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EXPEDIENTE...bros da Comissão Daniela Bahiense e Paulo Henrique Marques. O projeto é composto por palestras únicas com duração máxima de uma hora. As apresentações são ministradas

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2 OAB NOTÍCIAS - BAHIA Ano 2 | Salvador, Maio de 2008 | Nº 4

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DIRETORIA EXECUTIVA

PRESIDENTE

SAUL QUADROS FILHOVICE-PRESIDENTE

VITALMIRO CUNHASECRETÁRIO-GERAL

ANTÔNIO MENEZESSECRETÁRIO-GERAL ADJUNTO

WALDIR SANTOSTESOUREIRO

ARY MOREIRA

CONSELHO SECCIONAL

ANTÔNIO MARON AGLEALMIR QUEIROZ FARIASAUGUSTO CÉZAR ALMEIDA RIBEIROCARLOS RÁTISDAVID BELLASFRANCISCO BERTINO BEZERRA DE CARVALHOGERALDO LUIZ VASCONCELOS NUNESGILBERTO DIAS LIMAGILMAR ARAÚJO RIBEIROJOÃO DA COSTA PINTO DANTAS NETOJOÃO ALVES DO AMARALJORGE DE SOUZA SANTA ROSAJOSÉ RAYMUNDO ALMEIDA SANT'ANAMAURÍCIO VASCONCELOSMARCO ANTÔNIO GUANAIS AGUIAR ROCHAELMARCOS FLÁVIO RHEN DA SILVAMAURÍCIO DANTAS GÓES E GÓESMANASSÉS DE JESUS SANTOSNEI COSTA PINTOOCTÁVIO AUGUSTO CIRNE RODRIGUES DEMIRANDARAFLE MUNIZ SALUMERUY JOÃO RIBEIRO GONÇALVES JUNIORSÉRGIO GONÇALVES REIS

SUPLENTES

ALTAMIRIO VIRIDIANO GOMESADILSON PINHEIRO GOMESCARLOS ALBERTO TOURINHO FILHOCHRISTIANNE GURGELDOMINGO ARJONESEURÍPEDES BRITO CUNHA JÚNIOREXPEDITO ROCHA QUEIROZFABRÍCIO DE CASTRO OLIVEIRAGERVÁSIO FIRMO DOS SANTOS SOBRINHOJORGE TEIXEIRA DE ALMEIDALUIS HENRIQUE MAIA MENDONÇASARA MERCÊS DOS SANTOSSEBASTIÃO LUIS LIMAZULEIK OLIVEIRA

CONSELHO FEDERAL

MARCELO ZARIFDURVAL RAMOS NETOLUIZ VIANA QUEIROZ

SUPLENTES

SILVIA CARDOSO CERQUEIRAANTONIO AUGUSTO ARAS

COLÉGIO DOS EX-PRESIDENTES

AMÂNCIO JOSÉ DE S. NETOMÁRIO RAIMUNDO GOMES MARQUESTHOMAS BACELLAR DA SILVAGERALDO SOBRAL FERREIRAJ.J. CALMON DE PASSOSRUBEM MÁRIO DE MACEDOEURÍPEDES BRITO CUNHADURVAL JÚLIO RAMOS NETONEWTON CLEYDE ALVES PEIXOTODINAÍLTON NASCIMENTO DE OLIVEIRA

SUBSEÇÕES

ALAGOINHASPresidente: PAULO CÉZAR NASCIMENTO PINTO

BARREIRASPresidente: OTÁVIO MARIANI WANDERLEY FILHO

BOM JESUS DA LAPAPresidente: EDVALDO RAMOS DE ARAÚJO

BRUMADOPresidente: TADEU VENTURA AZEVEDO

CAMAÇARIPresidente: SÉRGIO BASTOS PAIVA

COARACIPresidente: JOSÉ NILTON VIEIRA DOS SANTOS

EUNÁPOLISPresidente: GUTEMBERG SILVA DUARTE

FEIRA DE SANTANAPresidente: CELSO PEREIRA

GANDUPresidente: HUMBERTO BRITO ALMEIDA

GUANAMBIPresidente: MARCO ANTÔNIO JUNGER

IBICARAÍPresidente: YONALDO NERY GUEDES

ILHÉUSPresidente: DEUSDETE MACHADO DE SENA FILHO

IPIAÚPresidente: MARIA DA GLÓRIA DOS SANTOS

ITABERABAPresidente: ETIENE COSTA MAGALHÃES

ITABUNAPresidente: ODUVALDO CARVALHO DE SOUZA

ITAJUÍPEPresidente: NATANAEL PEREIRA DA SILVA

ITAMARAJUPresidente: SANDRA BASTOS PEREIRA

ITAPETINGAPresidente: FABRÍCIO MOREIRA SANTOS

IRECÊPresidente: GUMERCINDO SOUZA DE ARAÚJO

JACOBINAPresidente: JOSÉ FÁBIO ANDRADE SAPUCAIA

JEQUIÉPresidente: MIGUEL AVELINO DOS ANJOS

JUAZEIROPresidente: EDNA MARIA SAMPAIO MELLO

PAULO AFONSOPresidente: JOSÉ FERNANDES NETO

PORTO SEGUROPresidente: ILMA RAMOS SANTOS GONÇALVES

SANTA MARIA DA VITÓRIAPresidente: JOSÉ DE SOUSA LISBOA

SANTO ANTÔNIO DE JESUSPresidente: JOSÉ REIS FILHO

SENHOR DO BONFIMPresidente: ZENON CAMPOS DIAS

SERRINHAPresidente: HEUSA RÉGIA DE ARAÚJO SILVA

TEIXEIRA DE FREITASPresidente: JACKLINE MARTINS LARCHERT

VALENÇAPresidente: FABIANO SOARES FIGUEIREDO

VITÓRIA DA CONQUISTAPresidente: FÁBIO SANTOS MACEDO

Av. Tancredo Neves, nº909, Ed. André Guimarães Business Center, salas 1113 e 1114, Caminho das Árvores CEP 41.820-021Salvador - Bahia - Tel.: (71) 3444 6800 www.varjaoeassociados.com.br

DIRETORES: Eliezer Varjão, Elane Varjão e Léo Varjão - JORNALISTA RESPONSÁVEL: Eliezer Varjão (DRT-BA 697) - EDITORA: Cris Montenegro (DRT-BA 2521) TEXTOS: Rogério Paiva, Josemara Veloso, Edinei Dantas e Cris Montenegro - COLABORAÇÃO: Márcia Machado - FOTOS: Angelino de JesusREVISÃO: Ivete Zinn - DIAGRAMAÇÃO ELETRÔNICA: Elaine Quirino (freelancer) - TIRAGEM: 15 mil exemplares - GRÁFICA: Cian

Praça Teixeira de Freitas, 16, Piedade

CEP 40070-000, Salvador, Bahia, Brasil

Tel.: 55 71 3329 8900 Fax: 55 71 3329 8926

www.oab-ba.org.br

[email protected]

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SUMÁRIOSUMÁRIOPalavra do presidente . . . . . . 33

Registros . . . . . . . . . . . . 4, 5 e 6

ESAD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7

Subseções . . . . . . . . . . . . . 8 e 9

Capa . . . . . . . . . . . . .10, 11 e 12

Núcleo Jurídico e Adm. . . . .13

Comissões . . . . . . . . . . . . . . .14

Fiscalização . . . . . . . . . . . . . .15

Lista Sêxtupla e Patrimônio 16

Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17

Colégio de Presidentes . . . . 18

Artigo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

Desde o início de nossa gestão, temos acumuladoconquistas fundamentais para a nossa entidade declasse e, especialmente para os advogados da Bahia.

Temos enfrentado, diuturnamente, a incompreensãodaqueles que insistem em não reconhecer que aadvocacia é serviço público, igual aos demais, prestadospelo Estado, mas não temos, por isso mesmo, nosdescuidado na defesa das nossas prerrogativas.

O caos em que se encontra mergulhada a JustiçaEstadual tem sido uma constante preocupação dosatuais dirigentes da nossa seccional. Temos mantidoinúmeros contatos com as autoridades judiciárias donosso Estado e, mesmo contando com a compreensão eboa vontade daqueles que têm a responsabilidade dedirigir o Poder Judiciário Estadual, ainda há muito o quefazer.

Nossa Seccional não mais critica por criticar. Nossocomportamento tem sido de atitude proativa. Não é porisso, senão, que ao concluir o “diagnóstico do PoderJudiciário Baiano”, apontando as enormes dificuldadespor ele vividas, com reflexos negativos para o exercícioda nossa profissão, apresentamos, também, indicativosde solução que, adotados, diminuirão ou, quiçá, poderãoresolvê-los em grande parte.

O problema do “turnão” merecerá, agora, nossa totalatenção. Sessenta dias já se passaram e os resultados,por nós apurados, não são dos melhores. Não nosestimula com ele concordar.

O quarto número de nossa revista trata de vários dosnossos problemas: dá conta de nossas realizações, doque temos feito, informa como andam nossas subseções,as atividades da ESAD, as ações que temos desenvolvidopara, cada vez mais, interiorizarmos a Seccional, e osconvoca para que participem da CONFERÊNCIAESTADUAL, que realizaremos no final de agosto.

Continuamos contando com todos vocês paraadministrar a nossa entidade com “ação e ética”.

SAUL QUADROSPRESIDENTE DA OAB-BA

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Desembargador do TJ-BA visita a OAB-BA

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia,Saul Quadros, recebeu a visita do desembargador do Tribunal deJustiça da Bahia (TJ-BA), Lourival Trindade. No encontro, eles discuti-ram sobre os novos rumos da Justiça estadual e sobre os desafios donovo magistrado na composição da corte suprema do judiciário

baiano, onde ocupa vagareservada à advocacia. Odesembargador tomouposse em janeiro apósintegrar a lista sêxtuplaescolhida pela Ordemdos Advogados do Brasil-Seção Bahia para a vagado Quinto Constitucionaldo TJ-BA.

A definição finalficou a cargo do go-v e r n a d o r J a c q u e sWagner, que escolheuTrindade para ser o

novo desembargador do Tribunal. Lourival Almeida Trindade éex-conselheiro da OAB-BA e atualmente é assessor jurídicodas prefeituras de Livramento de Nossa Senhora, Caturama,Aracatu, Lagoa Real e outras.

Mostra itinerante homenageia Ruy Barbosa

A exposição "As faces de Ruy", pro-movida pela Faculdade Ruy Barbosa, foimontada durante 11 dias na sede daOrdem dos Advogados do Brasil - SeçãoBahia. "As faces de Ruy" enfatiza frases efotos que marcaram momentos significa-tivos da trajetória do escritor em diversosâmbitos: Ruy família, Ruy político, Ruyjurista e Ruy intelectual - e conta com acuradoria da museóloga Veruska Rebello,do Museu Casa de Ruy Barbosa.

A OAB-BA apoiou o evento e cedeuespaço na sede da Ordem para a MostraItinerante.

OAB Recomenda - UfbaA Faculdade de Direito da

Universidade Federal da Bahia, dirigidapelo professor Jonhson Meira Santos,recebeu o Selo OAB Recomenda. O selode qualidade é fruto da análise do ExameNacional de Cursos (ENC - Provão), dasvárias edições do Exame de Ordem e dasanálises feitas pela Comissão de EnsinoJurídico do Conselho Federal da OAB, quelevam em conta os resultados decor-rentes da "série histórica" do desempe-nho do curso. A OAB-BA apoiou o even-to e cedeu espaço na sede da Ordem paraa Mostra Itinerante.

Palestras sobre o Código de Defesado Consumidor nas escolas

Estudantes do ensino médio das redes pública e privada deSalvador poderão conhecer um pouco mais sobre um dos instru-mentos legais mais importantes da atualidade, o Código de Defesado Consumidor. Através de projeto desenvolvido pela OAB-BA, serãorealizadas palestras em escolas com o objetivo de fazer com que osjovens tenham conhecimento sobre seus direitos nas relações deconsumo.

A primeira palestra do projeto aconteceu no Cedhia (Iceia) e foiministrada pelo presidente da Comissão de Defesa do Consumidorda OAB-BA, o advogado Rodrigo Martins, juntamente com LuizCarlos Laurenço e Jaime Caramelo. Também participaram os mem-bros da Comissão Daniela Bahiense e Paulo Henrique Marques.

O projeto é composto por palestras únicas com duração máximade uma hora. As apresentações são ministradas pelos membros dacomissão gratuitamente, sem nenhum custo para o Estado ou paraas instituições particulares de ensino.

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OAB-BA impetra Mandado de Segurança contraredução do horário na Justiça do Trabalho

A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia(OAB - BA) aguarda julgamento do Mandado deSegurança Coletivo, impetrado contra o Ato 0080/2008do Presidente do Tribunal Regional do Trabalho (5ªRegião - Bahia), Desembargador Paulino César MartinsRibeiro do Couto. A ação, com pedido de liminar,destaca a ilegalidade do ato baixado que, desde o últi-mo dia 19, estabeleceu novo horário para o funciona-mento externo das Varas do Trabalho (capital e inte-rior) – das 8 às 16h. A liminar pleiteada tem o objeti-vo de suspender os efeitos do Ato 0080/2008 queimpede o atendimento dos advogados, após as 16 horase aguarda julgamento do Desembargador EzequiasOliveira.

A Ordem protesta contra o ato “monocrático” doDesembargador, que reduz em duas horas o acesso dosadvogados às Varas do Trabalho. Além de impor limitesao pleno exercício da Advocacia, o Ato acarretará per-das aos cidadãos representados por esses profissionais,porque durante o horário destinado (a partir das 16h)aos trabalhos internos das serventias, os advogadosnão poderão entrar, conforme a nova medida.

Em sua petição, a OAB-BA destaca que a medidafere a Lei Federal 8.906/94 (Estatuto da Advocacia), emseu Artigo 7º, Inciso 6º, onde estabelece que os advo-gados têm direito a ter acesso às repartições públicasdesde que existam servidores trabalhando no local, nohorário de expediente ou fora dele. Além do mais, “aadvocacia é um serviço público, da mesma naturezaque os demais serviços prestados pelo Estado. Por isso,o Presidente da OAB-BA, Saul Quadros, enfatiza que“lamentavelmente, a OAB tem que bater às portas daJustiça para pedir que se cumpra a lei”.

A OAB ressalta que o ato, expedido pelo desembar-gador do TRT-5ª Região e publicado no Diário Oficial doEstado, no último dia 2, é “uma violência”, pois limita

Preparativos para a Conferência Estadual dos Advogados

Ocorrerá no mês de agosto, em Salvador, mais umaedição da Conferência Estadual dos Advogados, ondeserão estudados temas da atualidade do Direito.Participarão juristas de todo o Brasil, ministros do STF edo TST, professores de Direito e juristas baianos. As

matérias já confirmadas são: Direito Civil, ProcessoCivil, Direito Penal, Processo Penal, Direito do Trabalho,Processo do Trabalho e Defesa do Consumidor. Após osestudos, haverá um momento de integração entre osadvogados com show de artistas baianos.

o atendimento de tais profissionais em determinadohorário do expediente forense, mesmo havendo a pre-sença de servidores no recinto. “A lei não proíbe oPresidente de fixar o horário de expediente na Justiçado Trabalho da 5ª Região, mas ele não pode impor qual-quer cerceamento aos advogados”, esclarece a petição.

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Combate à banalização da violência

AOrdem dos Advogados do Brasil - Seção Bahiadeu o passo inicial para a mobilização dasociedade civil organizada baiana contra a vio-

lência. O evento, que reuniu autoridades como o cardealprimaz do Brasil, dom Geraldo Majella, o secretário deSegurança Pública da Bahia, César Nunes, e o diretor daAssociação Bahiana de Imprensa (ABI),Ernesto Marques, é um movimentonacional de combate à banalização daviolência e é comandado peloConselho Federal.

Além das autoridades citadas, tam-bém compareceram e deram totalapoio à iniciativa o procurador-geraladjunto de Justiça, Carlos Frederico, eo assistente militar da SegurançaPública, coronel Sebastião Menezes doNascimento. Representando a sec-cional baiana estavam o presidenteSaul Quadros, o vice-presidente,Vitalmiro Cunha, o ouvidor-geral, Sérgio Reis, e o presi-dente da Comissão de Direitos Humanos, DomingoArjones. Saul Quadros conduziu a cerimônia e garantiua realização de mais três ou quatro audiências públicasainda este ano para debater o assunto.

"Essa luta contra a violência no Brasil nasceu noMato Grosso do Sul, no intuito de fomentar uma culturade harmonia e solidariedade. Vamos discutir as origens eas efetivas soluções para diminuir essa crescente ondade violência", afirmou. Ele ainda destacou que um dosmotivos impulsionadores da violência é a desintegraçãodo núcleo familiar e citou o caso da menina IsabellaNardoni e do pai austríaco, Josef Fritzl, que, além deabusar da filha, a manteve em um porão por 24 anos.

Dom Geraldo Majella confessou também ter sidoatingido pelas duas trágicas notícias e admitiu que pensamuito nessas milhares de crianças que sofrem experiên-cias traumatizantes todos os dias. "Aquilo que se recebequando se é criança, marcará para a vida toda, principal-mente as coisas ruins. A família está perdendo a suafunção de edificadora da paz e do amor", enfatizou ocardeal. Ele ainda disse que ela deve ser o sujeito dessamobilização contra a violência, pois é de casa que secomeçam as mudanças. "É extremamente necessário umaeducação pela paz. As pessoas estão muito egoístas erelativistas, elas precisam ter os seus corações tocadospor Deus e se solidarizarem uns com os outros", concluiu.

Para o arcebispo, uma escola de qualidade vai educarmelhor as pessoas e dotá-las de comoção pelos outrosseres humanos. Ele finalizou elogiando a iniciativa daOAB e confirmou a aliança da Igreja Católica nessa luta.As outras autoridades também saudaram a iniciativa egarantiram o apoio à campanha. "Todos nós somosresponsáveis por essa situação absurda e temos quemanter um foro permanente de discussão sobre o assun-to", aconselhou o representante do Ministério Público,Carlos Frederico. O secretário de Segurança Pública tam-bém disse que não era responsabilidade exclusiva dassecretarias de segurança pública a contenção da violên-cia e que a sociedade tem um papel fundamental no res-gate dos valores morais e éticos minados pela violência.O jornalista Ernesto Marques discursou sobre o papel dasdesigualdades sociais na legitimação da violência epediu a todos os presentes que mudassem essa trajetóriahomicida.

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A Escola Superior de Advocacia Orlando Gomes -Esad - iniciou as atividades no ano de 2008 coma proposta de atualizar os advogados nas

questões relacionadas ao direito eleitoral, visto que nesteano haverá eleições para prefeitos e vereadores. De acor-do com o diretor da Esad, Carlos Rátis, além disso, a esco-la pretende facilitar ainda mais o acesso aos cursos epalestras por parte dos advogados. "Vamos dar con-tinuidade ao Esad Itinerante que foi muito bem recebidono ano passado e vamos lançar a exibição de 50 minutosdas palestras na Internet para aqueles que não puderamcomparecer aos cursos ou que queiram relembrar conteú-dos já explanados", explica Rátis.

Em março, a escola realizou uma aula magna para apre-sentação das atividades programadas pela entidade com aparticipação de Pedro Lenza, doutor em direito constitu-cional pela USP. A partir daí, uma série de atividades vêmsendo realizadas e continuarão até o final do ano, com oobjetivo de oferecer aos advogados baianos atualizaçõesacerca do mundo jurídico.

Segundo Rátis, os eventos de reciclagens promovidospela Esad vêm alcançando 90% da aprovação dos advo-gados. "No final de cada curso, os participantespreenchem um questionário avaliativo, que nos permitesaber quais cursos iremos repetir e quais excluir ou

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qualificar, e até então o resultado da maioria tem sidopositivo", afirma o diretor da Esad.

Tendo em vista o Exame Internacional daUniversidade de Cambridge - ILEC, a Esad lançou o curso"Processo Civil - Recursos". O ILEC é um certificadoreconhecido internacionalmente e tem como objetivotestar as habilidades necessárias para a prática doDireito na língua inglesa.

*Prática Jurídica e **Processo Civil - Recursos Professor: Augusta Krejci

*Módulo 2Carga Horária: 30h/aulaDias da Semana: Segundas e QuartasHorário: 18h30 às 21h30Período: 12/05 a 10/06Valores: Estudante: R$ 150,00

Profissional: R$ 210,00

Curso Preparatório Para Estágio na Área TributáriaProfessor: Valter PedrosaCarga Horária: 30h/aulaDias da Semana: Segundas e QuartasHorário: 18h30 às 21h30Período: 05/05 a 04/06Valores: Estudante: R$ 150,00

Profissional: R$ 210,00

Advocacia Trabalhista "Passo a Passo" Professor Coordenador: Wadih HabibProfessores: Agenor Calazans, Valtércio Oliveira, Frederico Machado Neto e PiotrZaclkowitschCarga Horária: 30 h/aulaDias da Semana: Terças e QuintasHorário: 18h30 às 21h30

Período: 06/05 a 10/06Valores: Estudante: R$ 150,00

Profissional: R$ 210,00

Monografia no Curso de Direito Professor: Wanderley RibeiroCarga Horária: 20h/aulaDia da Semana: SábadosHorário: 8h às 12hPeríodo: 10/05 a 28/06Valores: Estudante: R$ 100,00

Profissional: R$ 140,00

Direito AmbientalProfessor Coordenador: Júlio Sá RochaProfessores: Aidê Batista Neves e Cristina SeixasCarga Horária: 24h/aulaDia da Semana: SextaHorário: 19h às 21hPeríodo: 06/06 a 25/07Valores: Estudante: R$ 120,00

Profissional: R$ 170,00

Direito ImobiliárioProfessor: Waldomiro AzevedoCarga Horária: 20h/aulaDias da Semana: Segundas e QuintasHorário: 18h30 às 20h30Período: 30/06 a 31/07Valores: Estudante: R$ 100,00

Profissional: R$ 140,00

Direito PenalAplicação de Pena e Extinção de PunibilidadeCoordenadora: Thais OliveiraCarga Horária: 16h/aulaDia da Semana: SábadoHorário: 8h às 12hPeríodo: 12/07 a 02/08Valores: Estudante: R$ 80,00

Profissional: R$ 115,00

INGLÊS JURÍDICOConvênio com a Cultura InglesaCarga Horária (por módulo): 48hDia da Semana: SextaHorário: TardePeríodo Módulo 1: 09/05 a 16/09Período Módulo 2: 12/09 a 19/12Valor do módulo: R$ 696,00

Obs.: Turma mínima para todos os cursos - 10 alunos.

SERVIÇOOutras informações podem ser obtidas através do site da OAB-BA - www.oab-ba.org.br ou na própria sede da Esad, localizada na Rua do Carro, n.º 136, Ed. João Mangabeira - Campo da Pólvora. Contatos: (71) 3322-3765 / Fax: 3322-0579E-mail: [email protected]

Confira alguns cursos:

Atividades programadas até dezembro

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Coordenação das subseções

Desde março, a chefia de gabinete da OABestá sob nova direção. Com a saída do Dr.

Maurício Abreu, que assumiu a coordenação doNúcleo Jurídico, a Drª. Cristiane Laje passou a

ocupar o cargo. Seu principal propósito éfacilitar a comunicação entre as subseções.

"Nosso trabalho não consistirá apenas ematender aos anseios das subseções, mas

precisamos ter um feedback das ações realizadasconstantemente para conhecermos o que está

dando certo em cada seção, a fim de seremaplicadas em outras", salientou.

ItapetingaA Ordem dos Advogados do Brasil -

Subseção de Itapetinga inaugurou, no dia 28de janeiro, uma sala de apoio na Vara daJustiça do Trabalho, no bairro Morumbi. Como objetivo de dar suporte ao trabalho dosadvogados, o espaço deve se tornar um pontode apoio dos profissionais e auxiliará princi-palmente aqueles que chegam de outraslocalidades para advogar em Itapetinga. Commáquina copiadora, impressora laser, mesa,cadeiras, computador, internet e umasecretária à disposição, o local, que tambémserá climatizado, vai proporcionar conforto

para a execução dos trabalhos dos advoga-dos. "Após 15 anos da Justiça do Trabalho emItapetinga, nós temos a oportunidade de pro-porcionar ao advogado um ambiente onde elepode ter uma base para se socorrer numanecessidade, principalmente para aqueles quechegam de outras comarcas", destacaFabrício Moreira, presidente da OAB/Ita-petinga.

A subseção também comemora os 25anos de fundação, completados no mês demarço, marcado por um evento de confra-ternização.

CamaçariA Ordem dos Advogados do Brasil

- Subseção de Camaçari participou,através de sua diretoria, no último dia7, de uma passeata organizada pelaSecretaria da Mulher do município. Amarcha das mulheres reuniu mais detrês mil pessoas e entidades e tevecomo tema a Lei Maria da Penha, coma distribuição de cartilhas explicati-vas para a comunidade.

A subseção também promoveudois cafés da manhã, um emCamaçari e o outro na Comarca deSimões Filho, respectivamente. Asconfraternizações também tiveramcomo objetivo comemorar o Dia daMulher e reunir advogados, fun-cionários do Poder Judiciário ejuízes que atuam nas duas cidades.

Os eventos foram organizadospela diretoria da OAB-Camaçari -composta pelo presidente, SérgioPaiva, o vice-presidente, AliomarMendes Muritiba, o secretário-geralDaniel Fiuza Tuhy, a secretária-geraladjunta, Maria da Piedade BurgosSantana e a tesoureira, Lívia Araújo -e pelas advogadas Marilena Galvão,Luzia Perez, Lúcia Vena e ElbaMuritiba, entre outras. Os eventoscontaram com a colaboração dequase 150 pessoas.

Vitória da Conquista O município de Vitória da Conquista foi a terceira sede doExame de Ordem no estado da Bahia. Convênio nesse sentidofoi assinado pelo presidente da seccional baiana da Ordem dosAdvogados do Brasil, Saul Quadros, e pelos presidentes dassubseções de Conquista, Fábio Macedo, Brumado, TadeuVentura Azevedo, Guanambi, Marco Antônio Junger, e Jequié,Miguel dos Anjos.Para Saul Quadros, a realização das provas do exame emConquista é mais um ato no sentido de interiorizar a Ordem."Esse é mais um passo que estamos dando para levar a OABcada vez mais para o interior do estado, onde os advogadossofrem mais com a falta de estrutura do Judiciário e com o

desrespeito às prerrogativas. Com a realização das provas do exame emConquista, estamos facilitando a vida dos recém-formados de toda a região eampliando o raio de ação da seccional", afirmou.

OAB NOTÍCIAS - BAHIA

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OAB NOTÍCIAS - BAHIAAno 2 | Salvador, Maio de 2008 | Nº 4 OAB NOTÌCIAS - BAHIA

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Serrinha

Reimplantação do Juizado Criminal em Conceição do Coité, reformada sede e implantação da sala da OAB no município de Araci foram

algumas das realizações da Subseção de Serrinha. Segundo a presidenteHeusa Régia de Araújo Silva, também foi solicitada a instalação de uma

Vara do Trabalho em Serrinha, haja vista que 60 % das reclamaçõesrecebidas na Vara de Conceição do Coité são oriundas de lá.

ValençaDentre as diversas realizações da Subseção de Valença, destaque paraa continuação do Forró da Ordem, tradicional evento que conta com aparticipação dos advogados da região, inauguração do TribunalRegional do Trabalho de Valença - com nova sala para os advogados eequipamentos enviados pela seccional baiana - e palestra sobreReforma Política e Fidelidade Partidária, ministrada por MaurícioVasconcelos e Luiz Viana. Segundo o presidente da subseção FabianoSoares Figueiredo uma confraternização com a Subseção de SantoAntônio de Jesus, na ABB de Valença, também foi realizada.

Teixeira de Freitas e Porto SeguroO presidente da OAB-BA, Saul Quadros, e o secretário-geral

da Ordem, Antônio Menezes, visitaram as subseções deTeixeira de Freitas e Porto Seguro para tratar dos

problemas enfrentados pela categoria. Em reunião comadvogados de toda a região, discutiram acerca da

morosidade da Justiça, falta de magistrados eserventuários, dentre outras dificuldades que atravancam a

Justiça estadual e prejudicam o trabalho dos advogados.

IbicaraíCom o intuito de aperfeiçoar os serviços advocatícios,

de unir os advogados inscritos na subseção e fazer parceriascom os segmentos da sociedade, a Subseção de Ibicaraí temrealizado reuniões mensais com os advogados, ondedebatem sobre problemas da classe e discutem sobre diver-sos temas. Em parceria com a FTC, firmou convênio paraestágio com os acadêmicos de Direito. Em parceria comentidades de classe, clubes de serviços e comunidade, temparticipado de eventos cívicos. A subseção realizou tambémum seminário jurídico na Comarca de Itororó com temasrelacionados á Ética na Advocacia e Defesa Permanente,

além de ter relatado, em audiência com o secretáriode segurança pública, César Nunes, sobre a inter-dição do Complexo Policial de Ibicaraí e de ter bus-cado medidas emergenciais face ao grave problemado aumento de fugas dos detentos, gerando onda deviolência na cidade. No Fórum da Comarca deItororó, foi instalada uma sala para advogados e aSubseção, presidida por Yonaldo Nery Guedes, con-tinua, juntamente com a OAB-BA, a tentativa de conseguirjunto ao Tribunal de Justiça do Estado da Bahia um juizauxiliar para a Vara Cível da Comarca de Itororó.

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Diagnóstico do Poder Judiciário realizado pela OAB aponta problemas estruturais no Tribunal de Justiça

Quem está de fora enxerga melhor. Foi a partir destepressuposto e visando resgatar sua responsabilidadeem atender um compromisso com a Justiça, que a

diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia -resolveu formar uma comissão de advogados para ajudar oPoder Judiciário baiano, buscando entender o que vemprejudicando o bom andamento da execução das atividadesdo Tribunal de Justiça e assim sugerir medidas que possam,se não resolver, amenizar os problemas ali existentes. "Aproposta é a de apresentar sugestões objetivas para colabo-rar no aperfeiçoamento da atividade jurisdicional prestadano âmbito da Justiça Comum no Estado da Bahia exclusiva-

mente sob o ponto de vista estrutural e administrativo",explica Francisco Bertino de Carvalho, autor do relatório deanálise do Poder Judiciário na Bahia.

O método de abordagem utilizado foi a identificação desituações que dificultam ou comprometem o funcionamen-to do Poder Judiciário para as quais sejam vislumbradassoluções objetivas e factíveis que são apresentadas comouma contribuição da OAB à reflexão Administrativa doPoder Judiciário. Os problemas encontrados em que a OABnão identificou imediata sugestão de solução não foramconsiderados no relatório que está em fase de aprovaçãopelo presidente da OAB Seção Bahia, Saul Quadros.

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"Com efeito, em sociedades de massa as relaçõesjurídicas tomam o lugar da solidariedade, pois a impes-soalidade passou a ser a tônica dos relacionamentoshumanos. A segurança jurídica passa a ser essencial parapreservar a própria existência da sociedade como espaçode cooperação construtiva", acrescenta Francisco Bertinode Carvalho. Ele também acredita que Justiça não é umproduto de responsabilidade exclusiva do Poder Judiciário,"toda a sociedade tem obrigação de gerá-la, bem como osadvogados, as partes, os auxiliares e as testemunhas queparticipam ativamente desta obra coletiva".

"Sem justiça não há paz, e sem paz não pode existirliberdade verdadeira. A sociedade carece da justiça parasobreviver. Este serviço essencial somente atingirá seusobjetivos se for célere, confiável e eficaz, assim como sefor respeitado por todos os seis atores", acrescentaFrancisco Bertino de Carvalho.

Segundo Bertino, em geral, chegou-se à conclusão deque ao judiciário baiano não falta condição humana paraatingir patamares de excelência na prestação jurisdi-cional, mas sua crônica desestrutura tem retirado o brilhode um Poder Judiciário que outrora se encontrava na van-guarda do pensamento jurídico brasileiro, do qual, porexemplo, quase sempre era pinçado um membro paraocupar assento nas mais altas cortes do país.

Problemas x SoluçõesElencamos, a partir de agora, os problemas estruturais

e administrativos encontrados pela Ordem dos Advogadosdo Brasil, Seção Bahia, e as soluções sugeridas pela OAB-BA. Entre os problemas encontrados no Poder Judiciárioestá a escassez de recursos econômicos e financeiros. AOAB-BA sugere a adoção de medidas como a alteração dalei orçamentária, inclusive em parceria com entidades derepresentação dos diversos segmentos dos serventuáriosda Justiça (estadual e federal) e representantes de orga-nizações da sociedade civil. A falta de equipamentosnecessários é outro fator que vem dificultando o bomandamento das atividades do judiciário. É sugerida umaparceria entre OAB-BA, Tribunal de Justiça e órgãos repre-sentativos da categoria, para elaboração de um projeto deconvênio com o Governo do Estado da Bahia paraaquisição e instalação dos equipamentos necessários paraimplantação de um sistema moderno e integrado de tele-comunicações e informática. "Detalhes como a instalaçãode máquinas fotocopiadoras em todos os cartórios, ou, aomenos, em todos os andares dos fóruns, assim como determinais para a retirada do andamento processual, geramefeitos significativos na mudança para melhor da rotina

dos cartórios e dos advogados", justificou FranciscoBertino de Carvalho.

Em relação à necessidade de implantação de um soft-ware capaz de realizar o controle efetivo da tramitaçãoprocessual a elaboração e o encaminhamento conjunto (doTribunal de Justiça do Estado da Bahia com a participaçãoda OAB, dos órgãos representativos das categorias -Associação dos Magistrados, Associação dos Procuradoresde Estado, Associação dos Procuradores Municipais,Associação dos Servidores Públicos do Poder Judiciário, etc.)de um projeto de convênio para a contratação de profissio-nais especializados em Organização e Métodos e emautomatização de procedimentos para desenvolver, inicial-mente em cartórios modelos escolhidos como laboratório,uma rotina e um software de controle e acompanhamentode processos no Poder Judiciário, com a finalidade deinformatizar a rotina de trabalho nos cartórios.

Foram encontrados também problemas no departa-mento de recursos humanos, aos quais a OAB-BA sugerea adequação e preenchimento dos cargos vagos da magis-tratura estadual. A Ordem sugere a redução do número deComarcas, não vendo necessidade da existência de umaComarca em cada município, pois a realidade demonstraque já existem atualmente muitas sem a mínima estrutu-ra, condição ou necessidade de funcionamento. "A am-pliação excessiva do número de Comarcas redunda em umPoder Judiciário excessivamente caro e pouco operante",explica Bertino.

De acordo com o relatório de análise do PoderJudiciário, a ampliação do número de Desembargadoresde 47 para 53 foi insatisfatória, fato que se agravou como aumento para quase o dobro do número de juízes dePrimeiro Grau pela Lei de Organização Judiciária doEstado da Bahia. O excessivo afunilamento (do Primeiropara o Segundo Grau) do Poder Judiciário baiano trariacomo conseqüências: a) a impossibilidade de se emprestarceleridade aos processos, pois o volume de recursos con-tra as decisões do primeiro grau inviabilizaria o julgamen-to das ações no tribunal em um prazo razoável; b) aimpossibilidade da necessária especialização das Câmarasde Julgamento do Tribunal de Justiça, que não poderá cor-responder à crescente especialização no Primeiro Grau; c)a concentração excessiva de jurisdição em um númeroreduzido de Desembargadores, multiplicando o trabalho ereduzindo o tempo de dedicação dos julgadores deSegundo Grau a cada julgamento; d) a dificuldade de serfeita a substituição dos Desembargadores nas substitui-ções legais, assim como de se implementar plantões judi-ciários no Segundo Grau.

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Confira no box abaixo os demais problemas estruturais e administrativos encontrados pela OAB-BAno Judiciário baiano e as ações sugeridas para devolver a excelência do atendimento deste órgão.

O horário de funcionamento da JustiçaA redução do horário de funcionamento do judiciário

baiano tem suscitado o debate em torno de uma falsa questão:a de que o problema da celeridade e da qualidade no atendi-mento será resolvido com a definição do período no qual ofórum está aberto. A questão central, porém, é outra.

A justiça, como já visto, é um serviço essencial para aprópria sociedade, equiparando-se à saúde e a segurançapública. Precisa ser prestado 24 horas por dia, 365 dias porano. A ausência da prestação da Justiça no instante em que sefaz necessária causa danos muito além dos interesses daspartes, retira a credibilidade do próprio Direito como projeto deconvivência social harmônica.

SUGESTÃO: O estudo e a implantação de um sistema de plan-tão judiciário eficaz, capaz de atender as emergências jurídicasdurante todo o período em que o fórum não estiver funcionan-do, contando com serventuários, magistrados (de Primeiro eSegundo Grau) e estrutura física (veículos, etc.), apreciar medi-das liminares, realizar audiências com presos em flagrante, etc.

A vacância de cargos de magistrado e de serventuáriosSUGESTÃO: Provimento das comarcas vagas no Estado, com

nomeação de juizes, serventuários e auxiliares da Justiça, con-tratação de servidores para melhor atendimento ao público e aosadvogados, aprimorando-se os serviços judiciários, especialmente nacapital e nas maiores comarcas do Estado;

A acessibilidade aos juízes convocadosSUGESTÃO: Criar espaços físicos destinados a funcionar como

gabinetes provisórios dos juízes convocados, com instalações e pes-soal preparado para dar suporte aos mesmos enquanto durar a con-vocação, assim como para que nele o juiz possa estar disponível paraque o advogado distribua memoriais, solicite medidas urgentes ouapresente questões sobre a ação que irá julgar;

Ausência de uniformidade nos procedimentos cartoriaisSUGESTÃO: A celebração de um convênio com a União Federal, o

Estado da Bahia e os municípios interessados, para contratação deum projeto de convênio para a contratação de profissionais especia-lizados em Organização e Métodos e em automatização de proce-dimentos para desenvolver, inicialmente em cartórios modelos esco-lhidos como laboratório, uma rotina e um software de controle eacompanhamento de processos no Poder Judiciário, com a finalidadede informatizar a rotina de trabalho nos cartórios.

O acesso dos advogados aos cartórios, servidores e juízesSUGESTÃO: Além da uniformização de procedimentos para

adequá-los a um projeto cientificamente elaborado de gestão decartórios, verifica-se a necessidade de uma campanha de edu-cação da sociedade, em especial da sociedade jurídica (juízes,advogados, serventuários), a fim de que se tornem moralmenteimbuídas do valor da justiça e do papel que cada um, na cons-trução dela, desenvolve.

Centralização dos atos de comunicação processualSUGESTÃO: A criação de uma Central de Mandados para cumpri-

mento de todos os atos de comunicação a cargo dos Oficiais deJustiça.

Incremento de serviços tecnológicosSUGESTÃO: Celebrar um Convênio de transferência de tecnologia

com a Justiça do Trabalho para incorporar o conhecimento e a tec-nologia necessários para a implantação do protocolo eletrônico inte-grado e para a utilização do e-doc (sistema de peticionamentoeletrônico) e celebrar um convênio com a EBCT - Empresa Brasileirade Correios e Telégrafos, nos moldes do similar assinado com aJustiça do Trabalho, para implantação do serviço "Proint" que per-mite o protocolo de petições em qualquer protocolo eletrônico paraoutra Comarca ou para o Tribunal.

As varas especializadasSUGESTÃO: Discussão com a comunidade, especialmente

jurídica, por meio de suas associações e entidades de classe,sobre a criação e divisão de varas especializadas na capital e nointerior para um correto dimensionamento da estrutura dedivisão da matéria à realidade.

A CorregedoriaSUGESTÃO: Implantação de um sistema de programação de cor-

reições anuais em todas as varas, cartórios e secretarias do Tribunalde Justiça da Bahia e, à semelhança do que existe na Justiça Federale na Justiça do Trabalho, da publicação do relatório de produtividadedos juízes, elemento essencial para a avaliação objetiva do volumede trabalho do Poder Judiciário, inclusive para rápido diagnóstico daconcentração excessiva de ações e dos pontos de estrangulamentodo Judiciário.

A acessibilidade do Fórum aos advogados SUGESTÃO: Celebração de convênio com o Estado da Bahia e com

a OAB para a instalação e recuperação de salas de advogados nascomarcas do Interior.

Realização de diligências nos cartórios - andamento processual

SOLUÇÃO: a) Disponibilizar computadores no balcão de atendi-mento do próprio cartório, tal como ocorre na Justiça Federal, ondeo servidor recebe o número ou o nome da parte, consulta no sistemae apresenta prontamente a informação. Em seguida, havendo neces-sidade, ele próprio busca os autos nos arquivos e entrega ao con-sulente, sem a necessidade de papéis; b) Permitir que o andamentoobtido no site do Tribunal de Justiça pelo advogado também possi-bilite o atendimento.

Falta de repertório de jurisprudência do Tribunal deJustiça da Bahia

SUGESTÃO: Edição de uma revista e atualização do site do Tribunalde Justiça do Estado da Bahia para divulgação da jurisprudência pro-duzida na Bahia.

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Regimento Interno também sofre alterações

C om o objetivo de modernizar e adequar oRegimento Interno da OAB-BA à legislação vigenteestá em processo de aprovação sua reforma geral,

após 20 anos. De acordo com o secretário geral da sec-cional baiana, Antônio Menezes, o principal aspecto dareformulação é a criação de um órgão especial, que per-mitirá desafogar o conselho pleno, na solução dos proces-sos disciplinares.

"Hoje, o conselho pleno acolhe todos os assuntos insti-tucionais, políticos e de interesse da sociedade, processoséticos e disciplinares, dentre outros. Com a criação doórgão especial caberá ao conselho pleno apenas asquestões institucionais e administrativas", explicaMenezes. Segundo o advogado, o órgão especial serácomposto por 14 conselheiros, metade vai compor esse

conselho para julgar recursos e processos éticos discipli-nares, gerando assim agilidade nos julgamentos e maiorconcentração de atenção dos conselhos seccionais nosproblemas institucionais.

"A partir de então, quando o conselho se reunir serápara discutir questões como segurança pública, funciona-mento do poder judiciário, meio ambiente, dentre outrasquestões de cunho social. Enquanto isso, o órgão especialestará reunido para julgar processos éticos e discipli-nares", ressalta o secretário-geral.

O órgão especial em breve estará em funcionamento. Otexto está sendo revisado pelo secretário geral adjunto,Valdir Santos, e, quando for liberado, a diretoria vai levarà aprovação do conselho. O objetivo é pô-lo em práticaainda no primeiro semestre.

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OAB otimiza atendimento às seccionais e agiliza processos

AOrdem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia –OAB - está pondo em prática uma série de açõescom o objetivo de acelerar processos discipli-

nares e de comunicação entre as seccionais. Uma delasestá em fase de aprovação, trata-se da reforma no regi-mento interno das secretarias de processos éticos e dis-ciplinares. Elaborado por Márcia Dias Borges, atualassessora jurídica, em conjunto com Adriana de Mello,coordenadora da secretaria de processos éticos e disci-plinares e Rosangela Nascimento Silva, coordenadora dasecretaria do conselho do Tribunal de Ética e Disciplina,o regimento, além de agilizar os procedimentos discipli-nares, dará mais eficácia às averiguações.

O Regimento Interno é mais uma ferramenta, criada apartir do Núcleo Jurídico, que irá filtrar as represen-tações jurídicas. “A gente recebe inúmeras represen-tações, mas nem tudo que nos é apresentado é neces-sariamente infração disciplinar. Através do núcleo, umcorpo técnico jurídico habilitado irá avaliar cada solici-tação e encaminhar cada caso para seus respectivospontos de execução”, explica a advogada Cristiane Laje,chefe de gabinete da OAB-BA.

O núcleo jurídico vai abarcar todos os advogados dacasa e que trabalhem em diversas áreas, como a asses-

soria do diretor tesoureiro, assessoria do secretário-geral(processos éticos disciplinares), e a parte do contenciosoda OAB-BA, sob a coordenação dos advogados MaurícioAbreu e Márcia Borges. Existem hoje quatro tipos deprocessos em que os advogados do núcleo vão atuar: oprocesso ético-disciplinar, o processo financeiro – refe-rente a cobranças das anuidades, o processo deinscrição, e os processos judiciais propriamente ditos, ouseja, os contingenciosos.

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Projetos para combater a violência contra as mulheresA presidente da Comissão de Proteção aos

Direitos da Mulher da OAB-BA, Lícia Cazumbá,vem representando a Ordem em diversos eventos,como passeatas, congressos e seminários portodo o Estado em defesa das mulheres. A comis-são tem alcançado resultados significativos, aoreforçar o poder e a grande importância da mu-lher na sociedade. A expectativa é que ainda esteano novas conquistas sejam alcançadas.

“Uma das nossas prioridades é a divulgaçãoda Lei Maria da Penha. Estamos fazendo conta-to com os presidentes das subseções, em buscade parcerias para que seja feito um seminário estadual acer-

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ca da Lei. Também está no plano da Comissãode Proteção aos Direitos da Mulher, a realizaçãode dez oficinas para que aumente a quantidadede multiplicadoras e divulgadoras desse assun-to de suma importância”, ressaltou LíciaCazumbá.

Com o olhar voltado para o futuro, mas semperder de vista os problemas do presente, Líciatem viajado para alguns municípios, comoVitória da Conquista, Porto Seguro e Feira deSantana, com o objetivo de implantar a cam-panha “A Bahia diz não à violência contra a

mulher”, já lançada em Salvador.

Melhorias para os Juizados Especiais de Defesa do ConsumidorA Comissão de Defesa do Consumidor, presi-

dida por Rodrigo Medeiros de A. Martins, esta-beleceu metas para o ano de 2008, confiante deque poderá cumpri-las, pautada em três linhasbásicas de atuação: melhoria da prestação juris-dicional perante os Juizados Especiais de Defesado Consumidor; desenvolvimento e moderniza-ção das relações de consumo através do estudode regras e mecanismos que acompanhem aevolução da sociedade; defesa dos direitos doconsumidor.

Dentre as diversas ações realizadas, destaquepara a reunião realizada com a Corregedoria do Tribunal deJustiça da Bahia, tendo a desembargadora Telma Brito secomprometido a corrigir o máximo possível as deficiênciasconstatadas no sistema dos juizados especiais, em benefí-cio do cidadão e do advogado. Neste passo, estarão sendo

cobradas, mais adiante, as prometidas e almejadasprovidências, inclusive, adotando as medidas necessáriaspara que possam ser efetivadas.

“Criamos também o Projeto Conhecendo o Código doConsumidor, com palestras voltadas para os alunos do nívelmédio da rede de ensino público e privado da capital, como propósito de transmitir conhecimentos básicos sobre alegislação correspondente e contribuir para a formação dacidadania”, explana o presidente.

Em prol do sucesso dos seus objetivos e em busca de umaperfeiçoamento legislativo, a comissão está desenvolvendoestudos para a formação de um documento a ser remetido aoCongresso Nacional, para ser analisado perante a Comissão deDefesa do Consumidor daquela casa legislativa, com pro-postas que viabilizem uma melhor aplicação do Código deDefesa do Consumidor, de modo que permanecerá à dis-posição dos juristas e cidadãos da sociedade baiana.

Em busca da excelência do ensino jurídicoParticipação assídua nos constantes debates, que buscam

o aprimoramento da prova e da sua aplicação no Estado daBahia, é apenas uma das diversas ações que vêm sendo reali-zadas pela Comissão de Estágio e Exame de Ordem.Recentemente, em encontro realizado em Florianópolis-SC,foi deliberado que as provas devem estimular o raciocíniojurídico do examinando, estimando sua capacidade para oexercício profissional da advocacia, desprezando o excesso dorigor formal, mas privilegiando a terminologia técnica e aespecificidade da linguagem jurídica.

A comissão também está atenta à proliferação das facul-

dades de Direito, contribuindo, através do Exame de Ordem,para um ensino jurídico qualificado. Outra vertente é a lutapelo Exame de Ordem Nacional Unificado. No início de 2007,apenas cinco seccionais aplicavam a prova no mesmo dia ehorário, com mesmo conteúdo programático e idênticoscritérios de correção. Hoje, o Exame de Ordem Unificado éaplicado por 25 seccionais, estando de fora, apenas, as deMinas Gerais e de São Paulo, sendo que esta se encontra emadiantado processo de unificação. Espera-se, ainda para esteano (2008), a implantação do tão almejado Exame de OrdemNacional Unificado.

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Comissão irá fiscalizar faculdades de Direito na capital e interior

Preocupado com o baixo rendimento da maioriadas faculdades no exame da Ordem dosAdvogados do Brasil - Seção Bahia, o presidente,

Saul Quadros, está formando uma comissão para fis-calizar as instituições de ensino superior da capital e dointerior. De acordo com a advogada Ana Lúcia Berbet deCastro Fontes, que está à frente da comissão fiscalizado-ra, "chamou a atenção da Ordem a quantidade de can-didatos que não passaram dos 50 % no exame da enti-dade, os baixos níveis de formação dos advogadosrefletem diretamentena qualidade dos ser-viços oferecidos a to-da sociedade". A ava-liação da comissão daOAB-BA tomará comobase os mesmos cri-térios do MEC: titu-lação do corpo docen-te, biblioteca, núcleode práticas jurídicas,projeto pedagógico equalidade das aulas."O objetivo é melhorara qualidade do ensinojurídico", salienta AnaLúcia Berbet.

Após o período defiscalização, será ela-borado um relatório,que será encaminhadopara o Conselho Fe-deral. "Inclusive o pre-sidente do Conselho, Raimundo Cezar Britto Aragão, játem conhecimento da idéia e achou excelente. É possívelaté que a fiscalização se estenda para outros estados dafederação", destaca a advogada. Ela reforça ainda que oprojeto não é repressivo e sim preventivo, visando o bemdas atividades jurídicas.

QualidadeEmbora numerosa, a quantidade de cursos de Direito

na capital não se reflete num acréscimo à qualidade doensino. Dos resultados divulgados pelo Inep (Instituto

Nacional de Pesquisas Educacionais), referentes ao últi-mo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes(Enade), que substitui o antigo Provão, só a UniversidadeFederal da Bahia (Ufba) obteve nota 5, pontuação máxi-ma, em Direito. A Universidade Católica do Salvador(Ucsal) e Universidade Salvador (Unifacs) vêm logo atrás,com 4. Outras quatro instituições conseguiram nota 3 -rendimento considerado regular -, e a maioria obteve aclassificação "sem conceito". Segundo o Inep, isso sedeve ao fato de estes cursos, por serem novos, ainda não

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terem graduado alunos. As notas do Enade são obtidas apartir da avaliação de calouros e formandos.

Outro termômetro, a OAB Recomenda, não põeSalvador, tampouco a Bahia, em condição de destaque.Somente a Ufba e a Unifacs receberam o selo de quali-dade, um resultado pífio para um Estado que dispõe de55 graduações espalhadas pela capital e interior. O RioGrande do Sul, que oferece 71 habilitações, aparece 11vezes na lista seleta da OAB. Minas Gerais, com aproxi-madamente o dobro de faculdades, se comparada àBahia, tem 14 selos e é a campeã nacional.

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OAB entra com mandado de segurançapara garantir Lista Sêxtupla

A Ordem dos Advogados do Brasil deu entrada emmandado de segurança no Superior Tribunal deJustiça para garantir o direito da entidade de

indicar a Lista Sêxtupla parapreenchimento de vaga destinadaà advocacia na Corte. A entidaderequer, através da medida judicial,que o STJ convoque reunião extra-ordinária do Pleno para escolhertrês nomes entre os seis apresenta-dos e em seguida encaminhar alista tríplice ao presidente daRepública.

No mesmo mandado de segu-rança, a Ordem requer a proibição do preenchimento dequalquer outra vaga na Corte até que seja definido onome do representante da advocacia na composição dotribunal. A decisão de entrar com mandado de segurança

foi tomada em Brasília pelo Colégio de Presidentes dasseccionais da OAB. Presente ao encontro, o presidente daseccional baiana da entidade, Saul Quadros, acredita que

essa é a melhor forma de resolvero impasse criado pelos ministrosdo STJ. “Estamos tomando umamedida judicial para garantir oque a lei determina, que é a prer-rogativa da entidade representati-va dos advogados brasileirosindicar seis nomes dos quais deveser escolhido o novo ministro doSTJ”, afirmou.

A polêmica foi iniciada com anegativa dos ministros do STJ de votar a Lista Sêxtuplaapresentada pela OAB. Em reunião do Pleno, em fevereiroúltimo, os ministros se negaram a votar os nomes apre-sentados pela OAB e devolveram a lista à entidade.

FOTOS: EUGENIO NOVAES

Seccional baiana divulga relatório de bens patrimoniais

Um relatório detalhado sobre os bens patrimoniais foidivulgado pelo diretor tesoureiro da entidade, AryMoreira. Foram contabilizados 1.484 bens móveis,

dentre eles veículos, mobília, equipamentos e utensílios. O valor total, incluindo os pertences da Escola

Superior de Advocacia Orlando Gomes (Esad), do Clubedos Advogados e dos postos avançados, como o daJustiça Federal, da Justiça do Trabalho, do Tribunal deJustiça e do Fórum Ruy Barbosa, soma mais de R$ 640mil. O relatório foi feito por uma empresa especializada

no assunto, a Afinco Contabilidade e Auditoria. Paraficar pronto, a comissão de técnicos e avaliadores profis-sionais da Afinco precisaram de 52 dias.

Segundo Ary Moreira, na OAB-BA não existia esserígido e eficiente controle patrimonial. “Nessa gestão,fizemos um projeto de atualização desses bens pararegularizar o ativo permanente imobilizado da contabi-lidade da Ordem. Tivemos que partir do zero”, afirmou.“Em um pequeno espaço de tempo, as subseções tam-bém entrarão no relatório”, acrescentou.

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Entrega de carteiras a novos estagiários

Apoio à greve dos advogadospúblicos federais

Comemoração dos 35 anos da Subseção de Feira de Santana

Homenagem às mulheres do Direito

Ministro da Igualdade Racial,Edson Santos, em solenidadena sede da Ordem

Cézar Brito e Saul Quadros no VIII Congresso de Direito do Estado

Manoel Vitório, secretáriode administração, em visita a Saul Quadros

Entrega do Prêmio BarbosaLima Sobrinho ao repórterfotográfico Fernando Amorim

Posse do desembargadorLourival Trindade

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Colégio de Presidentes faz suaprimeira reunião no interior do Estado

F eira de Santana foi o local escolhido pela OAB-BApara realizar a primeira reunião do Colégio dePresidentes, da atual gestão, no interior do Estado.

Tal escolha se deu em virtude da meta de interiorização daseccional baiana que optou pela cidade devido a suaimportância e pela posição de destaque dos alunos daUniversidade Estadual de Feira de Santana no Exame deOrdem, de 2007.3, sendo esta homenageada com umaplaca comemorativa logo no início do evento.

O encontro proporcionou momentos de discussõesacerca da situação da justiça no interior do Estado. “Onosso maior problema é a falta de serventuários, poisalguns magistrados produzem, mas não se faz a alimen-tação do sistema informatizado, resultando que processosfindos ainda se encontram registrados apenas como dis-tribuídos”, destacou Paulo Cezar Pinto, presidente da sub-seção de Alagoinhas. Já Otávio Mariani Filho, presidenteda subseção de Barreiras, ressaltou que todos os proble-mas de Alagoinhas também atingem Barreiras, além deopinar sobre o horário de funcionamento do Tribunal deJustiça. “É inconveniente o expediente vespertino, espe-cialmente devido ao expediente bancário se encerrar às14h, sendo preferível que se mude o turno para a parte damanhã, assegurando-se aos advogados o acesso aoscartórios na parte da tarde”, destacou.

O turnão também foi instrumento de reclamação deSérgio Bastos Paiva, presidente da Subseção de Camaçari.Para o advogado, há necessidade de um maior número deserventuários prestando seus serviços das 8h às 18h. “Oturnão deveria ter sido mais discutido entre o Tribunal e aOAB antes de ser implementado”, frisou.

Em Gandu, a situação é agravante, haja vista quemuitas pessoas da zona rural ficam sem transporte pararetornarem às suas casas, devido ao horário ser vesperti-no e, como trata-se de pessoas carentes, não podem con-tratar um táxi, devendo, no caso de Gandu, se mantido oturnão, que seja pela manhã. Na Subseção presidida porJosé Nilton dos Santos, Coaraci, apesar de não ter havidoalteração no horário, que permaneceu pela manhã, háfalta de juízes e serventuários.

Um quadro gravíssimo, já discutido, inclusive, emâmbito nacional, é apresentado em Vitória da Conquista.Na cidade, os cartórios extrajudiciais ficam lotados, comfilas imensas, levando-se até 90 dias para fornecimentode uma Certidão de Óbito. Na cidade de Ilhéus a situação

não é diferente do restante da Bahia – após pesquisa ficouconstatado que 83 % dos advogados não concordam como turnão, preferindo que o funcionamento do PoderJudiciário seja das 8h às 18h, e apenas 17 % dos advoga-dos são indiferentes à mudança.

As queixas acerca do turnão foram incessantementediscutidas e explanadas pelas demais subseções pre-sentes. Além disso, o Quinto Constitucional e as queixaspersonalizadas de cada subseção também foram objeto dediscussão. O diretor tesoureiro, Ary Moreira, aproveitou aocasião para tecer esclarecimentos acerca das questõesfinanceiras abordadas na sessão, solicitando que os pedi-dos fossem formulados por ofício. Ressaltou ainda quesomente recebeu quatro respostas das 31 correspondên-cias enviadas, consultando as subseções sobre os valoresdos repasses mensais, e seu reajuste para 2008,aguardando, com a maior brevidade possível, a manifes-tação das demais sessões.

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19OAB NOTÍCIAS - BAHIAAno 2 | Salvador, Maio de 2008 | Nº 4

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Ações Afirmativas: Dívida e ResgateJOSÉ R. A. DE SANT'ANNA *

Há, hoje, felizmente, por incrível que pareça, uma convicçãogeneralizada de que na construção histórica deste país per-petraram-se injustiças inomináveis contra o segmento

afrodescendente da população brasileira a se constituírem, no pre-sente, em sua quase metade, o que equivale cindi-lo. Este, portan-to, é o dado inarredável de que esta nação tem indubitavelmenteum pesado débito para com este grupo e que sua superação impli-ca na adoção corajosa de um conjunto das chamadas políticaspúblicas que objetivem retira-lo do limbo onde ainda se encontrame que se convencionou chama-las de ações afirmativas ou ainda dediscriminação positiva constitucionalmente previstas, expressascomo reparações, compensações, indenizações e cotas.

Ao longo da história, inclusive recente, de inúmeros povos,tais mecanismos têm sido usados com êxito não apenas, para res-gatar sob várias formas os excluídos ou discriminados, até mesmono sentido de fortalecer o conjunto nacional, como por umaquestão mínima de justiça.

Ora, no caso brasileiro acresce a circunstância cristalina deque a sociedade padece cronicamente de uma desigualdade atrozsob qualquer das óticas - sócio-político-econômico -, que termi-na por desembocar na proverbial concentração obscena dariqueza na mão de poucos e aí resultando na elementar obstruçãodo sistema econômico de mercado, sobretudo, inelástico, semmobilidade social e o crescimento exponencial do processo urbanode "guetificação" das populações periféricas e todo o rosário desubprodutos perversos ai cultivados e sedimentados, com a ausên-cia notória do Estado e o florescimento do crime organizado, nar-cotraficância ou prostituição infanto-juvenil a cevarem-se exata-mente entre aqueles historicamente excluídos, que já sabemosquem, cujos estereótipos e estigmas pululam nas galerias dascrônicas ou resenhas policias.

Aliás, são também os grupos a habitarem como escórias asprisões, delegacias, hospitais públicos, cloacas e toda a horda dosdesvalidos e, o que é pior, constituindo os tipos que nos sãocomuns pela sua afrodescendência.

Nesse sentido vale assinalar, por oportuno, nesse espaçoespecífico e privilegiado, a importância e responsabilidade dosoperadores do Direito no desate dessa questão profunda edolorosa, uma vez que sabida e conhecida a contribuição nuncafaltante desse grupo autêntico de lutadores pela justiça, cujosexemplos históricos são sabidamente relevantes e honrosos.

Por oportuno, o brilhante e competente jornalista Élio Gaspariem matéria de sua lavra: "Um grande voto no julgamento doPROUNI" obtempera: "Bendita hora em que o DEM (ex-PFL) e aConfederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensinoresolverem bater às portas do Supremo Tribunal Federal, susten-tando a inconstitucionalidade dos atos que criaram o PROUNI.Levaram para a Corte a discussão da legalidade de ações afirma-tivas baseadas em critérios de renda e de raça para o acesso aoensino superior. Na semana passada, tomaram a primeira panca-da, pelo voto do ministro-relator Carlos Ayres Britto. O PROUNI

troca por bolsas de estudos as imunidades tributárias dadas àsuniversidades particulares. (...) As vagas do PROUNI tambémdevem ser preenchidas favorecendo o acesso de candidatosafrodescendentes (quem não gosta da expressão pode chama-losde 'descendentes de escravos'). A concessão de bolsas deve acom-panhar os percentuais de diversidade de cada Estado, conforme ocenso do IBGE. (...) Segundo a Confenen e o DEM esses critériossão inconstitucionais porque violam o princípio da igualdade entreos cidadãos. (...) Britto julgou improcedente o pedido, argumen-tando em cima do nervo da questão: o que é a igualdade numasituação de desigualdade? 'não há outro modo de concretizar ovalor constitucional da igualdade senão pelo decidido combateaos fatores reais de desigualdades. (...) É como dizer: a lei existepara diante dessa ou daquela desigualação que se revele densa-mente perturbadora da harmonia ou do equilíbrio social, imporoutra desigualação compensatória'. (...) Britto buscou uma partede sua argumentação na Oração aos Moços, de Rui Barbosa: 'aregra de igualdade não consiste senão em quinhoar desigual-mente aos desiguais na medida em que se desigualam. (...) Tratarcom desigualdade a iguais ou a desiguais com igualdade, seriadesigualdade flagrante, e não igualdade real.' O voto de Brittotrata só do PROUNI. Sua linha de raciocínio abre um guarda-chuva conceitual que antevê os próximos julgamentos, quando oSTF será chamado a decidir sobre a constitucionalidade do regimede cotas em inúmeras universidades públicas. (...) Se o DEM e aConfenen não tivessem cutucado as togas com vara curta, essabonita discussão não teria sido aberta."

Na realidade, a sociedade brasileira não é igual e tratar pes-soas de fato desiguais como iguais só amplia a distância inicialentre elas mascarando e justificando a perpetuação de iniqüi-dades. Ações afirmativas então são um conjunto de ações quevisam formular projetos específicos de empoderamento de gruposdiscriminados, garantido acesso e a permanência desses públicosnas mais diversas áreas (educação, saúde, mercado de trabalho,geração de renda, direitos humanos, por exemplo). É a história,portanto, que atesta a insuficiência de uma atitude estatal nega-tiva, abstencionista, no sentido de não - discriminar, como deresto demonstra a insuficiência das declarações solenes de repú-dio ao racismo. Noutros termos: numa sociedade como abrasileira, desfigurada por séculos de discriminação generalizada,não é suficiente que o Estado se abstenha de praticar a discrimi-nação em suas leis. Vale dizer que cabe ao Estado esforçar-se parafavorecer a criação de condições que permitam a todos se bene-ficiarem da igualdade de oportunidade e eliminar qualquer fontede discriminação direta ou indireta. A isto é dado o nome de açãoafirmativa ou ação positiva, que compreende um comportamentoativo do Estado em contraposição à atitude negativa, passiva elimitada à mera intenção de não discriminar.

* José R. A. de Sant'annaAdvogado - Professor da Faculdade de Direito da UFBA - Vice-

Presidente da ANAAD - Associação Nacional dos AdvogadosAfrodescendentes - Conselheiro da OAB-BA

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