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Questões de Concursos – Tudo para você conquistar o seu cargo público www.questoesdeconcursos.com.br ] 1 ATENDIMENTO - Prof. Mariana Fittipaldi 1- Aurora contratou com determinada empresa de telefonia fixa um pacote de serviços de valor preestabelecido que incluía ligações locais de até 100 minutos e isenção total dos valores pelo período de três meses, exceto os minutos que ultrapassassem os contratados, ligações interurbanas e para telefone móvel. Para sua surpresa, logo no primeiro mês recebeu cobrança pelo pacote de serviços no importe três vezes superior ao contratado, mesmo que tivesse utilizado apenas 32 minutos em ligações locais. A consumidora fez diversos com a fornecedora do serviço para reclamar o ocorrido, mas não obteve solução. De posse dos números dos protocolos de reclamações, ingressou com medida judicial, obtendo liminar favorável para abstenção de cobrança e de negativação do nome. Considerando o caso acima descrito, assinale a afirmativa correta. a) A conversão da obrigação em perdas e danos faz-se independentemente de eventual aplicação de multa. b) A multa diária ao réu pode ser fixada na sentença, mas desde que o autor tenha requerido expressamente. c) A conversão da obrigação em perdas e danos independe de pedido do autor, em qualquer hipótese. d) A tutela liminar será concedida, desde que não implique em ordem de busca e apreensão, que requer medida cautelar própria e justificação prévia. 2- Elisabeth e Marcos, desejando passar a lua-de-mel em Paris, adquiriram junto à Operadora de Viagens e Turismo “X” um pacote de viagem, composto de passagens aéreas de ida e volta, hospedagem por sete noites, e seguro saúde e acidentes pessoais, este último prestado pela seguradora “Y”. Após chegar à cidade, Elisabeth sofreu os efeitos de uma gastrite severa e Marcos entrou em contato com a operadora de viagens a fim de que o seguro fosse acionado, sendo informado que não havia médico credenciado naquela localidade. O casal procurou um hospital, que manteve Elisabeth internada por 24 horas, e retornou ao Brasil no terceiro dia de estada em Paris, tudo às suas expensas. Partindo da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. a) O casal poderá acionar judicialmente a operadora de turismo, mesmo que a falha do serviço tenha sido da seguradora, em razão da responsabilidade solidária aplicável ao caso. b) O casal somente poderá acionar judicialmente a seguradora Y, já que a operadora de turismo responderia por falhas na organização da viagem, e não pelo seguro porque esse foi realizado por outra empresa. c) O casal terá que acionar judicialmente a operadora de turismo e a seguradora simultaneamente por se tratar da hipótese de litisconsórcio necessário e unitário, sob pena de insurgir em carência da ação. d) O casal não poderá acionar judicialmente a operadora de turismo já que havia liberdade de contratar o seguro saúde viagem com outra seguradora e, portanto, não se tratando de venda casada, não há responsabilidade solidária na hipótese.

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ATENDIMENTO - Prof. Mariana Fittipaldi

1- Aurora contratou com determinada empresa de telefonia fixa um pacote de serviços de valor preestabelecido que incluía

ligações locais de até 100 minutos e isenção total dos valores pelo período de três meses, exceto os minutos que

ultrapassassem os contratados, ligações interurbanas e para telefone móvel. Para sua surpresa, logo no primeiro mês

recebeu cobrança pelo pacote de serviços no importe três vezes superior ao contratado, mesmo que tivesse utilizado apenas

32 minutos em ligações locais.

A consumidora fez diversos com a fornecedora do serviço para reclamar o ocorrido, mas não obteve solução. De posse dos

números dos protocolos de reclamações, ingressou com medida judicial, obtendo liminar favorável para abstenção de

cobrança e de negativação do nome.

Considerando o caso acima descrito, assinale a afirmativa correta.

a) A conversão da obrigação em perdas e danos faz-se independentemente de eventual aplicação de multa.

b) A multa diária ao réu pode ser fixada na sentença, mas desde que o autor tenha requerido expressamente.

c) A conversão da obrigação em perdas e danos independe de pedido do autor, em qualquer hipótese.

d) A tutela liminar será concedida, desde que não implique em ordem de busca e apreensão, que requer medida cautelar

própria e justificação prévia.

2- Elisabeth e Marcos, desejando passar a lua-de-mel em Paris, adquiriram junto à Operadora de Viagens e Turismo “X” um

pacote de viagem, composto de passagens aéreas de ida e volta, hospedagem por sete noites, e seguro saúde e acidentes

pessoais, este último prestado pela seguradora “Y”. Após chegar à cidade, Elisabeth sofreu os efeitos de uma gastrite severa

e Marcos entrou em contato com a operadora de viagens a fim de que o seguro fosse acionado, sendo informado que não

havia médico credenciado naquela localidade. O casal procurou um hospital, que manteve Elisabeth internada por 24 horas,

e retornou ao Brasil no terceiro dia de estada em Paris, tudo às suas expensas.

Partindo da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.

a) O casal poderá acionar judicialmente a operadora de turismo, mesmo que a falha do serviço tenha sido da seguradora, em

razão da responsabilidade solidária aplicável ao caso.

b) O casal somente poderá acionar judicialmente a seguradora Y, já que a operadora de turismo responderia por falhas na

organização da viagem, e não pelo seguro porque esse foi realizado por outra empresa.

c) O casal terá que acionar judicialmente a operadora de turismo e a seguradora simultaneamente por se tratar da hipótese

de litisconsórcio necessário e unitário, sob pena de insurgir em carência da ação.

d) O casal não poderá acionar judicialmente a operadora de turismo já que havia liberdade de contratar o seguro saúde

viagem com outra seguradora e, portanto, não se tratando de venda casada, não há responsabilidade solidária na hipótese.

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3- Martins celebrou negócio jurídico com a empresa Zoop Z para o fornecimento de dez volumes de

determinada mercadoria para entretenimento infantil. No contrato restava

estabelecido que Martins vistoriara toda mercadoria antes da aquisição e que o consumidor retiraria os produtos no

depósito da empresa. Considerando tal situação fictícia, assinale a alternativa correta à luz do disposto na Lei nº.

8.078/90, de acordo com cada hipótese abaixo apresentada:

a)A garantia legal do produto independe de termo expresso no contrato, bem como é lícito ao fornecedor

estipular que se exime de responsabilidade na hipótese de vício de qualidade por inadequação do produto, desde

que fundada em ignorância sobre o vício.

b) É nula de pleno direito a cláusula contratual que exonere a contratada de qualquer obrigação de indenizar por vício

do produto em razão de ter sido a mercadoria vistoriada previamente pelo consumidor.

c) O contrato poderia prever a impossibilidade de reembolso da quantia por Martins, bem como ter

transferido previamente a responsabilidade por eventual vício do produto, com exclusividade, ao fabricante.

d) A Zoop Z tem liberdade para estabelecer compulsoriamente a utilização de arbitragem, bem como exigir o

ressarcimento dos custos de cobrança da obrigação de Martins, sem que o mesmo seja conferido contra o fornecedor.

4- Quando a contratação ocorre por site da internet, o consumidor pode desistir da compra?

a) Sim. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor pode desistir da compra em até 30 dias depois que recebe o

produto.

b) Não. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor é obrigado a ficar com o produto, a menos que ele apresente

vício. Só nessa hipótese o consumidor pode desistir.

c) Não. O direito de arrependimento só existe para as compras feitas na própria loja, e não pela internet.

d) Sim. Quando a compra é feita fora do estabelecimento comercial, o consumidor pode desistir do contrato no prazo de

sete dias, mesmo sem apresentar seus motivos para a desistência.

5- Ao instalar um novo aparelho de televisão no quarto de seu filho, o consumidor verifica que a tecla de volume do controle

remoto não está funcionando bem. Em contato com a loja onde adquiriu o produto, é encaminhado à autorizada.

O que esse consumidor pode exigir com base na lei, nesse momento, do comerciante?

a) A imediata substituição do produto por outro novo.

b) O dinheiro de volta.

c) O conserto do produto no prazo máximo de 30 dias.

d) Um produto idêntico emprestado enquanto durar o conserto.

6- No âmbito do Código de Defesa Consumidor, em relação ao princípio da boa-fé objetiva, é correto afirmar que

a) sua aplicação se restringe aos contratos de consumo.

b) para a caracterização de sua violação imprescindível se faz a análise do caráter volitivo das partes.

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c) não se aplica à fase pré-contratual.

d) importa em reconhecimento de um direito a cumprir em favor do titular passivo da obrigação.

7- Analisando o artigo 6º, V, do Código de Defesa do Consumidor, que prescreve: “São direitos básicos do consumidor: V – a

modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos

supervenientes que as tornem excessivamente onerosas”, assinale a alternativa correta.

a) Não traduz a relativização do princípio contratual da autonomia da vontade das partes.

b) Almeja, em análise sistemática, precipuamente, a resolução do contrato firmado entre consumidor e fornecedor.

c) Admite a incidência da cláusula rebus sic stantibus.

d) Exige a imprevisibilidade do fato superveniente.

8- No tocante às relações de consumo, é correto afirmar que

a) a pessoa jurídica não sofre dano moral indenizável.

b) é isento de responsabilidade o fornecedor que não tenha conhecimento dos vícios de qualidade por inadequação de

produtos e serviços de consumo.

c) a reparação do dano moral coletivo está prevista no Código de Defesa do Consumidor.

d) a interpretação das cláusulas contratuais deve ocorrer de forma a não favorecer nem prejudicar o consumidor.

9- Prova: CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase (questão nº 24) Disciplina: Direito do Consumidor |

Assuntos: Responsabilidade Pelo Vício do Produto ou Serviço;

Ao consumidor adquirente de produto de consumo durável ou não durável que apresente vício de qualidade ou quantidade

que o torne impróprio ou inadequado ao consumo a que se destina, não sendo o vício sanado no prazo de 30 dias, assegura-

se

a) a substituição imediata do produto por outro de qualquer espécie, em perfeitas condições de uso.

b) a imediata restituição do valor pago, atualizado monetariamente, não cabendo indenização.

c) o abatimento de até 50% do valor pago, em razão do vício apresentado e do inconveniente causado pela aquisição de

produto defeituoso.

d) convencionar com o fornecedor um prazo maior que 30 dias para que o vício seja sanado.

10- Joana adquiriu um aparelho de telefone em loja de eletrodomésticos e, juntamente com o manual de instruções, foi- lhe

entregue o termo de garantia do produto, que assegurava ao consumidor um ano de garantia, a contar da efetiva entrega do

produto. Cerca de um ano e um mês após a data da compra, o aparelho de telefone apresentou comprovadamente um

defeito de fabricação.

Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta acerca dos direitos do consumidor.

a) Após o prazo de um ano de garantia conferida pelo fornecedor, Joana não poderá alegar a existência de qualquer defeito

de fabricação.

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b) Joana poderá reclamar eventuais defeitos de fabricação até o prazo de noventa dias após o final da garantia contratual

conferida pelo fornecedor.

c) O prazo para Joana reclamar dos vícios do produto é de apenas noventa dias, a partir da entrega efetiva do produto,

independentemente de prazo de garantia.

d) A lei garante a Joana a possibilidade de reclamar de eventuais defeitos de fabricação a qualquer tempo, desde que

devidamente comprovados.

11- Com base no Código de Defesa do Consumidor, assinale a opção correta acerca da responsabilidade na prestação de

serviços.

a) O fornecedor de serviço responderá pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à

prestação dos serviços ou decorrentes de informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos somente se

comprovada a sua culpa.

b) A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais deve ser apurada independentemente da verificação de culpa.

c) O serviço é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.

d) O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, ou

quando provar que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste.

12- Assinale a opção correta a respeito dos bancos de dados e cadastros de consumidores.

a) Os serviços de proteção ao crédito e congêneres são considerados entidades que prestam serviços de caráter privado.

b) O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá exigir imediata correção.

c) O consumidor deverá ser informado verbalmente toda vez que ocorrer alteração de cadastro, ficha, registro e dados

pessoais e de consumo, relativos a seu nome, desde que não a tenha solicitado.

d) Somente poderão constar nos bancos de dados as informações negativas sobre consumidores relativas aos últimos dois

anos.

13- Acerca das práticas comerciais dispostas no Código de Defesa do Consumidor, assinale a opção correta.

a) Considera-se publicidade abusiva a comunicação de caráter publicitário inteiramente falsa que induza a erro.

b) O consumidor que receber produto em sua residência, mesmo sem solicitação, e não devolvê-lo, deve efetuar o

pagamento do respectivo preço.

c) É lícito que o fabricante de produtos duráveis condicione o fornecimento de seus produtos à prestação de determinados

serviços.

d) O consumidor tem o direito de receber o dobro do que tenha pago em excesso, acrescido de juros e correção monetária,

no caso de cobrança indevida, salvo hipótese de engano justificável.

14- Assinale a opção que não está de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.

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a) É direito do consumidor a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, o que inclui a

especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço e a explicitação dos riscos relacionados a

produtos e serviços.

b) O consumidor tem direito à efetiva reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.

c) É direito do consumidor a facilitação da defesa de seus direitos, incluindo-se a inversão do ônus da prova, a seu favor, no

processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando ele for hipossuficiente.

d) O consumidor tem direito à modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais, mas não

à revisão delas em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas.

15- Acerca da responsabilidade no Código de Defesa do Consumidor, assinale a opção correta.

a) É permitida a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar.

b) Caso o vício do produto ou do serviço não seja sanado no prazo legal, pode o consumidor exigir o abatimento

proporcional do preço.

c) No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, mesmo se

identificado claramente o produtor.

d) A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços o exime de

responsabilidade.

Gabarito:

1- Comentário:

De acordo com o CDC: Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz

concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao

do adimplemento.

§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o autor ou se impossível a

tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

§ 2° A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo da multa (art. 287, do Código de Processo Civil).

§ 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito

ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, citado o réu.

§ 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do

autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.

§ 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz determinar as medidas

necessárias, tais como busca e apreensão, remoção de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade

nociva, além de requisição de força policial.

Alternativa “A”: está correta, pois segundo o parágrafo 2º, do artigo 84, do CDC, a indenização por perdas e danos se fará

sem prejuízo da multa.

Alternativa “B”: está incorreta, pois a imposição de multa pelo juiz independe do pedido do autor.

Alternativa “C”: está incorreta, pois a conversão em perdas e danos depende de pedido do autor ou será deferida no caso

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de ser impossível a tutela específica.

Alternativa “D”: está incorreta, pois consoante o parágrafo 5º acima transcrito, o juiz poderá determinar as medidas

necessárias para possibilitar a tutela específica ou garantir o resultado prático equivalente. Assim, não é necessário ingressar

com outras ações.

2- Comentários:

Alternativa “a”: Segundo o CDC, “os fornecedores de produtosde consumo duráveis ou não duráveis respondem

solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se

destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do

recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza,

podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas” (artigo 18, do CDC). A mesma solidariedade aplica-se aos

fornecedores de serviços. Vejamos a redação do CDC:

Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista

nesta e nas seções anteriores.

§ 1° Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos responderão solidariamente pela reparação prevista

nesta e nas seções anteriores.

§ 2° Sendo o dano causado por componente ou peça incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis solidários seu

fabricante, construtor ou importador e o que realizou a incorporação.

Isto posto, concluímos que a alternativa “a” está correta, pois o casal poderá acionar a operadora de turismo, mesmo que a

falha do serviço tenha sido da seguradora, em razão da solidariedade aplicável ao caso.

As demais alternativas estão incorretas porque:

Alternativa “b”: não obedece a regra da solidariedade.

Alternativa “c”: não há obrigatoriedade de acionar a operadora e a seguradora. A solidariedade permite que o casal acione

qualquer uma delas isoladamente.

Alternativa “d”: também está incorreta porque afasta a regra da solidariedade.

3- Comentário:

a) Errada: O fornecedor não pode eximir-se da responsabilidade por vício de qualidade por inadequação do produto, nem

mesmo em razão de sua ignorância sobre o vício. Sua responsabilidade é solidária ao fabricante.

Art. 18, do Código do Consumidor. “Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem

solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se

destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do

recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza,

podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas”.

b) Correta: O artigo 51, do CDC prevê diversas hipóteses de cláusulas nulas de pleno direito e, dentre elas:

Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços

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que:

I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos

produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o

consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis; (...)

c) Errada: No caso da questão, ou seja, vício de qualidade do produto, o consumidor tem a opção de pedir o reembolso da

quantia paga. Assim, qualquer cláusula que lhe subtraia tal direito será nula de pleno direito, consoante previsão do artigo

51, do CDC:

Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços

que: (...)

II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste código; (...)

Além disso, o fornecedor não pode transferir a responsabilidade por vício do produto com exclusividade ao fabricante, pois

ele é solidário ao fabricante em relação aos vícios de qualidade do produto, conforme já abordado no item “a”.

d) Errada: A fabricante Zoop Z não tem liberdade para estabelecer compulsoriamente a utilização de arbitragem, nem

mesmo para exigir o ressarcimento dos custos de cobrança da obrigação de Martins (consumidor), sem que o mesmo direito

seja conferido a Martins contra o fornecedor. Tais cláusulas seriam nulas de pleno direito, consoante o artigo 51, do CDC.

Vejamos:

Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços

que: (...)

VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem; (...)

XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido

contra o fornecedor; (...)

RESPOSTA “B”

4- Comentário:

b) Não. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor é obrigado a ficar com o produto, a menos que ele apresente

vício. Só nessa hipótese o consumidor pode desistir.

c) Não. O direito de arrependimento só existe para as compras feitas na própria loja, e não pela internet.

d) Sim. Quando a compra é feita fora do estabelecimento comercial, o consumidor pode desistir do contrato no prazo de sete

dias, mesmo sem apresentar seus motivos para a desistência.

a) Sim. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor pode desistir da compra em até 30 dias depois que recebe o

produto.

Correta: Segundo o CDC:

Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do

produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento

comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.

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Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente

pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.

5- Comentários:

No caso de vício do produto, o consumidor pode exigir do fornecedor a substituição da parte viciada, no prazo máximo de

trinta dias. Caso nesse prazo não haja a resolução do problema, aí sim caberá exigir outro produto em perfeitas condições,

ou a restituição da quantia paga, monetariamente atualizada, ou ainda o abatimento proporcional do preço. É o que dispõe o

artigo 18, do CDC:

Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de

qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o

valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem,

rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a

substituição das partes viciadas.

§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:

I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;

II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

III - o abatimento proporcional do preço.

Resposta “C”

6- Comentário:

a) sua aplicação se restringe aos contratos de consumo. Incorreta: os princípios norteadores dos contratos, consoante o

Código Civil, são: a probidade e a boa-fé (artigo 422, do CC). Assim, o princípio em tela abrange todo e qualquer contrato.

b) para a caracterização de sua violação imprescindível se faz a análise do caráter volitivo das partes. Incorreta: a boa-fé

objetiva difere da boa-fé subjetiva, na qual se analisa a vontade das partes. A boa-fé objetiva, segundo Cláudia Lima

Marques, é representada por um standard de comportamento, um paradigma de conduta leal, que vai além da vontade das

partes. Vejamos: “(...) uma atuação “refletida”, uma atuação refletindo, pensando no outro, no parceiro contratual,

respeitando seus interesses legítimos, seus direitos, respeitando os fins do contrato, agindo com lealdade, sem abuso da

posição contratual, sem causar lesão ou desvantagem excessiva, com cuidado com a pessoa e o patrimônio do parceiro

contratual, cooperando para atingir o bom fim das obrigações, isto é, o cumprimento do objetivo contratual e a realização

dos interesses legítimos de ambos os parceiros. Trata-se de uma boa-fé objetiva, um paradigma de conduta leal, e não

apenas da boa-fé subjetiva, conhecida regra de conduta subjetiva do artigo 1444 do CCB. Boa-fé objetiva é um standard de

comportamento leal, com base na confiança, despertando na outra parte co-contratante, respeitando suas expectativas

legítimas e contribuindo para a segurança das relações negociais”.

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c) não se aplica à fase pré-contratual. Incorreta: A boa-fé objetiva é princípio norteador de todos os contratos, abrangendo a

fase pré-contratual e, inclusive, os deveres anexos.

d) importa em reconhecimento de um direito a cumprir em favor do titular passivo da obrigação. Correta: A boa-fé objetiva é

direito do consumidor e qualquer contrato que a viole é nulo de pleno direito. Vejamos:

Art. 51, do CDC. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e

serviços que: (...)

IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou

sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade; (...)

7- Comentário:

a) Não traduz a relativização do princípio contratual da autonomia da vontade das partes. Incorreta: O princípio contratual da

autonomia da vontade das partes é relativizado, encontrando limitações em normas de ordem pública e nos princípios

sociais. É este o caso da questão, que prevê como direito básico do consumidor a modificação de cláusulas que estabeleçam

prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas. Este

direito constitui norma de ordem pública, limitando, portanto, a autonomia da vontade das partes.

b) Almeja, em análise sistemática, precipuamente, a resolução do contrato firmado entre consumidor e

fornecedor. Incorreta: A norma acima destacada não pretende a resolução do contrato firmado entre consumidor e

fornecedor, mas apenas a sua modificação ou revisão no caso das prestações tornarem-se excessivamente onerosas ou

desproporcionais.

c) Admite a incidência da cláusula rebus sic stantibus. Correta: a norma do CDC admite a incidência da cláusula rebus sic

stantibus, pois contempla a possibilidade de que o contrato seja alterado, apesar das partes, inicialmente, terem previsto um

determinado pacto. Preserva-se, pois, a manutenção da igualdade entre os contratantes.

d) Exige a imprevisibilidade do fato superveniente. Incorreta: a norma acima enunciada não exige a imprevisibilidade do fato

superveniente para admitir a revisão do contrato e a modificação de suas cláusulas. O CDC não adotou a teoria da

imprevisão. No sistema consumerista, basta a simples onerosidade excessiva, por exemplo, para permitir-se a revisão do

contrato. Basta, pois, um fato novo, superveniente, que gerou o desequilíbrio. Tal fato, entretanto, não precisa ser

imprevisível

8- a) Incorreta: A pessoa jurídica, inclusive no âmbito de proteção do consumidor, sofre dano moral indenizável. O CDC

reconheceu como consumidor toda pessoa física ou jurídica, nos seguintes termos:

Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.

Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo

nas relações de consumo.

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Além disso, o CDC previu expressamente que é direito do consumidor, seja ele pessoa física ou jurídica, a indenização por

danos morais.

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; (...)

Finalmente, no inciso I, do artigo 51, do CDC, faz-se menção expressa à existência de relação de consumo entre fornecer e

consumidor pessoa jurídica. Vejamos:

Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços

que:

I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos

produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o

consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;

b) Incorreta: Consoante o CDC:

Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de

responsabilidade.

c) Correta: De acordo com o CDC:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e

serviços considerados perigosos ou nocivos;

II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a

igualdade nas contratações;

III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade,

características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;

IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra

práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;

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V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de

fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;

VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e

morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil,

quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de

experiências;

IX - (Vetado);

X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.

d) Incorreta: Segundo o CDC:

Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.

9- a) Incorreta: o produto tem que ser substituído por outro da mesma espécie.

Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de

qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o

valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem,

rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a

substituição das partes viciadas.

§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua

escolha:

I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;

II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

III - o abatimento proporcional do preço.

Somente haverá a possibilidade de substituir-se por outro de espécie diversa no seguinte caso:

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§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível a substituição do

bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição

de eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo.

b) Incorreta: Conforme se observa da redação do inciso II, do parágrafo 1º, do artigo 18, do CDC (acima transcrito), é cabível

indenização para eventuais perdas e danos.

c) Incorreta: O inciso III, do parágrafo 1º, do artigo 18, do CDC (acima transcrito) prevê a possibilidade do consumidor obter o

abatimento proporcional do preço. Entretanto, este abatimento não está limitado a 50% do valor pago, cabendo às partes

determinar o quantum do abatimento levando em consideração o vício e o prejuízo ao produto ou serviço.

d) Correta: O parágrafo 2º, do artigo 18, do CDC prevê expressamente a possibilidade de convencionar-se um prazo maior

que 30 dias. Contudo são estabelecidos limites para a redução ou ampliação do prazo. Vejamos:

§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser

inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada

em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor.

10- Comentários:

a) Após o prazo de um ano de garantia conferida pelo fornecedor, Joana não poderá alegar a existência de qualquer defeito

de fabricação.

Incorreta: Joana poderá alegar a existência de defeito de fabricação após o prazo de garantia contratual de um ano, pois a

partir daí, no caso de vício aparentes ou de fácil constatação, é que começa a correr o prazo de garantia legal, que no caso de

produtos duráveis é de noventa dias. O CDC prevê que as garantias contratual e legal são complementares, portanto os

prazos se somam, primeiro correndo o prazo de garantia contratual e, em seguida, o prazo de garantia legal. Vejamos:

Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito.

Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que

consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do

consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de

manual de instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática, com ilustrações.

Além disso, o CDC prevê que nos casos de vício oculto, o prazo somente começa a correr a partir do momento em que o

defeito ficar evidenciado.

Vejamos:

Art. 26. § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.

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Assim sendo, após um ano, em ambos os casos, ainda é possível que o consumidor obtenha do fornecedor as medidas

cabíveis no caso de vício do produto ou serviço.

b) Joana poderá reclamar eventuais defeitos de fabricação até o prazo de noventa dias após o final da garantia contratual

conferida pelo fornecedor.

Correta: No caso de vícios aparentes ou de fácil constatação, o prazo legal de noventa dias soma-se ao prazo de um ano e,

portanto, após seu decurso, o consumidor ainda terá 90 dias para reclamar dos defeitos de fabricação.

c) O prazo para Joana reclamar dos vícios do produto é de apenas noventa dias, a partir da entrega efetiva do produto,

independentemente de prazo de garantia.

Incorreta: O prazo de noventa dias previsto no CDC aplica-se no caso de vícios aparentes. Trata-se, outrossim, de um prazo

de garantia legal. No caso da questão, foi oferecido a Joana um prazo de garantia contratual de um ano. Portanto, este prazo

contratual não fica excluído pelo prazo legal que consta do CDC. Conforme já visto acima, os prazos se complementam, se

somam, correndo primeiro o contratual e, apenas em seguida, o legal.

d) A lei garante a Joana a possibilidade de reclamar de eventuais defeitos de fabricação a qualquer tempo, desde que

devidamente comprovados.

Incorreta: A lei não garante a possibilidade de reclamar de eventuais defeitos de fabricação a qualquer tempo. Até mesmo no

caso de vício oculto, a lei estabelece prazo. A diferença é que este prazo começa a correr a partir da constatação do vício.

11- Comentários:

a) O fornecedor de serviço responderá pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à

prestação dos serviços ou decorrentes de informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos somente se

comprovada a sua culpa.

Incorreta: O fornecedor de serviços responde, independentemente de culpa. Segundo o CDC:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados

aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas

sobre sua fruição e riscos.

b) A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais deve ser apurada independentemente da verificação de culpa.

Incorreta: No caso dos profissionais liberais é preciso apurar-se a culpa.

Art. 14, do CDC, § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.

c) O serviço é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.

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Incorreta: O serviço não é considerado defeituoso, conforme o CDC, pela adoção de novas técnicas.

Art. 14, § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.

d) O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, ou

quando provar que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste.

Correta: É exatamente o que estabelece o CDC:

Art. 14. § 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:

I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;

II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

12- Comentário:

a) Os serviços de proteção ao crédito e congêneres são considerados entidades que prestam serviços de caráter privado.

Incorreta: Segundo o CDC:

Art. 43, § 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção ao crédito e congêneres são

considerados entidades de caráter público.

b) O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá exigir imediata correção.

Correta: Dispõe o CDC que:

Art. 43. § 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua imediata

correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários das

informações incorretas.

c) O consumidor deverá ser informado verbalmente toda vez que ocorrer alteração de cadastro, ficha, registro e dados

pessoais e de consumo, relativos a seu nome, desde que não a tenha solicitado.

Incorreta: A comunicação deverá ser efetuada por escrito.

Art. 43. § 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao

consumidor, quando não solicitada por ele.

d) Somente poderão constar nos bancos de dados as informações negativas sobre consumidores relativas aos últimos dois

anos.

Incorreta: As informações negativas sobre os consumidores podem ser relativas aos últimos cinco anos.

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Art. 43. § 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil

compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a período superior a cinco anos.

13- Comentário:

a) Considera-se publicidade abusiva a comunicação de caráter publicitário inteiramente falsa que induza a erro.

Incorreta: a questão define publicidade enganosa. Segundo o CDC, publicidade abusiva é:

Art. 37, § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o

medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais,

ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.

b) O consumidor que receber produto em sua residência, mesmo sem solicitação, e não devolvê-lo, deve efetuar o

pagamento do respectivo preço.

Incorreta: O consumidor não será obrigado a efetuar o pagamento do produto enviado sem solicitação para sua residência.

Art. 39. Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese prevista no

inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento.

c) É lícito que o fabricante de produtos duráveis condicione o fornecimento de seus produtos à prestação de determinados

serviços.

Incorreta: A prática descrita no item “c” é vedada.

Vejamos a redação do CDC:

Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:(Redação dada pela Lei nº 8.884, de

11.6.1994)

I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem

justa causa, a limites quantitativos;

d) O consumidor tem o direito de receber o dobro do que tenha pago em excesso, acrescido de juros e correção monetária,

no caso de cobrança indevida, salvo hipótese de engano justificável.

Correta: É exatamente o que prevê o CDC:

Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo

de constrangimento ou ameaça.

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Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao

dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.

14- Comentário:

a) É direito do consumidor a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, o que inclui a

especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço e a explicitação dos riscos relacionados a

produtos e serviços.

Está de acordo com o CDC: Art. 6º São direitos básicos do consumidor: (...) III - a informação adequada e clara sobre os

diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço,

bem como sobre os riscos que apresentem; (...)

b) O consumidor tem direito à efetiva reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.

Está de acordo com o CDC: Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: (...) VI - a efetiva prevenção e reparação de danos

patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; (...)

c) É direito do consumidor a facilitação da defesa de seus direitos, incluindo-se a inversão do ônus da prova, a seu favor, no

processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando ele for hipossuficiente.

Está de acordo com o CDC:Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: (...) VIII - a facilitação da defesa de seus direitos,

inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação

ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; (...)

d) O consumidor tem direito à modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais, mas não

à revisão delas em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas.

NÃO está de acordo com o CDC: Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: (...) V - a modificação das cláusulas contratuais

que estabeleçam prestações desproporcionaisou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem

excessivamente onerosas; (...)

Comentário:

a) É permitida a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar.

Incorreta: Segundo o CDC:

Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista

nesta e nas seções anteriores.

b) Caso o vício do produto ou do serviço não seja sanado no prazo legal, pode o consumidor exigir o abatimento proporcional

do preço.

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Correta: Segundo o CDC:

Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de

qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o

valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem,

rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a

substituição das partes viciadas.

§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua

escolha:

I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;

II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

III - o abatimento proporcional do preço.

c) No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, mesmo se

identificado claramente o produtor.

Incorreta: Caso o produtor seja identificado, será ele o responsável, excluindo-se a responsabilidade do fornecedor imediato.

Art. 18. § 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o fornecedor imediato,

exceto quando identificado claramente seu produtor.

d) A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços o exime de

responsabilidade.

Incorreta: não há exclusão de responsabilidade nesse caso. Vejamos:

Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de

responsabilidade.

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