119
NORMA CAMPOS SALGADO ( _ ________ 06205 Macroanatomia, Microanatomia e Histologia dos sistemas re- produtor e digestivo de Th✁ (Tha) n (Férussac, l 822), T. (T.) magMÓ,Ú (Grate 1 oup, l 839) e T. (T.) a.cv (Pfeiffer, 1852) (Mollusca, Gastropoda, Stylommatophora, Bulimulidae) Dissertação apresentada ã Coordenação de Pôs-Graduaçãn em Zoologia, da Uni- versidade Federal do Rio de Janeiro, para obtençaõ do título de·Mestre em Ciências Biológicas (Zoologia). Rio de Janeiro

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NORMA CAMPOS SALGADO

( _____________ _,

06205

Macroanatomia, Microanatomia e Histologia dos sistemas re­

produtor e digestivo de Thauma1.i:t.Lu.i (ThawnaJ.ituli) :ta..unlU.l,.Ü..

(Férussac, l 822), T. (T.) magMÓ,Ú .. Lll> (Grate 1 oup, l 839) e

T. (T.) a.c.fúftv., (Pfeiffer, 1852) (Mollusca, Gastropoda,

Stylommatophora, Bul imul idae)

Dissertação apresentada ã Coordenação

de Pôs-Graduaçãn em Zoologia, da Uni­

versidade Federal do Rio de Janeiro,

para obtençaõ do título de·Mestre em

Ciências Biológicas (Zoologia).

Rio de Janeiro

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SALGADO, NORMA CAMPOS

Macroanatomia, Microanatomia e Histologia dos sistemas

reprodutor e digestivo de Tha.wna.6�LL6 (Thauma.6�) .t.a.u.­

nw..ü. (Férussac, 1822), T. (T.) magnióieM (Gratelou�

1839) e T. (T.) aehiileli (Pfeiffer, 1852) (Mol lusca,

Gastropoda, Stylommatophora, Bul imul idae) Rio de Janei

ro.

Tese : Mestre em Ciências Biológicas (Zoologia)

1.

4.

1 •

1 1 •

Macroanatomia

Malacologia

Universidade

Tftulo

2. Microanatomia 3. Histologia

5. Gast ropoda 6. Teses

Federal do Rio de Janeiro

COMISSÃO EXAMINADORA

HUGO DE SOUZA·LOPES�{Presidente)

HUGO EDISON BARBOZA DE REZENDE

ALCEU LEMOS DE CASTRO

Rio de Janeiro, 22 de novembro de 1983

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7

7

1 1

Trabalho realizado no Setor de Malacologia do Departamento

de Invertebrados do Museu Nacional, Universidade Federal do

Rio de Janeiro, Laboratório de Anatomia e Citopatologia do

Hospital Universitário da Universidade Gama Filho e no De­

partamento de Anatomia Patológica e Apoio Clínico da Facul­

dade de Veterinária, Universidade Federal Fluminense.

Orientador

Professor Arnaldo Campos dos Santos Coelho

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1

1 1 1

"Se um dia os meus olhos não souberem mais enxergar a Deus,

a culpa será minha. Por falta de cuidado dos olhos da fé,

terei perdido aquela sensibilidade que sempre encontrei no

contato com a natureza. 11

Ao Luiz Heleno e aos meus filhos

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CONTEODO

RESUMO ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••.•••.•••••••••

ABSTRACT .•••••••..••••••••..•..•.•....••••.•..•••••.••••.•......•..•

AGRADECIMENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 NTRODUÇAO .•..•.••.••••..••••..•.•.........•...•..•.••••....•.•...•.

MATERIAL

MtTODOS

RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Macroanatomia, microanatomia e histologia:

Sistema Reprodutor

Ovoteste ••••..•.•.

Canal Hermafrodita

Complexo de

Glândula de

Fertilização

Al bume

Ovispermoduto

Canal Deferente

Complexo Peniano

Vagina

Poro Genital

Sistema Digestivo

DISCUSSAO

Massa Buca 1

Faringe

Esôfago

Estômago

Intestino

Glândulas anexas

. . .. . . . . . . . . . . .

. . . . . . . . .. . . . . .

CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

IV

V

vi

vii

3

5

9

9

9

12

13

17

18

26

27

35

36

37

37

44

45

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49

52

56

69

73

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J

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V

-RESUMO

-Foram realizados estudos que evidenciassem ou nao, diferen

ças nos sistemas reprodutor e digestivo de exemplares das espécies de

ThaumaJ.ituó Martens, 1860, capturados em floresta e restingas do Estado do

Rio de Janeiro.

A terminologia utilizada baseou-se na microanatomia, histo

logia, anatomia funcional e bibliografia.

Pela macroanatonia do sistema reprodutor, as espécies estu

dadas incluem-se no padrão dos representantes de Bul imulidae pela ausência

de apêndices e a pequena variação morfológica externa.

Microanatomia e histologia dos sistemas estudados, eviden­

ciaram diferenças que juntamente com os estudos da concha, rádula e mandí­

bula permitiram identificar e caracterizar Thauma1.itw., (Thauma1.itw.,)

taunab.iü (Férussac, 1822) , Thauma1.itw., (ThaumaJ.itw.i) ma.gni�..i_c.w., (Grate 1 oup·,

1839) e Thauma1.itw., (ThaumaJ.itw.i) a.dullv., (Pfe i ffer, 1852).

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íl

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vi

ABSTRACT

Studies were carried out in order to determine the

differences in the reproductive and digestive systems of· the various

species of Tha.wnM.tul.i Martens, 1860, captured in forests and shoals of Rio

de Janeiro State.

The terminology used here derives from studies based on

microanatomy, histology, functional anatomy, as well as from bibliographical

references.

According to the macroanatomy of their reproductive system,

the species which were studied can be classified together which members of

the Bulimulidae, due to the absence of appendices and to the fact that

there is a l ittle variation in their external morphology.

The microanatomy and the histology of the systems which

were studied showed differences that together with the studies of the shel 1,

radula and jaw made it possible to identify and to characterize Tha.umM.tu6

(Tha.umM:tU6) :ta.u.na.M-Ü. (Férussac, 1 822), Tha.umM:tU6 (Thau.mM.tu6) magn.iM,c.U6

(Grateloup, 1 839) e Thau.mM.tu6 (Thau.mM:tU6) ac.h<il.e.6 (Pfeiffer, 1 852)�

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V j i

AGRADECIMENTOS

Ao Professor �rnaldo Campos dos Santos Coelho, coordenador

da Pós-Graduação em Zoologia e pesquisador do Museu Nacional da Universida

de Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, que na qualidade de orientador deste

trabalho prestou valiosas colaborações.

Ao Professor Jefferson Andrade dos Santos, Titular de Ana­

tomia Patológica da Faculdade de Veterinária, Universidade Federal Flumi-

nense, que com incansável paciência e boa vontade orientou nossos

no campo da Histologia.

passos

A Luiz Heleno de Barros Salgado, pelo estímulo, incentivo

e apoio em todos os momentos.

Ao Professor José Maria de Barcellos, da disciplina de Ana

temia Patológica da Faculdade de Medicina, Universidade Gama Filho, pelas

atenções dispensadas e pelas condições oferecidas, para o desenvolvimento

de nossas atividades.

Ao Professor Hugo de Souza Lopes, pela orientação prestada,

incentivo e entusiasmo com que acompanhou nosso trabalho.

Ao Professor Hélcio Magalhães de Barros, bolsista do CNPQ

do Setor de Malacologia DI/MN, pelo incansável auxílio na realização desta

pesquisa e pela confiança demonstrada em partilhar conosco, sua experiên­

cia e conhecimentos em moluscos terrestres.

Ao Professor Pedro Domingues Lanzieri, da disciplina de

Histologia da Faculdade de Veterinária, da Universidade Federal Rural do

Rio de Janeiro, pelos ensinamentos em Histologia que nos forneceram condi­

ções para esta pesquisa.

Ao Professor Hugo Edi.,son Ba rboza de Rezende, da Uni ve rs ida­

de Federal Rural do Rio de Janeiro, pelas relevantes informações prestadas.

Ao Corpo Docente do Curso de Pós-Graduação, em Zoologia,

da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pelas condições oferecidas para

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vii i

obtenção do Grau de Mestre em Ciências Biológicas (Zoologia).

A Professora Eliana de Fátima Mesquita, da Faculdade de Ve

terinária, da Universidade Federal Fluminense e aos colegas e amigos do Se

ter de Malacologia, do Museu Nacional, que nos auxiliaram nas capturas, es

pecialmente Marcus Vinicius Menezes Ferreira.

Ao Professor Rafael Peruzzo, do Colégio Estadual Henrique

Lage, pela excelência dos desenhos do Sistema Digestivo.

Aos histotécnicos Cid Morais e a Maria Lucia Alvares de

Britto, pelo inestimável e incansável auxílio na realização das atividades

histolqgicas.

Ao citotécnico Rudyard Patto Monteiro pelo trabalho foto­

gráfico reali7.ad0 sobre as lâminas histológicas.

A Marcos Antônio Lemos, da biblioteca do Museu Nacional,

Universidade Federal do Rio de Janeiro, pela incansável colaboração.

A Marciana Lima de Oliveira pelo trabalho datilográfico.

Ao Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro,

ao Hospital Universitário, Universidade Gama Filho e a Faculdade de VeterJ..

nária, Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde foi elaborada esta pe�

quisa.

Finalmente, queremos agradecer a Geraldo Tostes Campos� meu

pai, e a Everardo Marques dos Santos (.in memo!Úanl pelo incentivo apoio e

confiança em nossa escolha profissional.

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INTRODUÇAO

A macroanatonia de Thawna6tU6 Martens, 1860, começou a ser

estudada por PILSBRY ( 1901), quando localizou e identificou, descreveu e

figurou o "longo pulmão, rim, intestino, ureter secundário e sistema geni­

tal" do que chamou no texto (pXX) de T. tau.noÁ.J.i-Ü. var. magni6,i..CU6. De po�

se dos dados anatômicos, foi possível a Pilsbry afirmar a afinidade de

ThawnMtu.6 com Bui..,únui..u.6, � e Ple..lwc.húUU6 e que a 11gen i tá 1 ia' 1 pos­

suí a características principais de "Bul imul ine11 •

A seguir os trabalhos que se sucederam sobre o gênero e

suas espécies, preocuparam-se sobretudo com os estudos da concha, notada­

mente da protoconcha.

O estudo das partes moles voltou a ter importância com o

trabalho de VAN MOL (i97i), ao descrever com base histológica o 11tractus

genita. 111 de algumas espécies pertencentes as subfamílias Bul imul inae e

Amphibul inae, entre elas ThawnMtu.6 �p.

BREURE ( 1977, 1978 e 1979) ao estudas as espécies perten­

centes a este gênero, utilizou característi�as do sistema reprodutor para

caracterizá-las.

Simultaneamente, JURBERG ( 1978) e JURBERG, BARROS, GOMES &

COELHO ( 1979) apre�entaram estudos da concha., rádula, mandíbula e anatô�i­

cos do sistema reprodutor de Thau.mMtu.6 (Thau.ma.õtu.6.) ac.W.i.u (Pfe i ffer,

1852) e ThawnMtu.6 (ThawnMtu.6) tau.na.Á.,6,Ü, (Férussac, 1822) respectivamente

e BARROS�ARAUJO, COELHO, LANZIERI e REZENDE, estudaram com bases na macroa

natomia, microanatomia e histologia de espécies pertencentes a

Bul imul i dae.

família

O sistema reprodutor dos gastrópodes tem sido muito mais

estudado.anatômica e mais recente histologicamente, para a identificação

dos Stylommatophora do que os demai.s sistemas. Entretanto isto não impede

a confusão existente na terminologia encontrada na literatura, devido a

aplicação. de nomes utilizados na morfologia do filo de Vertebrados e a di­

versidade de termos empregados para a mesma estrutura.

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O sistema digestivo tem sido muito mais estudado nos molus

cos hospedeiros intermediários e vetores de doenças, do que em moluscos

terrestres, especialmente Bulimulidae, sendo analisados quase sempre, sob

esses aspectos, sendo raras as contribuições em que é estudado macro e mi­

croanatômicamente como um todo.

Pela observação dos sistemas estudados e interpretação dos

dadcs em exemplares capturados no GrajaÚ e na Estrada de Furnas, Floresta

da Tijuca, Município do Rio de Janeiro, e restingas do Estado do Rio de Ja

neiro, foi possível levantar as semelhanças e diferenças, encontradas na

macr_oanatomia, microanatomia e histologia entre as espécies de Tha.uma..6tU6

(Tha.umcu,tub) tau.Yl.OÁÁÜ ( Férussac, 1822), Tha.uma6tU6 (Tha.uma..6tU6) ma.gn.in,i.c.U6

(Grateloup, 1839) e Tha.uma..6-tub " (Tha.umcu,tU6) aQrúil<U (Pfeiffer, 1852).

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3

MATERIAL

Material estudado está depositado na Coleção de Moluscos

do Setor de Malacologia, do Departamento de Invertebrados do Museu Nacio­

na 1 ( Co 1 . Mo 1 . M. N.) •

T ha.umM.tu.6 ( T haumM .tUI.> ) .ta.u.nab.i .li. ( Fé r u s s a c , 1 8 2 2 ) B r a s i 1 ,

Estado do Rio de Janeiro, Município do Rio de Janeiro, Grajaú, Col. Mol.

M.N. n? 70, 73, 100, 105, 1 13, 1 20 e 1 24, sete conchas, E.A. Martins, N.D.

Santos, J.P. Machado F? & A.R.R. Barros cols., 06/VI 1 /44; GrajaÚ, Favela

do Grajaú, Col. Mol. M.N. n? 04563, (lâm 1 -22), 3 exemplares adultos, N.C.

Salgado, E.F. Mesquita & M.V.M. Ferreira, cols., 20/V/8 1 ; Col. Mol. M.N.

n? 04564, (lâm 1 -22), 4 exemplares adultos, 2 jovens, N.C. Salgado, E.F.

Mesquita & A.T. da Costa, cols., 05/Vl/81 ; Col,Mol. M.N. n? 04565, (lâm

1-33), 3 exemplares adultos, l jovem, N.C. Salgado & L.H. Salgado, cols.,

07/X/81; Cal. Mol. M.N. n? 04566, (lâ� 1 -69), 2 exemplares adultos e 4 jo­

vens, N.C. Salgado, col., 09/Xl/8 1; Cal. Mal. M.N. n? 04567, (lâm 1 - 1 5), 4

exemplares adultos, N.C. Salgado, E.F. Mesquita & M.V.M. Ferreira, cols.,

1 2/ 1 /82; Cal. Mal. M.N. n? 04568, (lâm 1-35), 2 exemplares adultos, N.C.

Salgado, E.F. Mesquita & M.v.M: Ferreira, cols., 07/Vl/82; Col. Mol. M.N.

n? 04569, (lâm 1-1 7), 4 exemplares adultos, 2 jovens, N.C. Salgado&L.H._B.

Salgado, cols., 1 0/VI 1 1 /82. Ruínas de Vila Rica, Grajaú, Col. Mol. M.N.

n? 3793, 14 exemplares, L.C.F. Alvarenga, H.M. Barros, C.N. Ricci, L.A.L.

Gomes & P. Jurberg, cols., 24/IX/1975; Col. Mol. M.N. n? 04570� 1 exemplar

adulto e 4 conchas, N.C. Salgado, E.F. Mesquita & M.V.M. Ferreira,20/V/81.

T. (T.) magn,i.óic.UI.> (Gr-ateloup, 1 83§) Bras i 1 , Estado do_ Rio

de Janeiro, Município do Rio de Janeiro, Tijuca, Estrada de Furnas, Col.

Mol. M.N. n? 04571, (lâm 1-13), 2 exemplares adultos, 1 jovem, H.M.Barros,

E.F. Mesquita & N.C. Salgado, cais., 03/X/80; Col. Mal. M.N. n? 04572,

(lâm 1- 1 4), 1 exemplar adulto, Juca, col., 1 7/X/80; Col. Mel. M.N. n?

04573, (lâm 1- 1 7), 2 exemplares adultos, N.C. Salgado, E.F. Mesquita & M.

V.M. Ferreira, cols., 1 2/ 1 1 1 /8 1; Col. Mol. M.N. n? 04574, (lâm 1-40), 3

exemplares, N.C. Salgado, E.F. Mesquita & M.V.M. Ferreira, cols.,

13/ 1 1 1 /82; Col. Mel. n? 04575, (lâm 1 -33), 3 conchas, N.C. Salgado, E.F.

Mesquita & H.M. Barros, cols., 20/V/82, Jacarepaguã, Vargem Grande, Col.

Mol. M.N. n? 04576, 2 exemplares e l concha, L.C. Gurken, 26/VI 1 /82; Guàra

tiba, Serra das Pi abas, Col. Mol. M.N. n? 04577, 2 exemplares adultos e 2

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7

7

4

conchas, L. C. Gurken, col. , 1 0/X/82.

T. (T. l ac.rúU.eli (Pfeiffer, 1 852) Brasi 1, Estado do Rio de

Janeiro: Municfpio de S. Joio da Barra, Barra de ltabapoana, Col. Mol. M.

N. n? 4578, 4 exemplares, L.C. F. Alvarenga, M. R. Sã & M. Alvarenga, cols. ,

1 2/X/82; Ponta do Caçador, Co). Mol. M. N. n? 4579, 3 exemplares, ·L. C. F. A..!._

varenga, M. R. Sã, M. Alvarenga, W. D. Bandeira, G. W. A. Nunhan & C. B. Castro,

cols., 13/X/82; Municfpio de Macaé, Quissami, Col� Mol. M. N. n? 4580, (lâm

1-38), l exemplar, L. C. Alvarenga, C. N. Ricci & M.R. sã, cols. , 16/1/82;

Cabiúnas, Col. Mol. M.N. n? 458 1 , (lâm 1 -30), 2 exemplares adulto e jovem,.

L. C. F. Alvarenga, C.N. Ricci & M.R. Sá, cols. , 17/ 1 /82; Municfpio de Cabo

Frio, Búzios, pr. de Jeribã, Col. Mol. M. N. n? 4582, l concha, A. Vasconce

los, col. , 1 5/11/82; Municipio de Marici, Ponta Negra, Col. Mol. M. N. n?

3791, 1 4 exemplares, L-C .. F. Alvarenga, L. A. L. Gomes,. C .• N. Ricci & H. M. Bar

ros, cols., X/1 975; Col. Mol. M. N. n? 3792, 1 2 exemplares adultos, 2 exem­

plnrP.s joveDs, 6 ovos, A. Coelho, L. C. F. Alvarenga, C.N. Ricci, H. M. Bar­

ros & L. A. L. Gomes, cols., Vl/ 1 977; Col. Mol. M. N. n? 4583, (lâm 1 - 1 5), 4

exemplares adultos, 2 jovens, 1 0 conchas, N. C. Salgado, C. N. Ricci, M. R.

Sã, 1 . Lepore & H. M. Barros, cols .• , 1 2/ 1 1 1 /82.

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1

7

7

5

MtTODOS

As espécies de ThawnMtU6 estudadas foram capturadas no Es

tado do Rio de Janeiro, em floresta, como na da Tijuca (ATALA, 1 966) sob

pedras, manta e em muros e na restinga, em moitas densas como as descritas

por DAU ( 1 960), no interior dos cones de bromélias e sob cactos (Figs. 53

e 54).

Para a escolha de exemplares adultos adotamos, para con-

chas, ao critério de espessamento do lábio externo da abertura, acrescent�

mos as dimensões, textura e número de cicatrizes nas duas úl.timas voltas.

Para a parte mole, o desenvolvimento do sistema reprodutor e cor amarelada

(KUPPERS, 1979: NOO, ASO, MOO), volume e ausência de aderências para a

glândula de albume.

Animais adultos e jovens foram criados em terrários de

substrato arenoso ou terra humosa, e alimentados com alface (LactuQa �a,t,,i_­

va L.), cenoura (VauQU6 QaJtOta L.), e os produtos comerciais, como ração

balanceada para aves, farinha de ostra e sais de cálcio. Os dois Últimos ,

visando o crescimento e resistência das conchas.

Para evitar reaçao a manipulação e contração muscular que

alterariam a textura do revestimento e a mu&culatura, diferentes técnicas

foram testadas. Imersão em água ou soro fisiológico (0, 9% e 0, 4% NaCl em

solução aquosa) em temperaturaa ambiente, a 6?C e a - 2?C, por 2 i 8 ho­

ras, e até 4 dias, apresentaram resultados negativos, pelo exc.esso. de hi­

dratação que comprime e desloca Órgãos, ocasionando distensão e rutura dos

tecidos. Anestesia por Thionembutal a 0, 6% em soro fi�iolóqico, injetado

em função do peso do animal, só passou a ser observada, após 3 aplicações

intramusculares de 4, 6ml de Thionembutal, o simples retardamento de entra­

da na concha, indicava a necessidade de maior concentração da solução po­

dendo esta, todavia, acarretar alterações nos tecidos, devido i alta toxi­

dez. Flaxadil, relaxante muscular, injetado a 2mg por peso, na massa cefá

1 ica provocou eliminação de grande quantidade de muco e maior retardamento

para a safda da concha, técnicas retiradas de SCHALIE ( 1 953), THOME ( 1 975)

e VALENTE & MOBRUM DE CARVALHO ( 1979) e modificadas.

Para macroanatomia optamos pelo aquecimento lento até 60?C em solução fisiológica (0, 9 de NaCl em solução aquosa) durante 3 minutos

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7

6

pela boa distensão da.região anterior do corpo animal, liberação da parte

mole pela rutura da aderência do músculo columelar e manutenção da concha.

Dissecção realizada com o material umedecido em soro fisio

lógico, distendido e preso por alfinetes a placa de parafina. Iniciada

com um corte ao longo da borda do manto, a partir do pneumóstoma para reb�

ter a câmara pal ial e isolar posteriormente o reto. Para visualização e

liberação do complexo peniano e parte inicial do sistema digestivo, efetu­

amos dois cortes paralelos na região cefálica, em direção aos tentáculos,

liberando o tegumento externo e a membrana que constitui o assoalho da câ­

mara pal ial. Cuidamos, especialmente, em evitar a contração do complexo

peniano, antes da separação do sistema reprodutor, prendendo na parafina,

o tegumento, próximo ao bulbo bucal, e a região do músculo columelar, pró­

ximo ao Ovispermoduto.

Para separar os sistemas reprodutor e dige�t!vc, comple-

tos, foi necessário isolar o intestino posterior e médio, afastar um pouco

a glândula de albume e seccionar, transversalmente a glândula digestiva na

região entre o ovoteste e o estômago. A região do canal hermafrodita, que

se tangencia ao estômago é a melhor região para separar os dois sistemas

sem rompê-1 os.

O sistema digestivo 1 iberado, não apresentou outras difi­

culdades, para estudo, enquanto o reprodutor teve que permanecer distendi­

do mesmo dentro do líquido fixador, por algum tempo.

Para a microanatomia e histologLa, as conchas foram frag­

mentadas, cuidadosamente, e os -animais' retirados permaneceram por um

curto período, sobre a lâmina de parafina, para que se distendessem. Pos­

teriormente dissecados ou não, foram colocados em formol salino a 10% no

mínimo 48 horas e em Bouin, por 8 horas. Os fragmentos a serem preparados

pelas diversas técnicas histológicas foram obtidos, por seções transver­

sal, longitudinal e sagital. Desidratação pela série de alcoóis 50�GL,

70�GL, 80�GL, 90�GL e lOO�GL e diafanização com dois banhos de xiloi, du­

rante 30 minutos e impregnação pela parafina fundida, em 2 banhos de 30

minutos. Inclusão em parafina e corte em série, na espessura de 3 a 5

micra. Colorações obtidas: Hematoxil ina de Harris - Eosina, Tricrômico de

Gomori para fibras colágenas, elásticas e reticulares, PAS (ácido periódi­

co de Schiff) e Mucicarmin de Mayer para mucoproteína, PAS - amilase, para

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gl icogênio, Fouchet para pigmento biliar, Perls para ferro, von Kossa para

cálcio e Churunkian - Schenk para grânulos argirofílicos. Estas técnicas

estão especificadas em BEHMER, TOLOSA & FREITAS NETO ( 1976), GUTIERREZ

(1967) e LUNA ( 1982). Cortes em congelação e coloração pelo SUDAN 111 pa­

r a 1 i p í d eo s .

Para a macroanatomia nos baseamos para o sistema reprodu­

tor, principalmente, nos trabalhos sobre Thaumcv.,tul.i de JURBERG ( 1978) e

JURBERG, GOMES, BARROS & COELHO (1979) com algumas modificações e, sobre

outros gastrópodes em BARROS-ARAUJO ( 1965, 1971, 1972, 1975a e 1975b),

BARROS-ARAUJO & BREURE ( 1977), BREURE ( 1978), DUNCAN ( 1975), FRANC ( 1968),

LEME ( 1980), REZENDE (1975) e SOLEM ( 1955). Para o sistema digestivo, em

BONFATTI . ( 1980), CARR,IKER & BILSTAD ( 1946), FRANC ( 1968), LEME ( 1973),

RUNHAM ( 1975) e SCOTT ( 1939).

Para a microanatomia e histologia de ambos os sistemas nos

baseamos em BARTH & JANSEN ( 1959), BONFATTI ( 1975-1980), CARRIKER & BILSTAD

( 1 946), HOLM ( 1946), LANZIERI ( 1969), LANZIERI & ALMEIDA ( 1964), LANZIERI

& REZENDE ( 1965 e 1971), MARCUZZI ( 1950), PAN ( 1958), QUATRINI & LANZA

( 1964a, 1964b e 1965), REZENDE ( 1975), VALENTE & MOBRUM DE CARVALHO ( 1979)

e VAN MOL ( 1971).

Estudamos no sistema reprodutor : ov_oteste, cana 1 hermaf ro- ....

dita, complexo de fertilização, .glândula de albume, ovispermoduto, comple­

xo peniano,.vagina e poro genital. No sistema digestivo : massa bucal, fa­

ringe, esôfago, estômago, intestino e glândulas anexas.

Para a identif1cação das cores, nas peças anatômicas

baseamos em KÜPPERS ( 1979).

nos

Estudos macroanatômicos, microanatômicos e histofógicos

comparados, dos anima.is adultos, foram baseados na observação de pelo me­

nos 30 de cada espécie, preparadas pelas mesmas técnicas estruturais e sec

cionadas nas mesmas regiões, baseando-nos para isso, em esquemas e código

elaborados. Nas estruturas que apresentaram variações na macro e microana

tomia (ovoteste, complexo de fertilização e canal deferente) as peças .fo­

.ram observadas e analisadas, seccionadas ou não, para evitar possíveis ru-

turas de aderências que poderiam levar à falsa interpretação. A

do.s dados observados, montamos o QUADRO 1 .

partir

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Para a histologia nos baseamos em BLOOM & FAWCET (1969),

DI FIORI, MANCINI & DE ROBERTIS (1979), JUNQUEIRA CARNEIRO (1979) e KISKER

('1923).

Partes moles foram estudadas e desenhadas sob lupa estere­

oscópica WILD MS e microscópio WILD M2O com câmaras claras acopladas.

Foram utilizados os desenhos de JURBERG (1978) para T.

;ta.u.nwil, JURBERG, GOMES, BARROS & COELHO (1979) para T. a.eMlle.6 com mo­

dificações na terminologia aplicada. Para T. magni6�c.w., utilizamos os de­

senhos realizados por Hélcio Magalhães Barros para a dissertação, ainda

não concluída.

Cortes histológicos foram observados com aumentos de 4Ox,

2OOx, 25Ox, 4OOx e em imersão a l.OOOx, e fotografados em microscópio

Leitz mod. Ortholux com ocular planocromãtica de lOx, filtro verde e obje­

tivas de 4x, lOx, 25x e 45x.

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RESULTADOS

SISTEMA REPRODUTOR

Com um plano de organização idêntico ao dos demais Bul imu-

1 idae o sistema reprodutor das espécies de ThawnM�Lló estudadas, está con�

titufdo por: ovoteste, canal hermafrodita, complexo de fertilização, glân­

dula de albume, ovispermoduto, complexo peniano, vagina e poro genital

(Figs. 1-9).

OVOTESTE

Constitufdo por numerosos folfculos alongados, com uma das

extremidades cega, dispostos em cacho e reunidos ppr dutos sinuosos, de

diâmetro regular. Formam grupos que estão embebidos na face interna da

glândula digestiva, a partir da segunda volta do corpo, com disposição em

roseta. De cada grupo, parte um canal que se une a outros, indo ter ao ca

nal coletor que é curto, reto e de diâmetro maior. Conta-se número dife­

rente de agrupamentos de folfculos, nos diversos ovotestes (Fig. 3).

Histologicamente os cortes longitudinal e transversal,

apresentam formações predominantemente arredondadàs,-distintas, e revesti­

das de delicada membrana basal. A luz dos tubos são preenchidas com célu­

las arredondadas, perfeitamente separadas, pouco compactadas, comparáveis

às célúlas de 1 inhagem seminal dos mamfferos.

Cada folfculo é constitufdo por epitélio germinativo, dis­

posto quase sempre na periferia e sem continuidade, células em diversas fa

ses de espermiogênese e ovogênese e delgada lâmina conjuntiva. Há. riqueza

de elementos pelos diferentes folfculos formando massas mais ou menos den­

sas, variando o número de células adultas. Observando um folfculo, com

maior aumento ou em imersão, notamos o predomfnio de células da 1 inhagem

seminal na extremidade apical e no centro e, predomfnio de espermatozóides

maduros, aglutinados, formando massas compactas do centro para

(Figs. 20 e 22).

a base

Os gametas masculinos são bem visfveis graças a intensa ba

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1 O

sofil ia de suas cabeças que contrastam com a forte eosinofil ia das caudas.

As células da 1 inhagem espermatogênica são de forma e de diâmetro variá-

veis com núcleos esféricos, compactos ou não, purvurulento ou em crosta,

até atingirem a forma característica de células maduras, espermatozóides,

quando aparecem em grupos com suas cabeças mergulhadas em células nutrido­

ras ou reunidas em massas compactas, com disposição predominantemente lon­

gitudinal, nunca sozinhos.

Ovulo proporcionalmente em menor numero, pode estar aderi­

do ã parede do ácino, por sua borda plana ou presente no seio da massa ce­

lular, quando se apresenta esférico. Célula volumosa com núcleo grande,

claro e evidente membrana espessa e citoplasma apresentando certa polarida '

de devido a diferença de concentração de material vitelínico, disposto ora

sob a forma de microvacúolos 1 ipídicos, ora por granulaç�es acidófilas pro­

teicas (Fig. 2 1).

Os dutos e pequenos canais que unem e agrupam os folículos

e o canal coletor do ovoteste, apresentam a luz eriçada por elevações e de

pressoes, de epitélio cilíndrico ciliado, com células de citoplasma claro,

núcleos elípticos e basais, com membrana basal espessada por fibras muscu­

lares que a acompanham. Próximo ao canal hermafrodita, o canal coletor do·

ovoteste se dilata, apresentando epitélio cúbico ciliado, de citoplasma

claro e núcleos pequenos.

Considerações: O numero de agrupamentos de folículos é bas

tante variável nas diferentes espécies de Bul imul idae, citadas na 1 iteratu

ra. BARROS ARAUJO ( 1 972) registrou 5 em Ano�toma oc;todentatu.m Fischer v�n

Waldheim, 1807; JURBERG et all (1979) registraram 6 em ThawnMtw.i acfúilu

(Pfeiffer, 1 852); JURBERG ( 1 978) 7 em ThawnMtw.i tau.na.,ú.,li (Férussac,

1822); LANZIERI & REZENDE (1965 e 1 97 1) registraram 4 a 6 em BuU.rrrui.ul.i

coJuunbaen6,U Pilsbry, 1 897 e 3 a 5 em P�otoglyptw., Mnaldoi Lanzieri e Re­

zende, 1 97 1 ; REZENDE ( 1 975) registrou 1 a 4 em V�ymaew., papy.Jta.cew.i (Mawe,

1 823) e REZENDE, LANZIERI & INADA ( 1 972) registraram 3 a 4 em P�otoglyptw.i

lopui (Rezende, Lanzieri & lnada, 1 972). Segundo SOLEM ( 1955) a variação

parece ser individual em V�ymaew.i.

Em cortes histológicos os folículos lembram tubos seminíf�

ros de testículo de mamíferos, contendo em seu interior, células de 1 inha-

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gem seminal.

BARTH & JANSEN ( 1 959) chamaram atenção para a homologia

existente entre espermatozóides e óvulo em relação ã célula nutridora, nos

estudos sobre a gametogênese de Planorbídeos.

Em exemplares jovens de ThawnM:tul.i encontramos nas paredes

dos folículos, principalmente a interna, todos os estágios de evolução das

células germinativas e no interior, massas pequenas de espermatozóides, na

maioria dirigidas para o polo basal.

Nos folículos do ovoteste de exemplares de T ha.umM:tul.i

adultos, observamos óvulos de forma semi-esférica, enquanto aderidos ã pa­

rede fol icular, rodeados de células nutridoras do óvulo, como observaram

BARTH & JANSEN ( 1 959). Com o desenvolvimento, a célula feminina despren­

de-se pelo polo basal; torna-se esférica e caminha para a base do folículo

em direção aos dutos.

Em todos os cortes histológicos, do ovoteste, so uma vez

foi possível observar o óvulo próximo ao canal hermafrodita.

Em A.túon atVt (Gmel in, 1 79 1 ), o grau de pigmentação do ov5!._

teste está correlacionado com o desenvolvimento da glândula, sendo o pig­

mento 1 i pofusc i na. (LUS IS, 1962).

Exemplares adultos de Tha.umM�l.L6, apos dois anos de cati­

veiro, nao desovaram mais e não apresentaram óvulos nos folículos dos ovo­

testes examinados.

PELLUET & LANE ( 1 96 1 ) justificaram a diferenciação de game

tas produzidos pelo mesmo Órgão em Atu.,on -0uból.L6Cl.L6 (Draparnaud, 1 805) e A.

ate/!., pela dependência de neurosecreção. Mais tarde, SMITH ( 1 966) con­

cluiu também em A. atVt, que a modificação na proporção do óvulo e esperm�

tozóides era motivada pela variação de alta temperatura e baixa Umidade.

Estas afirmações podem explicar a presença dos dois tipos de gametas no

mesmo follculo e a dificuldade, para a observação de óvulos.

Nos exemplares de Tha.umM:tul.i que estudamos, não encontra-

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mos variação, no numero de grupo fol iculares do ovoteste, dentro das espe­

cies, mas entre elas e no volume ocupado na glindula digestiva. T. (T.) ·

t.au.na,i,6,Ü possui 7 grupos e dimensões intermediárias entre as demais, T.

(T.) magni6ic..u.6 com 5 tendo o ovoteste de maior volume e T. (T.) aelúí!.le.6

com 6 sendo a menor glindula (QUADRO 1 ) .

CANAL HERMAFRODITA

Tubo longo, Único que apresenta grandes contrastes quanto

ã constituição, forma e cor. Enovelado, em sua maior parte, tem percurso -ligeiramente sinuoso, próximo ao canal coletor do ovoteste e em sua porçao

basal. Há o predomínio de extensa área, rica em pigmentação que lhe confe

re coloração castanha escura (KÜPPERS, 1979: N99, A20, M50) ou mesmo negra

(KÜPPERS, 1979: N99, AOO, MOO) sobre a cor esbranquiçada das extremidades

(Figs. 2-3) .

Histologicamente, a seçao transversal, da região fortemente

enovelada, mostra-nos várias luzes, circular e

pre, nos animais adultos, por massas compactas

des, dispostos em turbilhão ou irregularmente.

elíptica, preenchidas sem­

acidófilas de espermatozói-

Epitél io cúbico ciliado

com células de citoplasma homogêneo e acidófilo reveste internamente a luz

do órgão. Em determinadas áreas, este epitélio se estratifica, os cílios

desap�recem, as células aumentam de tamanho apresentando citoplasma vacuo­

lar, provido de material granular verde escuro e. núileo volumoso, quase

sempre elíptico, de distribuição irregular. A membrana basal se espessa

pela união de fibras elásticas, e acha-se circundada por feixes de fibras

colágenas, dispostos longitudinalmente, sep�rados pelo mesmo tipo de fi­

bras, com disposição circular. Tênue limina conjuntiva envolve esta regi­

ã6, deixando perceber em um dos lados uma prega delgada que macroscopica­

mente é visível como um delgado fio, e que em estudos histológicos aprese�

ta-se como uma camada de fibras conjuntivas (Figs. 23 e 24) .

Considerações: LANZIERI ( 1966), ao estudar os aspectos mor­

fo-estruturais do sistema genital de Subu.Li.na octana. (Bruguiere, 1792) di�

cordou de RIGBY ( 1 965), por este autor, ter comparado funcionalmente a vesí

cula seminal de Suec.inea. pu.,tJc,,,ú., (Orbigny, 1846) a de mamíferos, justifica�

do ser este órgão, estritamente glandular nestes animais. Em 1969, LANZIE

RI por considerar impróprio o termo "vesícula seminal" substituiu-o por

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"cana 1 hermafrod i ta11 em VJz.!fYnae.i.v., papyll.ac.e.U6.

DUNCAN (1958) em Phy-0a óontina-lw (Gmel in, 1791) , descre­

veu-o como um duto de pequeno calibre nas extremidades, com a porção medi�

na dilatada,contendo, inúmeras evaginações laterais, provocadas por secre­

ção glandular que denominou "vesículas seminais".

Observamos no canal hermafrodita das espécies de

Tha.wnMtu.6 estudadas, uma delgada camada de tecido conjuntivo que envolve

o orgao e que se espessa em um dos polos, provavelmente, com a final idade

de reforçar e manter unidas as inúmeras dobras que compõem este canal.

Observações histológicas realizadas em exemplares adultos

e jovens, durante diversas fases do ano, demonstram a presença de massas

compactas de espermatozóides, preenchendo toda a luz tubular, nos exempla­

res maduros. Estas observações concordam com as de DUNCAN (1958) e LINO

(1973) para Phy-0a óonüna.Li..6 e He.Li.x poma.üa Linnaeus, 1758. O primeiro

autor analisando cortes seriados do canal hermafrodita, observou que o ov�

lo caminhava no interior da massa de espermatozóides, provavelmente com m�

vimento amebóide já que é distituído de cílios.

Nos trabalhos de DUNCAN ( 1958) e de RIGBY ( 1965) em

Basommatophora e Stylommatophora respectivamente, encontramos .explicações

e justificativas para a diversidade celular encontrada no canal hermafrodi

ta .?e Tha.wnMtu.6. DUNCAN assinalou que em P. óontina-lw as protuberâncias

da parede do duto são originadas por agregação de células glandulares e

RIGBY em S. pCLVú.6, justificou o aspecto diferente das células epiteliais

do revestimento interno, como sendo fases de secreção.

Análises macro e microscópicas do canal hermafrodita, das

espécies estudadas, indicaram variação nas dimensões e semelhanças na cons

tituição desta estrutura. T. magnióic.u.6 possui o canal hermafrodita mais

longo, largo e espesso e T. ac.lullu o menor (QUADRO 1 ) .

COMPLEXO DE FERTILIZAÇÃO

De forma cilíndrica alongada, e extremidade 1 ivre é uma·re

gião bastante diversificada pela presença de vários canais e inúmeros túbu

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los. Estende-se entre as porçoes mediana do canal hermafrodita e proximal

do ovispermoduto estando comprimido, contra a glândula de albume, com a

qual mantém Íntima relação no ponto, em que se aprofunda no tecido glandu­

lar, para receber o canal coletor da glândula. Compõe-se sucessivamente de:

porção apical do canal hermafrodita, receptáculo seminal, saco de fertil i­

zação e canal coletor da glândula de albume, sendo envolvido por tecido co�

juntivo, formando macroscopicamente um só conjunto (Figs. 2, 3 e 25).

Porção Apical do Canal Hermafrodita: Por ser um tubo es­

branquiçado (KÜPPERS, . 1979: NlO, AJO, MOO), não pigmentado, de pequeno ca­

libre e percurso ligeiramente s1nuoso contrasta com a sua porção anterior.

Em seu trajeto, vai até as primeiras grandes dobras do ovispermoduto e re­

torna, acompanhando o terço distal da glândula de albume indo abrir-�e, ju�

to ao saco de fertilização e túbulos do receptáculo seminal (Figs. 2, 3 e 26).

-Em seçao transversal, histologicamente, apresenta-se como

estrutura tubular de luz irregular, em virtude do eriçamento da mucosa,

que está revestida por epitélio cilíndrico, ciliado com células de cito­

plasma acidÕfil� claro, núcleos volumosos, basófilos, elípticos e densamen

te cromáticos e cílios longos. No interior das projeções papilares, além

do tecido conjuntivo frouxo, observamos fibras musculares 1 isas que as su�

tentam. Segue-se, uma camada muscular 1 isa circular com lacunas hemocél i­

cas, de permeio.

Receptáculo Seminal: Ocupa a face interna e a maior par!e

do tubo cilíndrico e esbranquiçado (KÜPPERS, 1979: Nl0, Al0, MOO) que cor­

re, paralelo à face côncava da glândula de albume.

Análises histológicas, em série, em seções transversal e

longitudinal, demonstram a existência de vár-ios túbulos, que terminam em

níveis diferentes nas suas duas extremidades e em fundo cego

(Figs. _27-30).

na apical

Em seção transversal, na região mediana, observamos·a luz

com aparentemente 8 túbulos, revestida de epitélio cúbico ciliado, de cito

plasma acidófilo, núcleos basais volumosos, densamente cromáticos e de cí-

1 ios bastante longos. Envolvendo os túbulos, há uma camada de tecido con-

juntivo que tem origem na periferia, tornando-se mais espessa, na região

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que separa esta estrutura, do saco de fertilização. Na luz dos túbulos en

contramos pequenos feixes de espermatozóides, orientados sempre em direção

ã extremidade apical e muitas vezes com a cabeça mergulhada no epitélio.

Saco de Fertilização: Estrutura digitiforme, de luz ampla,

paralela ao receptáculo seminal, em sua base, e localizada entre este e o

ponto de confluência da porção apical do canal hermafrodita.

Estudos histológicos, de seções longitudinais, permitem

acompanhar o trajeto do saco de fertil izaçãq, ao lado dos túbulos de maior

calibre que compõem o receptáculo seminal. Observa-se, também o grande n_Q_

mero de lacunas no tecido que separa as duas formações, a presença de célu

las glandulares, as lâminas, conjuntiva e muscular circular que as envol­

vem e, a dual idade do epitélio de revestimento interno que do lado vizinho

à porção proximal do canal hermafrodita é cúbico simples, de cílios pequ!

nos e do outro cilíndrico simples de cílios maiores (Figs. 28 e 30).

Em seção transversal, em diferentes níveis, a luz se apre­

senta quase elíptica, ampla, diminuindo seu diâmetro somente na extremida­

de 1 ivre em alguns exemplares e com massa de espermatozóides. Como o nome

atesta, o saco de fertilização é considerado local onde se processa a fu­

são dos. gametas.

Canal coletor da Glândula de Albume: Origina-se a partir

da confluência das grandes vias excretoras desta glândula, indo desaguar

no tubo resultante da fusão do receptáculo seminal com o saco de fertiliza

ção, próximo ao ovispermod�to� Este canal, distingue-se dos outros que

compõem o complexo de fertilização por apresentar, cílios curtos e densos.

Na sua luz, observa-se produto das células glandulares, da glândula de al­

bume (Fig. 28).

Considerações: Há uma grande variação na disposição e nume

ro de estruturas que compõem o complexo de fertilização nos diferentes gê­

neros da subclasse PULMONATA. Esta diversidade levou BAKER ( 1 945) apud

PAN ( 1 958) a designar por "carrefour" em Hw.x poma;t:,úr, a dilatação local.!_

zada no final da glândula de albume, no ponto de união do canal hermafrodi

ta com os tratos genitais masculino e feminino.

SOLEM ( 1 955) descrevendo a genitál ia de V�ymaeuJ.i afirmou

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que o 11carrefour1 1 recebe dutos da glândula de albume e do canal hermafrodi

ta.

PAN ( 1 958) assinalou que não há distinção entre as estrut�

ras do 1 1carrefour1 1 e do duto da glândula de albume, embora o primeiro pos­

sa ser apresentado como porção dilatada deste duto em AMVUJ.lonb-<.,6

glab.tz.a..tui> (Say, 18 1 8) [ = BiomphalaJÚa glabtutta.] •

VAN MOL ( 197 1 ) ao estudar a anatomia de Bul imul inae, des­

creveu e figurou o 1 1carrefour1 1 dividindo-o em 1 1 talon 1 1 e glândula de albu-

me.

LEME ( 1973) ao comparar anatomicamente os Strophocheiloi­

dea indicou e figurou o que denominou saco glandular anexo, localizado na

face central da glândula de albume cuj o duto, vai ter distalmente no 1

1talon 1 1 •

Foram vários os termos utilizados para designar a estrutu­

ra formada pelo receptáculo seminal e saco de fertilização. Pela localiza

ção e função desempenhada ' 'Órgão ejaculador" acessório do canal deferente,

por GRATIOLET ( 1850) em Hilix. ; pela semelhança com pequena haste 11talon ou

diverticulum1 1, por SAINT-SIMON ( 1853) e por MOQUIN-TANDON ( 1855) em HeLi.x..

Mais tarde, Ós termos 1 1talon 1 1 e 1 1ceco 1 1 foram usados principalmente na a·na­

tomia de Bul imul idae ; BARROS ARAUJO ( 1972 e 1973), BREURE ( 1978 e 1979),

LANZIERI ( 1 969), LANZIERI & ALMEIDA ( 1964), LANZIER I & REZENDE ( 1965), RE­

ZENDE ( 1 975), REZENDE & LANZIERI ( 1963 e 1 964) ; REZENDE, LANZIERI & INADA

( 1 972) e VAN MOL ( 1971).

Para VAN MOL ( 1 97 1), os elementos constituintes do 1 1talon 11 ,

por variarem em numero e proporções, podem contribuir para fornecer crité -

rios que determinariam afinidades entr� os níveis taxonômicos mais altos.

Ao corpo cilíndrico localizado na face côncava da glândula·

de albume e composto de dois segmentos distintos, receptáculo seminal e sa

co de fertilização, REZENDE ( 1 975) denominou "Complexo do Receptáculo" em

Vnymaell6 papynaeell6.

Desde cedo, o complexo de fertilização foi considerado se-

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de da fertilização (ME I SENHE I MER, 1907), apud DUNCAN ( 1 975), afirmando o ú..!_

timo autor que se esta nao se processa exatamente no saco de fertilização,

deverá ocorrer em sua vizinhança.

das de

Nossas

FRETTER

observações, deste

( 1 962) , R I GBY ( 1 965)

complexo, aproximam-se

e VAN MOL ( 197 1 ),

os espermatozóides orientados no mesmo sentido e encontrados no receptácu­

lo seminal dos Bul imul inae seriam exógenos, pertencentes a cutro indiví -

duo, transferidos pela cópula . Assim a função desta estrutura seria de l o

cal de estocagem e espera da 1 iberação de óvulos que viriam para o saco de

fertilização.

Diversidade e pequenas dimensões deste complexo nao nos

permitiram realizar uma análise comparativa satisfatória entre as espécies

de ThaumM.t.u./2 estudadas.

GLANDULA DE ALBUME

Lobulada e acinosa, localizada na quarta volta do corpo do

animal, abriga em sua face côncava, da porção mediana ã superfície 1 igada

ao Ovispermoduto, o "Complexo de Ferti 1 ização 1 1 • No animal adulto, ocupa

grande área da massa corporal sendo translúcida, gelatinosa, amarelada

(KÜPPERS, 1 979: NOO, ASO, MOO), e praticamente 1 ivre, no jovem e p�quena,

·fortemente sulcada, amarela (KÜPPERS, 1979: NlO, A30, MOO) ou castanha

(KÜPPERS, 1979: N30, A40, M20), estando aderida aos Órgãos vizinhos (Figs.

1 -3) .

Por destruição de determinadas áreas · glandulares, podemos

evidenciar o canal coletor, orientado para o conduto que é o prolongamento

do receptác_u 1 o semi na 1 e saco de fert i 1 i zação .

Histologicamente, em seçao transversal, apresenta caracte­

rísticas das glândulas tubulares, com células poligonais e amplas, de cit�

plasma claro vacuolar, sendo que algumas mostram também massas densas, ho­

mogêneas e acidófilas, de natureza proteica. Os núcleos são volumosos, cón�

pícuos e - predominantemente basais. Estas células repousam sobre uma mem -

brana basal bastante delgada, provida de núcleos em bastão. A lobulação é

evidenciada, por septos conjuntivos que separando algumas dezenas de ác i -

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nos, têm origem na fina cápsu l a de tecido conjuntivo que envo l ve a g l ându�

l a. Os ácinos, apresentam l uz pequena, central e circu l ar envo l vida por

cé l ulas comprimidas, de 1 imites pouco visíveis (Figs. 25, 3 1 e 32) .

Longitudinal mente, em certas areas da glândula, observamos

túbu l os de paredes simp l es e epitê l io de cé l u l as cúbicas com luz estreita

que se di l ata em vários pontos, formando pequenas bo l sas preenchidas por

material secretório, acidófil o e homogêneo em forma de massas circu l ares e

de diâmetro variados.

As grandes vias excretoras são revestidas de mucosa marcan

temente pregueada sendo seus e l ementos epite l iais, constituídos de cé l u l as

cubóides, de citop l asma c l aro, providas de núi l eos basais, medianamente

cromáticos que se dispõe ora 1 inearmente, ora em ag l omerados desordenados.

Estas vias confluem p�raum único duto. coletor da glându l a (Fig. 28) .

Considerações: Esta g l ândula apresenta variações ao l ongo

do seu desenvolvimento, época do ano e atividade reprodutiva do mo l usco,

quanto ao tamanho, consistência e cor.

SM ITH ( 1966) ana l isando a maturaçao desta estrutura em

Alúon a.:te.Jl. descreveu e figurou três estágios: tubu l ar simples, tubu l ar com

posto e maduro. No Ú l timo estágio as cé l u l as apresentam-se rep l etas de

grânu l os po l igonais de secreção. · Em nossas observações, foi possível iden

tificar os estágios tubu l ar composto e maduro.

Para DUNCAN (1975 ) l ogo após a fertil ização, o ovo e envo l

vida pe l a secreção nutritiva da g l ându l a de a l bume.

Aná l ises macro e microanatômicas, não evidenciaram varia­

ções estruturais na g l ându l a de albume, das espécies de Thaumcv.,,tw., estuda­

das.

OVISPERMODUTO

Conduto longo e pregueado irregu l armente que se estende da

porção basa l da g l ându l a de a l bume, até a vagina (Figs. 1 -3).

Variações macro e microanatômicas e histo l ógicas permitem

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identificar as quatro estruturas que o compõe : útero, próstata, oviduto e

espermateca. I

Otero: conduto de cor esbranquiçado (KÜPPERS, 1979 : NlO,

A20, M I O) e fracamente pregueado nas extremidades no animal adulto, se

apresenta com intensa pigmentação castanha (KÜPPERS, 1 979 : NSO, A60, MSO)

com pregas acentuadas, estendendo-se do complexo de fertilização ao ovidu­

to (Fig s. l -3) .

Em seção transversal os cortes histológicos apresentam, nos

diferentes níveis anal isados,luz elíptica e eriçada por projeções e revesti_

da por epitélio cilíndrico simples, ciliado, com células de citoplasma ba­

sófilo claro, núcleos elípticos, dispostos em paliçada e pobremente cromát.!._

cos. Estas células s�o baixas e o comprimento dos cTl ios não ultrapassa a

metade de sua altura. Na região mais dilatada, próximo à glândula de alb�

me, abaixo do epitélio, predominam células volumosas, de disposiç-ão irreg�

lar, citoplasma basófilo claro, granuloso, e estriado longitudinalmente.

Seguem-se células de citoplasma claro para cinza-rosado com granulações

azuis, que reagiram positivamente ao PAS. e, núcleos densamente cromáticos

e quase sempre centrais, formando a glândula de Muco (Fig. 3 1 ). O epité -

1 io que recobre esta árJa glandular, é exatamente provido de células cal i­

ciformes. Nos outros n 1veis observados, em seção transversal, as células

continuam volumosas mas de citoplasma nitidamente acidófilo e finamente

granular. Em maior aum�nto, é visível , o delgado prolongamento que parti�

do das células abrem-se na luz do órgão. Entre as células observamos teci

do conjuntivo de permeio, representado por fibras colágenas, células e la-

cunas, do envoltório externo. A camad� muscular que se segue e espessa,

intercalada por feixes formando uma túnica circular interna e outra longi­

tudinal externa.

O canal que acompanha as primeiras dobras uterinas, obser--vado em seçao longitudinal, possui trajeto largo e sinuoso, com revestimen

to cúbico simples podendo apresentar massas extremamente densas de esperm�

tozóides, dispostos em turbilhão. Esta estrutura apresenta a seguir uma - -extensa prega formada pela parede uterina que divide a luz do orgao, impe�

feitamente, em duas regiões, cavidade uterina e canal espermático, tendo a

próstata acoplada a um dos lados. O canal é revestido por epitélio cilín-

drico simpl es, em certos trechos, apresentando áreas com células cúbicas

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contendo cílios longos. Em sua porção proximal, há um agrupamento de célu

las glandu l ares, sub-epiteliais ou intercalando-se com o epitélio que se

destaca por sua intensa basofil ia, citoplasma contendo granulações intensa

mente azuis, PAS +, e núcleos volumosos e densamente cromáticos, consti­

tuindo uma pequena área granular, denominada "glândula vestibular" (Fig.

3 2 ) .

Próstata: massa lobulada, de cor branco leitosa (KÜPPERS,

1 979: N20, A I O, MOO), justaposta ao longo do útero que avançando de manei­

ra irregular sobre suas dobras, afila-se na extremidade basal. Õrgão gla�

dular, tubuloso, tem suas unidades separadas por tabiques conj untivos que

partindo do envoltório externo, se ramificam para o interior com o

aspecto ao longo de seu percurso (Figs. 33 e 34).

mesmo

Histologicamente em seção transversal, mostra-nos aglomer�

dos bem definidos, de células glandulares em forma de pirâmides truncadas.

No centro de cada adenômero, a luz circular é 1 imitada por pequenas célu­

las alongadas com núcleos el ípticos, fortemente cromáticos constituindo um

envoltório que parece fazer parte da parede um túbulo (Fig. 35). O cito­

plasma da volumosa célula glandular, que forma a massa da maior parte de

toda a próstata, se apresenta eosinófilo, com aspecto granuloso. Observa­

do em maior aumento, permite distinguir, formações circulares homogêneas,

em torno dos grânulos, que por serem fortemente eosinófilos contrastam com

o citoplasma amorfo claro, aprisionado em seu interior (Fig. 36). O nu­

cleo e volumoso, esférico, basal e rico em cromatina. A secreção da glân-

dula e lançada diretamen�e no canal espermático pelos

das células.

túbulos que parte

Após . as estruturas descritas seguem-se fibras do tecido

conjuntivo, lacunas hemocél icas e duas camadas musculares, circular e lon­

gitudinal.

Oviduto: tubo simples e longo que se estende ao Útero a va

gina, dilatado na conexão com o canal da espermateca (Figs. 1 -3).

Histologicamente, em seção transversal, apresenta luz elí.e_

tica eriçada por pregas que são revestidas de epitélio cilíndrico simples

cil i ado, com células de citoplasma acidófilo claro e núcleos em bastão, ba

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sais, dispostos em paliçada e fortemente cromáticos . Delgada camada de te

ciclo conjuntivo e fibras musculares acompanham o revestimento interno . Se

gue-se uma espessa camada sub-epitelial de células glandulares que através

de dutos, lançam seu produto na luz do Órgão possuindo citoplasma acidófi­

lo e granuloso e núcleo central. Toda esta estrutura glandular é envolvi­

da, por duas túnicas de fibras musculares 1 isas com disposição circular e

longitudinal respectivamente.

Em seção longitudinal observamos, na passagem do Útero pa­

ra o oviduto, a substituição das células localizadas aba lxo do epitélio de

revestimento interno por um córion de tecido conjuntivo frouxo e fibras

musculares I isas . A luz do Órgão mantém, formato elíptico e menor diâme­

tro em relação ao do útero.

Espermateca: estrutura ovalada ou esférica, volumosa, es­

branquiçada (KÜPPERS, 1979: NlO, AlO, MlO), localizada próximo a uma das

faces do rim, e com sua base encostada ao intestino, glândula digestiva e

aorta, estando aderida a estes Órgãos, por uma delgada camada de tecido

conjuntivo e fibras musculares . No animal adulto, seu conteúdo é consti­

tuído de uma massa de cor castanha-escura (KÜPPERS, 1979: N8O, A99, M6O)ou

vermelha (KÜPPERS, 1979: A5O, M9O, COO) que contrasta com a coloração ama­

relada (KÜPPERS, 1979: NOO, A5O, MOO), encontrada no animal jovem. Nas es

pécies de Tha.umM:tu6 estudadas, a espermateca une-se ao oviduto por um tu­

bo longo, de calibre variado, apresentando na região mediana uma constric­

ção, seguindo depois afilado até a espermateca . Aderido ao ovispermodutó

por delgada lâmina de tecido conjuntivo, contorna-o em seu trajeto final,

antes de se abrir n·a éspermateca (Figs . 1-3) .

Histologicamente, em seçao transversal, a espermateca apr�

senta-se circular ou elíptica, com luz ámpla, devido a pequenas ondulações

da mucosa que é revestida de epitélio cilíndrico simples ciliado, com cél�

las altas de citoplasma vesiculoso, acidófilo e núcleos elípticos, basófi-

los e dispostos em paliçada. A membrana basal e bem evidente, espessada

por fibras conjuntivas que a acompanham . Abaixo desta lâmina, aparece tec_!_

do conjuntivo frouxo, lacunar, entremeado de feixes de fibras muscul.ares

1 isas com disposição circular . Na lüz da espermateca, observamos niassas CO,!!!

pactas de espermatozóides em turbilhão e espermatozóides isolados, substâ�

eia basófila, PAS +, material de aspecto necrótico e delgadas formações la

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minares, eosinÓfilas, constituídas de material amorfo.

Seccionado em diferentes níveis, o canal apresenta luz cir

cular, eriçada por papilas e criptas , revestidas por epitélio cilíndrico

simples ciliado, com células altas de 1 imites pouco precisos, citoplasma

eosinófilo, pouco denso, vesiculoso , núcleos elípticos, basais e fortemen­

te cromáticos. A porção apical das células apresenta cílios longos e pla­

nura estriada. Observamos também, massas alongadas fortemente basófilas,

PAS +, secretadas por células glandulares, sub-epiteliais. Córion consti­

tuído de fibras conjuntivas colágenas , células mucíparas, lacunas e fibras

musculares que sobem pelo interior das papilas. A túnica muscular que a

princípio, apresenta-se entremeada por fibras do tecido conjuntivo · têm

seus feixes espessados mais próximos, com disposição circular. Segue-se

outra, constituída de feixes de fibras com disposição longitudinal e um

delgado envoltório conjuntivo.

Em alguns exemplares de ThaumMtU6 observamos, em seçao

longitudinal, espermatóforos na luz do canal com massa de espermatozóide e

material laminar fortemente acidófilo mais concentrado no polo basal que ,

em certa porção, torna-se mais delgado envolvendo ou separando massas de

espermatozóides em diversos sentidos.

Considerações: Terminologia e função do ovispermoduto va­

riam muito segundo os · diversos autores.

Pelas observações microscópicas, na luz do ovispermoduto ,

em diferentes épocas do ano, de exemplares adultos e jovens, constatamos

haver massa de espermatozóides dirigidas para os diferentes polos deste Ó.!:_

gão, de acordo com o exemplar e época, fato este que pode ser considerado

como indicador da presença de espermatozóides exógenos, do parceiro, e en­

dógenos do próprio indivídao, segundo VAN MOL ( 1 97 1 ).

Ovos examinados, durante dois anos, de animais em cativeiro

nem sempre se apresentaram fecundados.

Por ser via condutora de gametas e ovos, porção secretora

de envoltórios do ovo e de líquido prostático e pelo predomínio da massa

uterina, · optamos pelo termo 1 1ovispermoduto 1 1 para denominar este orgao.

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Segundo SCOTT ( 1 939) o termo 1 1espermo-oviduto 1 1 que util i­

zou para descrever anatomicamente este orgao em StJtophoeheÁ.1.Uf.i

lo�enü.z.la.n.M (Doering, 1876) foi criado por BECK ( 1912) ao descrevê-lo em

"Bll.Li.n1U6 .óp. " . SCOTT (op cit. ) identificou no "Útero ou espermo-oviduto11,

uma ampla cavidade pregueada, duto feminino, e uma goteira [ = canal] que

seria o sulco espermático ou prostático por acompanhar a glândula com esse

nome.

Para SOLEM ( 1955) o espermoviduto é constituído por útero,

massa esbranquiçada e retorcida e próstata, massa amarelada de tecido gla.!:!_

du 1 ar.

LANZIERI & REZENDE ( 1 965) descreveram detalhadamente o

ovispermoduto de BÚLimM eofl.Úmbaen6,ú., Pilsbry, 1 897, indicando variações

na estrutura microscópica do útero, representadas por diferenças na dispo­

sição e tamanho de cílios, do epitélio de revest i mento da luz tubular e,

basofilia das células glandulares que se dispõem ao longo do ovispermodu -

to.

Cortes histológicos demonstraram haver no Útero e na pros­

tata predomínio de células glandulares em sua constituição que os tornam

sujeitos ã variações funcionais, responsáveis pelas alterações observadas

em suas paredes, durante os períodos reprodutivos, representados por tume

fação e variação na cor.

Macroscopicamente, o ovispermoduto, na vizinhança da glân­

dula de albume a comprime, dando a i�pressão de que penetra. através de

suas paredes para receber 6 canal resultante da junção de todas - as estrut�

ras que compoem o complexo de fertilização. O exame histológico, entreta.!:!_

to, nos mostra que os envoltórios conjuntivos, dessas duas estruturas, não

sao interrompidos demonstrando haver somente, uma estreita relação de vizi

nhança.

SMITH ( 1 966) descreveu os estágios de maturação do sistema

reprodutor de A. atvr. e afirmou serem os dutos, masculino e feminino, sép�

rados por uma prega longitudiral e unidos por células epiteliais.

Na descrição microscópica do útero de Su.eunea meJÚ<Üonal,ú.,

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--,

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Orbigny, 1 846, é registrado por LANZ I ERI ( 1965) a presença de "pequena re­

gião em forma de goteira que não é dotada de células glandulares como a

que existe na parede uterina restante".

Nos estudos histológicos e histoquímicos da próstata de

Vlttjma.e.w., pa.py1ta.c.e.w., (Mawe, 1823), LANZIERI ( 1969) é o primeiro a afirmar a

separação dos trajetos para o qvo e espermatozóides, no ovispermoduto des­

te Bulimulidae.

Para LEME ( 1973) a separação dos dutos femininos e mascul i

nos, nos Stylommatophora se dá mais abaixo do que nos Basommatophora onde

a fenda [ = canal espermático ] surge na vizinhança da glândula de albume.

No estudo anatômico sobre Sul imul idae, VAN MOL ( 1971 ) de­

monstrou existir três áreas glandulares no ovispermoduto: glândulas do mu­

co, vestibular e prostática. Em Thauma..6.t.UJ.i .6 p. e Bu.Lúnw., .6 emicin.c..t.UJ.i

Pilsbry, 1897, a glândula do muco assume grande importância, apresentando­

se sob dois aspectos diferentes, na mesma célula : citoplasma preenchido de

secreçao com finas granulações fortemente azuis e citoplasma cinza-rosado.

Reduzida a algumas células sub-epiteliais com citoplasma fortemente basóf_!_

lo, a glândula vestibular, acha-se confinada, nos exemplares das duas espé

cies citadas, ao canal espermático, próximo ã junção dos ácinos pros'táti­

cos. Na glândula prostática as células que constituem os ácinos possuem

citoplasma espumoso, de cor cinza-claro com trama cinza-rosado e núcleo ba

sal. (VAN MOL, 1 97 1 ).

Conhecida também por "receptáculo seminal" por HOLM,

(1946) ou "bursa copulatrix" como usada por LEME ( 1974) na descrição origi­

na 1 de Gon.yo.6.t.om_w., in..6u..la/Ú.6 consideramos a esperma teca um anexo do ov is -

permoduto, relacionada intimamente com o trato genital feminino, por estar

unida diretamente ao oviduto.

SCOTT ( 1 939), citou diferentes termos pelo qual este anexo

era conhecido e assinalou que preferiu utilizar o termo 1 1espermateca1 1 para

o mais característico dos anexos sexuais, já que nao existia homologia

nem analogia, que justificassem o emprego de termos anatômicos pertencen­

tes a vertebrados. Por terem sido encontrados espermatóforos na espermat�

ca de outras espécies SCOTT (op cit. ) concluiu que este diverfícúlo · é uti­

lizado para receber os produtos sexuais do outro indivíduo, em fecundação

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çruz_ada.

Podendo variar na forma, a espermateca apresenta constitui

ção histológica seme l hante entre os Basommatophora e Sty l ommatophora. Se­

ções anatômicas e histo l ógicas realizadas por HOLM (1946) em L. -6.:ta.gna.Lú.i

apne.J.iha (Say, 1818) e por OUNCAN ( 1958) em P. óon.tina.Lú.i para os Basomotó­

foros e por JURBERG et a l l ( 1979) em T. ach,ille.J.i, por JURBERG ( 1978) em T .

.ta.un.a,u.,..U., por LANZIER I & REZENOE ( 1965) em B . conumbaeM,Í,.6 , por REZENOE

(1975) em V. papynaceU6 e por SOLEM ( 1955) em VnymaeU6 entre os Esti l omató

foros, não apresentaram variações.

LEME ( 1974) justificou a substituição do termo espermateca

por 11bursa copu l atrix11 e canal da 11bursa copulatrix1 1 em G. iM ulaJU-6 LEME,

· 1974, por aceitar as justificativas de LINO ( 1973) em H. poma..ü.a.

REZENOE ( 1975) assinalou a presença de es�ermatóforos no

canal da espermateca de V. papy�aceU6, descrevendo-o histologicamente, fi-

gurando-o e chamando atenção para a seme l hança com a figura

por SOLEM (1955) em V. hulcoho-6 (Pfeiffer, 184 1). LANZIERI

apresentada

& REZENOE

( 197 1) pesquisaram polissacarídeos no espermatóforo de V. papynaceU6 des­

creveram esta formação como um 11cartucho11 que encerra espermatozóides e

substância amorfa eosinófi l a. Observamos em ThaumM�U6 , espermatóforos com

as mesmas características assina l adas para as duas espécies citadas de

V�ymaeU6 .

Na l uz da espermateca de muitos pu l monados e encontrada

uma substância pigmentar verme l ha de função desconhecida, segundo OUNCAN

(.1975) e que observamos, também em ThaumM�. SMITH (1955) e LINO ( 1973),

sugeriram, por estudos histoquímicos do conteúdo e epitél io interno da es­

permateca, de H. pom� que esta substância pigmentar, possui função de

digestão para o excesso de espermatozóides.

Pe l a macroanatomia e microanatomia dos componentes do ovis

permoduto, das espécies de ThaumM�U6 estudadas, só observamos diferenças

na forma da espermateca, de exempl ares adultos, sendo que em T. (T. )

.ta.una,Í,.6,Ü, apresenta-se ova l ada, em T. ( T. ) magni6iCU6 ovalada mais a l onga­

da, com uma constricção no polo basa l e em T. ( T. ) ach,ille.J.i esférica . No

ponto de inserção com o cana l da espermateca este sofre uma di l atação brus

ca em T. (T.) ach,illu que contrasta com a dilatação l enta, nas duas

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outras espécies de Tha.umMtul.i estudadas (Figs. 7-9, QUADRO 1 ).

CANAL DEFERENTE

Tem origem, na união de duas pequenas pregas do canal es­

permático, na porção distal do ovispermoduto, logo abaixo da próstata (Fig.

37). A princípio, seu trajeto e interno, aflorando logo após, para correr

aderido à parede do oviduto, até a junção deste com o complexo peniano.

Nesta região, sobe ao longo da bainha muscular do pênis, dobra-se sob sua

parte 1 ivre, descendo paralelo até sua base para subir, novamente, ao lon­

go �o falo, oposto a sua entrada. Penetra na porção 1 imite do ep f falo com

o flagelo, onde após curto trajeto vai abrir-se na luz do primeiro. Em to

do o seu percurso este canal está aderido às estruturas anexas por delgada

lâmina conjuntiva (Figs. 1 -3).

Em T. (T. ) ta.unwü este cana 1 apos dobrar-se sobre a ba i

nha muscular do falo, forma uma alça ampla, na região basal do falo, de

continuação reta (Fig. 4).

Em T. (T . ) ac.rúll.eó, o cana 1 deferente apos dobrar-se sob

a bainha muscular quase em sua base, ·forma uma alça estreita, contornando

o falo, de continuação espiral (Fig. 5).

Em T. (T. ) magnióic.Uó o trajeto forma também uma simples

alça diferindo por ser mais estreita, de continuação reta (Fig. 6 ) .

Cortes histológicos seriados, em seção transversal, demon�

tram ao nível do oviduto, que a luz do canal deferente é circular, eriçada

por expansão papiliforme e _revestida por espitélio cilíndrico simples, c..!_

1 iado, com células de citoplasma acidófilo claro e núcleos elípticos, for­

tement� cromáticos e basal s, e c fl ios longos. Delgada camada de tecido

conjuntivo, precede as duas túnicas de fibras musculares 1 isas, com dispo­

sição circular e longitudinal, sistema de lacunas e envoltório conj untivo

externo. Ao nível do complexo peniano, a luz torna-se elíptica, mais am­

pla, revestida por epitélio con-st'i.:tuldu de células menores, sendo que em a_!_

gumas porções, apresenta-se cúbico, com cílios longos pequenos, citoplasma

basófilo claro, núcleos circulares, cromáticos basais e dispostos em pal i-

çada. Pelos cortes em série, observa-se a penetração do canal deferente

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no ep i falo , sua aprox i mação e desembocadura na luz des se orgao .

Cons i derações: O termo canal deferente é apl i cado na anat�

m i a dos pulmonados para des i gnar a estrutura tubular i solada que conduz so

mente espermatozó i des do canal espermát i co ao ep i falo .

SOLEM ( 1955) ut i l i zou-o no mesmo sent i do em Vnymaew., ao

af i rmar que era um longo tubo un i ndo o sulco sem i nal ao ep i falo .

REZENDE (1975) além de descrevê-lo anatôm i ca e h i stolog i c�

mente em V. papylW..eelU> ass i nalou que seu menor compr i mento em relação ao

Órgão copulador mascul i no tem por função forçar a flexão na altura do falo

prox i mal e ep í falo .

A função do canal deferente ser i a de condutor dos esperma-

tozó i des para o pên i s, sendo este fato conf i rmado pela d i reção da

dos cíl i os . (BAYNE, 1967 apud . DUNCAN, 1975) .

bat i da

J URBERG et a i 1 ( 1979) e J URBERG ( 1978) em T . (T. ) aeh.,é,Uv.,

e T. (T. ) ta.una.Ã.,,6,Ü, dão como or i gem do canal deferente o f i m da próstata,

que segue depo i s i nternamente por um trecho curto, tornando-se externo, ao

nível do ov i duto, onde segue paralelamente .

Macro e m i croscop i camente é o trajeto do canal deferente,

ao nível da ba i nha muscular, que apresenta d i ferenças ma i s marcantes: em

T. (T. ) .t.a.u.na.Ã.,,6,Ü, nesta reg i ão forma uma ampla alça, em T. (T. ) magrú6�C111.i

a dobra formada é bem ma i s estre i ta e em T. (T.) aefú.Lte.1:, forma uma alça·

correndo pela parede i nterna da ba i nha muscular, contornando depo i s o pe­

n i s em esp i ral (F i gs . 4-6, QUADRO 1 ) .

No ponto c i tado o canal defe�ente está ader i do i s

da ba i nha muscular e do pên i s por delgada lâm i na conjunt i va o que

seu deslocamento .

COMPLEXO PEN IANO

paredes

i mpede

Predom i nantemente muscular, tubular e de cor esbranqu i çada

(KÜPPERS, 1979: NlO, AlO, MOO) f i xado em sua porção ap i cal ao a s soalho da

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câmara pal ial, pelo músculo retrator do pênis, estendendo-se até a vagina

(Figs. 1 -3).

Observado externamente é um tubo que varia de diâmetro mas

a dissecção e os estudos em série, de seções transversais e longitudinais,

demonstram diversidade em determinadas áreas no que se refere a existência

e número de pregas longitudinais e estruturas glandulares.

Fibras musculares e sistema de lacunas, presentes em todo

o complexo peniano, desempenham importante papel na contração e evag i nação

do pênis, durante a cópula. Este sistema lacunar se caracteriza, por apr.!:_

sentar malha fina, constituida por c�lulas e fibr�s do tec l do conjuntivo

que delimitam espaços ovais ou irregulares contendo, muitas vezes, uma

subst ância que se cora de rosa claro pela Eosina.

Está constitu ido de: músculo retrator do falo, flagelo,

epifalo, falo e bainha muscular do falo.

Nas espécies de Tha.wna6tU6 estudadas, o complexo peniano

apresentou variações no comprimento e espessura sendo o de T. (T. )

magnióiCl.Ló o mais desenvolvido e o de T. (T. ) aeh,illv., o menos desenvolvi­

do. No que se refere a microanatomia e histologia as variações apresenta­

das estão 1 igadas a variação funcional.

Músculo Retrator do Falo

Lâmina homogênea, delgada e esbranquiçada (KÜPPERS, 1979,

NlO, A40, MOO), fixado por uma das extremidades ao assoalho da câmara pa­

lia i onde se intrega ao retrator do pé, _um dos três ramos do músculo colu­

melar. Por sua extremidade oposta se ·insere ao flagelo, quase lateralmen­

te ao seu ápice (Figs. 1 -3).

Cortes histológicos em seçao longitudinal, demonstram que

no ponto de união com o flagelo os feixes do músculo retrator se separam

envolvendo-o lateralmente, com maior ·espessura do lado esquerdo (Fig. 38 ) .

Em seção transversal, apresenta-se como uma massa muscular compacta de fi­

bras longitudinais, reunidas em feixes por tênue lâmina conjuntiva. O en­

voltório externo é muito delgado, constitu ido por tecido conjuntivo de ce-

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29

l ulas com limites pouco precisos e núcleos grandes e alongados. Longitudi_

nalmente, seus feixes muscu l ares ao encontrar o flagelo próximo ao

passam a acompanhar este Órgão unilateralmente (Fig. 38) .

Flagelo

ápice

Orgão tubular curto em relação ao complexo peniano, digiti_

forme e de extremidade cega em sua porção apical onde se prende ao músculo

retrator do pênis, e de calibre aumentado, em seu 1 imite oposto, que é sem

pre o ponto de encontro com epifalo e o canal deferente (Figs. 1-38 e 38 ) .

A luz do flagelo. aumenta de diâmetro lentamente para a região basal, possu

indo as paredes internas, 4 i 6 pregas longitudinais que variam na altura

e disposição.

Em seção transversal, os cortes histológicos apresentam

luz c i rcular ou elíptica, eriçada por papilas e depressões que estao reves

tidas por epitélio cilíndrico, simples, com células de citoplasma acidófi­

lo, mais denso na periferia, com núcleos elípticos, fortemente cromáticos

e med i anos. Há nesta região e sob o epitélio, grande quantidade de célu­

las volumosas, de citoplasma vacuolar, basófilo, de reação PAS +, abrindo­

se individualmente na luz do orgao. Observamos também, em uma pequena

á rea situada no ápice de uma grande prega, cuja extremidade apresenta-se

encurvada, bem evidente, um tufo de cíl ias longos e eretos, voltados para

o centro da luz do Órgão (Fig. 39). Tecido conjuntivo frouxo vascular e

fibras musculares lisas sustentam o epitélio, ascendendo no interior das

papilas. Segue-se a mucosa, espessa camada muscular com predomínio de fi­

bras de orientação circular, entremeadas de fibras, com disposições longi-

tudinal e transversal e, lacunas esparsas. A túnica muscular externa · , e

const i tuída por fibras dispostas longitudinalmente, apresentando lacunas

esparsas no lado oposto a inserção do músculo retrator do pênis.

Epifalo

De comprimento igual ao flagelo, diferindo deste por seu

diâmetro e estruturas internas apresenta-se bem delimitado, pela invagina­

ção do canal deferente no complexo peniano e em sua porção apical , e, pela

proeminente dilatação da região inicial do falo, em sua porção basal.

I nternamente apresenta 8 pregas longitudinais bem mais es-

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pessas do que as do flagelo, que. na região próximo a desembocadura do ca­

nal deferente, tornam-se mais curtas e convergentes (Figs. 40 e 4 1 ).

Histologicamente, em seção transversal, ao longo do epifa­

lo observamos, luz deslocada para um dos polos e eriçada por fortes elev�

ções, que muitas vezes, na região distal chegam a obliterá-la. Na porção

apical o epitélio de revestimento é cilíndrico simples, ciliado, de célu­

las de contornos não muito visíveis, de citoplasma acidófilo, núcleos elí.e,

tices, basais e fortemente cromáticos. Tecido conj untivo frouxo, vascu­

lar, constituído por várias lacunas e fibras musculares lisas, com orienta

ção circular e longitudinal formam uma trama ocupando grande área da se­

ção, indo de um polo ao outro. Acompanhando a cavidade principal do epif�

lo separada deste, em certas áreas, pelo sistema lacunar e fibras muscula­

res, há uma glândula acinosa, próximo ao canal deferente. Em seção longi­

tudinal observamos numerosos tGbulos cilíndricos e ramificados que o cons­

tituem, com células ciliadas de citoplasma espumoso e núcleos basais, elí_e,

ticos e fortemente cromáticos, contendo alguns material acidófilo em sua

luz.

O canal deferente que penetra no epifalo, em sua região

apical, desemboc3 na luz do Órgão, através de uma goteira sinuosa, apos um

curto trajeto descendente.

O revestimento epitelial da porção distal do epifalo dife­

re da anterior, pela altura das células e por apresentar no citoplasma su­

pranuclear, granulações acidófilas.

Todo o Órgão é envolvido por uma espessa camada muscu l ar

dupla de espessura aproximadamente igual. Na interna, apesar de fibras de

disposição variável, predominam fibras circulares e na externa, fibras de

disposição helicoidal e longitudinal.

Fa l o

Tubular e dilatado em sua porçao apical onde se une ao ep.!_

fa l o, apresenta menor diâmetro quando penetra na bainha muscular.

Por diafanização e dissecção longitudinal o falo é compos­

to internamente por pregas longitudinais, espessas, podendo em exemplares

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n 3 1

adultos apresentar granulações brancas e, uma massa compacta

responsável pela d i latação da porção ap i cal.

arredondada,

H i stolog i camente, em seçoes transversal e long i tud i nalmen­

te, este Órgão apresenta var i ações ao longo de seu traj eto que perm i te ana

1 i sá -lo em t r.ês reg i ões :

Porção prox i mal : onde predom i na uma forte reg i ão glandular

e pregas long i tud i na i s de trajeto s i nuoso e de ram i f i cações curtas e oblí­

qüas que dev i do à prox i m i dade encostam umas as outras, d i f i culta.ndo a i de�

t i f i cação e contagem. Em seção transversa l , mostram um revest i mento ep i t�

l i al c i líndr i co com células volumosas, de c i toplasma granuloso e núcleos

elípt i cos, cromát i cos e basa i s contendo mater i al secretór i o, ac i dóf i lo,

PAS +. Pequenas células aparecem na v i z i nhança da luz tubular, com nu­

cleos c i rculares · e basa is, em i t i ndo prolongamentos entre as células secre­

toras e or i entados, para a per i fer i a e v i síve i s em ma i or aumento.

Porção d i stal : cuja seçao long i tud i nal apresenta a cav i da­

de central do órgão revest i da por ep i tél i o c i líndr i co com células de c i to­

plasma acentuadamente claro, núcleos fortemente cromá t i cos, assum i ndo ta i s

células, pos i ção cordonal. Este ep i tél i o mostra-se revest i do por um mate­

r i al l am i nar ac i dóf i lo, d i sposto em delgadas camadas superpostas, onde se

pode observar restos de núcleos e lâm i na que se desprende, i nd i cando trans

formação córnea. Glândulas tubulares vão term i nar na luz, sendo formadas

por elementos tubo ep i tel i a i s alongados, revest i dos por ep i tél i o c i l indr i -

co, com células de núcleos elípt i cos e basa i s, contendo na luz,

marcadamente ac i dófi lo.

mater i al

Porção basàl (reg i ão envolv i da pela ba i nha muscular) : cuj a

seçao transversal apresenta a luz do Órgão er i çada por elevações e dep��s­

sões, revest i da por ep i tél i o c i líndr i co c i l i ado, com células de c i toplasma

claro, vacuolado núcleos elípt i cos e med i anos. Contrastando com toda a

área c i l i ar densa e de pequena altura, repete-se aqu i o que observamos no

flagelo de d i versos exemplares, um tufo de cíl i os longos, eretos, - · sobre

uma pap i la que se destaca das dema i s por ser ma i or e central. Nesta reg i ­

ão aparecem também células mucosas subep i tel i a i s contendo no seu i nter i or

mater i al basóf i lo.

Todo o falo se mostra envolv i do por parede muscular, ma i s

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espessa na região distal, mostrando em seu interior estruturas lacunares,

de aspecto areolar. Os feixes musculares lisos longitudinais predominam

sobre as fibras com orientação circular, que se entrecruzam. O córion da

mucosa apresenta tecido conjuntivo frouxo, vacuolar, representado por fi­

broblastos delgados e fibras colágenas acompanhando as fibras musculares

1 isas que penetram nas pregas, atingindo à região apical. A seguir há o

predomínio de feixes de fibras musculares 1 isas com orientação circular p�

ra o interior e lonfitudinal para o exterior (Fig. 41).

Bainha Muscular do Falo

E uma grande dobras da tGnica muscular do falo, que o en­

vo l ve , em sua porção basal, abrigando também a alça formada pelo canal de­

ferente (Figs. 1 -6).

Em seção transversal, histologicamente, apresenta diversos

feixes de fibras musculares circulares formando esta espessa tGnica que e

revestida, ixterna e internamente, por envoltórios conjuntivos.

Em sua porção distal observamos estruturas nervosas que

são responsáveis pela inervação da bainha e delgadas lâminas conjuntivas,

responsáveis pela aderência do canal deferente.

Considerações : Pelas variações morfológicas que pode apre­

sentar, entre as diferentes espécies, fornecendo importantes caracteres p�

ra a taxonomia, o complexo peniano tem sido descrito em muitos trabalhos.

Termo criado por BAKER ( 1945) para designar na família Pla

norbidae, a região constituída pelo pênis, bainha muscular, prepGcio e mus

culos que o acompanham é aplicado também ao Órgão copulador dos Bul imuli­

dae.

Constituído por tecido muscular, glândulas e rico sistema

de lacunas faz lembrar, o corpo cavernoso encontnado no �ênis de ma�Ífero�

Sua principal função parece ser de transferir o esperma para a via genital

feminina do parceiro, com auxílio dos cílios, presentes na luz do orgao.

Contrações rít�icas, espontâneas, originada� por fibras musculares, persi�

tindo durante várias horas, comprovaram em L. ��agn� o papel desempenh�

do por este órgão. (DUNCAN, 1964). As regiões glandulares, são responsa-

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7 veis pela formação do espermatóforo , nas espécies que eliminam o

dentro deste envólucro (SCOTT , 1 939 e FRANC , 1 968).

3 3

esperma

Relativamente simples por não haver apêndices em Bul ; mul i­

nae a terminologia utilizada , para as diferentes regiões do complexo peni�

no , não apresenta divergências na literatura sendo sua constituição deter­

minada pela organização histológica.

Para BREURE ( 1 979) o comprimento e a espessura da"genitã -

lia1 1l imitam a variação da morfologia externa em Bulimul inae , sendo que , a

presença e a variação no tamanho da bainha muscular , luz simples , constric

ta ou com tubos paralelos ou circulares para o lumen , bolsas e glândulas

na região mediana e tipos diferentes de células secretoras no tecido sub­

epitelial do falo são responsáveis pela variação adicional , segundo este au

tor.

Nas descrições anatômicas do músculo retrator em Bul imul i­

dae , BARROS-ARAUJO ( 1965) , BARROS-ARAUJO , REZENDE & FRAGA RODRIGUES ( 1960),

BREURE (1979) , COELHO & BARROS-ARAUJO ( 1975) , LANZIERI & REZENDE (1965) ,

REZENDE (1975) e REZENDE , LANZIERI & INADA ( 1972)� a inserção é sub-termi

nal variando em LANZIERI & REZENDE (197 1 ) , JURBERG et all (1979) e

JURBERG ( 1 978) quando é descrita como terminal.

VAN MOL ( 1971) considerou o flagelo em Tha.umM:tu6 � p0 muito

curto , sem diferenças marcantes , estando caracterizado por uma camada de

células glandulares sub-epiteliais volumosas , com citoplasma preenchido

por secreçao de aspecto espumoso e fracamente basófilo�

Ao descrever , h 'istologicamente em seçao transversal , o fl�

gelo de V�ymae.uó c.a.nilic.ula:tu.6 (Pfeiffer , 1845) , BREURE & ESKENS ( 1 977) , o.!:

servaram a existência de uma prega longitudi�al encurvada encontrada tam­

bém , segundo os autores , em outras espécies de Bul imul idae. O tecido sub­

epitelial dessa prega , provavelmente, seria responsável pela formação da

parte inicial do espermatóforo.

Para REZENDE , LANZIERI & INADÀ ( 1 972) , no flagelo de

P�o.:toglyptu.-6 lopv.ii destacam�se histologicamente , raras células volumosas

localizadas na parede muscular e semelhantes às da parede da porção basal

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da espermateca, tendo a luz flagelar forma semelhante a observada nos es­

permatóforos seccionados transversalmente dentro do canal da espermateca.

Externamente, nas espécies de ThaumM tu,t, estudadas, o l imJ..

te entre o flagelo e epifalo é o ponto em que o canal deferente penetra no

complexo peniano (Figs. 1 - 3 ) . Cortes histológicos, seriados, em seção

transversal, indicam o caminho descendente do canal deferente dentro do

epifalo e sua aproximação gradativa até desembocar em sua luz.

SCOTT ( 1 939) descrevendo o epifalo de Sbtophoc.hWJ.L6

lonen:tlz,la,nu,6 descreveu o relevo interno, indicando a presença de massas

glandulares nas paredes, posterior e laterais, responsáveis pela formação

da cápsula espermatofôrica e pregas simétricas que terminam na parte ante­

rior em forma de 1 1V1 1 •

Ao descrever a 1 1genitál ia"de Vnymaeu,t, anatomicamente SOLEM

( 1955) observou a existência de pontes longitudinais.

Para VAN MOL (1971) no epifalo de ThaumM tw.i -0 p. aparece

uma região fortemente glandular representada por uma glândula acinosa que

o autor figurou e denominou de 1 1epifal iana 1 1 que está associada ao canal de

ferente e é constituída por numerosos túbulos cilíndricos e ramificados

que vão abrir-se na base do epifalo. Suas células possuem citoplasma rico

em gotas de secreção e os núcleos são basais.

Sendo o falo o maior componente do complexo peniano, por

contração, pode reduzir-se, em comprimento e consequentemente, aumentar em

diâmetro, logo que a dissecção tem início, se não for fixado correta e ra­

pidamente. Essa contração, caso não seja evitada, provoca deslocamento de

estruturas internas podendo levar a uma falsa imagem de sua constituição.

Cortes histológicos do falo retraído não permitiram confirmar as observa­

çoes, sobre a glândula 1 1epifal iana 11 citada por VAN MOL ( 1971) em ThaumM tw.i

.6p.

JURBERG ( 1978) ao descrever esta região anatomicamente, em

T. (T.) :tau.na,ú.,li afirmou que sua forma e aproximadamente cônica e que seu

diâmetro ·na região que o une ao epifalo e mais dilatada, devido ao encutva

mento de sua porção interna que por diafanização, apresenta uma area museu

lar e outra glandular. Em T. (T.) ac.rúLe.u a forma do falo e aproximada-

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mente cilíndrica com a mesma estrutura interna da espécie anterior.(JURBERG

et all, 1979) .

Referências na literatura, a respeito da anatomia interna

do falo, em pulmonados terrestres, começaram com PILSBRY ( 1894) que assina

lou a presença de "pilastras longitudinais e papila" em 1 1Hél ices" . SOLEM

( 1 955) indicou haver pilastras, em V1tymae.Ll6 e concluiu que se desenvolviam

muito mais quando eram encontrado em animais com traços de espermatóforos

levando-o a estabelecer relação entre o material que as constitue e a for­

mação do espermatóforo.

Parede coberta por epitélio monoestratificado, de aspecto

denteado com as células sem função secretora são características dadas por

VAN MOL (197 1 ) para a parede do pênis de Thauma.6tll6 �p.

A bainha muscular do falo é constituída por uma capa musc�

lar, 1 isa ou com dobras, envolvendo esta estrutura, em T. ( T. ) :tauna,ú.,il s�

gundo JURBERG ( 1978) .

Nas anâl ises macroanatômicas, microanatômicas e histológi­

cas, o complexo peniano apresentou variações quanto ã forma do falo. Em

T. (T.) :taunOÁliil o falo tende a ser cônico, em T. (T.) magn.,lólc.u..6 cilín­

drico alongado e em T. (T.) acJúU� aproximadamente ci 1 Índrico (QUADRO Ih

Microscopicamente no que se refere a estrutura interna, a constituição e

disposição do complexo peniano nas três espécies assemelham-se.

VAG I NA

Tubo curto, pregueado, de luz ampla que se segue ao ovidu­

to, do qUal difere muito pouco, estruturalmente. As pregas longitudinais

observadas em sua luz se continuam pelo oviduto e o canal peniano que vem

se abrir, dorsalmente, em sua porção apical. A vagina, termina no ' poro g�

nital, onde sofre uma - constricção brusca.

Cortes histológicos, em seções transversal e sagital apre­

sentam a mucosa com pregas, de córion amplo e papilífero. O epitélio de

revestimento é cilíndrico simples, ciliado com células não secretoras en­

tre as quais, se percebe, material secretório de origem mucosa. O cito­

plasma das células epiteliais é pouco denso, acidófilo e o núcleo elípti-

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co, basal e fortemente cromático. A membrana basal, bem evidente, separa

o epitélio de revestimento do córion da mucosa. Este último é formado por

fibras conjuntivas, células glandulares mucíparas PAS + e fibras muscula­

res 1 isas que se deslocam no interior das pregas, sustentando-as. Na sub

mucosa as fibras musculares 1 isas, longitudinais aos poucos se escasseiam

enquanto as fibras musculares circulares, tornam-se abundantes e muito de­

senvolvidas, pas�ando a predominar formando espessa túnica muscular lisa

que envolve esta estrutura genital.

PORO GENITAL

Orifício circular localizado um pouco atrás do maior tentá

culo cefálico direito, e pouco visível no animal vivo, devido ã coloração,

sulcos e estriações do tegumento, 1 1esta região.

Pelas observações histológicas em seção transversal, é po�

sível observar a passagem do tecido conjuntivo externo da vagina para o te

cido da mesma natureza que constitui o tegumento que envolve a região cefá

l ica, diferindo do primeiro pela presença de células mucosas e intensa pi�

mentação.

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SISTEMA DIGESTIVO

Ánál ises dos conteúdos estomacal e intestinal, dos animais

logo apos a captura e criados em cativeiro, indicam a presença de fragmen­

tos vegetais na alimentação justificando o comprimento do sistema, grande

número de fileiras de dentes na rádula, papo desenvolvido e extensão do in­

testino.

Tubo longo e Único que não apresenta muitas diferenças em

seu percurso, as variações existentes se devem principalmente ã forma e ao

tamanho.

Pela divergência encontrada na nomenclatura e visando faci

1 itar o estudo, consideramos o sistema digestivo composto por: massa bu­

cal, esôfago anterior, papo, esôfago posterior, estômago, intestino anteri

or, médio e posterior e glândulas anexas (Figs. 1 0- 1 1 ) .

MASSA BUCAL

Orgão globular, constituído de várias estruturas distintas

e grande numero de feixes musculares. Forma, no todo, uma espessa massa

que ocupa grande parte da região cefálica, anterior ao cordão nervoso per_!_

sofagJ ,;mo . (Figs. 1 0- 1 1 ) .• .

Morfologicamente, apresenta-se �onst • tuído de: palpos labi

ais e cav·idade oral, mandíbula, veu oral superior e inferior, aparelho radu­

lar e feixes musculares.

Palpos labiais: em numero de três, dois superiores e um in

ferior, são pregas m6veis muco-tegumentares, sustentadas por densa muscula

tura, limitando externamente a cavidade oral (Fig. 42) .

Histologicamente, em seçao transversal, a superfície exter

na possu i estrutura tegumentar e a interna é uma mucosa, eriçada por papi­

las fracamente quitinizadas, epitélio de revestimento cilíndrico simples,

com células altas, de citoplasma acid6filo claro e núcleos bas6filos, fra­

camente PAS +, elípticos e basais. Células glandulares bucais, abrem-se

na superfície dos palpos ocorrendo neurônios no epitélio.

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A zona de transição entre o tegumento e a mucosa, é distinta

de um lado pela ausência de pigmentação, cé l ulas glandulares elaboradoras

de cálcio e certa irregularidade na disposiçãb da membrana basal e do ou­

tro, pelo início de quitinização epitelial.

Cavidade Oral: está revestida por uma capa de quitina, aci

dófila, clara, com granulações basÓfilas, PAS + , que recobre o epitélio c..!_

líndrico engrossando-se para o interior. Córion constituído por tecido

conjuntivo denso, representado por fibras colágenas, elásticas e reticula­

res, poucas células de permeio e lacunas esparsas. Em determinadas areas,

observamos células mucosas, agrupadas, _PAS + e células vesiculares gran­

des, entre as fibras conjuntivas e musculares que diminuem de tamanho, a

medida que se aproximam da luz oral. A massa muscular é espessa, disposta

em feixes, predominando os de orient�ção longitudinal.

Mandíbula: situada transversalmente no teto da cavidade

oral é uma placa arqueada e espessa, córnea, serreada de coloração mais

castanha escura, (KÜPPERS, 1 979: N40, A90, MSO) na base. Pelas diferenças

estruturais, apresenta uma lâmina que serve de apoio para a fixação e ou­

tra reforçada, muito mais espessa que forma o arco mandibular.

Correspondendo ao que se denomina mandíbula, propriamente

dita, há uma estrutura secretada pelo epitélio cuticular, estando soldada

ã base, em sua porção côncava, apresentando placas que podem estar . juntas

ou separadas, em número e formas variáveis, dispostas obliquamente em rela

ção ao eixo (Figs. 1 2- 14).

Em seçao, transversal e longitudinal, histologicamente, a

placa quitinosa está superposta ao epitélio é fortemente PAS + , em sua

maior parte, apresentando certa estriação o que demonstra ser seu processo

de formação, por aposição. são observadas as mesmas granulações basófi -

las, PAS +, localizadas na região apical, vistas na camada quitinosa dos

palpos (Fig. 43).

Para o interior, em seção transversal, está constituída do

mesmo epitélio que reveste a cavidade oral com suas células fortemente ade

ridas, umar as outras, fracamente PAS + . Delgado feixe de fibras coláge­

nas acompanha a membrana basal. No córion, o tecido conjuntivo denso re­

presentado por fibras colágenas e reticulares aparece intercalado por fi-

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bras musculares 1 isas em sentidos transversal e perpendicular, lacunas e

células mucosas esparsas .

Véu oral : estruturas pares, musculosas, diferenciauas pela

maior espessura e extensão da camada quitinosa que envolve o véu oral infe

rior .

Em seção longitudinal, o veu superior apresenta mucosa eri

çada, por elevações e depressões, com fibras conjuntivas do córion ascen­

dendo pelo interior das papilas . Predomina, após este, espessa camada de

tecido muscular, células adiposas e rico sistema de lacunas . O envoltório

de quitina, da região superior, à medida que se aproxima da faringe dirni­

nue de espessura até desaparecer, não mostrando um limite rígido. O veu

inferior repete as estruturas encontradas na parede bucal, engrossando a

capa de quitina no ponto em que há atrito com a mandíbula .

Aparelho radular : localizado entre a mandíbula e a farin­

ge, na porção inferior da massa bucal, acionado por fortes músculos, este

aparelho, pelas diferenças estruturais nele observadas, é constituído de :

rádula, odontóforo e 1 1núcleo gerador radular" (LEME, 1 98O)(Figs. 10, 1 1 e 44) .

Rádula : fita quitinosa-epitel ial, alongada e larga em rel�

ção a outras estruturas bucais, que recobre e se prende ao odontóforo, em

suas extremidades, pelo epitélio bucal . Deslocando-se no sentido postero­

anterior possue urna lâmina quitinosa, com dentes que apresentam grande va­

riação no número, forma e arrumação (Figs . 1 5- 1 7).

Cortes histológicos, em seções transversal e longitudinal,

demonstram ser a rádula formada a partir de urna dobra do epitélio cilíndrJ_

co simples, que a envolve, no fundo do "núcleo gerador radular1 1 (Figs . 45-47 ) . O epitélio de revestimento, 1 1supraradular1 1 (CARRIKER & BILSTAD,

1 946), possue células altas, comprimidas urnas as outras de citoplasma ela-

ró e núcleo grande e basal . Os dentes, a princípio, pequenas placas, vao

aos poucos se torn�ndo proeminências basÓfilas claras, quase brancas, de e�

rnadas densificadas em que a H . E não penetra, rnas qu� pelo tricrôrnico de Go­

rnori, tornam forte coloração vermelha, juntamente com a lâmina em que estão

inseridos . Servindo de apoio para os dentes, esta lâmina é constituída de

material anucleado, laminar e de disposição paralela, que confirmam sua na

tureza quitinosa . Observa-se também a presença de um epitélio subradular

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( CARR I KER & BILSTAD, 1 946), cúbico simples, com células de citoplasma basó

filo, núcleos circulares e medianos-

Odontóforo : eixo espesso e ov0ide, localizado dorso-ven

tralmente na cavidade oral e de coloração amarelada ( KÜPPERS, 1 975 : NlO,

AlO, MlO).

Em cortes histológicos, de seção transversal, o eixo de

sustentação da fita radular, apresenta-se constituído, em sua maior parte,

por tecido conjuntivo frouxo, PAS +, que difere dos demais observados, por

apresentar além de fibras conjuntivas e matriz vacuolada, fibras muscula­

res lisas de permeio . Este tecido é semelhante ao conjuntivo embrionário

ou mixomatoso de mamíferos e barbela de aves, pela ocorrência de células p�

quenas, de substância intercelular clara e vacuolada, núcleos basais e fi- ·

bras conjuntivas . Tênue camada formada por feixe de fibras colágenas re­

vestem externamente todo o odontóforo .

Núcleo gerador radular: digitiforme, coloração castanha

clara ( KÜPPERS, 1 975 : N I O ; AlO, M I O) projetando-se para fora e por baixo

da massa bucal, em direção postero-dorsal, esta formação sobressai ao con­

junto, por ultrapassar o comprimento da faringe e atingir ao início do esô

fago anterior (Figs . 1 0- 1 1 .) .

Cortes histológicos, e m seção sagital, demonstram ser esta

região formada por uma estrutura tubular, recurvada sobre si mesma, consti

tuída po·r dois epitélios, 1 1supra e subradulàr1 1 ( CARRIKER & BILSTAD, 1 946) .

No primeiro, observamos, células altas, comprimidas umas contra outras, de

citoplasma claro e núcleo grande e basal . O epitélio subradular é cilín -

drico simples, com células cúbicas, de citoplasma basófilo e núcleos circu

lares e medianos (Figs . 46 e 47).

Na extremidade onde o epitélio encurva-se há uma pequena

região constituída por grande acúmulo de núcleos e pouca diferenciação dos

1 imites celulares, dando a impressão da ex j stência de um sincício, · com ca­

racterísticas de centro de proliferação celular .

Além de conter a região de formação da fita radular, hist�

logicamente, em seção longitudinal, observa-se a riqueza de fibras conjun­

tivas e musculares lisas densamente dispostas além da presença de neuro-

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nios, na sua porção superior , de tamanhos e formas diversas, com citoplas­

ma basófilo e homogêneo e cromatina granular na célula maior (Fig . 48).

Feixes musculares: agrupamentos de fibras musculares res­

ponsáveis pela mobilidade das diversas estruturas que compõem a massa bu­

cal.

Histologicamente , em seções longitudinal, transversal e sa

gital , apresentam-se reunidas por delgada camada de tecido conjuntivo que

se dispõe nos sentidos longitudinal, circular e tangencial conforme função

e 1 oca 1 i zação .

Considerações: Este sistema tem sido muito mais estudado

nos moluscos hospedeiros intermediários e vetores de doenças, do que des­

crito macro e microanatomicamente, como um todo.

Muitas são as divergências referentes à nomenclatura, esp�

cialmente quanto à região anterior, estômago e. glândula digestiva,

sistema.

deste

BAECKER ( 1932) apud PAN ( 1958), denominou de faringe a re­

gião anterior de He.Ux.

SCOTT ( 1939) denominou de vestfbulo bucal . a região anteri­

or da cavidade . bucal de Sbz.opho c.he,.U.w., loll.e.nt.iz-<.an.U6 {Doer, 1876) cujo 1 i­

mite posterior seria o bulbo faringeano.

CARRIKER & BILSTAD ( 1946) denominou de massa bucal a regi­

ão anterior de Lymnae.a .t>.tag_na.Li.--6 apll.e.1.>1.> a ·(say, 1 818), indicando em sua mor

fologia a presenças de vinte músculos distintos em sua parede. e no odontó­

foro.

MARCUi!I ( 1 950) ao descrever a "massa bucal ou faringe" em

AM.tJr.aloll.b-<-1.> glabna.tw., ( S a y , 1 8 1 8) [ = Biomphalan-<.a glablta.ta ] 1 i m i ta -a com

a boca e esôfago apresentando�a irregularmente globosa, muito consistente

-e de cor rosa.

Comparando os tra balhos sobre anatomia e histologia do sis tema digestivo PAN ( 1958), ao estudá-lo em A. glabna.tM, afirmou que o mes

mo poderia ser comparado ao de He.l-<-x ou Lymne.a, com algumas variações e

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utilizando o termo massa bucal para a região anterior.

FRANC ( 1 968), ao se referir à cavidade buê:a l em pulmonados,

assinalou que os autores antigos a separavam em duas regiões pela mandíbu­

la, uma parte anterior como cavidade bucal propriamente dita e outra post�

rior, como faringe . Sugeriu que o espaço precedente ao esôfago fosse den�

minado faringe, ficando "cavidade pré-bucal", para a região anterior ã man

díbula.

LEME ( 1 973), ao descrever a anatomia deste sistema, em

Strophocheiloidea, iniciou pela abertura bucal indicando que a mandíbula

pode ser o limite externo do bulbo faringeano que contém a rádula .

RUNHAM (1975) no seu estudo sobre pulmonados utilizou mas­

sa bucal para designar o Órgão globular que consiste de rádula, mandíbula,

cartilagem do odontóforo e músculos que lhe est ão associados .

De grande valor taxonõmico, para a identificação específi­

ca, mandíbula e rádula tiveram um papel preponderante nos estudos microana­

tômicos, sobre todas as demais regiões do sistema digestivo, principalmen­

te no que se refere às outras estruturas da massa bucal .

CARRIKER & BILSTAD ( 1 946), ao descreverem histologicamente

o sistema digestivo de L. -0.tagnctlió, assinalaram que evaginações do tubo

alimentar, especialização de certos músculos e diferenciação da camada ep_!_

ter ial foram responsáveis pelo surgiment o de seis tubos cegos ao longo do

canal, aumento das dimensões e surgimento de outras estruturas . Tabelaram

a abundância e distribuição dos constituintes celulares no sistema digest_!_

vo e chamaram atençao, para as modificações que se processaram em determi­

nadas células do tecido conjuntivo que permitiram o surgimento da cart i la­

gem radular e o suporte do saco radular, "colostylo" . Descreveram o t raj!_

to do epitélio radular ao longo do compriment o do saco radular, em direção

a massa bucal, sem alterações só com o aparecimento do epitélio colunar e

citaram PRENANT ( 1 925), para indicar a presença de área semelhante· · em

Helix.

PAN ( 1958) considerou em A. gla.bll..atl.L6 a massa bucal const_!_

tuída por camadas musculares e três estruturas distintas: fita radular qu_!_

tinosa, saco radular e suporte radular. Nossas descrições histológicas,

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em Thawna..õ tU/2 , das estruturas citadas , concordam com as de BAECKER ( 1 932)

em Helix apud PAN ( 1 958) .

FRANC ( 1 968) designou por aparelho radular o conjunto

constituído pela bainha formadora da rádula , membrana elástica , rádula e

odontóforo.

LEME ( 1 980) ao descrever a anatomia de To rrú.g eJtU6

u.bajaJte.n..6-<-6 Leme , 1 980 , figurou e assinalou ser o 1 1núcleo gerador radular

expandido para fora e recebendo um ramo do músculo radular 1 1 •

RUNHAM ( 1 975) afirmou ser a rádula formada no interior de

uma glândula localizada na parte final da massa bucal que se apresenta do­

brada para cima , formando uma estrutura tubular com suas estremidades late

rais encontrando-se dorsalmente.

Criado por HOFFMANN ( 1932) , em relação a L . �tagna..Li/2 e

utilizado por FRANC ( 1 968) para explicar a formação da rádula , o esquema

de corte sagital , da extremidade da bainha radular , muito nos auxiliou na

compreensão desta estrutura.

1 1Colostylo1 1 foi o termo criado por CARRIKER & BILSTAD

( 1 946) , para designar o eixo constituído por um tecido especial , semelhan­

te a gelatina , que se cora de vermelho pelo mucicarmin e suporta o saco ra

dular . Ao assinalar a presença de células vesiculares de cartilagem , os

mesmos autores , afirmaram haver diferença entre o que se entende por cart..!_

lagem em Gastropodos e em Vertebrados , sendo que nesta classe de Moluscos

este tecido , assemalha-se mais ao tecido conjuntivo vesicular da notocor -

da.

SPIRO ( 1 9 1 1 ) , apud CARRIKER & BILSTAD ( 1 946) assinalou a

presença de células vesiculares nesta região interpretando que estas se­

riam elementos , do tecido conjuntivo em processo de condrificação .

BAECKER ( 1 932) apud PAN ( 1 958) , J á havia encontrado tec i do

semelhante em Helix e PAN ( 1958) descreveu-o em A. gla.btr.a.ta. constituído

por células irregulares na forma e tamanho , reunidas como células epite l i­

a is e com núcleos pequenos , ovais ou circulares pobres em cromatina. Fi­

bras musculares estendem-se ao longo desta estrutura.

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--,

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RUNHAM ( 1 975) afirmou ter o 1 1colostylo 1 1 muitas fibras colá

genas, musculares e vários tipos de células do tecido conj untivo.

Mandíbula e rádula foram as estrutura5 da massa bucal que

apresentaram variações entre as espécies (Figs. 12- 17, QUADRO 1 ).

No que se refere à mandíbula, a de T. (T. ) taun.a,ú.,li é fo.!:.

mada por 10 a 1 1 placas, que variam no tamanho, com contornos bem delimita

dos, exceto na margem superior, podendo apresentarem-se unidas ou separa­

das (Fig. 1 2).

T. (T. ) magnióicM apresenta a mandíbula constituída de 1 5

placas embricadas que variam no tamanho e forma, sendo as medianas retang�

lares e as laterais irregulares e alongadas (Fig. 14).

Em T. [ T. ) ach,illv., além do numero de placas estar compre­

endido entre 9 e 1 3, elas estão ligeiramente superpostas na margem superi­

or (Fig. 13).

Quanto as rádulas das espécies por nos estudadas, . apresen­

tam diferenças no número de dentes, 46- 1 -46 em T . ( T. ) tauna.ÁÃÜ, 47-1 -47

em T. (T. ) magnióicM e 40-1-40 e 45-1 -45 em T . (T. ) ach,illv., e na forma

dos mesmos, a partir do 1 4? e 1 5?, sendo bem significativas as do 20? e

2 1 ? de T. ( T. ) tauna.ÁÃli e T. (T. ) ach,illv., . Em T. ( T. ) magni6icM a rád�

la apresenta dentes que não seguem uma diminuição constante de tamanho e

apresentam mod lficações quanto à forma, a partir do 7? e 9? dentes (Figs.

15- 1 7).

Maiores informações sobre a rádula, das espécies por nos

estudadas, podem ser encontradas em JURBERG et all ( 1 979) e JURBERG ( ( 978).

FARINGE

Tubo estreito e curto, em relação aos outros Órgãos do sis

tema digestivo, que se segue à massa .bucal (Tigs. 10 e 1 1).

Em seçoes transversal e longitudinal, os cortes histológi­

cos, nao evidenciam bem seu limite anterior j á que o envoltório quitinoso,

presente na massa bucal, desaparece em alturas diferentes ao longo da luz

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tubu l ar, cedendo l ugar aos cí l ios, tao característicos do epité l i o de re­

vest imento do tubo digestivo. Córion estreito, com fibras muscu l ares e co

l ágenas oriundas da submucosa, sendo que certo número das primeiras , segue

acop l ado à membrana basa l . Na região mais profunda, o sistema de l acunas

está constituído por fibras e l ásticas e reticu l ares, formando um envo l tó­

rio.

ESOFAGO

Tubo l ongo e de cor castanha c l ara, (KÜPPERS, 1979: N30,

A30, M l O) com início na parte póstero-dorsa l da massa buca l , passando de

uma maneira gradua l ao estômago. Variações em seu diâmetro, permite-nos

di.st l �güir três regiões no esôfago: anterior, papo e posterior (Figs. 1 0- l l ).

Acompanhando o Órgão , ao l ongo de seu trajeto, até o papo,

observa-se um par de g l ândul as sa l ivares.

Esôfago anterior: situado entre a região posterior do bu l ­

bo e anterior ao papo, rodeado pe l o ane l perísofagiano e acompanhado pe l as

gl ându l as sa l ivares.

Histol ogicamente, em seção transversa l , sua l uz é e l íptica

ou ovóide e irregu l ar unde se encontra na maioria das vezes, materia l se­

cretório, amorfo, acidófi l o e anuc l eado. A mucosa é eriçada, em face de

projeções papi l íferas e depressões, estando revestida por epité l io c i l ín -

drico simp l es com cé l u l as · acentuadamente a l tas, a l ongadas, de

cl aro e núcl eo ovóide, medianamente cromático, com disposição

Membrana basa l visíve l , apesar de de l gada.

citopl asma

para 1 e 1 a.

Sustentando as vil osidades observa-se uma submucosa, form�

da de materia l conjuntivo ace l u l ar, fibras muscu l ares e cé l u l as adiposas.

Segue-se, uma camada muscu l ar dup l a, com caract erísticas de fibras 1 isas

dos quais os feixes internos mostram disposição l ongitudina l e o externo

circu l ar . Todas estas formações estão contidas por uma camada de · tecido

adiposo, re l ativamente grossa e outra de 1 imites irregul ares, com l acunas.

Papo : maior região do esôfago, extremamente di l atáve l com

g l ându l as sa l ivares acop l adas às paredes externas, apresentando seme l hança

com as regiões estudadas e com as outras part es do esôfago. Acha-se, qua-

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J

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se sempre , preenchido de um líquido de cor vermelha (KUPPERS, 1979: A60,

M70, COO) "suco do papo" e em alguns cortes com resíduos vegetais. Exter­

namente sua parede mostra-se recortada por finos sulcos longitudinais que

lhe conferem aspecto ondulado.

Em cortes histológicos , de seção transversal, apresenta-se

com a luz de maior diâmetro e menor pronunc i amento das elevações da muco­

sa, em relação ao esôfago anter i or, elíptica e na maior ! a das vezes, preen­

chida por mater i al secretório acidófilo e amorfo. Mucosa constituída de

epitélio de revestimento cilíndrico s i mples, mucoso com células de c i to-

plasma acentuadamente acidófilo na sua porção apical, núcleos em bastão em

pos i ção central, formando uma linha mediana. Na altura do ep i télio apare­

cem células cal i ciformes e depósitos basófilos e vesiculares, de muco

(PAS +). Membrana basal delgada, separa a mucosa da submucosa que e cons­

tituída de fibras conjuntivas, reticulares, musculares lisas, células ad i ­

posas, lacunas, material amorfo e pigmento de cor parda. A tún i ca museu -

lar dup l a envolve a seguir as estruturas citadas com uma camada de fibras

longitudinais, reunidas em feixes, por tênue membrana conjuntiva (Fig. 49),

Esôfago posterior: região controvertida em relação aos

seus limites está compreendida entre a constricção do papo e o término das

glândulas salivares na reg i ão apical, e o início do estômago, caracteriza­

do pelo aumento de d i âmetro tubular, na região oposta. Proporcionalmente

e a menor região do esôfago.

H i stologicamente, em seção transversal , apresenta luz cir­

cular pouco er i çada e estrutura semelhante ãs descrições anter i ores, diver

gindo apenas, na riqueza de células cal iciformes, PAS + e , pr i ncipalmente

pela espessura da túnica muscular dupla, longitud i nal e c i rcular, com ca -

racterísticas de fibras 1 isas.

Cons i derações: Armazenamento, digestão e absorção, seriam

funções do esôfago segundo RUNHAM ( 1975) em Pulmonata 0 O mesmo autor as­

sinalou que permanecendo no papo, algumas horas, o alimento entra em conta

to direto com o líquido vermelho �castanhado, produzido por esta regl ão do

esôfago realizando-se assim a digestão de determinados alimentos.

Nas espécies estudadas no que se refere ao esôfago nota-se

luz ampla, paredes mais delgadas e menos irregulares em T. (T. ) magni6iQUÃ.

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ESTOMAGO

Orgão muscular cavitário , rosado (KÜPPERS , 1979 : A30 , M30 ,

COO) , de superfície externa lisa e brilhante , 1 ivre na porçao que se segue

ao esôfago , dobra-se bruscamente sobre si , passando a correr aderido à

glândula digestiva na região posterior , aproximando assim as regiões 1 1câr-

dia e pilórica" (Figs. 10-11). Liga-se à glândula digestiva através de

dois dutos , anterior e posterior , que vão desaguar nas partes ventral e

dorsal deste orgao e que , por fusão de suas ramificações se tornam calibro

sos à medida que se aproximam do estômago (Fig. 19).

Este Órgão , seccionado em quatro âreas ,11 cârdia , fÚndica , p!:_

quena curvatura e pilórica1 1 , não apresenta grandes diferenças estruturais ,

em suas paredes , quanto ao estudo histológico. As duas extremidades , câr­

dia e pilórica , em cortes transversais , apresentaram seção elíptica com a

luz preenchida por material secretório , acidófilo e amorfo , sendo a mucosa

fracamente eriçada por elevações e depressões. O epitélio de revestimento

é cilíndrico simples ciliado , com células de citoplasma acidófilo , PAS + ,

núcleo basal ou central , basófilo , bordas com planura estriada e c ílios.

Em todas as regiões há riqueza de células caliciformes , PAS + , enviando ,

secreçoes para a luz do Órgão. Observa-se membrana basal sustentada por

fibras elásticas e reticulares. No córion , predominam as fibras colágenas

que se projetam para o interior das papilas juntamente com fibroblastos ,

células adiposas , e pobre sistema lacunar. Camada muscular formada por f_!_

bras 1 isas , dispostas em hélice ou orientadas em duas direções: interna,

longitudinal , que se dispões em feixes rodeados por tênue lâmina conjunti­

va , perimísio , e a externa circular. Epitélio pavimentoso simples envolve

o orgao. A região pilÓrica apresenta na porção . basal , uma estrutura basó­

fila , arredondada , proporcionalmente grande , com algumas células nervosas

evidenciando a presença de um gânglio nervoso.

Considerações: Para RUNHAM (1975) a falta de identificação

dos 1 imites entre papo e estômago e o pequeno número existente de traba­

lhos a respeito destes Órgãos , dificultar�m a comparação , impedindo �elho­

res esclarecimentos sobre a anatomia comparada.

Divergências existentes entre seus 1 imites são responsa­

veis também pelas dificuldades encontradas para a localização das regiões

onde desembocam os dutos provenientes da glândula digestiva.

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-

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Em Stylommatophora o estômago foi estudado por HAFFNER

(1923) apud FRANC (1968) e BAEC KER ( 1 932) em HeL<.x poma.tia (Linnaeus , 1758),

FRETTER (1943) em Onerúde.Ua eeLt<_ea (Cuvier , 1829), GH0SE (1963) em

Aeha..ü.na óruea (Férussac , 182 1) , LEME ( 1973) em S�ophoeheJ1.oidea e

B0NFATTI (1980) em Megal.obUÍÁ.,muJ., .6p. Em Bul imul idae o Único trabalho que

encontramos sobre esta estrutura foi o de REZENDE (1975)

papyJz.a.eeuJ.,.

em Vh..ymae.uJ.,

HAFNER ( 1823) apud FRANC (1968) , assinalou a presença de

duas goteiras originadas a partir das aberturas dos dutos da glândula di -

gestiva , no estômago de H. poma.tia que ao se reunir, formam um grande sulco

condutor sendo que uma das goteiras inicia-se a partir do orifício �oster_!_

or indo enterrar-se no intestino.

BAECKER ( 1932) apud PAN (1958) registrou a presença de célu

las cuticulares na parede interna do estômago de H . poma.tia.

REZENDE ( 1975) descreveu em V. papyJz.a.eeuJ., a anatomia do or :-:--.__/

gão , figurando-o em posição natural.

Cortes histológicos não evidenciaram a presença de mecanis

mos especiais para a trituração de alimentos , nas espécies estudadas. ·

WALKER (1969) apud RUNHAM (1975) em Ag�oümax h..ilieula.;tiu,

(Müller, 1774) concluiu que o pouco tempo de permanência do material ali­

mentar no estômago e sua constituição por pequenas partículas e material

solúvel comprovaram sua anterior digestão no papo , pelo suco produzido nes

ta região. Pulsaç�es nas parede� estomacal e da glândula digestiva , se­

riam responsáveis pela passagem desse material do Órgão para a glândula.

Maior desenvolvimento da musculatura em relação ao mecanis

mo ciliar observados nas paredes do estômago vem confi rmar. estas observações.

Anãl ises histológicas dos conteúdos estomacal e intesti­

nal, nas espécies estudadas , logo após a captura e em cativeiro registram

a presença de partículas vegetais no esôfago e raramente no intestino e de

secreçao acidófila e amorfa no estômago e dutos digestivos.

B0NFATT I ( 1980) descreveu anatômica e histologicamente o

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estômago de MegalobuLúnu.6 -0 p. registrando a presença de um duto posterior .

INTESTINO

Tubo de parede delgada em relação ao estômago , diâmetro

uniforme e longo , j á que representando 2/3 do canal digestivo . Em seu tra

jeto , apresenta duas grandes dobras que chegam em determinadas areas a pe­

netrar na glândula digestiva , intestino anterior , emerge sobre a glândula

de albume , atravessando-a em largura , intestino médio , e passa paralelo ao

rim , como reto , 1 imitando o lado direito da câmara pal ial , acompanhando em

sua Última parte pelo ureter secundário (Figs. 1 0-1 1 - 1 8- 19) .

Aumento do diâmetro e traj eto que percorre , permitem consi

derar neste Órgão três regiões: anterior , média e posterior .

Nos cortes histológicos , em seção transversal , observa-se

vasto sistema lacunar de proporções diversas ao longo da parede intestinal.

Intestino anterior: delimitado pelo estômago na região pr�

ximal e término da primeira alça sobre a glândula digestiva.

Cortes histológicos em diferentes níveis em seção transver

sal apresentam luz elíptica , revestida por mucosa formada por epitélio ci­

líndrico simples , ci l iado e mucoso , com células de citoplasma claro , nú­

cleos em bastão , basais e fortemente cromáticos . Em determinadas células

observamos estruturas endocitoplasmáticas ovóides de aspecto vacuolar , ba­

sais , PAS + , semelhantes às células caliciformes . A disposição das cé l u -

las que formam este epitélio não é regular percebendo-se grupos dispostos

em pequenas invaginações ou proj eções (Fig. 50) .

No início desta região a estrutura mais evidente e de g ra.!2_

de contrpste epitelial é a profunda goteira , revestida por células a l tas

de núcleos basais , apresentando em seu bordo simples , esterocíl ios ( F i gs .

50 e 5 1 ) . o tecido conjuntivo que acompanha a membrana basal , aqui eviden­

te , é representado por fibras elásticas. O córion e delgado em relação

aos demais Órgãos , rico em sistema lacunar , que se proj eta também na submu

cosa . A membrana que reveste a mucosa é de natureza muscular , semelhante

ã "muscularis mucosae1 1 encontrada nos animais superiores . A túnica muscu­

lar é dupla com disposição circular a interna e longitudinal , a externa .

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Assentando-se sobre a muscular hã uma camada de células epiteliais peque-

nas e cúbicas , p rovidas de núcleo basal , características de

peritonial.

revestimento

Intestino médio: compreendido entre o início da segunda a_!_

ça até a região em que o intestino se 1 ibera da glândula digestiva , passa�

do a cor rer acoplado , no teto da câmara pal ial (Fig. 1 8).

Semelhante ao intestino anterior em sua estrutu ra histoló­

gica. Há uma diminuição de células caliciformes e aumento do número de la

cunas da submucosa , principalmente na região ventral. A maior prega da mu

cosa que se sobressai em cortes histológicos se riados , diminui gradativa­

mente ao longo desta região.

Intestino posterior e reto: iniciando-se a partir da extr�

midade superior do rim , e delimitado , nesta região , pelo aparecimento do

ureter secundário (Fig. 1 8).

Caracteriza-se pelo eriçamento da mucosa e predomínio de

formações vacuolares , mucosas e espaços em branco , vazios. O epitélio de

revestimento é o mesmo mas difere das demais regiões por apresentar célu­

las ciliadas , de citoplasma denso fortemente c romático e núcleo em bastão ,

central. A medida que se aproxima do ânus , as pregas vão se tornando mais

altas , revestidas por epitélio cilíndrico com as células de citoplasma fo..!:_

temente corado , apresentando cíl ias longos. Na mucosa se observa células

vesiculares com material sec retório acidófilo no interio r , massas mucosas ,

PAS + e fibras elásticas e reticulares.

P róximo ao ânus , observam-se grandes pregas e rica região

glandular , submucosa colágena e túnica muscular fracamente PAS +.

Considerações : REZENDE ( 1 975) desc reveu e figurou o intes­

tino , de V. papyll.a.�eU6 , com duas alças , parcialmente envolvidas na glându­

la digestiva e posterior trajeto limitando o lado direito da câmara· pal ial.

CARR I KER & BILSTAD ( 1 946) registraram a presença no intes

tino de L . � tagnaLLó ap�el.>�a de um ceco , logo após o pilara dividido inter

namente por duas pregas longitudinais e , de tiflosole no pró-intestino.

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n

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PAN ( 1958) registrou a existência em A. glabJt.a..;(J__u de um sa

co cego, aberto no interior do pró-intestino com pregas internas, separan­

do os dutos incurrente e excurrente, revestidas por epitélios semelhantes

aos dos dutos da glândula digestiva e ao do pró-intestino. Segundo este

autor, o post-intestino inicia-se na vizinhança do saco pericárdio, carac­

terizando-se pela presença de pregas circulares na mucosa, penetra no teci

do conjuntivo frouxo vascular na base da ponte retal indo terminar no ânu�

no lado esquerdo do pneumóstoma.

LEME ( 1973) descreveu em Strophocheiloidea o trajeto do i�

testino e registrou a existência de uma válvula bilaminada na alça intest..!_

nal oposta ao pericárdio, que denominou pré-retal. Histologicamente a des

creveu composta de células prismáticas de núcleos alongados exibindo croma

tina condensada e, na porção apical do citoplasma grânulos acidÕfilos. O

mesmo autor ( 1 979) sugeriu a possibilidade do tecido esponjoso, encontrado

no reto de M.úu.naba antoninenõ.ú.i (Marretes, 1 952), desempenhar importante

papel funcional no armazenamento de reabsorção da água devido a relação Ín

tima deste com os capilares da rede pulmonar.

RUNHAM (1975) justificou a presença de cílios no ânus de

pulmonados terrestres como estruturas para impedir a contaminação do pneu­

móstoma.

BONFATT I ( 1980) identificou no intestino posterior de

Megalobul.-i.mUó �p. três regiões, de acordo com a estrutura histológica: a

primeira é semelhante ao intestino anterior, a cloacal com pregas maiores

na mucosa, predomínio de células vesiculares sobre fibroblastos,

maiores e esparsas e vasos cal ibrosos e, ânus caracterizado por

pregas e espessa região _glandular no córion .

lacunas

grandes

SUMNER ( 1965) assinalou em Hmx a presença de granulações

amarelas e verdes na luz intestinal • . As primeiras, semelhantes às de lipo

fuscina encontradas em vacúolos das células digestivas e as verdes, seriam

provavelmente material de excreção.

Análises histológicas seriadas do intestino não apresenta -

ram diferenças que chamassem atenção, variando somente as dimensões deste

Órgão que em T. (T . ) magni6icU6 são ·bem maiores.

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52

GLANDULAS ANEXAS

Glândulas salivares : formações túbulos-acino5as, lobula-

das, de cor amarela (KÜPPERS, 1 979: NOO, A40, MOO) situadas após o anel

nervoso e de cada lado do esôfago, unidas ao tra to digestivo por finas ade

rências (Figs. 1 0-1 1 ).

Cortes histológicos, em seções transversal e longitudi >al

demonstram ser de na tureza mucosa, compostas de ácinos glandulares que lan

çam a secreçao PAS +, em dutos intra lobulares que se dirigem a dutos mai�

res que penetram lateralmente, em número de dois, na região póstero dorsal

do bulbo faringeano. Uma cápsula de tecido conjuntivo envolve as glându­

las e envia septos para o interior, dando-lhe aspecto lobulado.

Glândula digestiva: Órgão volumoso, de na tureza t úbulo-ac..!_

nosa, cor parda a castanha escura (KÜPPERS, 1 979: N50, A70, M30 e N70, A60,

M40), ocupando a maior parte da espira, composto de dois lobos que estão

unidos ao aparelho digestivo, cada qual, por um duto que vai ter ao estôma

go. A superfície da glândula é irregular mostrando-se septada por delga -

das lâminas de aspecto conjuntivo o que lhe confere uma imagem lobulada

(Figs. 1 1 - 1 8- 1 9).

Cortes histológicos , seriados ou não de seçoes longitudi­

nal, transversal e sagital, apresentam as ramificações dos dutos terminan­

do em fundo cego ou ácinos. Sua superfície é 1 imitada por uma membrana

conjuntiva envolvida por epitélio cúbico. A luz dos elementos tu�ulares é

irregular com projeções papil iformes o que lhe confere aspecto eriçado, se�

do revestidas por epitélio cilíndrico simples, · pseudoestra tificado, com nQ

cleos via de regra basais pequenos e densos, dando a impressão que a crom�

tina está bastante compactada, citoplasma vacuolar, podendo ocorrer na Pº.!:.

ção apical das células, grânulos múltiplos esféricos marcadamente acidófi­

los, PAS +, identificados por zigmogênio, característicos de tecido secre­

tor. As preparações tra tadas com PAS e enzima demonstraram a persistência

da positividade da reação indicando a na tureza polissacarídica.

No citoplasma das células aparecem quase sempre depósitos

de pigmento amarelo ouro em quantidade variável, que se dispõe ora em grâ­

nulos esparsos, ora em massas circulares . Em certas áreas, estas massas

que foram interpretadas como grãos : de zigmogênio mostravam-se basófilas.

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Preparações realizadas com PAS, Perls e Azul da Prússia indicam serem pos_!_

tiva para l ipofuscina e negativa para hemoss l der i na ( Fig. 52).

Os ácinos que constituem a maior porção da massa glandular

estão envolvidos externamente por membrana delgada, provida de núcleos em

bastão a qual se une à membrana vizinha, havendo contato direto de um tÜbu

lo com o outro sendo o estrema conjuntivo imperceptível. Ninhos de célu -

las poligonais ou ovóides, de núcleo periférico com citoplasma claro, vac�

alar, características de tecido adiposo, foram observadas entre os e l emen­

tos acinais o que foi confirmado pelo SUDAN 1 1 1 .

Dutos de calibre amplo, apresentam estruturas papilíferas

em sua luz que é revestida por epitélio cilíndrico com rebordos ciliados.

Cordões com materiais lipídico e de gl icogênio, estão presentes, nas célu­

las deste epitélio, tendo sido confirmados pelo SUDAN 1 1 1 e PAS +. Segue-

se densa camada, de fibras colágenas e elásticas, envolvida por uma

de fibras musculares lisas com disposição circular.

capa

Epitélio de revestimento externo cúbico envolve a glându -

la, em alguns cortes histológicos aparecem outra camada conjuntiva ; espes­

sa revestida por epitélio cilíndrico simples, identificada como envoltório

peritonial.

Considerações: Na maioria dos trabalhos consultados, de au

tores brasileiros, em Stylommatophora, as glândulas anexas não são estuda­

das, REZENDE ( 1 975) em V. papy�aQel.L6 e BONFATTI ( 1980) em ·Mega.lobu.e.hnl.L6 co!!!

provam esta observação.

PAN ( 1 958), observou na massa bucal de A. gla.b�a..tw., célu­

las mucosas que se agrupavam em ilhas, mais concentradas na parede dorsal,

que o autor identificou como glândula buca l .

Segundo FRANC ( 1968) as glândulas salivares de H. poma.tia

são bem conhecidas sendo que o número de tipos celulares, correspondem a

linhagem mucigênica e ao ciclo secretor da linha zigmogênica.

Há dificuldades para a interpretação e figuração dos cor­

tes histológicos destas glândulas motivadas pela fragmentação do tecido e

sua aparente decomposição. Vários cortes são necessários para que se pos-

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sa obter material adequado à análises microanatômicas e histológicas. Acre

ditamos ser as imperfeições na fixação , desidratação e diafanização respo�

sáveis pelas dificuldades apresentadas. RUNHAM ( 1 975) também levantou es­

ta problemática em Pu l monados.

WALKER ( 1969) estudou esta glândula em A. ne.;tí�ui.a;tuJ.i ass 1

nalando a presença de camada muscular nas paredes dos dutos e seu papel no

peristaltismo , dessas estruturas , observado nos exemplares vivos. Regis­

trou também a existência de cílios somente na parte inicial dos dutos .

No que se refere à glândula digestiva , os trabalhos sobre

suas citologia e histoquímica são mais frequentes.

Desde cedo , esta glândula e considerada constituída por ti

pos morfológicos e funcionais de células.

BARFURTH ( 1 88 1 ) apud HYMAN ( 1 967) assinalou a presença de

células hepáticas , digestivas e calcÍferas , no 1 1f Ígado de Hel ices 1 1•

SUMNER ( 1 965) , em He.Li.x assinalou quatro tipos de células

nesta glândula: delgada , digestiva , de cálcio e excretora. Concluiu que

digeridos nos vac�olos das células diªestivas , o material a �er excretado ,

e eliminado sob a forma de grânulos de lipofuscina.

RUNHAM ( 1 975) citando MEULEMANT ( 1 972) assinalou a presen­

ça de material 1 ipídico e de gl icogênio nas células dos dutos da glândula

digestiva e grânulos esverdeados que coalescem para formar

maiores amarelas cujas cores , estão na dependência alimentar.

granulações

Observações de cortes seriados da glândula digestiva , fa­

zem lembrar a constituição estrutural dos ãcinos pancreáticos encontrados

em mamíferos. Apesar das semelhanças encontradas com a glândula pancreáti­

ca , não encontramos na glândula digestiva , das espécies estudadas , estrutu

ras que pudessem ser identificadas como Ilhotas e Langerhans.

Colorações especiais para pigmentos biliar (Fouchet) e fer

ro (Perls) apresentaram resultados negativos. Para cálcio (Kossa) , muco­

proteína (PAS) e 1 ipofuscina (Masson-Godner) , as respostas foram pos i ti­

vas.

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Observada semelhança morfológica no material examinado pe�

tencente às espécies estudadas notando-se porém coloração mais clara e me­

nor dimensão na glândula digestiva de T. (T.) a�h,ill_v.,, menor evidência de

granulação acidÕfila considerada zigmogênio e maior riqueza de

esparsos ou massas concentradas de material amarelo ouro em

magn,,i,6JC1L6.

T.

pigmentos

(T . )

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D I SCUSSÃO

SISTEMA REPRODUTOR

Entendendo por sistema a disposição de elementos de um to­

do, coordenados entre si e que funcionam como estrutura organizada, prefe­

rimos concordar com PAN ( 1958) quando ao estudar a microanatomia e histolo

gia do sistema reprodutor de A. glab�a;tw.,, identificou os Órgãos genitais

comuns, os Órgãos femininos e Órgãos masculinos à concordar com DUNCAN

( 1975 ) , quando considerou, em pulmonado3, este sistema subdividido em três

outros: hermafrodita, feminino e masculino.

Ao contarmos em pelo menos trinta ovotestes, de cada espe­

cie, constatamos existir diferenças no número de agrupamentos fol iculares

entre as espécies sendo 7 em T . (T.) .t.a.u.naÁ-óÁÁ., 5 em T. (T.) magnl6icu.6 e

6 em T. (T.) aclui.1.Ll . Por estes resu 1 tados, achamos pouco provável que

haja, nas espécies de Tha.uma..6�M por nós estudadas, a variação individual

no numero de agrupamentos de folículos, sugerida por SO LEM ( 1955 : 6 ) em

V�ymaeM.

Cortes seriados, em seçoes longitudinal, transversal e sa­

gital, do ovotes'te permitiram-nos _ observar diferentes estágios do desenvo..!_

vimento das células sexuais, desde a célula nutridora até a fase de Óvulo

e espermatozóide, fazer uma comparação com esquemas e figuras registradas

por BARTH & JANSEN ( 1 959) em Planorbídeos e concordar com estes autores,

quando afirmaram serem óvulo e espermatozóides homólogos, em relação à cé­

lula nutridora.

Não encontramos no ovoteste das espec 1 es estudadas, pigme�

tação como _registrou LÜSIS ( 1962 : 1 191) em A. a;t�, surgindo granulações de

1 ipofuscina na vizinhança dos folículos com os ácinos da glândula digesti-

va .

Dificuldades encontradas para a observação de óvulos podem

estar 1 igadas à dimi�uição de neurosecreção, como observaram PELLUET &

LANE ( 196 1 : 8 03 ) em A. �ubóu6 CUJ.> e A. o.;t� ou à influência da variação da

alta temperatura e baixa umidade, na diferenciação e proporção de gametas,

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produzidos no mesmo orgao, como conclui SM I TH ( 1 966 : 346), ao estudar a ma­

turação do sistema reprodutor em A. a.te.Jt .

O canal hermafrodita foi denominado impropriamente de "ve­

sícula seminal" em Pulmonados, por assemelhar-se a esta glândula, por ser

constituída por um duto enrolado que dá origem a vá rios divertículos termi

nadas superiormente em fundo cego, por indicar pelos cortes seriados, sua

1 igação com a gônada masculina e por apresentar luzes preenchidas com mas­

sas de espermatozóides, desde o canal coletor do ovoteste.

DUNCAN ( 1 958: 60) em P. óoYLÜ.naLu.i considerou as dilatações

na porção mediana do canal h�rmafrodita, de vesículas seminais justifican­

do sua origem pelo excesso de secreção glandular.

Por ser o Único canal que une o ovoteste ao complexo peni�

no e, portanto, local obrigatório de passagem de espermatozóides e óvulos

concordamos com a substituição do termo por canal hermafrodita como fez

LANZ I ER I ( 1 969: 3 ) ao descrevê-lo em V. papy11.a.c.e.l.L6 • . As diversas luzes

que aparecem nos cortes histológicos, em seção transversal, são motivadas

pelo enovelamento do canal .

LEME ( 1974: 5) ao concordar com L I ND ( 1973) também denomi­

nou esta estrutura de duto hermafrodita, em G • ..i.n6u.la/U..6 "por se tratar de

um tubo não diferenciado que serve de passagem obrigatória para esperma e

óvulos".

A dificuldade em · observar óvulos nesta região, pode es­

tar 1 igada ao fato dos mesmas estarem envolvidos pela massa de espermatozó..!_

des, como afirmou DUNCAN ( 1958: 6 1). Nossas observações do conteúdo do ca­

nal hermafrodita, concordam com esta afirmação.

Nossas observações nas espécies de Thru.t.mM.tl.L6 pe -rmi tem-nos

concordar com R I GBY ( 1 965: 465), ao justificar a diferença morfológica das

células do revestimento interno do canal hermafrodita em P. óoYLÜ.na.l,i,6 co­

mo sendo fases de secreção.

Optamos pela substituição dostermos "talon" utilizado, pela

primeira vez, por SAINT-S IMON ( 1 853: 1 1 3) em "Helices e Zonites",

1 1carrefour 1 1 por BAKER ( 1 945) apud PAND ( 1 958: 280) em H . poma..t..i.a. e "Compl�

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58

xo do Receptáculo1 1 por REZENDE ( 1 967: 34) em V. papy1tac.e.w., por 1 1Complexo de

Fertil ização 1 8, devido à complexidade, diferença e disposição das estrutu -

ras e, prioridade ·à anatomia funcional.

Se há divergências quanto à terminologia e anatomia desta

estrutura, não ocorre o mesmo quanto à sua localização ao longo da glându­

la de albume e às funções de estocagem e local de fertilização.

(MEISENHEIMER, 1 907, apud DUNCAN 1 975: 328 e VAN MOL, 1 97 1 : 222).

Massas de espermatozóides, encontradas no canal hermafrod..!_

ta, receptáculo seminal e ovispermoduto, apresentaram diferenças no senti­

do e posição entre as estruturas citadas nas espécies por nós estudadas.

Estas observações concorrem para fortalecer a idéia da presença de gametas

masculinos, exogenos e endógenos, nestas regiões, como sugeriu

( 1 97 1 : 1 99 e 20 1 ).

VAN MOL

Pe l a microanatomia e histologia, foi possível observar na

porçao final do Complexo de Fertilização e na região proximal do ovisperm�

duto, formada por útero e próstata, a separação das vias sexuais masculina

e feminina. Estas observações permitem-nos concordar com SCOTT ( 1 939: 262);

SMITH ( 1 966: 428), LANZIERI ( 1 969: 3 ) e LEME ( 1 973: 31 7) que registraram a

separação, nesta região, das duas vias genitais.

1 1 Espermo-ov i duto 1 1 foi o termo utilizado por BECK ( 1 9 1 2)

apud SCOTT (l939: 262), para denominar em Bul-é.mui.ul.i a parte do aparelho se­

xual que funcionava, ao mesmo tempo, como oviduto e canal deferente. SOLEM

( 1 955: 6) e VAN MOL ( 1 97 1 : 202) empregaram a mesma denominação sendo que o

primeiro autor, considerou esta estrutura composta por útero e próstata em

V1tymae.LL6 e VAN MOL a analisou, de acordo com as areas glandulares, em

Tha.uma.ó:tul.i .6p. BARROS ARAUJO, COELHO, JURBERG, LANZIERI ; PILSBRY e REZEN­

OE, autores que trabalharam com Bul imul idae, a partir de 1 960, passaram a

utilizar 11ovispermoduto1 1 termo que achamos mais_ apropriado, por ser o lo­

cal de passagem do ovo, óvulo e espermatozóides e pelo predomínio da massa

uterina sobre as demais estruturas.

Microanatomia e histologia permitiram a identificação do

útero, próstata, oviduto e espermateca, considerando estas estruturas Pª.!:,

tes integrantes de um Único conjunto, com regiões que desempenham funções

diversas: secretora, armazenamento e comunicação.

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--,

59

Areas glandulares , representadas por glândulas do muco ,

vestibular e prostática descritas e figuradas por VAN MO L ( 1 97 1 : 202-206)em

ThawnMtuli �p , também foram observadas em T. ( T . ) :taunaAAli, T. (T.)

magn..-i.óic.M e T. (T.) ac.hi.lleõ estando as duas primeiras glândulas , local i­

zadas na porçao proximal do ovispermoduto e a próstata aparecendo acoplada

ao longo do útero.

Identificada , pela microanatomia , como uma prega longitud_!_

nal , cujos 1 imites estão compreendidos entre o término do Complexo de Fer­

tilização e início do Canal Deferente e podendo apresentar em sua luz , ma�

sas de espermatozóides e substância de secreção PAS + , optamos por denomi­

nar esta estrutura de "canal espermático" em substituição à "goteira pros­

tática" , por ser via de passagem de espermatozóides e não somente conduto

de escoamento da secreção prostática. Estas observações nos levam a con­

cordar com LANZIERI ( 1 963: 3 ) , em seus estudos histológicos e histoquími­

cos da próstata de V . papypMc.e.M quando afirmou que 1 1esperamtozóides e

ovos têm transito separados".

Diferenças observadas na espermateca das espécies de

ThaurnMtuli por nós estudadas , estão 1 igadas à forma e inserção desta estru

tura ao canal que a precede. Massas compactas de espermatozóides em tu rbi

lhão, espermatozóides isolados , substância basófila , material de aspecto

necrótico e delgadas formações laminares presentes no conteúdo da esperma­

teca , leva-nos a supor que o pigmento vermelho presente em sua luz possa

desempenhar função de digestão para o excesso de espermatozóides , como su­

geriram SM ITH ( 1 965) apud DUNCAN ( 1 975: 337) , LIND ( 1 973: 48) e DUNCAN

( 1 975: 337).

Devem-se a SOLEM ( 1 955: 7) , REZENDE ( 1 967: 43) e LANZIER I &

REZENDE ( 1 97 1 : 8 1 ) o registro da presença de espermatóforos ha luz da esper

mateca , a descrição histomorfológica e a figuração desta estrutura e a ana

1 ise sobre pol issacarídeos no espermatóforo de_ V. papynac.e.M , o que nos

permite confirmar os mesmos dados observados nas espécies de ThawnM:tlL6 es

tudadas. Espermatóforos ou fragmentos destes , presentes na espermateca ou

no canal pertencente a esta estrutura de T. (T.) �aunaAAli, T. (T.)

magn..-i.óic.M e T. (T.) ac.hi.llu comprovam ter esta estrutura. a função de re­

ceber o "produto sexual do parceiro" como concluiu SCOTT ( 1 939: 263) em S .

f.one.nüzJ..a.nM.

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6 0

Pela observação macroanatômica, o canal deferente tem ori­

gem no final da próstata (JURBERG et all, 1979 : 23) e JURBERG ( 1978) em

T. (T.) aehil.lv.i e T. (T.) ta.una.Á...6Ü ; entretanto a microanatomia demons­

trou que este canal é formado pela união de duas pregas do canal espermáti

co, ao lado da porção basal da próstata e a pequena distância da cavidade

uterina. Pela orientação dos longos c il ias, observados em seção longitudi

nal, desta região concordamos com a afirmação de BAYNE (1967) apud DUNCAN

(1975 : 329) de que este canal tem a função de conduzir os espermatozóides

ao pênis.

Maior comprimento e espessura do Complex0 Peniano de T.

(T.) magrú6ieU6 e menor de T. (T.) aehil.lv.i permitem-nos concordar com

BREURE (1979 : 17) quando afirmou ser a variação morfológica externa, em Bu-

1 imul inae, 1 imitada a estes dois parâmetros. No que se refere à morfolo -

gia interna os critérios morfológicos fornecidos, por este autor, para es­

ta região, não forneceram para T. (T.) tauna.Á...6Ü, T. (T.) magrú6ieU6 e

T. ( T. ) aehil.lv.i variações que pudessem ser registradas para uma separação

espec ifica porque as diferenças microanatômicas e histológicas observadas,

dizem respeito à variação funcional do complexo peniano .

JURBERG et all (1979 : 24) e JURBERG ( 1978) demonstraram ser

o músculo retrator do pênis de T. (T.) aerúilv.i e de T. (T.) .ta.unaÃ...6Ü ter

mina i . Estudos microanatômicos e histológicos des�a estrutura, em exempl�

res das mesmas espécies, apresentaram maior agrupamento de feixes de fi­

bras musculares de um lado, comprovando sua posição sub-terminal .

Encurvada e destacando-se por sua maior dimensão a

observada na luz do flagelo por BREURE & ESKENS ( 1977 : 273) em

prega

V.

eanilic..u.-e.atM, também aparece em T. ( T. ) taunaÃ...6Ü, T. ( T. ) magrú6ieU6 e

T. (T.) aehil.le.J.i diferindo, por apresentar em seu ápice um tufo de cil ios .

Células esparsas e volumosas observadas na parede muscular

do flagelo de P. lope.J.ii por REZENDE, LANZ IER I & ! NADA ( 1972: 384) foram tam

bém identificadas nas espécies de Thauma..6tUJ.i estudadas, variando a local i­

zação, apresentando-se sob o epitélio cilíndrico que reveste a luz flage -

lar .

VAN MOL ( 1971: 2 12) descreveu e figurou no epifalo de

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7

7

6 1

Tha.umM:tUó .óp. , uma glândula acinosa a qual denominou "glândula epifal i­

ana1 1 . Esta estrutura também foi observada em T . (T. ) :ta.unaMÜ, T . (T. )

magnióic.w., e T. (T. ) a.Qfúlle/2, estando localizada na porção apical do fa­

lo, provocando uma dilatação na parede desta estrutura facilmente observá­

vel pela macroanatomia. Análises histológicas do complexo peniano disten­

dido, demonstraram a presença desta volumosa área glandular no falo, a uma

certa distância do local em que o canal deferente se abre no epifalo. Es­

tas observações poderão esclarecer o posicionamento desta glândula visto

que, a observação do complexo peniano contraído, apresentou seus componen­

tes, com excessao das fibras musculares, sobrepostos e deslocados.

As pregas longitudinais observadas na luz do falo, das es­

pécies de ThaumM:tu.6 estudadas, correspondem às "pilastras longitudinais"

assinaladas por P I LSBRY ( 1894 : xvi) em Hilix e SOLEM ( 1955 : 7.) em

V�yma.eJ.Ui e são responsáveis pelo aspecto denteado do epitélio monoestrati­

ficado, descrito por VAN MOL ( 1 97 1 : 2 1 3) em Tha.umM:tU6 .óp .

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1 1

7 .

7

SISTEMA DIGESTIVO

tauneú6..ü.., T.

Observado em seu todo, o sistema digest i vo de T.

(T. ) magrú.ói�Uó e T. (T. ) a�hJllei> apresenta poucas

çÕes estruturais ao longo de seu trajeto.

Assemelha-se na macroanatomia ao do Bul imuloidea

62

( T. l

varia-

V.

papyJta�eUó descrito por REZENDE ( 1 975) e ao de Strophocheiloidea analisado

e comparado por LEME ( 1 973) e BONFATT 1 ( 1 980).

Pela microanatomia e histologia ao dos Basommatophora de

L. �tagna.l-i.6 apne1>�a, descrito por CARRIKER & BILSTAD ( 1946), A. gla.bnatlló

analisado por MARCUZZI ( 1 956) e PAN ( 1958).

Está representado por longo tubo com seis sacos cegos,

quais sejam, saco radular, glândulas salivares, dutos das glândula digest_!_

va e ceco, e fibras musculares que se especializaram e são responsáveis pe

la massa bucal, pregas pilÓricas, e paredes intestinais, observações estas

que concordam com as de CARRIKER & BILSTAD ( 1946 : 256).

Diferenciações do epitélio de revestimento, também

de acordo com os estudos dos autores citados anteriormente, no que

estão

dizem

respeito ao aparecimento da mandíbula, envoltório quitinoso que reveste a

cavidade bucal e forma a fita radular, glândulas salivares e digestiva,

pregas longitudinais do esôfago, e regiões cecais e paredes do intestino.

Para muitos autores a mandíbula seria o 1 imite de separa­

ção entre a cavidade bucal e a faringe. SCOTT ( 1939 : 223) denominou em S.

lonentizianUó de vestíbulo bucal a porção anterior da cavidade bucal e o

limite posterior seria a extremidade anterior do bulbo faringeano, afirma�

do também a dependência dos movimentos da mandíbula da ação dos músculos

da massa bucal já que esta estrutura não é acionada por músculos próprios.

Pelo valor taxonômico atribuído ã mandíbula e à rãdula es­

tas estruturas foram estudadas desde .cedo ficando os outros componentes do

sistema digestivo relegados a segundo plano.

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Cortes histológicos , em seçao longitudinal nos permitem

concordar com PAN ( 1 958 : 267) em A. gf..a.bll.MU6 e BONFATT I ( 1 980 : 19) em

Mega.lobul,únU6 -0p. ao considerar a massa bucal constituída por uma Única ca

vidade e estruturas diversas, entre si e diferenciadas dos demais orgaos

do sistema digestivo, que formam um todo funcionando sincronicamente pela

ação muscular.

SCOTT ( 1 939 : 225) e CARRIKER & BILSTAD (1946 : 253) deram ên­

fase a presença de feixes musculares nesta região vindo reforçar nossa op­

ção pelo termo massa bucal, devido a riqueza de fibras musculares e conden

saç�es neTvosas que constituem espessa massa de grande importincia funcio­

na 1 •

Dificuldades para a identificação no 1 imite anterior da fa

ringe, devido ao desaparecimento gradativo do revestimento quitinoso carac

terístico da cavidade bucal, permitiu que esta região fosse considerada s_!_

nônimo de massa bucal por BAECKER ( 1932) apud PAN (1958 : 267) e MARCUZZI

(1950 : 1 3). Por outro lado, a contração do retrator faringeano, um dos fei

xes do músculo columelar (PILSBRY, 1946) provocaria encurtamento da farin­

ge, com a aproximação da massa bucal do esôfago contribuindo P,ara a inter­

pretação da existência isolada do Órgão, em He.Llx.

Anâl ises histológicas permite-nos identificar a massa bu­

cal da faringe, por apresentar a mucosa bucal revestimento papilar .e quit_!_

noso e membrana basal bem visível, sendo engrossada por fibras musculares

que lhe estão acopladas . Na mucosa faringeana observa-se o desaparecimen­

to gradativo do revestimento quitinoso e a substituição por um epitélio ci

lÍndrico simples cil l ado. Córion também diferenciado pelo predomínio de

fibras musculares na submucosa da massa bucal que podem reunir-s� em fei­

xes, circundados por tecido conjutivo.

Pela organização e disposição entre os elementos componen­

tes optamos pela denominação de aparelho radular (FRANC 1 968 : 35 5) ao con�

junto formado pela râdula, odontóforo e núcleo gerador radular

1980 : 357).

. (LEME,

Cortes histológicos, em seçao sagital, da região posterior

da massa bucal demonstram e comprovam, ser este local a sede da formação

da râdula o que nos leva a concordar com LEME ( 1980), ao denominar esta re

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gião, "núcleo gerador radular1 1 em T. u.bajMeVL6 -W.

Pela semelhança, de nossos cortes, com o esquema de

HOFFMANN ( 1932 ) apud FRANC ( 1968 : 194 fig) somos levados a concordar com o

autor ao afirmar a ausência de cavidade na extremidade da bainha radular e

a presença de grandes células que denominou odontoblastos.

Comprimidas entre si as células dos epitél ias que constit�

em o núcleo gerador radular, supra e subradular (CARR IKER & BILSTAD, 1946 :

260 ) , formam uma estrutura tubular recurvada sobre si mesma. Não observa­

mos formação glandular que pudesse ser identificada como glândula radular,

como afirmou RUNHAM ( 1975 : 65 ) mas há na extremidade ventral uma pequena r�

gião com inúmeros núcleos e pouca diferenciação dos limites celulares asse

melhando-se a um sincício e com características de centro de profileração

celular.

1 1 Colostylo1 1 foi o termo criado por CARRIKER & . B I LSTAD

( 1946 : 26 1 ) , para designar o tecido que constitui o odontÕforo, pela seme­

lhança com gelatina. Este tecido, já assinalado por BAECKER ( 1932 ) apud

PAN ( 1958 : 265 ) em He.Li.x e por PAN ( 1958 : 269) em A. g.la.b�, tem sido ob­

jeto de muita controvérsia entre os autores.

Constitu ído por células pequenas, de substância intercelu­

lar clara e vacuoladas, com núcleos basais e cromáticos e fibras conjunti­

vas e musculares de permeio o tecido que constitui o odontóforo assemelha­

se ao tecido embrionário, encontrado em exemplares da classe dos mamí feros

e em barbela de aves.

Não observamos nesta região células que pudessem ser iden-

tificadas como as vesiculares de cartilagem assinaladas e figuradas

CARRIKER & B I LSTAD ( 1946 : 265 ) .

por

Nossas observações estão mais próximas de RUNHAM ( 1 975 : 65 )

quando registrou a presença de muitas fibras colágenas, musculares e vári­

os tipos de células, pertencentes ao tecido conjuntivo, na constitu i ção

deste tecido.

Cortes histolÕ�icos em seção transversal, seriad6s, do· es8

fago indicaram a presença de uma substância acelular, variável em sua aci-

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dof i l i a, nas luzes do papo e esôfago poster i or , algumas vezes entremeada

de resíduos vegeta i s, conf i rmando a presença do "suco do papo' ' ass i nalado

por RUNHAM ( 1975: 77) e suger i ndo, a poss i b i l i dade deste Órgão desempenhar

as funções de armazenamento d i gest i vo e absorção que poderão, ser futura -

mente comprovadas pela h i stoquím i ca.

D i f i culdades levantadas por RUNHAM ( 1975 : 83) para o estudo

do estômago em Stylommatophora, foram as mesmas encontradas por nós: i den­

t i f i cação dos 1 i m i tes anter i or e poster i or, condutos da glândula d i gest i va

e pelo reduz i do número de trabalhos encontrados sobre este Órgão.

Deslocando-se a reg i ão dorsa 1 do estômago, pode-se obser -

var as gote i ras e o sulco condutor ass i naladas por HAFNER ( 1963) apud

FRANC ( 1968: 37 0 ) em H. poma.:ti.a..

REZENDE ( 1975 : 133) e BONFATTI ( 198 0: 15) ao descreverem ana

tôm i ca e h i stolog i camente o estômago V. papy�aQeU6 e de Mega.lobu.lúnU6 �µ reg i straram a presença de do i s dutos para a pr i me i ra espéc i e e um poster i ­

or para a segunda.

Não observamos a presença de células cut i culares na parede

i nterna do estômago como af i rmou BAECKER ( 1932 ) , apud PAN ( 1958 ) em H.

poma.:ti.a., nem a presença de estruturas espec i a i s para a tr i turação de al i ­

mentos nas espéc i es estudadas.

Na ma i or i a dos exemplares encontramos a luz estomacal pre­

ench i da por mater i al acelular ac i dóf i lo e resíduos vegeta i s. Estas obser­

vações nos perm i tem ace i tar a poss i b i l i dade da d i gestão ocorrer antes do

estômago, no papo ou esôfago poster i or, como conclu i u WALKER ( 1969) apud

RUNHAM ( 1975 : 85 ) ao constatar a const i tu i ção do mater i al al i mentar e o pe­

queno tempo permanece no estômago de A. �W.Qula;tU6 ,

Ma i or desenvolv i mento da musculatura em relação ao mecan i s

mo celular, observado nas paredes estomaca i s, das espéc i es de

poder i am conf i r�ar, uma conclusão do mesmo autor, sobre a passagem do mat�

r i al al i mentar deste Órgão para a glându � a d i gest i va, através de pulsações

ev i denc i adas nas paredes desses Órgãos.

Compr i mento e pequena var i ação nas paredes i ntest i na i s, d i

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ficultam a determinação dos limites nas suas três regiões e são responsa-

veis pelas divergências encontradas em sua terminologia e descrições anatô

micas.

BAECKER ( 1932) apud PAN ( 1958) em H. porna..tia. considerou o

intestino constituído por 1 1 Duodenum B1 indsack and Enddarm", PAN (1958) em

A. glabna.tM concordou com CARRIKE R & BILSTAD (1946: 253) que afirmaram con

ter este Órgão em L • .ó.ta.grutfM três regiões distintas, pro, meso e pos-in -

testino . MARCUZZI ( 1946) considerou-o constitu ído por intestino médio com

as regiões pre, intra e post-hepática e reto na espécie estudada por PAN

em 1958. BONFATT 1 ( 1980: 11 ). em Me.galobu.LúnM .óp. ao estudar a a na tom ia e

histologia deste Órgão considerou as três regiões que adotamos: anterior ,

médio e posterior .

Comprovada pela macroanatomia, o trajeto do intestino nas

espécies de Thau.rna.ó:tu6 estudadas, assemelha-se ao descrito e figurado por

REZENDE (1975: 133) para V. papynaée.M.

Pela microanatomia e histologia do intestino de exemplares

das mesmas espécies observamos, como CARRIKER & BILSTAD (1946: 225), em L •

.ó.ta.gnaLú., e PAN ( 1958: 274) em A . glabna:tuó, a presença de um ceco aberto

no interior do intestino anterior revestido por epitél ios semelhantes ao da

glândula digestiva e da própria região intestinal.

LEME (1973) assinalou a presença de uma válvula bilaminada

na alça intestinal, oposta ao pericárdio, a que denominou, pela localiza­

ção pré-retal. Observamos também, esta estrutura com a mesma constituição

e localização assinaladas pelo autor .

Análises histológicas do i ntestino posterior permite-nos

concordar com BONFATTI ( 1980: 15), quando identificou três áreas nesta reg_!_

ão intestinal, de Me.galobu.LúnM .óp. Deixamos de canpàra r · estas regiões

nas espécies de Thau.rna.ó�M por não termos obtido número suficiente de cor­

tes histológicos aproveitáveis, para um estudo comparativo.

Observamos como SUMNER (1965: 175) em He.1..ix, a presença de

granulações amarelas e verdes na luz intestinal, sendo que as primeiras fo

ram também registradas nos vacúolos das células do revestimento epitelial

interno.

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Estudos h i stoqu ími cos são ma i s frequentes em relação as

glândulas anexas do que suas macro e m i croanatom i a , expl i cando o

número de trabalhos , no que se refere a Stylommatophora.

pequeno

Observamos na submucosa da massa bucal a presença de gran­

des células ves i culares , em determ i nadas areas e células mucosas PAS +, que

se agrupam , predom i nando na área dorsal. Estas observações concordam com

as de PAN (1958: 268) para AU6bz.a.lo�b.l6 gla.bll..a.tU6 e as de FRANC ( 1968: 362)

quando af i rmaram que estas es.t r:uturas correspondem à .1 i nhagem muc i gên i ·ca e

ao c i clo secretor da 1 i nha z i gmogên i ca em H. poma;tla,.

D i stânc i a e i nd i v i dual i dade nas estruturas observadas i mp�

de-nos de cons i derar a ex i stênc i a de uma glândula bucal , como

PAN (1958 : 267).

ass i nalou .

WALKER ( 1969) apud RUNHAM ( 1975: 88) ut i l i zou, com sucesso ,

técn i cas espec i a i s de f i xação , des i dratação e d i afan i zação para m i crosco -

p i a eletrôn i ca, consegu i ndo sanar as d i f i culdades que se apresentam no tra

tamente comum , para a m i croscop i a Ót i ca e podendo reg i strar a presença de

camada muscular nas paredes dos dutos e de c íl i os , nas porções anter i ­

ores das glândulas sal i vares e d i gest i va.

Semelhança m i croanatôm i ca e h i stológ i ca , com a glândula

pancreát i ca , encontrada em exemplares da classe dos mamí feros e , negat i v i ­

dade nas respostas à presença de b i le e ferro , leva-nos a fazer restr i ções

quanto ao uso dos termos glândula hepát i ca , hepato-pâncreas e f ígado.

Cortes ser i ados , em seçoes transversal , long i tud i nal e sa­

g i tal , apresentando d i vers i dade entre os elementos celulares e pos i t i v i da­

de nos testes para cálc i o , mucoprote ína e l i pofusc i na , perm i tem-nos conco.!:_

dar com SUMNER ( 1965: 185) ao reg i strar a presença de células delgadas, d i ­

gest i vas , de cálc i o e excretoras na glândula d i gest i va de Hilix.

Testes pos i t i vos com SUDAN l i I e PAS , comprovam a ex i stên-

c i a de cordões 1 i píd i cos e depós i tos de gl i cogên i o nas extrem i dades dos

ác i nos e das células dos dutos da glândula d i gest i va.

Granulações , de d i ferentes tonal i dades de amarelo , apare -

cem em grande quant i dade na glândula d i gest i va dos exemplares adultos, con

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cordando com as -observações de SUMNER (1965: 187) e RUNHAM (1975: 92).

Apesar de termos observado estas granulações em cortes his

tolÕgicos desta glândula, em exemplares adultos recentemente capturados ou

em cativeiro, com tipos de alimentação diferentes não podemos confirmar as

observações de MEULEMANT( 1972) apud RUNHAM (1975: 88) de que a cor destes,

está na dependência do tipo de alimentação.

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-,

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CONCLUSÕES

GERAIS:

No sistema reprodutor, o estudo do ovoteste evidencia dif!:_

rença no numero de agrupamentos fol iculares entre as espécies de ThawnM.tM

estudadas , homologia entre o óvulo e espermatozóide e ausência de pigment�

ção nos folículos.

Consideramos como canal hermafrodita, a estrutura yue une

ovoteste ao ovispermoduto, por ser um tubo enovelado, não diferenciado que

serve de passagem obrigatória para o óvulo e espermatozóide.

Optamos por denominar de "complexo de fertilização1 1 a es­

trutura cilíndrica alongada d� extremidade livre e localizada ao longo da

glândula de albume , pela variação e disposição das estruturas que o com­

põem e prioridade à anatomia funcional.

Conclu í mos, por seçoes histológicas seriadas , que a separ� - -çao das vias sexuais, masculina e feminina, se processa a partir da porçao

final do complexo de fertilização e proximal do ovispermoduto.

Optamos por denominar de 1 1canal espermático" a prega long_!_

tudinal cujos limites estão compreendidos entre o término do complexo de

fertilização e início do canal deferente, por termos observado, na luz des

ta estrutura, massas de espermatozóides orientados para o canal deferente

e secreção PAS +.

Variações observadas na espermateca das espécies de

Tha.umM.tM, por nos estudadas , estão 1 i gadas à forma e inserção desta es

trutura com o canal que a precede, análise do seu conteúdo permite-nos con

siderar o pigmento vermelho, .aí presente, responsável pela digestão do ex­

cesso de espermatozóides e a observação de espermatóforos, no canal da es­

permateca, permite-nos concluir que sua função seja de receber espermato­

zóides do parceiro.

Conclu í mos que o canal deferente, formado pela união de

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.......,

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duas pregas do canal espermático, possui a função de transportar espermat�

zóides para o epifalo, pela disposição dos cílios, em sua luz.

Consideramos que o trajeto do canal �ef�rente, na bainha

muscular do falo, e a variação da morfologia externa (comprimento e largu­

ra), são os mais importantes parâmetros para a distinção do complexo penia

no das espécies de ThaumMtw.,, por nós estudadas.

Evidenciamos, pelos estudos microanatômicos que o músculo

retrator e sub-terminal nas espécies de ThaumMtw., estudadas •

O estudo do complexo peniano, evidenciou, em seção long i t�

dinal, a presença de uma glândula acinosa na porção proximal do falo

No sistema digestivo consideramos a massa bucal, das espe­

cies de ThaumMtW., estudadas, constituída de estruturas diversas em torno

de uma Única cavidade cujos 1 imites com a faringe, são evidenciáveis pelo

desaparecimento do revestimento papilar e quitinoso, substituição por epi­

télio cilíndrico ciliado, menor evidenciação da membrana basal e empobrec..!_

menta de fibras musculares na submucosa.

A histologia evidenciou ser a pro�uberância existente na

porção posterior da massa bucal, o local de formação da rádula, justifican

do a denominação desta estrutura por 11núcleo gerador radular11 •

No tecido que constituJ o odontóforo, a histologia _eviden­

ciou a presença de células pequenas, de substância intercelular clara e va

cuolada com núcleos basais e cromáticos e fibras conjuntivas e musculares

de permeio, indicando semelhança com tecido embrionário encontrado em ma­

míferos e aves.

Por não ter sido evidenciada a presença de células cuticu­

lares nem estruturas especiais na parede interna do estômago e por terem

sido observados poucos resíduos vegetais e material acelular acidófilo na

luz estomacal consideramos a possibi l idade da digestão se processar, nas

espécies de ThaumMtw., estudadas, no esôfago posterior.

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Optamos por denomimar de glândula digestiva a estrutura

glandular volumosa anexa ao sistema digestivo pela negatividade das respo�

tas à presença de bile e ferro e à semelhança microanatômica e histológica

com a glândula pancreática de mamíferos.

ESPECTFICAS:

Com a macroanatomia, microanatomia e histologia dos siste­

mas reprodutor e digestivo, aliados aos estudos da concha, mandíbula e rã­

dula conclu í mos que:

ThawnM.tUó (Thawna1:i.tU6) .ta.u.nab.,ü (Férussac,. 1822) possui

concha resistente, oval alongada, com 6 1/2 a 7 voltas,. medindo 65, 55 a

75, 68mm de comprimento e 32, 36mm de largura ; s.istema reprodutor: ovoteste

apresentando 7 grupos de folículos, canal hermafrodita longo, largo e

pesso, espermateca ovalada, canal deferente formando uma ampla alça

dobrar-se sobre a parede interna da bainha. �uscular, mGsculo retrator

es-

apos

do

falo s�b-terminal· e falo de formato cônico ; sistema digestivo: mandíbula

contendo 10 a 11 placas de diferentes tamanho e . forma, rádula com 46 den­

tes, de cada lado do dente central (46- 1-46), apresentando diferenças na

forma a partir do 219 ao 249 dente e a glândula digestiva, de coloração

castanha. com intensa pigmentação amarela ouro (li8,rt:uscin�; animais tipica­

mente capturados no Grajau, Ruínas de Vila Rica e Favela do mesmo nome, Mu

nicípio do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, em fl.oresta, sob a man

ta . e em cavidades rochosas.

Thawna1:i.t.Uó (ThawnM.tUó) magtú6ieU6 (Grateloup, 1839) pos­

sui concha resistente � oval alongada,. com 6 a 6 1/2 voltas medindo 70, 0 0mm

a 76, 0 0mm. de comprimento e 30, 0 0 a 32, 0 0mm de. largura ; sistema reprodutor :

com. o. ovoteste apresentando 5 grupos de folículos, canal hermafrodita mui­

to longo, largo, enovelado. e de paredes espessas � · espermateca oval alonga-

da apresentando uma constricção no polo basal, canal deferente formando

uma alça mais estreita após dobrar-se sobre a parede interna da bainha mus

cular, músculo retrator do. falo sub-terminal· e falo de formato. cilíndrico-

alongado ; sistema . d igestivo: mandíbula �entendo 15 placas embricadas, de

tamanho . e forma diferentes, rãdula co� 47 dentes de cada lado do �ente cen

tral (47- 1-47) apresentando. diferenças a partir do 79 dente é a glândula

digestiva,. de coloração castanh� escura, muito desenvolvida com menos p i g­

mentação zigmogênica e mais pigrentação amarela ouro (lipofoscina} ; animais

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capturados em florestas, em fendas ou sob rochas.

Thaumaõ tll6 (Thaumcv., tM) aelullv.i (Pfeiffer, 1 852) possui

concha resistente, oval alongada, com 5 1 /2 a 6 vo l tas, medindo 52, 74mm a

67, 56mm de comprimento e 3 0, 92mm de largura ; sistema reprodutor : com 6 gr�

pos de folículos, espermateca esférica com dilatação brusca no ponto de in

serçao com o canal que a precede, canal deferente apresentando alça estre..!_

ta de continuação espiral, falo com formato cilíndrico ; sistema digestivo:

mandíbula contendo 9 a 1 3 placas, superpostas na margem, de tamanho e for­

ma diferentes, rádula podendo ter 40 e 45 dentes · de cada lado do dente cen

tral (�0- 1 -40 e 45-1-45), apresentando diferenças a partir do 14? e 1 5?

dentes e glândula digestiva, de coloração castanha clara bem menos desen­

volvida que nas outras duas espécies estudadas ; exemplares t i picamente ca..e,

turados em moitas densas de restingas, no interior dos cones de bromélias

e sob cactos.

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7

QUADRO

Dados sobre as espécies de Thawna6.t.uli Martens, 1 860, capturadas no Estado do Rio de Janeiro.

sistema reprodutor

ovoteste

canal hermafrodita

esperma teca

canal deferente, (ao n ível da bai nha muscular)

falo (forma)

sistema digestivo

mandíbula (n<;> de placas, disposição e forma)

T. ta.u.naJ./.:. li

7 grupos de fo-1 í cu los

longo, largo e espesso

ovalada

ampla alça de continuação re­ta

cônica

l O ã 1 1 placas tamanho e forma diversificados

T • m a.g ru'.. frlc.Uf.i

5 grupos de fo-1 Ículos

mais longo, lar go e espesso

ovalada mais a­longada com constricção no polo basal

alça mais es­treita de conti nuação reta

cil índrica alon gadà

1 5 placas embri cadas, tamanho e forma diversi ficados

T. a.c.rúllv.i

6 grupos de fo-1 Í cu los

menos longo, me nos largo e me­nos espesso

esférica latação no p�nto

com di brusca de in-

serçao com o ca nal da esperma­teca

alça estreita de continuação espiral

cilíndrica

9 ã 13 placas, superpostas na margem, tamanho e formas diver­sificados

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rádula (n? de dentes e forma)

glândula digestiva (cor)

(pigmentação)

concha (n? de vo 1 tas)

(comp/larg)

ambiente

46- 1 -46, dife-renças na forma do 2 1 ? ao 24? dente

castanha

com mais pigmen tação amarelo ouro ( 1 ipofusc]_ na)

6 1 /2 ã 7 vo 1 -tas 65, 55mm a 75, 68mm/28,00 a 32,36mm

floresta

47-1-47, dife-renças na forma ã partir do 7? dente

castanha escura

menos pigmenta­ção zigmogênica e mais amarelo ouro ( 1 i pofusc]_ na)

6 ã 6 1 /2 vol­tas 70,00mm a 76,00mm/30, 00 a 32, 00mm

floresta

40- 1 -40 e 45- 1-45, dife-renças na forma -

partir do 14? a e 15?

castanha clara

menos pigmenta-çao

5 1 /2 ã 6 vo 1 -tas 52, 74 a 67 , 56mm/ 30, 92mm

restinga

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FIG. l - Tha.wna1.i:tw.i (Tha.umM tU/2 ) tauYLCU,6-Ü. (Férussac, 1 822). Sistema

reprodutor, modificado de JURBERG ( 1 978: 25 fig. ) ; GA (glândula

de albume), PR (próstata), UT (útero), CD (canal deferente),

CE (canal da espermateca), E (espermateca), MR (músculo retra­

tor), FL (flagelo), EPF (epifalo), F (falo), BF (bainha do fa­

lo) e V (vagina).

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FIG. 2 - Thauma1.:ituó (ThaumaJ.:itll6 ) magn16i�ll6 (Gra teloup , 1 839 ) . Sis tema

reprodutor , segundo H ÉLC I O MAGALHAES BARROS (inédito) ; C H

(canal he rma f rodita ) , CF (comp l exo de fertilização ) , GA ( glân­

dula de a l bume ) , UT ( ú te ro ) , P R (pró s t a ta ) , OV (oviduto ) , CE

(canal da esperma teca ) , E (espe rma teca ) , MR (mú sculo ret ra to r ),

FL ( flagelo ) , EPF (epifalo ) , F ( f�lo ) , BF (bain ha �o falo ) e

V (vag i na ) .

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FIG. 3 - ThaumMtUó (ThaumMtUó ) acrúliv., (Pfe i ffer, 1 852 ) . Sis tema re

prod utor, modificado de J URBERG, GOMES, BARROS & COELHO ( 1 979 :

29, 5 fig. ) ; OVT (ovotes te) , CCO (canal coletor do ovotes te) ,

CH (canal hermafrodita) , CF (comp l exo de fer tilização ) , UT

(útero ) , PR (prós tata) , OV (ovidu to ) , CD (canal deferente) , CE

canal da espermateca) , E (espermateca) , MR (músculo retrator) ,

FL (flagelo ) , EPF (epifalo ) , F (falo ) , BF (bainha do falo) e

V ( vagina) .

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Jrajeto do canal deferente, ao nível da bainha muscular do falo :

.FIG. 4 - T. ( T. ) ta.unaú.iü (Fér., 1 822) , segundo JURBERG ( 1 978), ampla

alça de continuação reta.

FIG. 5 - T. ( T . ) ma.gru.6,Lc.u6 (Grat., 1 839) , H.M. BARROS del. , alça mais

estreita de continuação . reta.

FIG. 6 - T. (T. ) a.c.hil.i.u (Pf. , 1 852) , segundo JURBERG, GOMES , BARROS &

COELHO ( 1 979) , alça estreita de continuação espiral.

-Forma da espermateca.

-FIG. 7 - T. ( T . ) tau.naú.iü (Fér., 1 822) , segundo JURBERG ( 1 978), ovala­

da.

FIG. 8 - T. ( T. ) ma.gvu.6,Lc.U6 (Grat. , 1 839) , H.M. BARROS del. ,

mais alongada com constricção reta.

ovalada

FIG. 9 - T. (T. ) a.c.hil.i.u (Pf. , , 1 852) , segundo JURBERG , .GOMES, BARROS &

COELHO ( 1 979), esférica com dilatação brusca no ponto de inser

ção com o canal da espermateca.

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FIG . 1 0 - ThaumM.tw., (ThaumM.tw., ) ac.hil..lv.i (Pfeiffer, 1 852 ) . Sistema

digestivo de animal capturado em restinga ; MB (massa bucal ) ,

NGR (n�cleo gerador radular) , FAR (faringe) , GS ( glându l a sa­

livar) , ESA (esôfago anterior) , PA (papo) , ESP (esôfago post�

rior) , EST (estômago) , IA (intestino anterior) , IM (intestino

médio) , IP (intestino posterior) e A (ânus) .

FIG. ll - ThaumM.tw., ( ThaumM.tw., ) magnióic .w., (G�ateloup, 1 839) . Sistema

digestivo de animal capturado em floresta ; MB (massa bucal ) ,

NGR (núcleo gerador radular) , FAR (faringe) , GS ( glândula sa­

l ivar) , ESA (esôfago anterior) , EST (estômago) , IA (intestino

anterior) , IM (intestino médio) , IP (intestino posterior) e

A (ânus) .

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�Úme ro , d i spos i ção e fo rma das p l a c a s da ma nd í bu l a .

F I G . 1 2 - T. ( T . ) .:taunaÁ/2Ü ( Fé r . , 1 82 2 ) , segundo J U RBERG ( 1 978) .

F I G . 1 3 - T. ( T . ) magvú6.ü.UJ.i ( G ra t . , 1 83 9 ) , H ; M . BARROS d e l .

F I G . 1 4 - T. • ( T . ) ac.rúliu ( Pf . , 1 85 2 ) , seg undo J URBERG , GOMES , BARROS

& C O E LH O ( 1 979) .

Núme ro e fo rma dos dentes da rád u l a .

F I G . 1 5 - T. ( T . ) .:taunaÁ/2--Ü. ( Fé r . , 1 82 2 ) , segundo J U RB E RG ( 1 978 ) .

F I G . 1 6 - T. ( T. ) magvú6ic.UJ.i ( G ra t . , 1 83 9 ) , H . M . BARROS d e l .

F I G . 1 7 - T. (T . ) ac.rúliu ( Pf . , 1 85 2 ) , segundo J U RB E RG , GOMES , BARROS

& C O E LH O ( 1 979) .

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FIG. 1 8 - T. (T. ) .tau.na,ú.,ü {Fér . , 1 822)

Local i zaçio do intestino em relaçio ao sistema excretor; IA

(intestino anterior), GD (glâridula digestiva), COR (coraçio),

R ( rim), UP (ureter primário), IM (intestino médio), US (ure­

ter secundário) e IP (intestino posterior).

F I G • 1 9 - T. ( T. ) ;tauna,ú., li ( Fé r • , 1 8 2 2 )

Dutos da glândula digestiva; EST (estômago), GD (glândula di­

gestiva), DA (duto anterior) e DP (duto posterior).

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f l G. 20 T. ( T. ) ma.gru._6-<,CJL6 (Grat. , 1 839) ; l ongitudina l de um fo seçao

1 ícu l o de ovoteste ( H . E. , 250x) ; obse rva r o epité l io ge rmina -

tivo e cé l u l as em dive rsas fases de espe rmiogênexe e ovogene-

se ; a, óvu l o maduro ; b, cé l u l as ge rminais mascu l inas ; c, es­

pe rma tozóides maduros ; d, t ecido conjuntivo frouxo (= sist.

Kister).

FIG. 2 1 - T. ( T. ) ma.gru._6-,ú.Lló (Grat. , 1 839) ; seção t ransve rsa I de um fo-

1 í cu l o de ovoteste (H. E. , 250x) ; a, óvu l o maduro ; b, cé l u l as

nut rido ras ; c, divisão de espe rmiogônios com cé l u l a nut rido ra.

FIG. ' 22 - T. ( T. ) ma.gru._6ic.Lló (Grat .• , 1 839) ; seção l ongitudina l do óvu l o

maduro no ovo teste (H. E. , 45Dx) ; a , óvul o maduro ; b, cé l u l as

nut rido ras ; c, cé l u l as ge rmina is mascu l inas ; d, cé l u l as em ro

seta.

FIG. 23 - T. ( T . ) .:ta.u.na,ú.,ü (Fér � , 1 822) ; seção t ransve rsa l do cana l her

mafrodita (H. E. , 250x) ; obse rva r a dua l idade do epité l io e l uz

p reenchida po r massa de espe rmatozóides maduros ; a, epité l io

cúbico simp l es ci l iado ; b, epité l io p l uriest ra tificado ; c, �

te ria ] granu l a r ; d, espaço sangu íneo ; e, l âmina conjuntiva.

FIG. 24 - T. ( T. ) magru._6ic.Lló : (Grat. , 1 839) ; seçé}o t ransve rsa 1 do cana 1

he rmafrodita (H. E. , 250x) ; obse rva r as l uzes da região enove­

l ada, circu l a r e e l íptica, preenchidas po r massas de espe rma­

tozóides.

F I G. 25 - T. ( T. ) magru._6ic.Lló (Grat. , 1 839) ; seção l ongitudina l do com­

p l exo de fe rti l ização . ( Gomo ri, l OOx) ; obse r-va r o t rajeto si­

nuoso do cana l hermafrodita ; a , po rção apica l do cana l he rma­

frodita ; b, receptácu l o semina l ; c, saco de fe rti l ização ; d,

g l ându l a de a l bume.

FIG .. 26 - T. ( T. ) ma.gru._6,i.c.Lló (Grat. , 1 839) ; seção transve rsa l da po rção

apica l do cana l he rmafrodita ( Gomo ri, I OOx).

FIG. 27 - T. ( T. ) ma.gru._6ic.Lló (Grat. , 1 839) ; seçao l ongitudina l do com­

p l exo de fe rti l ização (H. E. , l OOx) ; a , po rção apica l do cana l

he rmafrodita ; b : l uz dos túbu l os que compõem o receptácu l o se

mina l ; c, saco de fe rti l ização.

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FIG. 28 - T. (T.) �au.mú.óli (Fér., 1 822); seção transversal do complexo

de fertilização (H.E., 250x); a, saco de fertilização; b, tG­

bulos do receptáculo seminal; c, duto da glândula de albume.

FIG. 29 - T. (T.) �au.na.i-6-Ü.. (Fér., 1 822); seção transversal do receptá­

culo seminal (Gomori, lOOx); a, luz dos tGbulos do receptácu­

lo seminal; b, epitélio cGbico ; c, nGcleos volumosos e ricos

em cromatina; d, cil iatura longa; e, tecido conjuntivo froux�

FIG. 30 - T. (T.) �na.i-6-Ü.. (Fér., 1 822); seção sagital do complexo de

fertilização (H.E., 250x); observar o sistema lacunar; a, tG­

bulos do receptáculo seminal; b, saco de fertilização; c, sis

tema lacunar (= sist. Kister).

FIG. 3 1 - T. (T.) :to..una.i-6-Ü.. (Fér., 1 822); seção longitudinal do ovispe.!:_

moduto e glândula de albume (H . E., lOOx); a, glândula de albu

me ; b, células volumosas do Gtero, próximo ã glândula de albu

me; c, epitélio cilíndrico cil l ado; d, células caliciformes;

e, canal uterino; f, glândula do muco.

FIG. 32 - r;. (T.) ma.gnió,i.c.u..6 (Grat., 1 839); seçã'? longitudinal da regi­

ão proximal do ovispermoduto (H.E., lOOx); a, glândula vesti­

bular; b, próstata; c, canal espermático; d, glândula do mu­

co.

FIG. 33 - T. (T.) a.�hil.1.u (Pf., 1 852); seção longitudinal do ovisper�

duto (H.E., lOOx); a, próstata; b, canal espermático; c, mas­

sa de espermatozóides.

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F I G. 34 - T. ( T. ) aQ/ulieJ.i (Pf . , 1852) ; seção longitudinal do ovispermo

duto (H.E. , 250x) ; a, ácinos da próstata ; b, epitélio cúbico ;

c, ma s sa de espe rmatozóides.

F I G. 35 - T. (T. ) :t.au.na.,ú,Ü .(Fér. , 1 822) ; seção longitudinal da prósta­

ta (H. E. , lOOx) ; a, adenômero ; b, tabiques conjuntivos ; c, nu

cleo da s célula s glandula res.

FIG. 36 - T. ( T. .) :t.au.na.,ú,Ü (Fér. , 1822) ; seção longitudinal da prósta­

ta (H. E. , 400x) ; observa r as formações circula res homogênea s

no citopla sma e a s pequenas célula s alongada s que 1 imitam a

luz do 9denômero.

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FIG. 3�

T. ( T. ) :t.au.na.,ú,Ü (Fér. , 1822) ; seção longitudinal do ovispe�

moduto (H. E. , 40x) ; observa r a união da s prega s do canal es­

permático pa ra forma r o canal defe rente ; a, próstata ; b, ca­

nal espermático ; c, canal deferente.

T. ( T . ) magnió,i_C.LL6 (Grat. , 1839) ; seção longitudinal do flag�

lo e músculo retrator do falo (H. E. , 40x) ; obse rva r a inser­

ção sub-terminal do músculo ret rator e a espessura do sistema

lacuna r ; a, músculo retrator ; b, flagelo ; c, luz do flagelo ;

d, sistema lacuna r.

FIG. 39 - T. ( T . ) :t.au.na.,ú,Ü (Fér. , 1822) ; seção transve rsal do flagelo

(H. E. , 40x) ; observa r a prega central encurvada ; a, luz do

flagelo ; b, epitélio cilíndri�o, simples ciliado ; c, sistema

lacuna r ; d, fibra s muscula res.

F I G. 40 - T. ( T. ) :t.au.na.,ú,Ü (Fér. , 1822) ; seção transversal do falo (H.

E. , 40x) ; a, luz do falo ; b, canal deferente.

FIG. 41 - T. ( T . ) magnió,i_Qw., (G rat. , 1839 ) ; seção t ransversal do ep �fa­

lo. em sua porção mediana (H. E. , lOOx) ; a, luz do epifalo i b,

epitélio cilíndrico simples ciliado ; c, tecido

frouxo ; d, camada de fibra muscula r circula r.

conjuntivo

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FIG. 42 - T. (T. ) taunaÁ./2Ü (Fér. , 1822) ; seção longitudinal do palpo

FIG. 43

labial inferior (Gomori, 40x) ; observar a zona de transição

entre o tegumento e a cavidade oral ; a, tegumento ; b, cavida­

de oral ; c, papilas quitinizadas.

T. (T. ) ac.hili..e./2 (Pf. , 1852) ; seçao longitudinal da cavidade

oral (Gomori, lOOx) ; a, lábio superior ; b, mandíbula ; c, pla­

ca quitinosa ; d, epitélio mandibular ; e, cavidade bucal .

FIG. l.14 - T. ( T . ) magn,i_6ic.U-6 (Grat. , 1839) ; seção sagital do aparelho

radular (Gomori, 40x) ; a, odontÕforo ; b, fita radular ; c, epi_

télio supraradular.

T. (T . ) ac.hili..e./2 (Pf. , 1852) ; seçao longi.tudinal da rádula

(Gomori, 40x) ; a, dente ; b, endocutícula ; c, epitélio subra­

du 1 ar.

FIG. 46 - T. (T. ) ac.hili..e./2 (Pf. , 1852) ; seçao longitudinal do núcleo g�

radar radular (Gomori, 40x) ; a, epitélio subradular ; b, rádi:

la ; c, epitélio supraradular ; d, centro de proliferação celu­

lar ; e, capa fibrosa densa.

FIG. 47 - T. (T. ) ac.hili..e./2 (Pf. , 1852) ; seção sagital do núcleo gerador

radular (Gomori, lOOx) ; observar a formação dos dentes a par­

tir da dobra do epitélio cilíndrico simples ; a, núcleo gera­

dor radular ; b, epitélio subradular ; c, endocutícula ; d, ca­

pa fibrosa.

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FIG. 48 - T. ( T. ) magnifr<,Clló (Grat., 1 839) ; seçao longitudinal do apar!

lho radular ( H.E., lOOx ) ; a, célula ganglionar ; b, neurônios ;

c, neurofibrilas ; d, epitélio subradular.

FIG. 49 T. ( T. ) tauna.,,ú.,-U.. (Fér., 1 822 ) ; seçao transversal do papo ( H.

E., lOOx ) ; a, material secretório ; b, mucosa ; c, epitélio ci­

líndrico ciliado ; d, célula caliciforme ; e, células conjunti­

vas ; f, sistema lacunar.

FIG. 50 - T. ( T . ) magni6ic.w., (Grat., 1 839) ; seção transversal do intes­

t i no anterior (H.E., 40x) ; observar a diferença de epitélios ;

a, epitélio cilíndrico simples ciliado e mucoso ; b, epitélio

pluriestratificado ; c, células caliciformes ; d, goteira intes

tinal ; e, material secretório ; f, sistema lacunar.

FIG. 5 1 - T. ( T . ) magni6ic.w., (Grat., 1 839) ; seção transversal do intes­

tino anterior (H.E., 250x) ; a, goteira intestinal ; b, epité-

1 io pluriestratificado com esterocíl ios ; c, epitélio cilíndri

co simples ; d, sistema lacunar ; e, tecido conjuntivo denso.

FIG. 52 - T. ( T. ) ac.lúile.6 (Pf., 1 852 ) ; seçao t ransve.rsa 1 da glândula

digestiva ( H.E., lOOx) ; a, �cino ; b, membrana conjuntiva ; c,

depósitos de pigmento ; d, tecido adiposo ; e, duto.

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F I G ·. 53 - E s t rada de Furna s , F l o re s t a da T i j uca , R i o d e J a ne i ro , RJ . A!!_ pecto do l oca l · de c a p t u ra d e T. ( T. ). magni.Ji.c.U6 ( G ra t e l oup) .

F I G . 54 - Res t i nga de Pon t a Neg ra , Ma r i cá , RJ . A s pecto d o l oca l · · de cap­

t u ra d e T. ( T. ). ac.hille..J.i ( P fe i ffe r ) •