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8/19/2019 ( Comunicacao) - # - Reinaldo Polito - Como Se Proteger de Ouvintes Agressivos
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Como se proteger de ouvintes agressivos
por Reinaldo Polito
Nos últimos anos, tenho observado com freqüência cada vez maior ouvinteshostilizando gratuitamente oradores. Por absolutamente nada, levantam o braço e, cheios de
razão, dizem o que lhes vem à cabeça, sem se reocuar se estão ou não dei!ando aqueleque se esforça ara aresentar uma boa mensagem em situação de constrangimento. ",quando ercebem que o orador se mostra assustado, fragilizado e sem condiç#es de reagir,intensificam ainda mais o ataque, arecendo dese$ar ver aquele que resolveram atacar destru%do.
Nada imede que um ouvinte discorde da mensagem do orador e, de maneiraeducada, faça uma ergunta com o intuito de manifestar e esclarecer seu onto de vista.&eendendo da forma como a observação ' feita, ode tornar a e!osição ainda maisestimulante e aumentar o interesse da lat'ia.
(as da% a agredir o orador sem motivo, aenas com a intenção de aarecer diante dasoutras essoas, ou ara e!ternar um descontentamento essoal infundado, vai uma enorme
diferença." o que ' mais grave ainda ) quando esses ouvintes agressivos se manifestam, nem
semre ' ara falar sobre a mensagem em si* ao contr+rio, criticam a luminosidade da sala,o atraso do evento, a qualidade do visual, ou se$a, o ob$etivo não ' fazer erguntas ara tirar dúvidas, mas sim censurar defeitos, qualquer que se$a sua natureza.
lota -únior, a quem me referi inúmeras vezes como tendo sido o melhor orador que $+vi atuando, no ref+cio que fez ara meu livro omo falar corretamente e sem inibiç#es, fazuma das descriç#es mais erfeitas do que ocorre quando o orador est+ diante da lat'ia/
01, sem dúvida, o orador a e!ressão mais comleta e rutilante do comunicador. 2 elecomete enfrentar os audit3rios, se$am equenos comitês, se$am multid#es farfalhantes naimensa raça ública. 2 ele cabe transmitir a nova, a id'ia, a mensagem, a luz. 2li est+ sua
lat'ia, ou fria, ou indiferente, ou inamistosa, ou e!ectante, ou fanatizada, ou enlouquecida. 2 artir do instante em que desfecha a alavra inicial, não mais se ertence ou se rotege.abe)lhe enfrentar a incontrol+vel mar' e vencê)la. Por sua voz, e aenas elo que fala oudomina ou se erde. 4u convence, ou se frustra. Pela simles força de sua e!ressão, ter+de conquistar uma vontade esquiva e disersa. Necessita ersuadir, comover, abalar,conduzir a força estranha na direção que dese$a0.
"ssas alavras sensatas, inteligentes, brotaram da e!eriência desse e!traordin+rioorador, que, ao longo da vida, enfrentou todos os tios de lat'ia e soube com habilidadeconquistar seus ouvintes.
Portanto, enfrentar ouvintes dif%ceis, resistentes e hostis não ' novidade e não seconstitui em um fen5meno recente. 4 que est+ sendo analisado agora ' a agressão
desmotivada, sem causa, oortunista, insens%vel, que infelizmente tem sido cada vez maiscomum.4 ob$etivo deste te!to ' refletir sobre as circunst6ncias em que você oder+ se sentir
atacado or esse tio de ouvinte e recomendar algumas atitudes que, al'm de rotegê)lo,contribuirão ara o sucesso de suas aresentaç#es.
"u oderia discutir as t'cnicas mais aroriadas ara nos roteger de ouvintesagressivos analisando)as a artir da r3ria teoria em si, ou alicadas no comortamentodos inúmeros oradores que conheci, mas, como considero o enfrentamento com essasessoas que se manifestam na lat'ia de maneira ineserada e ouco recomend+vel uma
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das mais imortantes oortunidades de arendizado da comunicação, falarei de minhae!eriência, dos erros que cometi e de como me comortaria ho$e, a3s ter refletido eestudado melhor cada uma das situaç#es.
De repente, o agressor
7ocê ode tomar todo o cuidado e se rearar armado das regras mais eficientes dacomunicação que nunca ter+ garantia absoluta de evitar o agressor.
7e$a o que ocorreu comigo recentemente. "u estava ministrando uma alestra e, aramotivar os ouvintes a acomanharem atentamente minhas e!licaç#es, usei uma das regrasmais eficientes que e!istem ara desertar o interesse da lat'ia, que ' a de aresentar obenef%cio, a vantagem que as essoas terão ouvindo a mensagem.
"u disse/ 07ou mostrar o funcionamento da comunicação a artir de conceitoste3ricos, mas não vou ficar aenas na teoria, aroveitarei tamb'm ara dar algumas dicasr+ticas que vocês oderão usar imediatamente, na rimeira reunião que tiverem dearticiar. 8ão dicas muito simles, mas tenho certeza de que serão muito úteis ara quesuas aresentaç#es se$am vitoriosas0.
em, esse tio de informação semre dei!a o ouvinte muito motivado, ois dicasr+ticas que a$udam a obter sucesso na comunicação são o que a maioria que assiste a umaalestra sobre t'cnicas de como falar em úblico dese$a.
2lguns minutos deois, quando falava sobre os motivos que fazem os ouvinteserderem a concentração na mensagem, disse que um deles era o fato de algumainformação ir contra o interesse, ou os rinc%ios da essoa que est+ no audit3rio, ois aartir do instante em que ela se sente contrariada começa mentalmente a rocurar argumentos ara se defender e derrotar a tese do orador.
Nesse momento, imaginando que minhas informaç#es udessem de alguma maneirater ido de encontro à forma de ensar de uma ou outra essoa, comento naturalmente comocomlemento do que acabei de dizer/ 09o$e, or e!emlo, osso inadvertidamente ter feitoalgum coment+rio e desgostado algu'm aqui nesta sala, sem que eu tenha consciência, oistudo o que disse at' agora foi aenas com o intuito de refletir sobre conceitos decomunicação. " essa essoa ode estar mentalmente rocurando argumentos araneutralizar minha oinião0.
Na verdade, tudo o que eu disse at' esse momento da alestra foi baseado emt'cnicas que não oderiam ser refutadas e muito menos com chances de agredir quem quer que se$a. Para ser sincero, minha intenção ' afastar oss%veis resistências que tenham sidotrazidas ara a sala or motivos alheios a minha aresentação. 2lguns odem estar contrariados orque a emresa determinou que assistissem à alestra, outros orquerecisaram acomanhar outra essoa, mas acham que não necessitam das informaç#es queserão abordadas, enfim, gente que acha que não deveria estar ali e que, or isso, ficaresistente.
7e$a que meu cuidado at' esse momento foi o de assar informaç#es de maneirasincera ara motivar ainda mais os ouvintes, mostrando o benef%cio que teriam restandoatenção à alestra, e afastar oss%veis resistências que não oderiam ter sido criadas or causa da aresentação, mas sim de algum fato anterior, ou alheio à mensagem.
Pois muito bem, não ' que, nesse momento, sem que ningu'm eserasse, levanta)seum ouvinte no meio da lat'ia e começa a me agredir gratuitamente, dizendo que nãoconcordava com o fato de eu afirmar que as dicas oderiam ser úteis ara sua comunicação,
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ois, se as informaç#es o beneficiassem, ele erceberia no fim e, se não tivessem utilidade,elo menos não ficaria frustrado or uma romessa não cumrida:
onfesso que, com toda a minha e!eriência de quase ;< anos fazendo alestras etratando desse tema, fui aanhado de surresa e me assustei diante daquela atitude doouvinte. Porque não foi aenas o que ele disse, mas rincialmente a maneira como see!ressou, falando alto, quase aos gritos, e enraivecido.
2ntes de contar qual foi minha reação diante desse fato, r3rio de um eis3dio=af=aniano, vamos tentar deduzir o que deve ter ocorrido. "le revelou deois que a emresao obrigara a comarecer à alestra e que tinha sido avisado na última hora, reclamoutamb'm que o maa que recebera com o tra$eto ara o local do evento estava com erros eque or isso havia se erdido e chegado atrasado.
Por essas informaç#es eu estava inocente, sem nenhuma articiação na cena docrime. 4 que ude concluir ' que ele estava torcendo elo insucesso da alestra, ois assimteria condiç#es de reclamar do rograma de %ndio que lhe haviam imosto, mas, quandoercebeu, rovavelmente or minha maneira convicta de dizer que as dicas seriam úteis eque o resultado talvez não fosse tão ruim quanto ele estava dese$ando, assou a rocurar mentalmente argumentos que rovassem que eu estava errado. "ntretanto, deve ter sesentido invadido em seus ensamentos quando levantei a hi3tese de que algumas essoasoderiam estar contrariadas com as informaç#es que eu acabara de transmitir e que talvez $+rocurassem em silêncio maneiras de me derrotar. 2%, imulsivamente não resistiu evociferou.
"le não tinha o direito de agir dessa maneira tão agressiva diante de uma essoa quenão lhe havia feito absolutamente nada. " se fosse um orador rinciiante, sem condiç#esainda de se defender: Poderia destruir a carreira de um alestrante com uma boamensagem a ser transmitida, e sem razão. Por outro lado, tamb'm, embora não houvessemotivos razo+veis, o ouvinte estava se sentindo atacado e ressionado elas circunst6nciase se $ulgava no direito de se defender. " eu reresentava ara ele a ersonificação doagressor.
Para uma situação como essa, alguns dos seguintes rocedimentos oderiam ser adotados/
) oncordar com o ouvinteProcurando manter a calma, sem demonstrar estar abalado elo imacto da
agressividade, você oderia dizer que o ouvinte tinha toda razão e que talvez tivesse sido umouco reciitado ao fazer uma romessa que criasse tanta e!ectativa. (as, $+ que tinharometido, iria fazer um esforço redobrado ara que a lat'ia não se dececionasse. ", nofim, agradeceria sua articiação. "ssas alavras recisariam ser sinceras, ois deveriamser ronunciadas como se tivesse entendido as raz#es do ouvinte, senão oderia dar aimressão de estar sendo ir5nico e, como conseqüência, assar uma imagem anti+tica aoaudit3rio.
) Não resonder ao ataque&eois que ele tivesse terminado suas observaç#es, como eram sem fundamento
l3gico, diria aenas/ 0"st+ certo, obrigado elos coment+rios0. 2 lat'ia, que tamb'm nãohavia aceitado a atitude agressiva do ouvinte, rovavelmente seria solid+ria, concordandocom essa resosta.
) Perguntar o que havia ocorrido ara que ele se sentisse tão agredido 2o tentar e!licar os motivos de sua atitude, talvez ele ercebesse que, na realidade,
a causa de sua agressividade era outra e que, no fundo, não tinha razão. Para que não sesentisse derrotado e assasse a reagir emocionalmente, você oderia dei!ar uma orta desa%da ara que ele udesse reservar sua imagem diante das outras essoas. Por e!emlo,
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dizer que talvez tivessem e!istido mesmo umas tintas mais fortes na romessa, mas quefaria de tudo ara cumri)la.
) (ostrar que ele estava erradoNesse meu caso esecificamente, argumentar que, ao longo de quase ;< anos,
centenas de milhares de essoas $+ haviam assistido à alestra e que nunca ocorreu de umouvinte sequer comentar que ficara frustrado com o resultado obtido. 2o contr+rio, o que as
essoas afirmam ' que suas e!ectativas foram largamente sueradas. "m seguida, falar que ele estava sendo reciitado e inconveniente com aquela observação. " comlementar sugerindo que aguardasse o fim da aresentação ara e!ressar o que $ulgasse ser correto.
&e todas as ossibilidades de reação, a última arece ser a menos indicada, ois,nessas circunst6ncias, fica dif%cil manter a calma e aumenta o risco de estabelecer oconfronto com o ouvinte. 2l'm desse erigo, e!iste outro ainda maior, que ' o de erder aosição de v%tima e se transformar no agressor, e fazer a lat'ia, que antes estava solid+riaao orador, tomar artido da essoa que o agrediu.
83, caro leitor, que ' mais f+cil ensinar do que fazer, e eu, que nunca havia imaginadoque esse fato udesse ocorrer comigo nessas circunst6ncias, usei a forma menos indicada.>elizmente, mantive a calma e acabou dando certo. (as foi ara mim tamb'm um bomarendizado. 8into que agora estou mais bem rearado ara reagir a esse tio de situação.8e esse fato ocorresse ho$e, ossivelmente eu adotaria a rimeira recomendação,concordando com o ouvinte ara tentar neutralizar sua agressividade e diminuir o risco doconfronto.
Ponha a ersona non grata de quarentena7ocê se lembra bem de que, no er%odo que se seguiu ao eis3dio de ?? de setembro,
em Nova @or=, ningu'm fez nenhum tio de iada com o fato. 2lgumas emissoras detelevisão bai!aram decreto, roibindo que seus humoristas fizessem qualquer alusão aoatentado terrorista. 83 alguns meses deois ' que as rimeiras brincadeiras começaram asurgir.
2lguns fatos me!em de tal maneira com as essoas que fazer referência a eles seria omesmo que cutucar um veseiro.
Pois ', tenho tamb'm dois e!emlos essoais que me ensinaram muito. 7ocê $+ est+ercebendo que a teoria ' boa, mas nada como enfiar o dedo na tomada ara saber que d+choque.
4 rimeiro ocorreu na 'oca do imeachment do ollor. &esde que ele fora eleito,semre usei os dois debates em que ele se defrontou com o Aula ara analisar as t'cnicasque adotara ara se tornar vitorioso ) e, c+ entre n3s, an+lise ura da t'cnica mesmo.
Não considerei que o sentimento de algumas essoas era de verdadeiro 3dio contraaquele que estava sendo obrigado a dei!ar o oder, e ingenuamente fui roferir uma alestranum encontro nacional de livreiros, usando a mesma an+lise t'cnica que at' então haviaestruturado minhas aresentaç#es. >oi s3 mencionar o nome ollor que um ouvinte selevantou e começou a me agredir, dizendo que não admitia que aquele nome fosseronunciado em sua resença, e que eu estava sendo leviano lançando mão de um e!emlotão negativo ara a 9ist3ria do a%s.
83 a% me dei conta do tamanho da besteira que acabara de fazer. "m comunicação,se dese$armos evitar transtornos, recisamos rever essas idiotices. Por isso, eu errei.Naquele momento, se eu tivesse refletido um ouquinho mais, dei!aria aquele e!emlo delado.
>iquei em silêncio, mantive a calma e os r3rios colegas o retiraram da sala. 8oubedeois que, na 'oca da osse do residente ollor, ele havia vendido um im3vel e estava
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negociando a comra de outro. Não deu temo, seu dinheiro ficou retido e, como todos osbrasileiros, ele oderia sacar s3 rB C< de sua conta diariamente.
4utro e!emlo, nessa mesma linha, ocorreu em um curso que ministramos ara umaemresa em ras%lia. "m nossos cursos, o rofessor -airo &el 8anto -orge, que leciona emnossa escola h+ mais de D< anos, faz bel%ssimas interretaç#es ora no ael de um mafioso,ora na figura de um adre, ara mostrar a artir dessas ersonagens como se deve alicar
as regras ara fazer uma homenagem. omo o -airo ' um e!celente artista, seudesemenho em qualquer das duas situaç#es arranca gargalhadas dos alunos, que chegama alaudi)lo de '. 1 sucesso garantido. Nesse dia, em ras%lia, não foi. Euando elecomeçou a interretar o adre, senti um silêncio esado na sala. 2s brincadeiras que semredavam resultados e!cecionais não rovocavam o mais leve sorriso nos ouvintes, e no fim o-airo não foi vaiado, mas ningu'm o alaudiu. Na sala ao lado, enquanto ele sedescaracterizava de sua ersonagem, me erguntava, incr'dulo/ 04 que foi que mordeu essagente: Parece at' que viram um e!traterrestreF0.
8abe o que havia ocorrido: Naquela semana, um biso da Ggre$a Hniversal chutara aimagem de Nossa 8enhora 2arecida, e os cat3licos estavam indignados e furiosos. ", aracomlicar ainda mais, um dos alunos era e!)adre e fez uma avaliação muito negativa doe!emlo que usamos. 4 roblema todo surgiu or causa da inconveniência dascircunst6ncias, ois o -airo cansou de receber cumrimentos de adres que freqüentaramnossa escola, entusiasmados com seu desemenho.
Portanto, essa ' a lição ) se o sentimento das essoas tiver sido agredido or umacontecimento, a melhor atitude ' dei!ar essa informação de quarentena at' a oeira bai!ar e s3 voltar a us+)la numa oortunidade mais aroriada.
Com bêbado e drogado não tem acerto
&ei aula ara um ol%tico e!eriente que me confidenciou temer mais a resença debêbados em seus com%cios do que a dos advers+rios. &isse)me que advers+rio você $+conhece, sabe como ensa e at' como trat+)lo. (as bêbado não, esse dificilmente ode ser controlado. ", imitando o comortamento do cachaceiro, comentou que ele sai l+ do fundo damultidão, com o braço erguido e girando no sentido anti)hor+rio, vai se aro!imando doalanque, dizendo todo tio de asneiras.
Perguntei)lhe como ' que fazia ara se livrar desse tio intruso. 0(uito f+cil0, eleresondeu, 0onho um correligion+rio de lantão s3 ara essas emergências, com algunstrocados no bolso. Euando ele nota o ião girando com o braço ara cima, vai em suadireção, d+ a ele um ouco de dinheiro e sugere que saia ara comrar cigarro ou inga nobar mais distante que uder0.
Euando estiver falando em úblico, não discuta com bêbado, nem tente convencê)loela razão. Peça que a essoa resons+vel elo evento cuide da situação. 8e o ouvinte for um drogado, o rocedimento dever+ ser o mesmo. 8e ningu'm uder a$ud+)lo e você sesentir imotente ara se livrar da essoa inconveniente, diga à lat'ia, sem se alterar, quenessas circunst6ncias não oder+ continuar e antecie o fim da aresentação.
Espero que você nunca tenha de passar por uma situação semelhante. 2 mesma receita de sucesso ode desandar "stou citando e!emlos de ouvintes que agridem o orador e outros que erturbam a
aresentação, at' orque o ob$etivo do te!to ' esse mesmo. (as alguns oradores agem tãomal que conseguem arruinar o r3rio desemenho.
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erta vez, fui com alguns rofessores de minha escola assistir a uma alestra queseria roferida or um casal de americanos sobre a maneira mais aroriada de usar recursos audiovisuais. 4s aarelhos que ossu%amos no rasil eram ainda muitorudimentares, e seria interessante ara todos n3s arendermos mais sobre essa novidade.
-uro que fui rearado ara gostar da aresentação, ois o tema me interessava. &iaa3s dia, nossos alunos queriam saber mais sobre como usar os aarelhos, quais eram os
lançamentos, que tio de equiamento era mais aroriado. em, todos n3s recis+vamosconhecer mais o assunto. 2 alestra começou com meia hora de atraso, mas, at' ara ser coerente com as
observaç#es que fiz sobre ouvintes que criticam detalhes que estão al'm da mensagem emsi, fiquei tranqüilo e aciente. &e reente, entra o alestrante elo fundo da sala gritandocomo um maluco e edindo que toda a lat'ia alaudisse. Euase ca% da cadeira de susto.>oi um mal)estar geral, e demorou um bom temo at' que a aresentação entrasse nostrilhos. Na verdade, não chegou a entrar, foi cambaleando at' o fim. Euando o aresentador abriu ara erguntas, de maneira educada e sem a m%nima intenção de agredi)lo, ergunteise oderia levantar uma questão fora do conteúdo da mensagem. "le concordou e euerguntei se ele havia rearado um lano caso sua entrada não desse o resultadoeserado. "le me resondeu, do alto de sua autoridade, que nunca se reocuara com essaossibilidade orque esse tio de entrada era infal%vel, semre dava resultado. Naquele dia,contrariando sua convicção, não deu. Portanto, tome muito cuidado com o uso da receita quesemre d+ certo, ois, se não considerar as eculiaridades das diferentes circunst6ncias,oder+ se dar mal.
Nesse te!to, rocurei contar hist3rias essoais orque quis mostrar que at' em meucaso, que h+ tanto temo trato dessa mat'ria, e!iste o risco de agir de maneira inadequada eque os ouvintes agressivos e inconvenientes estão à solta e entram em ação quando menosse esera. "sse ' um eterno arendizado ) dia a dia, vamos tendo liç#es que nos a$udam aerrar menos.
"sero que esses e!emlos o au!iliem a refletir sobre o assunto e o dei!em emmelhores condiç#es ara enfrentar essas circunst6ncias tão delicadas.
oa sorte, muito cuidado e sangue)frio ara agir com inteligência e de forma semrearoriada.
Ieinaldo PolitoIevista 7encer nJ ;D