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www.evoluaambiental.com.br
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
II
PREFEITURA MUNICIPAL DE PRESIDENTE KENNEDY - ES
R. Átila Vivácquia, nº 79 - Centro
CEP: 29350 | CNPJ: 27.165.703/0001-26
Fone: (28) 3535-1900
Sítio: www.presidentekennedy.es.gov.br
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO – MÓDULOS LIMPEZA
URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DRENAGEM E MANEJO DE
ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
PRODUTO 4: DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO
DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
VOLUME 4
TOMO II
Versão 1
DEZEMBRO DE 2015
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
III
EMPRESA RESPONSÁVEL
EVOLUA AMBIENTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA
CNPJ 16.697.255/0001-95
END.: R. Foz do Iguaçu, nº 250
CEP 86061-000, Londrina – PR.
EQUIPE TÉCNICA
Nayla Motta Campos Libos
Eng. Sanitarista e Ambiental
CREA/SC 90377-1/D | V-PR 110861
Alcides Pascoal Junior
Engenheiro Ambiental
CREA/PR 108839/D
Marcelo Gonçalves
Geógrafo
CREA/PR 95232/D
Deise Beatriz Farias
Gestora de Finanças
CRA/PR 200469
Claudia Barboza Camilo
Estagiária em Arquitetura e Urbanismo
Thiago Henrique Silva
Desenhista Técnico
John L. Dantas Cruz
Estagiário em Arquitetura e Urbanismo
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
IV
ÍNDICE GERAL
Volume 1
PLANO DE TRABALHO
Volume 2
FORMAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO
Volume 3
PLANO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL
Volume 4
RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO
Volume 5
RELATÓRIO DO PROGNÓSTICO E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Volume 6
RELATÓRIO DOS MECANISMOS E PROCEDIMENTOS DO CONTROLE SOCIAL
E DOS INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DO PMSB
Volume 7
RELATÓRIO DOS PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
Volume 8
PLANO DE EXECUÇÃO
Volume 9
MINUTA DE PROJETO DE LEI DO PMSB
Volume 10
RELATÓRIO SOBRE INDICADORES DE DESEMPENHO DO PMSB
Volume 11
SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE SERVIÇO
Volume 12
RELATÓRIO MENSAL SIMPLIFICADO
Volume 13
RELATÓRIO FINAL DO PMSB
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
V
SUMÁRIO
1 SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ........................... 13
2 ANÁLISE CRÍTICA DO PLANO DIRETOR E LEGISLAÇÃO MUNICIPAL ............................. 15
3 SISTEMA DE MACRO E MICRO DRENAGEM ........................................................................ 21
COMPONENTES DO SISTEMA DE MACRODRENAGEM ........................................................ 21
SISTEMA DE MACRODRENAGEM ........................................................................................... 22
COMPONENTES DO SISTEMA DE MICRODRENAGEM ......................................................... 24
SISTEMA DE DRENAGEM URBANA ......................................................................................... 27
SISTEMA DE MANUNTENÇÃO DE REDE DA DRENAGEM URBANA .................................... 27
FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E NÍVEL DE ATUAÇÃO ................ 29
SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA E LIGAÇÕES CLANDESTINAS DE ESGOTAMENTO
SANITÁRIO ............................................................................................................................... 29
4 LACUNAS NO ATENDIMENTO PELO PODER PÚBLICO ...................................................... 30
RESPONSABILIDADES DO MUNICÍPIO ................................................................................... 30
5 SISTEMA DE DRENAGEM NATURAL ..................................................................................... 31
COEFICIENTE DE COMPACIDADE DA BACIA - KC ................................................................ 32
DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD ........................................................................... 33
RELAÇÃO DE RELEVO (M/KM) - RR ........................................................................................ 35
6 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS das BACIAS E MICRO-BACIAS URBANAS ......... 37
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO RIO PRETO ....................................... 38
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO CAETÉS ......................... 45
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO JORDÃO ........................ 52
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO SÃO BENTO .................. 59
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO BAIXO ITABAPOANA ........................ 66
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO MAROBÁ ....................... 74
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO DOS GALOS .................. 81
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO VALÃO SÃO PAULO ..... 88
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA RIO MUQUI DO NORTE .......................... 95
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO MANHÃES ................... 102
7 ANÁLISE DOS PROCESSOS EROSIVOS E SEDIMENTO LÓGICOS E SUA INFLUÊNCIA NA
DEGRADAÇÃO DAS BACIAS E RISCOS DE ENCHENTES, INUNDAÇÕES E
DESLIZAMENTOS DE TERRA. .............................................................................................. 109
8 CARACTERIZAÇÃO E INDICAÇÃO CARTOGRÁFICA DAS ÁREAS DE RISCO DE
ENCHENTES, INUNDAÇÕES, ESCORREGAMENTOS ........................................................ 116
ZONEAMENTO DE RISCOS DE ENCHENTES ....................................................................... 118
MAPEAMENTO DE ÁREA POTENCIAL COM RISCO A ENCHENTES NA SEDE URBANA . 120
9 ANÁLISE DE INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS RELACIONADOS AO SISTEMA DE
DRENAGEM URBANA ............................................................................................................ 124
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
VI
10 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 126
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
VII
LISTA DE FIGURAS
Figura 3.1 – Característica do leito do rio ............................................................................................. 21
Figura 3.2 – Centro de Presidente Kennedy inundada devidos as chuvas Dezembro de 2013 .......... 22
Figura 3.3 – Detalhe da área inundada próximo ao Ginásio de Esportes Eraldo de Lemos Corrêa .... 23
Figura 3.4 – Trecho da construção de galeria no Córrego da Batalha ................................................. 24
Figura 3.5 – Elementos da composição da microdrenagem urbana .................................................... 25
Figura 3.6 – Croqui de um sistema de microdrenagem urbana ............................................................ 25
Figura 3.7 – Modelo de Sarjetão ........................................................................................................... 26
Figura 3.8 – Boca de lobo guia ............................................................................................................. 26
Figura 3.9 – Boa de lobo com grelha .................................................................................................... 26
Figura 3.10 – Boca de lobo combinada ................................................................................................ 26
Figura 3.11 – Desobstrução de boca de lobo com grelha .................................................................... 28
Figura 3.12 – Limpeza interna de boca de lobo .................................................................................... 28
Figura 7.1 – Exemplos dos tipos de erosões encontrados no município............................................ 113
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
VIII
LISTA DE PRANCHAS
Prancha 1 – Relação de relevo da rede de drenagem ......................................................................... 36
Prancha 2 – Localização da Subbacia do Rio Preto ............................................................................. 40
Prancha 3 – Hidrografia da Subbacia do Rio Preto .............................................................................. 41
Prancha 4 – Gradiente de Energia ........................................................................................................ 42
Prancha 5 – Topografia ......................................................................................................................... 43
Prancha 6 – Percentual de Declividade ................................................................................................ 44
Prancha 7 – Localização da Subbacia do Córrego Caetés .................................................................. 47
Prancha 8 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Caetés .................................................................... 48
Prancha 9 – Gradiente de Energia ........................................................................................................ 49
Prancha 10 – Topografia ....................................................................................................................... 50
Prancha 11 – Percentual de Declividade .............................................................................................. 51
Prancha 12 – Localização da Subbacia do Córrego Jordão ................................................................. 54
Prancha 13 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Jordão .................................................................. 55
Prancha 14 – Gradiente de Energia ...................................................................................................... 56
Prancha 15 – Topografia ....................................................................................................................... 57
Prancha 16 – Percentual de Declividade .............................................................................................. 58
Prancha 17 – Localização da Subbacia do Córrego São Bento ........................................................... 61
Prancha 18 – Hidrografia da Subbacia do Córrego São bento ............................................................. 62
Prancha 19 – Gradiente de Energia ...................................................................................................... 63
Prancha 20 – Topografia ....................................................................................................................... 64
Prancha 21 – Percentual de Declividade .............................................................................................. 65
Prancha 22 – Localização da Subbacia do Baixo Itabapoana .............................................................. 69
Prancha 23 – Hidrografia da Subbacia do Baixo Itabapoana ............................................................... 70
Prancha 24 – Gradiente de Energia ...................................................................................................... 71
Prancha 25 – Topografia ....................................................................................................................... 72
Prancha 26 – Percentual de Declividade .............................................................................................. 73
Prancha 27 – Localização da Subbacia do Córrego Marobá ............................................................... 76
Prancha 28 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Marobá ................................................................. 77
Prancha 29 – Gradiente de Energia ...................................................................................................... 78
Prancha 30 – Topografia ....................................................................................................................... 79
Prancha 31 – Percentual de Declividade .............................................................................................. 80
Prancha 32 – Localização da Subbacia do Córrego dos Galos ........................................................... 83
Prancha 33 – Hidrografia da Subbacia do Córrego dos Galos ............................................................. 84
Prancha 34 – Gradiente de Energia ...................................................................................................... 85
Prancha 35 – Topografia ....................................................................................................................... 86
Prancha 36 – Percentual de Declividade .............................................................................................. 87
Prancha 37 – Localização da Subbacia do Córrego Valão São Paulo ................................................. 90
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
IX
Prancha 38 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Valão São Paulo .................................................. 91
Prancha 39 – Gradiente de Energia ...................................................................................................... 92
Prancha 40 – Topografia ....................................................................................................................... 93
Prancha 41 – Percentual de Declividade .............................................................................................. 94
Prancha 42 – Localização da Subbacia do Córrego Valão São Paulo ................................................. 97
Prancha 43 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Valão São Paulo .................................................. 98
Prancha 44 – Gradiente de Energia ...................................................................................................... 99
Prancha 45 – Topografia ..................................................................................................................... 100
Prancha 46 – Percentual de Declividade ............................................................................................ 101
Prancha 47 – Localização da Subbacia do Córrego Manhães ........................................................... 104
Prancha 48 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Manhães ............................................................ 105
Prancha 49 – Gradiente de Energia .................................................................................................... 106
Prancha 50 – Topografia ..................................................................................................................... 107
Prancha 51 – Percentual de Declividade ............................................................................................ 108
Prancha 52- Classificação dos processos erosivos na área urbanizada do município ...................... 115
Prancha 53 – Mapeamento de áreas com potencial alagável ............................................................ 117
Prancha 54 – Zonas de Risco a Enchentes e Alagamentos na Sede Municipal ................................ 122
Prancha 55 – Zonas de Risco a Enchentes e Alagamentos na Comunidade São Paulo .................. 123
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X
LISTA DE TABELAS
Tabela 5.1 - Coeficiente de Compacidade (Kc) das bacias do município de Presidente Kenedy ........ 32
Tabela 5.2 – Densidade de drenagem (Dd) das bacias do município de Presidente Kennedy ........... 34
Tabela 7.1 – Tipos de Movimentação de Solos .................................................................................. 110
Tabela 7.2 – Classificação do Grau de Risco ..................................................................................... 111
Tabela 8.1 – Localização dos pontos com potencial de alagamento ................................................. 116
Tabela 8.2 – Modelo de Cálculo de Grau de riso por cenários ........................................................... 120
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
XI
LISTA DE SIGLAS
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ONG Organização não Governamental
PDM Plano Diretor Municipal
SEMMA/PK Secretaria de Municipal de Meio Ambiente
SEMOB Secretaria de Obras e Serviços Públicos
IJSN Instituto Jones dos Santos Neves
INMA Instituto Estadual de Meio Ambiente
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13
1 SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
O comportamento do escoamento superficial direto sofre alterações
substanciais em decorrência do processo de urbanização de uma bacia,
principalmente como consequência da impermeabilização da superfície, o que produz
maiores picos e vazões.
Com isso, o crescimento urbano das cidades brasileiras tem provocado
impactos na população e no meio ambiente, surgindo um aumento na frequência e no
nível das inundações, prejudicando a qualidade da água, e aumento da presença de
materiais sólidos no escoamento pluvial. Isto ocorre pela falta de planejamento,
controle do uso do solo, ocupação de áreas de risco e sistemas de drenagem
ineficientes.
Com relação à drenagem urbana, pode-se dizer que existem duas condutas
que tendem a agravar ainda mais a situação (PMPA, 2005):
Os projetos de drenagem urbana têm como filosofia escoar a água precipitada
o mais rapidamente possível para jusante. Este critério aumenta em várias ordens de
magnitude a vazão máxima, a frequência e o nível de inundação de jusante.
As áreas ribeirinhas, que o rio utiliza durante os períodos chuvosos como zona
de passagem da inundação, têm sido ocupadas pela população com construções,
reduzindo a capacidade de escoamento. A ocupação destas áreas de risco resulta em
prejuízos evidentes quando o rio inunda seu leito maior.
O sistema tradicional de drenagem urbana pode ser considerado como
composto por dois sistemas distintos que devem ser planejados e projetados sob
critérios diferenciados: o Sistema Inicial de Drenagem, ou Microdrenagem, composto
pelos pavimentos das ruas, guias e sarjetas, bocas de lobo, rede de galerias de águas
pluviais e, também, canais de pequenas dimensões, dimensionado para o
escoamento de vazões de 2 a 10 anos de período de retorno; e o Sistema de
Macrodrenagem, constituídos, em geral, por canais (abertos ou de contorno fechado)
de maiores dimensões, projetados para vazões de 25 a 100 anos de período de
retorno. (PMSP, 1999).
Além desses dois sistemas tradicionais vem sendo difundido o uso de medidas
chamadas sustentáveis que buscam o controle do escoamento na fonte, através da
infiltração ou detenção no próprio lote ou loteamento do escoamento gerado pelas
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
14
superfícies impermeabilizadas, mantendo, assim, as condições naturais pré-
existentes de vazão para um determinado risco definido (ABRH, 1995; Tucci, 1995;
Porto & Barros, 1995).
Neste Plano, o componente, Drenagem e Manejo de Águas Pluviais, em sua
fase de diagnóstico, pretendem analisar o sistema de macrodrenagem e
microdrenagem, sua manutenção, planejamento e fiscalização em diversos níveis,
inclusive a correlação com o sistema de esgotamento sanitário, identificação dos
fundos de vale e microbacias, analisando sua capacidade e contribuição para o
sistema de microdrenagem.
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
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15
2 ANÁLISE CRÍTICA DO PLANO DIRETOR E LEGISLAÇÃO MUNICIPAL
Os sistemas de drenagem urbana e manejo de aguas pluviais devem ser
fundamentados na multiplicidade do planejamento urbano, levando se em conta,
planos, projetos, obras, legislação, etc.
Um sistema de drenagem urbana fundamenta-se nos seguintes itens: planos,
projetos, obras, legislação e medidas. É de fundamental importância que se leve em
consideração a legitimidade legal das ações ao sistema de drenagem urbana, é
imprescindível formulações de códigos, leis de regulamentação sobre edificações,
zoneamentos urbanos, uso de solo, loteamentos. Criar um sistema de fiscalização da
administração pública municipal nas áreas urbanizadas.
Ainda para o controle e prevenção a inundação é necessário o zoneamento
com as delimitações das áreas inundáveis, delimitação de áreas onde a ocupação
deve ser evitada, fixação de incentivos fiscais para que áreas inundáveis seja ociosas
(sem ocupação predial), obras de controle ou amortecimento de cheias, plano de
emergência contra inundações.
Existem políticas e leis federais que devem ser seguidas e que auxiliam o
município. A Lei Federal n° 6.766, de dezembro de 1979, dispõe sobre o parcelamento
do solo urbano, fator de grande importância para a drenagem urbana, além disso,
essa lei também dispõe das infraestruturas mínimas que devem ser exigidas em novos
loteamentos, inclusive os dispositivos de drenagem urbana.
O município possui um aparato legal bem construído, composto com várias leis
sancionadas no quesito de drenagem urbana e manejo de aguas pluviais no município
e possuindo dentro do Plano Diretor Municipal – PDM, normativas e diretrizes sobre o
mesmo tema.
O anteprojeto de Lei do PDM que Dispõe sobre a organização do espaço
territorial do Município de Presidente Kennedy, conforme determina o disposto no art.
182 da CRFB de 1988 e o art. 39 c/c arts. 40, 41, 42 do Estatuto da Cidade – Lei
10.257 de 2001, traz na Seção II – Da Política Ambiental, do Capítulo II – Das
Diretrizes do Plano Diretor Municipal de Presidente Kennedy, o seu art. 5 traz a
seguinte redação:
“XV - Controlar o uso e a ocupação de margens de cursos d’água, áreas
sujeitas à inundação, áreas de alta declividade e cabeceiras de drenagem.”
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
16
Ainda nesse tema encontramos na Subseção II – Zonas de Proteção Ambiental,
da Seção III – Do Zoneamento, encontrado no Capítulo IV – Do Ordenamento
Territorial, traz em seu art. 92 a seguinte definição:
“Art. 92. Ficam também identificados e declarados como Zonas de Preservação Ambiental 01: V - as margens de nascentes permanentes ou temporárias, incluindo os olhos d’água, seja qual for sua situação topográfica, num raio mínimo de 50m (cinquenta metros) de largura e a partir de sua margem, de tal forma que proteja, em cada caso, a bacia de drenagem contribuinte.
Esse dispositivo legal é de extrema importância, ao controlar o uso e ocupação
de áreas de preservação ambiental, evita-se o passivo de um desastre ambiental,
contendo assim danos humanos tanto quanto danos ambientais.
Outro ponto interessante presente no PDM, é a controle do parcelamento de
solo e seu uso, o Capítulo V – Do Parcelamento do Solo, Seção II – Do Loteamento,
prescrito na Subseção I – Dos Requisitos Urbanísticos para Loteamento:
“Art. 198. O parcelamento do solo para fins urbanos deverá atender quanto à
infraestrutura básica as seguintes exigências:
I - implantação da rede de abastecimento e distribuição de água, com
projeto aprovado pela concessionária responsável pelo serviço;
II - sistema de coleta, tratamento e disposição de esgotos sanitários e
industriais, com projeto aprovado pela concessionária responsável pelo
serviço;
III - implantação da rede de escoamento de águas pluviais.”
O planejamento prévio e estruturação dos serviços básicos de saneamento, é
item necessário ao se projetar um novo loteamento, definir os aparelhos da
infraestrutura urbana, permite a evolução e crescimento ordenado dos serviços
prestados, isso reflete no controle das redes que compõe o saneamento básico,
evitando problemas como a ligação cruzada, permite o controle da malha de rede
existente, permite a destinação adequada do esgoto coletado e o direcionamento das
aguas pluviais.
Ainda no quesito urbanização o PDM, recorre de dispositivos legais de controle
e efetividade do proposto no Art. 198, para fim de aprovação de um novo loteamento
deve obedecer os dispostos do Art. 206:
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
17
“Art. 206. A aprovação do projeto de loteamento será feita mediante
requerimento do proprietário, observadas as diretrizes urbanísticas e
ambientais fixadas, acompanhado dos seguintes documentos:
IX - projeto completo da rede de escoamento das águas pluviais, indicando e
detalhando o dimensionamento e o caimento de coletores, assim como o local
de lançamento.”
O PDM, abrange também a esfera industrial norteando o parcelamento e a
implantação de terrenos destinados a atividade industrial, no Art. 225.
Nos loteamentos de interesse social, que cabem ao poder público municipal,
com a parceria ou não da esfera Estadual e/ou da União, também são abordados e
impostos os requisitos mínimos para sua implantação no seguinte artigo:
“Art.236. A infraestrutura básica dos loteamentos de interesse social deverá
observar no mínimo os seguintes requisitos:
I – vias de circulação pavimentadas, meio fio e sarjeta;
II – soluções para a coleta e o escoamento das águas pluviais podendo-se
aceitar soluções alternativas, de baixo custo, desde que aprovadas e
licenciadas pelos órgãos ambientais competentes;
III – rede de abastecimento de água potável;
IV – soluções para esgotamento sanitário podendo-se aceitar soluções
alternativas, de baixo custo, desde que aprovadas e licenciadas pelos órgãos
ambientais competentes;
V – rede de energia elétrica domiciliar e de iluminação pública.
Ainda sobre lotes de interesse social, o Art. 242 define como um dos elementos
do planejamento dessas áreas no inciso V a obrigatoriedade de anteprojeto do
sistema de águas pluviais, com a indicação do local de disposição.
O PDM contempla um sistema de fiscalização no Capitulo VII – Da
Fiscalização, Notificação, Vistoria e do Alvará de Conclusão de Obras, o Art. 257
define a fiscalização da implantação de projetos de uso e parcelamento de solo,
competindo a esfera Municipal o exercício da fiscalização, inclusive sobre a
implantação de sistema de drenagem urbana.
O município conta também com uma série de leis que abordam o tema aqui
recorrente. Na Lei Orgânica Municipal na Seção II – Da Política Habitacional, define
diretrizes básicas para o desenvolvimento urbano e melhoria da infraestrutura no
Artigo:
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
18
“Art. 114. A política habitacional deverá compatibilizar-se com as diretrizes do
plano estadual de desenvolvimento e com a política de desenvolvimento
urbano, e terá por objetivo a redução do "déficit" habitacional, a melhoria das
condições de infraestrutura atendendo, prioritariamente, à população de
baixa renda.
Parágrafo único. Na promoção da política habitacional incumbe ao Município garantir o acesso à moradia digna para todos assegurados: III - implantação de unidades habitacionais com dimensões adequadas e com padrões sanitários mínimos de abastecimento de água potável, de esgotamento sanitário, de drenagem, de limpeza urbana, de destinação final de resíduos sólidos, de obras de contenção em áreas com risco de
desabamento.”
A Lei Orgânica trata também sobre o tema de saneamento básico na seção III,
definindo as obrigações do município na prestação de serviços.
“Art. 120. A política e as ações de saneamento básico são de natureza pública, competindo ao Município com a assistência técnica e financeira do Estado, a execução, a oferta, a manutenção e o controle de qualidade dos serviços dela decorrentes. § 1º. Constitui-se direito de todos o recebimento de serviços de saneamento básico. § 2º. A política de saneamento básico do Município, respeitadas as diretrizes do Estado e da União, garantirá: I - fornecimento de água potável às cidades, vilas e povoados; II - instituição, manutenção e controle de sistemas: a) de coleta, tratamento e disposições de esgoto sanitário e domiciliar; b) de limpeza pública, de coleta e disposição adequada do lixo domiciliar, industrial e hospitalar; c) de coleta, disposição e drenagem de águas pluviais.”
A Lei Orgânica municipal evidência a responsabilidade e a obrigatoriedade do
Município na prestação dos serviços básicos de saneamento, destacando-se sobre a
infraestrutura urbana, que devem garantir os recursos mínimos necessários de
saneamento, ficando a cargo da prefeitura garantir a ocorrência efetiva desses
serviços.
Outro grande ponto positivo do município é a Lei nº 114, de 20 de Agosto de
1985, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano no município, incluso no
Capitulo III - Dos Requisitos Urbanísticos para Loteamento e Desmembramento,
temos no artigo 7º desta lei, inciso IV os equipamentos mínimos necessários para a
implantação de loteamentos, que inclui no item a – obras de escoamento de águas
pluviais. A lei de uso e parcelamento do solo ainda traz definições para condomínios
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
19
de unidades autônomas, normalizando as responsabilidades e obrigações dessas
instituições, o artigo 33 desta lei, dispõe sobre a os equipamentos necessários, entre
eles rede de drenagem pluvial:
“Art. 33. Na instituição de condomínios por unidades autônomas é obrigatória a instalação de redes e equipamentos para o abastecimento de água potável, energia elétrica e iluminação das vias condominiais, redes de drenagem pluvial, sistema de coleta, tratamento e disposição de esgotos sanitários e obras de pavimentação e tratamento das águas de uso comum.”
Ainda no processo de aprovação para condomínios de unidades autônomas,
só podem ser aprovadas perante o cumprimento do Artigo 64, o inciso IV deste artigo
coloca a necessidade do proponente a expor para critérios de aprovação os projetos
das redes de drenagem pluvial.
A Lei nº 530, de 26 de julho de 1999, institui o código de vigilância à saúde do
município de Presidente Kennedy, dispõe sobre os direitos e obrigações que se
relacionam à saúde e bem estar individual e coletivo dos seus habitantes, sobre o
sistema único de saúde e aprova normas sobre promoção, proteção e recuperação
da saúde, dentre as propostas relaciona as questões de saneamento e saúde pública,
haja visto que, são temas intrinsecamente ligados, em seu artigo 83 traz a seguinte
redação:
“Art. 83. É proibido introdução direta ou indireta de esgotos sanitários e outras águas residuais nas vias públicas e ou galerias de águas pluviais, assim como é proibida a introdução diretas ou indiretas de águas pluviais em canalizações de esgotos sanitários.”
Reforçando esse disposto a Lei nº 681, de 30 de dezembro de 2005, que dispõe
sobre o código sanitário do município em seu artigo 89.
O município também conta com um Plano de Contingencia, aprovado pelo
decreto nº 1, de 07 de janeiro de 2014, esse plano traz uma série de ações para
respostas de situações de estado crítico relacionado as fortes chuvas, este plano tem
como objetivos:
I - Determinar a estrutura operacional e medidas de prevenção, alerta e
emergência para situações de calamidade total ou parcial, acarretadas pelos
desastres. Restabelecendo a normalidade no menor prazo possível, principalmente
os serviços públicos essenciais, reabilitando os cenários atingidos pelos desastres;
II - Envolver os mais diversos Órgãos Públicos: Municipais, Estaduais e
Federais, do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC) e os mais
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
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diversos segmentos da sociedade organizada e das comunidades, por exemplo,
Associação de Moradores, ONG’s, Igrejas, dentre outros;
III - Focar as ações de prevenção e socorro para as áreas consideradas
vulneráveis ao desastre, principalmente, relacionados com os efeitos naturais (chuvas
prolongadas ou súbitas, enxurradas, chuvas de granizo, vendavais e estiagem no
intuito de melhor controlar e empregar os recursos disponíveis dos órgãos
competentes, visando reduzir a vulnerabilidade, evitando danos humanos.
Essas medidas são de fundamental importância para a proatividade das ações
em resposta as calamidades causadas pelas chuvas, planejando as ações da cada
órgão municipal afim da proteção da vida humana.
O plano é dividido em 3 etapas:
Prevenção: Períodos de normalidade, preparo de medidas que previnam
possíveis incidentes;
Alerta: É acionado esta etapa em casa de acidente, a Coordenadoria de
Defesa Civil determina este acionamento, assim, a Coordenadoria de
Defesa Civil, fica responsável por colocar em prática as diretrizes do
plano colocando as demais secretarias em estado de alerta;
Emergência: Nesta etapa, as adversidades temporais, seja de chuvas
intensas, secas, incêndios, e quaisquer variáveis climáticas, as equipes
ordenadas pela Coordenadoria de Defesa Civil, deverão percorrer os
locais atingidos, para que constate quais os problemas que estão
ocorrendo atuando prontamente no socorro, e dando conhecimento, com
a máxima urgência.
O Município possui uma série de leis que dispõe sobre a drenagem urbana,
isso é um avanço e um indício da preocupação com o sistema de drenagem urbana e
o manejo de águas pluviais, sendo fundamental para o planejamento do setor,
possibilitando legitimidade legal nas ações e dando lastro à evolução das políticas do
tema referido.
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
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3 SISTEMA DE MACRO E MICRO DRENAGEM
Os sistemas de drenagem urbana devem ser planejados alinhados ao
planejamento urbano, isso evita a construção de um sistema de alto custo e deficiente,
incapaz de suprir a realidade e as necessidades do Município.
Na maioria dos casos, o mau funcionamento dos sistemas de drenagem urbana
é a principal causa de inundações. As enchentes urbanas são problemas recorrentes
nas cidades brasileiras, isto ocorre principalmente, pela má gerencia do planejamento
da drenagem e a aplicação equivocada dos projetos de engenharia, isso reflete sobre
a gestão, gerando sistemas deficiente intrinsecamente ligados a falta de mecanismos,
legais e administrativos, de controle da ampliação das cheias devido a urbanização
das cidades sem o devido planejamento (Tucci et al., 1995).
COMPONENTES DO SISTEMA DE MACRODRENAGEM
A macrodrenagem envolve os sistemas coletores de diferentes sistemas de
microdrenagem. Quando é mencionado o sistema de macrodrenagem, as áreas
envolvidas são de pelo menos 2 km² ou 200 ha. Estes valores não devem ser tomados
como absolutos porque a malha urbana pode possuir as mais diferentes
configurações. O sistema de macrodrenagem deve ser projetado com capacidade
superior ao de microdrenagem, com riscos de acordo com os prejuízos humanos e
materiais potenciais (PMPA, 2005).
Os rios geralmente possuem dois leitos: o leito menor, onde a água escoa na
maior parte do tempo; e o leito maior, que pode ser inundado de acordo com a
intensidade das chuvas. O impacto devido à inundação ocorre quando a população
ocupa o leito maior do rio, ficando sujeita a enchentes (PMPA, 2005), a Figura 3.1.
Figura 3.1 – Característica do leito do rio
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SISTEMA DE MACRODRENAGEM
Pela configuração da drenagem natural e pela pouca área urbanizada, o
sistema de macrodrenagem ainda conserva, na maior parte dos rios, as configurações
originais de leitos, ou seja, não existem grandes canais de escoamento.
Devido a permeabilização, a baixa cota encontrada, aliada a ocupação do leito
maior, a não existência de zonas de amortecimento de cheias, o município de
Presidente Kennedy sofreu diversas vezes com inundações, como pode ser
observado Figura 3.2.
Figura 3.2 – Centro de Presidente Kennedy inundada devidos as chuvas Dezembro de 2013
Fonte: Portal São Francisco de Itabapoana, 2015
A Figura 3.3 detalha a área inundada próximo ao ginásio de Esportes Eraldo
Lemos Corrêa.
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Figura 3.3 – Detalhe da área inundada próximo ao Ginásio de Esportes Eraldo de Lemos Corrêa
Fonte: Portal São Francisco de Itabapoana, 2015.
No detalhe da imagem podemos observar o curso natural do Córrego da
Batalha e seu leito menor, o ginásio de esportes foi construído sobre a linha do leito
natural, configurando problemas de planejamento na urbanização ao longo deste
córrego.
Para reverter essa situação a prefeitura municipal através de sua Secretaria de
Obras e Serviços Públicos, segundo informações do portal de notícias oficiais da
Prefeitura Municipal (http://presidentekennedy.es.gov.br/noticia/843/PavimentaA-A-o-
e-drenagem-em-fase-de-conclusA-o.html), publicado no dia 03 de Novembro de 2015,
colocou em pratica a canalização do Córrego da Batalha, a primeira etapa é a
construção de 260 metros de galeria. Podemos ver o trecho em construção na Figura
3.4.
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Figura 3.4 – Trecho da construção de galeria no Córrego da Batalha
Fonte: Prefeitura Municipal de Presidente Kennedy, 2015.
COMPONENTES DO SISTEMA DE MICRODRENAGEM
De acordo com as Diretrizes Básicas para Projetos de Drenagem Urbana do
Município de São Paulo (PMSP, 1999), a microdrenagem urbana é definida pelo
sistema de condutos pluviais em nível de loteamento ou de rede primária urbana.
O dimensionamento de uma rede de águas pluviais é baseado nas etapas de
subdivisão da área e traçado, determinação das vazões que afluem à rede de
condutos, dimensionamento da rede de condutos e dimensionamento das medidas de
controle (PMPA, 2005).
O sistema de drenagem é composto de uma série de unidades e dispositivos
hidráulicos com terminologia própria e cujos elementos mais frequentes são assim
conceituados (Fernandes, 2002):
Greide - é uma linha do perfil correspondente ao eixo longitudinal da
superfície livre da via pública;
Guia - também conhecida como meio-fio, é a faixa longitudinal de
separação do passeio com o leito viário, constituindo-se geralmente de
concreto argamassado, ou concreto extrusado e sua face superior no
mesmo nível da calçada;
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Sarjeta - é o canal longitudinal, em geral triangular, situado entre a guia
e a pista de rolamento, destinado a coletar e conduzir as águas de
escoamento superficial até os pontos de coleta.
Figura 3.5 – Elementos da composição da microdrenagem urbana
A composição do sistema de microdrenagem e seus elementos
fundamentais podem ser observadas na Figura 3.6.
Figura 3.6 – Croqui de um sistema de microdrenagem urbana
Esses elementos são fundamentais para a composição eficaz do sistema de
drenagem, segue abaixo a sua descrição simplificada.
Sarjetões - canal de seção triangular situado nos pontos baixos ou nos
encontros dos leitos viários das vias públicas destinados a conectar
sarjetas ou encaminhar efluentes destas para os pontos de coleta;
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Figura 3.7 – Modelo de Sarjetão
Bocas coletoras - também denominadas de bocas de lobo, são
estruturas hidráulicas para captação das águas superficiais
transportadas pelas sarjetas e sarjetões; em geral situam-se sob o
passeio ou sob a sarjeta;
Figura 3.8 – Boca de lobo guia
Figura 3.9 – Boa de lobo com grelha
Figura 3.10 – Boca de lobo combinada
Galerias - são condutos destinados ao transporte das águas captadas
nas bocas coletoras e ligações privadas até os pontos de lançamento ou
nos emissários, com diâmetro mínimo de 0,40 m;
Condutos de ligação - também denominados de tubulações de ligação,
são destinados ao transporte da água coletada nas bocas coletoras até
as caixas de ligação ou poço de visita;
Poços de visita e ou de queda - são câmaras visitáveis situadas em
pontos previamente determinados, destinadas a permitir a inspeção e
limpeza dos condutos subterrâneos;
Trecho de galeria - é a parte da galeria situada entre dois poços de visita
consecutivos;
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Caixas de ligação - também denominadas de caixas mortas, são caixas
de alvenaria subterrâneas não visitáveis, com finalidade de reunir
condutos de ligação ou estes à galeria;
Emissários - sistema de condução das águas pluviais das galerias até o
ponto de lançamento;
Dissipadores - são estruturas ou sistemas com a finalidade de reduzir ou
controlar a energia no escoamento das águas pluviais, como forma de
controlar seus efeitos e o processo erosivo que provocam;
Bacias de drenagem - é a área abrangente de determinado sistema de
drenagem.
SISTEMA DE DRENAGEM URBANA
O município não conta com o sistema de drenagem urbana cadastrado, não há
nas bases existentes disponibilizadas a rede existente, bem como os componentes
da microdrenagem, indicando que a priori o sistema foi construído conforme demanda
necessária da infraestrutura de pavimentação realizada no município.
Entretanto a município possui elaborado o projeto executivo do sistema de
drenagem de águas pluviais, elaborado em 2009. Ele contempla toda a área
urbanizada da sede municipal, com todos os componentes e a infraestrutura
necessária para o escoamento das águas pluviais.
Segundo o portal de notícias do sitio oficial da Prefeitura Municipal
(<http://presidentekennedy.es.gov.br/documento.html?id=429>), está disponível o
edital de Concorrência Pública nº CP 21/2015, com data de abertura aos 12 dias de
janeiro de 2016, tendo como como objeto a contratação de empresa para execução
da pavimentação, drenagem, esgotamento sanitário, iluminação pública, passeios,
ciclovia e paisagismo da avenida Orestes Baiense e suas respectivas travessas, na
sede deste município.
SISTEMA DE MANUNTENÇÃO DE REDE DA DRENAGEM URBANA
O município possui uma equipe responsável pela limpeza e manutenção das
vias urbanas, coordenada pela secretaria de obras que é responsável por dentre os
demais serviços a desobstrução de bueiros e bocas de lobo, colo pode ser observado
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na Figura 3.11 e Figura 3.12. Outro trabalho realizado também pela equipe de limpeza
urbana é a limpeza da rede de drenagem superficial.
Figura 3.11 – Desobstrução de boca de lobo com grelha
Figura 3.12 – Limpeza interna de boca de lobo
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FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E NÍVEL DE
ATUAÇÃO
O município não possui setor especifico de fiscalização do sistema de
drenagem urbana, entretanto a SEMOB - Secretaria de Obras e Serviços Públicos,
possui em sua estrutura administrativa uma coordenação de fiscalização, que fica
responsável por fiscalizar e acompanhar todas as obras e projetos desenvolvidos pela
SEMOB, bem como a manutenção dos equipamentos públicos municipais.
SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA E LIGAÇÕES CLANDESTINAS DE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
A ligação cruzada ocorre quando há o lançamento de agua proveniente da
chuva na rede de esgotamento sanitário, e quando ocorre o lançamento de esgoto na
rede de drenagem urbana. As duas formas de cruzamento das redes são prejudiciais
ao meio ambiente.
Ás aguas de chuvas lançadas de forma irregular na rede de esgotamento pode
causar o extravasamento do efluente, movendo os tampões causando acidentes e
ainda espalhar esgoto nas vias urbanas causando mal cheiro, além disso essas
ligações prejudicam de forma excessiva o funcionamento e qualidade do tratamento
dos esgotos na Estação de Tratamento, encarecendo o preço do tratamento.
Em contrapartida a ligação do esgotamento na rede de drenagem urbana pode
acarretar enormes prejuízos ao meio ambiente, pois, o efluente acaba desaguando
diretamente no corpo hídrico sem nenhum tratamento prévio, contaminando o
manancial e com o mesmo potencial contaminante podendo disseminar diversas
doenças. O esgoto doméstico possui alto nível de acidez e ao longo do tempo pode
corroer a galaria de concreto da drenagem urbana causando enormes problemas.
Outro agravante é o potencial de contaminação.
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4 LACUNAS NO ATENDIMENTO PELO PODER PÚBLICO
RESPONSABILIDADES DO MUNICÍPIO
A responsabilidade do sistema de drenagem urbana e manejo de águas pluviais
em Presidente Kennedy é de forma compartilhada entre as secretarias de obras e
serviços públicos – SEMOB e a Secretaria de Municipal de Meio Ambiente –
SEMMA/PK, usando a suas estruturas administrativas para delegar ações as
atividades necessárias para o devido funcionamento do sistema de drenagem
implantado.
Sendo assim a SEMOB, tem como dever e responsabilidade a contratação,
controle e fiscalização de obras públicas de drenagem urbana, promover e garantir a
execução direta ou indiretamente dos serviços de construção de obras, bem como a
reforma do sistema implantado havendo necessidade.
A SEMMA/PK atua paralelamente as atividades de contingência da
problemática ambiental, como a divulgação de importância da destinação coleta dos
resíduos gerados, evitando assim que esses fiquem no logradouro e entupam o
sistema de drenagem urbana, bem como a correta destinação dos efluentes de esgoto
gerados, mitigando a existência de ligações cruzadas, evitando a contaminação dos
corpos hídricos que receberão as aguas pluviais da rede de drenagem.
Essas secretarias e as demais envolvidas atuam também no Plano de
Contingência do Município de Presidente Kennedy para Situações de Prevenção,
Alerta e Emergência.
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5 SISTEMA DE DRENAGEM NATURAL
A topografia do município é constituída por planície flúvio-marinha adentrando
o vale do Rio Itabapoana, que possui relevo bastante regular, modelado em rochas
areno-argilosas do grupo Barreiras, constituindo os tabuleiros e por superfície
onduladas, modelada em rochas cristalinas. Ambientes de terrenos sedimentares, o
escoamento superficial das drenagens principais, ou seja, os rios perenes exibem um
padrão em forma de dendrítica, com direção principal SW-SE e N-S. Já seus
tributários, comumente estreitos, adquirem direções SE-NW e W-E
As bacias subbacias do município foram determinadas utilizando as octobacias
de nível 6 disponibilizados pelo IJSN – Instituto Jones dos Santos Neves e INMA –
Instituto Estadual de Meio Ambiente. Presidente Kennedy possui 10 subbacias
principais, sendo que a subbacia Marobá abrange a maior parcela urbanizada no
município.
Alguns padrões existentes na drenagem natural podem ser responsáveis por
problemas de ordem hidrológica, em especial na ocorrência de enchentes e
inundações, por isso a importância em analisa-los, mesmo em municípios que não
apresentam tais ocorrências.
Estes parâmetros foram analisados para as bacias com rios de maior ordem
encontrados em Presidente Kennedy por questões metodológicas, pois, é a partir de
bacias hidrográficas de maior ordem que o estudo dos parâmetros morfométricos e
tratamentos estatísticos se fazem convenientes (Canali, 1986).
Para a determinação destes parâmetros morfométricos da rede de drenagem
seguiu-se a metodologia proposta por Horton (1945) e aplicada segundo as condições
ambientais e físicas do Brasil por Villela & Mattos (1975) e Christofoletti (1980). Todos
os dados secundários foram hospedados em ambiente SIG onde foram feitos os
cálculos através de ferramentas estatísticas e de geoprocessamento, utilizando os
softwares ESRI® ArcMap™ 10.1 e Microsoft® Excel.
Os fatores analisados foram: coeficiente de compacidade ou forma da bacia;
densidade de drenagem, e; relação de relevo.
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COEFICIENTE DE COMPACIDADE DA BACIA - KC
É a relação entre o perímetro da bacia e a √ da área da bacia, este coeficiente
determina a distribuição do deflúvio ao longo dos cursos d’água e é em parte
responsável pelas características das enchentes, ou seja, quanto mais próximo do
índice de referência que designa uma bacia de forma circular, mais sujeita a enchentes
será a bacia. É obtido pela fórmula:
𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃
√𝐴
Onde:
𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;
𝐾𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.
Pelos índices de referência, 1,0 indica que a forma da bacia é circular e 1,8
indica que a forma da bacia é alongada. Quanto mais próximo de 1,0 for o valor deste
coeficiente, mais acentuada será a tendência para maiores enchentes. Isto porque em
bacias circulares o escoamento será mais rápido, pois a bacia descarregará seu
deflúvio direto com maior rapidez produzindo picos de enchente de maiores
magnitudes. Já nas bacias alongadas o escoamento será mais lento e a capacidade
de armazenamento maior.
Tabela 5.1 - Coeficiente de Compacidade (Kc) das bacias do município de Presidente Kenedy
SUB-BACIA (Nome do Rio Principal)
PERÍMETRO (km)
ÁREA (km²) (Kc) FORMA
Córrego Valão São Paulo 43,5 53,6 1,7 Circular
Rio Muqui do Norte 46,0 37,8 2,1 Alongada
Córrego Manhães 44,3 72,7 1,5 Circular
Córrego dos Galos 107,8 174,2 2,3 Alongada
Baixo Itabapoana 40,5 44,5 1,7 Circular
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Córrego Morobá 68,9 131,8 1,7 Circular
Córrego São Bento 51,4 50,1 2,0 Alongada
Córrego Jordão 27,0 24,9 1,5 Circular
Córrego dos Caetés 44,5 42,2 1,9 Alongada
Rio Preto 93,1 233,9 1,7 Circular
De acordo com a
Tabela 5.2, o coeficiente de compacidade, que aponta a forma da bacia e sua
maior probabilidade de ocorrência de enchentes, as bacias presentes no município
devido suas características geomorfológicas, a baixa ocupação, a presença de uma
grande rede de drenagem natural, possui um coeficiente de compacidade, com
valores bons quando comparados com o índice de referência, a subbacia que
apresentou valores tendendo ao formato circular, isto é, com o coeficiente apontando
para a suscetibilidade de alagamento foi a subbacia do Córrego Jordão, entretanto o
município tem uma configuração topográfica que favorece o acumulo de água em suas
planícies alagáveis, onde a ocupação deve ser planejada.
DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD
É a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia. É obtido pela
fórmula:
𝐷𝑑 = 𝐿𝑡
𝐴
Onde:
𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;
𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).
Segundo Villela & Mattos (1975), o índice varia de 0,5 km/km², para bacias com
pouca capacidade de drenagem, até 3,5 km/km² ou mais, para bacias
excepcionalmente bem drenadas.
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Este índice considerado importante, pois reflete a influência da geologia,
topografia, vegetação e solos de uma bacia hidrográfica e está relacionado, com o
tempo gasto para o escoamento superficial da bacia (Horton 1945). Quanto maior a
densidade de drenagem maior a capacidade da bacia de fazer escoamentos rápidos
no exutório. A Classificação do índice pode é definido assim:
Bacias com drenagem pobre → Dd < 0,5 km/km2
Bacias com drenagem regular → 0,5 ≤ Dd < 1,5 km/km2
Bacias com drenagem boa → 1,5 ≤ Dd < 2,5 km/km2
Bacias com drenagem muito boa → 2,5 ≤ Dd < 3,5 km/km2
Bacias excepcionalmente bem drenadas → Dd ≥ 3,5 km/km2
Tabela 5.2 – Densidade de drenagem (Dd) das bacias do município de Presidente Kennedy
SUB-BACIA Lt = Comprimento dos
canais (km); Área (km²)
Densidade de Drenagem (Dd) - km/km²
Valão São Paulo 106,0 53,6 1,98 Rio Muqui do Norte 69,2 37,8 1,83
Córrego Manhães 119,7 72,7 1,6 Córrego dos Galos 308,0 174,2 1,77
Baixo Itabapoana 31,8 44,5 0,72 Córrego Morobá 269,8 131,8 2,05
Córrego São Bento 122,9 50,1 2,45 Córrego Jordão 48,1 24,9 1,93
Córrego dos Caetés 90,8 42,2 2,15 Rio Preto 500,5 233,9 2,14
Observa-se na
Tabela 5.2, que a bacia do Córrego Caetés, seguido do Rio Preto, possuem as
maiores densidades de drenagem, enquanto que o Baixo Itabapoana possui a menor
densidade entre as bacias analisadas.
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RELAÇÃO DE RELEVO (M/KM) - RR
É a relação entre a altura da bacia e a maior extensão da referida bacia medida
paralelamente ao rio principal. Esta relação indica a energia dos rios nas encostas,
quanto maior a energia maior o aprofundamento do leito e quanto menor a energia
maior a acumulação de materiais no fundo. É obtido pela fórmula:
𝑅ℎ = 𝐻𝑏
𝐿𝑏
Onde
𝑅𝑟 = 𝑅𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑙𝑒𝑣𝑜 (𝑚/𝑘𝑚);
𝐻𝑏 = 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑚);
𝐿𝑏 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚).
Este gradiente também pode ser expresso em porcentagem (%) – 𝑅𝑟 =
𝐻𝑏 / 𝐿𝑏 ∗ 100
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Prancha 1 – Relação de relevo da rede de drenagem
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6 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DAS BACIAS E MICRO-BACIAS
URBANAS
Para a diferenciação das características morfológicas das bacias hidrográficas
foram consideradas a hidrografia, topografia, declividade percentual e gradiente de
energia da rede de drenagem natural pelo cálculo de relação de relevo, para cada
uma das classificações elaborou-se uma prancha no Formato A4, a identificação das
pranchas estão disposta no campa da folha da prancha, definida pela sigla
PMSB(Plano Municipal de Saneamento Básico)-DGN(Diagnóstico)-DRE(Drenagem)-
CMB(Características Morfológica das bacias), seguida da sequência numeral de
elaboração. A sequência das bacias alvo do estudo, segue assim:
Subbacia Hidrográfica do Rio Preto,
Subbacia Hidrográfica do Córrego Caetés;
Subbacia Hidrográfica do Córrego Jordão;
Subbacia Hidrográfica do Córrego São Bento;
Subbacia Hidrográfica do Baixo Itabapoana;
Subbacia Hidrográfica do Córrego Morobá;
Subbacia Hidrográfica do Córrego dos Galos;
Subbacia Hidrográfica do Córrego Valão São Paulo
Subbacia Hidrográfica do Rio Muqui do Norte; e
Subbacia Hidrográfica do Córrego Manhães.
Para efeito de estudo calculou-se o coeficiente de compacidade da bacia – Kc,
densidade de drenagem, relação de relevo (m/km) – Rr, altura máxima, altura média
e altura mínima, sendo feito de forma individual para cada uma das dez bacias
hidrográficas do município.
As subbacias do município foram determinadas utilizando as octobacias de
nível 6 disponibilizados pelo IJSN – Instituto Jones dos Santos Neves e INMA –
Instituto Estadual de Meio Ambiente, a bacia do córrego do Córrego dos Galos, teve
seu perímetro ajustado, senda a única bacia não possuindo a classificação do padrão
das octobacias disponibilizadas.
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CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO RIO PRETO
Localizado ao extremo oeste de Presidente Kennedy, cerca de 60% da área da
bacia está dentro do território de Mimoso do Sul, essa subbacia hidrografia tem uma
área de aproximadamente 233,9 km², conforme Prancha 2 - Folha - PMSB-DGN-DRE-
CMB- 001.
Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de
aproximadamente 500 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica em
estudo é do tipo dendrítica ou dendróide.
O domínio geomorfológico é definido como sendo de Planaltos Rebaixados
Litorâneos, é classificado como planícies e terraços de baixa declividade, com
depósitos horizontais de ambientes marinhos e fluviomarinhos, sentido interior do
continente, devido a bacia possui região pantanosa com potencial inundável,
abrangendo uma área de aproximadamente 5,5 km² (Prancha 3 - Folha - PMSB-DGN-
DRE-CMB- 002).
O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao
longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a
circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para
a subbacia referida o valor obtido foi de 1.7, ao comparar com o índice de referência
vemos que a bacia possui comportamento alongado, com característica boas de
drenagem. Assim calculou-se:
𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃
√𝐴 = 𝐾𝑐 =
0,28 ∗ 93,1
√233,9= 𝟏, 𝟕
Onde:
𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;
𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.
Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,
definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do
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sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 2.1, conforme a
classificação apresentada no item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD,
a bacia possui boa drenagem, o valor foi obtido pela fórmula:
𝐷𝑑 = 𝐿𝑡
𝐴 = 𝐷𝑑 =
500,5
233,9= 2,1 𝑘𝑚²
Onde:
𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;
𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).
Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de
relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção
desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a
visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o
resultado pode ser observado na Prancha 4 - Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 003.
A bacia possui uma altitude máxima de 1.170 metros de Altitude ao norte,
devido a Serra das Torres, decaindo a cota mínima de 1 metro ao sul, nas regiões
pantanosas, de potencial alagáveis (Prancha 5 - Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 004).
Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando
a Prancha 6 - Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 005, a declividade ao longo da calha
do rio principal possui uma porcentagem de 0 a 3 %, classificado como plano, as
planícies variam de 3 a 45%, sendo classificadas como de suave ondulado a forte
ondulado, tendo como característica de montanhoso a escarpado ao norte variando a
declividade de 45 a >75%.
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40
Prancha 2 – Localização da Subbacia do Rio Preto
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 001
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41
Prancha 3 – Hidrografia da Subbacia do Rio Preto
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 002
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42
Prancha 4 – Gradiente de Energia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 003
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43
Prancha 5 – Topografia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 004
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44
Prancha 6 – Percentual de Declividade
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 005
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45
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO CAETÉS
A subbacia hidrográfica tem uma área de aproximadamente 42,2 km², conforme
Prancha 7-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 006.
Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de
aproximadamente 90 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica é do
tipo dendrítica ou dendróide.
O domínio geomorfológico é definido como sendo de Planaltos Rebaixados
Litorâneos, é classificado como planícies e terraços de baixa declividade a bacia
possui região pantanosa com potencial inundável na calha do rio principal,
abrangendo uma área de aproximadamente 3,4 km² (Prancha 8-Folha - PMSB-DGN-
DRE-CMB- 007).
O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao
longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a
circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para
a subbacia referida o valor obtido foi de 1.9, ao comparar com o índice de referência
vemos que a bacia possui comportamento alongado, com característica boas de
drenagem. Assim calculou-se:
𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃
√𝐴 = 𝐾𝑐 =
0,28 ∗ 44,5
√42,2= 𝟏, 𝟗
Onde:
𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;
𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.
Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,
definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do
sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 2.1, conforme a
classificação apresentada no item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD,
a bacia possui boa drenagem, o valor foi obtido pela fórmula:
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46
𝐷𝑑 = 𝐿𝑡
𝐴 = 𝐷𝑑 =
90,8
42,2= 2,1 𝑘𝑚²
Onde:
𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;
𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).
Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de
relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção
desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a
visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o
resultado pode ser observado na Prancha 9-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 008.
A bacia possui uma altitude máxima de 150 metros de Altitude ao norte,
decaindo a cota mínima de 1 metro ao sul, nas regiões pantanosas, de potencial
alagáveis na calha do rio principal (Prancha 10-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 009).
Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando
a Prancha 11-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 010, a declividade ao longo da calha
do rio principal possui uma porcentagem de 0 a 3 %, o restante do território da bacia
possui declividade variando de 3 a 20 %, sendo classificado como de suave ondulado
a ondulado.
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47
Prancha 7 – Localização da Subbacia do Córrego Caetés
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 006
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48
Prancha 8 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Caetés
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 007
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49
Prancha 9 – Gradiente de Energia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 008
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50
Prancha 10 – Topografia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 009
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51
Prancha 11 – Percentual de Declividade
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 010
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52
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO
JORDÃO
A subbacia hidrográfica tem uma área de aproximadamente 24,9 km², conforme
Prancha 12-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 011.
Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de
aproximadamente 48,1 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica é do
tipo dendrítica ou dendróide.
O domínio geomorfológico é definido como sendo de Planaltos Rebaixados
Litorâneos, é classificado como planícies e terraços de baixa declividade a bacia
possui região pantanosa com potencial inundável na calha do rio principal,
abrangendo uma área de aproximadamente 1,8 km² (Prancha 13-Folha - PMSB-DGN-
DRE-CMB- 012).
O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao
longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a
circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para
a subbacia referida o valor obtido foi de 1.5, ao comparar com o índice de referência
vemos que a bacia possui comportamento alongado, porém, comparado com a média
de outras bacias possui a drenagem um pouco inferior, entretanto, conforme a
classificação usual com característica boas de drenagem. Assim calculou-se:
𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃
√𝐴 = 𝐾𝑐 =
0,28 ∗ 27,0
√24,9= 𝟏, 𝟓
Onde:
𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;
𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.
Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,
definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do
sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 2.1, conforme a
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53
classificação apresentada no item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD,
a bacia possui boa drenagem, o valor foi obtido pela fórmula:
𝐷𝑑 = 𝐿𝑡
𝐴 = 𝐷𝑑 =
48,1
24,9= 2,1 𝑘𝑚²
Onde:
𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;
𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).
Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de
relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção
desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a
visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o
resultado pode ser observado na Prancha 14-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 013.
A bacia possui uma altitude máxima de 100 metros, decaindo a cota mínima de
1 metro nas regiões pantanosas, de potencial alagáveis na calha do rio principal
(Prancha 15-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 014).
Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando
a Prancha 16-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 015, a declividade ao longo da calha
do rio principal possui uma porcentagem de 0 a 3 %, o restante do território da bacia
possui declividade variando de 3 a 20 %, sendo classificado como de suave ondulado
a ondulado, com uma parcela mínima de declividade variando de 20 a 45 % nas
maiores altitudes a norte.
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Prancha 12 – Localização da Subbacia do Córrego Jordão
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 011
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Prancha 13 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Jordão
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 012
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Prancha 14 – Gradiente de Energia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 013
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57
Prancha 15 – Topografia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 014
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Prancha 16 – Percentual de Declividade
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 015
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CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO SÃO
BENTO
A subbacia hidrográfica tem uma área de aproximadamente 50,1 km², conforme
a Prancha 17-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 016.
Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de
aproximadamente 122,9 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica é
do tipo dendrítica ou dendróide.
O domínio geomorfológico é definido como sendo de Planaltos Rebaixados
Litorâneos, é classificado como planícies e terraços de baixa declividade a bacia
possui uma grande região pantanosa com potencial inundável, abrangendo uma área
de aproximadamente 15,1 km², cerca de 30% da área total da bacia (Prancha 18-
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 017).
O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao
longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a
circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para
a subbacia referida o valor obtido foi de 2.0, ao comparar com o índice de referência
vemos que a bacia possui comportamento alongado, conforme a classificação usual
tem características de boa drenagem. Assim calculou-se:
𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃
√𝐴 = 𝐾𝑐 =
0,28 ∗ 51,4
√50,1= 𝟐, 𝟎
Onde:
𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;
𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.
Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,
definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do
sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 2.4, conforme a
classificação apresentada no item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD,
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
60
a bacia possui boa drenagem quase alcançando valores de uma drenagem muito boa,
o valor foi obtido pela fórmula:
𝐷𝑑 = 𝐿𝑡
𝐴 = 𝐷𝑑 =
122,9
50,1= 2,4 𝑘𝑚²
Onde:
𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;
𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).
Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de
relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção
desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a
visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o
resultado pode ser observado na Prancha 19-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 018.
A bacia possui uma altitude máxima de 140 metros, decaindo a cota mínima de
1 metro nas regiões pantanosas, de potencial alagáveis (Prancha 20-Folha - PMSB-
DGN-DRE-CMB- 019)
Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando
a Prancha 21-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 020, a declividade na área com
potencial inundável possui uma porcentagem de 0 a 3%, o restante do território da
bacia possui declividade variando de 3 a 8%, sendo classificado como de suave
ondulado a ondulado, com uma parcela mínima de declividade variando de 8 a 20%
nas maiores altitudes a norte da bacia.
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
61
Prancha 17 – Localização da Subbacia do Córrego São Bento
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 016
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62
Prancha 18 – Hidrografia da Subbacia do Córrego São bento
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 017
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63
Prancha 19 – Gradiente de Energia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 018
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64
Prancha 20 – Topografia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 019
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65
Prancha 21 – Percentual de Declividade
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 020
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66
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO BAIXO
ITABAPOANA
A subbacia hidrográfica tem uma área de aproximadamente 44,5 km², conforme
pode ser observado seu perímetro na Outro item fundamental para a análise das
bacias hidrográficas é a Relação de relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia
dos rios nas encostas, para obtenção desses valores foi utilizou-se ferramentas de
geoprocessamento, que possibilitam a visualização espacial do gradiente de energia
no percurso da rede de drenagem, o resultado pode ser observado na Prancha 24-
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 023.
Devido a sua característica topográfica a bacia possui uma altitude máxima de
38 metros ao norte, decaindo a cota mínima de 1 metro nas regiões pantanosas, de
potencial alagáveis, chegando ao nível do mar no estuário (Prancha 25Folha - PMSB-
DGN-DRE-CMB- 024).
Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando
a Prancha 21-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 020, a declividade da bacia fica em sua
totalidade sendo classificada como plano com variação de 0 a 3%, com pequena
variação de suave ondulado (3 a 8%) ao norte.
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67
Prancha 22-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 021.
Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de
aproximadamente 31,8 km lineares, tendo como canal principal o Rio Itabapoana, o
padrão de drenagem da bacia hidrográfica é do tipo dendrítica ou dendróide, com sua
foz de tipo estuário desaguando no oceano Atlântico Sul.
A geomorfologia é definida como planície costeira, sua fisionomia se deve a
ação combinada das correntes marinhas paralelas à costa, aos aportes fluviais e às
ações eólicas, variáveis de acordo com as modificações climáticas, devido essa
configuração possui uma grande área com potencial inundável, com
aproximadamente 18,9 km² de extensão, representando cerca de 42,5% da área total
desta bacia (Prancha 23-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 022).
O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao
longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a
circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para
a subbacia referida o valor obtido foi de 1.7, ao comparar com o índice de referência
vemos que a bacia possui comportamento alongado, conforme a classificação usual
tem características de boa drenagem. Assim calculou-se:
𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃
√𝐴 = 𝐾𝑐 =
0,28 ∗ 40,5
√44,5= 𝟏, 𝟕
Onde:
𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;
𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.
Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,
definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do
sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 0.7, sendo assim
ficando na faixa de 0,5 ≤ 0,7 < 1,5 km/km2, conforme a classificação apresentada no
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68
item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD, a bacia possui drenagem
regular, o valor foi obtido pela fórmula:
𝐷𝑑 = 𝐿𝑡
𝐴 = 𝐷𝑑 =
31,8
44,5= 0,7 𝑘𝑚²
Onde:
𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;
𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).
Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de
relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção
desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a
visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o
resultado pode ser observado na Prancha 24-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 023.
Devido a sua característica topográfica a bacia possui uma altitude máxima de
38 metros ao norte, decaindo a cota mínima de 1 metro nas regiões pantanosas, de
potencial alagáveis, chegando ao nível do mar no estuário (Prancha 25Folha - PMSB-
DGN-DRE-CMB- 024).
Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando
a Prancha 21-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 020, a declividade da bacia fica em sua
totalidade sendo classificada como plano com variação de 0 a 3%, com pequena
variação de suave ondulado (3 a 8%) ao norte.
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69
Prancha 22 – Localização da Subbacia do Baixo Itabapoana
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 021
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70
Prancha 23 – Hidrografia da Subbacia do Baixo Itabapoana
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 022
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71
Prancha 24 – Gradiente de Energia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 023
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
72
Prancha 25 – Topografia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 024
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73
Prancha 26 – Percentual de Declividade
Folha - PMSB-DGN-D RE-CMB- 025
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74
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO
MAROBÁ
A subbacia hidrográfica tem uma área de aproximadamente 131,8 km²,
conforme pode ser observado seu perímetro na Prancha 27-Folha - PMSB-DGN-DRE-
CMB- 026.
Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de
aproximadamente 122,9 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica é
do tipo dendrítica ou dendróide.
O domínio geomorfológico é definido como sendo de Planaltos Rebaixados
Litorâneos, é classificado como planícies e terraços de baixa, com uma parcela ao sul
da bacia definida como planície costeira, a bacia possui região pantanosa com
potencial inundável ao sul da bacia, abrangendo uma área de aproximadamente 23,2
km² de extensão.
O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao
longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a
circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para
a subbacia referida o valor obtido foi de 1.7, ao comparar com o índice de referência
vemos que a bacia possui comportamento alongado, conforme a classificação usual
tem características de boa drenagem. Assim calculou-se:
𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃
√𝐴 = 𝐾𝑐 =
0,28 ∗ 68,9
√131,8= 𝟏, 𝟕
Onde:
𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;
𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.
Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,
definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do
sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 2, sendo assim
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
75
ficando na faixa de 1,5 ≤ 2,0 < 2,5 km/km2, conforme a classificação apresentada no
item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD, a bacia possui uma boa
drenagem, o valor foi obtido pela fórmula:
𝐷𝑑 = 𝐿𝑡
𝐴 = 𝐷𝑑 =
269,8
131,8= 2,0 𝑘𝑚²
Onde:
𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;
𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).
Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de
relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção
desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a
visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o
resultado pode ser observado na Prancha 29Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 028.
Devido a sua característica topográfica a bacia possui uma altitude máxima de
190 metros a noroeste da bacia, decaindo a cota mínima de 1 metro nas regiões
pantanosas, de potencial alagáveis, onde seus afluentes desaguam no Rio
Itabapoana (Prancha 30-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 029).
Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando
a Prancha 6 - Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 005, a declividade ao longo da calha
do rio principal possui uma porcentagem de 0 a 3 %, classificado como plano, as
planícies variam de 3 a 8%, sendo classificadas como de suave ondulado, e na porção
noroeste o relevo ganha características de ondulado com variação de 8 a 20%, com
pequenas parcelas atingindo a classificação de forte ondulado.
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Prancha 27 – Localização da Subbacia do Córrego Marobá
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 026
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Prancha 28 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Marobá
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 027
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78
Prancha 29 – Gradiente de Energia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 028
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Prancha 30 – Topografia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 029
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80
Prancha 31 – Percentual de Declividade
Folha - PMSB-DGN-D RE-CMB- 030
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81
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO DOS
GALOS
Localizado a nordeste de Presidente Kennedy, cerca de 25% da área da bacia
está dentro do território do município de Marataízes e de Itapemirim, essa subbacia
hidrografia tem uma área de aproximadamente 174,2 km², conforme pode ser
observado na Prancha 32-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 031.
Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de
aproximadamente 308 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica em
estudo é do tipo dendrítica ou dendróide.
O domínio geomorfológico é definido como sendo de Planaltos Rebaixados
Litorâneos, é classificado como planícies e terraços de baixa, com uma parcela ao sul
da bacia definida como planície costeira, a bacia possui região pantanosa com
potencial inundável ao sul da bacia, abrangendo uma área de aproximadamente 15,2
km² de extensão.
O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao
longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a
circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para
a subbacia referida o valor obtido foi de 2.3, ao comparar com o índice de referência
vemos que a bacia possui comportamento alongado, com característica boas de
drenagem. Assim calculou-se:
𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃
√𝐴 = 𝐾𝑐 =
0,28 ∗ 107,8
√174,2= 𝟐, 𝟑
Onde:
𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;
𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.
Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,
definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do
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82
sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 1.7, conforme a
classificação apresentada no item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD,
a bacia possui boa drenagem, o valor foi obtido pela fórmula:
𝐷𝑑 = 𝐿𝑡
𝐴 = 𝐷𝑑 =
307,9
174,2= 1,7 𝑘𝑚²
Onde:
𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;
𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).
Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de
relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção
desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a
visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o
resultado pode ser observado na Prancha 34-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 033.
A bacia possui uma altitude máxima de 130 metros de Altitude ao noroeste,
decaindo a cota mínima de 1 metro ao sul, nas regiões pantanosas, de potencial
alagáveis ao sul (Prancha 35-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 034).
Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando
a Prancha 36-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 035, a declividade ao longo da calha
do rio principal, seguindo até as planícies costeiras ao sul, possui uma porcentagem
de 0 a 3 %, classificado como plano, as planícies interiores variam de 3 a 20%, sendo
classificadas como de suave ondulado a ondulado.
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Prancha 32 – Localização da Subbacia do Córrego dos Galos
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 031
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Prancha 33 – Hidrografia da Subbacia do Córrego dos Galos
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 032
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Prancha 34 – Gradiente de Energia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 033
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Prancha 35 – Topografia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 034
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Prancha 36 – Percentual de Declividade
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 035
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CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO VALÃO
SÃO PAULO
Localizado a nordeste de Presidente Kennedy, cerca de 40% da área da bacia
está dentro do território do município de Itapemirim, essa subbacia hidrografia tem
uma área de aproximadamente 53,6 km², conforme pode ser observado na Prancha
37-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 036.
Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de
aproximadamente 106 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica em
estudo é do tipo dendrítica ou dendróide.
O domínio morfoestrutural de região é definido como depósitos sedimentares,
com a região geomorfológica piemontes inumados, a unidade geomorfológica sendo
de tabuleiros costeiros.
O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao
longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a
circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para
a subbacia referida o valor obtido foi de 1.7, ao comparar com o índice de referência
vemos que a bacia possui comportamento alongado, conforme a classificação usual
tem características de boa drenagem. Assim calculou
𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃
√𝐴 = 𝐾𝑐 =
0,28 ∗ 43,5
√53,6= 𝟏, 𝟕
Onde:
𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;
𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.
Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,
definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do
sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 1.9, sendo assim
ficando na faixa de 1,5 ≤ 1,9 < 2,5 km/km2, conforme a classificação apresentada no
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item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD, a bacia possui uma boa
drenagem, o valor foi obtido pela fórmula:
𝐷𝑑 = 𝐿𝑡
𝐴 = 𝐷𝑑 =
106,0
53,6= 1,9 𝑘𝑚²
Onde:
𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;
𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).
Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de
relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção
desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a
visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o
resultado pode ser observado na Prancha 39-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 038.
A bacia possui uma altitude máxima de 170 metros de Altitude no centro da
bacia, decaindo a cota mínima de 1 metro atingindo a calha do rio principal que segue
sentido SW-NE (Prancha 40-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 039).
Segundo a definição de classes de declividades proposto pela EMBRAPA,
temos analisando a Prancha 41-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 040, a declividade ao
longo da calha do rio principal, possui uma porcentagem de 0 a 3 %, classificado como
plano, as planícies interiores variam de 3 a 20%, sendo classificadas como de suave
ondulado a ondulado, possuindo uma pequena porção na região central da bacia de
forte ondulado.
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Prancha 37 – Localização da Subbacia do Córrego Valão São Paulo
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 036
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Prancha 38 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Valão São Paulo
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 037
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Prancha 39 – Gradiente de Energia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 038
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Prancha 40 – Topografia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 039
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Prancha 41 – Percentual de Declividade
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 040
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CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA RIO MUQUI DO NORTE
Localizado ao norte de Presidente Kennedy, apenas cerca de 15% da área da
bacia está dentro do território do município, 19% está em Atílio Vivacqua e o 66%
restante em território de Itapemirim, essa subbacia hidrografia tem uma área de
aproximadamente 37,8 km², conforme pode ser observado na Prancha 42-Folha -
PMSB-DGN-DRE-CMB- 041.
Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de
aproximadamente 69,2 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica em
estudo é do tipo dendrítica ou dendróide, com a presença de um canal edificado para
escoamento das aguas.
O domínio morfoestrutural de região é definido como depósitos sedimentares,
com a região geomorfológica piemontes inumados, a unidade geomorfológica sendo
de tabuleiros costeiros.
O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao
longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a
circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para
a subbacia referida o valor obtido foi de 2.1, ao comparar com o índice de referência
vemos que a bacia possui comportamento alongado, conforme a classificação usual
tem características de boa drenagem. Assim calculou
𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃
√𝐴 = 𝐾𝑐 =
0,28 ∗ 46,0
√37,8= 𝟐, 𝟏
Onde:
𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;
𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.
Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,
definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do
sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 1.9, sendo assim
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96
ficando na faixa de 1,5 ≤ 1,9 < 2,5 km/km2, conforme a classificação apresentada no
item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD, a bacia possui uma boa
drenagem, o valor foi obtido pela fórmula:
𝐷𝑑 = 𝐿𝑡
𝐴 = 𝐷𝑑 =
69,2
37,8= 1,9 𝑘𝑚²
Onde:
𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;
𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).
Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de
relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção
desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a
visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o
resultado pode ser observado na Prancha 44-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 043.
A bacia possui uma altitude máxima de 250 metros de Altitude a noroeste da
bacia, decaindo a cota mínima de 1 metro atingindo a calha do rio principal que segue
sentido SW-NE (Prancha 45-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 044).
Segundo a definição de classes de declividades proposto pela EMBRAPA,
temos analisando a Prancha 46-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 045, a declividade ao
longo da calha do rio principal, possui uma porcentagem de 0 a 3 %, classificado como
plano, as planícies interiores variam de 3 a 45%, sendo classificadas como de suave
ondulado a forte ondulado.
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Prancha 42 – Localização da Subbacia do Córrego Valão São Paulo
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 041
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Prancha 43 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Valão São Paulo
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 042
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99
Prancha 44 – Gradiente de Energia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 043
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100
Prancha 45 – Topografia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 044
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101
Prancha 46 – Percentual de Declividade
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 045
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102
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA DO CÓRREGO
MANHÃES
Localizado ao extremo oeste de Presidente Kennedy, cerca de 60% da área da
bacia está dentro do território do município de Atílio Vivacqua, essa subbacia
hidrografia tem uma área de aproximadamente 72,7 km², conforme Prancha 47-Folha
- PMSB-DGN-DRE-CMB- 046.
Os canais do sistema de drenagem natural possuem uma extensão de
aproximadamente 120 km lineares, o padrão de drenagem da bacia hidrográfica em
estudo é do tipo dendrítica ou dendróide (Prancha 48-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB-
047).
O domínio morfoestrutural de região é definido como depósitos sedimentares,
com a região geomorfológica piemontes inumados, a unidade geomorfológica sendo
de tabuleiros costeiros.
O cálculo de coeficiente de compacidade da bacia determina o deflúvio ao
longos dos cursos d’agua o índice de referência determina a forma da bacia, sendo a
circular quando o resultado se aproxima de 1, ou seja, mais sujeita a enchentes. Para
a subbacia referida o valor obtido foi de 1.5, ao comparar com o índice de referência
vemos que a bacia possui comportamento alongado, porém, comparado com a média
de outras bacias possui a drenagem um pouco inferior, entretanto, conforme a
classificação usual com característica boas de drenagem. Assim calculou-se:
𝐾𝑐 = 0,28 ∗ 𝑃
√𝐴 = 𝐾𝑐 =
0,28 ∗ 44,3
√72,2= 𝟏, 𝟓
Onde:
𝐾𝑐 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒;
𝑃 = 𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚2);
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,0 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟;
𝐼𝑛𝑑í𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 − 1,8 = 𝐹𝑜𝑟𝑚𝑎 𝐴𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑎.
Obteve-se também a relação entre o comprimento dos canais e a área da bacia,
definida como densidade de drenagem, utilizado para conhecer o desenvolvimento do
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
103
sistema de drenagem, para a bacia referida o valor obtido foi de 1.6, sendo assim
ficando na faixa de 1,5 ≤ 1,6 < 2,5 km/km2, conforme a classificação apresentada no
item5.2 DENSIDADE DE DRENAGEM (KM/KM²) - DD, a bacia possui uma boa
drenagem, o valor foi obtido pela fórmula:
𝐷𝑑 = 𝐿𝑡
𝐴 = 𝐷𝑑 =
119,7
72,2= 1,6 𝑘𝑚²
Onde:
𝐷ℎ = 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎;
𝐿𝑡 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑘𝑚);
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑘𝑚²).
Outro item fundamental para a análise das bacias hidrográficas é a Relação de
relevo (m/km) – Rr, está relação indica a energia dos rios nas encostas, para obtenção
desses valores foi utilizou-se ferramentas de geoprocessamento, que possibilitam a
visualização espacial do gradiente de energia no percurso da rede de drenagem, o
resultado pode ser observado na Prancha 49-Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 048.
A bacia possui uma altitude máxima de 930 metros de Altitude ao noroeste,
decaindo a cota mínima de 1 metro na calha do rio principal (Prancha 50-Folha -
PMSB-DGN-DRE-CMB- 049).
Seguindo a classe de declividades proposto pela EMBRAPA, temos analisando
a Prancha 6 - Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 005, a declividade ao longo da calha
do rio principal possui uma porcentagem de 0 a 3 %, classificado como plano, as
planícies variam de 3 a 45%, sendo classificadas como de suave ondulado a forte
ondulado, tendo como característica de montanhoso a escarpado a declividade de 45
a >75%, sentido NO-SW.
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104
Prancha 47 – Localização da Subbacia do Córrego Manhães
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 046
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105
Prancha 48 – Hidrografia da Subbacia do Córrego Manhães
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 047
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
106
Prancha 49 – Gradiente de Energia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 048
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107
Prancha 50 – Topografia
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 049
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO II
108
Prancha 51 – Percentual de Declividade
Folha - PMSB-DGN-DRE-CMB- 050
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109
7 ANÁLISE DOS PROCESSOS EROSIVOS E SEDIMENTO LÓGICOS E SUA
INFLUÊNCIA NA DEGRADAÇÃO DAS BACIAS E RISCOS DE ENCHENTES,
INUNDAÇÕES E DESLIZAMENTOS DE TERRA.
Os processos erosivos e sedimentológicos são fatores de extrema importância
na identificação de áreas de risco de deslizamentos de terra, estradas com fluxo
elevado e áreas residenciais se somam e aumentam o risco potencial de
deslizamentos de terra, é um fenômeno provocado por escorregamentos de materiais
sólidos, podendo ser solo, rochas, vegetação ou qualquer material que esteja ao longo
de áreas com alto grau de inclinação como encostas. Sua ocorrência se dá
principalmente em áreas com relevo acidentado, geralmente onde a cobertura vegetal
original responsável pela consistência do solo e o desaceleramento da energia
acumulada pelo fluxo desentende das águas pluviais.
A grande diferença dos processos erosivos e os deslizamentos são a
quantidade de massa transportada em alta velocidade, tendo enorme potencial
destruidor. Esse fenômeno podem ter sua origem natural ou devido a ação antrópica,
causando enormes prejuízos naturais, materiais e humanos.
A avaliação do processo erosivo e sedimentológico de um município é um fator
de suma importância para determinação do risco ou não de incidências de
deslizamentos de terra, em especial junto a estradas de grande fluxo de veículos e
áreas residenciais.
Para caracterização local, principalmente em locais onde há moradias
ribeirinhas eu em encostas deve-se avaliar:
Tipo de talude: natural ou corte;
Tipo de material: solo, aterro, rocha;
Presença de materiais: blocos de rocha e matacões, lixo e entulho;
Inclinação da encosta ou corte;
Sinais de movimentação;
Vegetação ciliar;
Distância da moradia ao topo ou base dos taludes.
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A avaliação dos materiais presentes define a tipologia do processo resultante.
O Ministério das Cidades traz a seguinte classificação descrita na Tabela 7.1
Tabela 7.1 – Tipos de Movimentação de Solos
PROCESSOS CARACTERISTICAS DO MOVIMENTO/MATERIAL/GEOMETRIA
RASTEJO
(CREEP)
Vários planos de deslocamentos (internos);
Velocidades muito baixas a baixas (cms/ano) e decrescentes
com a profundidade;
Movimentos constantes, sazonais ou intermitentes;
Solo, depósitos, rocha alterada/fraturada;
Geometria indefinida.
ESCORREGAMENTOS
(SLIDES)
Poucos planos de deslocamento (externos);
Velocidades médias (m/h) a altas (m/s);
Pequenos a grandes volumes de material;
Geometria e materiais variáveis:
PLANARES: solos poucos espessos, solos e rochas com um plano de
fraqueza;
CIRCULARES: solos espessos homogêneos e rochas muito fraturadas;
EM CUNHA: solos e rochas com dois planos de fraqueza.
QUEDAS
(FALLS)
Sem planos de deslocamentos;
Movimento tipo queda livre ou em plano inclinado;
Velocidades muito altas (vários m/s);
Material rochoso;
Pequenos a médios volumes;
Geometria variável: lascas, placas, blocos, etc.
ROLAMENTO DE MATAÇÃO.
TOMBAMENTO;
CORRIDAS
(FLOWS)
Muitas superfícies de deslocamento (internas e externas à massa
em movimentação);
Movimento semelhante ao de um liquido viscoso;
Desenvolvimento ao longo das drenagens;
Velocidades médias a altas;
Mobilização de solo, rocha, detritos e água;
Grandes volumes de material;
Extenso raio de alcance, mesmo em áreas planas.
Fonte: Modificado de Ministério das Cidades.
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111
A partir disso, podemos definir o grau de risco para cada tipo de caso, essa
classificação também foi definida pelo Ministério das Cidades, ficando classificado
conforme Tabela 7.2.
Tabela 7.2 – Classificação do Grau de Risco
GRAU DE
PROBABILIDADE DESCRIÇÃO
R1
Baixo ou sem
risco
1. Os condicionantes geológicos-geotécnicos predisponentes (inclinação,
tipo de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de baixa ou
nenhuma potencialidade para o desenvolvimento de processos de
escorregamentos e solapamentos;
2. Não se observa(m) sinal /feição/evidência(s) de instabilidade. Não há
indícios de desenvolvimento de processos de instabilização de encostas e
de margens de drenagens;
3. Mantidas as condições existentes não se separa a ocorrência de eventos
destrutivos no período compreendido por uma estação chuvosa normal.
R2
Médio
1. Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (inclinação, tipo
de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de média potencialidade
para o desenvolvimento de processos de escorregamentos e solapamentos;
2. Observa-se a presença de algum(s) sinal/feição/evidencia(s) de
instabilidade (encostas e margens de drenagens), porém incipiente(s);
Processos de instabilização em estágio inicial de desenvolvimento.
3. Mantidas as condições existentes, é reduzida a possibilidade de ocorrência
de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas,
no período compreendido por uma estação chuvosa.
R3
Alto
1. Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (inclinação, tipo
de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de alta potencialidade
para o desenvolvimento de processos de escorregamentos e solapamentos;
2. Observa-se a presença de significativo(s) sinal/feição/evidencia(s) de
instabilidade (trincas no solo, degraus de abatimento em taludes, etc.).
Processos de instabilização em pleno desenvolvimento, ainda sendo possível
monitorar a evolução do processo;
3. Mantidas as condições existentes, é perfeitamente possível a ocorrência
de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas,
no período compreendido por uma estação chuvosa.
R4
Muito Alto
1. Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (inclinação, tipo
de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de muito alta
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GRAU DE
PROBABILIDADE DESCRIÇÃO
potencialidade para o desenvolvimento de processos de escorregamentos e
solapamentos.
2. Os sinais/feições/evidencias de instabilidade (trincas no solo, degraus de
abatimento em taludes, trincas em moradias ou em muros de contenção,
arvores ou postes inclinados, cicatrizes de escorregamentos, feições
erosivas, proximidade da moradia em relação à margem de córregos, etc.)
são expressivas e estão presentes em grande número de magnitude.
Processo de instabilização em avançado estágio de desenvolvimento. É a
condição mais crítica, sendo impossível monitorar a evolução do processo,
dado seu elevado estágio de desenvolvimento.
3. Mantidas as condições existentes, é muito provável a ocorrência de
eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas, no
período compreendido por uma estação chuvosa.
Fonte: Modificado de Ministério das Cidades.
O item 6 traz detalhadamente tocas as características morfológica das
subbacias do município, a priori o relevo local varia de 0 a 20%, sendo classificado de
plano a ondulado, isso reduz muito a ação de processos erosivos de forma
intensificada.
Entretanto, o município possui uma vasta extensão de pastagem degradada,
segundo dados do IBGE, o município possui aproximadamente 726 hectares de
pastagens em situação degradada, isso acarreta grandes problemas como
assoreamento e poluição dos recursos hídricos, redução do potencial produtivo e área
agricultável, aumento da necessidade de fertilizantes e irrigação, ainda podem trazes
destruição de bens públicos como estradas, ponte, etc.
Essa degradação pelo mal uso do solo, remoção da vegetação natural, podem
acarretar a ocorrência de processos dinâmicos superficiais, e o fator mais importante
nesses processos dinâmicos superficiais, essas forças aliadas causam erosões
hídricas, o município apresenta em diversos pontos o tipo de erosão linear, esse tipo
de erosão pode ser classificado como sendo em forma de Sulcos (estágio inicial),
Ravinamento (estágio médio) e Voçorocas (estágio avançado). Um exemplo desses
tipos de processos pode ser observados na Figura 7.1.
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Figura 7.1 – Exemplos dos tipos de erosões encontrados no município.
Esses tipos supracitados de processos erosivos são encontrados em todo o
município, devido a topografia, em sua maioria os processos apresentam-se em
estágios iniciais, sem grandes preocupações de imediato prazo, porém, se não
tomada das devidas ações de reparação, os casos existentes podem evoluir para
processos erosivos extremos e irremediáveis.
A Prancha 52, traz o mapeamento realizado por imagens de satélite dos
processos erosivos encontrados na sede municipal, esses fenômenos estão
presentes de formas distribuídas em toda a extensão territorial do município,
apresentando evoluções diferentes de erosões.
Para entendimento da classificação entende-se por:
Sulcos: Apresentam pequenas incisões na superfície (na forma de filetes
muito rasos), de até 0,5m de profundidade, perpendiculares às curvas
de nível. Podem ser eliminados por operações normais de preparo de
solo. Desenvolvem-se em áreas nas quais a erosão laminar é mais
intensa (Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999);
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Ravinas: Apresentam profundidade maior que 0,5 metros, diferenciando-
se dos sulcos por não serem obliteradas pelas operações normais de
preparo do solo. Ocorrem quando a água do escoamento superficial
escava o solo atingindo seus horizontes inferiores e, em seguida, a
rocha. Também ocorrem movimentos de massa devido ao abatimento
de seus taludes. Possuem forma retilínea, alongada e estreita.
Raramente se ramificam e não chegam a atingir o nível freático.
Apresentam perfil transversal em "V" e geralmente ocorrem entre eixos
de drenagens, muitas vezes associadas a estradas, trilhas de gado e
carreadores (Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999).
Voçorocas: Formas mais complexas e destrutivas do quadro evolutivo
da erosão linear. Devem-se à ação combinada das águas do
escoamento superficial e subterrâneo, desenvolvendo processos como
o "pipping" (erosão interna), liquefação de areias, escorregamentos,
corridas de areia, etc. O inadequado uso do solo é considerado fator
principal e decisivo no surgimento das boçorocas. São formas erosivas
de difícil controle. Em geral são ramificadas, de grande profundidade,
apresentando paredes irregulares e perfil transversal em "U". Também
podem se formar pelo aprofundamento de ravinas até o nível freático,
sendo denominadas voçorocas de encosta (Proin/Capes & Unesp/IGCE,
1999).
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Prancha 52- Classificação dos processos erosivos na área urbanizada do município
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8 CARACTERIZAÇÃO E INDICAÇÃO CARTOGRÁFICA DAS ÁREAS DE
RISCO DE ENCHENTES, INUNDAÇÕES, ESCORREGAMENTOS
Observando a estrutura urbana, no aspecto morfológico percebemos que a
sede municipal está alocada entre o limite de duas subbacias, a subbacia do Córrego
Marobá e a subbacia do Córrego dos Galos, onde as vias principais fluem em sentido
SE-NO, onde o município se desenvolveu crescendo as margens do Córrego da
Batalha, sendo assim, a ocupação urbana tem característica de ocupação em vale,
tendo sua cota altimétricas mais elevada de 68 metros, onde existe uma convergência
do fluxo das águas pluviais para a calha do córrego, onde estão presentes as Ruas
Átila Vivacqua, seguindo até a Rua Jaques Soares e todas as vias paralelas as
principais.
Analisando a topografia, o acumulo de fluxo descendente entre outros fatores
identificou-se 5 pontos de alagamentos, conforme Prancha 53, Folha-PMSB-DGN-
DRE-CIC-001. Apesar da existência de equipamentos da rede de drenagem em
alguns pontos com potencial alagável o sistema implantado não possui capacidade
de deflúvio suficiente. A localização dos pontos está contido na Tabela 8.1.
Tabela 8.1 – Localização dos pontos com potencial de alagamento
Ponto Potencial
de Alagamento Localização Coordenadas
1 Rua Jaques Soares 287928 E – 7664998 S
2 Próximo ao Ginásio de Esportes Eraldo de Lemos
Corrêa 286841 E – 7665816 S
3 Rua Jaques Soares com a Rua São Salvador 287739 E – 7665245 S
4 Rua Jaques Soares com a Rua Manoel L. Gomes 287699 E – 7665312 S
5 Rua sem Denominação 287381 E – 7665475 S
Os processos erosivos foram tradados no item 7, onde realizou-se a
classificação dos tipos de processos erosivos encontrados no município. Devido a
diversos fatores, não existem áreas com grande potencial de escorregamentos, porem
a situação atual, se não for cuidada, pode ter seu quadro agravado e causar desastres.
a prefeitura possui uma coordenação da defesa civil, que fica responsável pelo
acompanhamento dos processos evolutivos dos desastres naturais.
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Prancha 53 – Mapeamento de áreas com potencial alagável
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118
ZONEAMENTO DE RISCOS DE ENCHENTES
Para o entendimento dos fenômenos naturais, definimos as enchentes como
sendo associadas as variáveis e incertezas climáticas, independente diretamente da
ação humana, sendo desastres naturais.
A defesa civil classifica vários tipos de inundações, podendo ser repentinas,
bruscas ou enxurradas, ocorrendo em regiões de relevo montanhoso, ocorrendo pela
presença de grande quantidade de água em um curto espaço de tempo, a massa de
água associada aos materiais carregados apresenta grande poder destruidor.
Inundações lentas ou de planície, ocorrem com o elevamento paulatinado do
nível de água podendo ser previsível, mantendo-se em situação de cheia durante um
tempo e escoando gradativamente.
Outro tipo de evento é inundação em cidades, sendo o acumulo no leito dos
rios que permeiam os centros urbanos. Estes desastres podem ser potencializados
por um sistema de drenagem falho ou ineficiente, fortes precipitações, onde o sistema
de drenagem não consiga dar vazão ao acumulo de água. Estes problemas estão
relacionado também com outros fatores, como:
Compactação e impermeabilização do solo;
Pavimentação de ruas e construção de calçadas, reduzindo a superfície
de infiltração;
Construção adensada de edificações, que contribuem para reduzir o solo
exposto e concentrar o escoamento das águas;
Desmatamento de encostas e assoreamento dos rios que se
desenvolvem no espaço urbano;
Acumulação de detritos em galerias pluviais, canais de drenagem e
cursos d´água;
Insuficiência da rede de galerias pluviais.
Para o gerenciamento de riscos em áreas urbanas é necessário prever onde
pode ocorrer o desastre, para isso é necessário o acompanhamento contínuo das
áreas identificadas como áreas potenciais e estabelecer condições para a ocorrência
dos processos. Outro fator de grande importância é a prevenção dos processos, por
avaliação e tomada de medidas mitigadoras visando o impedimento ou se não for
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possível, reduzir ao máximo a magnitude do desastre, evitando danos principalmente
humanos.
Para a identificação das áreas de risco é preciso determinar o grau de
probabilidade de ocorrência de um processo ou risco tendo como parâmetro o período
de retorno de chuvas, segundo o gerenciamento de risco proposto pelo Ministério das
Cidades, os níveis de probabilidade de ocorrência são:
Risco muito alto (MA);
Risco alto (A);
Risco médio (M);
Risco baixo (B).
É preciso ter o conhecimento local, definir as planícies de inundações
existentes no município, áreas de alagamento momentâneas dada por problemas na
rede de drenagem urbana por exemplo.
As condicionantes climáticas e geomorfológicos das bacias urbanas, bem como
as intervenções ocorridas devido as atividades antrópicas são fatores determinantes
para a ocorrência de inundações e alagamentos, a identificação das áreas de riscos
podem ser realizadas pelo observação de algumas definições e características como:
Planícies pluviais extensas;
Locais de baixa capacidade natural de escoamento dos cursos principais
de drenagem;
Impermeabilização demasiada do solo;
Falta ou subdimensionamento de estruturas de drenagem;
Áreas de adensamento urbano precárias;
Dinâmica lenta de escoamento superficial;
Alta declividade nas porções das cabeceiras dos recursos hídricos;
Instabilidade geomorfológica do solo.
Juntamente com todas as variáveis anteriores, utiliza-se a divisão em quatro
períodos diferentes de retorno de chuvas:
Períodos de retorno breve (PRB), até 1 ano;
Período de retorno mediano (PRM), de 1 a 5 anos;
Período de retorno rápido (PRR), de 5 a 10 anos;
Período de retorno longo (PRL), maior que 10 anos.
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Sendo ainda necessário uma avaliação dos tipos de inundações ou enchentes,
de acordo com o cenário hidrológico:
Processo hidrológico 1: inundações/enchentes lenta de planícies fluviais
(C1);
Processo hidrológico 2: inundações/enchentes com alta energia cinética
(C2);
Processo hidrológico 3: inundações/enchentes com alta energia de
escoamento e capacidade de transporte de material sólido - erosão (C3);
Com todas as variáveis apresentadas pode ser feito a análise de riscos e a
identificação de zonas passiveis de ocorrências de processos.
Tabela 8.2 – Modelo de Cálculo de Grau de riso por cenários
C1 C2 C3
PRB A MA MA
PRM M A A
PRR B M A
PRL B M A
Fonte: MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2015
Esse padrão de levantamento e mapeamento de risco é utilizado e praticado
principalmente pela defesa civil. É um trabalho minucioso que exige o
acompanhamento continuo dos processos, com essa ferramenta de classificação é
possível prever as áreas com riscos potenciais, se adiantando diante um desastre
eminente, evitando assim o risco a vida humana e quando possível ao patrimônio
público.
MAPEAMENTO DE ÁREA POTENCIAL COM RISCO A ENCHENTES NA
SEDE URBANA
Conforme análise feita no item 8, o município apresenta em sua sede urbana
um grande potencial de enchentes, o perímetro alagável, foi mapeado através de
ferramentas de geoprocessamento levando em conta a geomorfologia local,
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topografia, entre outros fatores, o resultado pode ser observado na Prancha 54 –
Folha-PMSB-DGN-DRE ZRE-001.
Por meio das reuniões comunitárias outro ponto de alagamento foi identificado
na Comunidade São Paulo, o problema foi identificado no córrego São Domingos,
onde em grandes períodos chuvosos a galeria existente que corta a o asfalto não
supre a vazão de agua acumulada, gerando transtornos aos moradores da
comunidade. A identificação do ponto alagável pode ser vista na Prancha 55, Folha-
PMSB-DGN-DRE ZRE-002.
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Prancha 54 – Zonas de Risco a Enchentes e Alagamentos na Sede Municipal
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Prancha 55 – Zonas de Risco a Enchentes e Alagamentos na Comunidade São Paulo
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9 ANÁLISE DE INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS RELACIONADOS AO
SISTEMA DE DRENAGEM URBANA
Os indicadores epidemiológicos mostram a inter-relação entre os quadros de
doenças relacionadas a óbitos por um determinado tipo de doença ou portadores de
determinados casos clínicos correlacionados ao conjunto de membros da população.
Esses indicadores fazem um apontamento estatístico entre a incidência de doenças
vinculadas ao possíveis problemas e deficiências no sistema de drenagem urbana,
levanto em conta subitens como, morbidade, mortalidade infantil, esperança de vida.
As variáveis do índice são referentes a doenças transmitir por veiculação
hídrica, as principais doenças transmitida por esse meio são:
Ancilostomíase;
Ascaridíase;
Amebíase;
Cólera;
Diarreia infecciosa;
Disenteria bacilar;
Esquistossomose;
Estrongiloidíase;
Febre tifoide;
Febre paratifoide;
Salmonelose;
Teníase;
Cisticercose;
Outras doenças podem estar relacionadas com a água parada limpa, como a
Dengue (família Flaviviridae) e a febre chikungunya, ambas transmitidas pelo vetor
Aedes aegypti e recentemente o caso do Zika Vírus, ainda não se sabe muito sobre
as complicações que o Zika vírus pode causar. Recentemente ele foi relacionado pelo
Ministério da Saúde à casos de microcefalia - uma condição neurológica rara
identificada em geral na fase da gestação e à Síndrome de Guillan-Barré, que é uma
doença autoimune em que o sistema imunológico ataca o sistema nervoso por
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engano, que o causa uma inflamação nos nervos e fraqueza muscular, o Zika Vírus
encontrou também o Aedes aegypti como transmissor.
O município mesmo não apresentando um sistema de drenagem urbana e
manejo de aguas pluviais adequado, os dados oficiais de registros sanitários oficiais
não relacionam diretamente o eixo da drenagem, e sim, o saneamento básico como
um todo.
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10 REFERÊNCIAS
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FERNANDES, C. - MICRODRENAGEM - Um Estudo Inicial, DEC/CCT/UFPB, Campina Grande, 2002.
GALERANI, C. et al. Controle da Erosão Urbana. In: Tucci, C.E.M.; Porto, R.L.L.; Barros, M.T. Drenagem Urbana. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS/ABRH, 1995, V.5.
HORTON, R.E. Erosional development of streams and their drainage basins: a hydrophysical approach to quantitative morphology. Geol Soe. Am. Bull., v.56, n.3, p.275-370, 1945.
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PMSP, Prefeitura Municipal de São Paulo. Diretrizes básicas para projetos de drenagem urbana no município de São Paulo. São Paulo: FCTH.
TUCCI, C. E. M.; PORTO, R. L. L.; BARROS, M. T. et al, Drenagem Urbana, Editora da Universidade, ABRH, Porto Alegre, 1995.
VILLELA, S. M. & MATTOS, A. 1975, Hidrologia Aplicada. Editora Mc Graw Hill, São Paulo.