19
Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA 13 CORRIDAS É uma sucessão de saltos com progressão horizontal. Possui uma fase aérea maior ou menor dependendo da velocidade de progressão. Os sucessivos impulsos fazem com que qualquer elemento ao progredir horizontalmente observe seu contato com o solo, ou seja, quanto maior a velocidade menor será o contato do calcanhar com o solo. Partindo da posição estática, com pés unidos poderemos avaliar toda a performance técnica de um indivíduo. Dicas para realizar uma boa corrida Equilíbrio O equilíbrio geral do corpo depende, em parte, do comportamento da cabeça, que é um dos meios mais eficazes de controle. Ela deve estar em linha com o eixo do corpo, mantendo o olhar dirigido para cerca de 15 metros à frente. Também são importantes a posição do tronco e o movimento dos membros, pois os braços movimentam‐se incessantemente, sincronizados com a movimentação das pernas. Coordenação O menor dos segmentos deve ser realizado sem choques ou pequenas sacudidas, em um ritmo sempre idêntico, correspondente ao das passadas. Descontração A ação de correr solicita alguns músculos ou grupos musculares. Assim sendo, quanto maior for à inibição dos músculos que não estão sendo induzidos, tanto maior será a economia de energias e, consequentemente, tanto melhores serão as condições do corredor para realizar o esforço. Eficácia A dorsificação da amplitude dos movimentos, juntamente com uma utilização mais racional das possibilidades do corpo humano, resulta em um gasto orgânico mínimo, adequando‐se melhor ao ritmo desejado. Essas quatro regras nos dão noções gerais de grande validade para todas as tendências da corrida. É importante destacar que o estilo individual surge naturalmente com o decorrer da prática diária. Classificações das Corridas As corridas classificam‐se quanto ao local de realização, à participação na prova, à característica principal, ao balizamento e ao esforço fisiológico (extensão do percurso/velocidade na prova). Característica principal – “Natureza” da prova ‐ Provas rasas: realizadas em pista de Atletismo sem obstáculos. Podem ser classificadas como: Velocidade: 100, 200 e 400 m (masculino e feminino) Semi‐fundo: 800 e 1.500 m (masculino e feminino) Fundo: 3.000 m (feminino) e 5.000 m (masculino) De grande fundo: 42,192 km (masculino e feminino)‐ Maratona Provas com barreiras: realizadas em pista de Atletismo, em raias marcadas, com 10 barreiras colocadas em cada raia. ‐ Provas com obstáculos: realizadas em pista de Atletismo com 5 obstáculos artificiais comuns aos corredores. Provas de revezamento: realizadas normalmente em grupos de 4 atletas por equipe, todos percorrendo trechos iguais e sendo realizada a passagem de um bastão entre os integrantes. Contudo, existem outras formas de revezamento como, por exemplo, o revezamento medley, onde os atletas correm distâncias diferentes: 1º.: 100m; 2º.: 200m; 3º.: 300m; e o 4º.: 400m. Esta prova de revezamento é, atualmente, oficial para a categoria de 16 e 17 anos (menores). UI MARIA LENIR ARAÚJO MENESES Prof° Esp. Leonardo Delgado Aula 03: CORRIDAS – UNIDADE I Aluno: Data: / /

13aquabarra.com.br/educacao_fisica/Aula_03_Corridas.pdf · cerca de 15 metros à frente. ... 800 m rasos e revezamento 4x400m. - Corrida não raiada: Corrida com raia livre ... 100

  • Upload
    lekiet

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

13

CORRIDAS

É uma sucessão de saltos com progressão horizontal. Possui uma fase aérea maior ou menor dependendo da velocidade de progressão. Os sucessivos impulsos fazem com que qualquer elemento ao progredir horizontalmente observe seu contato com o solo, ou seja, quanto maior a velocidade menor será o contato do calcanhar com o solo. Partindo da posição estática, com pés unidos poderemos avaliar toda a performance técnica de um indivíduo. Dicas para realizar uma boa corrida Equilíbrio O equilíbrio geral do corpo depende, em parte, do comportamento da cabeça, que é um dos meios mais eficazes de controle. Ela deve estar em linha com o eixo do corpo, mantendo o olhar dirigido para cerca de 15 metros à frente. Também são importantes a posição do tronco e o movimento dos membros, pois os braços movimentam‐se incessantemente, sincronizados com a movimentação das pernas. Coordenação O menor dos segmentos deve ser realizado sem choques ou pequenas sacudidas, em um ritmo sempre idêntico, correspondente ao das passadas. Descontração A ação de correr solicita alguns músculos ou grupos musculares. Assim sendo, quanto maior for à inibição dos músculos que não estão sendo induzidos, tanto maior será a economia de energias e, consequentemente, tanto melhores serão as condições do corredor para realizar o esforço.

Eficácia A dorsificação da amplitude dos movimentos, juntamente com uma utilização mais racional das possibilidades do corpo humano, resulta em um gasto orgânico mínimo, adequando‐se melhor ao ritmo desejado. Essas quatro regras nos dão noções gerais de grande validade para todas as tendências da corrida. É importante destacar que o estilo individual surge naturalmente com o decorrer da prática diária. Classificações das Corridas As corridas classificam‐se quanto ao local de realização, à participação na prova, à característica principal, ao balizamento e ao esforço fisiológico (extensão do percurso/velocidade na prova). Característica principal – “Natureza” da prova ‐ Provas rasas: realizadas em pista de Atletismo sem obstáculos. Podem ser classificadas como:

Velocidade: 100, 200 e 400 m (masculino e feminino)

Semi‐fundo: 800 e 1.500 m (masculino e feminino)

Fundo: 3.000 m (feminino) e 5.000 m (masculino)

De grande fundo: 42,192 km (masculino e feminino)‐ Maratona

‐ Provas com barreiras: realizadas em pista de Atletismo, em raias marcadas, com 10 barreiras colocadas em cada raia. ‐ Provas com obstáculos: realizadas em pista de Atletismo com 5 obstáculos artificiais comuns aos corredores. ‐ Provas de revezamento: realizadas normalmente em grupos de 4 atletas por equipe, todos percorrendo trechos iguais e sendo realizada a passagem de um bastão entre os integrantes. Contudo, existem outras formas de revezamento como, por exemplo, o revezamento medley, onde os atletas correm distâncias diferentes: 1º.: 100m; 2º.: 200m; 3º.: 300m; e o 4º.: 400m. Esta prova de revezamento é, atualmente, oficial para a categoria de 16 e 17 anos (menores).

UI MARIA LENIR ARAÚJO MENESES

Prof° Esp. Leonardo Delgado

Aula 03: CORRIDAS – UNIDADE I

Aluno: Data: / /

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

14

Local de realização ‐ Corrida de pista: Ex: 100m rasos, 110m c/barreiras e 1.500m rasos. ‐ Corrida de rua ou campo: Corridas realizadas em estradas e terrenos variados – corridas de rua, cross country (prova realizada através de bosques, campos, trilhas, parques, gramados); o percurso destas provas também são variados: subidas, declives, areia, poças d’água, etc. ‐ Corrida “mista” (pista e rua): Ex.: maratona olímpica. Participação na prova ‐ Corrida individual: Ex.: 200m rasos, 400m c/barreiras e 5.000m rasos. ‐ Corrida coletiva: Ex.: revezamentos 4x100m e 4x400m. Balizamento ‐ Corrida raiada: Todo o percurso é feito no interior da mesma raia – Ex: 100m rasos e 110m c/barreiras (provas até os 400m). ‐ Corrida parcialmente raiada: Somente parte do percurso é realizado no interior de uma mesma raia – Ex: 800 m rasos e revezamento 4x400m. ‐ Corrida não raiada: Corrida com raia livre – Ex.: 1.500m e 5.000m (provas de 1.500m em diante). Esforço fisiológico – Extensão do percurso/Velocidade na prova – Intensidade da prova Fontes energéticas Essas provas recebem tal tipo de classificação devido às exigências funcionais ou capacidades que elas requerem. ‐ Velocidade pura: 100 e 200 metros. ‐ Velocidade prolongada: 400 e 800 metros. ‐ Resistência anaeróbica: 1.500 metros. ‐ Resistência aeróbica ou geral: 5.000 e 10.000 metros e a maratona (42.195m).

Corridas de Velocidade As provas de velocidade caracterizam‐se por serem provas de curta distância (nas competições oficiais vão até os

400 metros) e têm por objetivo, percorrer essa distância no menor tempo possível. As corridas de velocidade têm como principais características o trabalho em distâncias e tempos relativamente reduzidos e, sendo assim, visando esforços altíssimos. O objetivo visado em todas as provas de corridas é o de maximizar a velocidade durante o percurso da mesma. Especificamente nas corridas de velocidade, o corredor deve se concentrar em conseguir alcançar e manter a velocidade desenvolvida com esforço máximo. As corridas de velocidade são provas que exigem ao mesmo tempo velocidade “pura” (tempo de reação, velocidade de ação, velocidade de aceleração e velocidade frequencial) e resistência de velocidade. A resistência de velocidade permite que se mantenha a velocidade (máxima ou próxima da máxima) durante um tempo mais prolongado. Técnicas das Corridas de Velocidade Antes de tudo, devemos dizer que as corridas de velocidade não constituem uma especialidade frenética. Pelo contrário, são provas técnicas, nas quais a inteligência, o domínio, a paciência e o trabalho podem substituir amplamente o que chamamos de classe natural. Elas constituem provas precisas, comparáveis ao salto com vara ou ao arremesso do disco, e por este motivo devem‐se tomar cuidados minuciosos em todas as suas fases. Dessa forma, para que se possa perceber melhor os seus detalhes, vamos dividi‐las em fases, estudando as particularidades de cada uma das fases, analisando os seus pontos básicos e indicando o tipo de trabalho e os processos didáticos para a sua aprendizagem e aperfeiçoamento. Movimentos das Pernas Esta forma de locomoção humana caracteriza‐se pela alternância de uma fase de apoio (que pode ser dividida em fase de apoio à frente e fase de impulsão) e uma fase de vôo (que pode ser dividida em fase de balanço e fase de recuperação)

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

15

Fase de Apoio Durante a fase de apoio há em primeiro lugar uma desaceleração (apoio à frente) e depois uma aceleração (impulsão).

Fase de Apoio a Frente Acontece ao se realizar o contato com o solo(1), em função do movimento descendente da perna. O pé dianteiro desce para apoiar‐se no solo (sendo o contato do pé feito segundo a velocidade desenvolvida pelo atleta), ao tempo que se flexiona o joelho ligeiramente (“amortecimento”) preparando o impulso(2); enquanto que o joelho oposto avança flexionando‐se consideravelmente (também em função da rapidez da ação da corrida), para ultrapassar a perna de apoio e continuando o movimento para frente durante este período em que a perna de apoio passa a ter a tarefa do impulso(3). Colocação dos pés A colocação do pé no solo, ao realizar os apoios nas passadas, depende muito do estilo próprio do corredor. Nas corridas de meio‐fundo, por exemplo, o pé deverá apoiar‐se primeiramente sobre o metatarso: (a) já nas provas mais longas coloca‐se primeiro a parte anterior do pé e depois a parte lateral externa: (b) sendo que o calcanhar aproxima‐se mais do solo em comparação com as corridas de velocidade, onde o calcanhar fica mais elevado (predomina a ponta do pé), (c) porque a inclinação do corpo é mais acentuada para aumentar o impulso de deslocamento.

Em todos os casos, os pés devem ser colocados paralelamente um ao outro e apontados para frente.

Fase de Impulso A fase de impulso ocorre, obviamente, durante o apoio do pé na superfície, sendo esta organização das fases para fins de análise. Durante o apoio, a perna absorve o impacto do golpe do pé, sustenta o corpo e mantém a movimentação adiante enquanto acelera o CG, quando a perna proporciona o impulso para projetar o corpo à frente. A fase de impulso se caracteriza pela extensão das articulações do tornozelo, joelho e quadril, resultando num período de aplicação de força contra o solo, para frente e para cima. Ao tempo que a outra perna atua flexionada adiante e acima, provocando um acréscimo de forças. A máxima extensão da perna de impulso irá coincidir com a maior elevação da coxa e joelho da perna livre. Os braços se movem compensando o movimento das pernas e inversamente às mesmas, ou seja, o braço correspondente à perna que avança vai para trás e vice‐versa. Coincidindo o máximo de sua ação com o momento final da impulsão, de forma que quando o cotovelo se encontra mais atrás, o joelho correspondente alcança maior elevação. Em sua oscilação (ligeiramente convergente para o peito – linha média do corpo), forma um ângulo aproximado de 90º entre o braço e o antebraço. A intensidade do movimento das pernas e braços, assim como a sua amplitude, é diretamente proporcional à velocidade da corrida. Fase de Vôo Em cada passo, na qual o corpo fica sem contato com a superfície de apoio. Esta fase de vôo é o que distingue mais prontamente a caminhada da corrida. A projeção para frente provocada pelo impulso se manifesta na parábola descrita pelo CG uma vez terminado o contato com o solo, sendo esta fase de perda de velocidade.

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

16

Durante a fase de vôo a perna livre executa um balanço e depois estende‐se para o contato com o solo (fase de balanço) enquanto que a perna de impulsão flete rapidamente (fase de recuperação). Fase de Balanço

Na fase do balanço, a coxa da perna livre deve subir rapidamente à horizontal. Fase de Recuperação

Na fase da recuperação o joelho da perna de impulsão deve flexionar acentuadamente num movimento curto e pendular. Movimento dos braços Os braços devem movimentar‐se lateralmente em relação ao tronco. Sua ação consiste em balanceamento rítmico, partindo da articulação do ombro e flexionando‐se em um ângulo de mais ou menos 90 graus.

Os braços devem ser movimentados no sentido ântero‐posterior (da frente para trás) sem cruzar excessivamente o plano anterior e/ou posterior do corpo, apenas o suficiente para possibilitar o ritmo da corrida, contribuindo para o equilíbrio e o deslocamento para frente. Durante a movimentação dos braços, as mãos devem estar totalmente descontraídas. Essa ação é de muita

importância, a ponto de alguns corredores declararem que finalizaram determinadas provas "correndo com os braços". Ângulo do Corpo O ângulo em que o corpo se coloca durante a corrida é uma característica natural, porque, à medida que o corredor acelera a passada, o corpo começa a se inclinar para frente, em uma tomada natural de equilíbrio.

Para encontrar o ponto ideal da inclinação do corpo, deve‐se mantê‐lo no conjunto, em uma linha reta, formada pela perna que está atrás (perna de apoio posterior), o tronco e a cabeça. Na maioria dos casos, isso ocorre quando os olhos focam um ponto a certa distância na pista, o que coloca a cabeça posicionada corretamente, fazendo com que o corpo adquira automaticamente o ângulo adequado. Fases da Corrida de Velocidade Em síntese, pode‐se colocar que as corridas de velocidade são constituídas pelas seguintes fases: ‐ Partida ‐ Aceleração (visando o alcance da velocidade máxima) ‐ Manutenção da velocidade máxima ‐ Desaceleração (em esforços máximos ou muito próximo do máximo, esta fase acaba por acontecer, porém, visa‐se ter a menor perda possível) ‐ Chegada. Partida ou Saída Antigamente, em todas as corridas a saída era feita em pé. Entretanto, as provas de velocidade evoluíram para posições com maior flexão de pernas e tronco, originando a saída baixa.

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

17

O atleta que sai antes do tiro será advertido na primeira e na segunda vez. Na terceira vez será desclassificado. Ao estudarmos a técnica das corridas, um cuidado muito especial deve ser dado á fase da saída, procurando conhecê‐la em seus pequenos detalhes, para que se possa tirar o máximo proveito dela, uma vez que quando bem executada pode levar em muitos casos um corredor a vitória. Nas provas de corrida, existem três posições de saídas: 1‐ Saída alta (em pé): utilizada nas provas de corridas de meio‐fundo e fundo (rasas e com obstáculos) e não exigem aprimoramento técnico expressivo.

2‐ Saída intermediária: utilizada por corredores intermediários das provas de revezamento ou em treinamento para aprimoramento da saída baixa de corredores de velocidade.

3‐ Saída baixa (com bloco de partida): é usada em corridas curtas, em que a explosão muscular do atleta tenha fator decisivo.

Regras da saída no Atletismo a) A saída de todas as provas deve ser medida da linha de chegada para trás, uma vez que o local de saída é exclusivo de cada prova e a linha de chegada é uma só para todas as distâncias.

b) É considerada falha a saída em que o competidor deixar o seu bloco ou lugar após a ordem do juiz de partida, antes do tiro de saída. c) Se realizar uma saída falsa, o corredor é advertido; caso repita a falta, será desqualificado. d) Os blocos de partida devem obedecer às especificações do regulamento; quando forem utilizados na partida, o competidor deve manter os seus dois pés e ambas as mãos em contato com o solo. Saída Alta É empregada nas corridas de 800m em diante. Fases específicas da partida alta – comandos do Juiz de Partida: ‐ “Às suas marcas”; ‐ Tiro (sinal de partida). Saídas Baixas É utilizada nas provas de 100m, 200m, 400m, 110m c/barreiras, 400m c/barreiras e para os revezamentos 4x100m e 4x400m é obrigatória a saída de uma posição agachada e o uso de blocos de partida. A Saída de Blocos divide‐se em duas fases: 1ª Fase preparatória: colocação e ajustagem do bloco. 2ª Fase execução: ‐ Na posição "as suas marcas" o atleta tem de se colocar nos blocos de partida e definir a posição inicial. ‐ Na posição de "prontos" o atleta move‐se colocando‐se na posição ideal para a partida. ‐ Na fase da partida propriamente dita o atleta deixa os blocos e dá a primeira passada de corrida. ‐ Na fase de aceleração o atleta aumenta a velocidade e faz a transição para a corrida de velocidade máxima.

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

18

Posicionamento do corpo no bloco: ‐ Pé dianteiro: perna de impulsão; ‐ Pé traseiro: perna de apoio; Para determinar a distância do apoio dianteiro em relação à linha de partida, usa se medir a distância entre os ombros e os quadris; e a distância do apoio traseiro será tal que o pé de apoio esteja posicionado próximo à extremidade do pé de impulso; Ao adotar a posição em 4 apoios (adotado a partir do comando “prontos”), o joelho da perna de impulso deverá estar com um ângulo próximo a 90º e o joelho da perna de apoio com um ângulo próximo a 120º;

Variações da Saída Baixa Dentre os tipos de saídas mais utilizados, podemos destacar três que são mais comumente utilizadas: saída curta ou grupada, saída média e saída longa. Elas recebem essa denominação com base na distância de colocação dos apoios nos suportes dos blocos de partida.

Saída curta ou agrupada: Na saída curta a distância entre o corpo do corredor e a linha de largada é bem pequena, em termos de medidas, o apoio da frente está situado a 48 cm da linha de partida e o de trás a 73 cm (aproximadamente), de modo que o corredor fica encolhido quando assume a posição da saída baixa. A inclinação do corpo à frente é bem acentuada, ficando os quadris bem mais altos que os ombros.

Nesta posição o desequilíbrio à frente é grande, o que permite uma saída com uma maior rapidez (frequência) das passadas nos primeiros 30 metros mais com um desgaste grande de Energia Nervosa, e não será possível manter esta frequência no percurso todo da prova. Saída longa: Na saída longa a separação entre os suportes para o apoio dos pés no bloco de partida é grande (as medidas mais comumente utilizadas são 33 cm para o apoio anterior, em relação à linha de partida e 103 cm para o posterior), o que proporciona o joelho no chão da perna posterior e o corredor mantém uma posição mais alongada do corpo.

A Saída Longa tem o inconveniente de colocar o atleta em uma posição muito cômoda e que poderá fazer com que os seus reflexos sejam retardados. O troco fica quase na horizontal. Esta posição não permite aproveitar devidamente a capacidade de impulsão da perna traseira devido a sua já quase total extensão. Saída média: É um tipo intermediário entre as outras duas (curta e longa), na qual o joelho da perna de trás e colocado na direção da ponta do pé que está no apoio anterior. Como exemplo, o suporte do apoio anterior é colocado 38 cm atrás da linha de partida e o de trás 85 cm. Nesse caso, o quadril não se eleva tanto como na saída curta, ficando quase que em linha com a cabeça.

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

19

É uma das mais adotadas no mundo para os atletas conseguirem mais cedo um estado melhor de velocidade, poderá se ter a sensação de ser uma saída lenta, porém, a aceleração levará o mesmo a conseguir uma amplitude de passada mais cedo. Aceleração Logo após a partida, ao iniciar o percurso, o corredor aumenta gradativamente a suas passadas. Assim, atinge o máximo de sua velocidade.

A aceleração deve ser realizada da seguinte forma: ‐ Corpo inclinado para frente. ‐ Passadas iniciais curtas e rápidas. ‐ Aproveitamento da oscilação dos braços para conseguir entrar, o mais rápido possível, na velocidade adequada. Manutenção da Velocidade Máxima Depois desta fase inicial, a inclinação do tronco à frente vai‐se aproximando progressivamente da posição normal de corrida Simultaneamente, deve‐se ir aumentando gradualmente a passada da corrida O corredor, então, preocupa‐se em manter essa velocidade com amplos movimentos dos braços. A mudança da aceleração inicial para a corrida propriamente dita deve ter variações pouco sensíveis. ‐ O contato dos pés com o solo deve ser feito pela parte exterior do metatarso. ‐ O apoio deve ser sempre «elástico»: maior velocidade, mais tensão e apoio mais diretamente na parte anterior do pé, ligeiramente à frente da vertical do joelho.

‐ A perna de apoio deve manter ligeira flexão e o calcanhar da perna livre situar‐se perto das nádegas. ‐ O ponto mais alto da perna livre, fletida, na direção da corrida, deve coincidir com a maior extensão da perna de apoio na impulsão. ‐ A movimentação dos braços, fletidos, deve ter correspondência com a das pernas. ‐ O olhar deve ser sempre dirigido para frente. ‐ Descontração nos grupos musculares que não são necessários ao movimento da corrida. Fase de Desaceleração ‐ Tentar manter os joelhos altos; ‐ Manter a amplitude da passada; ‐ Não alterar a técnica de corrida; Chegada Esta corresponde à última fase das corridas. Sendo que para as corridas de velocidade, é tão importante quando as anteriores.

Item regulamentar: “Os competidores devem ser classificados na ordem em que qualquer parte de seu tronco (ficando excluídos: cabeça, pescoço, braços, pernas, mão ou pés) atinjam o plano vertical que passa pela borda anterior da linha de chegada”. Existem algumas técnicas de chegada: chegada normal, chegada com projeção do ombro para frente e a mais utilizada, chegada com projeção do tronco para frente. Procedimentos importantes: ‐ Passar correndo com a máxima velocidade pela linha de chegada – deve‐se imaginar que o final da corrida se dá alguns metros adiante do local real – assim o corredor transpõe a linha de chegada sem diminuir a velocidade; ‐ Na chegada com projeção do tronco para frente, ao se aproximar da linha de chegada, o corredor inclina o tronco, de modo que esta parte do corpo atinja antes o objetivo final.

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

20

Provas de Velocidade São consideradas provas de velocidade: 100, 200, 400 e 800m rasos, 100m com barreiras (fem.), 110m com barreiras (masc.) e 400m com barreiras (fem. e masc.), e os revezamentos 4x100 e 4x400m. 100m rasos É a prova mais nobre do Atletismo. Sua estreia nos primeiros Jogos da Era moderna, em Atenas em 1896, deu o pontapé inicial para que, a cada quatro anos, o mundo se assombre ao conhecer o homem mais rápido do mundo. Os atletas podem completá‐la em menos de 10 segundos. Para isso, respiram apenas uma única vez durante o trajeto em linha reta. Na foto temos o recordista mundial, o jamaicano, Usain Bolt com o tempo de 9,58 segundos.

A largada é realizada no início da reta principal de uma pista de atletismo. Cada atleta ocupa uma raia, no qual lhe coube através de sorteio. O atleta deverá percorrer os 100m em sua raia. Será desclassificado se percorrer os 100m na raia que não lhe pertence, quer seja na direita ou esquerda. Em provas oficiais, todos os atletas devem sair em blocos de partida. A primeira eliminatória dos 100m inclui dez séries com os três primeiros corredores de cada uma delas, juntamente com os próximos dez corredores mais rápidos de todas as séries automaticamente qualificados para as quartas‐de‐final. 200m rasos A largada é realizada no início da 2ª curva, ou seja, na metade de uma pista oficial. Depois de “explodir” na largada, os atletas devem manter os corpos em perfeito equilíbrio para enfrentar a curva que, muitas vezes, define quem se sagrará o vencedor. Depois devem dar uma arrancada final. Como nos 100m rasos, cada atleta deverá ocupar uma raia, portanto com

diferente escalonamento. O atleta que correr na raia 1 será seu ponto de partida exatamente nos 200 metros. O atleta da raia 2 deverá largar um pouco mais à frente que o atleta da raia 1. O atleta da raia 3 à frente da raia 2, assim por diante. Pois é preciso haver uma compensação, isto é, todos deverão correr exatamente 200 metros. Os atletas deverão permanecer em sua respectiva raia até o fim da prova, sob pena de desclassificação.

Usain Bolt, o mesmo recordista dos 100 metros é também o detentor do melhor tempo da prova de 200 metros com o tempo de 19,2 segundos.

Florence Griffith‐Joyner, dos EUA, detém o recorde olímpico na modalidade de 200m feminino com o tempo de 21:34 estabelecido em Seul, Coréia do Sul, em 1988. 400m rasos A largada é realizada no início da 1ª curva. Com os mesmos princípios dos 200 metros rasos, os atletas deverão sair escalonados, para que todos percorram 400 metros em sua respectiva raia, até o fim da prova. Não poderá haver invasão da raia adversária. Presente desde os primeiros Jogos da Era Moderna, em Atenas em 1986, é uma das mais nobres do atletismo. Os atletas devem dar uma volta na pista de atletismo que tem exatos 400 metros.

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

21

Corridas com Barreiras Antes de tudo, podemos dizer que as corridas com barreiras são provas de velocidade rasas porque, muito embora o barreiristas se depare com uma série de barreiras colocadas à sua frente no trajeto de sua corrida, ele procura franquear esses obstáculos sem a mínima perda da velocidade e também observar o seu centro de gravidade em linha paralela com o solo, mesmo no momento de executar a passagem sobre a barreira. Histórico ‐ 1837, EtonCollegena Inglaterra, 100 jardas 10 obstáculos fixos (cercas de gado ovino) no solo com altura de 3,5 pés ou 1.067m; ‐ 1864, Oxford x Cambridge, 120 jardas em 17”7 A.W.T. Daniel; ‐ 1866 estabelecimento das regras, distância da prova 110m ou 120 jardas, altura da barreira e intervalo entre as barreiras 10 jardas ou 9,14m; ‐ Até 1892 cercas fixas ao solo; ‐ 1893 barreiras em forma de T invertido fixadas na pista; ‐ 1896 Brontomna Inglaterra barreiras apoiadas no solo. Regras As corridas com barreiras são provas de atletismo que fazem parte do programa olímpico e consistem em corridas de velocidade que têm no percurso várias barreiras que os atletas têm que saltar. Estas corridas requerem velocidade e destreza. Esse tipo de corrida é constituído de provas cujas distâncias sejam de 100 a 400m, nas quais o corredor deve ultrapassar um total de 10 barreiras em qualquer dessas provas, independente da distância. Portanto, o número de barreiras é o mesmo para todas as provas variando apenas a distância a ser percorrida e o intervalo existente entre as barreiras, bem como a distância entre a linha de partida até a primeira barreira e da última barreira à linha de chegada. Todas as medidas mencionadas aqui estão contidas no quadro abaixo.

Gênero Distância

da prova Altura das Barreiras

Dist. da linha

saída à 1ª

barreira

Distância entre as barreiras

Dist. última bar. à linha

chegada

Masculino 110m 1,067 m 13,72 m 9,14 m 14,02 m

400m 0,914 m 45,00 m 35,00 m 40,00 m

Feminino 100m 0,840 m 13,00 m 8,50 m 10,50 m

400 m 0,762 m 45,00 m 35,00 m 40,00 m

Apesar da variedade existente entre as distâncias dessas provas, as técnicas para o seu desenvolvimento são muito semelhantes no que diz respeito à ação da corrida, aos gestos realizados pelo corredor e as fases de que se compõem. Fases da Corrida com Barreiras Para fins didáticos a corrida com barreiras pode ser dividida em 6 fases: ‐ Partida; ‐ Abordagem (ataque) da barreira; ‐ Passagem sobre a barreira; ‐ Apoio após a passagem; ‐ Corrida entre as barreiras; e ‐ Corrida final para a chegada. Observações: ‐ Todas as corridas devem ser disputadas com raias marcadas, devendo os competidores se manterem em suas raias durante todo o percurso; ‐ A barreira deve ser “passada” e não “saltada”. Partida ‐ Distância até a 1ª barreira: número de passos é pré‐definidos; são comuns 7 ou 8 passos até a 1ª barreira.

‐ Posição dos apoios dos pés no bloco de partida: algumas vezes a posição empregada nas provas rasas não permite que o atleta atinja a 1ª barreira com a perna preferencial de abordagem. Nesse caso, é mais aconselhável que se mude a posição dos pés no bloco ao invés de mudar a perna de abordagem. ‐ Forma prática de definir o posicionamento dos pés no bloco: se o atleta executa um número ímpar de passos para percorrer a distância do bloco à 1ª barreira, ele deve

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

22

colocar a perna de abordagem (ataque) no apoio da frente (perna de impulsão). E, se o atleta executa um número par de passos para alcançar a 1ª barreira, ele deve colocar a perna de abordagem no apoio de trás (perna de apoio). Abordagem ‐ A perna de abordagem (ataque) deve se elevar estendida. ‐ A perna de impulsão só deixará o solo depois de totalmente estendida. Isso evita que o atleta dê um salto, ocasionando perda de velocidade. ‐ Na prova de 400m deve‐se preparar o atleta para que faça a abordagem com uma e outra perna. Um dos fatores para tal procedimento é que nas curvas o corpo estará inclinado para a esquerda e a perna direita que irá passar flexionada sobre a barreira, irá fazê‐lo com maior facilidade (neste caso, abordar a barreira com a perna esquerda). Um outro motivo é a grande distância entre as barreiras e a distância total da prova (400m – velocidade prolongada), o que pode ocasionar uma alteração do número de passos realizados entre as barreiras e, desta forma, obrigar o atleta a abordar a barreira com a perna não preferencial. Passagem sobre a Barreira A passagem sobre a barreira pode, por sua vez, ser dividida nas seguintes fases: chamada, transposição e recepção no solo após efetuar a transposição.

A forma correta de se passar o obstáculo, principalmente as barreiras altas (1,06m), é quase idêntica aos movimentos básicos de uma corrida rápida. Tanto nas corridas com barreiras como nas de velocidades rasas, a rapidez se deriva de um contato devidamente equilibrado dos pés contra o solo de forma que, a cada novo contato com o chão, após a passagem sobre a barreira, há um controle no equilíbrio da ação, sendo melhor então a forma na qual se permanece o menor tempo com o corpo no ar.

Detalhes da forma correta, tais como o ângulo no momento em que ele começa a deixar o chão para iniciar o ataque a barreira, a inclinação do corpo à frente sobre o obstáculo, a rapidez com que a perna de ataque se dirige ao solo após a passagem e finalmente a posição correta da perna traseira (perna de passagem), jamais podem ser esquecidos. É de grande importância que todos os procedimentos usados para a passagem da barreira tenham uma ação contínua, da seguinte maneira: a) Ponto de impulsão para início da passagem, o corpo do barreirista descreve uma trajetória parabólica, cujo ponto mais alto se dá antes da barreira, isto porque o ponto de impulso, que varia de acordo com a estatura, soltura, mobilidade e velocidade do corredor está mais distanciado da barreira do que o ponto de abordagem no solo após a passagem;

b) Passagem da barreira: ‐ Perna de ataque (a que vai à frente): inicia a passagem da barreira com a impulsão no solo, enquanto a perna de ataque se flexiona, projetando o joelho em direção à barreira, juntamente com o braço contrário a essa perna; quando o centro de gravidade do corredor ultrapassar a mesma e já estiver na fase descendente da parábola descrita pela passagem, esta perna procura descer rapidamente em direção ao solo, buscando a recuperação;

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

23

‐ Perna de passagem (a de trás): ao deixar o solo, flexiona‐se, elevando‐se horizontalmente para a lateral e deslizando no ar, acompanhando a trajetória aérea do corpo; após a passada do centro de gravidade pela barreira e a colocação bastante rápida da perna de ataque em contato com o solo, a perna de passagem começa a se dirigir para frente através da um movimento do joelho para cima e para frente, a fim de ampliar a primeira passada a ser dada após a transposição do obstáculo para que ela seja da mesma amplitude das seguintes;

Um competidor será desclassificado se passar o pé ou a perna abaixo do plano horizontal da parte superior da barreira, fora de sua raia, ou se, na opinião do árbitro, derrubá‐la propositadamente com o pé ou com a mão.

Corrida entre as barreiras ‐ O número de passos entre as barreiras deve ser constante para assegurar a abordagem das mesmas sempre com a mesma perna. ‐ Nas corridas de 100 e 110m, deverão ser dados 3 passos entre as barreiras. Corrida final Após ultrapassar a última barreira, o atleta reunirá toda sua “energia” a fim de cruzar a linha de chegada com o máximo de velocidade possível. Provas de Corrida com Barreiras Os 110m com barreiras A prova dos 110 m com barreiras é considerada uma das mais bonitas do atletismo, devido à grande velocidade com que é desenvolvida, aliada a uma técnica das mais apuradas, em que o corredor deve respeitar certas exigências do regulamento e se adaptar a ele, independentemente de suas possibilidades de velocidade e de suas características morfológicas e nervosas. Embora havendo sempre detalhes de execução totalmente pessoais de cada corredor, a técnicas e suas características gerais deve ser realizada de forma que cada uma das fases da corrida seja desenvolvida dentro da máxima perfeição, buscando o principal objetivo da competição, que é a vitória. Dessa forma, vamos dar uma visão das características específicas de cada uma das fases desta prova, que jamais poderão deixar de serem consideradas pelo corredor, professor ou técnico. A saída: Nesta prova, a saída é bastante parecida com a dos 100m rasos, devendo‐se apenas tomar algumas precauções com relação ao desenvolvimento das passadas iniciais da corrida, que devem ser graduadas dentro da maior velocidade, a fim de se atacar a primeira barreira com a máxima rapidez para que seja possível manter o ritmo da corrida até o final. Além disso, o barreirista deve colocar seu corpo em posição normal de corrida logo nas primeiras passadas, para posicioná‐las favoravelmente ao ataque à barreira situada logo em seguida à linha de partida. Não se deve esquecer que o pé de impulso para o ataque da barreira deve ser colocado no apoio da frente do bloco de

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

24

partida, a não ser em casos excepcionais, em que torne necessária a inversão dos pés, detalhe que será levado em consideração no estudo da fase seguinte. Da saída ao ataque à primeira barreira: A primeira barreira está situada a 13,72m da linha de partida e o ponto de impulsão para o ataque a essa barreira fica por volta dos 11,90m. Para cobrir essa distância, os barreiristas utilizam oito passadas. O ataque à barreira é realizado em plena corrida, ao final da oitava passada. O ponto de impulsão está situado a mais ou menos 6 ou 7 pés de barreira e a ação de ataque é realizada conforme já foi descrito na análise técnica feita anteriormente.

Outro detalhe importante a se considerar neste início da corrida se defere à orientação dos pés, que devem estar dirigidos para frente. Entre as barreiras: Logo que o corredor passa pela barreira, sua perna de ataque inicia a descida em direção ao solo, de uma forma natural, porém bastante rápida; o ponto de contato com o chão fica a uma distância variável entre 5 ou 6 pés da barreira. Amortece a queda e prepara, assim, mediante uma ligeira flexão desta perna, a impulsão da passada seguinte, dando início à série de três passadas que serão sistematicamente realizadas para cobrir o espaço de 9,14m que separa as barreiras entre si. Essa curta corrida de três passadas é semelhante a uma fase de aceleração. Sua velocidade será primeiro em função da velocidade anterior à passagem da barreira, seguindo‐se a eficácia da técnica da passagem e a atitude do corredor quanto na recepção do solo para a sua recuperação após a passagem. Tudo isso deve ser insistentemente treinado para poder ser realizado corretamente, a fim de que o ritmo da corrida não seja prejudicado em virtude do pequeno espaço entre as barreiras com que o corredor conta para conseguir manter a sua

velocidade, que tende a diminuir à medida em que cada barreira vai sendo passada.

Assim, melhor performance é alcançada com três passadas entre as barreiras, que constituem o menor número possível dentro de um melhor rendimento, pois seria praticamente impossível realizar essa fase com apenas duas passadas, visto que sua amplitude deveria ser de 2,82m, fora do normal, levando a esforços muito intensos e exigindo uma grande elevação do centro de gravidade, com um prolongado tempo de suspensão do corpo. Tudo isso acarreta uma grande perda de tempo. Essas três passadas devem ser cuidadosamente graduadas e automatizadas com o treinamento, para permitir que o corredor faça a abordagem do obstáculo sem modificar o seu ritmo e também dentro de uma regularidade bastante precisa. Da última barreira à chegada: Após a passagem da décima e última barreira, o corredor ainda precisa de energias para dar continuidade à a sua corrida sem perder o ritmo. A distância restante a ser percorrida é de 14,02m, que nesse caso é coberta como se fosse uma corrida rasa, com uma pequena diferença: no instante inicial há uma pequena arrancada, na qual as primeiras passadas são ligeiramente mais curtas, para aumentar gradativamente até a linha de chegada, momento em que o corredor procede como nas provas rasas, utilizando as mesmas técnicas para ultrapassar essa linha final. Durante o desenvolvimento da corrida há uma exigência de esforços intensos e repetidos, o que torna indispensável que o corredor realize corretamente a respiração, expirando ao atacar a barreira e inspirando no momento da recuperação, após a passagem. Portanto, corre sem respirar no espaço de intervalo entre as barreiras. Defeitos a serem evitados nessa corrida: ‐ Desequilíbrio muito acentuado nas passadas iniciais da corrida. ‐ Primeira passada muito curta após a passagem sobre a barreira. ‐ Fazer o ataque à barreira muito longe ou muito perto da mesma.

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

25

‐ Colocar o pé de impulso voltado para fora do eixo da corrida no momento do ataque. ‐ Atacar a barreira com a perna flexionada e o pé em extensão. ‐ Flexão prematura do tronco ao nível dos quadris. ‐ Impulso incompleto da perna de passagem, que não deve ser dirigido à vertical. ‐ Desequilíbrio lateral do corpo após a passagem, no momento da recepção do pé contra o solo (recuperação). ‐ Tronco muito ereto. ‐ Má orientação da perna de passagem. ‐ Utilização incorreta dos braços. ‐ Falta de mobilidade geral (flexibilidade e elasticidade). Provas de 100 com barreiras Os 100 m com barreiras é uma prova de atletismo que faz parte do programa olímpico e que é feita por mulheres. Os 100 metros com barreiras é também a primeira prova do heptatlo. A prova é constituída por um percurso de 100 metros, onde são dispostas 10 barreiras. A primeira surge 13 metros depois da linha de partida, as seguintes têm 8.5 metros de intervalo entre si e depois da última barreira há um percurso de 10.5 metros até à linha da meta. As barreiras têm 84 cm e são colocadas de modo a que caiam para frente, caso sejam tocadas pela atleta corredora. A queda das barreiras não é motivos de desqualificação mas vai, muito provavelmente, afetar de forma negativa o tempo obtido pela concorrente. A prova precursora desta modalidade foram os 80 metros com barreiras, disputados como modalidade olímpica entre os Jogos de Los Angeles de 1932 e da Cidade do México em 1968. Na edição de Munique 1972, a prova media já 100 metros. A primeira campeã olímpica da distância foi Annelie Ehrhardt da Alemanha Oriental. Algumas atletas famosas nesta especialidade são Shirley Strickland, Gail Devers e Fanny Blankers‐Koen. Prova dos 400 metros com barreiras Criada na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, a categoria entrou

para as Olimpíadas em 1900, nos Jogos Olímpicos de Paris, na França. A saída desta prova é idêntica à da prova de 400m rasos. A distância da linha de partida até a primeira barreira é de 45m e o número de passadas utilizado nessa varia de 22 a 25, de acordo com a amplitude da passada do corredor e também com o melhor aproveitamento ao atacar a barreira, cujo ponto de impulsão está situado entre 2 e 2,50m da mesma. Para a passagem da barreira, não é necessária uma flexão muito acentuada do tronco para frente; apenas o braço contrário à perna de ataque é conduzido adiante, sendo que o outro deve ser mantido na posição normal da corrida, para manutenção do equilíbrio. Também deve ser levado em consideração que essa prova é corrida em duas curvas, sendo interessante por isso que o ataque seja efetuado com a perna esquerda e a impulsão com a direita, que se localiza externamente em relação à curvada corrida, o que facilita a ação da passagem. Nesta prova, a distância entre as barreiras é bastante grande, (35m) e por este motivo é de grande importância a manutenção do ritmo da corrida, para que o corredor consiga realizar as 15 ou 17 passadas normalmente usadas até a sétima ou oitava barreira, aumentando em seguida para 17, devido à dificuldade em manter o ritmo da corrida e a amplitude das passadas, em virtude da fadiga que normalmente sobre vem no final da prova. Para evitar um grande prejuízo, torna‐se interessante que o barreirista consiga atacar a barreira com a mesma facilidade invertendo a posição das pernas. Corridas de Revezamentos Histórico Segundo J. Kenneth Dohert, em seu livro “Tratado Moderno de Pieta e Campo”, as corridas de revezamento foram idealizadas pelos norte‐americanos, em decorrência de outras atividades por eles praticadas, que deram origem a esta prova de competição em atletismo. Na ocasião havia revezamento de cavalos puxadores das diligências, os quais, devido às longas viagens eram mudados nos postos de troca. Mas os revezamentos realizados entre os bombeiros

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

26

de Massachusetts foram os acontecimentos mais estreitamente ligados a idealização das corridas de revezamento, hoje praticadas em todas as competições de Atletismo. Partindo desse fato, a Universidade da Pensilvânia, através de Frank B. Ellis e H. L. Geyelin deu início a essa prova, praticada por quatro corredores, com o objetivo de atrair o público às competições. A primeiro experiência foi realizada em 1893, com duas equipes de 4 x 1/4 de milha, cujo resultado positivo levou à inclusão da prova nas competições da primavera. Nesta época, a forma da prática era diferente, pois não era utilizada uma saída veloz, não havia o transporte do bastão e o revezamento entre os corredores era feito em uma marca onde o companheiro seguinte ficava à espera. Devido ao enorme sucesso, no ano seguinte (1894), o interesse entre os atletas, treinadores e público era tão grande, que várias escolas de outros lugares foram convidadas para participar dessa competição na Pensilvânia. De acordo com os acontecimentos, a corrida passou a ser disputada em quatro níveis: preparatório, secundário, universidade e academia. Com isso, a simpatia pelas provas cresceu assustadoramente, levando 115.000 participantes aos revezamentos da Pensilvânia, um exemplo digno de ser imitado por nossos organizadores. Originalmente, a prova era realizada sobre uma milha, para em seguida ser ampliada para duas e quatro milhas, já no ano de 1897, a partir de quando foram experimentadas transformações de tempos em tempos: 1915 ‐Revezamento rápido e de distância. 1922 ‐440 e 880 jardas, mais os revezamentos com obstáculos. Outro revezamento que entrou em evidência foi o revezamento combinado, onde cada um dos quatro componentes da equipe corria uma distância diferente, de acordo com a sua especialidade. Esse tipo já fora praticado nos jogos olímpicos de Londres em 1908, onde os dois primeiros corriam 200 m cada, o terceiro 400 m e o quarto componente da equipe 800 m, prova esta que foi deixada de lado em 1912, na cidade de

Estocolmo, dando lugar ao 4 x 100 m e ao 4 x 400 m que passaram a ser as provas oficiais, realizadas até os dias de hoje, sendo que a partir do ano de 1962 a passagem começou a ser efetuada dentro da zona regulamentar de 20 m. Entre outras razões, as corridas de revezamento se fixaram como uma realidade obrigatória dentro das competições de atletismo, tornando‐se uma verdadeira atração, porque, além das emoções que provoca, é também a única prova dessa modalidade esportiva na qual o fator coletivo é extremamente fundamental, por constituir uma prova de equipe, cujos resultados dependem do perfeito entrosamento entre os quatro elementos que compõem a equipe. Isso temos observado no decorrer dos anos em que os Estados Unidos vem dominando essa prova não apenas pela grande qualidade dos velocistas que surgem nesse país como também pela grande quantidade de equipes que são preparadas em decorrência de um trabalho sabiamente planejado. Conceito As corridas de revezamento são provas disputadas por grupos, cada um composto por quatro atletas. Cada atleta corre um quarto da prova (4X100m ou 4X400m) e passa um bastão para o atleta seguinte de sua equipe, este bastão, deve ser seguro durante todo o percurso. A troca de corredores deve ocorrer na "área de passagem”, a cada 100 m, no 4X100m, ou a cada 400 metros, no 4X400m, e deve ocorrer em uma área com cerca de 20 metros de comprimento, sendo 10m antes e 10m depois da linha demarcatória. As passagens de bastão fora deste intervalo são motivo de desqualificação. Provas de revezamento ‐ 4x100m. ‐ 4x400m. ‐ Medley: 100m – 200m – 300m – 400m (os dois primeiros integrantes da equipe – corredores dos 100 e dos 200m – realizam a corrida raiada).

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

27

Há duas provas olímpicas desta classe 4 x 100m e 4 x 400m para homens e para mulheres. Os corredores devem passar um bastão de metal ou de madeira ao próximo corredor dentro de uma zona determinada (zona de passagem) de 20 metros e a equipe que não o realize fica desqualificada. Regras ‐ O bastão deve ser carregado na mão. Se ele cair, o corredor pode sair de sua raia para recuperá‐lo desde que isso não diminua a distância percorrida. ‐ As equipes podem ser desclassificadas pelas seguintes razões: perda do bastão, troca de bastão realizada de modo impróprio, duas falsas largadas, alcançar outro competidor inadequadamente, impedir que outro competidor passe e bloqueá‐lo propositadamente, cruzar o percurso inadequadamente, ou de qualquer outra maneira interferir com o outro competidor. ‐ Na modalidade 4 x 400 m, os corredores podem sair de suas raias dentro dos seguintes parâmetros: o primeiro corredor deve permanecer em sua raia, o segundo corredor pode passar para a parte interna após a primeira curva. O terceiro e quarto corredores, sob a orientação de um oficial, se posicionam a partir da raia 1 para fora, na ordem de suas equipes quando os corredores que estão chegando se encontram a meia curva de distância. Se essa ordem se alterar nos próximos 200 m, os corredores que estão esperando devem permanecer em suas raias designadas. ‐ Após passar o bastão, os corredores que chegam devem permanecer em suas raias após a passagem do bastão. Isso diminui qualquer obstrução que poderia ser causada às outras equipes. Setores do Revezamento Setores do revezamento 4x100m

‐ Pré‐setor: 10m. ‐ Setor de passagem do bastão: 20m. Setor do revezamento 4x400m No revezamento 4x400m, na primeira passagem do bastão, que é feita com

os atletas em suas respectivas raias, não será permitido que o segundo corredor inicie sua corrida fora de seu setor de passagem do bastão. Similarmente, o terceiro e quarto corredores deverão sair de dentro de seus respectivos setores de passagem. Portanto, nesta prova não se tem o pré‐setor como na prova de 4x100m. Formas de entrega/recepção do bastão ‐ Entrega descendente, ascendente e horizontal. ‐ Recepção visual e não visual. ‐ Com ou sem troca de mãos após o recebimento.

Passagem reta ou horizontal – o bastão é entregue com o deslocamento do mesmo acontecendo quase em linha reta – na horizontal – um pouco abaixo da linha do ombro. Considerado o mais rápido e eficiente dos estilos. A entrega e a pegada acontecem no próprio movimento dos braços. Quem entrega estende um pouco o braço para frente colocando o bastão na mão de quem recebe – o bastão é empurrado de forma horizontal, estando a palma da mão do atleta recebedor direcionada para o atleta que se aproxima (o Pré‐setor Setor de passagem do bastão Passagem ascendente Passagem descendente “v” da mão posicionado para baixo), estando o bastão, portanto, posicionado próximo à vertical. Composição da equipe Cada um dos trechos do revezamento requer capacidades específicas dos corredores. Exemplo para o 4x100m: ‐ 1º atleta: saída rápida – melhor rendimento em corrida na curva; ‐ 2º atleta: bom rendimento em corrida na reta e habilidade para receber e passar o bastão; ‐ 3º atleta: bom rendimento em corrida na curva – habilidade para receber e passar o bastão – maior capacidade de recuperação; ‐ 4º atleta: atleta mais veloz e com grande capacidade para a finalização da prova/chegada.

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

28

Corrida de Meio Fundo As corridas de 800 e 1.500m rasos são consideradas de meio fundo. São provas de meia distância em que os atletas devem conciliar alta velocidade com resistência. Nessas disputas, é comum a utilização de “coelhos”, atletas com muita força muscular que disparam na ponta forçando os demais competidores a acelerarem o ritmo. Os “coelhos” nunca terminam as provas e trabalham em equipe. As corridas entraram para as Olimpíadas em 1896, nos Jogos de Atenas, na Grécia, embora na época os 800 metros fossem na verdade, 805 metros. Corridas de Fundo São as provas mais longas disputadas dentro de estádios dos Jogos Olímpicos. Os atletas, batizados de fundistas, têm físico mais franzino do que os competidores das provas de velocidade, pois a prioridade deles é pela resistência e não a explosão muscular. Tanto os 5.000 metros quanto os 10.000 metros foram disputados pela primeira vez em 1912, nas Olimpíadas de Estocolmo, na Suécia. Maratona A maratona é a prova oficial mais longa do Atletismo, com um percurso de 42.195m. Nas Olimpíadas, os 400 metros finais da corrida são dentro de um estádio. A maratona foi inspirada no trágico episódio de Philípides (ou Pheidípides) em 490 a.C., que teria percorrido aproximadamente 40 km para levar a notícia da vitória de Atenas sobre a Pérsia na Batalha da Planície de Maratona. Ao chegar a Atenas, ele teria dito apenas uma palavra – “vencemos” – caindo morto de esgotamento em seguida. Não existe prova deste fato, mas a história era boa e inspirou a competição que foi realizada pela primeira vez na Olimpíada de 1896, nos Jogos de Atenas, na Grécia. Nesta primeira edição, a maratona foi vencida por Spiridon Louis com o tempo de 2h58min50s. A partir daí, a prova foi disputada em outros Jogos Olímpicos com a distância próxima dos 40 km. Em 24 de julho de 1908, nos Jogos Olímpicos de Londres, o percurso da Maratona sofreu uma alteração. Para que a família real britânica pudesse

assistir ao início da prova do jardim do Castelo de Windsor, o comitê organizador aferiu a distância total em 42.195 m, distância esta mantida até hoje. Nos Jogos Olímpicos, há registros de histórias bizarras e curiosas envolvendo a maratona. Encontra‐se um pouco de tudo: atletas que correram descalços, que pagaram carona de carro para pode cumprir o percurso e foram desclassificados, que caíram no caminho e até mesmo que foram “agredidos” enquanto cumpriam o percurso. Esse último fato é recente e envolveu o brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, medalha de bronze em Atenas 2004 que obteve o melhor resultado do país até o momento. (VIEIRA e FREITAS, 2007)

Figura 3: Cornelius Horan empurra Vanderlei de Lima para fora da pista em Atenas 2004, quando o brasileiro liderava a maratona. Em Barra do Corda, a primeira turma formada em Educação Física, organizou no dia 15 de dezembro de 2012, uma mini maratona, com saída na pousada do rio corda e chegada na concha acústica, professora Oginilda Galvão.

A maratona é uma prova clássica dos Jogos Olímpicos que tem conseguido popularidade nas grandes cidades, levando centenas de pessoas às ruas. Atualmente, os recordes são: ‐ Mundial: ‐ Brasileiro: Tal qual a maratona, tornou‐se popular, também, a meia‐maratona, com 21.097,5 m.

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

29

Estas duas denominações referem‐se a corridas de rua (ou de pista e rua) com distância fixa. As demais possuem distâncias variáveis e chamam‐se corridas rústicas. As Olimpíadas de Atenas realizadas em 2004 tiveram como um de seus aspectos de destaque, o fato de, após 108 anos, as Olimpíadas modernas ter voltado ao seu berço. A maratona especificamente foi realizada em seu trajeto original: a largada aconteceu na cidade de Marathon e teve sua chegada no Estádio Panatenaico em Atenas, local onde foram realizados os primeiros Jogos da Era Moderna em 1896. A maratona é o evento que convencionalmente encerra cada um dos Jogos Olímpicos. Corrida de Obstáculos A corrida de obstáculos de 3.000 metros foi uma das duas modalidades exclusivamente masculinas nas Olimpíadas de Atenas, em 2004. A prova entrou para as Olimpíadas nos Jogos de Paris, em 1900. As mulheres começaram a disputá‐la a partir do Pan‐Americano do Rio em 2007 e dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. Obstáculos Os obstáculos possuem 91,4cm para provas masculinas e 76,2cm para provas femininas. A largura mínima dos obstáculos é de 3,94m. O obstáculo do fosso deve ter 3,66m de largura e deve ser fixado ao solo. As barras dos obstáculos terão que ser pintadas com faixas em branco e preto, ou em outras cores fortemente contrastantes. Cada obstáculos deverá pesar entre 80 kg e 100 kg. O atleta não poderá passar por baixo dos obstáculos, ou passar pelo lado. Se isso ocorrer ele será desqualificado da prova. O fosso tem 3,6 x 3,6 m de superfície e fundo inclinado, com profundidade máxima de 76cm, que vai diminuindo gradualmente até atingir o nível da pista. Curiosidade: Inspirada no hipismo, a prova dos 3.000 metros com obstáculos consiste em um percurso de 3000 metros que contém barreiras seguidas de pequenos lagos como

obstáculos. Vence aquele que cruzar primeiro a linha de chegada.

QUESTÕES 1. As corridas podem dividir‐se em: a) Longa distância b) Curta distância e longa distância c) Curta, média e longa distância d) Nenhuma das anteriores e) Todas as anteriores 2. No atletismo existem 4 tipos de corrida são: a) Longas e, curtas e medianas b) Corridas de fundo, velocidade, meio fundo e revezamentos. c) Corridas de fundo, revezamentos e velocidade d) Nenhuma das anteriores 3. Qual é a prova oficial mais curta do Atletismo? a) 80m b) 150m c) 100m d) 50m e) 200m 4. O melhor velocista do mundo é: a) Usain Tadese b) Usain Bolt c) Kevin Young d) Usain Culpeper e) Nenhuma das anteriores 5. Em uma prova de velocidade (100m, 200m e 400m), quantas vezes o atleta pode queimar, ou seja, sair em falso antes do tiro de largada até que seja desclassificado da prova? a) 1 vez b) 2 vezes c) 3 vezes d) 4 vezes e) 5 vezes 6. A prova de 100 metros rasos é uma modalidade olímpica de atletismo, considerada a prova rainha das corridas de velocidade. Dura pouco menos de 10 segundos. Um atleta dá 45 passadas em média para percorrer o percurso e cruza a linha de chegada a cerca de 36 km/h. No caso de uma chegada embolada, para determinar o vitorioso, os juízes observarão: a) os ombros ou o torso dos atletas. b) as pernas dos atletas. c) os braços dos atletas. d) a cabeça dos atletas. 7. Na corrida de velocidade os atletas: a) Podem trocar de pista numa ultrapassagem. b) Não podem invadir a pista dos adversários. c) Pode empurrar o adversário

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

30

d) Nenhuma das opções anteriores está correta. 8. Na corrida de velocidade são utilizadas as seguintes vozes de partida: a) As suas marcas, vai b) Pronto, aos seus lugares e sinal de partida. c) Aos seus lugares, pronto e vai. d) Aos seus lugares, pronto e sinal de partida. 9. A prova de 100m rasos tem uma intensidade muito elevada, levando em consideração os sistemas energéticos, qual predomina nessa prova? a)Sistema aeróbio b) Sistema da glicólise anaeróbia c) Sistema anaeróbio lático d) Sistema ATP‐CP e) Sistema oxidativo 10. Os 200 metros rasos, apesar de ser uma prova curta sua execução é muito complexa, quantas fases essa prova tem? a) 4 b) 5 c) 2 d) 1 e) 3 11. A prova de 50km da marcha atlética tem um volume muito elevada, levando em consideração os sistemas energéticos, qual predomina nessa prova? a)Sistema ATP‐CP b) Sistema da glicólise anaeróbia c) Sistema anaeróbio lático d) Sistema aeróbio e) Sistema anaeróbio alático 12. Qual prova é conhecida como prova de fundo? a) 5.000 metros b) 3.000 metros c) 1.500 metros d) 800 metros e) 400 metros 13. Qual a distancia no momento da largada da prova dos 200m rasos dos atletas da raia 1 e atleta da raia 8? a)20,1m b)21,2m c)22,4m d)24,3m e)25,2m 14. Em uma prova de 10.000m rasos, quantas voltas os competidores correm? a) 20 voltas. b) 22 voltas e meia. c) 25 voltas.

d) 25 voltas e meia. e) 15 voltas. 15. Homens e mulheres competem em todas as seguintes corridas com barreiras, exceto: a) Sprint (curta distância) b) Corridas com barreiras longas c) Corridas com barreiras curtas d) Corridas de 400m com barreiras 16. Numa prova de revezamento de 4 x 100 metros do atletismo, uma equipe formada por quatro atletas deve percorrer 400 m (100 m cada atleta), sendo que ao fim de sua participação o competidor deve passar um bastão para o seu companheiro. Essa troca pode ocorrer em um espaço limitado de 20 m. Caso ultrapasse essa marca, a equipe poderá ser desclassificada. Caso o bastão caia na troca, o que acontece? a) A equipe será desclassificada. b) Somente aquele que irá começar a sua corrida poderá pegá‐lo e a prova seguirá normalmente para a equipe. c) Somente aquele que concluiu a sua corrida poderá pegá‐lo, passá‐lo ao outro corredor e a prova seguirá normalmente para a equipe. d) Somente aquele que o derrubou poderá pegá‐lo novamente e a prova seguirá normalmente para a equipe. 17. Quantos atletas de uma mesma equipe participam de uma prova de revezamento? a) 2 atletas b) 4 atletas c) 5 atletas d) 6 atletas e) 8 atletas 18. Na técnica ascendente, a transmissão do bastão: a) É feita de cima para baixo. b) É feita de baixo para cima. c) É feita à escolha do corredor. d) Jogando o artefato ao colega 19. A passagem do bastão é feita: a) Na zona de balanço. b) Na zona de transmissão. c) Em qualquer zona da corrida. d) No bloco de saída 20. Qual a extensão padrão da corrida com barreiras curta para mulheres? a) 110 metros b) 100 metros c) 120 metros d) 200 metros e) 50 metros

Leonardo de A. Delgado. CREF. 001764‐G/MA

31

21. Qual a extensão padrão da corrida com barreiras curta para homens? a) 110 metros b) 100 metros c) 120 metros d) 200 metros e) 50 metros 22. Quantas barreias tem respectivamente nas provas de 100m(Feminino) com barreira e 110m(Masculino) com barreira? a) 10 e 11 b) 9 e 10 c) 10 e 10 d) 11 e 11 e) 9 e 11 23. Nos 110 m metros com barreiras para homens, qual a distância da última barreira até a linha de chegada? a) 9,14 metros b) 13,72 metros c) 14,02 metros d) 10,5 metros e) 11,86 metros 24. No ano de 490 a.C. quando os soldados atenienses partiram para a planície de Marathónas para combater os persas na Primeira Guerra Médica, suas mulheres ficaram ansiosas pelo resultado, porque os inimigos haviam jurado que, depois da batalha, marchariam sobre Atenas, violariam suas mulheres e sacrificariam seus filhos. Ao saberem dessa ameaça, os gregos deram ordem a suas esposas para, se não recebessem a notícia da sua vitória em 24 horas, matar seus filhos e, em seguida, suicidarem‐se. Os gregos ganharam a batalha, mas a luta levou mais tempo do que haviam pensado, de modo que temeram que elas executassem o plano. Para evitar isso, o general grego Milcíades ordenou a seu melhor corredor, o soldado e atleta Filípides, que corresse até Atenas, para levar a notícia. Filípides correu tão rapidamente quanto pôde e, ao chegar, conseguiu dizer apenas "vencemos", e caiu morto pelo esforço. A maratona é a mais longa, desgastante e uma das mais difíceis e emocionantes provas do atletismo olímpico e é classificada como uma prova de: a) estilo. b) arranque. c) velocidade. d) fundo. 25. Grande parte das provas de atletismo é realizada em estádios fechados. Nestes estádios, existem as demarcações específicas para cada prova e também os equipamentos como, por exemplo, no salto com varas. Dentre as

modalidades abaixo, qual não é competida dentro dos estádios? a) Corrida com obstáculos b) Revezamento c) Salto em distância d) Lançamento de dardo e) Maratona 26. No atletismo, a prova de maior resistência física, e a que deu origem a ideia dos jogos olímpicos, é a Maratona. Qual a distância a ser percorrida pelos atletas? a) 21.195 metros (21,195Km) b) 42.195 metros (42,195Km) c) 25.725 metros (25,725km) d) 10.000 metros (10km) e) 42.000 metros (42km)