

2 A taxa de ocorrência é calculada através do número de notificações de vítimas de ATT, dividido pela população residente da região de

saúde e multiplicado por uma constante de 10.000 habitantes. Os dados do número de notificações de vítimas de ATT ocorridos em uma Região de Saúde contêm residentes e não residentes dessa região.

39,9

29,222,2

28,0

77,5

35,5

110,6

39,2

100,1

85,6

107,8

38,7

47,0

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

Taxa

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161

Figura 135. Proporção de notificações de vítimas de acidentes de transporte terrestre (ATT), segundo sexo e meio de locomoção. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinatt/SES-PE. Dados captados em 04/03/2016, sujeitos à alteração. Nota: A categoria “outros” inclui Ambulância/SAMU/Resgate, ônibus ou similar, veículo de tração animal/animal montado, veículo pesado e outros veículos não especificados.

Figura 136. Proporção de notificações de vítimas de acidentes de transporte terrestre (ATT), segundo natureza do acidente. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinatt/SES-PE. Dados captados em 04/03/2016, sujeitos à alteração.

77,3

65,2

6,6

10,9

6,314,6

5,3 4,33,3 3,61,2 1,4

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

Masculino Feminino

Motocicleta Automóvel A pé Bicicleta Outros* Ignorado

34,0

26,6

23,0

10,3

2,8 2,4 0,9 Colisão / Abalroamento

Tombamento ou Capotamento

Queda em/do Veículo

Atropelamento

Ignorado

Choque com Objeto Fixo

Outro

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162

Figura 137. Proporção de notificações de vítimas de acidentes de transporte terrestre (ATT), segundo sexo e faixa etária. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinatt/SES-PE. Dados captados em 04/03/2016, sujeitos à alteração.

2,2 4,7

14,617,7

60,054,3

18,9 17,4

4,1 5,6

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Masculino (nº 34.302) Feminino (nº 9.237)

< 1 ano 1 a 9 anos 10 a 19 anos 20 a 39 anos 40 a 59 anos 60 anos e mais Ignorado

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163

5.2.8 Doenças e Agravos Relacionados ao Trabalho

O estado de Pernambuco tem passado por grandes mudanças na distribuição das

atividades econômicas, com a coexistência de setores produtivos historicamente

importantes, como a agricultura e o polo gesseiro, com atividades industriais recentes,

decorrentes da implantação da refinaria de petróleo, do polo petroquímico e da chegada de

diversas empresas nacionais e multinacionais dos ramos alimentício, automobilístico,

hemoderivados e outros empreendimentos. Esse novo arranjo produz impacto sobre o

perfil de morbimortalidade dos trabalhadores, exigindo maior atenção das equipes de

vigilância em saúde para o reconhecimento do trabalho como um componente importante

na determinação da saúde.

Como parte dessa vigilância, existem dispositivos específicos denominados Centros

de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), que atuam como suporte técnico

especializado para a rede de abrangência, garantindo apoio matricial para o

desenvolvimento das ações de saúde do trabalhador. Atualmente existem 8 Cerest

regionais e 01 Cerest estadual (Figura 138).

Figura 138. Área de cobertura dos Cerest regionais em Pernambuco

Fonte: GEAST/SES-PE

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164

A partir da Portaria Ministerial nº 1.271, de 6 de junho de 2014, dois dos agravos

relacionados ao trabalho passaram a ser de notificação universal (obrigatória em todas as

unidades de saúde): o acidente com exposição a material biológico e os acidentes de

trabalho (grave, fatal ou em crianças e adolescentes). Esse último, além de ser universal, é

de notificação imediata, devendo ser notificado em até 24 horas a partir do conhecimento

da ocorrência do acidente.

Em Pernambuco, os acidentes com exposição a material biológico representaram a

maior parte do total das notificações em 2014 (66,9%). Eles acometem, sobretudo, os

profissionais de saúde, sendo causados em maior parte pelo descarte inadequado de

material perfurocortante. Já os acidentes de trabalho grave ocorrem, em sua maioria, como

decorrência do exercício de trabalho (acidentes típicos), resultando em incapacidade

temporária (Figura 139).

Figura 139. Proporção de casos de notificação universal de doenças e agravos relacionados ao trabalho. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

As doenças relacionadas ao trabalho são de notificação compulsória em unidades

sentinela e compreendem os cânceres relacionados ao trabalho, as dermatoses

ocupacionais, as lesões por esforços repetitivos/distúrbios osteomusculares relacionados

ao trabalho (LER/DORT), a perda auditiva induzida por ruído (PAIR), as pneumoconioses e

os transtornos mentais.

Em Pernambuco, no ano de 2014 80,1% das doenças relacionadas ao trabalho

foram por LER/DORT e 17,2% por transtorno mental (Figura 140). A maior ocorrência de

66,9

33,1

Acidente com exposição a material biológico Acidente grave

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165

LER/DORT pode sugerir predominância de ambientes e processos de trabalho que gerem

esse tipo de agravo por esforço repetitivo (bancários, costureiras, funcionários de setores

administrativos, entre outros), ou a necessidade de intensificar a vigilância das demais

doenças em territórios estratégicos para adoecimento dos trabalhadores.

Figura 140. Proporção de casos de notificação de unidade sentinela de doenças e agravos relacionados ao trabalho. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

Cabe destacar ainda os acidentes de transporte terrestre relacionados ao trabalho,

visto que 15,1% dos acidentes notificados em Pernambuco, em 2014, ocorreram com

trabalhadores no exercício da profissão (motoristas, taxistas, entre outros) ou com os

demais trabalhadores no trajeto de casa para o trabalho ou vice-versa.

A VIII e a I Regiões de Saúde apresentaram maior volume de acidentes de

transporte terrestre relacionados ao trabalho, 24,8 e 21,6%, respectivamente. Entretanto, o

preenchimento do campo ignorado ainda é bastante elevado na maior parte das regiões,

sobretudo na VI região (Figura 141).

17,2

80,1

Dermatose Câncer PAIR Pneumoconiose Transtorno Mental LER/DORT

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166

Figura 141. Proporção de vítimas de acidentes de transportes terrestres, segundo Regiões de Saúde de ocorrência e relação com o trabalho. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

Os acidentes de trajeto, de casa para o trabalho ou vice-versa, correspondem à

maioria dos acidentes em todas as regiões de saúde, especialmente nas VIII e V Regiões

de Saúde, onde 89,2 e 86,9% dos acidentes foram desse tipo, respectivamente (Figura

142).

Figura 142. Proporção de vítimas de acidentes de transportes terrestres relacionados ao trabalho, segundo Regiões de Saúde de ocorrência. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

21,6 19,312,9 9,1 9,0 5,2 6,6

28,5

7,3 6,812,6 11,5 15,1

39,235,9

39,9 42,4

83,1

28,3

52,4

57,4

66,1 63,259,8

51,6 47,4

17,420,3

15,9 16,2

7,3

9,7

15,2

11,0

18,8 23,5 20,7

22,416,2

21,7 24,531,3 32,3

56,8

25,8

3,1 7,8 6,6 6,914,6

21,2

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

Relacionado ao trabalho Não relacionado ao Trabalho Não se Aplica Ignorado

23,8 23,234,1 33,3

13,1

31,0 29,6

10,826,4 23,2

38,531,9

24,5

76,2 76,865,9 66,7

86,9

69,0 70,4

89,273,6 76,8

61,568,1

75,5

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

Durante o Trabalho Indo ou Voltando do Trablaho

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167

5.2.9 Intoxicação Exógena

Compreende-se por intoxicação exógena a ocorrência de sinais e sintomas clínicos

de intoxicação e/ou alterações laboratoriais nos indivíduos que foram expostos a

substâncias químicas (agrotóxicos, medicamentos, produtos de uso doméstico, entre

outros)52.

O agente causador da intoxicação pode ser qualquer substância que, ao adentrar

no organismo possa causar danos, reversíveis ou não, através da sua ação química. No

ano de 2014, os principais causadores de intoxicações foram os medicamentos (32,1%),

alimentos e bebidas (21,2%) e as drogas de abuso (11,8%) (Figura 143).

Figura 143. Proporção de casos notificados de intoxicação exógena, segundo agente tóxico. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

As principais ocupações notificadas por esse tipo de agravo foram os estudantes

(26,0%) e os trabalhadores agropecuários (18,1%) (Figura 144). Dentre as intoxicações

ocorridas com estudantes, a maioria foi decorrente de tentativa de suicídio, já os

agricultores entram em contato direto com essas substâncias (agrotóxicos), podendo sofrer

intoxicações agudas e crônicas.

11,4

3,0

1,2

1,9

3,2

3,9

4,9

5,4

11,8

21,2

32,1

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0

Ignorado

Outros

Cosmético

Agrotóxico doméstico

Raticida

Produto químico

Agrotóxico agrícola

Produto de uso domiciliar

Drogas de abuso

Alimento e bebida

Medicamento

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168

Figura 144. Proporção de casos notificados de intoxicação exógena, segundo ocupação. Pernambuco, 2014

Fonte: Sinan-PE

17,2

0,9

1,0

1,7

2,6

5,1

5,8

7,7

13,9

18,1

26,0

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0

Outras

Produtor Agropecuário

Servente de obras

Vendedor ambulante

Pedreiro

Aposentado/Pensionista

Desempregado

Volante na Agricultura

Dona de Casa

Trabalhador Agropecuário

Estudante

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169

6 Promoção da Saúde

A promoção da saúde (PS) vem se tornando um campo relevante frente aos

desafios de saúde pública contemporâneos, entre eles o envelhecimento da população e a

magnitude das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). A PS parte de uma

concepção ampla do processo saúde doença e de seus determinantes, procurando integrar

saberes técnicos e populares53,54.

Entre as ações de PS voltadas para o desenvolvimento de habilidades individuais e

coletivas com vistas à adoção de hábitos de vida saudáveis, como também mobilização e

participação social, citam-se: o controle do uso do tabaco e seus derivados, o estímulo à

alimentação adequada e saudável e à prática de atividades físicas e corporais53,54.

Quanto ao uso do tabaco, independente da quantidade de cigarros, dados advindos

do conjunto das capitais brasileiras, a partir do Sistema sobre fatores de risco e proteção

para doenças crônicas por inquérito telefônico (Vigitel), confirmaram a redução do hábito

de fumar de 15,7%, em 200655, para 11,3%, em 2013. Nesse último ano, a prevalência foi

maior entre homens (14,4%) que em mulheres (8,6%)56.

A prevalência de ex-fumantes no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde

(PNS), foi de 17,5%, em 201357. Ao observarmos dados apenas das capitais, com base no

Vigitel, verifica-se pouca variação, passando de 22,1% em 200655 para 22% em 201356.

Quanto à obesidade (índice de massa corporal ≥ 30 kg/m2) e o excesso de peso

(índice de massa corporal ≥ 25 e < 30kg/m2) observa-se aumento nas capitais brasileiras.

Mais da metade dos entrevistados (50,8%) apresentaram excesso de peso em 201356, em

contraste com a frequência registrada em 2006 (43,0%). Em 2013, 17,5% da população foi

considerada obesa56, e no ano de 2006, esse percentual foi de 11,4%55.

Em ambos os anos, a obesidade concentrou-se na faixa etária de 35 a 64 anos, em

pessoas com menos anos de estudo (zero a oito anos) e no sexo masculino55,56. Segundo

dados da PNS de 2013, 60% dos brasileiros com 18 anos ou mais estavam acima do

peso57.

No que diz respeito aos hábitos alimentares, dados relativos às capitais

demonstram aumento do consumo de frutas, hortaliças (legumes e verduras) e alimentos

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

170

menos gordurosos. A frequência de ingestão de frutas e hortaliças dentro do recomendado

(consumo diário de aproximadamente cinco porções) foi de 23,6% em 2013, sendo mais

frequente em mulheres (27,3%)58. Por outro lado, o consumo regular de refrigerantes (em

cinco ou mais dias da semana) e carne com excesso de gordura (carne vermelha

gordurosa ou frango com pele) alcançaram patamares relativamente altos, 23,3% e 31%

em 2013, respectivamente56.

Dados do Vigitel (capitais) revelam ainda que a prática de atividade física, dentro do

volume recomendado (pelo menos 150 minutos de atividade de intensidade moderada por

semana) aumentou no país. A frequência de ativos fisicamente no tempo livre passou de

30,3%, em 201159, para 33,8%, em 201356. Importante frisar que a metodologia de coleta

desse dado sofreu modificações a partir de 2011, não permitindo comparação com

períodos anteriores a 2011.

A frequência de adultos fisicamente inativos - que não praticaram qualquer atividade

física no lazer nos últimos três meses, não realizaram esforços físicos intensos no trabalho,

não se deslocaram para o trabalho ou para a escola a pé ou de bicicleta, perfazendo um

mínimo de 10 minutos por trajeto/dia e não participaram da limpeza pesada de suas casas

- apresentou discreto aumento nas capitais brasileiras, nos últimos cinco anos, passando

de 15,6%, em 201060 para 16,2%, em 201356.

Apesar de não poderem ser extrapolados para o estado de Pernambuco, pelo fato

de abrangerem apenas a capital pernambucana (Recife), os dados do inquérito Vigitel

fornecem boa aproximação do comportamento dos indicadores de PS supracitados. Dessa

forma, as análises a seguir referem-se ao município do Recife. Destaca-se que, todos os

indicadores foram ponderados para representar, em cada ano, a composição

sociodemográfica da população adulta residente no conjunto das 27 capitais estudadas

pelo Vigitel. Para tanto, pesos pós-estratificação, calculados pelo método rake, foram

obtidos para os indivíduos da amostra Vigitel em cada um dos anos no período de 2006 a

2013. Assim, alguns resultados poderão apresentar pequenas diferenças em relação aos

divulgados em relatórios anteriores do referido inquérito.

Verifica-se que o percentual de fumantes no município do Recife acompanhou o

cenário nacional de diminuição, passando de 14,7%, em 2006, para 10,7%, em 2013

(Figura 145). Nesse período, foi mais frequente em homens, pessoas com faixa etária entre

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

171

45 e 54 anos e com menos anos de estudo (zero a oito anos). O percentual de fumantes no

estado, segundo a PNS de 2013 foi de 15,0%57.

Figura 145. Percentual de adultos (≥ 18 anos) fumantes segundo sexo. Recife-PE, 2006 a 2013

Fonte: Vigitel, MS

Em relação ao percentual de ex-fumantes em Recife, verifica-se pouca variação no

período em análise, com uma discreta diminuição de 21,8% em 2006 para 20,9% em 2013

(Figura 146). Segundo a PNS57, no ano de 2013, a proporção de ex-fumantes no estado

alcançou percentual de 18,5%, um pouco abaixo do município do Recife.

Figura 146. Percentual de adultos (≥ 18 anos) ex-fumantes segundo sexo. Recife-PE, 2006 a 2013

Fonte: Vigitel, MS

Em consonância com o cenário nacional, observa-se aumento na população

recifense para sobrepeso e obesidade, principalmente no tocante à obesidade. O indicador

de excesso de peso apresentou incremento, nos últimos cinco anos, passando de 46,6%

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

172

em 2009 para 51,1% em 2013, sendo as frequências relativamente mais altas na

população masculina para esse indicador (Figura 147). O excesso de peso foi mais

frequente na faixa etária de 35 a 64 anos e nas pessoas com poucos anos de estudo (zero

a oito anos), abrangendo mais da metade dos indivíduos. No que se refere à obesidade, o

percentual passou de 12,3% em 2006 para 17,6% em 2013, com aumento em ambos os

sexos (Figura 148).

Figura 147. Percentual de adultos (≥ 18 anos) com excesso de peso segundo sexo. Recife-PE, 2006 a 2013

Fonte: Vigitel, MS

Figura 148. Percentual de adultos (≥ 18 anos) com obesidade segundo sexo. Recife-PE, 2006 a 2013

Fonte: Vigitel, MS

Dados da capital de Pernambuco sobre hábitos alimentares saudáveis revelam que

o consumo de frutas e hortaliças dentro do recomendado foi relativamente baixo em 2013

52,2

40,6

55,653,2

40,943,7

50,4

41,745,5

51,8

41,8

46,6

56,3

44,8

50,352,8

45,849,1

55,352,0 53,553,9

51,4 51,1

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Masculino Feminino Total

%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

173

(19,5%) quando comparado aos percentuais obtidos nesse mesmo ano, a partir da PNS,

para o estado (26,0%) e para o Brasil (37,3%)57 (Figura 149).

Quanto ao consumo de carne com excesso de gordura, o percentual aferido em

2013 foi de 78,8% (Figura 150), enquanto que no estado, nesse mesmo ano, foi de 28,4%

e no Brasil de 37,2%57. Ressalta-se que a frequência no consumo de frutas e hortaliças foi

maior entre mulheres e indivíduos com mais anos de estudo (entre nove e onze e doze e

mais). E o percentual dos que consomem carne com excesso de gordura concentrou-se na

faixa etária de 18 a 44 anos e nos estratos de zero a oito e de nove a onze anos de estudo.

Em contraste, a figura 151 demonstra expressiva diminuição no consumo regular de

refrigerantes no município do Recife, passando de 22,8% em 2006 para 13,9% em 2013,

quando comparadas às frequências estadual e nacional, obtidas pela PNS, em 2013,

20,0% e 23,4%, respectivamente57.

Figura 149. Percentual de adultos (≥ 18 anos) que consomem cinco ou mais porções diárias de frutas e hortaliças segundo sexo. Recife-PE, 2008 a 2013

Fonte: Vigitel, MS

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

174

Figura 150. Percentual de adultos (≥ 18 anos) que costumam consumir carnes com excesso de gordura segundo sexo, Recife-PE, 2007 a 2013

Fonte: Vigitel, MS

Figura 151. Percentual de adultos (≥ 18 anos) que consomem refrigerantes em cinco ou mais dias segundo sexo. Recife-PE, 2007 a 2013

Fonte: Vigitel, MS

Quanto à frequência de adultos que praticam atividade física dentro do

recomendado observa-se incremento para o Recife, entre os anos de 2011 e 2013,

passando de 31,0% para 34,6%. A prática de atividade física é mais comum no público

masculino (Figura 152), em faixas etárias mais jovens (18 a 24 e 25 a 34 anos) e com mais

anos de estudo (nove ou mais anos). Para o estado, o percentual foi de 21,8%, em 2013,

pela PNS, resultado abaixo do da capital57.

Aliado a isso, temos que o percentual de fisicamente inativos vem diminuindo no

período de 2009 a 2013, sendo mais frequente em mulheres (Figura 153), na faixa etária

de 55 a 64 anos e de 65 e mais e na população com zero a oito anos de estudo.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

175

Figura 152. Percentual de adultos (≥ 18 anos) que praticam atividades físicas no tempo livre segundo sexo. Recife-PE, 2011 a 2013

Fonte: Vigitel, MS

Figura 153. Percentual de adultos (≥ 18 anos) fisicamente inativos segundo sexo. Recife-PE, 2009 a 2013

Fonte: Vigitel, MS

6.1 Equipamentos de Promoção da Saúde no estado de Pernambuco

A caracterização dos equipamentos estaduais de promoção da saúde é importante

para a análise do cenário quanto à “cobertura potencial” das referidas ações e identificação

de oportunidades de investimento.

O fomento à implantação de Núcleos de Promoção da Saúde (NPS) nos municípios

é uma estratégia estadual, integrante do Plano de Ações Estratégicas para enfrentamento

das DCNT 2013-201761, que objetiva a estruturação e qualificação de ações de promoção

da saúde nos municípios. No processo de implantação, em 2013, foram elegíveis os

39,9

22,9

31,0

40,0

25,0

31,7

41,8

28,9

34,6

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

Masculino Feminino Total

%

2011 2012 2013

17,3

22,0

20,0

11,3

14,616,3

20,218,8 19,4

21,5

16,0

18,517,7

20,619,3

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

Masculino Feminino Total

%

2009 2010 2011 2012 2013

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

176

municípios com população menor que 20.000 habitantes. Destes municípios prioritários,

53% apresentam NPS implantados (Figura 154).

Figura 154. Municípios com menos de 20.000 hab. com Núcleo de Promoção da Saúde implantado. Pernambuco, 2016

Fonte: SES-PE

Outro equipamento de destaque na qualificação das práticas de PS refere-se à

implantação dos polos do Programa Academia da Saúde (PAS). Na figura 155, observa-se

uma boa “cobertura” do Programa, visto que 75% dos municípios têm polos do PAS (similar

e/ou construção). Nesses polos são desenvolvidas atividades integradas às equipes de

Atenção Primária em Saúde (APS), com existência de área física exclusiva ou ambiente

específico para o Programa, com entrada independente e de livre acesso à população, e

ao menos um profissional de saúde de nível superior em cada espaço/polo.

Quanto ao tratamento para a pessoa tabagista, 56,2% dos municípios do estado

estão desenvolvendo essa estratégia (Figura 156).

IX

VIII

VIIXI

X

VI

V

IV

II

XII

III

I

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

177

Figura 155. Municípios com Programa Academia da Saúde. Pernambuco, 2016

Fonte: SES-PE

Figura 156. Municípios com tratamento contra tabagismo implantado. Pernambuco, 2016

Fonte: SES-PE

IX

VIII

VIIXI

X

VI

V

IV

II

XII

III

I

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

178

7 Como Morrem os Pernambucanos

7.1 Mortalidade Geral

O perfil de mortalidade no Brasil tem sofrido importantes mudanças nas últimas

décadas, com transições epidemiológica, demográfica e nutricional ocorrendo de forma

acelerada. De um lado, a redução de mortes por desnutrição, doenças infecciosas e

parasitárias, materno-infantil, e de outro, o envelhecimento populacional e o crescimento

das mortes por doenças crônicas e causas externas, configuram um novo cenário para a

atuação das políticas públicas, as quais devem responder a novas demandas por serviços

de saúde, à prevenção e doenças e à promoção da saúde62. O perfil de mortalidade em

Pernambuco acompanha a tendência observada nacionalmente.

De 2005 a 2014, foram registrados 552.609 óbitos na população do estado, em

média, 55.260 por ano. A variação no aumento ocorreu gradualmente, consonante com o

aumento da população, obtendo percentual de 10,3% entre 2005 e 2014. No que se refere

ao coeficiente de mortalidade geral (CMG), a variação alcançada não ultrapassou 4,0% em

todo o período, apresentando valores iguais nos anos de 2005 e 2014 (6,2), o que sugere

estabilidade no comportamento da mortalidade no estado (Figura 157). Faz-se importante

lembrar que a estrutura populacional quanto à idade e sexo influencia no CMG e que o seu

aumento guarda relação com baixas condições de vida ou número expressivo de idosos.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

179

Figura 157. Número de óbitos e coeficiente de mortalidade geral (por 1.000 habitantes), segundo

ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

Entre os anos de 2005 e 2014, ocorreram mais óbitos na população masculina, em

média 56,4% dos óbitos (Figura 158). O número de óbitos e o CMG, em ambos os sexos,

se mantiveram estáveis no período analisado, sendo a taxa de mortalidade na população

masculina cerca de 1,3 vezes maior que na população feminina (Figura 159).

Figura 158. Proporção de óbitos segundo sexo e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

52

.32

4

52

.10

7

53

.60

5

54

.55

8

54

.79

2

54

.70

3

57

.36

3

57

.20

8

58

.24

3

57

.70

6

6,2 6,2

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

-

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

CM

G

de

ób

ito

s

Nº de óbitos CMG

56,6 57,0 57,3 56,7 56,4 56,4 56,4 55,4 55,4 55,8

43,4 43,0 42,7 43,3 43,6 43,6 43,6 44,6 44,6 44,2

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Masculino Feminino

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

180

Figura 159. Número de óbitos e coeficiente de mortalidade geral (por 1.000 habitantes) segundo sexo e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

Quanto à mortalidade proporcional por raça/cor, observa-se concentração dos

óbitos nos indivíduos de raça/cor parda, com mais da metade dos casos (Figura 160).

Sobre a análise da variável raça/cor, é preciso destacar ainda que o seu uso pode ser útil

como marcador do risco de exposições sociais, visto que as condições de inserção social,

econômica, cultural e ambiental da população, determinam a falta de equidade que leva os

grupos, em desvantagem na sociedade, a sofrerem as consequências negativas de tal

inserção63, entre elas as desigualdades no acesso a cuidados e serviços de saúde.

Apesar de a maior parte dos indivíduos terem tido acesso à assistência hospitalar

no momento do óbito, é relativamente alto o percentual de mortes ocorridas no domicílio,

em média 26,2% (Figura 161). A maioria dos óbitos ocorreu em indivíduos com 60 anos e

mais, faixa etária na qual se espera uma maior mortalidade, com incremento de 23,0% no

número de óbitos entre 2005 e 2014 (Figura 162). Isso reflete as mudanças ocorridas no

padrão demográfico brasileiro, com redução da fecundidade e aumento da expectativa de

vida62.

29

.61

5

29

.72

2

30

.73

8

30

.95

0

30

.92

4

30

.86

1

32

.36

4

31

.70

4

32

.27

8

32

.17

5

22

.70

9

22

.38

5

22

.86

7

23

.60

8

23

.86

8

23

.84

2

24

.99

9

25

.50

4

25

.96

5

25

.53

1

7,3 7,2

5,2 5,3

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

-

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

CM

G

de

cas

os

Nº masc. Nº fem. CMG masc. CMG fem.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

181

Figura 160. Proporção de óbitos, segundo raça cor e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

Figura 161. Proporção de óbitos, segundo local de ocorrência e ano do óbito. Pernambuco 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

54,3 55,8 56,1 56,4 54,0 55,5 56,5 58,0 58,1 58,5

33,8 33,3 32,4 32,5 32,7 33,0 32,3 31,6 32,5 32,4

5,5 5,7 5,7 5,6 5,2 5,8 6,1 5,8 5,6 5,75,7 4,7 5,3 5,0 7,8 5,1 4,6 4,0 3,2 2,9

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Parda Branca Preta Não informada Amarela

59,4 60,3 60,9 61,6 62,0 63,1 62,4 63,4 63,2 63,5

29,5 28,3 26,9 26,9 26,7 25,6 25,5 24,5 24,6 23,6

8,0 8,3 8,3 7,7 7,3 7,0 7,4 7,1 6,6 6,7

2,6 2,7 3,3 3,3 3,5 3,8 4,3 4,7 5,4 6,0

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

%

Hospital Domicílio Via pública Outros Ignorado

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

182

Figura 162. Proporção de óbitos, segundo faixa etária e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

Houve, entre 2005 e 2014, um importante decréscimo de 54,5% na proporção de

óbitos por causa mal definida, alcançando 4,6% em 2014 (Figura 163). Os óbitos sem

causa definida comprometem a qualidade das informações relativas à mortalidade e podem

sugerir a ocorrência de óbitos sem acesso à assistência médica.

Figura 163. Proporção de óbitos por causa mal definida, segundo ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

Os óbitos por doenças e agravos não transmissíveis (DANT) representaram o

principal grupo de causa de óbito em Pernambuco no decênio analisado, sendo as

doenças do aparelho circulatório (DAC) as mais significativas. Em segundo lugar ficaram

as neoplasias e em terceiro as causas externas. As doenças do aparelho respiratório

23,5 23,9 24,8 25,0 25,7 26,3 27,4 27,5 27,8 27,7

33,7 33,9 33,6 33,9 34,1 35,0 34,9 35,0 35,7 35,9

19,0 19,3 19,1 19,2 19,4 19,3 19,3 19,2 19,3 19,1

12,8 13,0 13,0 13,0 12,5 12,0 11,4 11,3 10,7 10,8 3,1 3,2 3,1 2,9 2,6 2,5 2,4 2,4 2,1 2,2 6,3 5,3 5,0 4,5 4,5 3,8 3,4 3,5 3,4 3,3

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

80 e + 60 a 79 40 a 59 20 a 39 10 a 19 01 a 09 < 01 ano

10,1

6,05,1 5,2 5,4 5,1 5,1 4,8 4,5 4,6

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

%

Causa mal definida

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

183

cresceram em participação e as doenças infecciosas e parasitárias mantiveram-se no

mesmo patamar. Esse cenário acompanha o nacional, com tripla carga de doenças,

manifestada pela convivência de doenças infecciosas e parasitárias com causas externas e

doenças crônicas.

Figura 164. Proporção de óbitos segundo grupos de causa e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

As doenças do aparelho circulatório foram mais frequentes na raça/cor preta e as

neoplasias na amarela. Chama a atenção, a alta proporção relativa verificada na raça/cor

parda quanto às causas externas, que foi de 17% em 2014 (Figura 165).

Figura 165. Proporção de óbitos segundo grupo de causa e raça/cor. Pernambuco, 2014

Fonte: SIM-PE

29,7

31,0

31,0

31,2

30,7

30,8

30,4

30,3

29,7

29,0

11,7

12,8

12,4

12,7

13,0

13,2

13,3

13,4

13,9

14,0

14,4

14,9

15,2

14,9

14,4

14,0

13,3

13,0

12,5

12,6

7,3

8,3

8,9

8,8

9,5

9,9

10,9

11,0

11,9

12,1

7,6

7,9

8,1

8,3

8,2

8,3

8,6

8,2

8,0

7,5

5,0

5,1

5,4

5,3

5,3

5,4

5,4

5,5

5,7

5,5

4,8

4,7

4,6

4,5

4,5

4,4

4,5

4,6

4,8

5,0

19,4

15,3

14,2

14,4

14,3

13,8

13,6

14,0

13,5

14,2

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

DAC Neoplasias Causas Externas DAR DENM D. Aparelho digestivo DIP Demais Causas

31% 34% 31% 28% 30% 27%

16%15% 18%

13% 13%14%

7%6% 4% 17%

7% 10%

15% 11% 12%11%

9%12%

9% 9% 11% 7%

8%5%

5% 6% 6% 6%

5% 6%

5% 7% 4% 5%

9% 5%

4%4%

3% 5% 12%7%

10% 7% 11% 9% 8%14%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Branca Preta Amarela Parda Indígena Não informado

%

DAC Neoplasias Causas externas DAR DENM Aparelho digestivo DIP Mal definidas Demais causas

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

184

A análise do CMG por Região de Saúde mostra comportamentos distintos entre as

regiões. Em sete delas, verifica-se um incremento médio de 6,9% no CGM, entre 2005 e

2014, sendo o maior aumento o da II região com 9,5%. Por outro lado, cinco regiões

apresentaram decréscimo em suas taxas, sobretudo, nas VI e III regiões com reduções de

15,4 e 13,1%, respectivamente (Figura 166). Os óbitos no sexo masculino prevalecem

sobre os do sexo feminino também na análise por Região de Saúde (Figura 167).

Figura 166. Coeficiente de mortalidade geral (por 1.000 habitantes), segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIM-PE

Figura 167. Proporção de óbitos por sexo, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2014

Fonte: SIM-PE

6,25,9

6,8 6,76,3 6,3

5,04,8

5,2

6,35,8

6,86,3 6,4

5,9

6,66,8

5,45,7

4,6

5,4

6,66,2 6,3

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII

CM

G

2005 2014

53,9

56,7

60,0

56,5

55,1

57,4

56,4

59,4

57,9

53,4

58,0

56,8

46,1

43,3

40,0

43,5

44,9

42,6

43,6

40,6

42,1

46,6

42,0

43,2

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

I

II

III

IV

V

VI

VII

VIII

IX

X

XI

XII

Masculino Feminino

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

185

Em todas as regiões, especialmente na IX região (69,0%), os óbitos em pessoas de

raça/cor parda prevaleceram sobre as demais (Figura 168).

Figura 168. Proporção de óbitos por raça cor, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2014

Fonte: SIM-PE

Nas Regiões de Saúde também se observa uma maior proporção de óbitos em

pessoas com 60 anos e mais. Chama a atenção a proporção de óbitos em menores de 1

ano acima de 4,0% nas VIII, VII, IX e VI regiões, acima da média dos últimos 5 anos do

estado (3,5%) (Figura 169).

Figuras 169. Proporção de óbitos por faixa etária, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2014

Fonte: SIM-PE

56,2

59,5

65,4

55,2

60,9

66,1

67,0

58,4

69,0

50,7

67,9

60,9

34,3

32,3

25,9

38,8

29,2

24,6

20,0

26,4

21,3

44,4

23,2

27,9

6,6

5,1

6,1

3,7

3,4

4,0

8,9

6,8

5,9

3,2

5,9

7,0

2,6

2,9

2,4

5,8

3,2

3,2

7,8

3,5

3,9

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

I

II

III

IV

V

VI

VII

VIII

IX

X

XI

XII

Parda Branca Preta Amarela Indígena Não informada

26,1

30,1

22,4

30,4

31,6

30,7

29,9

24,0

27,0

33,6

31,8

27,8

37,7

36,9

37,0

34,2

35,5

32,9

32,4

30,6

28,5

37,0

33,8

36,8

20,5

17,4

21,0

17,5

16,2

17,3

18,0

19,5

19,8

14,9

17,8

18,5

10,0

9,7

13,4

11,2

10,5

11,0

11,7

14,9

14,7

8,7

10,4

11,1

1,6

2,2

3,0

2,5

2,9

3,2

3,3

4,4

5,5

6,6

4,6

3,6

3,3

2,3

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

I

II

III

IV

V

VI

VII

VIII

IX

X

XI

XII

80 e + 60 a 79 40 a 59 20 a 39 10 a 19 01 a 09 < 01 ano

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

186

7.2 Mortalidade por ciclo de vida

7.2.1 Mortalidade em menores de 1 ano

Os óbitos em menores de um ano representam um evento indesejável em saúde

pública, pois são, em sua maioria, evitáveis. O coeficiente de mortalidade infantil (CMI)

representa a estimativa do risco de um nascido vivo morrer durante o seu primeiro ano de

vida e tem sido utilizado como um bom indicador das condições de vida, refletindo o estado

de saúde da parcela mais vulnerável da população. É obtido pelo número de óbitos de

menores de um ano de idade para cada mil nascidos vivos, em determinada área

geográfica e período64.

Embora seja um indicador que demonstre a intensidade da mortalidade em

menores de um ano, apenas sete estados e o DF fazem uso dos dados diretamente do

SIM e do Sinasc para o cálculo do CMI, por apresentarem cobertura completa desses

sistemas de informações. Os demais estados, em especial aqueles situados nas regiões

Norte e Nordeste, ainda apresentam subregistro de nascimento e de óbito e, por este

motivo, necessitam de correção do indicador16.

Em 2010, foi realizada a pesquisa “Busca ativa de nascidos vivos e óbitos na

Amazônia Legal e no Nordeste”, a qual subsidiou o estabelecimento de fatores de

correção, que aplicados aos dados diretos do SIM e do Sinasc, permitem a obtenção de

indicadores mais próximos da realidade, bem como a comparabilidade com outros estados.

Dessa forma, o CMI corrigido de Pernambuco apresenta uma tendência de redução,

com variação de 36,4% entre 2005 e 2014 (Figura 170), o que reflete melhoria nas

condições de vida da população, investimentos em saneamento básico, alfabetização das

mães, ações diretas para redução da morbimortalidade infantil, entre outras desenvolvidas

no estado ao longo dos anos.

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187

Figura 170. Coeficiente de mortalidade infantil (por 1.000 nascidos vivos), segundo ano do óbito. Pernambuco, 2014

Fonte: Datasus e SIM-PE

*Dados corrigidos com fator de correção obtido na pesquisa de busca ativa de nascidos vivos e óbitos na Amazônia Legal e

no Nordeste

Quando estratificada por componente etário, a mortalidade infantil revela influências

de fatores de naturezas distintas e, consequentemente, necessita de diferentes medidas de

intervenção64. No estado, os óbitos ocorridos no período neonatal (0 a 27 dias), em

especial, neonatal precoce (0 a 6 dias) apresentaram maior proporção em relação aos

demais componentes etários com incremento de 4,9% entre 2005 e 2014 (Figura 171). O

aumento de óbitos ocorridos no período neonatal pode significar dificuldades na prestação

de serviço ou de acesso à assistência durante o pré-natal, pré-parto e parto, assim como

no atendimento imediato à criança após no nascimento65,66.

Já o componente pós-neonatal (28 dias a 364 dias completos) apresentou um

decréscimo de 18,2% no período analisado. Essa redução pode ser relacionada, entre

outros fatores, com o aumento da cobertura vacinal, utilização da terapia de reidratação

oral, melhoria das condições nutricionais e ambientais da população e o aumento da taxa

de escolaridade das mães e das taxas de aleitamento materno64.

23,4

14,9

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012* 2013* 2014*

CM

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188

Figura 171. Proporção de óbitos infantis segundo componente etário e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

Os óbitos ocorridos no período neonatal, em especial, no neonatal precoce, vêm

contribuindo para mudanças no perfil da mortalidade infantil. Em 2005 e em 2014,

respectivamente, 53,8% e 58,6% dos óbitos de menores de um ano ocorreram por

afecções perinatais. Nesse grupo de causa, em 2014, houve predomínio de óbitos em feto

e recém-nascidos afetados por fatores maternos e por complicações da gravidez do

trabalho de parto e parto e, em segundo lugar, por transtornos respiratórios e

cardiovasculares específicos do período perinatal (Quadro 3).

Observa-se ainda o aumento na participação de óbitos por anomalias congênitas

para esse grupo etário, entre 2005 e 2014, com predomínio, no último ano, das

malformações do aparelho circulatório e do sistema nervoso, enquanto os óbitos por DIP

sofreram redução (Quadro 3). Cada um desses grupos de causas demandam intervenções

diferenciadas, algumas delas consideradas com maior potencial de evitabilidade.

50,9 53,0 51,7 51,2 52,6 55,3 52,5 54,5 51,9 53,4

12,3 11,6 12,9 13,8 15,214,4

15,015,6 16,8 16,4

36,8 35,4 35,4 35,0 32,2 30,3 32,5 29,9 31,3 30,1

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Neonatal Precoce Neonatal Tardio Pós Neonatal

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

189

Quadro 3. Principais causas de mortalidade infantil. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIM-PE

Na análise por Região de Saúde, observa-se que as causas mal definidas, que

representavam o segundo grupo de causa de óbito infantil nas III, V e VI regiões e o

terceiro grupo na IV região, deixaram de figurar entre os principais grupos de causa em

2014, prevalecendo as anomalias congênitas como segundo grupo de causa, evidenciando

melhora na classificação das causas de óbito dessas regiões. Em destaque, a IX região

ainda apresenta causas mal definidas dentre os principais grupos de causa de óbito infantil

em 2014.

Observa-se uma mudança importante no perfil de causas da X região, em que os

óbitos por DIP deixam de figurar entre as principais causas e os óbitos por causas externas

Grupo de causa N. % Grupo de causa N. %

Afecções perinatais 1.760 53,8% Afecções perinatais 1.106 58,6%

Transtornos respiratórios e

cardiovasculares específicos do período

perinatal

783 23,9%

Feto e recém-nascido afetados por

fatores maternos e por complicações da

gravidez, do trabalho de parto e do parto

426 22,6%

Feto e recém-nascido afetados por

fatores maternos e por complicações

da gravidez, do trabalho de parto e do

parto

488 14,9%

Transtornos respiratórios e

cardiovasculares específicos do período

perinatal

316 16,7%

Infecções específicas do período

perinatal239 7,3%

Infecções específicas do período

perinatal175 9,3%

Anomalias congênitas 413 12,6% Anomalias congênitas 449 23,8%

Malformações congênitas do aparelho

circulatório122 3,7%

Malformações congênitas do aparelho

circulatório147 7,8%

Outras malformações congênitas 78 2,4%Malformações congênitas do sistema

nervoso77 4,1%

Malformações congênitas do sistema

nervoso69 2,1% Outras malformações congênitas 67 3,5%

DIP 320 9,8% DIP 105 5,6%

Doenças infecciosas intestinais 258 7,9% Outras doenças bacterianas 41 2,2%

Outras doenças bacterianas 51 1,6% Doenças infecciosas intestinais 38 2,0%

Infecções de transmissão

predominantemente sexual5 0,2%

Infecções de transmissão

predominantemente sexual12 0,6%

Demais grupos de causa 778 23,8% Demais grupos de causa 228 12,1%

Total 3.271 100,0% Total 1.888 100,0%

2005 2014

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

190

assumem o terceiro lugar, única região em que esse grupo de causas aparece entre as três

principais (Quadro 4).

Quadro 4. Principais grupos de causas de mortalidade infantil, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIM-PE

1º 2º 3º 1º 2º 3º

I -RecifeAfecções

perinatais

Anomalias

congênitasDIP

Afecções

perinatais

Anomalias

congênitasDIP

II - LimoeiroAfecções

perinatais

Anomalias

congênitasDIP

Afecções

perinatais

Anomalias

congênitasDIP

III - PalmaresAfecções

perinataisMal definidas DIP

Afecções

perinatais

Anomalias

congênitasDIP

IV - CaruaruAfecções

perinatais

Anomalias

congênitasMal definidas

Afecções

perinatais

Anomalias

congênitasDIP

V - GaranhunsAfecções

perinataisMal definidas DIP

Afecções

perinatais

Anomalias

congênitasDAR

VI - ArcoverdeAfecções

perinataisMal definidas DIP

Afecções

perinatais

Anomalias

congênitasDAR

VII - SalgueiroAfecções

perinatais

Anomalias

congênitasDIP

Afecções

perinatais

Anomalias

congênitasDAR

VIII - PetrolinaAfecções

perinatais

Anomalias

congênitasDAR

Afecções

perinatais

Anomalias

congênitasDIP

IX - OuricuriAfecções

perinataisDIP Mal definidas

Afecções

perinatais

Anomalias

congênitasMal definidas

X - Afogados da

Ingazeira

Afecções

perinataisDIP

Anomalias

congênitas

Afecções

perinatais

Anomalias

congênitas

Causas

externas

XI - Serra TalhadaAfecções

perinataisDIP

Anomalias

congênitas

Afecções

perinatais

Anomalias

congênitasDAR

XII - GoianaAfecções

perinataisDIP

Anomalias

congênitas

Afecções

perinatais

Anomalias

congênitasDIP

PernambucoAfecções

perinatais

Anomalias

congênitasDIP

Afecções

perinatais

Anomalias

congênitasDIP

Região de Saúde2005 2014

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

191

7.2.2 Mortalidade entre 1 e 9 anos

O coeficiente de mortalidade na faixa etária de 1 a 9 anos sofreu importantes

reduções, 28,7% no sexo masculino e 34,6% no feminino (Figura 172). Nesse último ano,

as causas externas foram a primeira causa de morte em ambos os sexos, seguida pelas

doenças do aparelho respiratório (DAR) nos meninos e anomalias congênitas nas meninas

(Quadro 5).

Figura 172. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 1 a 9 anos, segundo sexo e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

Os traumatismos acidentais, na faixa etária de 1 a 9 anos, representaram a primeira

causa de óbito dentre as causas externas, seguido por acidentes de transporte, em ambos

os sexos, embora tenham reduzido entre 2005 e 2014. Para os meninos, os óbitos por

influenza e pneumonia representaram a segunda causa de óbito e as anomalias congênitas

despontaram como terceiro grupo de causas em 2014, em substituição às DIP. Para as

meninas dessa faixa etária, as mudanças no padrão de mortalidade foram ainda maiores,

com as anomalias congênitas substituindo as DAR e as neoplasias substituindo as DIP em

2014, enquanto segundo e terceiro grupos de causa, respectivamente.

51,7

36,8

47,3

30,9

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

CM

Masculino Feminino

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192

Quadro 5. Número e percentual de óbitos dos indivíduos de 1 a 9 anos por sexo, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIM-PE

A maior parte das Regiões de Saúde apresentou as causas externas como primeiro

grupo de causa de óbito, em ambos os anos de análise, com exceção da VII região, na

qual prevaleceram as neoplasias, e da XII região que passa a apresentar as neoplasias

como as principais causas de óbito em 2014. As anomalias congênitas cresceram em

participação em 2014, além das neoplasias e das doenças do sistema nervoso. As causas

mal definidas deixaram de figurar entre os três principais grupos em 2014, evidenciando

maior qualidade da informação. Dado o baixo número de óbitos na faixa etária de 1 a 9

anos nas VII e X regiões, não foi possível estabelecer quais grupos de causas ocuparam o

segundo ou terceiro lugares (Quadro 6).

Grupo de causa N. % Grupo de causa N. % Grupo de causa N. % Grupo de causa N. %

Causas externas 116 29,0% Causas externas 79 31,1% Causas externas 76 21,3% Causas externas 42 20,4%

Outras causas externas

de traumatismos

acidentais

52 13,0%Outras causas externas de

traumatismos acidentais38 15,0%

Outras causas externas de

traumatismos acidentais41 11,5%

Outras causas externas de

traumatismos acidentais19 9,2%

Acidentes de transporte 34 8,5% Acidentes de transporte 18 7,1% Acidentes de transporte 19 5,3% Acidentes de transporte 12 5,8%

Agressões 16 4,0%Eventos(fatos) cuja intenção

é indeterminada11 4,3% Agressões 10 2,8%

Eventos(fatos) cuja intenção é

indeterminada9 4,4%

DAR 51 12,8% DAR 32 12,6% DAR 55 15,4% Anomalias congênitas 33 16,0%

Influenza e pneumonia 37 9,3% Influenza e pneumonia 20 7,9% Influenza e pneumonia 35 9,8%Malformações congênitas do

sistema nervoso14 6,8%

Outras doenças do

aparelho respiratório10 2,5%

Outras doenças do aparelho

respiratório4 1,6%

Doenças crônicas das vias

aéreas inferiores9 2,5%

Malformações congênitas do

aparelho circulatório7 3,4%

Doenças crônicas das vias

aéreas inferiores3 0,8%

Doenças crônicas das vias

aéreas inferiores4 1,6%

Outras doenças do

aparelho respiratório8 2,2%

Malformações e

deformidades congênitas do

sistema osteomuscular

4 1,9%

DIP 50 12,5% Anomalias congênitas 30 11,8% DIP 51 14,3% Neoplasias 30 14,6%

Doenças infecciosas

intestinais30 7,5%

Malformações congênitas

do aparelho circulatório11 4,3%

Doenças infecciosas

intestinais25 7,0%

Neoplasias malignas dos

olhos, encéfalo e outras

partes do SNC

16 7,8%

Outras doenças

bacterianas15 3,8%

Malformações congênitas

do sistema nervoso9 3,5%

Outras doenças

bacterianas19 5,3%

Neoplasias malignas dos

tecidos linfático,

hematopoético e tecidos

correlatos

10 4,9%

Tuberculose 3 0,8%

Out malformações

congênitas do aparelho

digestivo

5 2,0% Helmintiases 2 0,6%

Neoplasias malignas de

localizações mal definidas,

secundárias e de localizações

não especificadas

1 0,5%

Demais grupos de causa 183 45,7% Demais grupos de causa 113 44,5% Demais grupos de causa 175 49,0% Demais grupos de causa 101 49,0%

Total 400 100,0% Total 254 100,0% Total 357 100,0% Total 206 100,0%

2014 2005 2014

Sexo femininoSexo masculino

2005

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

193

Quadro 6. Principais grupos de causas de mortalidade entre 1 e 9 anos, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIM-PE

1º 2º 3º 1º 2º 3º

I -Recife Causas externas DIP DAR Causas externasAnomalias

congênitasDAR

II - Limoeiro Causas externas DAR DIP Causas externas NeoplasiasAnomalias

congênitas

III - Palmares Causas externas Mal definidas DIP Causas externasAnomalias

congênitasDAR

IV - Caruaru Causas externas DIP DAR Causas externas DIPAnomalias

congênitas

V - Garanhuns Causas externas Mal definidas DIP Causas externas Sistema NervosoAnomalias

congênitas

VI - Arcoverde Causas externas Mal definidas Sistema Nervoso Causas externas Sistema Nervoso DAR

VII - Salgueiro Neoplasias DAR - Neoplasias DIP -

VIII - Petrolina Causas externas DAR DIP Causas externas NeoplasiasAnomalias

congênitas

IX - Ouricuri Causas externas Mal definidas DAR Causas externasAnomalias

congênitas

Sistema

Nervoso

X - Afogados da Ingazeira Causas externas - - Causas externasAnomalias

congênitas-

XI - Serra Talhada Causas externas DIP DAR Causas externas DAR DAC

XII - Goiana Causas externas DAR Sistema Nervoso Neoplasias Causas externas DAR

Pernambuco Causas externas DAR DIP Causas externasAnomalias

congênitasDAR

2005 2014Região de Saúde

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194

7.2.3 Mortalidade entre 10 e 19 anos

Em relação à mortalidade de jovens entre 10 a 19 anos, na figura 173, é possível

identificar a importante participação do sexo masculino entre os óbitos nesta faixa etária,

cujo coeficiente de mortalidade chega a ser 3,6 vezes maior que o do sexo feminino em

2014. A despeito disso, observam-se reduções de 15,0% e 12,8% na taxa para o sexo

masculino e feminino, respectivamente, no período analisado.

As causas externas foram as principais causas de morte, sobretudo para o sexo

masculino e apesar da redução de 20,3% no período, a taxa de mortalidade foi cerca de 20

vezes maior que as dos demais grupos de causa em 2014, representando a causa mais

importante de mortalidade entre jovens de 10 a 19 anos do sexo masculino. Chama a

atenção o risco de morrer por neoplasias como segundo grupo de causa de óbito para

ambos os sexos, ainda que com redução de 11,1% para o sexo masculino e de 35,7% para

o feminino no período analisado (Figuras 174 e 175).

Figuras 173. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 10 a 19 anos, segundo sexo e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

137,2

116,6

37,3

32,6

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

160,0

180,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

CM

Masculino Feminino

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

195

Figuras 174. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 10 a 19 anos do sexo masculino, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

Figuras 175. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 10 a 19 anos do sexo feminino, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

As agressões destacaram-se como principais causas de óbito, embora com redução

de 29,4% e 27,4% nos óbitos entre 2005 e 2014, para o sexo masculino e feminino,

respectivamente (Quadro 7).

2005 2006 2007 2008 2010 2011 2012 2013 2014

Causas externas 109,3 111,2 131,2 123,2 98,8 98,9 102,5 80,9 87,1

Neoplasias 5,4 4,1 6,4 4,1 6,0 4,9 5,6 6,6 4,8

DAC 3,3 3,5 4,8 5,2 3,6 4,7 4,0 3,7 4,3

DAR 3,7 2,7 3,6 3,2 3,2 3,0 1,8 2,8 3,7

Sistema nervoso 2,5 2,8 2,8 3,5 3,0 2,5 4,1 4,4 3,3

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

CM

2005 2006 2007 2008 2010 2011 2012 2013 2014

Causas externas 16,0 16,2 18,2 20,0 17,7 13,8 16,0 13,5 12,6

Sistema Nervoso 2,1 2,6 2,1 2,5 2,9 2,3 2,3 2,7 3,7

DAR 2,3 3,1 3,4 2,0 1,3 2,1 2,6 1,8 2,9

Neoplasias 4,2 3,5 4,3 3,9 4,0 5,3 2,8 3,7 2,7

Anomalias congênitas 0,8 1,0 0,9 1,0 0,7 1,8 1,0 1,1 1,9

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

CM

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196

Quadro 7. Número e percentual de óbitos dos indivíduos de 10 a 19 anos por sexo, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIM-PE

As Regiões de Saúde de Pernambuco também apresentaram causas externas

como principal grupo de causa de óbito na faixa etária entre 10 e 19 anos, em ambos os

anos analisados. Observa-se maior heterogeneidade no perfil das causas de óbito que

ocupam as segundas e terceiras posições dentre as principais causas. Merece destaque as

III e IV regiões, que ainda apresentam causa mal definida de óbito dentre os principais

grupos de causa, o que prejudica a análise do perfil de mortalidade. Não foi possível

determinar o terceiro grupo de causas nas X e XI regiões em 2005 devido ao pequeno

número de óbitos (Quadro 8).

Grupo de causa N. % Grupo de causa N. % Grupo de causa N. % Grupo de causa N. %

Causas externas 1.017 79,7% Causas externas 764 74,8% Causas externas 147 42,7% Causas externas 109 38,8%

Agressões 749 58,7% Agressões 529 51,8% Agressões 62 18,0% Agressões 45 16,0%

Acidentes de transporte 116 9,1% Acidentes de transporte 125 12,2% Acidentes de transporte 40 11,6% Acidentes de transporte 38 13,5%

Outras causas externas de

traumatismos acidentais110 8,6%

Outras causas externas de

traumatismos acidentais59 5,8%

Outras causas externas de

traumatismos acidentais23 6,7%

Outras causas externas de

traumatismos acidentais10 3,6%

Neoplasias 50 3,9% Mal definidas 45 4,4% Neoplasias 39 11,3% Sistema Nervoso 32 11,4%

Neoplasias malignas dos

tecidos linfático,

hematopoético e tecidos

correlatos

17 1,3%

Causas mal definidas e

desconhecidas de

mortalidade

41 4,0%

Neoplasias malignas dos

tecidos linfático,

hematopoético e tecidos

correlatos

14 4,1%Paralisia cerebral e outras

síndromes paralíticas15 5,3%

Neoplasia maligna ossos e

cartilagens articulares11 0,9% Sintomas e sinais gerais 3 0,3%

Neoplasias malignas olhos,

encéfalo e outras partes do

SNC

6 1,7% Outros transtornos do SNC 8 2,8%

Neoplasias malignas olhos,

encéfalo e outras partes do

SNC

9 0,7%

Sintomas e sinais relativos

ao aparelho circulatório e

res

1 0,1%Neoplasia maligna ossos e

cartilagens articulares6 1,7%

Transtornos episódicos e

paroxísticos4 1,4%

Mal definidas 43 3,4% Neoplasias 42 4,1% Mal definidas 24 7,0% DAR 25 8,9%

Causas mal definidas e

desconhecidas de

mortalidade

39 3,1%

Neoplasias malignas do

tecido linfático,

hematopoético e correlatos

17 1,7%

Causas mal definidas e

desconhecidas de

mortalidade

21 6,1% Influenza e pneumonia 9 3,2%

Sintomas e sinais relativos

ao aparelho circulatório e

respiratório

4 0,3%

Neoplasias malignas dos

olhos, encéfalo e outras

partes do SNC

6 0,6% Sintomas e sinais gerais 2 0,6%Outras doenças do aparelho

respiratório7 2,5%

Achados anormais de

exames para diagnóstico

por imagem e em estudos

de função, sem diagnóstico

0 0,0%

Neoplasia maligna dos

ossos e cartilagens

articulares

5 0,5%

Sintomas e sinais relativos

ao aparelho circulatório e

respiratório

1 0,3%Doenças crônicas das vias

aéreas inferiores3 1,1%

Demais grupos de causa 166 13,0% Demais grupos de causa 171 16,7% Demais grupos de causa 134 39,0% Demais grupos de causa 115 40,9%

Total 1.276 100,0% Total 1.022 100,0% Total 344 100,0% Total 281 100,0%

2005 2014 2005

Sexo masculino Sexo feminino

2014

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197

Quadro 8. Principais grupos de causas de mortalidade entre 10 e 19 anos, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIM-PE

1º 2º 3º 1º 2º 3º

I -Recife Causas externas Neoplasias DIP Causas externas Sistema Nervoso Neoplasias

II - Limoeiro Causas externas Neoplasias DAR Causas externas Sistema Nervoso DAR

III - Palmares Causas externas DIP DAC Causas externas Neoplasias Mal definidas

IV - Caruaru Causas externas DAR Mal definidas Causas externas Mal definidas DAC

V - Garanhuns Causas externas Mal definidas DIP Causas externas DACAnomalias

congênitas

VI - Arcoverde Causas externas Neoplasias Mal definidas Causas externas DSOH DAR

VII - Salgueiro Causas externas Neoplasias DIP Causas externas DACAnomalias

congênitas

VIII - Petrolina Causas externas Neoplasias Mal definidas Causas externas NeoplasiasSistema

Nervoso

IX - Ouricuri Causas externas Neoplasias Mal definidas Causas externas DAR Neoplasias

X - Afogados da Ingazeira Causas externas Neoplasias - Causas externas Osteomuscular DENM

XI - Serra Talhada Causas externas Neoplasias - Causas externas Sistema Nervoso DIP

XII - Goiana Causas externas Neoplasias DAR Causas externas DAC Neoplasias

Pernambuco Causas externas Neoplasias Mal definidas Causas externas Neoplasias Mal definidas

Região de Saúde2005 2014

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198

7.2.4 Mortalidade entre 20 e 39 anos

A mortalidade entre os indivíduos de 20 a 39 anos, no decênio de 2005 a 2014,

sofreu uma redução de 22,0% no sexo masculino e de 11,8% no sexo feminino. Nessa

faixa etária, há uma predominância dos óbitos no sexo masculino, sendo o coeficiente de

mortalidade em 2014 cerca de 4,0 vezes maior para os homens (Figura 176).

Quanto ao grupo de causas de mortalidade nesses indivíduos, as causas externas

prevaleceram em ambos os sexos, contudo em maior magnitude no masculino, cerca de 10

vezes mais que no feminino. As DAC representaram o segundo maior grupo de causa para

os homens e as neoplasias para as mulheres. As DIP também apareceram como

importante causa de mortalidade entre os adultos, terceiro e quarto grupos de causas de

morte, nos sexos masculino e feminino, respectivamente (Figuras 177 e 178).

Figura 176. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 20 a 39 anos, segundo sexo e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

419,6

327,1

96,4 85,0

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

350,0

400,0

450,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

CM

Masculino Feminino

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199

Figura 177. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 20 a 39 anos do sexo masculino, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

Figura 178. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 20 a 39 anos do sexo feminino, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

As agressões e os acidentes de transporte foram os responsáveis pelo maior

número de mortes nos indivíduos de 20 a 39 anos, especialmente para os do sexo

masculino. E, embora tenha havido redução de 26,3% para as agressões nesse sexo,

houve aumento de 21,3% para os acidentes, entre 2005 e 2014. Dentre as DAC, as

doenças isquêmicas do coração prevaleceram entre os homens e as doenças

cerebrovasculares nas mulheres. Ainda entre as mulheres, as neoplasias malignas dos

órgãos genitais femininos superaram as neoplasias malignas da mama, inclusive com

aumento no período analisado. Para os homens, as doenças pelo vírus da

2005 2006 2007 2008 2010 2011 2012 2013 2014

Causas externas 289,4 289,9 282,8 273,5 242,9 238,0 223,6 211,1 209,1

DAC 27,5 27,2 29,2 25,2 25,9 25,9 25,6 23,2 22,8

DIP 20,7 22,7 20,3 18,3 20,4 22,0 23,7 20,0 21,7

Aparelho digestivo 18,8 18,0 17,5 19,8 16,2 17,7 16,7 17,4 13,7

Neoplasias 12,0 13,1 11,9 11,0 11,8 11,3 12,5 12,3 10,8

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

350,0

CM

2005 2006 2007 2008 2010 2011 2012 2013 2014

Causas externas 22,0 23,6 23,2 24,8 23,2 24,3 21,9 19,1 19,5

Neoplasias 18,2 18,5 15,9 17,1 17,2 15,1 16,0 14,9 16,9

DAC 14,8 14,7 14,1 14,7 14,3 13,7 13,7 13,7 11,1

DIP 10,8 11,5 8,8 10,4 9,1 9,6 10,6 8,1 10,5

DAR 4,7 4,3 4,2 4,2 5,2 5,7 6,4 4,5 4,6

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

CM

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

200

imunodeficiência humana e a tuberculose foram importantes causas de morte nessa faixa

etária, para as quais também se observa aumento entre 2005 e 2014 (Quadro 9).

Quadro 9. Número e percentual de óbitos nos indivíduos de 20 a 39 anos por sexo, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIM-PE

As causas externas figuram como principal grupo de causa de mortalidade entre os

indivíduos de 20 a 39 anos, em ambos os sexos, para todas as Regiões de Saúde. As

causas mal definidas permaneceram em destaque em 2014, principalmente nas IV e VIII

regiões. As doenças do aparelho circulatório (DAC) ocuparam a segunda posição na maior

parte das regiões e as doenças do aparelho digestivo despontaram em terceiro lugar nas

VII e IX regiões em 2014. As DIP cresceram em participação como grupo de causa nessa

faixa etária, especialmente nas I, III e XI regiões, enquanto reduziu o número de regiões

em que as neoplasias aparecem entre os principais grupos de causa em 2014 (Quadro 10).

Grupo de causa N. % Grupo de causa N. % Grupo de causa N. % Grupo de causa N. %

Causas externas 3.731 69,0% Causas externas 3.150 63,9% Causas externas 306 22,8% Causas externas 313 23,0%

Agressões 2.619 48,4% Agressões 1.929 39,1% Agressões 131 9,8% Agressões 121 8,9%

Acidentes de transporte 600 11,1% Acidentes de transporte 728 14,8% Acidentes de transporte 83 6,2% Acidentes de transporte 98 7,2%

Outras causas externas de

traumatismos acidentais255 4,7%

Outras causas externas de

traumatismos acidentais236 4,8%

Lesões autoprovocadas

voluntariamente42 3,1%

Eventos(fatos) cuja intenção é

indeterminada33 2,4%

DAC 354 6,5% DAC 344 7,0% Neoplasias 253 18,9% Neoplasias 272 20,0%

Doenças isquêmicas do

coração113 2,1%

Doenças isquêmicas do

coração103 2,1%

Neoplasias malignas dos

órgãos genitais femininos72 5,4%

Neoplasias malignas dos

órgãos genitais femininos73 5,4%

Outras formas de doença

do coração104 1,9%

Outras formas de doença do

coração86 1,7%

Neoplasias malignas da

mama37 2,8% Neoplasias malignas da mama 47 3,5%

Doenças cerebrovasculares 69 1,3% Doenças cerebrovasculares 73 1,5%Neoplasias malignas dos

órgãos digestivos35 2,6%

Neoplasias malignas dos

órgãos digestivos39 2,9%

DIP 267 4,9% DIP 327 6,6% DAC 206 15,4% DAC 178 13,1%

Doença pelo vírus da

imunodeficiência humana130 2,4%

Doença pelo vírus da

imunodeficiência humana183 3,7% Doenças cerebrovasculares 74 5,5% Doenças cerebrovasculares 54 4,0%

Tuberculose 60 1,1% Tuberculose 68 1,4%Doenças isquêmicas do

coração41 3,1%

Doenças isquêmicas do

coração42 3,1%

Outras doenças

bacterianas18 0,3% Outras doenças bacterianas 38 0,8%

Outras formas de doença

do coração29 2,2%

Outras formas de doença do

coração34 2,5%

Demais grupos de causa 1.059 19,6% Demais grupos de causa 1.108 22,5% Demais grupos de causa 575 42,9% Demais grupos de causa 599 44,0%

Total 5.411 100,0% Total 4.929 100,0% Total 1.340 100,0% Total 1.362 100,0%

Sexo femininoSexo masculino

2005 2014 2005 2014

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201

Quadro 10. Principais grupos de causas de mortalidade entre 20 a 39 anos, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIM-PE

1º 2º 3º 1º 2º 3º

I -Recife Causas externas DAC DIP Causas externas DIP DAC

II - Limoeiro Causas externas DAC Neoplasias Causas externas DAC Mal definidas

III - Palmares Causas externas DAC Neoplasias Causas externas DIP DAC

IV - Caruaru Causas externas Mal definidas DAC Causas externas Mal definidas DAC

V - Garanhuns Causas externas Mal definidas DAC Causas externas DAC Neoplasias

VI - Arcoverde Causas externas Mal definidas Neoplasias Causas externas DAC Mal definidas

VII - Salgueiro Causas externas DAC Neoplasias Causas externas DACAparelho

digestivo

VIII - Petrolina Causas externas DAC Mal definidas Causas externas Mal definidas DAC

IX - Ouricuri Causas externas Mal definidas DAC Causas externas DACAparelho

digestivo

X - Afogados da Ingazeira Causas externas DARAparelho

digestivoCausas externas DAC Neoplasias

XI - Serra Talhada Causas externas DAC Neoplasias Causas externas DIP Mal definidas

XII - Goiana Causas externas DAC Neoplasias Causas externas DAC DIP

Pernambuco Causas externas DAC DIP Causas externas DAC DIP

Região de Saúde2005 2014

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202

7.2.5 Mortalidade entre 40 e 59 anos

O coeficiente de mortalidade na faixa etária de 40 a 59 anos é bastante elevado,

para ambos os sexos, embora tenha havido redução de 15,6% no coeficiente do sexo

masculino e 20,9% no feminino entre 2005 e 2014. O coeficiente no sexo masculino foi 2,0

vezes maior que o do feminino em 2014 nessa faixa etária (Figura 179).

As DAC destacaram-se como as principais causas de óbitos em ambos os sexos

dessa faixa etária, seguida por causas externas nos homens e neoplasias nas mulheres.

No sexo feminino, observa-se um aumento de 33,1% nos óbitos por DAR, sendo o único

grupo de causas com variação de aumento no período analisado (Figuras 180 e 181).

Figura 179. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 40 a 59 anos, segundo sexo e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

927,5

782,9

489,2386,9

0,0

100,0

200,0

300,0

400,0

500,0

600,0

700,0

800,0

900,0

1000,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

CM

Masculino Feminino

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

203

Figura 180. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 40 a 59 anos do sexo masculino, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

Figura 181. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 40 a 59 anos do sexo feminino, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

Entre as DAC, as doenças isquêmicas do coração e as cerebrovasculares

destacaram-se como as principais causas de mortalidade, em ambos os sexos, no grupo

de DAC. As agressões, segunda maior causa entre os homens, sofreram redução de

15,4% no número de óbitos no período. Por outro lado, as neoplasias, segundo grupo de

causas de óbito entre as mulheres e terceiro entre os homens, apresentaram aumento de

19,3% e 34,7% no número de óbitos, respectivamente (Quadro 11).

253,0

206,3

179,6

149,3

108,9108,4

103,3 84,8

64,3 58,0

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

CM

DAC Causas externas Neoplasias Aparelho digestivo DIP

164,9

115,4

124,2

110,6

39,7

30,4

22,6

30,124,8

22,8

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

160,0

180,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

CM

DAC Neoplasias DENM DAR DIP

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

204

Quadro 11. Número e percentual de óbitos nos indivíduos de 40 a 59 anos por sexo, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIM-PE

Em 2005, as DAC, as neoplasias e as causas externas figuravam, nessa ordem,

como os três principais grupos de causa de óbito na faixa etária de 40 a 59 anos, na maior

parte das Regiões de Saúde. Em 2014, as neoplasias prevaleceram como principal grupo

nas VII, VIII e as causas externas na X região. As causas externas passaram a segundo

principal grupo em 2014 nas II, V, VIII e XI regiões. Nesse mesmo ano, as V e IX Regiões

de Saúde deixaram de apresentar as causas mal definidas entre os principais grupos de

causa de óbito, demonstrando melhoria na qualidade da informação (Quadro 12).

Grupo de causa N. % Grupo de causa N. % Grupo de causa N. % Grupo de causa N. %

DAC 1.673 27,3% DAC 1.846 26,3% DAC 1.284 33,7% DAC 1.204 29,8%

Doenças isquêmicas do

coração688 11,2%

Doenças isquêmicas do

coração838 12,0%

Doenças isquêmicas do

coração442 11,6%

Doenças isquêmicas do

coração436 10,8%

Doenças

cerebrovasculares438 7,1%

Doenças

cerebrovasculares430 6,1%

Doenças

cerebrovasculares408 10,7%

Doenças

cerebrovasculares371 9,2%

Outras formas de

doença do coração300 4,9%

Outras formas de doença

do coração261 3,7% Doenças hipertensivas 178 4,7%

Outras formas de doença

do coração132 3,3%

Causas externas 1.188 19,4% Causas externas 1.336 19,1% Neoplasias 967 25,4% Neoplasias 1.154 28,6%

Agressões 546 8,9% Agressões 462 6,6%Neoplasias malignas dos

órgãos genitais

femininos

218 5,7%Neoplasias malignas da

mama282 7,0%

Acidentes de transporte 309 5,0% Acidentes de transporte 416 5,9%Neoplasias malignas da

mama214 5,6%

Neoplasias malignas dos

órgãos genitais femininos247 6,1%

Outras causas externas

de traumatismos

acidentais

166 2,7%Outras causas externas

de traumatismos

acidentais

215 3,1%Neoplasias malignas dos

órgãos digestivos185 4,9%

Neoplasias malignas dos

órgãos digestivos246 6,1%

Neoplasias 720 11,7% Neoplasias 970 13,8% DENM 309 8,1% DENM 317 7,9%

Neoplasias malignas dos

órgãos digestivos236 3,8%

Neoplasias malignas dos

órgãos digestivos350 5,0% Diabetes mellitus 259 6,8% Diabetes mellitus 241 6,0%

Neoplasias malignas do

aparelho respiratório e

dos órgãos

intratorácicos

150 2,4%

Neoplasias malignas do

aparelho respiratório e

dos órgãos intratorácicos

182 2,6% Desnutrição 19 0,5%Obesidade e outras formas

de hiperalimentação44 1,1%

Neoplasias malignas de

localizações mal

definidas, secundárias e

de localizações não

especificadas

77 1,3%

Neoplasias malignas de

localizações mal

definidas, secundárias e

de localizações não

especificadas

100 1,4%

Obesidade e outras

formas de

hiperalimentação

13 0,3% Distúrbios metabólicos 14 0,3%

Demais grupos de causa 2.553 41,6% Demais grupos de causa 2.854 40,7% Demais grupos de causa 1.248 32,8% Demais grupos de causa 1.362 33,7%

Total 6.134 100,0% Total 7.006 100,0% Total 3.808 100,0% Total 4.037 100,0%

Sexo femininoSexo masculino

2005 20142005 2014

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

205

Quadro 12. Principais grupos de causas de mortalidade entre 40 a 59 anos, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIM-PE

1º 2º 3º 1º 2º 3º

I -Recife DAC Neoplasias Causas externas DAC Neoplasias Causas externas

II - Limoeiro DAC Neoplasias Causas externas DAC Causas externas Neoplasias

III - Palmares DAC Neoplasias Causas externas DAC Neoplasias Causas externas

IV - Caruaru DAC Causas externas Neoplasias DAC Neoplasias Causas externas

V - Garanhuns Mal definidas DAC Causas externas DAC Causas externas Neoplasias

VI - Arcoverde Neoplasias DAC Causas externas DAC Neoplasias Causas externas

VII - Salgueiro DAC Neoplasias Causas externas Neoplasias DAC Causas externas

VIII - Petrolina DAC Causas externas Neoplasias Neoplasias Causas externas DAC

IX - Ouricuri DAC Mal definidas Causas externas Causas externas DAC Neoplasias

X - Afogados da Ingazeira DAC Neoplasias Causas externas Neoplasias DAC Causas externas

XI - Serra Talhada DAC Neoplasias Causas externas DAC Causas externas Neoplasias

XII - Goiana DAC Neoplasias Causas externas DAC Neoplasias Causas externas

Pernambuco DAC Neoplasias Causas externas DAC Neoplasias Causas externas

Região de Saúde2005 2014

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

206

7.2.6 Mortalidade entre 60 anos e mais

A mortalidade entre os indivíduos de sessenta anos e mais é a mais expressiva

entre os grupos de idade, sendo ligeiramente maior no sexo masculino. Entre 2005 e 2014,

houve redução de 5,1% no coeficiente de mortalidade do sexo masculino e de 10,0% no do

sexo feminino para esse grupo etário (Figura 182).

As DAC são os grupos de causa de óbitos mais frequentes entre os idosos de

ambos os sexos. Contudo, houve redução de 13,4% no coeficiente de mortalidade por DAC

entre os homens e de 20,0% entre as mulheres. Outros grupos de causa importantes para

essa faixa etária, comuns a ambos os sexos, são as neoplasias, as doenças do aparelho

respiratório (DAR) e as doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (DENM) (Figuras

183 e 184).

Figura 182. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 60 anos e mais, segundo sexo e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

4.457,54.230,5

3.683,3

3.315,3

0,0

500,0

1.000,0

1.500,0

2.000,0

2.500,0

3.000,0

3.500,0

4.000,0

4.500,0

5.000,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

CM

Masculino Feminino

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

207

Figura 183. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 60 anos e mais do sexo masculino, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

Figura 184. Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) nos indivíduos de 60 anos e mais do sexo feminino, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 a 2014

Fonte: SIM-PE

As doenças isquêmicas do coração representaram a principal causa de óbito nos

idosos de ambos os sexos, em 2014, seguida pelas doenças cerebrovasculares. Nesse

mesmo ano, as neoplasias e as DAR foram o segundo grupo de causas de óbito para os

sexos masculino e feminino, respectivamente (Quadro 13).

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

DAC 1.742,5 1.844,7 1.764,2 1.687,2 1.647,7 1.579,9 1.646,9 1.597,1 1.565,9 1.508,7

Neoplasias 613,2 664,5 636,3 621,7 630,2 625,3 667,2 655,1 667,2 670,7

DAR 401,3 469,5 489,4 468,5 472,1 507,1 591,7 568,2 617,0 630,2

DENM 382,0 398,8 372,8 402,3 391,5 390,9 412,6 378,7 382,8 353,9

Aparelho digestivo 239,0 238,9 232,4 228,2 222,3 225,7 229,7 231,4 247,3 242,9

0,0

200,0

400,0

600,0

800,0

1.000,0

1.200,0

1.400,0

1.600,0

1.800,0

2.000,0

CM

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

DAC 1.476,3 1.515,6 1.435,1 1.423,8 1.355,0 1.249,1 1.268,2 1.283,5 1.228,7 1.181,7

DAR 355,1 410,0 433,2 399,4 448,0 425,7 489,1 501,9 542,5 547,3

Neoplasias 442,4 487,9 441,6 451,9 456,3 424,5 438,3 446,7 466,9 451,9

DENM 438,8 448,0 449,5 441,9 437,8 406,9 430,2 419,0 398,9 358,0

Mal definidas 468,3 274,5 222,0 218,3 223,7 194,0 195,2 189,3 173,2 156,8

0,0

200,0

400,0

600,0

800,0

1.000,0

1.200,0

1.400,0

1.600,0

CM

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

208

Quadro 13. Número e percentual de óbitos nos indivíduos de 60 anos e mais por sexo, segundo grupo de causas e ano do óbito. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIM-PE

Em 2014, as DAC foram o primeiro grupo de causa de mortalidade entre os idosos

em 2014, em todas as Regiões de Saúde. As neoplasias e as DAR foram as segunda e

terceira causas mais frequentes de morte nas regiões. Em 2014, as VI e VIII regiões

apresentaram mal definidas entre os três principais grupos de causa de óbito, denotando

problemas na qualidade da informação (Quadro 14).

Grupo de causa N. % Grupo de causa N. % Grupo de causa N. % Grupo de causa N. %

DAC 5.666 39,1% DAC 6.361 35,7% DAC 6.194 40,1% DAC 6.694 35,6%

Doenças cerebrovasculares 1.876 12,9%Doenças isquêmicas do

coração2.509 14,1% Doenças cerebrovasculares 2.121 13,7%

Doenças isquêmicas do

coração2.270 12,1%

Doenças isquêmicas do

coração1.814 12,5% Doenças cerebrovasculares 1.877 10,5%

Doenças isquêmicas do

coração1.777 11,5% Doenças cerebrovasculares 2.034 10,8%

Outras formas de doença

do coração871 6,0% Doenças hipertensivas 785 4,4% Doenças hipertensivas 996 6,4% Doenças hipertensivas 1.010 5,4%

Neoplasias 1.994 13,8% Neoplasias 2.828 15,9% Mal definidas 1.965 12,7% DAR 3.100 16,5%

Neoplasias malignas dos

órgãos digestivos575 4,0%

Neoplasias malignas dos

órgãos digestivos863 4,8%

Causas mal definidas e

desconhecidas de

mortalidad

1.782 11,5%Outras doenças do aparelho

respiratório1.257 6,7%

Neoplasias malignas dos

órgãos genitais masculinos495 3,4%

Neoplasias malignas dos

órgãos genitais masculinos657 3,7% Sintomas e sinais gerais 94 0,6% Influenza e pneumonia 955 5,1%

Neoplasias malignas do

aparelho respiratório e dos

órgãos intratorácicos

324 2,2%

Neoplasias malignas do

aparelho respiratório e dos

órgãos intratorácicos

464 2,6%

Sintomas e sinais relativos

ao aparelho circulatório e

respiratório

88 0,6%Doenças crônicas das vias

aéreas inferiores676 3,6%

Mal definidas 1.824 12,6% DAR 2.657 14,9% Neoplasias 1.856 12,0% Neoplasias 2.560 13,6%

Causas mal definidas e

desconhecidas de

mortalidade

1.689 11,7%Outras doenças do aparelho

respiratório903 5,1%

Neoplasias malignas dos

órgãos digestivos639 4,1%

Neoplasias malignas dos

órgãos digestivos841 4,5%

Sintomas e sinais relativos

ao aparelho circulatório e

respiratório

73 0,5% Influenza e pneumonia 811 4,5%Neoplasias malignas dos

órgãos genitais femininos256 1,7%

Neoplasias malignas dos

órgãos genitais femininos343 1,8%

Sintomas e sinais gerais 62 0,4%Doenças crônicas das vias

aéreas inferiores757 4,2%

Neoplasias malignas de

localizações mal definidas,

secundárias e de

localizações não

especificadas

200 1,3%

Neoplasias malignas do

aparelho respiratório e dos

órgãos intratorácicos

306 1,6%

Demais grupos de causa 5.010 34,6% Demais grupos de causa 5.990 33,6% Demais grupos de causa 5.439 35,2% Demais grupos de causa 6.425 34,2%

Total 14.494 100,0% Total 17.836 100,0% Total 15.454 100,0% Total 18.779 100,0%

2005 2014 2005 2014

Sexo masculino Sexo feminino

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209

Quadro 14. Principais grupos de causas de mortalidade entre 60 anos e mais, segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 e 2014

Fonte: SIM-PE

1º 2º 3º 1º 2º 3º

I -Recife DAC Neoplasias DENM DAC DAR Neoplasias

II - Limoeiro DAC Neoplasias DENM DAC DAR Neoplasias

III - Palmares DAC Mal definidas DENM DAC DAR DENM

IV - Caruaru DAC Mal definidas Neoplasias DAC DAR Neoplasias

V - Garanhuns Mal definidas DAC DAR DAC DAR Neoplasias

VI - Arcoverde DAC Mal definidas Neoplasias DAC Neoplasias Mal definidas

VII - Salgueiro DAC Mal definidas Neoplasias DAC DAR Neoplasias

VIII - Petrolina DAC Mal definidas Neoplasias DAC Mal definidas Neoplasias

IX - Ouricuri Mal definidas DAC Neoplasias DAC Neoplasias DAR

X - Afogados da Ingazeira DAC Neoplasias DAR DAC Neoplasias DENM

XI - Serra Talhada DAC Neoplasias Mal definidas DAC Neoplasias DAR

XII - Goiana DAC DENM Mal definidas DAC DAR Neoplasias

Pernambuco DAC Neoplasias Mal definidas DAC DAR Neoplasias

Região de Saúde2005 2014

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

210

7.3 Mortalidade Materna

A morte materna, enquanto evento evitável permite alertar gestores e profissionais

de saúde sobre problemas e inadequações no cuidado à saúde da mulher que podem ser

evitados ou corrigidos em tempo oportuno. Estima-se que, a cada minuto, uma mulher

venha a óbito por consequência de complicações da gravidez ou parto e, para cada mulher

que morre, outras trinta sofrem sequelas ou problemas crônicos de saúde67.

A Razão de Mortalidade Materna (RMM) estima o risco de uma mulher em idade

fértil (MIF) morrer a cada 100.000 nascidos vivos (NV), devido a causas ligadas à gravidez,

ao parto e ao puerpério em até 42 dias (óbitos maternos precoces), permitindo a

comparabilidade entre regiões.

Em Pernambuco, a RMM apresentou média de 61,7 óbitos maternos por 100.000

NV entre 2005 e 2013. Nesse período, é possível observar uma discreta diminuição, o que

não significa uma redução dos eventos, visto que o SIM ainda se encontra disponível para

entrada de dados sobre óbitos maternos ocorridos em 2013 e, portanto, o resultado pode

vir a sofrer alterações (Figura 185).

Embora, nacionalmente, a RMM seja calculada considerando os óbitos maternos

ocorridos até os 42 dias após o parto, Pernambuco passou a considerar também os óbitos

ocorridos até um ano após o parto (óbitos maternos tardios) para o cálculo do indicador,

tendo em vista a relação desses com o estado gravídico-puerperal, definição que se deu

através das discussões nos Grupos Técnicos e Comitê Estadual de Mortalidade Materna.

Dessa forma, considerando os óbitos maternos precoces e tardios, a RMM média

do estado passa a ser de 71,8 óbitos maternos a cada 100.000 NV, sendo possível

observar um aumento de 5,2% no período de 2005 a 2013 (Figura 186).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

211

Figura 185. Razão de Mortalidade Materna precoce e número de óbitos maternos. Pernambuco, 2005 a 2013

Fonte: SIM-PE

Figura 186. Razão de Mortalidade Materna total*. Pernambuco, 2005 a 2013

Fonte: SIM-PE

*Óbitos maternos precoces e tardios

A análise da RMM por Região de Saúde apresenta uma maior variação nos

períodos analisados. Esse fato pode estar relacionado à instabilidade gerada pelos

pequenos números ou mesmo à subnotificação dos óbitos, sendo necessário maior

cuidado na interpretação dos resultados, especialmente quando a análise apontar

possíveis reduções ou incrementos para esse indicador.

90

10

4

94

87

92

85

89

73

82

59,1 57,9

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

0

20

40

60

80

100

120

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

RM

M

de

Ób

ito

s

Número de óbitos RMM

99

11

0

10

6

11

0

11

0

10

1

10

9

84

97

65,1

68,5

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

0

20

40

60

80

100

120

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013R

MM

de

Ób

ito

s

Número de óbitos RMM

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

212

Observa-se um possível aumento da RMM, ou mesmo, melhoria na captação dos

óbitos nas I, IV e IX Regiões de Saúde, com destaque para a IX região, que apresentou

incremento de 90,6% entre o primeiro e último triênio (Figura 187).

As demais regiões apresentaram decréscimo do indicador, o que pode significar

redução dos óbitos ou piora na captação dos dados. As VIII e IX regiões apresentaram as

RMM mais elevadas, acima de 100 óbitos por 100.000 NV, para o último triênio analisado.

Figura 187. Razão de Mortalidade Materna (RMM) total* segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2005 a 200

7, 2008 a 2010 e 2011 a 2013

Fonte: SIM-PE

*Óbitos maternos precoces e tardios

Os óbitos maternos por causas obstétricas diretas representaram 62,9% e 54,3% do

total de óbitos maternos, nos triênios 2005-2007 e 2010-2013, respectivamente. Nos dois

períodos analisados, os três principais grupos de causa de óbitos maternos foram

hipertensões e hemorragias, ambas classificadas como obstétricas diretas e DAC

complicando a gravidez, parto e puerpério, classificadas como obstétricas indiretas,

caracterizadas como eventos resultantes de doenças que existiam antes da gestação ou

que se desenvolveram durante esse período, agravadas pelos efeitos fisiológicos da

gravidez68.

Houve maior ocorrência de óbitos maternos no grupo etário de 20 a 29 e no de 30 a

39 anos, no primeiro e segundo triênios analisados, respectivamente. As embolias e as

infecções puerperais também despontaram como importantes causas de morte materna,

em ambos os períodos (Tabelas 5 e 6).

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII

2005-2007 2008-2010 2011-2013

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213

Tabela 5. Proporção de óbitos por principais grupos de causa materna segundo faixa etária. Pernambuco, 2005 a 2007

Nota: SN ( Sistema nervosos); DAC (Doenças do Aparelho Circulatório); DAR (Doenças do Aparelho Respiratório); DAE (Doenças e Afecções Especificadas); DIP (Doenças Infecciosas e Parasitárias); DAD (Doenças do Aparelho Digestivo) Fonte: SIM-PE

Causas maternas obstétricas diretas 10-14a 15-19a 20-29a 30-39a 40-49a Total

Hipertensões 1,4 18,1 40,3 30,6 9,7 100,0

Hemorragias 0,0 15,0 45,0 35,0 5,0 100,0

Embolias 4,5 13,6 54,5 22,7 4,5 100,0

Infecções puerperais 0,0 11,8 70,6 17,6 0,0 100,0

Cardiomiopatia no puerperio 0,0 14,3 42,9 21,4 21,4 100,0

Gravidez ectópica - - - - - -

Gravidez que termina em aborto 0,0 18,2 54,5 27,3 0,0 100,0

Outras causas maternas obstétricas diretas 0,0 31,8 36,4 22,7 9,1 100,0

Subtotal 1,0 17,7 46,0 27,8 7,6 100,0

Causas maternas obstétricas indiretas 10-14a 15-19a 20-29a 30-39a 40-49a Total

DAC complicando gravidez, parto e puerpério 0,0 12,0 28,0 40,0 20,0 100,0

DAR complicando gravidez, parto e puerpério 0,0 31,3 62,5 6,3 0,0 100,0

Outras DAE complicando gravidez, parto e puerpério 0,0 21,4 35,7 35,7 7,1 100,0

DIP 0,0 9,1 54,5 36,4 0,0 100,0

HIV/Aids 0,0 0,0 50,0 50,0 0,0 100,0

Transtornos mentais e doenças do SN complicando gravidez, parto e puerpério - - - - - -

Hipertensão preexistente complicando gravidez, parto e puerpério 0,0 0,0 37,5 37,5 25,0 100,0

DAD complicando gravidez, parto e puerpério - - - - - -

Outras causas maternas obstétricas indiretas 0,0 5,6 33,3 55,6 5,6 100,0

Morte, por qualquer causa obstétrica, que ocorre mais de 42 dias, mas menos

de 1 ano, após o parto- - - - - -

Morte por sequelas de causas obstétricas diretas - - - - - -

Subtotal 0,0 12,7 41,2 37,3 8,8 100,0

Morte obstétrica de causa não especificada 0,0 13,3 66,7 13,3 6,7 100,0

Total 0,6 15,9 45,4 30,2 7,9 100,0

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214

Tabela 6. Proporção de óbitos por principais grupos de causa materna segundo faixa etária. Pernambuco, 2011 a 2013

Nota: SN ( Sistema nervosos); DAC (Doenças do Aparelho Circulatório); DAR (Doenças do Aparelho Respiratório); DAE (Doenças e Afecções Especificadas); DIP (Doenças Infecciosas e Parasitárias); DAD (Doenças do Aparelho Digestivo) Fonte: SIM-PE

As hipertensões e as hemorragias sobressaíram como principais grupos de causas

de óbitos maternos, na maioria das Regiões de Saúde. Na comparação entre os dois

triênios, as infecções puerperais diminuíram a participação entre os principais grupos de

causa de óbito materno, enquanto as causas indiretas de morte materna (DAC, outras

DAE) passaram a ocupar, com maior frequência, os segundo ou terceiro lugares entre os

principais grupos de causa (Quadro 15). Isso denota a importância de um olhar específico

para ações relativas à promoção à saúde, além da oferta e garantia de acesso ao pré-natal

de alto risco. As mortes obstétricas de causa não especificada apresentaram significativa

redução nesse período podendo refletir melhoria da informação.

Causas maternas obstétricas diretas 10-14a 15-19a 20-29a 30-39a 40-49a Total

Hipertensões diretas 2,2 6,7 40,0 48,9 2,2 100,0

Hemorragias 0,0 6,1 39,4 39,4 15,2 100,0

Embolias 0,0 11,8 52,9 29,4 5,9 100,0

Infecções puerperais 0,0 22,2 50,0 16,7 11,1 100,0

Cardiomiopatia no puerperio - - - - - -

Gravidez ectópica 11,1 22,2 11,1 55,6 0,0 100,0

Gravidez que termina em aborto 0,0 22,2 55,6 22,2 0,0 100,0

Outras causas maternas obstétricas diretas 3,7 11,1 51,9 22,2 11,1 100,0

Subtotal 1,9 11,4 43,7 35,4 7,6 100,0

Causas maternas obstétricas indiretas 10-14a 15-19a 20-29a 30-39a 40-49a Total

DAC complicando gravidez, parto e puerpério 0,0 9,7 41,9 32,3 16,1 100,0

DAR complicando gravidez, parto e puerpério 5,9 17,6 41,2 23,5 11,8 100,0

Outras DAE complicando gravidez, parto e puerpério 0,0 5,6 72,2 22,2 0,0 100,0

DIP 0,0 14,3 57,1 28,6 0,0 100,0

HIV/Aids 0,0 14,3 28,6 42,9 14,3 100,0

Transtornos mentais e doenças do SN complicando gravidez, parto e puerpério 0,0 37,5 25,0 37,5 0,0 100,0

Hipertensão preexistente complicando gravidez, parto e puerpério - - - - - -

DAD complicando gravidez, parto e puerpério 0,0 21,4 50,0 28,6 0,0 100,0

Outras causas maternas obstétricas indiretas 0,0 4,8 42,9 38,1 14,3 100,0

Morte, por qualquer causa obstétrica, que ocorre mais de 42 dias, mas menos

de 1 ano, após o parto0,0 0,0 0,0 100,0 0,0 100,0

Morte por sequelas de causas obstétricas diretas 0,0 0,0 100,0 0,0 0,0 100,0

Subtotal 0,8 12,7 46,0 31,7 8,7 100,0

Morte obstétrica de causa não especificada 0,0 0,0 28,6 57,1 14,3 100,0

Total 1,3 11,9 46,3 31,3 9,4 100,0

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215

Quadro 15. Principais grupos de causas de óbitos maternos, segundo Região de Saúde e triênio de ocorrência. Pernambuco, 2005 a 2007 e 2011 a 2013

Nota: DAC (Doenças do Aparelho Circulatório); DAR (Doenças do Aparelho Respiratório); DAE (Doenças e Afecções Especificadas); DIP (Doenças Infecciosas e Parasitárias); DAD (Doenças do Aparelho Digestivo) Fonte: SIM-PE

1º 2º 3º 1º 2º 3º

I -Recife Hipertensões EmboliasDAC complicando gravidez,

parto e puerpérioHipertensões

DAC complicando

gravidez, parto e Hemorragias

II - Limoeiro Hipertensões HemorragiasCardiomiopatia no

puerpério

DAC complicando

gravidez, parto e

Outras DAE complicando

gravidez, parto e Hemorragias

III - Palmares Hipertensões Hemorragias Hipertensão preexistente Hipertensões Hemorragias Embolias

IV - Caruaru Hipertensões HemorragiasDAR complicando gravidez,

parto e puerpérioHemorragias

DAC complicando

gravidez, parto e Hipertensões

V - Garanhuns Hipertensões Hemorragias Infecções puerperais Hipertensões Hemorragias Embolias

VI - Arcoverde Hipertensões HemorragiasDAC complicando gravidez,

parto e puerpérioInfecções puerperais

Gravidez que termina em

aborto

DAC complicando gravidez,

parto e puerpério

VII - Salgueiro Hemorragias Infecções puerperais Hipertensão preexistente Hipertensões HemorragiasMorte por qualquer causa

obstétrica com mais de 42

VIII - Petrolina Hipertensões Hemorragias Infecções puerperais Hipertensões DAC complicando

gravidez, parto e DAD

IX - Ouricuri Hipertensões Hemorragias Embolias Hipertensões Hemorragias Embolias

X - Afogados da Ingazeira Hipertensões Hemorragias Infecções puerperais Hipertensões - -

XI - Serra Talhada Hemorragias Hipertensões DIP Hipertensões HemorragiasOutras DAE complicando

gravidez, parto e puerpério

XII - GoianaDAC complicando

gravidez, parto e puerpérioHipertensões Embolias

DAC complicando

gravidez, parto e Hemorragias Embolias

Pernambuco Hipertensões HemorragiasDAC complicando gravidez,

parto e puerpérioHipertensões Hemorragias

DAC complicando gravidez,

parto e puerpério

Região de Saúde2005 a 2007 2011 a 2013

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216

8 Emergências em Saúde Pública: alteração no padrão de

ocorrência de microcefalia em Pernambuco

8.1 O papel do Cievs nas emergências em saúde pública

O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Pernambuco

(Cievs-PE), implantado em 2009, é um centro com caráter técnico-gerencial para

articulação de informações estratégicas que compõem os objetos de trabalho da vigilância

em saúde, com a missão de detectar, interpretar, analisar, monitorar e responder às

informações interinstitucionais, de forma a prevenir e/ou minimizar riscos à saúde individual

ou coletiva da população em eventos de importância em saúde pública e eventos de

massa, definindo estratégias que subsidiem a tomada de decisões pelas esferas

competentes69.

O Cievs agrega mecanismos avançados de comunicação para o gerenciamento de

informações sobre emergências de saúde pública, fomentando a detecção de notificações

e informações sobre eventos de saúde pública, divulgados na mídia em geral ou pela

população (rumores), com posterior verificação da veracidade das informações, análise de

dados e divulgação de informações estratégicas relevantes à vigilância em saúde70.

O centro opera de forma ininterrupta durante todos os dias do ano, conta com

equipe especializada e estrutura tecnológica que possibilita ampliar a capacidade de uso

de informações estratégicas e de comunicação com outras esferas de gestão do Sistema

Único de Saúde (SUS). As principais atribuições do Cievs são detecção, monitoramento e

o compartilhamento de informações epidemiológicas atualizadas para identificar

precocemente os riscos e as emergências em saúde pública, além da resposta

coordenada.

Visando atender a essas funções de forma rápida e eficaz, foi criada em 2014 uma

plataforma online para notificação de eventos relacionados a emergências de saúde

pública, divulgação de rumores na mídia, monitoramento de eventos, registro de respostas

coordenadas e publicação de materiais de interesse para vigilância em saúde.

A plataforma online, hospedada no endereço eletrônico cievspe.com possui

formulários específicos para notificação de doenças compulsórias imediatas, de interesse

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217

nacional e estadual, pelos profissionais de saúde visando à comunicação rápida de

eventos.

8.2 A alteração no padrão de ocorrência da microcefalia: caso

Pernambuco

A microcefalia é uma malformação congênita, na qual o cérebro não se desenvolve

de maneira adequada, caracterizando-se por um perímetro cefálico inferior ao esperado

para a idade e o sexo. Dependendo da sua etiologia, pode ser associada a malformações

estruturais do cérebro ou ser secundária a causas diversas. Mas, por si só, a ocorrência de

microcefalia não implica em alterações neurológicas. Crianças com perímetro cefálico

abaixo da média podem ser cognitivamente normais, sobretudo se a microcefalia for de

origem familiar. Contudo, a maioria dos casos de microcefalia é acompanhada de

alterações motoras e cognitivas que variam de acordo com o grau de acometimento

cerebral. O comprometimento cognitivo ocorre em cerca de 90% dos casos e, geralmente,

as crianças apresentam atraso no desenvolvimento neuropsicomotor com acometimento

motor e cognitivo relevantes. Em alguns casos, as funções sensitivas (audição e visão)

também são comprometidas71.

Pernambuco foi o primeiro estado a detectar a mudança no padrão epidemiológico

de ocorrência da microcefalia em recém-nascidos. O aumento no número de casos foi

comunicado à Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (SEVS) do estado em 19 de

outubro de 2015 (semana epidemiológica 43) através de profissionais de dois serviços

hospitalares localizados no município de Recife. Esses profissionais relataram a existência

de cerca de 26 casos de microcefalia em recém-nascidos, com padrões sugestivos de

infecção nos exames de imagem e cujas mães haviam apresentado exantema durante a

gestação.

Ao analisar a base de dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos

(Sinasc-PE), de janeiro a setembro de 2015, havia 22 recém-nascidos com registro de

microcefalia (Código de Classificação Internacional de Doenças – CID 10: Q02). Esse

achado, ainda que com informações parciais, já caracterizava uma mudança no padrão de

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218

ocorrência dessa anomalia congênita, observando que no período de 2005 a 2014 sua

mediana era de 9 registros por ano, com variação de 4 a 16 casos.

Em 20 de outubro de 2016, o Cievs-PE comunicou ao Cievs nacional sobre a

ocorrência desses casos, solicitando apoio para as investigações. A Secretaria Estadual de

Saúde de Pernambuco (SES-PE), por meio da SEVS, emitiu uma nota técnica, ainda no

mês de outubro, alertando sobre a possível alteração do padrão epidemiológico de

microcefalia em recém-nascidos vivos no estado e solicitando que todos os casos de

microcefalia fossem notificados de forma imediata (Nota Técnica 43/2015)72. Por se tratar

de um evento inusitado, de notificação imediata e com potencial para se tornar uma

emergência em saúde pública, o Cievs-PE passou a coordenar a equipe que conduziu as

ações relacionadas ao evento.

Visando uma maior oportunidade da notificação dos casos suspeitos de

microcefalia, o Cievs-PE elaborou em 26 de outubro de 2015 um formulário eletrônico,

através do FormSUS (plataforma Datasus/MS) disponibilizado para notificação online no

seu site (cievspe.com). Esse formulário continha seis blocos de informação: identificação

do recém-nascido; medidas antropométricas e idade gestacional no momento do parto;

local de ocorrência do parto; local de residência da mãe; observações adicionais e dados

do notificador.

Inicialmente, foi estabelecida uma definição de caso mais sensível, a partir da

discussão de especialistas da área de vigilância e assistência à saúde (pediatras,

neurologistas, infectologistas e pesquisadores), onde se definiu como caso suspeito de

microcefalia:

Recém-nascidos entre 37 e 42 semanas de gestação, com perímetro cefálico

aferido ao nascimento igual ou menor que 33 cm;

Recém nascidos com menos de 37 semanas de gestação, com perímetro cefálico

aferido ao nascimento menor ou igual que o percentil 3 (dois desvios padrão).

Ainda que esse ponto de corte não apresentasse respaldo na literatura, a equipe de

especialistas observou que algumas crianças, fora dos padrões de microcefalia,

apresentavam alterações tomográficas importantes.

Em 06 de novembro de 2015, após 10 dias de monitoramento, havia registro de 118

novos casos de recém-nascidos com microcefalia, provenientes de 23 estabelecimentos de

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219

saúde. Desse total, 58% dos casos eram do sexo feminino e 75% haviam nascido a termo,

sendo a maior parte dos casos oriundos dos municípios da Região Metropolitana do Recife

(RMR).

Em 10 de novembro de 2015, visando estabelecer critérios para detecção de

microcefalia em recém-nascidos e definir o fluxo de atendimento, diagnóstico, vigilância e

acompanhamento dos recém-nascidos com microcefalia, foi elaborado o primeiro Protocolo

clínico e epidemiológico para investigação de casos de microcefalia, que contou com a

colaboração de especialistas de diversas áreas (pediatras, neurologistas, infectologistas e

epidemiologistas)73. Esse protocolo serviu de referência para a elaboração de documentos

a nível nacional, como o Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia,

publicado pelo Ministério da Saúde, em 22 de janeiro de 2016.

Durante os primeiros meses de monitoramento dos casos de microcefalia, o Cievs-

PE recebeu a visita de alguns outros Cievs do país, principalmente da região Nordeste,

bem como do Ministério da Saúde e de instituições internacionais como a Organização

Pan- Americana de Saúde (OPAS) e o Centers for Disease Control and Prevention (CDC),

visando conhecer e compartilhar experiências bem sucedidas para detecção, notificação e

monitoramento dos casos.

Em 28 de novembro de 2015, o MS confirma a relação entre o zika vírus e a

ocorrência de microcefalia em bebês. O Instituto Evandro Chagas, órgão do MS em Belém

(PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê do Ceará, com

microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi

identificada a presença do vírus Zika.

Em 02 de dezembro de 2015, foi publicada a segunda versão do Protocolo clínico e

epidemiológico para microcefalia, onde foram estabelecidos parâmetros de maior

especificidade para a notificação dos casos suspeitos de microcefalia, com redução do

perímetro cefálico para 32,0 cm. A rede de referência para o diagnóstico e

acompanhamento dos casos foi descentralizada para outras regiões do estado. Nesse

instrumento também ficou instituída a notificação imediata de gestante com exantema, de

forma a conhecer mais precocemente os possíveis casos de microcefalia, a partir da

detecção intra-útero e possibilitando fornecer o suporte necessário às gestantes74.

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220

Em março de 2016, a SEVS, com apoio das Gerências Regionais de Saúde,

realizou a busca ativa dos casos com classificação de microcefalia e microcefalia severa

pelas curvas de crescimento, de forma a encerrar a investigação e iniciar o

acompanhamento das crianças.

Ainda em março, em consonância com as novas recomendações da OMS e com a

publicação do Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia e/ou

alterações do sistema nervosos central (SNC) pelo MS, a SEVS editou a Nota técnica

03/2016, na qual foram atualizados os parâmetros para notificação de recém-nascidos com

microcefalia, do feto com alterações do SNC durante a gestação, de natimortos e

abortamentos sugestivos de infecção congênita. Em relação aos recém-nascidos,

passaram a ser alvo de notificação os nascidos pré-termo e com perímetro cefálico menor

que – 2 desvios padrões para a idade gestacional e sexo, segundo a tabela Intergrowth e

os nascidos a termo com perímetro cefálico menor ou igual que 31,5 cm para meninas e

31,9 cm para meninos, com equivalência menor que – 2 desvios padrões para a idade e

sexo, segundo a tabela da OMS75.

A gestão da informação foi realizada de forma integrada entre vigilância e

assistência. Todos os casos detectados foram classificados de acordo com as curvas de

crescimento de Fenton, da OMS e Intergrowth, seguindo as recomendações vigentes. Para

o encerramento dos casos estabeleceu-se fluxo semanal de envio de informações pelas 12

Regiões de Saúde do estado, pelos hospitais de referência para investigação de

microcefalia, pelo Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE) e pelo Centro de

Pesquisas Aggeu Magalhães (Fiocruz-PE), responsável pela análise dos resultados para

zika vírus.

Apesar de todos os esforços, em março de 2016, ainda havia um grande número de

crianças notificadas sem acessar a rede de referência para investigação de microcefalia

e/ou alterações do SNC de causa infecciosa. Com isso, a SES-PE passou a organizar

mutirões de atendimento enquanto estratégia de mobilização dos municípios e das

famílias. Entre abril e julho de 2016, foram realizados sete mutirões abrangendo as 12

Regiões de Saúde do estado, nos quais 656 crianças foram atendidas, em uma ação

integrada das Secretarias Executivas de Vigilância em Saúde (SEVS), Atenção à Saúde

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

221

(SEAS), Regulação em Saúde (SERS), Coordenação Geral (SECG) e Gerências Regionais

de Saúde (Geres).

Cada mutirão contou com acolhimento às crianças e às famílias, que incluiu

orientações gerais e sobre amamentação e com a oferta de consultas de neuropediatria,

exames laboratoriais (sorologia e LCR) para a criança e para a mãe, regulação para

exames de neuroimagem (USG e TC), atendimento com assistente social para os casos

com diagnóstico confirmado e aconselhamento com profissionais de reabilitação e

psicologia. O registro de cada atendimento foi realizado visando o encerramento dos casos

atendidos e a análise da situação epidemiológica.

Das 656 crianças atendidas nos mutirões, 592 obtiveram diagnóstico descartado

para microcefalia de causa infecciosa, 50 foram confirmadas e 10 permaneceram em

investigação, sendo encaminhadas para continuidade da investigação na rede de saúde.

Das 592 com diagnóstico descartado para microcefalia de causa infecciosa, 39 foram

diagnosticadas com microcefalia por outras causas, que não de origem infecciosa. Essa

estratégia contribuiu para o aumento do percentual de casos com desfecho (confirmados e

descartados), que passou de 34,0% em março/2016 para 80,8% em julho/2016.

Cabe ainda destacar que uma série de medidas para o controle do vetor também

foram tomadas, incluindo compra de equipamentos para os municípios, apoio do exército

para trabalho de campo e visitas domiciliares, parcerias com a Companhia Pernambucana

de Saneamento (Compesa) e outros órgãos, implantação do Comitê Estadual de

Mobilização Social para o controle das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, além de

reuniões estratégicas com o governador e secretários de estado para acompanhamento

das ações. A figura 188 resume os principais eventos relacionados a essa emergência em

ordem cronológica dos acontecimentos.

É importante esclarecer que, embora as evidências disponíveis indiquem a forte

associação entre o vírus Zika e a ocorrência de microcefalia, não é possível afirmar que a

presença do vírus durante a gestação resulte, inevitavelmente, em microcefalia e/ou

alterações do SNC no feto. O desenvolvimento de anomalias congênitas depende de

diferentes fatores, como a carga viral, fatores do hospedeiro, momento da infecção ou

presença de outros fatores e condições desconhecidos71.

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222

Figura 188. Principais eventos relacionados à epidemia de microcefalia. Pernambuco, março de

2015 a março de 2016

Fonte: Cievs-PE

Março2015 Doenças exantematicas a esclarecer em Pernambuco

e outros estados do Nordeste

Junho2015

Confirmação dos primeiros casos de Zika em Pernambuco

Outubro2015

Notificação de Pernambuco para o MSInstituição da Notificação imediata e compulsória de Microcefalia Reunião OPAS/MS/SVSPrimeira versão do Protocolo Clínico e Epidemiológico Investigação de campo (EPISUS)

Novembro2015

Janeiro2016

1

2

3

5

6

7

Dezembro2015

Monitoramento semanal com o governador Organização da rede de referência

Declaração de situação de emergência estadual e nacionalMinistério da Saúde confirma a relação do vírus zika e o surto de

microcefalia

Segunda versão do Protocolo Clínico Epidemiológico

Notificação de Gestantes com exantema

OMS declara situação de emergência internacional

Fevereiro2016

Ações intersetoriais para o controle vetorial: atuação do Comitê Estadual deCombate ao Aedes aegypti e do Centro Integrado de Comando e ControleRegional – CICCR, monitorando ações de combate ao mosquito, além da coletae análise das informações sobre os indicadores epidemiológicos das doenças

Início da realização de mutirões com o objetivo de encerrar os casos

em investigação

4

?

8 Março2016

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

223

8.3 Caracterização dos casos

Desde o início da emergência, Pernambuco permaneceu como o estado com o

maior número de notificações do país. Até a semana epidemiológica 27 de 2016, havia

2.048 crianças notificadas, sendo 369 casos confirmados e 1.172 descartados para

microcefalia e/ou alterações do SNC. Do total de notificados, 918 (44,8%) atendiam as

definições da OMS para microcefalia ou microcefalia severa. O maior número de

nascimentos dentre os casos notificados ocorreu entre as semanas 44 e 47 de 2015, na

vigência do primeiro protocolo, cujo parâmetro de notificação era um perímetro cefálico de

33,0 cm. Com as subsequentes mudanças nesse parâmetro, o número de notificações

caiu, observando-se maior especificidade das notificações, com predomínio dos casos de

microcefalia e microcefalia severa (Figura 189).

Figura 189. Distribuição dos casos notificados segundo parâmetros de microcefalia (OMS) e semana epidemiológica do nascimento. Pernambuco, agosto de 2015 a julho de 2016

Fonte: Cievs-PE

Nesse período, os casos confirmados estavam distribuídos em 103 municípios do

estado. Cinco municípios, sendo quatro na I Região de Saúde e Caruaru na IV região

apresentavam de 11 a 50 casos confirmados e Recife, a capital, mais de 50 casos

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27

2015 2016

Não atende as definições 5 2 1 4 1 7 6 9 8 16 8 25 43 106 114 144 143 57 36 34 21 21 26 26 21 27 16 32 24 26 18 15 6 1 2 0 4 1 4 1 0 1 1 1 0 1 0 2 2

Microcefalia Severa 1 2 1 4 5 3 8 4 7 9 11 20 20 10 24 28 21 17 13 12 13 7 10 12 6 10 3 3 4 7 3 1 4 2 1 4 4 3 1 2 1 7 2 0 3 0 2 3 0

Microcefalia 2 2 3 3 1 4 2 4 8 7 13 14 17 24 21 25 24 30 26 21 16 8 17 18 13 14 17 16 19 15 10 12 14 13 6 5 7 8 12 10 3 6 6 7 5 8 8 7 4

0

50

100

150

200

250

me

ro d

e c

aso

s

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224

confirmados. Os demais municípios apresentavam de um a dez casos confirmados (Figura

190).

Figura 190. Distribuição dos casos confirmados segundo município de residência. Pernambuco,

agosto de 2015 a julho de 2016

Fonte: Cievs-PE

As meninas prevaleceram entre os casos notificados (62,3%), entre os casos que

atendem aos parâmetros de microcefalia da OMS (61,7%) e também entre os confirmados

(54,5%) (Figura 191). A média do perímetro cefálico foi bastante semelhante para ambos

os sexos dentre os notificados. Para os casos confirmados, a média foi ligeiramente menor

no sexo feminino (29,1) que no masculino (29,6) (Figura 192).

Arcoverde

Afogados da

Ingazeira

Caruaru

Fernando de Noronha

Garanhuns

Goiana

Limoeiro

Palmares

Petrolina

Salgueiro

OuricuriRecifeSerra Talhada

Número de casos N. municípios

1 a 10 casos 97

11 a 50 casos 5

51 e mais casos 1

Sem casos confirmados 82

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225

Figura 191. Distribuição dos casos notificados segundo parâmetros de microcefalia (OMS) e sexo. Pernambuco, agosto de 2015 a julho de 2016

Fonte: Cievs-PE

Figura 192. Média do perímetro cefálico dos casos notificados sexo. Pernambuco, agosto de 2015 a julho de 2016

Fonte: Cievs-PE

Um dos achados que chamaram a atenção foi o percentual de 23,8% de crianças

confirmadas para microcefalia e/ou outras alterações do SNC, mas que não atendiam aos

parâmetros de microcefalia da OMS. Por outro lado, 27,3% das crianças com diagnóstico

descartado atendiam aos parâmetros de microcefalia (Figura 193), indicando que apenas a

classificação de casos de acordo com as curvas de crescimento, que utilizam

principalmente a medida do perímetro cefálico, não era suficiente, isoladamente, para a

62,3%

61,7%

54,5%

37,4%

38,2%

45,3%

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%

Notificados (N=2048)

Microcefalia* (N=918)

Confirmados (N=369)

Feminino Masculino Ignorado/Indeterminado

31,1 31,1

30,029,9

29,1

29,6

28,0

28,5

29,0

29,5

30,0

30,5

31,0

31,5

Feminino Masculino

Notificados Microcefalia** Confirmados

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226

caracterização dos casos, tendo em vista o amplo espectro de alterações neurológicas que

tem sido observado.

Figura 193. Proporção dos casos notificados segundo parâmetros da OMS para microcefalia e critério de encerramento. Pernambuco, agosto de 2015 a julho de 2016

Fonte: Cievs-PE

8.4 Considerações Finais

As ações desenvolvidas pelo Cievs-PE na resposta coordenada a esta emergência

em saúde pública, contribuíram não apenas para a detecção do evento, mas para o seu

real dimensionamento, bem como para a estruturação das ações de vigilância e da rede de

assistência à saúde.

As alterações no critério e padrão utilizados para classificação dos casos foram

decorrentes do acúmulo progressivo de conhecimento gerado no decorrer da epidemia. A

adoção, a princípio, de um critério de notificação mais sensível que específico, foi

necessária a fim de melhor delimitar o evento em curso. E embora tenha se gerado um

número excessivo de notificações, a análise dos primeiros casos possibilitou estabelecer

parâmetros mais adequados para definição de caso, mais recentemente classificado como

Síndrome Congênita do Zika (SCZ).

Muitos estudos foram publicados desde o final de 2015. Contudo, o conhecimento

acumulado até o momento é passível de revisão, à medida que novas evidências forem

sendo incorporadas, visando explicitar a associação entre microcefalia e/ou alterações do

23,8%

65,8%

22,5%

27,3%

53,7%

6,9%

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%

Confirmados (N=369)

Descartados (N=1172)

Outros Microcefalia Microcefalia Severa

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227

SNC e o vírus Zika e suas consequências na criança, bem como os principais agentes

envolvidos e a participação de cada um deles.

Para a gestão do SUS, soma-se ao desafio da implementação de medidas

intersetoriais para o controle do vetor, o da garantia do acesso à assistência contínua,

oportuna e descentralizada, do diagnóstico à reabilitação, capaz de abarcar o amplo

espectro de alterações neurológicas apresentadas pelas crianças afetadas e as

complicações delas decorrentes.

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229

Notas Metodológicas

A análise do Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

foi realizada por meio dos dados contidos nos Sistemas de Informação sobre Mortalidade

(SIM), sobre Nascidos Vivos (Sinasc), de agravos de Notificação (Sinan), de Análise da

Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), Hospitalar (SIH), do Programa de

Controle da Esquistossomose (SISPCE), do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) e

de Notificação de Acidentes de Transporte Terrestre (Sinatt) da Secretaria Estadual de

Saúde de Pernambuco (SES-PE). Além desses sistemas, foram utilizadas informações do

Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), da Rede Interagencial

de Informações para a Saúde (RIPSA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE), da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Sistema de vigilância

de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico (Vigitel), do

Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs-PE),

do Programa de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas (Sanar-PE) e do

Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE).

No quadro 18, são apresentadas as fontes de informação utilizadas em cada

capítulo desse documento e o período de referência analisado. Os dados foram analisados

para o estado e Regiões de Saúde, sempre que possível.

No capítulo Como adoecem os pernambucanos, os agravos foram priorizados por

sua magnitude e transcendência. No capítulo Como morrem os pernambucanos, a análise

é apresentada por ciclos de vida (menores de 1 ano, 1 a 9 anos, 10 a 19 anos, 20 a 39

anos, 40 a 59 anos e 60 anos ou mais) e para a mortalidade materna, devido às causas

especificas associadas à gestação, ao parto e puerpério.

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230

Quadro 18. Capítulo, período analisado e fonte de informação utilizada para a elaboração do Perfil

Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco. 2016

Capítulo Período

Analisado Fonte de Informação

Caracterização do Estado

1980 a 2014 IBGE, TCU e RIPSA

Aspectos Socioeconômicos

1980 a 2014 RIPSA

Características Ambientais

2001 a 2014 IBGE, PNAD, Sisagua e Detran-PE

Como nascem os pernambucanos

2005 a 2014 Sinasc e IBGE

Como adoecem os pernambucanos

2005 a 2014 Sanar-PE, Sinatt, SIH, SINAN, SIVEDTA, SISPCE, SI-PNI, INCA, IBGE e TCU

Como morrem os pernambucanos

2005 a 2014 SIM, SINASC, IBGE e TCU

Promoção da Saúde 2006 a 2016 Vigitel e SES-PE

Emergências em Saúde Pública

2015 e 2016 Cievs-PE e SINAN

Tendo em vista que, durante o processo de elaboração desse documento, os dados

populacionais disponíveis com estratificação por sexo e faixa etária, tinham como limite o

ano de 2012, o cálculo das razões, proporções e coeficientes, baseou-se na metodologia

descrita a seguir.

1ª etapa: tabulação de dados da população intercensitária estimada pelo IBGE

(2005 a 2012), estratificadas por sexo e faixa etária e da estimativa utilizada pelo Tribunal

de Contas da União (TCU) (2005 a 2014).

2ª etapa: comparação de dados entre as duas estimativas. Resultado não apontou

diferenças significativas, exceto para o ano de 2007. Por se tratarem de estimativas, optou-

se pela utilizada pelo TCU por fornecer dados mais atuais.

3ª etapa: cálculo dos percentuais da população masculina e feminina por grupo de

faixa etária na população intercensitária estimada (IBGE) de 2005 a 2012, por município.

4ª etapa: aplicação dos percentuais por sexo e faixa etária de cada ano na

população estimada para o TCU por município nos anos correspondentes, sendo que para

os anos de 2013 e 2014 do TCU foram aplicados os mesmos percentuais de 2012.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico: Pernambuco 2016

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