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livros.gospelmais.com.br · mim fará também as obras que eu faço e outras maio- res fará, porque eu vou para junto do Pai.” (Jo 14.12.) O Espírito Santo Consolador veio, e

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

1ª Edição: julho/1999

Revisão:

Jussara M. F. Campos

2ª Edição: maio/2010

Gerência de Comunicação

Ana Paula Costa

Revisão:

Adriana Santos e Nicibel Silva

Capa e Diagramação:

Junio Amaro

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ApresentAção

Este, como todos os livros que se propõem a fa-lar da Palavra de Deus, deve ser lido em espírito de oração, para que nosso Deus e Pai possa trazer reve-lação e entendimento ao seu espírito provocando mudança de comportamento no tocante à unção do Senhor; a unção que quebra o jugo pesado de satanás e nos põe sobre o jugo suave e manso de Jesus. A unção, o poder de Deus que nos torna seus colaboradores, que nos faz suas testemunhas, reve-lando ao mundo a sua luz, sua vida e seu poder.

Este livro leva até você uma mensagem não só de avivamento, mas também de conhecimento da

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unção, que deve ser buscada e renovada a cada dia para que possamos fazer as obras que Jesus fez e ainda maiores, porque Ele mesmo afirmou: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maio-res fará, porque eu vou para junto do Pai.” (Jo 14.12.)

O Espírito Santo Consolador veio, e por inter-médio do Pai recebemos dons para fins mui provei-tosos. Neste livro você verá como é importante ter-mos a unção do Espírito Santo; que por meio dela glorificamos o nome do Senhor e exaltamos a Deus Pai. Leia-o com carinho e tome posse do que é seu por herança. Jesus foi ungido, a unção pertence a Ele, por isso ela lhe pertence também. Não rejeite essa bênção, porque é por meio dela que você será gerador de bênção e vida.

“Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso é que vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.” (Jo 16.15.)

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orAção:

“Ó Deus e Pai, em nome de Jesus peço por todas as pessoas que lerão esse livro, que estarão recebendo essa mensagem. Pai, que de ti recebam entendimento, que lhes seja revelado o poder da unção que ofereces a todo aquele que busca. Dá-lhes a compreensão do verdadeiro sentido da unção em nossa vida, como testemunhas, discípulos e filhos. Que ao término deste livro, estejam dispostos a buscá-la diariamente, para que não lhes falte o óleo sobre a cabeça e assim sejam fiéis testemunhas, revelando-te ao mundo por meio da manifestação da vida de Cristo em cada um deles. Amém!

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A unção que quebrA o

jugo

“E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento.” (1Jo 2.20.) O que significa unção? Baseados em que aspectos da Palavra de Deus podemos compreender que a unção quebra o jugo?

Satanás era um querubim ungido e esta un-ção lhe dava autoridade para ir diante do trono de Deus. Porém, satanás não soube administrar essa

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unção; ele usou indevidamente a autoridade que lhe foi conferida como querubim da guarda e por causa da inveja se rebelou contra Deus, vindo, não somente a perder a unção e a autoridade que essa lhe conferia, como também perder seu lugar no pa-raíso, de onde foi expulso com todos os anjos que se deixaram contaminar pela sua rebeldia. O diabo não pôde mais morar nos céus e desde que Deus criou o homem, ele só entra lá para acusar os filhos de Deus, colocando sobre eles pesados fardos. Sa-tanás procura, incansavelmente, atingir a Deus por meio da obra prima de sua criação, que é o homem; pois Deus fez o homem com suas próprias mãos. Toda a criação do universo veio a existir a partir da Palavra de Deus, mas o homem foi tecido pelas próprias mãos do Criador. O diabo odeia o homem, e principalmente, o homem filho de Deus, porque sobre este ele perdeu o direito de posse.

O próprio Jesus definiu a obra de satanás como aniquiladora quando Ele diz: “O ladrão vem somente para, roubar, matar e destruir [...]” (Jo 10.10.) Esta é a obra de satanás: destruição e morte. Mas Jesus con-tinua: “[...] eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” Para isso se manifestou o Filho de

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Deus, Jesus Cristo veio para desfazer as obras do diabo. Jesus Cristo triunfantemente esmagou a ca-beça da serpente, quando morreu em nosso lugar para que tivéssemos a vida abundante que só Ele é capaz de nos oferecer. No momento em que Jesus ressuscitou, a vitória foi plena, declarada e assina-da com seu próprio sangue. Em Cristo Jesus somos mais que vencedores porque já entramos nessa ba-talha vitoriosos. Cristo já venceu por nós; tomemos posse dessa vitória, em nome de Jesus!

Você sabe qual é única parte do nosso corpo que Deus deseja que seja vista por satanás? É a sola dos nossos pés. Meu amado irmão, isso é tremendo! Veja o que o Senhor diz em Lucas 10.19: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente vos causará dano.”

Quantos estão por aí, correndo de um lado para o outro, amedrontados, procurando alguém que com autoridade lhes possa afugentar o inimigo; po-bres coitados! A autoridade é nossa, é sua, nos foi outorgada (concedida) pelo nosso General.

O Senhor nos diz em sua Palavra que o inimi-go, nosso adversário, é como um leão rugindo ao

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nosso derredor, procurando a quem possa devorar (1Pe 5.8). O que muita gente não sabe é que este leão é velho e desdentado; por não conhecê-lo, muitos correm temerosos. A única coisa que pode colocar dentes neste leão é o pecado. Mas quando você assume a sua identidade de cristão tudo fica diferente. A palavra “cristão” significa ser semelhan-te a Cristo; cristão significa “ungido”. E a unção veio desfazer o jugo. Como está escrito no Salmo 92.10: “Derramas sobre mim o óleo fresco.” Há uma unção nova a cada dia. O óleo derramado é fresco; ele é novo, não é amanhecido. Diariamente está a sua disposição uma unção nova. Aleluia!

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o perigo de viver dA

velhA unção

O grande problema é que muitos querem viver da unção recebida há cinco, dez anos atrás. O óleo destes já está velho, opaco, não tem mais brilho, está “queimado”. Aconteceu assim com um irmão, que ao ser batizado com o Espírito Santo, se tornou intrépido no Senhor e resolveu escrever um bonito testemunho. Ele narrava seu processo de cura e libertação, de como ele era usado por Deus. Sempre que alguém chegava

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a sua casa, ele logo buscava o testemunho do qual já falara tantas vezes e orgulhoso dizia: “Leia aí o meu tes-temunho”. E o testemunho era lido, lido e lido. Os anos foram se passando e aquele era o único testemunho que este nosso irmão podia apresentar. O papel foi ficando amarelado, tão velho quanto o seu testemu-nho. Depois de mais algum tempo, ao receber uma visita, nosso amigo com empolgação, pediu à sua mu-lher que trouxesse o seu grande testemunho para que o visitante pudesse lê-lo. Porém, a esposa um pouco desconcertada respondeu lá de dentro: “Querido, o rato roeu o seu testemunho”. Isto não deve, mas pode acontecer na vida de algumas pessoas.

Davi pediu ao Senhor: “Derrama sobre mim o óleo fresco.” A Palavra de Deus nos exorta a andarmos em novidade de vida e a servirmos em novidade de espí-rito; novidade é recomeço. É a unção nova que existe a cada manhã. Essa é a realidade da Palavra do Senhor: “Unges a minha cabeça com óleo, um novo a cada ma-nhã na presença dos meus inimigos” (Sl 23.5, grifo do autor). Meus amados, nós vivemos no meio dos nossos inimigos, somos cercados por eles. A carne, o diabo e o mundo são adversários nossos. E neste contexto, ou seja: quando estamos rodeados por nossos inimigos

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que a Palavra de Deus diz: “Unges a minha cabeça com óleo.” Para quê? Qual a utilidade do óleo? Amados, a unção quebra o jugo! É tão interessante saber que o óleo da unção era feito de azeitonas; mas para que as azeitonas fossem transformadas em óleo, era necessá-rio que elas fossem moídas, feridas, batidas e pisadas. Para que hoje pudéssemos ter o Espírito santo, o óleo fresco da unção, foi preciso que Jesus fosse ferido e moído por nós, pelas nossas transgressões e malda-des. Ele foi batido por nós para que tivéssemos direito ao óleo. No livro de Êxodo, podemos ver que além das azeitonas, também eram acrescentadas outras espe-ciarias, como o álamo, que nos fala do fruto do Espírito Santo.

Por intermédio de Jesus tivemos direito ao óleo; o Espírito Santo enviado por Jesus e todas as ma-nifestações dos dons. São as especiarias que dão aroma, que dão sabor; de nada adianta a unção se não tiver a manifestação, pois Jesus nos fala atra-vés da parábola da candeia que “ninguém, depois de acender uma candeia, a cobre com um vaso ou a põe debaixo duma cama: pelo contrário, coloca-a sobre um velador, a fim de que os que entram vejam a luz” (Mt 5.15).

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Óleo e águA não se

misturAm

Curioso é o fato de que o óleo não se mistura com a água. São duas substâncias com elementos totalmente heterogêneos. Não existe nada em co-mum, não há comunhão entre eles. No momento em que você assume a sua unção, quando você toma posse do óleo que é seu por herança e assume a sua posição de cristão, você tem plena compreen-são de que realmente não pertence a este mundo.

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Está aqui, mas não comunga com ele, não participa das mesmas ideias, não se mistura a ele. O óleo e a água não se misturam de maneira nenhuma, não adianta insistir, são diferentes em sua essência. Ain-da que colocados juntos no mesmo recipiente e sa-cudidos de todas as formas, jamais dará liga. Para que sejam ligados é preciso que haja inclinação natural. Quando você está coberto com o óleo da unção, ainda que esteja em um ambiente de escar-necedores, você jamais se sentará com eles, jamais haverá intimidade, comunhão entre vocês; porque não existe uniformidade na inclinação. Um está in-clinado para as coisas do mundo, e outro para as do Espírito.

Se você se envolver com as coisas do mundo, como loteria, televisão (salvo programações em conformidade com Filipenses 4.8), revistas imorais, conversas inconvenientes etc., algo está errado com você. É preciso estar atento, é preciso detectar o que há de errado; porque com certeza existe al-guma coisa errada. Óleo e água não se misturam. Se você está se unindo, mesclando com o mundo, en-tão não é óleo. Porque o Espírito Santo não se mis-tura com o que é estranho à sua natureza. O após-

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tolo Paulo, em 2Tm 2.4 afirma: “Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou.” Nosso General é Cristo, fomos arregimentados por Ele; não podemos nos envolver com as coisas deste mundo, cujo príncipe é o diabo. Quando a unção que está em nós é maior do que o poder persuasivo de satanás, nós não nos envolvemos com o mundo, porque está escrito, que “maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1Jo 4.4). A un-ção quebra o jugo, o jugo pesado de satanás.

Você com certeza já ouviu falar que os iguais se atraem. Óleo se mistura com óleo. Quando você é apresentado a um irmão que nunca havia visto ou se apresentam num encontro casual, vocês se abra-çam e se identificam um com o outro. Vocês têm o mesmo Pai, a mesma carga genética, ou seja, são nascidos não da vontade da carne ou do homem, mas de Deus; são irmãos, têm a mesma unção, a mesma vida. Vocês podem dizer: “Aleluia, somos ir-mãos! Comungamos as mesmas idéias”.

Quando eu fui buscar o irmão Tony Wayt no ae-roporto de Confins, eu não o conhecia e ficava ima-ginando como e ele seria. Eu pensava: “Será que ele

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é velho ou novo? Carrancudo ou alegre? Introvertido ou extrovertido?” Eu tinha conhecimento de que ele era uma pessoa sofrida, pois havia passado por dias difíceis, momentos terríveis no cárcere. Um homem que sofreu pelo amor de Jesus. Ao encontrá-lo, aquele irmãozinho magro, simpático, alegre, exa-lando o amor de Cristo, me abraçou acariciando-me. Foi tão bom! Mais do que o agradável calor do abraço, houve identificação. Somos irmãos, uma família. Aleluia!

Contou-nos que quando recolhido ao presídio, todo o mundo ficou ciente do acontecido e o povo evangélico não foi exceção. Então, ele começou a receber cartas. Ao receber uma carta da Tailândia ele disse ao carcereiro, que tinha família na Tai-lândia. Depois veio outra, outra e outras; daqui da América do Sul, da Ásia e do mundo inteiro. Nosso irmão feliz contava ao carcereiro: “Eu tenho família na América do Sul, na Ásia... minha família está no mundo inteiro”. Você pode imaginar o carcereiro? Eu creio que ele não entendia nada. Mas nós enten-demos, é por causa da unção. É a unção que faz a diferença!

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eliminAndo fricções

Outro fato muito interessante é que o óleo eli-mina as fricções. Eu não entendo nada de carro, mas periodicamente tenho que levá-lo ao posto para fazer a troca de óleo; isto porque é a recomenda-ção dos profissionais que conhecem deste assunto. Afirmam que a troca deve ser feita a cada cinco mil quilômetros, caso contrário o carro fundirá o motor. O óleo tem que estar novo. Eu possuía um carro e ele começou a vazar óleo; foi vazando, vazando, até que um dia a falta do óleo provocou a fricção das

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peças e o motor fundiu. O carro parou de rodar e o prejuízo foi muito grande. Eu não sei explicar de-talhadamente o porquê de se colocar o óleo, mas suponho, com grande margem de acerto, que seja exatamente para lubrificar e impedir a fricção das peças. Quando a unção está fluindo em nossas vidas não existe fricção. Como membros de um mesmo corpo, de um mesmo “mecanismo”, temos que estar sempre em contato uns com os outros; mas com a unção este “roçar das peças” permanece lubrificado e não existe o desgaste, a fricção que provoca atrito, faíscas e corrosão. A lubrificação faz com que as pe-ças funcionem em harmonia sem se “machucarem” umas às outras. Assim também acontece conosco. A unção é que nos lubrifica. Cada um dentro do seu ministério, harmoniosamente colaborando para o perfeito funcionamento do Corpo, sem atrito, sem desavença.

Lemos em Efésios 3.19: “Maridos amai as vos-sas esposas [...]” A tradução literal deste texto diz assim: “Maridos, não sejam lixa para com as vossas esposas”; se faltar o óleo, serão lixa mesmo. Vai lixar, descamar, provocar feridas. A Palavra do Senhor é clara. Só o óleo elimina a fricção sem alterar o fun-

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cionamento. Não adianta tirar uma ou duas peças, porque assim a “engrenagem” não funciona, não se move bem e com regularidade. Não resolvemos atritos nos afastando dos irmãos, evitando-os ou mudando de igreja. Só a unção quebra o jugo, eli-mina atritos e permite o bom funcionamento do Corpo de Cristo. Nós somos o Corpo, só a unção do Espírito nos capacita para o desempenho dos nos-sos dons. Efésios 4.15-16 afirma: “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é o cabeça, Cristo, de quem todo corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.” Muitas vezes enfrentamos conflitos, seja em casa, entre maridos e esposas, com os filhos, com os pais; ou com o irmão na igreja ou fora dela, no trabalho... Em todos os lugares estamos sujeitos a desavenças. Somente se a unção estiver fluindo em nossas vidas não haverá fricção. Vejamos o que o Senhor nos fala em Colossenses 3.12: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de miseri-córdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.” Meus irmãos, Jesus foi ungido!

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o poder está nA unção

Ao observarmos a vida de Jesus, desde o seu nascimento, constatamos que até completar 30 anos, Jesus não operou nenhum milagre; Ele não fez com que nenhum cego voltasse a enxergar, nem fez paralítico andar e nem ressuscitou nenhum morto. Nada. Mas, aos 30 anos Jesus foi batizado, o Espírito do Senhor veio sobre Ele e o ungiu. E depois da unção do Senhor, cheio de poder, o que Jesus fez? Jesus saiu quebrando o jugo, para desfazer as obras do diabo. Um pouco antes de Jesus subir para

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junto do Pai, Ele disse aos seus discípulos que per-manecessem na cidade, voltassem para Jerusalém até que do alto recebessem a unção. Até que pelo Espírito fossem capacitados a realizarem as mesmas obras que o Senhor havia feito.

No Salmo 92.10, Davi compara o seu poder, exalta-do por Deus, com a força do boi selvagem: “Porém tu exaltas o meu poder como o do boi selvagem; derramas sobre mim o óleo fresco.” Davi foi ungido com óleo fres-co! Em Israel, o boi era o animal mais forte que Davi conhecia, por isto ele o citou aqui. Você com óleo fres-co caminha como um boi selvagem. Um boi selvagem não é detido, com a sua força ele vai tirando do seu ca-minho todos os obstáculos; nada o detém, ele é forte, destemido e determinado. Nós não somos selvagens, mas com a unção do Espírito, renovada a cada manhã, temos força e poder como este boi. Nada nos detém, as artimanhas do nosso inimigo não nos intimidam nem nos incapacitam, porque o nosso poder vem do alto, é maior do que todas as suas insistentes tentati-vas de reter-nos em nossa caminhada.

Quando Jesus ia para Betânia ressuscitar Láza-ro, encontrou com seus discípulos que lhe falaram: “Mas ele morreu”. Porém, Jesus lhes respondeu: “Eu

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vou despertá-lo”. Jesus não se deteve ou se irritou com eles, mas Ele prosseguiu em sua jornada; esta era a sua vocação: fazer a vontade do Pai. Encare essa realidade em sua vida agora mesmo. O óleo em você evita as fricções. Em Efésios 4.1 a Palavra do Se-nhor nos diz: “[...] que andeis de modo digno da voca-ção a que fostes chamados.” Qual é a nossa vocação? É sermos semelhantes a Cristo, fazendo sempre a vontade do Pai, e a vontade de Deus é ter muitos filhos conforme a imagem do Filho, para que Jesus seja o primogênito entre muitos irmãos. O livro A imitação de Cristo, de Tomás de Kempis, é lindo e você deve lê-lo, entretanto, nenhum homem natu-ral será capaz de vivê-lo, porque a vida cristã não é uma imitação, não é apenas uma reprodução fal-sificada. Imitação de Cristo se refere a produzir em semelhança, ter como modelo ou norma o próprio Senhor, é reproduzir o estilo de vida de Jesus. A vida cristã é participativa, é o próprio Senhor Jesus vivendo em mim e em você, conforme diz a Escritu-ra: “[...] Cristo em vós, a esperança da glória.” (Cl 1.27.) Profetize essa verdade não somente em sua vida como também na vida de seus irmãos. Realmente o óleo elimina fricções.

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O óleo tem poder penetrante, ele possui a ca-pacidade de se introduzir, de chegar ao íntimo. No Salmo 109.18 lemos assim: “Vestiu-se de maldição como de uma túnica: penetre, como água, no seu in-terior, e nos seus ossos, como azeite.” Quando o ho-mem cristão assume a sua unção, essa que Deus lhe dá, do seu Espírito, o óleo penetra profundamente, traspassa alma e penetra no espírito.

Durante uma grande seca na Etiópia, uma irmã americana foi movida pelo Espírito de Deus a levar alimentos e Bíblias para os etíopes, e sua decisão foi de levar pessoalmente esse suprimento. Ela pediu autorização para sua entrada na Etiópia e o minis-tro havia prometido a liberação do visto no seu passaporte, por isso ela providenciou os prepara-tivos para a viagem; comprou vinte mil dólares de comida e vinte mil Bíblias, gastando com elas mais vinte mil dólares, perfazendo um total de quarenta mil dólares. Contudo, devido ao governo comunis-ta desse país, nossa irmã encontrou alguns entraves burocráticos que a impediram de viajar. Mas ela era cristã, tinha convicção da sua identidade e da sua unção. Ela não se desesperou, confiou no Deus que a havia comissionado, arregimentado. A ordem ha-

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via partido dele e nenhum dos seus propósitos são frustrados. Estava descansada e em paz. Pouco tem-po depois, um membro da igreja a informou sobre uma nova convertida etíope. Logo elas se encontra-ram e esta irmã tomou conhecimento da situação.

No dia seguinte, nossa irmã tinha em mãos o passaporte com visto de entrada. O ministro era um antigo namorado daquela irmã etíope e a amizade que restou, ajudou bastante. A unção faz a diferen-ça!

Tony Wayt nos relatou sobre aquela que seria sua décima viagem sobre Cuba, na qual o avião caiu. Antes do dia do embarque, uma irmã teve uma visão e a revelou ao Tony. Ela disse a ele: “Eu vi você andando numa estrada em um tanque de guerra; você foi preso, mas nada lhe aconteceu”. O nosso ir-mão foi levado pela polícia, entretanto, podia sentir a presença de Deus.

Após o julgamento que o condenou a 24 anos de prisão, ele recebeu uma carta muito singular. Nesta carta, algumas irmãs lhe escreveram afir-mando que estariam orando por ele até o dia 15 de outubro; só até esse dia, depois não orariam mais. Ele então pensou: “Como estas irmãs me amam?! Se

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eu vou ficar aqui até o ano 2006, como é que só es-tarão orando por mim até 15 de outubro?!” Os pen-samentos do Senhor são mais altos que os nossos e seus caminhos são maravilhosos! De uma forma tão linda, 33 presos americanos que estavam em Cuba formam libertados, todos num único dia, o dia 15 de outubro. E o nosso Tony Wayt estava entre eles. Deus não é pego de surpresa, ninguém pode surpreendê-lo. Ele é onisciente, conhece também o amanhã; conhece toda a história, do começo ao fim. Por isso colocou no coração daquelas irmãs o peso de oração, orientando-as a orar até o dia 15 de outubro. Essa era a parte delas, o resto era por conta do Senhor da história. O óleo tem essa capa-cidade de penetrar fundo, entranhando até o mais profundo. Quantas vezes você está na superfície, tratando de modo tão natural as situações. Mas é preciso fazer como o óleo, aprofundar-se, ir ao pro-fundo, observar o espiritual da situação natural. É bom reconhecer que a unção, o óleo penetra pro-fundamente.

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É preciso repor o Óleo

É inquestionável o fato de que, quando lança-mos mão de alguma coisa, quanto mais a usamos, mais desgaste ocorre. Isto também acontece com o óleo. Vamos usando, gastando o óleo e ele vai aca-bando. Se você recebeu o óleo há dez, cinco, dois anos ou uma semana atrás, este óleo já está gasto; já foi retirada uma parte, ou uma grande parte dele. É preciso repor o óleo. Por isso Davi pedia: “Unge a minha cabeça com óleo a cada manhã. Unge a minha cabeça com óleo na presença dos meus inimigos.” A

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unção tem que ser renovada a cada manhã, tem que ser nova, em medida recalcada e sacudida. A unção tem que estar transbordando, é assim que do nosso interior fluirão rios de Água Viva. Veja a Pa-lavra do Senhor no Salmo 46.4-5: “Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhã.” So-mos morada de Deus, nosso coração é o seu santu-ário. As correntes que jorram deste rio devem ale-grar a cidade de Deus. Se somos moradas de Deus, a Igreja do Senhor é a sua cidade. A unção deve fluir para que a cidade seja alegrada, para que ela sirva de modelo e inspiração; para que aqueles que estão do lado de fora queiram entrar e fazer parte dela. Esta é a cidade de Deus e Ele está no meio dela. Ela jamais será abalada, porque está escrito que as por-tas do inferno não prevalecerão contra a Igreja e o próprio Senhor disse ao profeta Jeremias: “[...] por-que eu velo sobre a minha Palavra para a cumprir.”(Jr 1.12.) E Deus e sua Palavra são um, eternos e trans-cendentes ao tempo e ao espaço. A sua Palavra é tão viva e eficaz hoje, como há dois mil anos atrás.

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sÓ o senhor É digno

Não recebemos a unção para sairmos decla-rando: “Sou ungido!” Não, é claro que não foi para isto. Não é certo estarmos declarando a toda hora: “Eu jejuei uma semana inteira”. “Eu tenho orado muito”. “Eu tenho trabalhado muito para o Senhor”. “Deus tem me usado grande e poderosa-mente”. Não! Não é para se contar essas coisas. Somos apenas indicadores para Cristo. Se temos unção, é porque Ele nos dá; se somos usados por Ele, é mérito dele e não nosso, porque é Ele quem

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opera em nós, tanto o querer quanto o realizar, segundo a sua boa vontade. É como um pintor que pinta um quadro. O mérito não é dos pincéis e das tintas que ele usou ou do valor de ambos. O que realmente tem valor é o quadro pronto, a obra realizada. O pincel por si só não reproduzirá traços, nem a tinta por si mesma daria cor e be-leza aos traços. É preciso a mão do pintor. O que traz vida ao quadro é a essência do pintor que fica impregnada nele. De nada adianta todos os nossos dons se não houver a unção do Espírito. É o poder de Deus que dá vida a eles. É a essência de Deus em nós que nos faz geradores de bên-çãos e vida. Sem o pintor, os pincéis e as tintas, com todo o seu valor, seriam peças inanimadas. Sem a unção do Senhor somos como letras mor-tas; só o Espírito vivifica.

Deus não dá a sua glória a ninguém. Muitas pessoas perdem a unção exatamente porque se vangloriam o tempo todo, falando e se enalte-cendo diante dos homens, deixando de glorificar a Deus, quando sabemos que é Ele, o Senhor, o único digno de louvor e adoração. Jesus fechou a parábola do fariseu e do publicano dizendo:

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“[...] porque todo o que se exalta, será humilha-do; mas o que se humilha, será exaltado.” Satanás perdeu a unção e autoridade por invejar o lugar de Deus; ele queria usurpar a glória do Senhor. A unção que Deus nos deu é para glorificar a Je-sus; e Ele disse que teríamos unção para sermos suas testemunhas. A testemunha não é aquela que faz e sim, a pessoa que viu ou ouviu algo ou que é chamada para depor. Se você presenciou uma batida de carros, você foi testemunha. Você não estava na direção de nenhum deles apesar de poder testemunhar sobre o ocorrido. Você vai revelar a outras pessoas o que viu ou ouviu. Nós temos a unção para revelar a glória de Deus. Jesus disse aos seus discípulos: “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim; porque estais comigo desde o princípio.” (Jo 15.26.) O Espírito Consola-dor já foi enviado e somos os discípulos de Cristo, desde o princípio, desde o momento que o reco-nhecemos como Senhor das nossas vidas. “E nós temos visto e testemunhamos que o pai enviou seu Filho como Salvador do mundo.” (1Jo 4.14.) Você

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é testemunha de Jesus libertando e salvando as pessoas. É tão lindo você chegar e dizer: “Eu vi Je-sus salvar duas vidas hoje a noite; eu vi Jesus curar um canceroso e fazer um paralítico andar, aleluia!” Pena que muitas pessoas gostam de colocar um pouco de si mesmas, ou às vezes deixam só um pouco para Jesus e falam orgulhosos: “Ah, sabe o que aconteceu? Eu coloquei as minhas mãos e quando eu coloco as minhas mãos...” Não são as nossas mãos que curam; são as mãos de Jesus que envolvem as nossas, que fazem o milagre. São as mãos do Senhor que operam as maravi-lhas. São como as luvas do cirurgião. Esta atitude de autoexaltação pode ser comparada com a das luvas, se essas falassem. Elas diriam: “Viu como eu sou tão capaz? Viu com que agilidade eu segurei o bisturi e com que precisão eu fiz o corte?! E como eu estanquei o sangue e costurei?!” Elas se sentem responsáveis por todo o sucesso da cirurgia. Elas se esquecem que dentro delas estava a mão do cirurgião, ele as conduzia. Assim é o homem que dá a si mesmo a glória que é de Deus. É a mão do Senhor, o braço do Senhor em nós, em você meu irmão, que faz acontecer. Temos que anunciar a

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vida de Deus em nós e não, nos apresentarmos como Deus, conforme está escrito em 1 João 1.2: “[...] e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifesta-da.” É a unção do Senhor em sua vida, que faz de você uma pessoa intrépida para falar aos outros do amor de Deus e do seu poder. Isto é a vida do Senhor em você.

O diabo tenta destruir o homem, roubando sua unção, matando nele o poder de Deus e destruin-do sua comunhão com o Pai. Resista ao diabo. Deus nos manda resistir; é certo que ele fugirá. Todas as pessoas que dão ouvidos ao inimigo perdem a gra-ça e a unção do Senhor. O diabo pode lançar setas em seu pensamento, fazendo você pensar que é muito bom, que o poder que emana de você é seu e, você é quem realiza o que quer e quando quer. Não caia nesta, meu irmão! Veja o que diz o salmis-ta no Salmo 62.11: “Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a Deus.” Ora, em sua primeira carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo fala sobre os dons espirituais, sobre o poder de Deus em nós, que se manifesta em diferentes formas, sem-

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pre visando um fim proveitoso. Leia com atenção: “Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mes-mo Deus é quem opera tudo em todos.” (1Co 12.4-6.) A unção é nossa, mas é o Senhor quem dá e ela tem que ser renovada a cada dia; para isso é preciso es-tar sempre diante do trono de Deus, o Pai.

O Senhor perguntou para Moisés o que ele tinha nas mãos e Moisés respondeu: “Eu tenho uma vara.” E Deus lhe disse: “Vai e tira o meu povo do Egito”. Com uma vara?! Sim, com uma vara, porque o po-der não estava na vara e nem na mão que segurava a vara, mas estava, como está, em Deus.

E você, querido irmão, o que tem nas mãos? Você pode não ter nada, você pode até não ter mãos, mas se tiver a unção de Deus sobre a sua vida, com certeza, você vai revolucionar o mundo inteiro. Como o óleo, a unção do Senhor tem que estar nova e entranhada em nós, traspassando alma e alcançando o espírito; assim, enquanto a unção estiver nova, reteremos o poder de Deus. Desta forma, nossa mente, alma e espírito estarão sendo renovados em Cristo para a transformação

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do mundo no Reino de Deus.“E não vos conformeis come este século, mas

transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12.2.)

“Quanto ao mais, sedes fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.” (Ef 6.10.)

Deus abençoe!

Pr. Márcio Valadão

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jesus te AmA e quer

vocÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

2º PASSO: O Homem é pecador e está

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separado de Deus. “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Je-sus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será sal-vo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salva-ção.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração de decisão em voz alta:

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“Senhor Jesus eu preciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te recebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço por-que me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para minha vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evangé-lica próxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acom-panhar neste momento tão importante da sua vida.

Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Gerência de Comunicação

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CEP 31110-440 - Belo Horizonte - MG

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